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Tema 12- A economia

portuguesa no contexto da
União Europeia

Tânia Matos 11E


Economia 11ºano
12.1 – Noção e formas de integração económica

Noção de integração económica

Consiste num processo de abolição das barreiras comerciais entre dois ou mais mercados nacionais (países),
anteriormente separados e de dimensões unitárias consideradas pouco adequadas, unem-se para formar um só
mercado, de dimensão mais adequada e com características próprias.

Vantagens da integração económica:

• Uma maior eficiência na afetação dos recursos de cada economia;

• Uma maior possibilidade de alcançar o pleno emprego dos fatores de produção;


• Uma maior possibilidade de garantir o crescimento económico;
• Um aumento da produção devido à divisão do trabalho e à especialização efetuada;
• Uma maior circulação da inovação e dos avanços tecnológicos.

Integração económica formal: quando esta é definida formalmente através do estabelecimento de acordos entre
dois ou mais países.
Integração económica informal: quando dois ou mais países estreitam as relações comerciais entre si, sem que
tenha sido estabelecido qualquer acordo escrito entre as partes.

Formas de integração económica

• Sistema de preferências aduaneiras: corresponde à forma mais simples de integração económica, em que dois ou
mais países concedem apenas entre si um conjunto de vantagens aduaneiras, que não são extensíveis a países
terceiros. (Commonwealth)

• Zona de Comércio Livre: trata-se de um acordo em que os países membros decidem eliminar entre si todas as
barreiras às trocas comerciais. No entanto, cada país mantém as suas próprias tarifas no que respeita ao comércio
com países terceiros, ou seja, na Zona de Comércio Livre não há uma pauta exterior comum relativamente a países
terceiros. (EFTA – European Free Trade Association e NAFTA – North Atlantic Free Trade Association)

• União Aduaneira: nesta forma de integração, para além da abolição das barreiras aduaneiras e restrições
quantitativas à transação de produtos no interior da área, como na Zona de Comércio Livre, os países membros ficam
ainda obrigados à aplicação da mesma pauta tarifária no que respeita ao comércio com países terceiros. (CEE –
Comunidade Europeia Económica e BENELUX)

• Mercado Comum: constitui uma forma de integração mais profunda do que a união aduaneira, pois para além das
características desta, não existem restrições à livre circulação de capitais, pessoas e serviços. Este estabelecimento da
livre circulação de bens, pessoas e capitais entre os membros de um mercado comum implica a adoção de políticas
comuns, de forma a harmonizar os vários espaços económicos e sociais e a minimiar os impactos da livre circulação.
(Mercado Único criado pelo Ato Único Europeu em 1987)

• União Económica: é constituído pelas mesmas características que o Mercado Comum, acrescido da implementação
de um conjunto de políticas económicas e sociais comuns, de forma a fazer desaparecer as diferenças existentes
entre os vários Estados – membros. (a CEE, com a assinatura do Tratado de Maastricht, tornou-se um exemplo desta
forma de integração – União Europeia)

• Integração Económica Total: pressupõe que a união económica unifique também as políticas económicas, monetárias,
fiscais, sociais, cambiais, etc. estas políticas comuns, coordenadas por instituições supranacionais, passam a substituir
as políticas nacionais, que veem assim reduzido o seu campo de ação. Esta forma de integração introduz ainda uma
moeda única para o espaço económico. (a União Europeia é o exemplo que mais se aproxima deste caso)
12.2 – O processo de integração na Europa
No final da 2ª Guerra Mundial, a Europa encontrava-se completamente destruída, pelo que era urgente e
necessária a sua recuperação. Os EUA ofereceram a sua ajuda financeira através do Plano Marshall, que consistiu
na atribuição de um conjunto de capitais, a taxas de juro muito baixas e em bens de equipamento necessários à
reconstrução da indústria e de todo a aparelho produtivo. Para coordenar e administrar a atribuição deste vasto
conjunto de capitais foi criada a OECE – Organização Europeia de Cooperação Económica, que para além de ter
administrado a ajuda americana, mostrou também que era possível a existência de uma Europa unida, pela via da
paz e da cooperação.

Em 1951, com a assinatura do Tratado de Paris, é criada a CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço,
formada por 6 países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália, França e RFA (República Federal da Alemanha). A ideia
era colocar dois bens fundamentais à reconstrução da Europa sob uma gestão comum, tendo como objetivo
principal liberalizar as trocas destes dois produtos entre os países signatários do Tratado. Esta era uma instituição
supranacional, ou seja, independente política e financeiramente dos governos.

A CECA abriu caminho para a futuro constituição da CEE – Comunidade Económica Europeia e para a criação da
EURATOM – Comunidade Europeia da Energia Atómica, ambos instituídos com a assinatura do Tratado de Roma
em 1957.

Objetivos da EURATOM:

• Estimular a cooperação no campo da energia atómica;


• Assegurar a sua utilização para fins pacíficos;
• Participar para a diminuição da dependência energética da Europa Ocidental

Objetivos da CEE:

• Criação de uma união aduaneira


• Construção de um mercado comum
• Adoção de políticas comuns
• Instituição de um Banco Europeu de Investimentos

Nos anos 70 as economias dos países-membros começas a dar alguns sinais de abrandamento e de crise, devido a
fatores como:
• Crise petrolífera que atingiu fortemente a Europa, dada a sua dependência energética;
• Intensificação da concorrência mundial, em particular dos países do Sudoeste Asiático;
• Pouca flexibilidade do mercado de trabalho dos países-membros;
• Menor capacidade de resposta às alterações da conjuntura internacional.

O Ato Único
Com vista a relançar e aprofundar o processo de integração, e num cenário mundial de recuperação económica e
aumento da concorrência internacional, é criado o Ato Único Europeu (entrou em vigor em 1987 com a revisão do
Tratado de Roma).

Objetivos:
• Concretização da criação de um mercado único, abolição de todas as barreiras físicas, técnicas e fiscais existentes
entre os Estados-membros de forma a instituir o Mercado Único Europeu em 1993, prevendo-se a livre circulação de
mercadorias, pessoas, serviços e capitais;
• Reforço da coesão económica e social, de forma a reduzir as desigualdades entre regiões através da aplicação de
fundos estruturais (FEOGA, FEDER, FSE);
• Reforço da cooperação em matéria monetária, através do Sistema Monetário Europeu, com vista à União Monetária;
• Harmonização das regras relativas às condições de trabalho, higiene e segurança;
• Reforço da investigação e desenvolvimento (I&D), de forma a aumentar a competitividade da indústria europeia;
• Proteção do ambiente, através de ações de prevenção e de legislação comunitária;
• Reforço das instituições comunitárias, através da criação do Conselho Europeu, do reforço dos poderes do
Parlamento Europeu e do alargamento das competências da Comissão Europeia.

Vantagens (previstas) da criação do Mercado Único:

• A obtenção de economias de escala devido ao aumento da capacidade produtiva das empresas e diminuição dos
custos de produção (graças à introdução de novos processos de gestão e de produção resultantes do I&D);
• A redução dos preços devido não só ao aumento da concorrência, mas também aos efeitos decorrentes da abolição
das fronteiras (deixarias de haver custos alfandegários e monopólios nacionais);
• O aumento do investimento devido à liberalização dos serviços financeiros (crescimento de empresas e criação de
emprego);
• O aumento das importações extracomunitárias, principalmente dos países em desenvolvimento (melhoria do
comércio externo).

Custos e desafios da criação do Mercado Único:

• Necessidade de adaptação das empresas aos novos contextos competitivos;


• Necessidade de regras de funcionamento de mercado comuns e de uma harmonização fiscal;
• O agravamento das disparidades regionais, o que deveria ser combatido pelo reforço dos fundos estruturais
• Aumento dos custos sociais decorrentes do aumento da concorrência (precarização do trabalho ou menores regalias
sociais dos trabalhadores);
• Prioridade do crescimento económico em detrimento da proteção ambiental.

O Tratado de Maastricht ou Tratado da União Europeia

Com a assinatura deste tratado em 1992 (entrou em vigor em 1993) abandona-se a logica da integração apenas
centrada na questão económica, para se introduzir também a via da integração política e social. A então CEE
passou a chamar-se Comunidade Europeia. Este Tratado tinha fundamentalmente dois objetivos:
• A criação de uma União Política;
• A criação de uma União Económica e
Monetária.

A União Política: no âmbito da União Política são estabelecidos os seguintes objetivos:

• Criação de uma Política Externa e de Segurança Comum (PESC);


• Reforço de cooperação nos domínios da Justiça e Assuntos Internos;
• Instauração de uma cidadania europeia;
• Construção de uma Europa social;
• Novos campos de ação comunitária;
• Reforço da legitimidade democrática.

A União Económica e Monetária (UEM): para além da abolição de todas as fronteiras, era necessário derrubar
outro obstáculo que agora se colocava à livre circulação, a existência de diferentes moedas dos países-membros.
Nesse sentido, foi estabelecido como meta a alcançar a prazo, o estabelecimento de uma união monetária e a
adoção de uma moeda única em todo o espaço da comunidade. Foi então adotado um plano para a concretização
da UEM, composto por 3 etapas:
• 1ª Etapa: iniciava-se em 1990 e caracterizava-se pela adoção pela coordenação de políticas económicas e monetárias
tendentes à livre circulação de capitas e a atribuição de fundos estruturais para corrigir os desequilíbrios estruturais.

• 2ª Etapa: iniciava-se 4 anos depois (1994) e envolvia a criação do Instituto Monetário Europeu (IME), que visava a
coordenação das políticas económicas e monetárias, a garantia de estabilidade dos preços e a preparação para o
nascimento do Banco Central Europeu (BCE). Nesta fase foram também definidos os países aptos a passar à 3ª etapa
da UEM, os quais deveriam cumprir todos os critérios de convergência nominal.

• 3ª Etapa: deveria ter início em 1998 e marca a entrada em funcionamento da UEM, é criada a moeda única e o BCE
que substituiria o Instituto Monetário Europeu, passando a ser responsável pela política monetária. As moedas
nacionais seriam então substituídas pelo euro, a circulação do euro como moeda física veio então a acontecer em
janeiro de 2002.

Critérios de convergência nominal: para poderem passar à 3ª etapa ou fase foram definidos um conjunto de
critérios que os países teriam de cumprir:

• Estabilidade de preços: a taxa de inflação média não poderia ultrapassar 1.5% da taxa de inflação média verificada
nos 3 países com melhores resultados em termos de estabilidade de preços, ou seja, com menor inflação.
• Défices orçamentais: os défices de cada país não poderiam exceder 3% do PIB (deveriam ser inferiores a 3% do PIB).
• Dívida Pública: não poderia ser superior a 60% do PIB.
• Estabilidade de cotações: a moeda nacional de cada país não poderia ter tido grandes flutuações nos últimos dois
anos, mantendo-se dentro da margem de flutuação prevista pelo Sistema Monetário Europeu.
• Taxas de juro: as taxas de juro a longo prazo não poderiam exceder em mais de 2% a média da taxa de juro a longo
prazo dos 3 países com as taxas mais baixas.

A Zona Euro: é o espaço comum europeu onde circula a mesma moeda – o euro. É constituída atualmente por 17
países, que utilizam o Euro como moeda nacional e que estão sujeitos às políticas cambial e monetária
determinadas pelo BCE.

12.3 – Desafios da União Europeia na atualidade


As alterações ocorridas nas últimas décadas têm provocado profundas alterações em todo o mundo: a globalização,
o desenvolvimento das novas tecnologias da informação e comunicação e o desmoronamento do bloco de Leste
após a queda do Muro de Berlim.

Por um lado, com a abertura do bloco de Leste, a nova vaga de alargamentos tem causado diversos problemas e
exigido várias reestruturações. Para além do processo de alargamento, tem vindo a colocar-se também o
aprofundamento, não só como resposta inevitável ao alargamento, mas também ao próprio evoluir da UE a
formas cada vez mais exigentes, o que implica um funcionamento mais democrático e mias próximo do cidadão.

Coloca-se a questão da operacidade do funcionamento das instituições da União Europeia, estas dificuldades
derivaram principalmente do grande aumento do nº de Estados-membros. Com 27 países, cada vez menos se têm
vindo a tomar decisões com a exigência de unanimidade de votos, passando apenas a ser necessária uma maioria
qualificada.

Há também a questão da democracidade, que está relacionada com o princípio da igualdade dos Estados-
membros, o qual é posto em causa devido à diferente dimensão dos países membros e do nº de pessoas que os
compõem, havendo países mais populosos do que outros.

Tentativas de solucionar estas questões:

• Tratado de Nice: é assinado em 2001 (entrando em vigor em 2003) e teve como objetivo preparar a reforma das
instituições para os alargamentos aos países do Leste e do Sul da Europa, ocorridos em 2004 e 2007. Teve como
objetivo a preparação das estruturas e do funcionamento da UE, de forma a adaptar-se a um nº mais alargado de
membros, sem perder a eficiência e a democraticidade.

• Tratado de Lisboa: assinado em 2007, e em vigor a partir de 2009, teve como objetivo modificar o Tratado da EU e o
Tratado de Roma, dotando a UE de personalidade jurídica que lhe confere o poder necessário para assinar acordos a
nível internacional. Neste Tratado, na tentativa de resolver os problemas que se colocavam à EU, fui incluída uma
dupla maioria, na tomada de decisões, exigindo a participação de um nº mínimo de Estados e, simultaneamente, um
nº mínimo de cidadãos.

• Agenda 2000: constituiu um programa de ação sobre as questões de operacidade das duas últimas vagas de
alargamentos (2004 e 2007), pois a adesão de mais 12 membros implicava um conjunto de reestruturações quer no
funcionamento das instituições e nas políticas comunitárias, quer em termos de ajudas financeiras.

Alargamentos:

Processo de adesão: para prosseguirem o seu processo de adesão até à fase de assinatura final do Tratado de
Adesão, os países tiveram que cumprir um conjunto de critérios, conhecidos como Critérios de Copenhaga. Estes
estabelecem então os princípios que os países candidatos têm de adotar para que possam constituir-se como
membros de pleno direito.
Vantagens do alargamento:

• Aumento do nº de consumidores (de cerca de 370 milhões para cerca de 490 milhões);
• Reforço do crescimento económico e criação de novos empregos, tanto nos novos países como na UE;
• Melhoria da qualidade de vida da população devido aos esforços na defesa do ambiente, criminalidade, tráfico de
droga, etc.;
• Reforço do papel da EU e aumento da sua área de influência no plano internacional, como a segurança externa e a
defesa;
• Reforço da paz, da estabilidade e da prosperidade na Europa, o que contribui para a segurança de todas as
populações;
• Reforço das jovens democracias implantadas nos PECO (Países da Europa Central e Oriental), após a sua descolagem
do bloco de leste.

Desafios do alargamento

Em primeiro lugar, o alargamento de uma união a 15 para 27 membros aumentou a superfície geográfica e a
população, no entanto, as disparidades regionais também aumentaram, uma vez que grande parte dos novos
Estados-membros integra as regiões mais pobres da Europa, com rendimentos inferiores à média europeia. Para
responder a este desafio é necessário proceder ao reajustamento das políticas da União e dos fundos estruturais.

Em segundo lugar, o alargamento exige que as instituições se adaptem a este aumento do nº de membros e que
criem mecanismos operacionais de funcionamento com base na democracia o que irá implicar a reforma das
instituições da União.

Reajustamento das políticas da União e dos fundos estruturais: os novos membros da UE são, na sua maioria,
países que estão a fazer ainda o processo de transição para a economia de mercado e a reestruturar as suas
economias, tendo por isso necessidades em todas as áreas económicas e sociais ainda muito significativas. É por
isso, necessário modernizar as indústrias, equipar os países com redes de transportes eficazes e eficientes, reforçar
a defesa do ambiente, modernizar a agricultura, apostar na formação dos recursos humanos, combater as
desigualdades socias entre as zonas rurais e urbanas e combater o desemprego e exclusão social.

É portanto preciso dotar as populações destes países das mesmas oportunidades e níveis de bem-estar que das
restantes populações da UE usufruem. Para que isto aconteça é importante reforçar os fundos estruturais de
apoio à agricultura com vista a apoiar a modernização e reestruturação que estes países estão a efetuar neste
setor, o que implica reajustamentos na PAC (Política Agrícola Comum). É também necessário reajustar todas as
políticas estruturais e de desenvolvimento regional:

• Fundos estruturais: visam auxiliar os países mais carenciados ao nível do desenvolvimento regional (FEDER
– Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e dos problemas relacionados com o emprego (FSE – Fundo
Social Europeu);
• Fundo de Coesão: criado especificamente para promover a coesão económica e social de todos os países,
fazendo com que os seus níveis de desenvolvimento se aproximem cada vez mais.

A reforma das instituições: o alargamento da União a um elevado nº de membros exige que se efetuem
reajustamentos ao nível do funcionamento das instituições, de forma a garantir um funcionamento democrático
desta e a representação de todos os membros de forma equitativa, fazendo ao mesmo tempo aproximar cada vez
mais os cidadãos das instituições comunitárias. Com os Tratados de Nice e de Lisboa estas instituições sofreram
diversas alterações como o alargamento do nº de deputados, a diminuição do nº de comissários da Comissão
Europeia e o aumento do nº de membros de cada Conselho da UE (1 representante por cada Estado-membro),
apresentando agora a seguinte forma:

• Conselho europeu (cimeira): é composto pelos Chefes de Estado ou de Governo dos países membros da União,
juntamente com o Presidente da Comissão Europeia;
• Parlamento Europeu: diretamente eleito, que representa todos os cidadãos da UE;

• Conselho da União Europeia: anteriormente denominado Conselho de Ministros, é o principal órgão legislativo e de
tomada de decisão na UE. Representa os Estados-membros;

• Comissão Europeia: representa e defende os interesses da União como um todo;

• Tribunal de Justiça: assegura o cumprimento da legislação europeia, à qual todos os Estados-membros estão sujeitos;

• Tribunal da Contas: fiscaliza o financiamento das atividades da União Europeia, ou seja, controla a legalidade e a
regularidade da gestão do orçamento da UE;

• Comité Económico e Social: representa a sociedade civil, os empregadores e os trabalhadores;

• Comité das Regiões: representa as autoridades regionais e locais;

• Banco Central Europeu (BCE): é responsável pela política monetária europeia, a sua principal missão é preservar o
poder de compra do euro, assegurando assim a estabilidade de preços na Zona Euro;

• Provedor da Justiça: investiga as queixas dos cidadãos sobre a má administração das instituições e órgãos da UE;

• Banco Europeu de Investimentos: financia projetos de investimento da UE e ajuda pequenas empresas através do
Fundo Europeu de Investimento.

• Há ainda uma série de agências especializadas, que foram criadas para assumirem certas missões técnicas, científicas
ou de gestão.

O aprofundamento da União Europeia

A questão do aprofundamento tem acompanhado o processo de integração pretendendo-se que a UE caminhe no


sentido de uma “Europa dos cidadãos”. De forma a aproximar a Europa dos seus cidadãos e aprofundar a
democracia participativa, foram tomadas algumas medidas:

• Reforço dos poderes do Parlamento Europeu, visto que este é o órgão que representa diretamente os cidadãos;

• Simplificação dos tratados e dos procedimentos, de modo a torna-los mais acessíveis e de mais fácil compreensão ao
cidadão;

• Reforço dos fundos estruturais, de forma a garantir a coesão económica e social.

A afirmação externa da União Europeia

Atualmente a UE desempenha um importante papel no contexto internacional a par de outros blocos, sendo o
maior bloco comercial do mundo. O processo de alargamento e de aprofundamento que a União tem percorrido
desde a sua origem tem permitido a sua reafirmação como potência mundial, competindo com o Japão e EUA.
O mais recente alargamento (2007) trará maior peso à UE, o que lhe permitirá obter uma posição mais favorável
nas negociações com os seus parceiros mundiais, juntos das organizações do comércio mundial, como a OMC.

12.4 – Portugal no contexto da União Europeia


Com o alargamento da União Europeia a Leste, o nosso país também enfrenta a diminuição dos apoios
comunitários, nomeadamente, nas áreas respeitantes à agricultura e à pesca. Assim é importante promover a
produtividade e a eficiência de Portugal:
• Criando condições para atrais investimento estrangeiro, através da aplicação de reformas fiscais e laborais, da
desburocratização dos processos administrativos e de melhorias ao nível da justiça;
• Apoiando a formação dos cidadãos numa perspetiva de longo prazo (formação para a vida), para melhorar a
produtividade e, simultaneamente, combater o desemprego;
• Reforçar a investigação e desenvolvimento (I&D) nas áreas que podem permitir o aumento da competitividade,
o surgimento de novas oportunidades de negócio e o desenvolvimento de projetos de maior valor acrescentado.

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