11.

º ano
ECONOMIA A

Tema 12
A economia portuguesa no contexto da União Europeia

Ana Luísa Rodrigues 12.1 A integração económica — noção e formas de

integração
Maria João Pais
12.2 As principais etapas da construção europeia
Maria Manuela Góis 12.3 As instituições da União Europeia
Belmiro Gil Cabrito
Tema 12 A economia portuguesa no contexto da União Europeia

12.1 A integração económica — noção e formas de integração

Noção de integração económica

Integração de várias economias e/ou países num espaço económico mais vasto,
que ultrapassa as fronteiras nacionais. A integração implica que entre essas
economias se eliminem as barreiras à livre circulação de bens, serviços e fatores
de produção.

Na União Europeia, os Estados-

membros acordaram em ceder
parte da sua soberania a uma
comunidade supranacional, ou
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Formas de integração
Sistema de preferências
económica aduaneiras

Zona de comércio livre

União aduaneira

Mercado comum ou único

A integração pode ser

realizada apenas a nível União económica
comercial ou atingir níveis
de integração mais
União económica e monetária
profundos em termos
económicos e políticos.
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Organizações de integração económica no mundo

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Vantagens da integração económica

▪ Aumento da produção, em resultado da

especialização económica (vantagens
comparativas de cada país) e da
obtenção de economias de escala
decorrentes;
▪ Acréscimo dos fluxos de capitais,
nomeadamente do investimento direto;
▪ Melhoria dos termos de troca no comércio externo;
▪ Crescimento do emprego, do rendimento, do consumo e do bem-estar;
▪ Estabilidade política e eliminação de tensões e conflitos em resultado da
maior cooperação entre os países.
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Desvantagens da integração económica

▪ Diminuição de receitas públicas, dada

a eliminação das tarifas aduaneiras;
▪ Perda de instrumentos de política
económica (taxa de câmbio, taxa de
juro, despesas públicas, entre outros);
▪ Agravamento dos desequilíbrios
regionais (entre países/regiões mais
desenvolvidas e países/regiões mais
vulneráveis), em resultado da maior
concorrência;
▪ Perda de soberania nacional em favor
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12.2 As principais etapas da construção europeia

O processo de integração europeia iniciou-se nos anos a seguir ao final da II

Guerra Mundial tendo como principais objetivos: consolidar a paz, desenvolver as
economias e instituir o Estado de direito e a democracia no espaço europeu.

▪ O processo iniciou-se com a criação da

CECA, aprofundou-se ao longo do tempo
com a CEE, depois com a realização do
mercado único e a seguir com a União
Económica e Monetária e a criação da
moeda única (o euro), em 1999.
▪ O projeto europeu, adotado inicialmente
por seis países, foi sendo objeto de
adesão de vários países, contando, em
https://infoeuropa.eurocid.pt/registo/000084668/documento/0001/
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As principais etapas da construção europeia

A CEE alargou-se para 12 países, com a entrada de Portugal e Espanha, em 1986.

Critérios de convergência nominal ou de Maastricht

O tratado da União Europeia,
assinado em 1992, em Estabilidade dos
preços
A taxa de inflação não pode exceder em mais de 1,5 pontos percentuais
as taxas dos três Estados-membros com melhores resultados.
Maastricht, traduziu a Finanças O défice orçamental não poderá ser superior a 3% do PIB.
públicas sólidas
vontade de transformar uma e sustentáveis A dívida pública não poderá exceder 60% do PIB.

comunidade essencialmente O país tem de participar no Mecanismo de Taxas de Câmbio (MTC II)

económica numa união em Estabilidade das

que a componente política
fosse mais acentuada e de
preparar uma união económica
e monetária.
durante, pelo menos, dois anos e a sua taxa de câmbio não pode registar
taxas de câmbio grandes desvios relativamente à taxa central do MTC II. Além disso, não
pode desvalorizar a taxa de câmbio central bilateral da sua moeda em
relação ao euro durante o mesmo período.
A taxa de juro a longo prazo não pode exceder em mais de dois pontos
Taxas de juro a
longo prazo percentuais as taxas dos três Estados-membros com melhores resultados
em termos de estabilidade de preços.
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 A economia portuguesa
Tema 12
no contexto da União Europeia
Conselho Europeu Define as orientações e prioridades políticas da UE.

12.3 As instituições da Comissão Europeia

Propõe a legislação europeia e executa-a.

União Europeia Representa os interesses da UE.

Aprova, em conjunto com o Parlamento Europeu, a

Conselho da União
legislação europeia. Representa os interesses dos
Europeia
Estados-membros.

Altera e aprova a legislação europeia. Aprova o

Parlamento
orçamento da UE.
Europeu
Exerce o controlo democrático da UE.

Tribunal de Justiça Garante a aplicação do direito da UE.

Tribunal de Contas Controla a gestão das finanças europeias.

Banco Central Faz a gestão do euro. Define e executa a política

Europeu monetária comum.

Investiga queixas relativas a má administração por

Provedor de Justiça
A soberania dos Estados-membros parte das instituições europeias.

convive com a soberania comum, Autoridade Protege as informações pessoais dos cidadãos e
Europeia para a residentes da União, armazenados pelas
uma vez que os Estados delegam Proteção de Dados instituições europeias.
alguns dos seus poderes de decisão Comité Económico e Representa trabalhadores, empregadores e outros

nas instituições europeias. Social grupos de interesse. Tem funções consultivas.

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As Instituições da UE – Síntese

▪ A par dos poderes e competências dos Estados-membros, o processo de

integração europeia exige o desenvolvimento de ações a cargo das
instituições europeias. As principais instituições europeias são:
▪ O Conselho Europeu define as linhas políticas de orientação da UE. 
▪ A Comissão Europeia representa os interesses comuns da UE, propõe a
legislação e executa‑a. É composta por 27 comissários, um de cada Estado-
membro.
▪ O Conselho da UE representa os interesses dos Estados‑membros. Aprova,
conjuntamente com o PE, a legislação europeia. Neste órgão têm assento
os ministros dos governos dos países.
▪ O Parlamento Europeu representa os cidadãos europeus. Altera e aprova
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ATIVIDADE A

Como definir a Europa?

Trabalho “ A União está imaginada no sentido de criar um

TAREFAS
1. Proceder à leitura/audição individual
da crónica «Definição da Europa», de
Lídia Jorge.
espaço que privilegie a partilha de bens e a
proximidade das pessoas, seu projeto de cultura e
solidariedade, como metas a alcançar, ainda que se
saiba que na totalidade nunca se poderão alcançar
por inteiro.

2. Debater a questão «Como definir a
Europa?»
3. Construir uma definição de Europa.
Mas, elas são, como toda a utopia, uma luz, uma
candeia incerta que vai à frente indicando um
caminho que se desenha no escuro.”
Lídia Jorge, Definição da Europa in Em Todos os Sentidos, D. Quixote, 2020