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AS RELAÇÕES BRASIL- EUROPA DE

1994 – 2010

Entre o Inter-regionalismo e
Bilateralismo
Introdução

As relações Brasil – Europa, de 1994 a 2010, entre o inter-regionalismo e o


bilateralismo foram marcados pela busca europeia de uma nova presença mundial. Isso
aconteceu ao mesmo tempo em que o Brasil também buscou contrabalancear a presença
americana na região e firmar-se de modo autônomo no cenário internacional. O Mercosul foi
um dos elementos decisivos nesse jogo de trocas e estabilidades, da mesma forma que as
políticas agrícolas dos dois grandes do comércio mundial condicionam em boa medida as
demandas e concessões dos três lados.
A busca de um espaço de diálogo político, de intercâmbio econômico e cooperação
que ultrapassasse as negociações bilaterais entre o bloco e países sul americanos em separado
deu lugar a negociações grupo-grupo, através de uma política da União Europeia de promoção
do regionalismo e integração. O aprofundamento das negociações entre a União Europeia e os
países do Mercosul deu-se com a elaboração do Acordo-Quadro Inter-regional de Cooperação
de 1995 e a projeção de uma associação inter-regional e uma zona de livre comércio
intercontinental.
As estratégias e relações inter-regionais não passavam a se reduzir ao âmbito de um
diálogo entre os dois blocos, mas também se estabeleceu entre a União Européia e países
singulares do Mercosul, cujo maior exemplo é a parceria estratégica entre Brasil e União
Europeia firmada em 2007, objeto de reivindicações de outros países como o caso da
Argentina.
Tendo em vista esses cenários, este trabalho visa discutir as relações inter-regionais
entre o Mercosul e seus estados-partes e a União Européia e seus estados-membros e
demonstrar quais são as perspectivas e em que âmbitos se desenvolverão as interações entre os
dois blocos e seus países. A questão de maior relevância é responder se a associação inter-
regional do Mercosul e União Europeia são possíveis e quais os maiores desafios. Para tanto,
deverão ser analisados a importância da União Européia e do Mercosul, Bilateralismo e inter-
regionalismo, e a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com relação a União
Européia e o Mercosul, considerada uma marca política externa dos anos 1990 e uma das
prioridades da agenda do ex-presidente.
A última parte ocupa-se de estratégias do inter-regionalismo entre o Mercosul e União
Europeia e do seu desenvolvimento nos últimos anos, em especial desde 2007 com a
elaboração de uma parceria estratégica entre o Brasil e União Europeia. A primeira parte trata
dessa estratégica, por meio de uma breve exposição de elementos mais importantes de seu
plano conjunto e de suas consequências à coesão do relançamento da estratégia grupo-grupo,
das negociações inter-regionais entre o Mercosul e União Europeia 2010, em especial a partir
das reuniões do Comitê de Negociações Birregionais. Uma outra parte também será dedicada
aos desafios a serem vencidos e às perspectivas de concretização da associação inter-regional
entre Mercosul e União Europeia.
Mercosul

Tratado de Assunção

No dia 6 de julho de 1990, o então presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello, e o


da Argentina, Carlos Menem, assinam a Ata de Buenos Aires de integração econômica entre os
dois países. No ano seguinte, é firmado o Tratado de Assunção, com a adesão de Uruguai e
Paraguai, para assim constituir o MERCOSUL.
Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai assinam, em 26 de março de 1991, o Tratado
de Assunção com objetivo de estabelecer um mercado comum entre os quatro países, nascendo
assim o MERCOSUL ou Mercado Comum do Sul.

MERCOSUL ou Mercado Comum do Sul

O Mercado Comum do Sul, mais conhecido como MERCOSUL, é a união aduaneira


de livre comércio interzona e política comum da América do Sul e foi instituído, em 1991,
através do Tratado de Assunção.

Formação

O MERCOSUL tem como Estados membros a Argentina, Brasil, Paraguai e o


Uruguai. A Venezuela foi agragada ao bloco a partir de 2008. Qualquer entrada de um novo
membro no bloco tem que ter a aprovação dos países já integrantes.
Existem também os Estados Associados: Bolívia, Chile, Perú, Colômbia e Equador.
A principal atribuição é a Decisão do Conselho do Mercado Comum.

Estrutura Institucional

A estrutura institucional básica do MERCOSUL é composta por:


* Conselho do Mercado Comum – órgão supremo cuja função é conduzir a política
do processo de integração. É formado pelos ministros de Relações Exteriores e de Economia
dos Estados-países, que se pronunciam através de decisões.
* Grupo de Mercado Comum – Órgão de decisão executivo. Tem a responsabilidade
de fixar os programas de trabalho e negociar acordos com terceiros em nome do MERCOSUL.
* Comissão de Comércio do MERCOSUL – Órgão decisório técnico. Responsável
por apoiar o Grupo de Mercado Comum no que diz respeito à política do bloco.
O MERCOSUL conta também com outros órgãos consultivos:
* Comissão Parlamentar Conjunta – Órgão de representação parlamentar. Conta com
até 64 parlamentares, 16 de cado Estado membro.
* Foro Consultivo Econômico Social – Órgão consultivo que representa os setores da
economia e da sociedade.
* Comissão de Representantes Permanentes do MERCOSUL – Órgão permanente da
Comissão de Mercado comum. É integrado por representantes de cada Estado país. A
presidência fica por conta de uma personalidade política de destaque de um dos países que
formam o MERCOSUL.
Para dar apoio técnico a essa Estrutura Institucional, o MERCOSUL conta com a:
* Secretaria do MERCOSUL – Seu caráter é permanente e sua sede fica em
Montevidéu, no Uruguai.

Migração Interna

Cidadãos de quaisquer países do MERCOSUL, natos ou naturalizados há 5 anos,


pelo menos, terão seus processos de obtenção de residência temporária simplificado. As
exigências são o passaporte válido, certidão de nascimento, certidão negativa de
antecedentes criminais e, dependendo do país, certificado médico da autoridade de
migração.
A residência temporária pode se transformar em permanente, de forma bem
simples, com a comprovação de meios de vida lícitos para o sustento próprio e da família,
se houver.

O que é União Europeia?

A União Europeia (UE) foi formada em 1958 e tem seus alicerces na Comunicada
Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na comunidade Econômica europeia (CEE). Hoje, 27
Estados-nações independentes e localizados, principalmente, na Europa. A sua denominação
atual foi estabelecida no Tratado de Maastricht, de 1993.
Através de um sistema híbrido de instituições supranacionais independentes. Podemos
citar como mais importantes: Comissão Europeia, Conselho da União Europeia, Conselho
europeu, Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento
Europeu é eleito a cada 5 anos pelos cidadãos dos Estados-nações membros que formam a
União Europeia.
Um Mercado comum foi desenvolvido através de um sistema padrão de leis aplicadas
a todos os Estados membros. Não existe controle de passaportes com o objetivo de assegurar a
livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.
Em 1999, foi criada a União Monetária, ou Zona Euro que conta com 17 Estados
membros com uma moeda comum, o EURO.
A União Europeia tem representação na Organização Mundial do Comércio (OMC),
nas Organizações das Nações Unidas (ONU), no G-8 e no G-20.
Mais de 500 milhões de pessoas é a população total da União Europeia, representando
7,3% da população mundial. O seu Produto Interno Bruto (PIB) é de cerca de 12,2 milhões de
Euros.

Política

O governo da União Europeia está em um modelo híbrido de modelo de conferência


intergovernamental e supranacional.
No modelo de conferência intergovernamental os Estados mantém todos os seus
privilégios. Com as decisões sendo tratadas entre os Estados e devem ser tomadas por
unanimidade. Os maiores defensores deste modelo são os Eurocéticos que são chefes de Estado
e de governo que são legítimos, democraticamente, perante seus cidadãos. Para eles são as
nações é que deveriam controlar as instituições da União Europeia.
No modelo supranacional uma parte da soberania dos Estados é delegada pela União
Europeia. Defendido pela Eurofilia que salientam que a representação dos cidadãos deve ser
pelas instituições, adaptável devido ao alargamento da UE nos anos de 2004 e 2007 a fim de
evitar qualquer risco de paralisia.
É utilizado um modelo híbrido de governo: o Conselho da União Europeia, que
representa os Estados e o Parlamento Europeu, representante dos cidadãos.
As mais importantes instituições supranacionais independentes são:
* Parlamento Europeu – É a assembleia parlamentar, eleita por manifestação direta
dos cidadãos da União Europeia.
* Conselho da União Europeia – Era conhecido como Conselho de Ministros,
representa os governos dos Estados membros, sendo o principal órgão legislativo e de tomada
de decisão.
* Conselho Europeu – Composto por Chefes de Estado membros da UE, além do
presidente da Comissão Europeia.
* Instituição politicamente independente que representa e defende os interesses da UE
como um todo. Responsável pelas execuções das decisões do Parlamento e do Conselho,
também propõe leis, políticas e programas de ações. Tem poder executivo e de iniciativa.
* Tribunal de Justiça da União Europeia - Garante o cumprimento da legislação, já
que os Estados membros estão sujeitos as penalidades indicadas por ele.
* Tribunal de Contas Europeu – Controla a legalidade e a regularidade da gestão de
orçamento.
* Banco Central Europeu – Sua principal missão é preservar o poder de compra na
Zona Euro, assegurando a estabilidade de preços.

Estados Membros

A União Europeia é formada por 27 Estados soberanos: Áustria, Bélgica (fundador),


Bulgária, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França (fundador),
Alemanha (fundador), Grécia, Hungria, Irlanda, Itália (fundador), Letônia, Lituânia,
Luxemburgo (fundador), Malta, Países Baixos (fundador), Polônia, Portugal, Romênia,
Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Reino Unido.
A Croácia, a Islândia, a Macedônia, Montenegro e Turquia são candidatos oficiais à
adesão ao bloco europeu. Outros como Albânia, Bósnia e Herzegovina e Sérvia são
reconhecidos como potenciais candidatos. Já o Kosovo também está na lista de potencial
candidato a cadeira, mas a Comissão Europeia não a considera um país independente.
Alguns países têm comprometimentos com a economia e regulamentos, mas não fazem
parte da União Européia. Elas formam a Associação Europeia de Livre Comercio (EFTA, sigla
em inglês). São eles: Islândia (país está tentando a adesão), Liechtenstein e a Noruega que são
partes do Mercado Único, através do Espaço Econômico Europeu, e a Suiça através de tratados
bilaterais. Já os microestados como: Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano incluem o uso
da moeda EURO em suas operações monetárias.

Participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas relações


do Brasil com o MERCOSUL e UE
A UE sempre foi a principal parceira comercial e fonte de investimentos externos do
Brasil, porém a partir do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este papel prioritário
começou a sofrer mudanças. Através das alianças propostas no G20, frente as maiores
economias do mundo, o Brasil passou a ser uma liderança entre os países em desenvolvimento.
Além do governo Lula ser membro ativo no Conselho de Direitos Humanos; nas operações de
paz no Haiti com cerca de 1200 militares brasileiros; e na Comissão de Construção da Paz na
Guiné-Bissau em 2010.
No MERCOSUL, também foi houve a participação no G20, que é um conjunto de
nações em desenvolvimento com maior relevância, incluindo Brasil, Índia, China, Rússia e
África do Sul. Uma das estratégias desses países é deixar em evidência a política externa entre
eles, abrindo novas rotas comerciais.
A política brasileira para um novo inter-regionalismo dos países em desenvolvimento
aumentou sua importância mundialmente. Desta maneira, a UE agiu com um maior interesse a
uma parceria brasileira. A UE tinha o objetivo de fazer parte das negociações do sul, deixando
as ações do Brasil mais fortes e facilitando um acordo entre UE-MERCOSUL. Esta aliança
deixaria o Brasil líder da América Latina.
No ano de 2007, em Lisboa, aconteceu a primeira Cimeira Brasil-UE, onde foram
firmadas as ações bilaterais com um plano de ação conjunto e princípio de integração flexível.
Este plano de ação conjunto prevê cinco áreas relevantes: 1) paz e segurança através de um
sistema multilateral eficaz; 2) parceria econômica, social e ambiental destinados ao
desenvolvimento sustentável; 3) cooperação regional; 4) ciência, tecnologia e inovação; 5)
intercâmbio entre as populações.
A segurança no sistema multilateral é elemento essencial para os problemas nos países.
Ação conjunta que solucione os problemas nos estados nacionais com o fortalecimento da
ONU e dos seus órgãos.
A promoção econômica destina-se ao cumprimento dos objetivos de desenvolvimento
do milênio e promoção da inclusão e coesão social, além de uma promoção para a parceria
ambiental. Assim como o interesse da UE pela energia renovável do Brasil, para não depender
de regiões instáveis como o Oriente Médio.
Em 2010, o Governo Lula obteve vitória no caso dos subsídios para os produtores
de algodão dos Estados Unidos. Os impostos de outros produtos também sofreram uma queda,
auxiliando em maiores negociações com os EUA com o objetivo de acabar com a disputa.

Consequências da relação Lula e União Europeia


A União Europeia e o Brasil têm tradicionalmente boas relações, cobrindo domínios
muito vastos, do político ao econômico, comercial ou cultural. Durante o primeiro governo
Lula, as relações se intensificaram. Marco importante foi a primeira visita bilateral de um
presidente da Comissão Europeia ao Brasil. Sendo assim, é evidente que a ação da União
Europeia na América Latina se multiplicou.
Embora a União Europeia tenha sido a inspiradora do Mercosul, existem profundas
diferenças entre as duas organizações. O Mercosul preconiza a instituição de um mercado
comum, através de uma união aduaneira e da livre circulação dos bens e das pessoas, enquanto
a União Européia preconiza uma união econômica e monetária, além da concretização da
integração econômica e política.
A realidade geopolítica do mundo atual faz realçar os dois blocos regionais que exibem
mais extensão e profundidade no processo de integração – a União Europeia já consolidada,
reforçada com a incorporação dos países do Leste Europeu, e o Mercosul, em marcha acelerada
para tornar-se irreversível, fortalecendo-se com o provável ingresso definitivo do Chile e da
Bolívia.
Há mais de 4 anos os negociadores do Mercosul e da União Européia vêm definindo o
programa de trabalho para definir o acordo quadro para formatação da Área de Livre Comércio
entre os dois blocos. Entre outros temas, destacam-se: acesso a mercado de bens, incluindo-se
os produtos agropecuários (tema mais importante para o Mercosul); definição dos métodos e
modalidades para a negociação de serviços; consolidação dos textos em normas e regulamentos
técnicos, defesa da concorrência, regime geral de origem, propriedade intelectual,
procedimentos aduaneiros e solução de controvérsias; facilitação de negócios, avaliação da
implementação do Plano de ação de Madri (acesso a mercados); definição de métodos e
modalidades para a negociação de compras governamentais e investimentos; regras, capítulos
de bens, defesa comercial, serviços, comércio eletrônico e investimentos; cooperação para o
desenvolvimento; esboço de propostas para um quadro normativo para os acordos em vinhos e
bebidas espirituosas; troca de impressões sobre metodologia para avaliação de impacto sobre a
sustentabilidade; impacto do alargamento da União Europeia.
Evidente está que haverá necessidade de derrubar barreiras na União Europeia para os
produtos originários do Mercosul. As barreiras chegam a atingir 30 tipos de defesa tarifária e
várias cotas de proteção. As negociações do Mercosul com a União Europeia estão justamente
no contraponto das dificuldades e porque não dizer do atual descompasso em relação às
negociações com os Estados Unidos, em relação à Área de Livre Comércio das Américas
(ALCA).
A integração do espaço regional, atualmente, deve transcender as questões econômicas
para englobar questões mais inerentes à qualidade de vida das populações. Como o uso
econômico, e consequentemente a alocação de recursos, deriva diretamente do aproveitamento
racional do meio ambiente, os acordos no âmbito da Bacia do Prata, e por que não dizer do
Mercosul, devem ter em conta a sustentabilidade do crescimento da economia a longo prazo e
a distribuição das suas benesses aos povos que habitam a região. Essa questão é essencial no
âmbito dos acordos regionais porque representa a superação de conflitos e evita a perda da
qualidade de vida. Então as políticas regionais mais do que coordenadas devem ser planejadas,
gerando uma distribuição justa dos investimentos e fomentando a transmissão inter-regional do
progresso entre as nações que compõem o Mercosul.
Assim, mais do que fluxos de comércio, o Mercosul deve garantir a ampla inserção das
economias regionais no progresso, por meio de políticas conjuntas de descentralização
industrial e de desenvolvimento. Se esta garantia for efetivada, com certeza será revertido o
quadro migratório e de subdesenvolvimento em que algumas regiões estão inseridas.
Considerações Finais:

As relações inter-regionais entre o Mercosul e a União Europeia foram baseadas na


criação de um projeto de associação inter-regional que abrangesse uma zona de livre-comércio
internacional.
As negociações para a conclusão dessa associação entre o Mercosul e a UE se
estenderam por vários anos, até serem interrompidas em 2004 e retomadas em 2010. Até hoje
não se conseguiu chegar a uma proposta que satisfizesse as duas partes. Os interesses mais
importantes que se contrapõem são os econômicos: do lado europeu é a liberalização de
produtos agrícolas, o do Mercosul é a de produtos industriais e serviços.
Neste cenário, o Brasil começou a crescer, assumindo um papel de liderança entre os
países em desenvolvimento e propondo alianças por meio do G20 das nações em
desenvolvimento e dos BRICS. O G20 das nações em desenvolvimento foi criado pela
Declaração de Brasília em 2003 e se distingue do G20 das maiores economias do mundo. O
BRICS é formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em 2007, devido as dificuldades em promover a integração, a União Europeia
desenvolveu uma nova estratégia na América Latina. A ascensão do Brasil, em razão do forte
crescimento econômico, fez que a UE reconhecesse que o país seria um parceiro ideal.
Esta parceria entre o Brasil e a União Europeia apresenta dois lados. A nova parceria
poderia aumentar as divergências entre os estados-partes do Mercosul, pois podem surgir
questionamentos sobre o compromisso da UE em alavancar Mercosul. Por outro lado, pode
haver um aumento no interesse dos estados-partes do Mercosul em usufruir de relações
privilegiadas com a UE.
No começo, a parceria tinha como objetivo preparar uma associação inter-
regional entre a UE e o Mercosul, mas, com o tempo, as estratégias passaram a ser paralelas ao
invés de serem complementares.

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