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Geografia

10º ano
1ºteste

Organização do território português:

 Localização (Portugal e territórios insulares):

a) Localiza-se no ocidente da P. Ibérica e no Sudoeste da


Europa, estando circunscrito a oeste e a sul pelo o
Atlântico e a este e a norte por Espanha
b) O arquipélago dos Açores - ~ 1500 km a oeste do
Relativa
continente
O arquipélago da Madeira - ~ 900 km a sudoeste do
continente

a) Portugal continental – 36º58` N e 42º09` de latitude

6º11` O e 09º 31´ O de longitude


Absoluta
b) Açores – 36º 56´ N e 39º 44´ N de lat. 25º01´O e 31º16
´ de long.
Madeira – 30º02´N e 33º08´N de lat. 15º51´O e 17º16

 Organização administrativa e estatística:

A divisão administrativa é constituída por:


18 distritos e 2 regioes autonomas*

divide-se em 308
concelhos
que se subdividem em
3092 freguesias

 *as regiões autónomas têm um estatuto político-


administrativo próprio, bem como um governo próprio.

Açores ---- 9 ilhas ---- 19 municípios --- 156 freguesias


Madeira ---- 2 ilhas ---- 11 municípios --- 54 freguesias

 Os municípios e as freguesias agregam uma maior


representatividade do poder local, uma vez que visam a
satisfação das comunidades (na saúde, saneamento,
educação, cultura)

Organização para fins estatísticos:


 Organiza-se em termos estatísticos num sistema designado
por NUTS ( fui criada pela a Eurostat – serviço estatísticos
da EU – visando a harmonização, das estatísticas e
repartição dos fundos comunitários, em todos os estados
membros.

1. NUTS I
Corresponde ao nível nacional:
Três regiões (Continente, regiões autónomas)
2. NUTS II
Corresponde ao nível regional
Sete regiões – cinco no Continente e duas regiões autónomas.
3. NUTS III
Corresponde às unidades administrativas
Vinte e cinco entidades intermunicipais* - 23 no continente e as duas
regiões autónomas
Entidades intermunicipais:
associações de municípios com
objetivos, orçamentos e gestão
próprias

 Inserção de Portugal:
Portugal integra diferentes organizações internacionais:

União
europeia+

OSCE CPLP+

organizações

OCDE ONU

NATO/OTAN

- Comunidade de Países de língua portuguesa:


Pertencem os países que tem o português como língua oficial e os países com
comunidades lusófonas.
São eles – Cabo Verde, Portugal, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Brasil, Angola,
Moçambique, Guiné equatorial, Timor-Leste.
Tem como objetivos:
 Alargar a influência portuguesa
 Expansão e a manutenção da identidade e nacionalidade
 Criação de oportunidades de cooperação económica e cultural
 Aprofundamento das relações entre os países e comunidades.
- A União Europeia, o que mudou em Portugal:
A CEE tinha como principais objetivos – unir os países, ultrapassar rivalidades,
reconstruir uma Europa devastada e destruída (WWII) e relançar atividades como a
agricultura, indústria, comercio, etc. Uns dos principais impulsionadores foi Robert
Schuman. (1951).

 Alargamentos:
Países Fundadores – Itália, Alemanha, França e os BENELUX

7º alargamento 2013 Croácia

 Tratados:

Tratado de Paris:
Assinado em 1951
Instituiu a CECA (comunidade económica do carvão e do aço):
 Reforçar a solidariedade franco-alemã
 Livre circulação do carvão e do aço
 Criar condições para a abertura de uma via para a integração europeia

Tratado de Roma:
Assinado em 1957
Instituiu a CEE
 Aprofundar a integração europeia abrangendo a cooperação europeia
 Estabelecer a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e
capitais
Tratado Maastricht:
Assinado em 1992
 Alcançar a união monetária e económica até 1999
 Instituir a cidadania europeia
 Obter novas políticas como a política externa e de segurança comum

Tratado de Amesterdão:
Assinado em 1997
 Atribuir novas competências à União Europeia
 Desenvolveu novas politicas ( a PESC, de emprego e proteção social)

Tratado de Nice:
Assinado em 2001
 Reformar as instituições europeias, por forma a preparar a União para o
alargamento a leste
 Reforçar os direitos fundamentais

Tratado de LIsboa:
Assinado em 2007
 Tornar a Europa mais democrática e mais apta a responder a
problemas mundiais, como as alterações climáticas.
 Instituiu a possibilidade de um estado-membro sair de forma
voluntária e unilateral da EU (exemplo do BREXIT em 2020)

**em 2002 a moeda única(euro) entra em circulação) **


 O que mudou em Portugal:

Comportamento das variáveis demográficas em Portugal

A importância dos censos:


São uma caracterização exaustiva da realidade demográfica e socioeconómica de um
país. É realizada pelo INE de 10 em 10 anos.
Finalidades:
 Determinar a localização das escolas, infraestruturas, etc.
 Organizar a distribuição de fundos a nível regional e local
 Elaboração de estudos sobre a população, mão de obra, impacte ambiental,
etc.

Indicadores demográficos: Variáveis demográficas:


1. Natalidade Crescimento natural = N-M
2. Mortalidade Saldo Migratório
3. Imigração
4. Emigração

Crescimento Efetivo = CN + SM

 Evolução da população portuguesa:

a) Crescimento continuo e regular (+- 1920/1950)


 Características rurais da sociedade
 Forte influência da igreja católica (contra aborto e
contracetivos)
 Baixo nº de mulheres a trabalhar, geral ficavam em casa
(população jovem)
b) Decréscimo (1960/1970)
 Saída da população para o estrangeiro
 Guerra nas colónias
 Alterações socioculturais (uso de meios contracetivos e
emancipação da mulher)
c) Aumento acentuado (1975/1980)
 Fim da guerra colonial
 Fim do surto migratório
 Regresso dos retornados
d) Estagnação (1980/1990)
 Baixas TN e baixas TM
 Aumento da esperança média de vida
e) Ligeiro Aumento (1990/2010)
 Imigração, sobretudo oriunda de Africa, Europa de leste,
Brasil e Asia
f) Ligeiro decréscimo (2011/2019)
 CN negativo devido à diminuição da natalidade
 SM negativo devido à crise económica de 2008-13

Repartição
O crescimento da pop. Residente, foi geralmente positiva, mas desigual
Os ganhos populacionais ocorreram no litoral (do cavado à AML e do Algarve)
No interior assistiu-se a uma redução continua e acentuada da pop.

Litoralização- concentração no
litoral de população, atividades
económicas, meios de
comunicação, etc.

Êxodo Rural – saída de


população do meio rural para o
meio urbano(cidades)

 Evolução da natalidade e da fecundidade


Até 1960 – Natalidade elevada:
o Os filhos eram vistos como fonte de rendimento (mão de obra para o campo)
o Desconhecimento do planeamento familiar
o A religião contesta o uso de contracetivos e o aborto
o A elevada taxa de analfabetismo no país

Após 1960 – decréscimo da natalidade


o A prática do planeamento familiar
o Generalização do uso de métodos contracetivos
o Melhorias do nível de vida e da educação dos filhos (consequente aumento das
despesas)
o Decréscimo do nº de casamentos e aumento do nº de divórcios
o Entrada da mulher no mercado de trabalho
o Dificuldades na aquisição de habitação, sobretudo nas cidades

Repartição

A taxa de fecundidade é um indicador mais


preciso que a taxa de natalidade para
avaliar a capacidade de reprodução da pop.

ISF – nº medio de filhos por mulher em


idade fértil (15-49)

I. de Renovação de gerações – nº de filhos


que cada mulher deveria ter, para que as
gerações pudessem ser substituídas (2,1
filhos)

As NUTS III com menores TN – Trás-os-Montes; Beiras e Serra da Estrela; Alto


Tâmega; Beira Baixa. Onde há maior proporção de idosos e consequentemente
maior envelhecimento da população
Com maior TN - do cavado à AML e do Algarve. Onde há uma maior proporção de
população jovem e um nº significativos de imigrantes.

• Evolução da Mortalidade
Fatores do aumento – primeira metade sec. XX
o Maus anos agrícolas
o Falta higiene
o Peste e Guerra (1910- 1920)
o Medicina pouco desenvolvida

Fatores do decréscimo (1960- )


o Melhoria na alimentação, do nível de vida, e do
saneamento básico
o Melhoria dos cuidados de saúde
o Instrução da população
o Rede de vacinação

Repartição
 Os maiores valores registraram-se no interior, devido ao
envelhecimento da população, à grande proporção de
idosos e ao êxodo rural.

Esperança média de vida:


 A diminuição da taxa de mortalidade e também da TMI, contribuem para o
aumento da esperança média de vida.
Também em consequência dos progressos na medicina, na melhoria da assistência
médica e das condições de vida
 Evolução da mortalidade infantil

Fatores do elevado decréscimo:


o Melhorias nos cuidados materno-infantil
 Vacinas – doenças infeciosas
 Assistência medica antes, durante e após o parto
 Melhorias nas condições fito sanitárias
o Melhorias na alimentação
o Crescente procura das mães por serviços de maternidade

A taxa de mortalidade infantil é um bom indicador do grau de desenvolvimento de


um território, reflete as condições de vida nesses territórios, ao nível, por exemplo:
 Das características socioeconómicas
 Dos progressos médico-sanitários
 Do acesso da população aos cuidados de saúde
 Acompanhamento das crianças nos primeiros meses de vida
Repartição
Maiores valores, foram Baixo Alentejo, Alto Tâmega, Alentejo litoral,
AML. Devido:
 Adiamento continuo da maternidade (forçar os nascimentos
prematuros e de potencial risco)
 Condições precárias dos imigrantes

O crescimento Natural:
Em Portugal assistiu-se a uma estabilização da taxa de mortalidade e uma diminuição
da taxa de natalidade.

 Movimentos migratórios na evolução da população


portuguesa:

A emigração:
A emigração portuguesa não é um fenómeno recente. As motivações económicas
que se traduzem pela procura de emprego, de melhores salários e de melhores
condições de vida, têm sido a principal causa da emigração.
Fases da emigração:

Fases

1960/73 – Constitui o o No pós Segunda Guerra, os países ocidentais precisavam


maior e mais importante de mão de obra barata, para a indústria e reconstrução.
fluxo migratório nacional
o A economia portuguesa assente numa agricultura
tradicional, baixos salários e num elevado desemprego e
um regime ditatorial e a guerra colonial, levaram a que
mais de 1 milhão de portugueses abandonassem o país
(muitos de forma clandestina)
o A emigração foi sobretudo intracontinental ( França,
Alemanha, Reino Unido, Luxemburgo, Suíça, EUA,
Canadá)

1974/79 – Diminuição o 25 de abril de 74, fim da guerra colonial, e consequente


da emigração democratização do país. Favoreceu a abertura da
economia ao exterior, o que melhorou a economia
portuguesa e o nível de vida dos portugueses.
o Choques petrolíferos – restrições na entrada de
população estrangeira.

1980/89 – Diminuição o Devido à entrada na CEE, o que melhorou a economia


da emigração portuguesa e o nível de vida dos portugueses.

1990/99 – Aumento da o As vantagens da livre circulação no território


emigração comunitário (espaço Schengen) favorecem a ida de
muitos trabalhadores para o setor da construção civil na
França e Alemanha

Década de 2000 – o Em resultado da estagnação da economia e da


aumento da emigração diminuição do investimento público, e entrada do euro
em Portugal, traduziram-se na degradação das condições
de trabalho (emigração continua para os países
europeus)
o Houve um crescimento significativo de emigrantes muito
bem qualificados, estudantes.

Década de 2010 – o É marcada por uma década com uma onda semelhante à
aumento até 2013, de 1960, devido:
seguido de um decréscimo
o À recessão económica, após o início da crise do subprime

o Às medidas de austeridade, no âmbito do programa da


troika
o Diminuição da emigração registou-se em 2014, com a
retoma do crescimento económico em Portugal
- Consequências da emigração:

Nas áreas de chegada Nas áreas de chegada


o Diminuição da pop. Ativa o Ligeira diminuição dos salários
o Envelhecimento demográfico o Aumento do desemprego
o Diminuição do dinamismo económico o Saída de divisas
o Abandono dos campos agrícolas o Dificuldades de integração
o Falta de habitação

A imigração:
A imigração é um fenómeno mais recente. E pode-se distinguir em 3 fases.

Fases
1974/75 A revolução de 25 de abril e a independência das
colónias, fizeram com que +500mil retornados
voltassem a Portugal

1986 a 2000 A entrada para a CEE, promoveu a transferência de


montantes, para serem aplicadas nas construções, o
que levou a uma procura de mão-de-obra. Atraindo
imigrantes dos Palop e do Brasil.
Esses imigrantes contribuíram para o desenvolvimento
do país.
2000/20 As grandes oportunidades de emprego atraíram muitos
imigrantes.
A retoma económica do país refletiu-se num novo
incremento da imigração

Nas áreas de chegada Nas áreas de chegada


o Diminuição do desemprego o Aumento da pop. Ativa
o Melhoria nos salários o Aumento do dinamismo económico
o Entrada de divisas e empreendedor
o Introdução de novas ideias e culturas o Difusão de referências culturais

O saldo migratório:

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