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Geografia – 10º (11/21)

- Constituição das diferentes unidades territoriais portuguesas


Ao nível nacional, Portugal divide-se em duas regiões autónomas e dezoito distritos no
continente. Já ao nível da EU, três NUTs I, sete NUTs II e vinte e cinco NUTs III.
Portugal Continental encontra-se atualmente dividido em 18 distritos.
89 102 km2

O Arquipélago dos Açores (Região Autónoma) é constituído por 9 ilhas.


2322km2
O Arquipélago da Madeira (região autónoma) é constituído por 2 ilhas e 2 conjuntos de ilhéus.
802km2

- NUTs (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos)


Esta nomenclatura permite uniformizar as estatísticas regionais e serve de base à atribuição de
fundos comunitários.

Em Portugal, as:

 NUTs I são 3 – Continente, R.A. dos Açores e R.A. da Madeira -, e correspondem


às unidades geográficas do território nacional;
 NUTs II são 7 – 5 no Continente, mais as 2 regiões autónomas;
 NUTs III são 25 – 23 no Continente, mais as 2 regiões autónomas.

- Principais elementos de um mapa


Título;
Escala: é a relação entre e distância no mapa e a distância real; quanto maior for o
denominador, maior é a escala e maior é o pormenor do mapa.
Pode ser numérica (fração), a cada centímetro no mapa corresponde o número de
centímetros indicado no denominador.
Pode ser gráfica, o segmento de reta representa a medida que, no mapa, corresponde à
distância real indicada (m ou km).
Km Hm Dam M Dm Cm 100 km=10.000.000 cm 1/10.000.000

Legenda: é um conjunto de sinais, símbolos e cores que nos ajudam a ler/interpretar o mapa;
Localização: pode ser relativa (através do rumo da rosa dos ventos) ou absoluta (coordenadas
geográficas – latitude e longitude).

- Posição relativa de Portugal Continental e Insular na Europa e no Mundo


Portugal, localizado no extremo sudoeste da Europa, com uma costa marítima com acesso
direto às grandes rotas marítimas mundiais que cruzam o Atlântico, conferindo-lhe uma
posição:

Central no espaço atlântico, constituindo um elemento


Periférica no espaço europeu, o que
estratégico favorável à inserção e ao papel de
sempre se traduziu numa certa
relevância que Portugal pode ter nas relações
marginalização e atraso face à
internacionais, nomeadamente como encruzilhada das
evolução cultural, política e
rotas de comércio marítimo do Atlântico e como
económica ocorrida além das suas
interlocutor entre a Europa e o mundo, sobretudo os
fronteiras terrestres.
países de língua oficial portuguesa.

Portugal encontra-se a Oeste do Meridiano de Greenwich, no hemisfério Norte, no extremo


sudoeste europeu e ocupa a faixa ocidental da Península Ibérica (um quinto do território).

- Rosa dos ventos


N Norte/ Setentrional
S Sul/Meridiano
E Este/Nascente/Leste/Oriente
O Oeste/Poente/Ocidente

N Nordeste
E
SE Sudeste
SO Sudoeste
N Noroeste
O

NNE Nor-Nordeste
ENE Lês-Nordeste
ESE Lês-Sudeste
SSE Su-Sudeste
SSO Su-Sudoeste
OSO Oés-Sudoeste
ONO Oés-Noroeste
NNO Nor-Noroeste

- Elementos da esfera terrestre


Latitude – distância angular compreendida entre o Equador e o paralelo do lugar;
Longitude – distância angular compreendida entre o Semi-Meridiano de Greenwich e o semi-
meridiano do lugar;
Eixo da Terra – linha imaginária que passa pelo centro da Terra e liga o Polo Norte ao Polo Sul.
É a linha em torno da qual a Terra executa o seu movimento de rotação;
Equador – círculo máximo perpendicular ao eixo da Terra, dividindo-se em dois hemisférios: o
Norte e o Sul;
Círculo máximo – círculo que divide a Terra em duas partes iguais, ex.: equador e meridianos;
Meridiano – círculo máximo perpendicular ao Equador que passa pelos Polos;
Círculo menor - círculo que divide a Terra em duas partes diferentes e que é paralelo ao
Equador;
Paralelo – círculo menor paralelo ao Equador.

- Pontos extremos de Portugal

Portugal Continental Território Nacional


Norte Foz do rio Trancoso Foz do rio Trancoso
Sul Cabo de Santa Maria Porta do Sul (Selvagens)
Este Marco de fronteira 494 Marco de fronteira 494
Oeste Cabo da Roca/Berlengas Fajã Grande (Flores)
- União Europeia (UE)
Face à desorganização económica, à instável situação política e à perda de influência da Europa
nos anos após a 2ª Guerra Mundial, houve necessidade de que os países europeus se unissem.
Jean Monet e Robert Schuman foram as duas grandes personagens que estão ligadas à criação
da CEE. O tratado que deu origem à CEE designa-se por Tratado de Roma e foi assinado a 25
de março de 1957.

Tratado de Paris havia sido anteriormente assinado (1951) e originou a constituição da


CECA(Comunidade Europeia do Carvão e do Aço).

Desorganização
económica
Destruição de
Perda de influência da infraestruturas e
Europa milhões de mortes
FRAGILIDADE DA EUROPA

Miséria e fome Situação política instável

- Países fundadores
BENELUX + FIA
Bélgica – Países Baixos – Luxemburgo – França – Itália – República federal da Alemanha

- Principais objetivos

A manutenção da paz entre os Estados-Membros; (principal)


Criação de uma Europa sustentável;
Progressão do desenvolvimento científico e técnico;
Adoção de políticas comuns;
Promoção da coesão económica e social;
Criação de um mercado comum: livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.
(principal)

- UE: alargamentos
Ao longo dos anos a adesão à CEE foi se dando por toda a Europa.
1957 (formação da CEE): Bélgica, Países baixos, Luxemburgo, França, Itália, república Federal
da Alemanha.
1973 (1º alargamento): Reino Unido, Irlanda e Dinamarca.
1981 (2º alargamento): Grécia.
1986 (3º alargamento): Portugal e Espanha.
1995 (4º alargamento): Finlândia, Suécia e Áustria.
2004 (5º alargamento): Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Hungria, Chipre, Malta, República
Checa, Eslováquia, Eslovénia
2007 (6º alargamento): Roménia e Bulgária.
2013 (7º alargamento): Croácia.

Com o alargamento aos países de Leste surgiram vantagens para a europa, sendo elas:
- união da Europa;
- estender a prosperidade e a estabilidade ao maior número de países;
- alargamento do mercado comum;
- aumento da influência da UE no contexto mundial.

Em 1992 foi assinado o Tratado que viria a mudar o nome à, então, CEE. Assinado na cidade
dos Países Baixos, o Tratado de Maastricht deu origem à designação EU (União europeia). Não
só a sigla mudou, mas também os objetivos, que outrora eram apenas económicos, passaram a
abranger a política, a cidadania, etc… + objetivos sociais e culturais

A União Europeia é atualmente constituída por 27 países, após uma desistência. Grande parte
destes países, mais precisamente 19 destes países, pertencem à zona euro e apenas 7 não
integram a mesma. A Zona Euro adapta o euro, que surge em 1999, mas apenas começa a
circular em 2002, como moeda única de circulação.
Os 7 países que integram a UE mas que não fazem parte da Zona Euro são os seguintes:
. Suécia
. República Checa
. Roménia
. Polónia
. Bulgária
. Croácia
. Hungria

- Espaço Schengen
Estados-Membros da UE e Estados Associados que aboliram o controlo de fronteiras internas e
aplicam totalidade do acervo Schengen em matéria de emissão de vistos para estadias com uma
duração que não ultrapasse os três meses. É atualmente constituído por 26 países.

- Integração de Portugal na EU
Para um país aderir à UE é necessário que este cumpra os 3 critérios exigidos, sendo eles:
critério político, económico e jurídico.

Portugal aderiu à CEE a 1 de janeiro de 1986 e apenas não o fez antes devido ao regime
político (ditadura) sobre o qual o país se governava. Apesar da demora, a integração de Portugal
na EU foi um fator fundamental de desenvolvimento.

Antes da adesão Depois da adesão


Regime político ditadura, presos políticos, consolidação da democracia
PIDE e instabilidade política portuguesa, estabilidade política
Situação económica comércio externo pouco criação e renovação da indústria
desenvolvido, pobreza reinava, (calçado e têxtil), maiores
fraca industrialização, vinda investimentos estrangeiros,
dos retornados, indústria aumento das exportações
pouco mecanizada
Produtividade e competitividade agricultura tradicional com aumento do setor terciário, descida
técnicas rudimentares da taxa de desemprego
Educação baixa instrução, altos níveis de grandiosos investimentos e acesso
analfabetismo, escolaridade mais fácil, aumento dos níveis de
não obrigatória instrução e qualificação da
população
Nível de vida baixa EMV menor taxa de mortalidade infantil,
melhoram as regalias sociais
(pensões e subsídios)
Viagens entre países necessário passaporte, apenas maior acessibilidade, acesso livre
para fins comerciais, mulheres entre os países da UE – Espaço
precisavam de permissão Schengen
Nível cultural e social mulheres sem direitos, fracos infraestruturas, emancipação da
apoios sociais, censura, difícil mulher, interculturalidade,
acesso à cultura frequentam-se mais os cinemas e
salas de espetáculo
Nível ambiental Hábitos que geravam fortes maiores recursos financeiros para o
descargas de poluição, não ambiente, reciclagem, criação do
havia reciclagem ministério do ambiente
Espaços urbanos centros da cidade degradados, requalificação dos espaços urbanos,
não havia ordenamento do telecomunicações e ordenamento
território do território
Estradas estradas mal estruturadas, mais criação de redes de estradas,
ferroviárias autoestradas (melhoria), criação de
infraestruturas e de um vasto plano
de obras públicas.

- Participação internacional
A posição geográfica de Portugal, como centralidade atlântica, confere-lhe vantagem
estratégica como interlocutor privilegiado entre a UE e o mundo. Mas o seu papel internacional,
passa, também, pela participação nas mais relevantes organizações internacionais.

ONU - Organização das Nações Unidas


Pretende a cooperação entre nações para resolver conflitos e
promover o desenvolvimento humano em todo o mundo.
Portugal aderiu EM 1955

OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte


Criada no contexto da Guerra Fria, pretende garantir a liberdade e
segurança dos seus membros.
Criada em 1949 e Portugal aderiu nesse mesmo ano

OCDE - Organização para a Cooperação e o


Desenvolvimento Económico
Lema: melhores políticas para vidas melhores
Portugal aderiu em 1960

- Espaço Lusófono
A língua portuguesa, sexta mais falada no mundo, é língua de muitos povos. Desde 1996 que a
CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) reforça a cooperação dos Estados e a
importância global da lusofonia.

Portugal: Lisboa
Brasil: Brasília
Cabo verde: Cidade da Praia
Guiné-Bissau: Bissau
Países da CPLP Guiné Equatorial: Bata
Moçambique: Maputo
Angola: Luanda
S. Tomé e Príncipe: S. Tomé
Timor-Leste: Díli
Principais ações da CPLP
Esforços diplomáticos nas Difusão de programas de
organizações internacionais formação, informação e
e na mediação de conflitos lazer, em língua portuguesa

Implementação do português
como língua de trabalho nos Ajuda portuguesa e comunitária
Promoção da cooperação organismos internacionais ao desenvolvimento dos
no plano económico, restantes países
político e cultural

A presença de numerosas comunidades de portugueses e de lusodescendentes na maioria dos


países do mundo constitui um:
. fator fundamental para a internacionalização da cultura portuguesa;
. elemento relevante de participação na cidadania global.

Contributo das comunidades portuguesas

Difusão da língua e da Relações de amizade e família


cultura portuguesa. com pessoas de outros países,
que promovem o consumo de
produtos e do turismo português.

Dinamização de fluxos financeiros e


remessas de emigrantes – poupanças e
investimentos, que promovem bastante
o desenvolvimento das regiões de
origem.

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