Ge g fia - Módu I
A constituição do território nacional
Portugal é dividido em duas partes:
➔ território nacional,
◆ Portugal continental;
➔ território insular,
◆ Açores;
◆ Madeira.
Portugal Continental
❖ Extensão de 89 089 km2;
❖ Forma retangular;
❖ 15% da península ibérica;
❖ No extremo sudoeste da europa;
❖ Fronteira a norte e este por Espanha;
a sul e a oeste pelo Oceano Atlântico;
❖ Possui uma costa com 1200 km.
❖ Situa-se no Cabo da Roca, Ponto mais
ocidental da Europa
Arquipélago do Açores
❖ Localiza-se a oeste de Portugal;
❖ Dimensão de 2322,1 km2;
❖ Com 9 ilhas, repartidas por 3 grupos:
➢ Ocidental - Flores e Corvo;
➢ Central - Terceira, Graciosa, São Jorge,
Faial e Pico;
➢ Oriental - S. Miguel e Santa Maria.
Arquipélago da Madeira
❖ Localiza-se a sudoeste de Portugal;
❖ Dimensão de 800,2 Km2;
❖ Com 2 ilhas habitadas -Madeira e Porto
Santo - e com 2 ilhéus desabitados -
Selvagens e Desertas;
Divisão Administrativa do território
Portugal continental ➜ dividido em 18 distritos,
subdivididos em conselhos e estes por sua vez
em freguesias.
Regiões Autónomas ➜ os Açores e a Madeira,
subdivididos em conselhos e estes em
freguesias.
Divisão para fins de fins de gestão territorial
Criaram-se as comissões de coordenação e
desenvolvimento regional (CCDR), que são
organismos desconcentrados, dependentes da
Administração Central.
Cabe às CCDR a gestão dos fundos
comunitários, o apoio e a tutela sobre
autarquias locais em diversos domínios, o
ordenamento do território e ambiente.
Divisão para fins estatísticos do território
Após a adesão de Portugal à UE em 1986, foi
elaborada uma nova divisão territorial
designada de NUT (Nomenclatura de Unidades
Territoriais, para efeitos estatísticos e da
atribuição de fundos comunitários. Existe 3
níveis de agregação:
● NUT I (corresponde ao nível nacional) ➜
Portugal continental, Açores e Madeira;
● NUT II (corresponde ao nível regional)
○ Norte - Grande Porto, Minho- Lima,
Tâmega, Alto Trás-os-Montes, Ave,
Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga;
○ Centro - Baixo Mondego, Baixo Vouga,
Beira Interior Norte e Sul, Cova da
Beira, Dão-Lafões, Médio Tejo, Oeste,
Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior
Sul, Pinhal Litoral e Serra da Estrela;
○ Alentejo - Alentejo Central, Alentejo
Litoral, Alto Alentejo, Baixo Alentejo,
Lezíria do Tejo e Algarve;
○ Lisboa - Grande Lisboa e Península de
Setúbal;
○ Algarve;
○ Açores;
○ Madeira.
● NUT III (corresponde ao nível sub-regional)
➜ 30 sub-regiões.
Inserção de Portugal em diferentes espaços
Localização periférica
➔ antes, isolava-nos do resto do mundo.
➔ agora, é fronteira atlântica da Europa.
Portugal, com o desenvolvimento dos
transportes e dos meios de comunicação,
torna-se uma plataforma multimodal de
cruzamento de rotas, marítimas e aéreas - liga a
Europa ao resto do mundo.
Com a nossa posição geográfica, novas
perspectivas relativamente às relações
internacionais foram criadas, principalmente
nos países de língua oficial portuguesa. Ainda
com novas perspectivas relativamente ao
desenvolvimento económico, social e cultural.
Portugal no espaço europeu
Após a Segunda Guerra Mundial ➞ promoção
da cooperação económica e política, garantido
a Paz. Cria-se a CECA (Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço), composta por: República
Federal Alemã, França, Bélgica, Itália,
Luxemburgo e Holanda. Como foi bem-sucedida,
motivou a criação da CEE (Comunidade
Económica Europeia) em 1957, com o objetivo da
formação de um mercado comum em que os
homens, as mercadorias e os capitais
circulassem livremente.
 Ge g fia - Módu I
Estados-Membros assinam o Tratado de
Maastricht, criando assim a União Europeia:
➔ com novas formas de cooperação entre os
governos e os estados-membros, nos
domínios da defesa e assuntos internos.
➔ implica tomar decisões em conjunto.
➔ desenvolvimento de políticas comuns (Ex.
PAC).
Relações da UE com o resto do mundo:
❖ criando novos acordos comerciais e de
cooperação com outros países;
❖ desenvolvendo uma política externa e de
segurança comum;
❖ suprimindo todos os obstáculos ao
comércio entre os estados-membro;
UE ➞ Hoje é constituída por 27 países;
Em 1986, Portugal aderiu à UE.
● Concessão de muitos subsídios;
● Abertura a novos mercados;
● Participação em programas e projectos
comunitários.
Adoção da moeda única em 2002 – o euro
Portugal e o mundo
➔ Difusão da língua e da cultura portuguesa
motivada pela colonização e pela
emigração, espaço lusófono. Língua oficial
de: Brasil, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde e Timor-Leste.
◆ Elo de ligação histórica e cultural do
espaço lusófono;
◆ Promove a cooperação entre eles;
◆ Ajuda à projecção do nosso país no
contexto internacional.
➔ CPLP (Comunidade de Países de Língua
Portuguesa):
● Tenta promover e defender a língua
Portuguesa transformando-a num
instrumento de comunicação para ser
utilizada na resolução de questões de
cooperação entre os vários
países-membros.
● Envio de divisas estrangeiras
● Equilíbrio do défice da balança
comercial e dinamiza vários setores de
atividade.
● Promovem investimento português nos
países de acolhimento ou investimento
estrageiro no nosso país.
➔ Portugal afirma-se na comunidade
internacional através da sua participação
em várias organizações, tais como:
◆ ONU (Organização das Nações Unidas)
● Cria condições para haver paz e
segurança;
● Zela pelos direitos do Homem;
● Contribuir para o desenvolvimento
econômico, tecnológico, científico e
cultural.
◆ OTAN/NATO (Organização Tratado do
Atlântico Norte):
● Estabelece um pacto militar entre os
estados-membros, em cada de
ataque.
◆ Conselho da Europa
● Promover os direitos do Homem.
◆ OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento
Económico)
● Reforçar a economia dos
países-membros;
● Melhorar a sua eficácia;
● Promover a economia de mercado;
● Desenvolver um sistema de trocas
livres e contribuir para o
desenvolvimento e industrialização
dos países;
● Possibilita a discussão, análise e
definição do modo como as suas
políticas económicas e sociais
podem ser desenvolvidas de forma
mais harmoniosa e eficiente.
➔ Posição geográfica de Portugal - elemento
estratégico que pode ser aproveitado
para afirmação do nosso país em cena
mundial.
A Evolução da população a partir da segunda
metade do século XX
Evolução da população portuguesa ➞ Irregula.
❖ Década de 50 ⇒ crescimento pouco
significativo:
■ Saldo natural positivo.
❖ Década de 60 ⇒ Decréscimo da natalidade:
■ intenso fluxo migratório;
■ redução da taxa de crescimento natural;
■ introdução de métodos contraceptivos
mais eficazes e modernos.
❖ Década de 70:
■ maior aumento da população;
■ regresso de portugueses emigrantes das
ex-colónias graças ao 25 de Abril;
■ regresso de portugueses emigrantes da
Europa - afastados pela crise que
condicionou a economia de muitos
países receptores ou atraídos pela
melhoria das condições
socioeconómicas introduzidas pelo 25 de
Abril.
❖ Década de 80:
■ Crescimento praticamente nulo -
diminuição da taxa de crescimento
natural ⇒ Devido a baixos valores da
taxa de natalidade.
❖ Década de 90:
■ Crescimento ligeiro ⇒ Devido à
imigração.
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❖ Década de 00:
■ Saldo natural positivo;
■ Saldo migratório positivo.
Década de 60: Portugueses ⇒ América (Brasil).
Década de 60/70: França, Alemanha,
Luxemburgo e Suíça ⇒ Novos destinos:
● Os portugueses emigram ⇒ Países em
expansão industrial;
● Época de reconstrução e desenvolvimento
pós II GM ⇒ Falta de mão-de-obra;
● Fugiam da Guerra Colonial, fome, pobreza,
isolamento e do sistema político opressor;
● Busca de trabalho e melhores condições de
vida;
● Longos períodos de tempo (Emigração
permanente) mas com a proximidade do
país receptor há a possibilidade de
regresso ao país;
Década de 70:
● Países entram em recessão económica que
os obrigou a impor limites à imigração -
Muitos portugueses regressam a Portugal;
● 25 de abril, melhorou as condições de vida
⇒ Reduz Emigração;
● Retorno de milhares de cidadãos das
antigas colônias e de exilados de outros
países.
Década de 80: Movimento migratório diminui e
passa a ser temporário e sazonal.
Saída (2ª metade do século XX) de jovens, com
consequências negativas e positivas.
➔ Consequências negativas:
◆ Diminuição natalidade;
◆ Aumento do envelhecimento;
◆ Diminuição do crescimento Efectivo;
◆ População activa, o interior iniciou o
processo de despovoamento
Situação que ainda não foi invertida
➔ Consequências positivas:
◆ Remessa de divisas estrangeiras ⇒
Equilíbrio da balança de pagamentos;
◆ Investimento estrangeiro
Desenvolvimento das regiões
◆ Diminuição do desemprego, aumento
dos salários, modernização
tecnológica de muitos sectores (para
ultrapassar falta de mão-de-obra) ⇒
Melhores condições de vida
Indicadores Demográficos
População total/absoluta é o número total de
habitantes, de uma dada área geográfica: país,
região, concelho ou cidade.
População relativa ou densidade populacional
número total de habitantes por unidade de
superfície, habitualmente habitantes por km2.
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 (𝑒𝑚 𝑘𝑚2)
Natalidade é o número de nados-vivos, por ano,
numa dada região
Taxa de Natalidade é o número de nados vivos,
por ano, numa dada região, por cada mil hab.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠−𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠
× 1000
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Mortalidade é o número de óbitos, por ano,
numa dada região.
Taxa de mortalidade é o número de óbitos, por
ano, numa dada região, por cada mil hab.
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
× 1000
Saldo fisiológico ou crescimento natural é a
diferença entre o número de nados-vivos e o
número de óbitos, por ano, numa dada região.
𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 = 𝑁𝑎𝑑𝑜𝑠 − 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 − ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
Taxa de Crescimento Natural é a diferença entre
a taxa natalidade e a taxa de mortalidade.
𝑇𝐶𝑁 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
Mortalidade infantil é o número de óbitos de
crianças com idade inferior a um ano, por ano,
numa dada região.
Taxa de Mortalidade Infantil é o número de
óbitos de crianças com idade inferior a um ano,
por cada mil nados-vivos.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙 =
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 (<1 𝑎𝑛𝑜)
× 1000
𝑁º 𝑑𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠−𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠
Índice sintético de fecundidade é o número
médio de filhos, por cada mulher em idade fértil.
Taxa de fecundidade é o número de nados-vivos
por cada mil mulheres em idade de procriar.
índice de renovação de gerações é a
capacidade de renovação de uma população.
Número médio de filhos por mulher, que permite
que a população se renove. Para que haja
renovação de gerações, é necessário que cada
mulher tenha, pelo menos, 2 filhos.
Esperança média de vida é o número, em média,
que cada indivíduo tem probabilidade de viver.
⇒ Saldo migratório é a diferença entre o número
de imigrant e o número de emigrant de um país.
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 = 𝐼𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎çã𝑜 − 𝐸𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎çã𝑜
SM+ = I > E SM- = I < E SM nulo = (I=E)
Crescimento Efetivo é a soma do crescimento
⇒ natural e do saldo migratório.
𝐶𝐸 = 𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 + 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜
𝐶𝐸 = (𝑁𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑 − 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑) + (𝐼𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎 − 𝐸𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎)
Taxa de Crescimento Efetivo é o crescimento
real verificado, por ano, numa dada região,
por cada mil habitantes.
(𝐶𝑟𝑒𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 + 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜)
𝑇𝐶𝐸 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
× 1000 𝑜𝑢
(𝑁𝑎𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑 − 𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙𝑖𝑑) + (𝐼𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎 − 𝐸𝑚𝑖𝑔𝑟𝑎)
𝑇𝐶𝐸 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎
× 1000
TCE+ = aumento da população
TCE- = diminuição da população
TCE nulo = estabilização da população