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27/02/2023

A Europa do Pós-Guerra
• Acumulação dos efeitos de duas Guerras em menos
de 20 anos: 1914-18 e 1939-45
• Destruição de infra-estruturas de comunicação,
aparelhos produtivos, agricultura, fome, miséria…
• 37 milhões de mortes
– 8 M Europa Ocidental (2/3 Alemães)
– 9 M Europa Oriental (70% Polacos)
Economia Portuguesa e Europeia – 20 M Russos
História da Integração Europeia, • Pós Guerra: formação de 2 blocos político-militares-
Instituições e Sistema de Governo económicos – Ocidente e União Soviética: Muro de
Berlim; Cortina de Ferro; Guerra Fria;
Arlindo M. Cunha, 2022-2023
• Integração Económica Europeia como estratégia da
Europa Ocidental para recuperar da destruição
económica e conter avanço do Comunismo
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Temas
• A Europa após a segunda Guerra Mundial
• Iniciativas para Reconstruir a Europa e lançar as
bases da Integração Económica Europeia
• A criação da CECA
• O Tratado de Roma: criação da CEE e do EURATOM
• Os Sucessivos Alargamentos
• Categorias e Domínios de Competência da UE
• Instituições e Processos de Decisão
• Revisões dos Tratados e Tratado de Lisboa

Nota Importante: estes slides têm como objectivo facilitar a apresentação das
Senior Nello (2005)
matérias nas aulas. Em caso algum substituem a bibliografia recomendada.

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Sucesso Económico do Pós-Guerra

Senior Nello (2005)


Senior Nello (2005)

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O Plano Marshal e a Reconstrução da Europa Antecedentes da UE


• Conferência de Paris para a estabilização e • 1947 – criação da OCEE para a coordenação
reconstrução da Europa 1947 económica e gestão do Plano Marshall
• 12.000 milhões de $US (1948-52) – ….que, após a implementação deste Plano, se alargou a
– Reconstrução de infra-estruturas e da capacidade
produtiva dos países afectados pela Guerra outros continentes e se transformou em OCDE, visando
a concertação de estratégias de desenvolvimento e
• Criação em 1947 da Organização para a Cooperação
Económica Europeia (OCEE) apoio técnico aos principais países de economia de
mercado em todo o mundo (38 membros em 2022)
– Função de estrutura de coordenação e gestão do Plano
(George) Marshall • 1949 - Criação da NATO como estrutura de defesa comum
– Função de coordenação e aprofundamento da dos seus membros
Integração Europeia • 1949 – criação do Conselho da Europa, como forum
– Criação da European Payments Union (sistema de contas- político de coordenação democrática, contendo uma
correntes nas transacções comerciais entre países para facilitar os
pagamentos inter-bancários – saldos mensais e acerto em ouro e Assembleia Parlamentar e um Conselho de Ministros
dólares)
• 1950- criação do Tribunal Direitos Humanos
• Evidência de sucesso da estratégia de integração
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A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) Pilares do Projecto Europeu da CEE


• 1951 Tratado de Paris - A Comunidade Europeia – Tratado de Roma 1957 -
do Carvão e do Aço (CECA) • Maior união dos povos europeus e uma paz duradoura
• Assegurar o progresso económico e social, eliminando as
– União Aduaneira sectorial (…) barreiras ao comércio
– coordenar recursos, apoios e políticas para valorizar a base • Garantir crescimento económico equilibrado, comércio
da produção industrial equilibrado e concorrência leal
• Desenvolvimento harmonioso entre regiões
– Reduzir/desmantelar as barreiras ao comércio destas • Criação de 1 Política Comercial Comum, para suprimir
matérias primas progressivamente restrições e barreiras ao comércio;
– Evitar futuros conflitos entre a França e a Alemanha • Livre Circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais
– Convidados outros países para aderirem: base dos 6 • Pauta Aduaneira Comum
Fundadores • Decisão de criar políticas comuns para: agricultura;
concorrência; transportes; cooperação com ACP, BEI;
• Jean Monnet, Robert Schumann e a convicção na harmonização de legislações; coordenação de políticas
económicas….
União de Estados e no Federalismo Europeu • Criação de Instituições de Governo: Comissão, Conselho,
Assembleia Parlamentar (futuro PE) e Tribunal de Justiça
• A clivagem Federalismo/Intergovernamentalismo..

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Do entusiasmo da CECA à miragem A CEE e a EFTA


de uma Europa Federal • O projecto de União Aduaneira da CEE só foi aceite
• As tentativas de Jean Monnet para uma Europa por 6 países da Europa Ocidental
Económica, Política e Militar - objectivos: consolidar a
reconstrução europeia e fazer frente ao Bloco • 11 países não quiseram ir tão longe no
Comunista (O Comité de Acção para os Estados Unidos aprofundamento da integração económica [Zona de
da Europa) Livre Comércio (sem Pauta Exterior Comum-PEC) versus
– Comunidade Europeia de Defesa (rejeitada pelo Parlamento União Aduaneira (com PEC)
Francês)
– Comunidade Europeia de Cooperação Política… – Fundação da EFTA (7 países): Convenção de Estocolmo
– Fracasso desta tentativa…. 1960 sob impulso UK
• Relatório Spaak (Paul-Henri…ex-PM Belga) de 1955-56: – Portugal: membro fundador da EFTA
alargar o modelo CECA a todos os domínios da – Espanha assinou tratado preferencial de comércio com
Economia (UK participou no início dos trabalhos, mas depois EFTA e CEE
abandonou por não acreditar no projecto…)
– Consequências: Tratado de Roma para a CEE e • Turquia e Grécia pretendiam entrar na CEE…
EURATOM
• Tentativas de entrada do UK em 1963 e 1967
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Disputas Europeias… Significado do Mercado Único: do Acto Único


Europeu (1986) ao TUE (Maastricht 1992)
• Objectivo: reforçar as 4 liberdades (pessoas, mercadorias,
serviços e capitais), prometidas pelo TR mas ainda não
cumpridas; e calendarizadas pelo AUE
• Fim das alfândegas entre EM
• Harmonização do IVA dentro de certas bandas
• Liberalização de licenciamentos
• Eliminação controles de circulação e aplicação de capitais
• Harmonização e reconhecimento mútuo de regulamentos
de produção, embalagem, distribuição e comércio
• Reconhecimento mútuo de diplomas e regulamentação de
exercício profissional – direito de estabelecimento
• Direito a votar e ser eleito para eleições locais ou PE
Baldwin & Wyplosz (2005)

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A Caminho do Mercado Único: da CECA; CEE e EURATOM à UE


• Tratado de Paris 1951 (CECA)
• Tratado de Roma 1957 (CEE e EURATOM)
• Tratado de Fusão (Bruxelas) 1967
– As 3 Comunidades Europeias mantêm a identidade jurídica própria (CECA; CEE;
EURATOM)
– Mas deixam de ter órgãos de governo próprias separados para cada uma
– Passando a ser governadas pelos mesmos órgãos: Conselho das Comunidades
Europeias; e Comissão das Comunidades Europeias
• Acto Único Europeu (1986)
– Reune num único texto as alterações aos 3 Tratados
– Cria a base jurídica do Conselho Europeu
• Tratado de Maastricht (1992)
– Unifica as 3 Comunidades numa só: a União Europeia
– U.E estruturada em 3 pilares: CE; PESC; JAI
– Implementa o Mercado Único

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Grandes Marcos da História da U.E. (1) Alargamentos da CEE/UE


• 1957 - Tratado de Roma • 1973 – adesão da Dinamarca, Irlanda e Reino Unido;
• 1965 - Crise da cadeira Vazia • 1981 – adesão da Grécia;
• 1966 - Compromisso do Luxemburgo
• 1967 – Tratado de Fusão (Bruxelas)
• 1986 – adesão de Espanha e Portugal;
• 1973 - Alargamento RU;Irl;Dk • 1990 (Nov.) – integração da ex-RDA, na sequência da
• 1981 - Alargamento Gr. unificação da Alemanha;
• 1986 - Alargamento P;E. • 1995 – adesão da Áustria, Finlândia e Suécia;
• 1986 - Acto Único Europeu (criação do Mercado Único por etapas)
• 2004 (Maio) –adesão dos seguintes países: Chipre,
• 1979 - Primeiras eleições directas do PE
Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta,
• 1989 - Pacote Delors I e criação do EEE (1989-93)(alargar o
M.U. a ex-EFTA, excep PAC e PEC) Polónia, República Checa e República Eslovaca
• 1990 - Reunificação Alemã • 2007 – adesão da Bulgária e da Roménia
• 1992 - Tratado de Maastricht e Reforma da PAC • 2013 (Julho) – adesão da Croácia (28º Estado Membro)
• 1993 - Início da Última fase do Mercado Único e decisão de criar o
Euro até 2002 • Brexit (a 31 de janeiro) – saída do Reino Unido
• 1994 - Alargamento Aust;Sw;Finl. • EU (novamente com 27 EM)

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Grandes Marcos da História da U.E. (2) O Mercado Comum de 6 a 27:


• 1994 - Pacote Delors II (1994-1999) Principais Impactos dos Alargamentos (variação %)
• 1997 - Tratado de Amesterdão Alargamentos Superfície Populaçã PIB PIBpc novos Variação do
• 2000 - Agenda 2000 (2000-2006)
o EM/ PIBpc
• 2000 - Tratado de Nice
• 2002 - Início do Euro PIBpc antigos
• 2004 - Alargamento a 10 EM EM
• 2007 - Alargamento Bulgaria e Roménia (x100)
• 2007 - Primeiro Orçamento Plurianual da UE27 (2007-2013) UE6>UE9 (1973) 31 32 28 97 -0,91
• 2009 - Tratado de Lisboa UE9>UE10 (1980) 8 3,2 2,3 72,3 -1,35
• 2013 - Adesão da Croácia (28º EM da U.E.) UE10>UE12 (1986) 33,4 17,5 11,3 68,8 -5,5
• 2014 - Primeiro Orçamento Anual da UE28 (2014-2020)
UE12>UE15 (1995) 35 6,3 6,5 103,5 +0,2
• 2016 – Referendo decide Brexit a 33 de junho…a primeira saída de
um EM da U.E. UE15>UE25 (2004) 18 19,6 8,9 45,5 -8,9
• 2020 – saída efetiva a 31 de janeiro…após 3 anos e meio de crise… UE25>UE27 (2007) 8,5 6,5 2,4 34 -4,0
• Candidaturas à EU em 2022: Albânia, Macedónia do Norte,
Montenegro, Moldávia, Sérvia, Turquia e… Ucrânia.

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1. O Mercado Comum de 6 a 27 Domínios de Competência da U.E.-TFUE (2)


(à época do pedido de adesão dos PECO)
 Aprovação de orientações gerais para a coordenação das políticas
económicas (mais exigente para a Eurozona), sociais e de
emprego dos EM (Artº 5)
 Desenvolvimento de acções e políticas comuns em IDT e
cooperação para o desenvolvimento e ajuda humanitária….sem
prejuízo de os EM desenvolverem as suas iniciativas (Artº 4.3 e
4.4)
 Acções complementares dos EM: protecção saúde; indústria;
cultura; turismo; educação, FP; juventude e desporto; protecção
civil (Artº 6)
 Princípio da integração e coerência das políticas, cf atribuição de
competências (Artº 7)
 Princípio da coerência das políticas com a preservação ambiental
(Artº11)
Domínios de Competência Nacional
• Fiscalidade geral
• Segurança, Defesa, Justiça, Assuntos Internos…

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Domínios de Competência da U.E.-TFUE(1) Instituições e Processo Decisório


 Domínios de competência exclusiva da UE(Artº3)
› União Aduaneira
› Regras de Concorrência para funcionamento do
Mercado Interno/Único
› Política Monetária para os países do Euro
› Conservação do recursos marinhos no âmbito da PCP
› Política Comercial Comum
 Domínios de competência partilhada (Artº 4)
› Mercado Interno
› Política Social, na parte referida no Tratado
› Coesão Económica, social e territorial
› Agricultura e Pescas (excepto conserv rec marinhos)
› Ambiente
› Defesa do consumidor
› Transportes e redes transeuropeias
› Energia
› Espaço de liberdade, segurança e justiça
› Alguns aspectos da saúde pública
Wallace, Helen (2005) An Institutional Anatomy and Five Policy Models, in Helen Wallace, William Wallace and Mark A. Pollack
Policy-Making in the European Union, Fifth Edition, Oxford University Press;

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Processos/Procedimentos de Decisão na EU (Tratado de Lisboa) Procedimento Legislativo Ordinário(exCodecisão)


• Procedimento legislativo ordinário (ex co-decisão) (Artº ……Processo actualmente utilizado para a maioria da legislação
289.1 e 294) da UE.
• Processo legislativo especial (Artº 289.2) (ex-Consulta)  O PE não se limita a emitir o seu parecer: partilha os poderes
legislativos com o Conselho, de forma equitativa.
– Decisão do Conselho com a participação do Parlamento Europeu  Cada uma das entidades pronuncia-se duas vezes sobre os
(procedimento de Consulta) documentos (Leituras)
– Decisão pelo Parlamento Europeu com a participação do Conselho  Caso o Conselho e o Parlamento não consigam chegar a
• Actos legislativos (revogáveis) de delegação de poderes na acordo sobre um texto legislativo proposto, este é levado a
um Comité de Conciliação, composto por igual número de
Comissão para decidir actos não legislativos (Artº 290) representantes do Conselho e do Parlamento.
• Unanimidade (matérias não comunitarizadas do 2º e 3º ◦ Se Comité chegar a acordo sobre um texto/proposta, este é
Pilares) transmitido ao Parlamento e ao Conselho, para que possam
finalmente adoptá-lo enquanto acto legislativo (prazo 6 semanas após
• Procedimento orçamental (Artº 314-especial: também há lugar convocatória do Comité…e 21 dias se for matéria do orçamento);
para o Comité de Conciliação; mas Orçamento pode ser aprovado ◦ Se Comité não chegar a acordo, o processo legislativo termina,
mesmo com o voto contra do Conselho se PE votar por maioria dos devendo a Comissão apresentar nova proposta.
membros que o compõem e 3/5 dos votos expressos) ◦ Procedimento a 2-3 Leituras…

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Procedimento Legislativo Especial (ex-Consulta) PE: Poderes e Funções


• Poder Legislativo: adopta os actos legislativos europeus –
 O Conselho consulta o Parlamento, assim como o Comité conjuntamente com o Conselho em numerosos domínios – em co-
Económico e Social Europeu e o Comité das Regiões.
 O PE pode (face a Proposta Legislativa da Comissão): decisão.
◦ i) aprová-la; • Poder orçamental: o PE partilha com o Conselho a autoridade
◦ ii) rejeitá-la; ou sobre a aprovação do orçamento da EU; (o que significa que pode
◦ iii) solicitar a introdução de emendas. influenciar as despesas da União)
 Se o Parlamento solicitar a introdução de emendas, – No final do processo orçamental, incumbe-lhe adoptar ou rejeitar a
◦ a Comissão analisa todas as alterações propostas pelo Parlamento. totalidade do orçamento.
◦ As que aceitar serão introduzidas numa proposta alterada que é
transmitida ao Conselho. • Influência e Escrutínio Políticos:
 O Conselho examina a proposta alterada e: – O Parlamento exerce um controlo democrático das outras instituições da UE,
◦ adopta-a nos termos propostos ou especialmente da Comissão.
◦ introduz emendas. – Elege o Presidente da Comissão, s prop.Conselho
 O Conselho não é obrigado a aceitar as emendas do – Tem poderes para aprovar ou rejeitar as nomeações dos membros da
PE; Comissão no seu conjunto, e tem o direito de adoptar uma moção de censura
 O Conselho só pode introduzir emendas numa proposta de toda a Comissão.
da Comissão, contra a vontade desta, mediante decisão – O facto de o PE ser um órgão directamente eleito pelos cidadãos garante a
por unanimidade. legitimidade democrática da legislação europeia.

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Conselho - Formações
Results EP elections (mandate 2014-2019)  Assuntos Gerais e Relações Externas
 Assuntos Económicos e Financeiros («ECOFIN»)
 Justiça e Assuntos Internos (JAI)
 Emprego, Política Social, Saúde e Protecção dos Consumidores
2014-2019  Competitividade
 Transportes, Telecomunicações e Energia
http://www.europarl.europa.eu/elections2014-  Agricultura e Pescas
results/en/election-results-2014.html  Ambiente
 Educação, Cultura e Juventude
 Cada ministro que participa num Conselho tem competência para
vincular o seu governo. A assinatura do ministro obriga todo o seu
2019-2024 governo.
 Cada ministro que participa no Conselho é responsável perante o
https://www.election-results.eu/ seu Parlamento nacional e perante os cidadãos que esse Parlamento
representa. Está assim assegurada a legitimidade democrática das
decisões do Conselho.
 Tomada de Decisão: 55% dos EM representando pm 65% da
população (após 1 Nov 2014, Artº 214); bloqueio: 35% da pop.
 Até lá, maioria de 2/3 dos votos

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Conselho- Poderes e Funções Conselho-Funcionamento


O Conselho tem seis responsabilidades essenciais:
 Adoptar os actos legislativos europeus –
conjuntamente com o Parlamento Europeu em muitos
domínios políticos.
 Coordenar, em linhas gerais, as políticas económicas
dos Estados-Membros.
 Celebrar acordos internacionais entre a UE e outros
países ou organizações internacionais.
 Aprovar, conjuntamente com o Parlamento Europeu, o
orçamento da UE.
 Desenvolver a Política Externa e de Segurança Comum
da UE (PESC) com base em directrizes fixadas pelo
Conselho Europeu.
 Coordenar a cooperação entre os tribunais e as forças
policiais nacionais dos Estados-Membros em matéria
penal
Wallace, Helen (2005) An Institutional Anatomy and Five Policy Models, in Helen Wallace, William Wallace and Mark A. Pollack
(Eds.),Policy-Making in the European Union, Fifth Edition, Oxford University Press;

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Configuração Institucional da U.E. e processo decisório: distribuição de votos no Conselho


M e m b e r S t a t e s
E U 1 2
( B e f o r e 1 9 9 5 )
E U 1 5
( B e f o r e 2 0 0 4 )
E U
( A f t e r
2 7
2 0 0 4 )
Comissão: processo de nomeação
L a r g e
F r a n c e 1 0 1 0 2 9

• Os Governos dos Estados Membros designam por comum


G e r m a n y 1 0 1 0 2 9
I t a l y 1 0 1 0 2 9

acordo o novo Presidente da Comissão.


P o la n d 2 7
S p a in 8 8 2 7
U K 1 0 1 0 2 9
M e d iu m
A u s tr ia
S iz e
4 1 0
• Parlamento Europeu aprova o Presidente designado da
B e lg iu m
B u lg a r ia
5 5 1
1
2
0
Comissão.
C z e c h R e p u b lic
G r e e c e 5 5
1
1
2
2
• Presidente designado da Comissão, em concertação com
H u n g a r y
N e th e r la n d s 5 5
1
1
2
3
os governos dos Estados Membros, escolhe os restantes
P o r tu g a l
R o m a n ia
5 5 1
1
2
4
membros da Comissão.
S w e d e n
S m a ll
4 1 0
• Conselho adopta a lista de candidatos por maioria
D e n m a r k
F in la n d
3 3
3
7
7 qualificada e transmite-a ao Parlamento Europeu para
I r e la n d
L ith u a n ia
3 3 7
7
aprovação.
S lo v a k i a
V e r y S m a ll
7
• P.E. realiza audiências com cada candidato e vota sobre a
C y p r u s
E s to n ia
4
4 totalidade da equipa.
• Após aprovação do Parlamento, a nova Comissão é
L a tv ia 4
L u x e m b o u r g 2 2 4

formalmente designada pelo Conselho deliberando por


M a lt a 3
S lo v e n i a 4
T O T A L 7 6

Cunha (2007)
8 7 3 4 5
maioria qualificada.
33 35

Comissão-Funções Comissão-Composição Futura


A Comissão é independente dos governos • Uma Comissão com um número demasiado elevado de
nacionais. Tem por missão representar e defender membros não pode funcionar de forma correcta.
os interesses da União Europeia no seu todo. • Actualmente, há um Comissário por cada país da União
◦ Elabora novas propostas de legislação europeia, que Europeia, o que significa que, após a adesão da Bulgária e
apresenta ao Parlamento Europeu e ao Conselho.
da Roménia, o número de Comissários passou a ser de 27.
É também o braço executivo da UE, o que quer
dizer que é responsável pela execução das decisões • A partir de Jan 2010, após a adesão do 28.º Estado-
do Parlamento e do Conselho: Membro, o número de Comissários irá diminuir para um
◦ aplicar as políticas, executar os programas e utilizar os número a determinar (cerca de 2/3 do nº de E.M.) por
fundos. decisão do Conselho.
A Comissão é a «Guardiã dos Tratados».Tal • Os Comissários passarão a ser designados rotativamente,
significa que, juntamente com o Tribunal de Justiça, sempre com a preocupação de representar todos os países
a Comissão zela pela correcta aplicação da de forma equilibrada. O objectivo será garantir diversidade
legislação da UE em todos os Estados-Membros. demográfica e geográfica de todos os Estados-Membros.
Poder exclusivo de iniciativa
• Porém, enquanto essa decisão não for tomada, mantém-
se o status-quo….
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Órgãos Jurisdicicionais –Tribunal de Justiça e Tribunal Geral Órgãos Juriscicionais-Tribunal de Contas


 Um órgão em duas composições: Tribunal de Justiça e Tribunal Geral
 A sua missão é garantir a interpretação e aplicação uniformes da • O Tribunal de Contas foi criado em 1975.Tem a sua sede no
legislação da UE em todos os EE.M., a fim de que a lei seja a mesma Luxemburgo.
para todos. Garante que os tribunais nacionais não decidem de forma • O Tribunal verifica se os fundos da UE, são cobrados de
diferente sobre a mesma questão. forma adequada e utilizados de acordo com a lei, de
 O Tribunal também assegura o cumprimento da legislação por parte forma económica e para o fim a que se destinam.
dos Estados-Membros e das instituições da UE.
 O Tribunal é competente para se pronunciar sobre os litígios entre
• A sua missão consiste em assegurar que os contribuintes
Estados-Membros, instituições da UE, bem como pessoas singulares e retirem o maior benefício possível do seu dinheiro e tem o
colectivas. direito de realizar auditorias junto de qualquer pessoa ou
 O Tribunal de Justiça é composto por um juiz de cada Estado- organização que se ocupe da gestão dos fundos da UE.
Membro, por forma a que os 27 sistemas jurídicos da União Europeia • O Tribunal é composto por um membro de cada país da
estejam representados. UE, nomeado pelo Conselho por um período renovável de
 Tribunal Geral ou de Primeira Instância (composto por dois juizes por seis anos.
Estado Membro)
 O Tribunal é assistido por 11 Advogados-gerais, aos quais incumbe
apresentar pareceres fundamentados sobre os processos submetidos
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Órgãos Juriscicionais-Provedor de Justiça Òrgãos Consultivos-Comité Económico e Social


• A função de Provedor de Justiça Europeu foi  Criado em 1957 pelo Tratado de Roma, o Comité Económico e Social
Europeu (CESE) é um órgão de natureza consultiva composto pelos
instituída pelo Tratado de Maastricht, 1992. representantes dos empregadores, sindicatos, agricultores,
consumidores e outros grupos de interesses que, no seu conjunto,
• O Provedor de Justiça actua como mediador entre formam a denominada «sociedade civil organizada».
os cidadãos e a administração da UE.  O CESE apresenta os seus pontos de vista e defende os seus
interesses na discussão das políticas com a Comissão, o Conselho e o
• Tem competências para receber e investigar Parlamento Europeu.
queixas apresentadas por qualquer cidadão,  O CESE é, pois, uma ponte entre a União e os seus cidadãos,
empresa ou instituição da UE que resida ou tenha a promovendo, através das suas actividades, uma sociedade mais
participativa, mais integradora e, consequentemente, mais
sua sede estatutária num país da UE. democrática na Europa.
 O Comité faz parte integrante do processo de tomada de decisões da
• O Provedor de Justiça é eleito pelo Parlamento UE, sendo obrigatoriamente consultado antes da adopção de
Europeu por um período renovável de cinco anos, decisões de política económica e social.
que corresponde a uma legislatura do Parlamento  Pode também emitir pareceres por sua iniciativa, ou a pedido de
outra instituição da UE, sobre outras matérias
Europeu.

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Òrgãos Consultivos-Comité Económico e Òrgãos Consultivos-Comité das Regiões


Social (Composição) (Composição)
 Alemanha, França, Itália e Reino Unido: 24
 Polónia e Espanha: 21  Alemanha, França, Itália e Reino Unido: 24
 Roménia: 15  Polónia e Espanha: 21
 Bélgica, Bulgária, República Checa, Grécia,  Roménia: 15
Hungria, Países Baixos, Áustria, Portugal e
Suécia: 12  Bélgica, Bulgária, República Checa, Grécia, Hungria, Países
Baixos, Áustria, Portugal e Suécia: 12
 Dinamarca, Irlanda, Lituânia, Eslováquia e
Finlândia: 9  Dinamarca, Irlanda, Lituânia, Eslováquia e Finlândia: 9
 Estónia, Letónia e Eslovénia: 7  Estónia, Letónia e Eslovénia: 7
 Chipre e Luxemburgo: 6  Chipre e Luxemburgo: 6
 Malta: 5  Malta: 5
 TOTAL 344  TOTAL 344

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Òrgãos Consultivos-Comité das Regiões The European Central Bank 1


• The European Central Bank (ECB) manages the euro and frames and
Criado em 1994 pelo Tratado da União Europeia, o implements EU economic & monetary policy. Its main aim is to keep
Comité das Regiões (CdR) é um órgão consultivo prices stable, thereby supporting economic growth and job creation.
composto por representantes dos poderes locais e What does the ECB do?
regionais da Europa. • Sets the interest rates at which it lends to commercial banks in
O CdR tem de ser consultado antes da adopção de the eurozone (also known as the euro area), thus controlling money
decisões da UE no domínio da política regional, supply and inflation
ambiente, educação e transporte - que afectam • Manages the eurozone's foreign currency reserves and the buying or
selling of currencies to balance exchange rates
directamente os poderes regionais e locais.
• Ensures that financial markets & institutions are well supervised by
O Comité é composto por 344 membros. O número national authorities, and that payment systems work well
de membros de cada país da União Europeia • Ensures the safety and soundness of the European banking system
reflecte, de forma aproximada, o respectivo número • Authorises production of euro banknotes by eurozone countries
de habitantes • Monitors price trends and assesses risks to price stability.

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Banco Central Europeu-BCE


• O Banco Central Europeu (BCE) foi instituído em 1998 pelo Tratado da Banco Europeu de Investimento-BEI (II)
União Europeia; tem sede em Frankfurt (Alemanha).Compete-lhe
gerir o euro – a moeda única da UE.O BCE é igualmente responsável  Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos que não
pela definição e execução da política económica e monetária da UE. aceita depósitos de poupança ou contas correntes.
• Para o desempenho das suas atribuições, o BCE trabalha em conjunto
com o «Sistema Europeu de Bancos Centrais» (SEBC), que engloba os  Tão-pouco utiliza os recursos orçamentais da UE.O BEI é
28 países da União Europeia. Porém, até ao momento, só 19 países financiado por empréstimos contraídos nos mercados
adoptaram o euro.
• O conjunto destes 19 países constitui a «zona euro» e os respectivos financeiros e pelos capitais dos seus accionistas - os
bancos centrais, juntamente com o Banco Central Europeu, formam o Estados-Membros da União Europeia.
denominado «Euro-sistema».
• O BCE funciona com total independência. O BCE, os bancos centrais  Estes subscrevem em conjunto o capital do Banco, sendo a
nacionais do Euro-sistema e os membros dos respectivos órgãos de contribuição de cada país proporcional ao seu peso
decisão não podem solicitar ou receber instruções de qualquer económico na União.
outro órgão .As instituições da UE e os governos dos
Estados-Membros devem respeitar este princípio e não procurar
influenciar o BCE ou os bancos centrais nacionais.
• O BCE, em estreita colaboração com os bancos centrais, prepara e
executa as decisões tomadas pelos órgãos de decisão do Euro-
sistema - o Conselho do BCE, a Comissão Executiva e o Conselho
Geral.
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Agências Comunitárias
Banco Europeu de Investimento-BEI(I)  Várias agências especializadas e descentralizadas da UE foram criadas com o objectivo de
apoiar os Estados-Membros e os seus cidadãos. Estas agências constituem uma resposta à
• Criado em 1958 pelo Tratado de Roma, o Banco Europeu de vontade de descentralização geográfica e à necessidade de fazer face a novas funções de
carácter jurídico, técnico e/ou científico. As agências da UE estão agrupadas em quatro
Investimento (BEI) tem por missão conceder empréstimos categorias distintas:
 agências comunitárias
destinados a projectos de interesse europeu (por exemplo, Uma agência comunitária é um organismo de direito público europeu, distinto das
instituições comunitárias (Conselho, Parlamento, Comissão, etc.), e que dispõe de
ligações ferroviárias e rodoviárias, aeroportos ou iniciativas personalidade jurídica própria. É criada por um acto de direito derivado para realizar uma
tarefa muito concreta de carácter técnico, científico ou de gestão no quadro do «primeiro
em matéria de ambiente, reabilitação urbana), pilar» da União Europeia.
principalmente nas regiões menos favorecidas, nos países  agências de política externa e de segurança comum
Estas agências foram criadas para desempenhar tarefas muito concretas de carácter técnico,
candidatos e nos países em desenvolvimento. científico ou de gestão no quadro da política externa e de segurança comum (PESC), que
constitui o «segundo pilar» da UE.
• Fornece igualmente crédito ao investimento para pequenas  agências de cooperação policial e judiciária em matéria penal
Foi criado um outro grupo de agências para ajudar os Estados-Membros a cooperarem na
e médias empresas. luta contra a criminalidade organizada internacional. Esta cooperação em matéria penal
constitui o «terceiro pilar» da UE.
 agências executivas
As agências executivas são organismos criados nos termos do Regulamento (CE) nº 58/2003
do Conselho (JO L 11 de 16.1.2003) para efeitos da atribuição de determinadas tarefas
relacionadas com a gestão de um ou mais programas comunitários. Estas agências, que são
criadas por um determinado período de tempo, devem estar localizadas na sede da Comissão
Europeia (Bruxelas ou Luxemburgo).

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27/02/2023

As Revisões dos Tratados BIBLIOGRAFIA


 OS TRATADOS DE BASE: • Senior Nello, Susan (2005) The European Union –
 Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, economics, policies and history, McGraw-Hill
Tratado CECA (1951)
 Tratado que institui a Comunidade Económica Europeia, Tratado CEE
(chapters 1; 2 and 19)
(1957) • Instituições da UE e seus poderes:
 Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica, http://europa.eu/about-eu/institutions-
Tratado Euratom (1957)
 AS MODIFICAÇÕES POSTERIORES: DO ACTO ÚNICO AO TRATADO DE NICE bodies/index_pt.htm
 Tratado de Fusão (Bruxelas)
 Acto Único Europeu – AUE (1986)
 Tratado de Maastricht sobre a União Europeia (1992)
 Tratado de Amesterdão: modo de utilização (1997)
 Tratado de Nice: modo de utilização (2001)
 Uma Constituição para a Europa (Outubro de 2004) (tentativa
falhada)
 Tratado de Lisboa: em vigor após 1 Dezembro 2009
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O Tratado de Lisboa sobre o Funcionamento da UE


 Chumbo do referendo do TCUE de 2004 em França e na Holanda, em
2005
 Novo Tratado não substitui anteriores Tratados: altera-os e
actualiza-os
 Alargadas áreas de procedimento em co-decisão (ex. Justiça e
segurança interna; PAC; despesas obrigatárias(agrícolas))
 Dupla maioria: >55% dos EM; e 65% da população
 Unanimidade/Veto: defesa, assuntos externos, fiscalidade
 Fim Presidências rotativas para Conselho Europeu: Presidente do
Conselho: 30 meses (2 mandatos); [continuam para Formações
Ordinárias do Conselho]
 Alto representante para PESC (Vice-Pres da COM)
 PE: max.751 MEP’s (Portugal passa de 24 a 21)
 Votação no Conselho: em vigor após 2014, mas até 2019 EM podem
pedir votação com base nas regras de Nice (actuais)

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