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Módulo 2: Principais Marcos da Construção Europeia

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2.1. O pós-guerra: o contributo da UE para
a preservação a paz e prosperidade

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A Europa no pós-guerra

Em 2012, a UE recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo


seu contributo em prol da paz, da reconciliação, da
democracia e dos direitos humanos na Continente
Europeu

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▪ Produção completamente destruída
SITUAÇÃO - carência de matérias-primas
A EUROPA no SÓCIO - ECONÓMICA
- carência de capital para investir

pós guerra ▪ Falta de bens de primeira necessidade

O CENÁRIO
▪ Divisão da Europa em 2 blocos => ”A Cortina de
SITUAÇÃO Ferro”
POLÍTICO-MILITAR
▪ Ocupação de grande parte da Alemanha, dos
países do Leste e dos Balcãs pelo exército Russo
▪ Os EUA retiram-se, deixando tropas na Alemanha

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COOPERAÇÃO ▪ 1948 - Tratado de Bruxelas (após a sua revisão em
NO PLANO 1954 deu origem à UEO - União da Europa Ocidental)
MILITAR ▪ 1949 - Instituída a NATO - Organização do Tratado
do Atlântico Norte
A EUROPA no
▪ 1948 - Os EUA aprovam o European Recovery Plan,
pós guerra COOPERAÇÃO
NO PLANO
conhecido por Plano Marshall; nasce a OECE -
Organização Europeia de Cooperação Económica (em
O INÍCIO DA COOPERAÇÃO ECONÓMICO
1960, transforma-se na OCDE-Organização de
Cooperação para o Desenvolvimento Económico)

COOPERAÇÃO ▪ 1949 - É criado o Conselho da Europa (Organização


NO PLANO
líder na defesa dos Direitos Humanos)
JURÍDICO/
POLÍTICO

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A «Solidariedade de facto»
Declaração Schuman
Robert Schuman (1886-1963) Jean Monnet (1888-1979)
Consultor económico e político francês
Ministro dos Negócios Estrangeiros da França
Primeiro Presidente do órgão executivo da CECA

Compreendeu que só uma “Tal como as nossas antigas províncias, os


reconciliação duradoura entre nossos povos têm hoje de aprender a viver
a França e a Alemanha podia em conjunto, com regras e instituições
dar origem a uma Europa unida. comuns livremente aceites, se quiserem
atingir a dimensão necessária ao seu
Em colaboração com Jean progresso e deter o controlo do seu
Monnet, elaborou o famoso destino. “
Plano Schuman, que divulgou Jean Monnet – memórias, p.616
em 9 de Maio de 1950

“A Europa não se fará de uma só vez, far-se-á por meio de realizações “Não coligamos Estados, unimos Homens”
concretas. É necessário antes de mais criar «solidariedades de facto».” Washington, 30 de Abril de 1952

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2.2 PRINCIPAIS TRATADOS EUROPEUS

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TRATADO DE PARIS (CECA)
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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TRATADO DE PARIS (CECA)
Assinatura: 18 abril 1951
Entrada em vigor: 23 julho 1952
Termo de vigência: 23 julho 2002

▪Cria uma Alta Autoridade, percursora da Comissão Europeia

▪ Institui uma Organização Supranacional com uma vigência de 50 anos,


a CECA - Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

▪ Cria o Mercado Comum do Carvão e do Aço

▪ Contribui para dissipar a desconfiança e a tensão existentes entre os países


europeus depois da Segunda Guerra Mundial

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TRATADOS DE ROMA (CEE) (CEEA)
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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TRATADOS DE ROMA (CEE) (CEEA)
Assinatura:25 março 1957
Entrada em vigor: 1 janeiro 1958

Aprofundam a integração europeia que passou a abranger a cooperação económica.

Institui duas Comunidades:

CEE (Comunidade Económica Europeia)


▪ Cria uma União Aduaneira
▪ Lança as bases de um Mercado Comum

CEEA/EURATOM - Comunidade Europeia de Energia Atómica


▪ Coordena o desenvolvimento da indústria nuclear
▪ Respeita a obrigação de explorar a energia nuclear para fins pacíficos

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ATO ÚNICO EUROPEU
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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ATO ÚNICO EUROPEU
Assinatura: 17 fevereiro 1986
Entrada em vigor: 1 julho 1987
✓ Primeira revisão de fundo dos Tratados comunitários, visando:

▪ realização plena do Mercado Único (concretização de quatro liberdades de circulação fundamentais:


bens, pessoas, serviços e capitais);

▪ reforma institucional (reforço dos poderes do PE, institucionalização das Cimeiras europeias,
generalização da decisão por maioria qualificada);

▪ reforço da coesão económica e social (através da atenuação de desigualdades sociais, da proteção do


ambiente e da redução das diferenças de desenvolvimento entre os países da UE).

✓ Cria a Cooperação Política Europeia (concertação de posições face às questões internacionais)

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TRATADO DE MAASTRICHT (UE)
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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TRATADO DE MAASTRICHT (UE)
Assinatura: 7 fevereiro 1992
Entrada em vigor: 1 novembro 1993

▪ Institui a União Europeia, assente em três pilares: as Comunidades Europeias (CE), a Política Externa e de
Segurança Comum (PESC) e a Justiça e Assuntos Internos (JAI)

▪ Integra as comunidades existentes (CEE, CECA e CEEA) na UE

▪ Institui a cidadania da UE

▪ Estabelece a criação de uma moeda única

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TRATADO DE AMESTERDÃO
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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TRATADO DE AMESTERDÃO
Assinatura:2 outubro 1997
Entrada em vigor: 1 maio 1999

▪ Procede à reforma das instituições para preparar a adesão de mais países à UE

▪ Faz do emprego e dos direitos dos cidadãos o ponto fulcral da UE, afirmando que a cidadania
europeia é complementar da cidadania nacional

▪ Reforça a transparência do processo de tomada de decisão

▪ Permite que a Europa faça ouvir melhor a sua voz no mundo

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TRATADO DE NICE
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001

13 de dez. de 2007
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TRATADO DE NICE
Assinatura: 26 fevereiro 2001
Entrada em vigor: 1 fevereiro 2003

▪ Procede à reforma das instituições para que a UE pudesse funcionar eficazmente com mais países

▪ Altera a composição da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu e a nova ponderação de votos no


Conselho

▪ Define a extensão da maioria qualificada

▪ Alarga o mecanismo de cooperações reforçadas

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TRATADO DE LISBOA
18 de abril de 1951

25 de março de 1957

17 de fevereiro 1986

7 de fevereiro de 1992

2 de outubro de 1997

26 de fev. de 2001
13 de dez. de 2007
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TRATADO DE LISBOA
Assinatura: 13 dezembro 2007
Entrada em vigor: 1 dezembro 2009

▪ Torna a UE mais democrática e eficaz e mais apta a resolver problemas ao nível mundial, como as alterações
climáticas, permitindo-lhe falar a uma só voz

▪ Reforça os poderes do Parlamento Europeu, altera os procedimentos de votação no Conselho e introduz a


iniciativa de cidadania europeia

▪ Cria os cargos de Presidente do Conselho Europeu e de Alto/a Representante para os Negócios Estrangeiros

▪ Clarifica a repartição de competências: as da UE, as dos países e as partilhadas

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2.3. ALARGAMENTOS E CRITÉRIOS
DE ADESÃO

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UE: espaço geográfico – os sucessivos alargamentos
Os Estados-Membros em 2020 1. Bélgica
2. Bulgária
3. Chéquia (Rep. Checa)
Regiões Ultraperiféricas 1951 4. Dinamarca
5. Alemanha
1973 6. Estónia
7. Irlanda
1981 8. Grécia
9. Espanha
25 1986 10. França
27
11. Croácia
1995 12. Itália
6
13. Chipre
14 2004 14. Letónia
4 15
15. Lituânia
7 2007 16. Luxemburgo
19 21 17. Hungria
1 5
2013 18. Malta
16 3
25 19. Países Baixos
20 17
23
20. Áustria
10 24 11 21. Polónia
12 22. Portugal
2
2
23. Roménia
22 24. Eslovénia
9
8
25. Eslováquia
8
26. Finlândia
13
27. Suécia
18
Nota: Em 1973 juntamente com a Dinamarca e a Irlanda entrou o Reino Unido que, voluntariamente, decidiu sair em 2019. 23
TRATADO DE ADESÃO DA ESPANHA E DE PORTUGAL
Assinatura: 12 junho 1985
Entrada em vigor: 1 janeiro 1986

A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA TRADUZIU-SE NA OPORTUNIDADE DE:

▪ Garantir a segurança e a estabilidade do território português;


▪ Consolidar a democracia em Portugal;
▪ Reforçar a salvaguarda dos direitos e das liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses;
▪ Combater o desenvolvimento regional desequilibrado, conseguindo uma convergência real apoiada, também, por fundos europeus.

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Atuais Países Candidatos e Potenciais Candidatos
Países Candidatos

1. Albânia

2. República da Macedónia
do Norte

3. Montenegro

4. Sérvia

5. Turquia

Países - Potenciais candidatos

6. Bósnia e Herzegovina 6 4
3 7
2 5
1
7. Kosovo

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Critérios de Adesão à UE
(Critérios de Copenhaga)
Critérios Políticos
• Instituições estáveis
Porquê a designação Garantir: Democracia, Estado de direito, Direitos humanos e Respeito pelas minorias e a sua proteção
Copenhaga?
Os critérios foram Critérios Económicos
• Economia de mercado operacional
estabelecidos no Conselho
Europeu de Copenhaga em Fazer face: Pressão concorrencial e forças de Mercado da UE
1993 e reforçados pelo Critérios Jurídicos
Conselho Europeu de Madrid
• Acervo comunitário incorporado
em 1995
Adotar: Legislação da UE já aprovada e aplicada

Nota Importante :
Para que as negociações de adesão à UE sejam iniciadas, o país tem de cumprir os critérios políticos

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