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HISTÓRIA DA UNIÃO EUROPEIA

Com o objetivo de pôr termo aos con itos frequentes e


sangrentos que culminaram na Segunda Guerra Mundial, os
políticos europeus iniciam o processo de construção do que
hoje conhecemos como União Europeia.

8 de maio de 1945
Fim da Segunda Guerra Mundial. Milhões de pessoas
morreram, caram feridas ou estão deslocadas. Seis milhões
de judeus foram assassinados no Holocausto.

4 de abril de 1949
É criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN ou
NATO), uma aliança intergovernamental de segurança entre os
Estados Unidos, o Canadá e 10 países da Europa Ocidental.
Em 2020, a Nato tem 30 membros, incluindo 21 países da UE.

5 de maio de 1949
10 países da Europa Ocidental criam o Conselho da Europa
para promover a democracia e proteger os direitos humanos e
o Estado de direito. A Convenção Europeia dos Direitos do
Homem entra em vigor em 3 de setembro de 1953.

9 de maio de 1950
Robert Schuman, ministro francês dos Negócios Estrangeiros,
apresenta um plano para uma cooperação mais estreita, que
propõe a integração das indústrias do carvão e do aço da
Europa Ocidental. Mais tarde, o dia 9 de maio é celebrado pela
União Europeia como o «Dia da Europa».

18 de abril de 1951
Com base no plano Schuman, seis países assinam um tratado
para colocarem as suas indústrias pesadas – carvão e aço -
sob um sistema de gestão comum. Desta forma, ao contrário
do que aconteceu no passado, nenhum destes países pode,
por si só, fabricar armas de guerra para atacar os outros. Estes
seis países são a Alemanha, a França, a Itália, os Países
Baixos, a Bélgica e o Luxemburgo. A Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço entra em funções em 1952.
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25 de março de 1957
Encorajados pelo êxito do Tratado que institui a Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço, os seis países fundadores
alargam a sua cooperação a outros setores económicos.
Formalizam-no através da assinatura de dois tratados, que
instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a
Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom). Que
serão os tratados de Roma. Estes organismos entraram em
funções em 1 de janeiro de 1958.

19 de março de 1958
A primeira reunião da Assembleia Parlamentar Europeia,
antecessora do Parlamento Europeu de hoje, realiza-se em
Estrasburgo, França, com o Presidente eleito Robert Schuman.
Substitui a Assembleia Comum da Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço e altera o seu nome para Parlamento Europeu
em 30 de março de 1962.

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O Memorando de Briand de 1929 é um documento que faz


parte da história das relações internacionais e da busca por
soluções para a paz na Europa após a Primeira Guerra
Mundial. É mais conhecido como o Memorando Briand-
Kellogg, em referência aos ministros das Relações Exteriores
da França, Aristide Briand, e dos Estados Unidos, Frank B.
Kellogg, que foram os principais arquitetos do documento.

O Memorando Briand-Kellogg, formalmente conhecido como


Pacto Kellogg-Briand ou Pacto de Paris, foi assinado em 27 de
agosto de 1928 e entrou em vigor em 24 de julho de 1929.
Este pacto foi um esforço para promover a paz mundial e
renunciar à guerra como meio de resolver disputas
internacionais.

Nele os países signatários concordaram em não usar a guerra


como instrumento de política nacional, exceto para fins de
autodefesa.
Embora o pacto tenha sido um passo importante na direção da
busca pela paz internacional, ele enfrentou limitações
signi cativas na sua implementação prática, especialmente
diante das ameaças crescentes à paz durante a década de
1930, que culminaram na Segunda Guerra Mundial.
No entanto, o Pacto Kellogg-Briand ainda é considerado um
precursor importante para o desenvolvimento de organizações
internacionais como a Liga das Nações (predecessora das
Nações Unidas) e para a ideia de que a guerra deveria ser
evitada por meios diplomáticos e multilaterais.
Em resumo, o Memorando de Briand de 1929, ou Pacto
Kellogg-Briand, era um acordo internacional que visava
promover a paz e condenar a guerra como meio de resolver
disputas internacionais.

Winston Churchill desempenhou um papel crucial no pós-


Segunda Guerra Mundial como líder político e estadista
britânico.
Ele é mais lembrado por seu papel como primeiro-ministro do
Reino Unido durante a guerra, liderando os britânicos e suas
nações aliadas na resistência contra a Alemanha nazista.
No entanto, Churchill também teve um impacto signi cativo no
período pós-guerra, especialmente em relação à Guerra Fria e
à reconstrução da Europa.

Principais contribuições de Winston Churchill no pós-Segunda


Guerra Mundial:

Discurso da Cortina de Ferro: Em março de 1946, Churchill


fez um famoso discurso em Fulton, Missouri, onde usou a frase
"Cortina de Ferro" para descrever a divisão ideológica entre o
mundo ocidental e a Europa Oriental sob influência soviética.
Isso marcou o início da Guerra Fria e destacou a oposição do
Ocidente ao expansionismo comunista.

Conferência de Potsdam: Churchill representou o Reino


Unido na Conferência de Potsdam em 1945, onde líderes das
potências aliadas (EUA, Reino Unido e União Soviética)
discutiram a reorganização da Europa após a guerra. Essa
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conferência ajudou a moldar a divisão da Alemanha e
estabeleceu as bases para o início da Guerra Fria.

Participação na formação da ONU: Churchill teve um papel


importante na criação das Nações Unidas (ONU), uma
organização internacional que visava promover a paz e a
cooperação global após a Segunda Guerra Mundial. O Reino
Unido foi uma das nações fundadoras da ONU, e Churchill
apoiou a ideia de uma organização internacional para evitar
conflitos futuros.

Eleições de 1951: Churchill retornou ao cargo de primeiro-


ministro do Reino Unido em 1951 após vencer as eleições
gerais. Seu segundo mandato como primeiro-ministro foi
marcado pela reconstrução pós-guerra e pela gestão das
relações internacionais durante o início da Guerra Fria.

Em resumo, Winston Churchill desempenhou um papel


importante na política internacional do pós-Segunda Guerra
Mundial, ajudando a moldar o curso da Guerra Fria e a
contribuir para os esforços de reconstrução e estabilidade na
Europa e no mundo após o con ito.

O Congresso da Haia de 1948, também conhecido como


Congresso de Haia da União Europeia dos Federalistas (UEF),
foi um evento chave na história do movimento federalista
europeu e teve como objetivo promover a ideia da uni cação
europeia. O congresso reuniu líderes e defensores da
integração europeia após a Segunda Guerra Mundial, quando
a Europa estava passando por um período de reconstrução e
rede nição política.

Alguns pontos importantes relacionados ao Congresso da Haia


de 1948:

Contexto pós-Segunda Guerra Mundial: Após a devastação


da Segunda Guerra Mundial, muitos europeus reconheceram a
necessidade de evitar futuros con itos na Europa e promover a
cooperação entre os países do continente. O Congresso da
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Haia foi realizado em um momento de re exão sobre o futuro
da Europa.

Federalismo Europeu: O congresso foi organizado pela União


Europeia dos Federalistas, um grupo que defendia a criação de
uma Europa federal uni cada como forma de garantir a paz e a
prosperidade na região. Os federalistas europeus
argumentavam que a integração política e económica era
essencial para evitar futuros con itos na Europa.

Resoluções importantes: Durante o Congresso da Haia,


foram adotadas várias resoluções importantes que delineavam
a visão de uma Europa uni cada. Isso incluía a criação de um
Conselho da Europa, a convocação de uma Conferência
Constitucional Europeia e a promoção da integração
económica europeia.

In uência na integração europeia: Embora as resoluções do


Congresso da Haia não tenham sido implementadas
imediatamente, o evento teve um impacto duradouro na
integração europeia. Algumas das ideias discutidas e
propostas no congresso foram posteriormente incorporadas ao
processo de formação da União Europeia (UE), que foi
estabelecida com o Tratado de Roma em 1957.

Em resumo, o Congresso da Haia de 1948 foi um marco


importante no movimento pela integração europeia, reunindo
defensores da ideia de uma Europa uni cada após a Segunda
Guerra Mundial e contribuindo para o desenvolvimento
posterior da União Europeia.

A Declaração Schuman, também conhecida como Plano


Schuman, foi um importante marco no processo de integração
europeia pós-Segunda Guerra Mundial.
Foi anunciada pelo Ministro das Relações Exteriores da
França, Robert Schuman, em 9 de maio de 1950, e é
considerada o ponto de partida para a formação da
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que foi
uma das precursoras da atual União Europeia (UE).
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A principal ideia por trás da Declaração Schuman era criar uma
entidade supranacional que controlasse a produção de carvão
e aço na Europa Ocidental, duas matérias-primas essenciais
para a produção de armamentos.
Schuman propôs que a França e a Alemanha, duas nações
que haviam sido inimigas frequentes na história europeia
recente, colocassem sua produção de carvão e aço sob uma
autoridade comum, evitando assim a possibilidade de uma
nova guerra entre elas.

Alguns pontos importantes da Declaração Schuman incluem:

Integração supranacional: Schuman propôs a criação de


uma Alta Autoridade, que seria independente dos governos
nacionais e teria autoridade sobre a produção de carvão e aço
nos países participantes.

Participação inicial: Inicialmente, França, Alemanha


Ocidental, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos
concordaram em participar da CECA.

Objetivos económicos e políticos: Além de promover a


cooperação económica, o Plano Schuman tinha objetivos
políticos mais amplos, incluindo o fortalecimento da paz e da
estabilidade na Europa e a reconciliação franco-alemã.

Passo para a integração europeia: A CECA foi criada em


1951 com a assinatura do Tratado de Paris. Ela estabeleceu as
bases para a integração europeia e, eventualmente, serviu
como um modelo para futuras comunidades europeias, como
a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade
Europeia da Energia Atómica (EURATOM).

A Declaração Schuman é comemorada todos os anos em 9 de


maio como o "Dia da Europa", um dia que celebra a uni cação
europeia e a paz na Europa. Ela representa um marco crucial
na história da integração europeia, que eventualmente levou à
formação da União Europeia, uma união política e económica
de 27 países europeus.

Os Tratados de Paris e de Roma são dois marcos


fundamentais na história da integração europeia e contribuíram
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para o nascimento das três principais comunidades que
eventualmente se tornaram a União Europeia (UE).
Vou explicar a importância de cada um desses tratados e
como eles levaram à criação das comunidades europeias:

Tratado de Paris de 1951 (CECA): O Tratado de Paris,


também conhecido como o Tratado da Comunidade Europeia
do Carvão e do Aço (CECA), foi assinado em 1951. Ele foi um
passo importante na integração europeia após a Segunda
Guerra Mundial. O tratado criou a CECA, que era uma
comunidade supranacional que reunia seis países europeus:
França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Luxemburgo e
Países Baixos. A CECA tinha como objetivo principal controlar
a produção de carvão e aço desses países e garantir que
esses recursos estratégicos fossem usados de forma pací ca
e cooperativa. O sucesso da CECA serviu como um modelo
para futuras comunidades europeias.

Tratado de Roma de 1957 (CEE e EURATOM): O Tratado de


Roma, assinado em 1957, estabeleceu duas novas
comunidades europeias: a Comunidade Económica Europeia
(CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atómica
(EURATOM). A CEE, também conhecida como Mercado
Comum Europeu, tinha como objetivo a criação de um
mercado único e a eliminação de barreiras comerciais entre os
países membros.
A EURATOM visava a cooperação em energia nuclear para
ns pací cos. Os seis países originais da CECA também
faziam parte dessas novas comunidades, e a CEE, em
particular, deu origem ao mercado comum europeu,
promovendo a integração económica e a livre circulação de
bens, serviços, pessoas e capitais entre os Estados membros.

Esses tratados representaram marcos signi cativos na


integração europeia, promovendo a cooperação política e
económica entre os países europeus, com ênfase na
reconciliação franco-alemã e na prevenção de futuros
con itos. As três comunidades (CECA, CEE e EURATOM)
compartilhavam instituições comuns, como a Comissão
Europeia e a Assembleia Parlamentar Europeia, que
posteriormente desempenharam papéis importantes na
evolução da União Europeia.
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Ao longo das décadas, essas comunidades se fundiram
gradualmente em uma única entidade, que mais tarde se
tornou a União Europeia, consolidando ainda mais a
integração europeia e expandindo suas competências além do
comércio e da energia para áreas como a política externa, a
justiça e a segurança.

O "Tratado de Fusão" é uma referência ao Tratado de Fusão


de 1967, que foi um acordo importante na história da
integração europeia. O Tratado de Fusão fundiu três das
principais comunidades europeias da época em uma única
estrutura organizacional. As três comunidades em questão
eram:

Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA): Criada


pelo Tratado de Paris de 1951, a CECA era responsável por
controlar a produção de carvão e aço em seis países
europeus.

Comunidade Económica Europeia (CEE): Criada pelo


Tratado de Roma de 1957, a CEE estabeleceu um mercado
comum europeu, promovendo a livre circulação de bens,
serviços, pessoas e capitais entre os Estados membros.

Comunidade Europeia de Energia Atómica (EURATOM):


Também criada pelo Tratado de Roma de 1957, a EURATOM
tinha como objetivo a cooperação em energia nuclear para ns
pací cos.
O Tratado de Fusão foi assinado em 8 de abril de 1965 e
entrou em vigor em 1º de julho de 1967. Ele uni cou as três
comunidades em uma única estrutura organizacional,
conhecida como "Comunidades Europeias" ou "Comunidades
Europeias das Comunidades."
Isso simpli cou a estrutura institucional e administrativa das
comunidades e permitiu uma maior coordenação e e ciência
nas políticas europeias.

O Tratado de Fusão estabeleceu as instituições comuns das


Comunidades Europeias, incluindo a Comissão Europeia, o
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Conselho de Ministros (atualmente conhecido como Conselho
da União Europeia), o Parlamento Europeu e o Tribunal de
Justiça das Comunidades Europeias (agora parte do Tribunal
de Justiça da União Europeia).

A uni cação das comunidades por meio do Tratado de Fusão


foi um passo importante no caminho para a formação da União
Europeia (UE) como a conhecemos hoje. As Comunidades
Europeias evoluíram gradualmente para a União Europeia, com
a assinatura do Tratado da União Europeia (Tratado de
Maastricht) em 1992, que criou a UE como uma entidade
política e económica mais abrangente.
Portanto, o Tratado de Fusão desempenhou um papel crucial
na consolidação da integração europeia.

O Ato Único Europeu, assinado em 1986 e entrando em vigor


em 1987, foi um tratado que trouxe mudanças substanciais
para o funcionamento da Comunidade Económica Europeia
(CEE), que mais tarde se tornou parte da União Europeia (UE).
Suas principais realizações incluíram:

Mercado Único: O Ato Único Europeu estabeleceu um


objetivo ambicioso de criar um mercado único europeu até o
nal de 1992. Isso envolveu a eliminação de barreiras
comerciais, a harmonização de regulamentações e a promoção
da livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais entre
os países membros da CEE.

Tomada de Decisões por Maioria: O tratado expandiu o uso


de votações por maioria quali cada no Conselho da CEE em
vez de unanimidade em várias áreas, tornando o processo de
tomada de decisões mais e ciente.
Novas Áreas de Competência: O Ato Único Europeu também
expandiu as áreas de competência da CEE, incluindo políticas
ambientais, pesquisa e desenvolvimento, educação e cultura.

Integração Política e Económica: Ele avançou a integração


política e económica na Europa e preparou o terreno para
tratados subsequentes, como o Tratado de Maastricht em
1992, que estabeleceu a União Europeia.
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Em resumo, o Ato Único Europeu foi um marco crucial na
evolução da integração europeia, estabelecendo a base para a
criação de um mercado único europeu e aprofundando a
cooperação política e económica entre os países membros da
Comunidade Económica Europeia. Ele desempenhou um papel
fundamental na formação da União Europeia como a
conhecemos hoje.

O Tratado de Maastricht, o cialmente conhecido como o


Tratado da União Europeia, é um dos tratados mais
signi cativos na história da União Europeia (UE). Ele foi
assinado em 7 de fevereiro de 1992 na cidade de Maastricht,
nos Países Baixos, e entrou em vigor em 1º de novembro de
1993.
O tratado marcou uma fase importante na integração europeia,
consolidando a União Europeia como uma entidade política e
económica mais ampla.
Principais disposições e implicações do Tratado de Maastricht:

Criação da União Europeia (UE): O Tratado de Maastricht


estabeleceu a União Europeia como uma nova entidade
política e económica, além das Comunidades Europeias
existentes (Comunidade Económica Europeia, Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço e Comunidade Europeia da
Energia Atómica). A UE incluiu três pilares: a Comunidade
Europeia (responsável pelas políticas comunitárias
tradicionais), a Política Externa e de Segurança Comum (PESC)
e a Cooperação em Assuntos de Justiça e Assuntos Internos.

Moeda Única (Euro): O Tratado de Maastricht estabeleceu os


critérios para a introdução do Euro, a moeda única europeia. O
Euro foi adotado por muitos países da UE em 1999 e entrou
em circulação em 2002.
Cidadania da União Europeia: O tratado introduziu a noção
de cidadania da União Europeia, conferindo certos direitos e
liberdades aos cidadãos europeus, como o direito de circular e
residir livremente dentro da UE.
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Cooperação em Política Externa e de Segurança: O Tratado
de Maastricht visava aprofundar a cooperação entre os
Estados membros em questões de política externa e
segurança, incluindo a criação de uma Política Externa e de
Segurança Comum (PESC).

Aprofundamento da Integração: O tratado continha


disposições para aprofundar a integração em áreas como a
política de defesa, justiça e assuntos internos, além de
questões sociais e ambientais.

Criação de Instituições da UE: O tratado reforçou e


reorganizou as instituições da UE, incluindo o Conselho
Europeu (que reúne os chefes de Estado e de governo), a
Comissão Europeia (o órgão executivo da UE), o Parlamento
Europeu e o Tribunal de Justiça da União Europeia.

O Tratado de Maastricht representou um passo importante na


direção de uma Europa mais uni cada e de uma maior
cooperação entre os Estados membros em áreas políticas,
económicas e de segurança.
E também estabeleceu as bases para o desenvolvimento
posterior da União Europeia, que continuou a se expandir e se
aprofundar em várias áreas ao longo das décadas seguintes.

O Tratado de Amsterdão, o cialmente conhecido como o


Tratado de Amsterdão sobre a União Europeia, é um tratado
que foi assinado em 2 de outubro de 1997 e entrou em vigor
em 1º de maio de 1999.
Este tratado marcou um marco importante na evolução da
União Europeia (UE) e trouxe várias mudanças signi cativas
em relação ao funcionamento da UE e suas políticas.
O Tratado de Amsterdão foi negociado para reformar as
estruturas da UE em preparação para a ampliação da União
para incluir países da Europa Central e Oriental.
Algumas das principais disposições e implicações do Tratado
de Amsterdão:

Reformas Institucionais: O tratado introduziu várias reformas


institucionais na UE. Por exemplo, aumentou os poderes do
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Parlamento Europeu, estendendo a maioria das decisões
legislativas a um processo de co-decisão entre o Parlamento e
o Conselho da UE. Além disso, o Tratado de Amsterdã
reformulou a Comissão Europeia, limitando o número de
Comissários a dois terços do número de Estados membros.

Política Externa e de Segurança Comum (PESC): O tratado


reforçou a Política Externa e de Segurança Comum (PESC) da
UE, tornando-a mais e caz e permitindo uma maior
cooperação em questões de política externa e de segurança.

Emprego e Assuntos Sociais: O Tratado de Amsterdã incluiu


disposições relacionadas ao emprego e aos assuntos sociais,
destacando a importância do emprego como um objetivo da
UE e promovendo a igualdade de oportunidades no mercado
de trabalho.

Direitos Fundamentais: O tratado estabeleceu um novo artigo


sobre direitos fundamentais, reconhecendo a importância dos
direitos humanos na UE.

Justiça e Assuntos Internos: O Tratado de Amsterdã


introduziu medidas para a cooperação em questões de justiça
e assuntos internos, incluindo questões de imigração, asilo,
combate ao trá co de drogas e criminalidade transfronteiriça.

A União Económica e Monetária (UEM): O tratado também


abordou questões relacionadas à União Económica e
Monetária (UEM), buscando fortalecer a coordenação das
políticas económicas entre os Estados membros.

Em resumo, o Tratado de Amsterdã desempenhou um papel


importante na reformulação das instituições e políticas da
União Europeia para enfrentar os desa os da época e se
preparar para a ampliação da UE para incluir novos membros.
E reforçou a cooperação em várias áreas, incluindo política
externa, emprego, justiça e assuntos sociais, e contribuiu para
o desenvolvimento contínuo da UE como uma entidade política
e económica mais integrada
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O Tratado de Nice, o cialmente conhecido como Tratado de
Nice sobre a Reforma dos Tratados que Instituem a
Comunidade Europeia, foi assinado em 26 de fevereiro de
2001 e entrou em vigor em 1º de fevereiro de 2003.
Este tratado marcou um passo importante na reforma das
instituições da União Europeia (UE) para lidar com os desa os
resultantes da expansão da UE para incluir novos membros da
Europa Central e Oriental.
Algumas das principais disposições e implicações do Tratado
de Nice:

Reforma Institucional: O Tratado de Nice introduziu uma série


de reformas institucionais para preparar a UE para a ampliação
que ocorreu em 2004, quando dez países da Europa Central e
Oriental se tornaram membros da UE. Isso incluiu mudanças
no sistema de votação no Conselho da UE para garantir que a
tomada de decisões continuasse e ciente com um número
maior de Estados membros. O tratado também rede niu o
número de Comissários Europeus e o tamanho do Parlamento
Europeu.

Extensão da Tomada de Decisões por Maioria Quali cada:


O Tratado de Nice expandiu as áreas em que as decisões do
Conselho da UE poderiam ser tomadas por maioria
quali cada, em vez de unanimidade, tornando o processo de
tomada de decisões mais ágil e e caz.

Distribuição de Assentos no Parlamento Europeu: O tratado


ajustou a distribuição de assentos no Parlamento Europeu
para re etir a ampliação da UE.

Introdução do Cargo de Presidente do Conselho Europeu:


O Tratado de Nice abriu o caminho para a criação do cargo de
Presidente do Conselho Europeu, um líder de destaque na UE
que preside as cúpulas da UE.

Cooperação Estruturada: O tratado introduziu a possibilidade


de uma "cooperação estruturada" entre um subconjunto de
Estados membros da UE em questões de segurança e defesa.
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O Tratado de Nice foi uma etapa importante na adaptação das
instituições e regras da UE para acomodar o crescimento da
União com a adesão de novos membros. Ele foi seguido por
tratados posteriores, como o Tratado de Lisboa em 2007, que
continuaram a reformar e aprofundar a integração europeia.
Em conjunto, esses tratados moldaram a estrutura institucional
da UE e suas políticas para enfrentar os desa os de um
continente europeu uni cado e em constante evolução.

A "Constituição Europeia" de 2004 foi um projeto de tratado


que buscava estabelecer uma única constituição para a União
Europeia (UE). No entanto, o termo "malograda" é
frequentemente usado para descrever esse projeto porque ele
enfrentou di culdades signi cativas em sua rati cação e
acabou não sendo adotado da forma como foi originalmente
planejado.
Principais pontos relacionados à "Constituição Europeia" de
2004:

Origens: O projeto da "Constituição Europeia" foi concebido


com o objetivo de simpli car e consolidar os tratados
existentes que governavam a União Europeia. Ele pretendia
tornar as instituições da UE mais e cazes e acessíveis aos
cidadãos europeus.

Conteúdo: A "Constituição Europeia" proposta continha


disposições destinadas a reformar as instituições da UE, como
a criação do cargo de Presidente do Conselho Europeu, a
designação de um Ministro das Relações Exteriores da UE e a
simpli cação do processo decisório. Ela também incluía a
Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia.

Rati cação: O processo de rati cação da "Constituição


Europeia" exigia a aprovação de todos os Estados membros
da UE. Vários países realizaram referendos para rati car o
tratado, e alguns deles, como França e Holanda, votaram
contra a "Constituição" em referendos realizados em 2005.

Resultados Negativos: Os resultados negativos dos


referendos na França e na Holanda lançaram dúvidas sobre a
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rati cação da "Constituição Europeia" em outros países e
criaram incerteza em relação ao futuro do projeto.

Adaptação para o Tratado de Lisboa: Em vez de seguir com


a "Constituição Europeia", os líderes da UE optaram por
rejeitar o nome "constituição" e, em vez disso, negociaram o
Tratado de Lisboa. O Tratado de Lisboa incorporou muitos
elementos do projeto da "Constituição Europeia", incluindo
reformas institucionais, mas foi estruturado como uma revisão
dos tratados existentes da UE, evitando o termo
“constituição".

Carta dos Direitos Fundamentais: A Carta dos Direitos


Fundamentais, que fazia parte do projeto da "Constituição
Europeia", foi incorporada ao Tratado de Lisboa e tornou-se
legalmente vinculativa.

Em resumo, a "Constituição Europeia" de 2004 enfrentou


resistência signi cativa em sua rati cação, resultando em
votos negativos em referendos em vários países. Como
resultado, o projeto foi abandonado em sua forma original, e as
reformas propostas foram incorporadas ao Tratado de Lisboa,
que é a base legal da União Europeia atualmente. A
"Constituição Europeia" permanece como um exemplo de um
esforço ambicioso que não conseguiu alcançar a rati cação
planejada.

O "princípio do primado" é um conceito importante no


contexto do direito da União Europeia (UE) e se refere à
supremacia do direito da UE sobre o direito nacional dos
Estados membros.
Este princípio estabelece que, em caso de con ito entre o
direito da UE e o direito nacional, o direito da UE prevalece e
deve ser aplicado.

A ideia por trás do princípio do primado é garantir a unidade e


a e cácia do direito da UE em toda a União Europeia.
Sem o primado, os Estados membros poderiam, em teoria,
ignorar ou contornar as leis e regulamentos da UE de acordo
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com suas próprias leis nacionais, o que enfraqueceria a
integração europeia.

O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) é a autoridade


responsável por interpretar e aplicar o direito da UE, incluindo
o princípio do primado. O TJUE tem o poder de determinar se
uma lei nacional está em conformidade com o direito da UE e,
em caso de con ito, pode decidir que o direito da UE
prevalece.

É importante observar que o princípio do primado não signi ca


que a UE tenha competência em todas as áreas do direito.
A UE tem competência em áreas especí cas, conforme
estabelecido nos Tratados da UE, e o primado se aplica
apenas a essas áreas em que a UE tem competência.
O direito nacional continua a ser aplicado em áreas em que a
UE não tem competência exclusiva.

Em resumo, o princípio do primado é um dos princípios


fundamentais do direito da UE e garante que o direito da UE
seja superior ao direito nacional dos Estados membros,
quando aplicável, a m de garantir a uniformidade e a e cácia
das leis e regulamentos da UE em toda a União Europeia.

O Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia


(TFUE), anteriormente conhecido como Tratado CE
(Comunidade Europeia), é um dos tratados fundamentais que
constituem a União Europeia (UE). Ele estabelece as regras e
os procedimentos para o funcionamento das instituições da
UE e estabelece as políticas em diversas áreas.
O TFUE faz parte do conjunto de tratados que incluem o
Tratado da União Europeia (TUE) e os Tratados da Comunidade
Europeia da Energia Atómica (EURATOM).
O Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia é
dividido em várias partes, cada uma tratando de áreas
especí cas da legislação e das políticas da UE.
Principais aspectos e áreas cobertas pelo TFUE incluem:

Funcionamento das Instituições da UE: O TFUE estabelece


o funcionamento e as competências das instituições da UE,
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incluindo o Conselho da UE, a Comissão Europeia, o
Parlamento Europeu, o Tribunal de Justiça da União Europeia
(TJUE) e o Banco Central Europeu (BCE).

Política Económica e Monetária: O tratado estabelece as


bases para a coordenação das políticas económicas e
monetárias dos Estados membros que fazem parte da zona do
euro. Ele também aborda questões relacionadas ao Banco
Central Europeu e à política monetária da UE.

Mercado Interno: O TFUE estabelece o mercado interno


europeu, promovendo a livre circulação de bens, serviços,
pessoas e capitais entre os Estados membros. Também
aborda questões de concorrência e política de concorrência.

Políticas Setoriais: O tratado trata de várias políticas setoriais,


como agricultura, pesca, transporte, energia, concorrência e
comércio externo. Ele estabelece os princípios e os
instrumentos para a formulação e implementação dessas
políticas.

Políticas Sociais e de Emprego: O TFUE inclui disposições


relacionadas a políticas sociais e de emprego, promovendo a
igualdade de oportunidades, a não discriminação e a
cooperação em questões trabalhistas.

Ambiente: O tratado aborda questões relacionadas ao meio


ambiente e à promoção do desenvolvimento sustentável.

Política Externa e de Segurança Comum (PESC): O TFUE


estabelece os princípios e os procedimentos para a Política
Externa e de Segurança Comum da UE.

Cooperação em Justiça e Assuntos Internos: O tratado trata


da cooperação em questões de justiça, segurança e assuntos
internos, incluindo migração, asilo e cooperação policial.

O Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia é um dos


pilares fundamentais da UE e fornece a base legal para a maior
parte das atividades da UE. Ele é complementado pelo Tratado
da União Europeia (TUE), que estabelece os princípios gerais e
os objetivos da UE. Em conjunto, esses tratados formam o
arcabouço legal que governa a UE e sua ação em diversas
áreas.

O Tratado de Lisboa foi assinado a 13 de dezembro de 2007,


é um tratado importante que entrou em vigor em 1º de
dezembro de 2009. Ele fez alterações signi cativas nos
tratados que regem a União Europeia (UE), reformando as
instituições e as políticas da UE para melhorar a e ciência e a
e cácia do funcionamento da União.
O Tratado de Lisboa foi uma resposta ao fracasso da
"Constituição Europeia" de 2004, que não foi rati cada por
todos os Estados membros.
Principais disposições e implicações do Tratado de Lisboa:

Reforma Institucional: O tratado reformou as instituições da


UE para torná-las mais e cazes. Ele fortaleceu o papel do
Presidente do Conselho Europeu e estabeleceu o cargo de
Alto Representante da União para Assuntos Exteriores e
Política de Segurança, que também é Vice-Presidente da
Comissão Europeia.

Cooperação Reforçada: O Tratado de Lisboa introduziu a


possibilidade de cooperação reforçada, permitindo que um
grupo de Estados membros avance com a integração em
determinadas áreas, mesmo que outros não desejem
participar.

Aumento do Papel do Parlamento Europeu: O tratado


expandiu o papel do Parlamento Europeu em várias áreas,
incluindo o processo orçamentário e a tomada de decisões
legislativas em uma gama mais ampla de assuntos.

Carta dos Direitos Fundamentais: O Tratado de Lisboa


incorporou a Carta dos Direitos Fundamentais da União
Europeia, que se tornou legalmente vinculativa.

Política Externa e de Segurança Comum (PESC): O tratado


reforçou a Política Externa e de Segurança Comum (PESC) da
UE, visando a maior coesão e e cácia na tomada de decisões
de política externa.
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Serviço Europeu de Ação Externa: O tratado estabeleceu o
Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), que é o serviço
diplomático da UE.

Mudanças nos Votos no Conselho da UE: O tratado


introduziu uma nova fórmula de votação no Conselho da UE
para tornar a tomada de decisões mais representativa e
equitativa.

A União dos Direitos Fundamentais: O Tratado de Lisboa


consagrou o objetivo de estabelecer uma União dos Direitos
Fundamentais.

Em resumo, o Tratado de Lisboa desempenhou um papel


crucial na reforma e no aprofundamento da integração
europeia. Ele melhorou o funcionamento das instituições da
UE, fortaleceu a cooperação em questões de política externa e
segurança e ampliou os direitos e as liberdades dos cidadãos
europeus.
O tratado também re etiu o compromisso contínuo dos
Estados membros com a construção de uma União Europeia
mais e caz e coesa.

A natureza jurídica da União Europeia (UE) é complexa e


multifacetada, re etindo sua evolução ao longo do tempo e
sua estrutura única como uma organização internacional.
A UE não é um Estado no sentido tradicional, mas também
não é uma simples organização internacional. Em vez disso, é
uma entidade política e legal única com sua própria natureza
jurídica.
A natureza jurídica da UE pode ser analisada a partir de várias
perspectivas:

União de Estados Soberanos: A UE é frequentemente


descrita como uma união de Estados soberanos que decidiram
compartilhar parte de sua soberania em áreas especí cas. Os
Estados membros ainda são Estados independentes e
soberanos, mas concordaram em delegar certas competências
à UE para promover a integração e a cooperação em áreas
como o mercado único, a política comercial e a política de
concorrência.
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Organização Internacional: Do ponto de vista tradicional do
direito internacional, a UE é uma organização internacional. Ela
é composta por Estados membros que são partes do Tratado
da União Europeia (TUE) e do Tratado sobre o Funcionamento
da União Europeia (TFUE). A UE celebra acordos internacionais
com outros países e organizações, estabelecendo relações
exteriores.

Ordem Jurídica Supranacional: A UE também possui


características de uma ordem jurídica supranacional. Isso
signi ca que as normas e regulamentos da UE têm primazia
sobre as leis nacionais dos Estados membros em áreas onde a
UE tem competência. O Tribunal de Justiça da União Europeia
(TJUE) é a autoridade máxima que interpreta e aplica o direito
da UE.

Cidadania da União Europeia: A introdução da cidadania da


União Europeia é uma característica única que dá aos
cidadãos europeus direitos e liberdades adicionais além dos
direitos nacionais. Isso re ete uma dimensão de integração
mais profunda.

Moeda Única (Euro): A introdução do Euro como moeda única


em muitos Estados membros da UE também contribui para
uma dimensão supranacional, embora nem todos os Estados
membros façam parte da zona do euro.

Carta dos Direitos Fundamentais: A Carta dos Direitos


Fundamentais da União Europeia é uma declaração de direitos
fundamentais que vincula as instituições da UE e os Estados
membros quando estão aplicando o direito da UE.

Em resumo, a natureza jurídica da União Europeia é única e


complexa, combinando elementos de um sistema
intergovernamental de cooperação com características de uma
ordem jurídica supranacional. Ela evoluiu ao longo do tempo
com base em tratados e decisões judiciais, re etindo a busca
por uma maior integração e cooperação entre os Estados
membros da UE.
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O constitucionalismo desempenha um papel fundamental na
União Europeia (UE), in uenciando tanto a estrutura quanto os
princípios subjacentes ao funcionamento da UE.
Algumas maneiras pelas quais o constitucionalismo está
relacionado à UE:

Tratados como Constituições: Os tratados da UE, como o


Tratado da União Europeia (TUE) e o Tratado sobre o
Funcionamento da União Europeia (TFUE), são frequentemente
considerados como a "constituição" da UE. Esses tratados
estabelecem os fundamentos jurídicos, os princípios e os
valores da UE e delineiam sua estrutura institucional, direitos e
competências. Eles são os pilares do constitucionalismo da
UE.

Estado de Direito: O princípio do Estado de Direito é um dos


valores fundamentais da UE e está enraizado no
constitucionalismo. Os Estados membros da UE devem
respeitar o Estado de Direito como um requisito para a adesão
e a permanência na UE. O respeito pelo Estado de Direito é
monitorado pela Comissão Europeia e pelo Parlamento
Europeu.

Proteção dos Direitos Fundamentais: A União Europeia tem


uma Carta dos Direitos Fundamentais que consagra uma série
de direitos e liberdades para os cidadãos europeus. Essa Carta
serve como um documento constitucional para a proteção dos
direitos fundamentais dentro da UE.

Tribunal de Justiça da União Europeia: O Tribunal de Justiça


da União Europeia (TJUE) é a mais alta autoridade judicial da
UE e desempenha um papel central no sistema de
constitucionalismo da UE. Ele interpreta e aplica o direito da
UE, garantindo que os Estados membros e as instituições da
UE respeitem as disposições dos tratados e os direitos
fundamentais.

Princípio da Supremacia do Direito da UE: O princípio da


supremacia do direito da UE estabelece que o direito da UE
tem primazia sobre o direito nacional dos Estados membros
em áreas onde a UE tem competência. Isso re ete uma
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dimensão constitucional na relação entre o direito da UE e o
direito nacional.

Controle Democrático: O constitucionalismo também é


evidente na estrutura da UE, que inclui órgãos eleitos, como o
Parlamento Europeu, que representam os cidadãos europeus e
desempenham um papel importante no processo legislativo da
UE.

Processo de Reforma: O processo de reforma da UE, como


visto nos tratados sucessivos (por exemplo, o Tratado de
Lisboa), envolve elementos constitucionais signi cativos. As
reformas buscam adaptar a estrutura e o funcionamento da UE
às necessidades em evolução.

Em resumo, o constitucionalismo desempenha um papel


fundamental na União Europeia, fornecendo a base legal e os
princípios que orientam seu funcionamento.
A UE é uma união de Estados soberanos que escolheram
compartilhar soberania em várias áreas, com base em tratados
que servem como sua "constituição".
O respeito pelos direitos fundamentais, o Estado de Direito e o
controle democrático são aspectos centrais desse
constitucionalismo europeu.

A nota de "supranacionalidade" é um termo que se refere à


característica da União Europeia (UE) que a diferencia de
organizações internacionais tradicionais. Ela descreve o grau
de autoridade e soberania que a UE detém em relação aos
Estados membros em áreas especí cas.
A supranacionalidade na UE signi ca que, em determinadas
áreas, as decisões e as políticas da UE têm primazia sobre as
leis nacionais dos Estados membros.
Em outras palavras, os Estados membros concordaram em
compartilhar parte de sua soberania em certas questões em
benefício da integração europeia. A supranacionalidade é uma
característica fundamental do projeto europeu, pois permite
que a UE funcione como uma entidade mais integrada e e caz
em áreas onde a cooperação é considerada necessária.
Algumas áreas em que a supranacionalidade é evidente na UE:
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Política Comercial: A UE tem competência exclusiva para
negociar acordos comerciais em nome de todos os Estados
membros. Isso signi ca que os Estados membros não podem
conduzir negociações comerciais individuais.

Política de Concorrência: A Comissão Europeia tem o poder


de fazer cumprir as regras de concorrência da UE, o que inclui
investigar e sancionar práticas anticompetitivas em toda a
União Europeia.

Política Monetária: A zona do euro (países que adotaram o


Euro como moeda) compartilha uma política monetária
comum, determinada pelo Banco Central Europeu (BCE).

Comércio e Mercado Único: O mercado único europeu é uma


área onde a supranacionalidade é claramente visível. Ele
permite a livre circulação de bens, serviços, pessoas e capitais
em toda a UE, e as regulamentações e regras de mercado são
harmonizadas em toda a União.

Política de Convergência Econômica: Os Estados membros


que fazem parte da zona do euro concordaram em seguir
regras e critérios especí cos de convergência econômica,
como parte de seu compromisso com a moeda única.

Política Externa e de Segurança Comum: A UE busca uma


política externa e de segurança comum, o que signi ca que os
Estados membros coordenam suas posições em questões
internacionais e adotam posições comuns em negociações
internacionais.

É importante observar que a supranacionalidade coexiste com


elementos intergovernamentais na UE.
Em áreas onde os Estados membros desejam manter um
maior controle sobre suas políticas nacionais, eles podem
tomar decisões de forma mais intergovernamental, o que
signi ca que as decisões são tomadas em unanimidade ou por
consenso entre os Estados membros.
A supranacionalidade na UE é uma característica distintiva que
re ete a natureza única da integração europeia, onde os
Estados membros optaram por compartilhar soberania em
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áreas especí cas para alcançar objetivos comuns de paz,
estabilidade e prosperidade.

O princípio da subsidiariedade é um conceito fundamental


na União Europeia (UE) que de ne a distribuição de
competências entre a UE e os Estados membros. Esse
princípio é estabelecido nos tratados da UE e visa garantir que
a UE intervenha apenas quando for necessário para alcançar
seus objetivos e que as decisões sejam tomadas no nível mais
apropriado.
Principais elementos do princípio da subsidiariedade na UE:

Decisões no Nível Mais Próximo do Cidadão: O princípio da


subsidiariedade estabelece que as decisões devem ser
tomadas no nível mais próximo possível dos cidadãos. Isso
signi ca que questões que podem ser tratadas efetivamente
pelos Estados membros devem permanecer sob sua
jurisdição.

Intervenção da UE em Casos Justi cados: A UE só deve


intervir quando a ação a nível nacional for insu ciente ou não
e caz para atingir os objetivos da UE. Em outras palavras, a
UE deve agir apenas quando houver uma justi cação clara e
quando a ação coordenada em nível europeu for necessária
para alcançar os objetivos comuns da UE.

Respeito pela Diversidade Nacional: O princípio da


subsidiariedade reconhece a diversidade dos sistemas
nacionais e respeita a autonomia dos Estados membros em
áreas que não estão expressamente de nidas como
competências exclusivas da UE nos tratados.

Controle Jurídico pelo Tribunal de Justiça da UE: O Tribunal


de Justiça da União Europeia (TJUE) é responsável por
interpretar e aplicar o princípio da subsidiariedade. Ele pode
analisar se uma ação da UE é compatível com o princípio da
subsidiariedade e, se necessário, tomar medidas para garantir
seu cumprimento.
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Diálogo com os Parlamentos Nacionais: Os parlamentos
nacionais desempenham um papel importante na supervisão
do cumprimento do princípio da subsidiariedade. Eles têm o
direito de examinar propostas legislativas da UE e emitir
pareceres sobre se a ação da UE é coerente com o princípio
da subsidiariedade.

O princípio da subsidiariedade visa equilibrar o poder e


garantir que a UE atue de forma e caz, mas também restrita,
intervindo apenas nas áreas em que sua ação é necessária.
Isso ajuda a preservar a autonomia e a diversidade dos
Estados membros, ao mesmo tempo em que promove a
integração europeia em áreas em que a cooperação é crucial
para alcançar objetivos comuns, como o mercado único, a
política de concorrência e a política ambiental.
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