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História
Em termos de experiencias históricas, apontam-se pelo menos duas concretas de
unificação europeia, sendo uma religiosa e outra aristocrática : a republica Cristã
Média , e a Santa Aliança.
A santa Aliança, não constituiu uma. Verdadeira federação ou confederação europeia ,
mas sim caracterizando-se por um equilíbrio das potencias Tetrarquia e Pentrarquia.
No Séc. XX, após a primeira guerra mundial , é publicado o manifesto Pan-Europeu
(1924) que vem incentivar a proliferação de movimentos unionistas europeus.
Num discurso pronunciado a 5 de Setembro de 1929, Briand , Propõe a formação de um
vínculo federal entre os Estados da Europa.
O seu projeto é essencialmente cauteloso, conciliatório, pragmático, baseia-se no
princípio de uma União moral Europeia, enquadra A harmonização dos interesses
europeus sob o controlo e no espírito da SDN,e o acordo entre as Nações europeias se
deve realizar no plano da soberania absoluta da plena Independência política. Mas,
apesar do tom moderado, o projeto acabou por não vingar.
A ideia da União política da Europa, numa verdadeira perspetiva de realização concreta,
só é retomada após a Segunda Guerra Mundial. A noção de que a reconstrução de
regiões, economias devastadas exige um esforço comum e a vontade de estabelecer uma
paz duradoura conduzem ao desenvolvimento do movimento de solidariedade essencial
à ideia da União dos Estados da Europa.
Esse movimento de solidariedade ganha expressão política em alguns testes. Céleres: o
projeto da declaração das existências europeias em 1944, O discurso de Churchill,
pronunciado em Zurique em 1946, No qual pede aos países do continente que criem os
Estados Unidos da Europa; E a Mensagem Aos europeus lida no fim do Congresso
Europeu de Haia, A 7/05/1948.
O contexto histórico do após guerra, explica, pelo menos em parte, a razão por que a
primeira das organizações europeias foi concebida numa base de cooperação
intergovernamental e não sob a forma de uma comunidade integrada e ainda menos de
uma federação.
Foi aquando das suas declarações sobre a guerra, Que Churchill convidou a França e a
Alemanha a reconciliar, a fim de criar os Estados Unidos da Europa, cujo início poderia
ser um Conselho da Europa.
Nesta época surgem um pouco por toda a parte, movimentos, de diversas inspirações
políticas, tendentes à unificação da Europa.
O Conselho Europeu inicia os seus trabalhos a 7/05/1948 Haia, sob a Presidência de
George Hill e reunindo Cerca de 1000 delegados provenientes de 19 países.
Após a rejeição de um projeto ambicioso de Paul Reynauld G eleição de uma
Assembleia Constituinte Europeia, o Congresso adota várias resoluções no sentido da
criação de uma União política económica, na qual os Estados devem aceitar porem em
comum alguns dos seus direitos soberanos, apelando à convocação de uma Assembleia
Europeia composta de delegados, Eleitos pelos parlamentos nacionais e advogando a
elaboração de uma Carta dos Direitos do Homem fiscalizada por um Tribunal Europeu
dos Direitos do Homem.
Na sequência do Congresso, Em Outubro de 1948, o comitê organizador, Transforma-
se. Não movimento europeu, presidido por Blum e Churchill .
Antes do Congresso de Haia se tinham criado 2 organizações:, a União Ocidental,
Aliança militar, agrupando os 5 Estados signatários do Tratado de Bruxelas de
1948(Belgica , Essa, Luxemburgo, Países Baixos, e Reino Unido) Tratado de
colaboração Económica, Social e cultural de defesa coletiva, que surge na sequência em
reforço do Tratado Dunquerque.
A partir do acordo de princípio a que tinham chegado, os 5 países signatários do
Tratado de Bruxelas decidem reunir uma conferência diplomática para elaborar o
estatuto da nova organização, convidando a participar nessa conferência 5 outros países
(Irlanda, Itália., Dinamarca, Noruega e Suécia) . A Convenção contendo os ato do
Conselho da Europa e Senado em Londres a 5/05/1949 entra em vigor no dia 3 de
Agosto.

Evolução Histórica
O processo de construção Europeia arranca com a declaração histórica do Ministro
francês dos Negócios Estrangeiros, Schumann, 1950 na sala do Relógio do Quai D
´Orsay em Paris .” a europa não se fara de uma só vez numa construção de conjunto

Atraves dessa declaração , o Governo francês propõe colocar conjunto da produção
Franco alemã de carvão de aço sob uma autoridade comum, numa organização aberta à
participação dos demais países da Europa.
A proposta francesa é aceite pela Alemanha, Bélgica, Itália, Luxemburgo e Países
Baixos, iniciando-se em Paris, Em 1950,a conferência com vista à negociação de um
Tratado.
Em 1951, é assinado pelos 6 Estados, em Paris, o Tratado que institui a Comunidade
Europeia do Carvão do aço(CECA).
Este tratado , que cria a primeira das que viriam a ser as 3 Comunidades Europeias,
entrou em vigor a 25/07/1952.
Ainda antes da entrada em vigor deste Tratado, verificaram-se pelo menos 2 tentativas,
frustradas, de fazer avançar o processo de integração Europeia.
N a reunião em Messina, entre 1 e 3/06/1955, do Conselho da CECA,
que Fora convocado para substituir Jean monnet como Presidente da alta autoridade da
CECA, foi ainda decidido pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 6 , criar um
Comité Intergovernamental de peritos presidido por Spaak.
Conhecido como relatório de Bruxelas, foi aceite pelos ministros dos 6, em reunião da
CECA , Em 1956, com uma base para negociações para se celebrar um tratado que
estabeleça um Mercado Comum , bem como um tratado que crie uma organização
europeia para a energia atómica ( Euratomo), tendo para o efeito convocado uma
conferencia.
As negociações prosseguiram conduzindo a assinatura, em Roma, em 1957, dos
Tratados constitutivos da Comunidade Económica Europeia(CEE) e da Comunidade
Europeia de Energia Atómica(CEEA) .os Tratados entraram em vigor a 1/01/1958.
Também, em Março de 1957, se assinou a Convenção relativa a certas instituições
comuns das Comunidades Europeias, que estabeleceu como instituições comuns a estas
2 comunidades e a Comunidade anterior, 3 Instituições: A Assembleia, Tribunal de
Justiça e o comité económica, social. Assim se inicia o processo de unificação das 3
organizações nacionais a nível orgânico .
Alargamentos
Até 2018 verificaram-se 7 alargamentos, passando as Comunidades Europeias, e
posteriormente a União Europeia, de 6 para 28 membros.
1º Alargamento : as negociações Iniciaram-se em 1970, E traduziram se na assinatura,
em Bruxelas, em Janeiro de 1972, de diversos instrumentos sobre a adesão do Reino
Unido, da Irlanda, da Dinamarca, e da Noruega às Comunidades Europeias. Importa
salientar que a Noruega, devido a um referendo interno negativo. Não ratificou o
Tratado, pelo que apenas acabaram por aderir os 3 regentes Estados com efeitos a partir
de 1/01/1973. Efetivou se através de vários atos, em 1972, com a entrada em vigor em
1973, entre os quais : decisão do Conselho sobre adesão de novos membros à CECA ,
um tratado entre os membros originários e os novos sobre a adesão destes á CEE e a
CEEA; e um ato legislativo relativo ás condições de adesão e ás adaptações dos
Tratados.
2º Alargamento: ocorreu com a adesão da Grécia, em , 1981; também implicou uma
série de Atos com entrada em vigor em 1981
3ºAlargamento : ocorreu em 1986, com Portugal e Espanha.
4º Alargamento : A Áustria , a Finlândia e Suécia aderiram à União Europeia. A
1/01/1995 tendo mais uma vez a Noruega, que era também e de novo candidata obtido
um resultado negativo e referendo interno para o efeito.
5º Alargamento : Este foi o maior alargamento da União Europeia, E verificou-se a
abertura aos PECO( países da europa central e Oriental ). Foi assinado em Atenas a
Abril de 2003, Fazendo parte do mesmo Chipre e Malta, e 8 Estados da Europa Central
e Oriental: Hungria, República Eslovaca, Lituânia, Letónia, Eslovénia e Estónia. Com
este alargamento a União fica com 25 Membros .
6º Alargamento: Com a assinatura em 2005, Do Tratado de Adesão da Roménia da
Bulgária, em 2007, acontece o 6 alargamento.
7ºAlargamento : O Sétimo Alargamento veio a traduzir-se no Tratado de Adesão da
República da Croácia à União Europeia, assinada. Em Bruxelas, em 2011, com efeitos a
partir de 2013.
Estava assim configurada a União Europeia, compreendendo 28 Estados Membros.

O procedimento de e adesão à União Europeia está prevista atualmente no ART 49 do


TUE .
O pedido de admissão, de que são informados o Parlamento Europeu e os parlamentos
nacionais, é dirigido o Conselho que se pronuncie por unanimidade, após ter consultado
a Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu, por maioria dos Membros que o
compõem. São tidos em conta os critérios de elegibilidade aprovados pelo Conselho
Europeu.
O Art 49, dispõe ainda no número 2 que as condições admissão e as adaptações dos
Tratados em que se Funda a União decorrentes dessa demissão, serão objeto de acordo
entre os Estados Membros e o Estado peticionário.
Também se impõe aos Estados candidatos à adesão que aceitem o conjunto do direito
comunitário vigente, evidentemente com as Necessárias adaptações, exceções num
aumento de caráter transitório.
Para além dos requisitos de caráter político, também se torna necessário dispor de um
sistema económico que permita a integração.
Até ao ultimo alargamento ,os tratados de adesão compreenderam diversos instrumentos
com valor jurídico idêntico: tratado de adesão de articulado curto, um ato de adesão
longo e um complexo no qual se integram as condições de adesão, completado por
diversos anexos de protocolos. No ato de adesão incluem-se, numa primeira parte, os
princípios que implicam respeito pelo novo Estado de acervo comunitário, Numa
segunda parte, as adaptações dos Tratados constitutivos ditadas pela adesão e, Numa
terceira parte, as regras relativas ao período transitório necessários para incluir por ação
plena de um novo Estado da União Europeia.

Retirada do Estado Membro


Em 2017, a Grã Bretanha, na sequência de um referendo nacional negativo, veio
solicitar retirada da União Europeia e O Abrigo do Art 50 TUE .
O TUE prevê um Procedimento específico para este efeito, uma vez que, para além de
direitos, existem também obrigações perante a organização.
O Estado Membro que se queira retirar, notifica a sua intenção o Conselho Europeu e
este adota orientações que servirão para a União negociar e celebrar com esse Estado
um acordo que estabeleça as condições da sua saída, considerando o quadro das suas
futuras relações com a União.
Tal acordo é negociado nos termos do Art 218º do TFUE e é celebrado pelo Conselho
em nome da união . Os Tratados deixam de ser aplicáveis ao Estado que se retira a partir
da data da entrada em vigor do acordo de saída, Ou na falta deste 2 anos após a
notificação acima referida.
O Estado Membro que pretende retirar-se, não participa nas deliberações nem nas
sessões do Conselho Europeu e do Conselho que lhe digam respeito.

Aprofundamentos
Por aprofundamentos entendemos as revisões operadas,que implicaram alterações
qualitativas no fundo, no processo comunitário.

1º Tratado de Revisão Importante (Acto único europeu) chato. Foi aprovado pelo
Conselho Europeu do Luxemburgo 2 e 3/12/1985, e adotou as a designação em virtude
de revisão dos 3 Tratados comunitários, superar através de um único instrumento
jurídico.
Foi assinado em 1986 no Luxemburgo, por 9 Estados Membros, e No mesmo ano. Em
Haia pela Dinamarca, Pela talha, e pela Grécia. E entrou em vigor no dia 1/07/1987.
As principais a navegações introduzidas foram: Realização do mercado interno até
31/12/1992, introdução da coesão económica e social; da cooperação política Europeia.,
a instituição de um processo de cooperação entre o Parlamento Europeu e o Conselho.
2º Tratado de Revisão (Masstricht ) Foi assinado em Fevereiro de 1992. E é designado
por Tratado da União Europeia por se traduzir na instituição, pelas altas partes
contratantes em si de uma União Europeia.
O processo de ratificação do Tratado foi difícil, complicado devido a vários Estados
terem de realizar revisões constitucionais, como foi o caso de Portugal, para adaptações
do seu direito interno novo Tratado.
O TUE , Só entrou em vigor em 1/11/1993, após ratificação da Alemanha.
Este Tratado comporta inovações importantes, como o plano da criação de uma
estrutura de 3 pilares, em que o primeiro pilar é constituído pelas Comunidades
Europeias, nas quais se Funda a União Europeia, completadas pela política e formas de
cooperação Intergovernamental em matéria de política externa e de segurança
comum(PESC) Que corresponde ao segundo pilar num domínio da justiça dos assuntos
internos(JAI) Correspondendo ao terceiro pilar.
No primeiro pilar a virgula verifica se fosse das 3 Comunidades Europeias, em especial
da CEE, muda para CEE e institui novidades como :
Alarga intervenção a novos domínios e reforça e promove outros;Institui a cidadania
europeia ;Institui a Uniao económica e monetária ;Adoção de uma politica monetária
comum ;

O tratado de Amsterdão, assinado a 1999, caracteriza-se sobretudo por ter iniciado um


processo de simplificação do direito primário destinado a melhorar a legibilidade dos
Tratados comunitários através da revogação da supressão das disposições caducas.

Procedeu também a renumeração e artigos , títulos e secções do TUE e TCE

O Tratado de Nice , surge um novo processo politico, em Roma , a Constituição


Europeia, não sendo ratificado. Foi uma tentativa frustrada de estabelecer um união
politica com uma constituição . O processo de ratificações do Tratado de início
também teve problemas, nomeadamente por causa do referendo negativo irlandês em
2001.
Extratado, início introduziu as modificações necessárias para efetuar logo à mente os
12 Estados candidatos irreverente, sobretudo a composição da Comissão, a
ponderação de votos no Conselho e a adopção de decisões por maioria qualificada.
O Tratado de início também introduziu modificações de fundo para além da
cooperação reforçada na PESC , politica comercial etc

O Tratado Constitucional, assinado em Roma, 29/10/200, visou simplificar o direito


comunitário primário, torná-lo acessível, mais transparente, integrada à Carta dos
Direitos Fundamentais.
Muito do seu conteúdo, foi retomado pelo Tratado assinado em Lisboa em 2007, que
entrou em vigor em 2009, Que altera os Tratados comunitários, mas sem substituir, ao
contrário do que sucedera com um Tratado anterior de 2004.
É a partir do Tratado de Lisboa, que será feito um estudo da União Europeia.

2.A União Europeia : TUE e o TFUE


2.1 Considerações Gerais

Com o Tratado de Lisboa de 2007, a União passa a dispor de personalidade jurídica,


passando à Comunidade Europeia ( Art 47 TUE ; Art 1 e 3 TFUE)
A Conferência confirma que o facto de ser dotado de personalidade jurídica não
autorizará de forma alguma, legislar ou para além das competências que lhe são
atribuídas pelos Estados membros.
Mantêm-se em vigor o Tratado da Comunidade Europeia de Energia Atómica.
Desaparece a estrutura de 3 pilares em que assentava a União Europeia, mas mantém-se
de certa forma o pilar comunitário que repousa no TFUE.
Estes 2 Tratados são, Instrumentos essenciais ou tratados constitutivos da União
Europeia, com base nos quais se fará o estudo do direito da atividade da União
Europeia.

2.2 Valores, objectivos e princípios


O Tratado da União Europeia, fornece um quadro jurídico para conjunto de processos
de unificação Europeia, Apresentando 55 artigos, distribuído por 6 títulos, Sendo que no
artigo 2 enunciam se os valores em que a União se Funda: respeito pela dignidade
humana.
O Art 7 contém um procedimento para sancionar violação desses valores por um Estado
membro. A sim, o Conselho pode verificar a existência de um risco manifesto de
violação de regras, valores, sobre a proposta fundamentada de 1/3 dos Estados.
O Art 7 , contém ainda a informações que devem ser vistas aquando do estudo.
Ao longo do Art 3,estão explanados os objetivos da União Europeia, tais como:
Promoção da paz, dos seus valores e do bem-estar dos seus povos;
Criação de um espaço de liberdade, segurança e justiça sem fronteiras internas.;
Criação de um mercado interno;
Estabelecimento de uma União Económica Monetária cuja moeda é o euro;
Deste catálogo de objetivos, que inclui também uma ação externa da União que
envolve a política externa e de segurança como um, sujeito a regras e procedimentos
específicos distintos dos aplicáveis. As políticas comuns previstas no Tratado de
Funcionamento da União Europeia, classicamente denominado de comunitários,
destacamos os espaços de liberdade, segurança e justiça.
Os objetivos referidos são prosseguidos pela União Europeia, pelos meios adequados,
em função das competências que lhe são atribuídas NOS Tratados. Trata-se do princípio
da atribuição de competências, ou das competências por atribuição, que é referido
expressamente na primeira parte do número 1 do artigo número 5, segundo o qual a
delimitação das competências da União se rege pelo princípio da atribuição.
Do mesmo princípio resulta o reverso , ou seja, dele decorre que as competências que
não sejam atribuídas à União para os Tratados pertencem aos Estados membros. Art 4
Nr 1
Relativamente ao exercício das competências., regem os princípios da subsidiariedade e
da proporcionalidade.
O princípio da subsidiariedade só se aplica as competências partilhadas a que se referem
os Arts 2 e 4 do TFUE .
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