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Mafalda Maló
Faculdade direito de lisboa
Universidade de Direito
DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA
A SPETOS G ERAIS DA U NIÃO E UROPEIA
4. OS VALORES DA UNIÃO
(1). A dignidade humana: artigo 2º- TUE.
(2). A liberdade: inspira alguns objetivos da União (mercado interno, abolição à circulação, no
domínio da concorrência, na própria defesa dos direitos).
(3). A democracia: previsto nos artigos 9º a 12º, pressupõe uma sociedade aberta e ativa, em
que o poder política não se deve considerar vinculado a determinadas pessoas, mas antes
permitir a participação crítica de todos os cidadãos no processo político em condições de
igualdade.
(4). A igualdade: que se consubstancia na não descriminação, mormente, em função da
nacionalidade, de sexo, de raça, etc. O seu âmbito de aplicação tem vindo a ser
sucessivamente alargado, pela jurisprudência e pelas sucessivas revisões. Vem mencionado
em vários artigos: 3º/3, TUE; 157º, TFUE, 19º, TFUE, 9º TUE e 10º TFUE.
DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA
E VOLUÇÃO G ERAL DO Q UADRO DA U NIÃO E UROPEIA
4. CRONOLOGIA – SINTETIZAÇÃO
ANO (ENTRADA EM
TRATADO - DESIGNAÇÃO TIPO – CONTEÚDO
VIGOR)
Inspirado na Doutrina
(conjunto de práticas do
Governo dos EUA – procurava
conter o comunismo) de
Truman foi o principal plano
1947 Plano Marshall
dos Estados Unidos para a
reconstrução dos países
aliados da Europa nos anos
seguintes à Segunda Guerra
Mundial.
É uma organização
internacional de 34 países que
aceitam os princípios da
Criação da OEDE (atualmente,
democracia representativa e da
desde 1961, OCDE –
economia de livre mercado.
1948 Organização para a
Originalmente, foi pensada
Cooperação e o
enquanto apoio ao Plano
Desenvolvimento Económico)
Marshall, de reconstrução da
Europa do pós II Guerra
Mundial.
Criação da Comunidade
Tratado de Paris - Criação da Económica do Carvão e do
1952 (1951) CECA. Vigência apenas até Aço, sendo os principais
2002. inspiradores – Robert
Schumann e Jean Monnet.
Tratado Institutivo:
Luxemburgo, Holanda,
1957 Alemanha, Bélgica, França e Europa dos 6.
República Federal Alemã
(atual, Alemanha).
O primeiro acordo de
Schengen foi assinado spor
cinco países membros da
1º Acordo de Schengen (é uma
Comunidade Europeia:
convenção entre países
França, Alemanha e os
europeus sobre uma política de
1985 abertura das fronteiras e livre
Benelux (união económica
entre Bélgica, Países Baixos e
circulação de pessoas entre os
Luxemburgo, países que já
países signatários).
tinham um acordo de livre
circulação de pessoas desde
1960)
1 de Julho de 1990 - 31 de
1º Fase da implementação da
1990 União Económica e Monetária
Dezembro de 1993: início da
livre circulação de capitais
Criou, verdadeiramente, o
Tratado de Maastricht ou mercado interno, eliminando
1993 (1992) Tratado da União Europeia todas as fronteiras.
Implementou a UEM.
1 de Janeiro de 1994 - 31 de
2º Fase da implementação da Dezembro de 1998: transição e
1994 União Económica e Monetária ajustes das políticas
económicas e monetárias
1 de Janeiro de 1999 - 1 de
Julho de 2002: fixação das
2º Fase da implementação da taxas de câmbio, entrada em
1999 União Económica e Monetária funcionamento Banco Central
Europeu (BCE) e introdução
da moeda única, o Euro.
Tratado de Adesão de 10
países (Estónia, Letónia,
2004 Lituânia, Polónia, República Europa dos 25.
Checa, Eslováquia, Eslovénia,
Hungria, Chipre e Malta).
Tratado de Adesão da
2007 Roménia e Bulgária.
Europa dos 27.
1. ASPETOS GERAIS
O Direito da União Europeia é caracterizado pela sua singularidade, uma vez que não existe
nenhum outro modelo paralelo no Direito Internacional nem nos demais sistemas de Direito dos
Estados Membros. A complexidade, que inicialmente era escassa, com o desenvolvimento da União
veio a aumentar, especialmente após a entrada em vigor do Tratado de Maastricht.
O sistema anterior ao Tratado de Lisboa era, contudo, alvo de numerosas críticas, como:
falta de hierarquia de normas e de atos da União; falta de correspondência entre os diferente atos e
normas e as diversas funções dos órgãos da EU. O Tratado de Lisboa procurou abandonar o sistema
tripartido da União e estabelecer uma hierarquia de normas e atos, através da distinção entre atos
legislativos e atos não legislativos.
2.3.2. REGULAMENTO
De acordo com o artigo 288º do TFUF, o regulamento tem caráter geral, é obrigatório em
todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-membros. É, assim, o
instrumento normativo que mais se assemelha à lei, a nível interno, em virtude da generalidade,
abstração e eficácia erga omnes. A obrigatoriedade em relação a todos os seus elementos significa
que os regulamentos não são passíveis de ser aplicados de forma incompleta.
Dentro dos regulamentos, é possível distinguir regulamentos de base – de hierarquia
superior – e regulamentos de execução – que executam os primeiros, logo, de hierarquia inferior e
subordinados àqueles. Por fim, ainda de distinguir uma outra categoria: regulamentos internos das
instituições e dos órgãos da União. Em função da aprovação, o regulamento poderá ter natureza
legislativa ou natureza não legislativa.
2.3.3. DIRETIVA
Nos termos do artigo 288º, TFUF, a diretiva vincula o Estado membro destinatário quanto
ao resultado a alcançar, deixando, no entanto, às instancias nacionais a competência quanto à forma
e quanto aos meios. Como o regulamento, mediante o processo de elaboração, poderá assumir
natureza legislativa ou natureza não legislativa.
A particularidade, quando comparada com o regulamento, é que apenas é vinculativa quanto
ao resultado a alcançar, deixando aos Estados-membros a possibilidade de escolha quanto à forma e
quanto aos meios. Os destinatários apenas podem ser Estados-membros, não sendo, por isso,
diretamente aplicável a indivíduos – apenas o poderá ser, quando transposta para o Direito Interno,
sendo aplicável aos particulares a norma interna.
A transposição para o Direito Interno é obrigatória e exigido um prazo específico: o
incumprimento determina desproteção e desigualdade de circunstâncias a aplicar aos cidadãos dos
Estados (o incumprimento é imputável ao Estado).
2.3.4. DECISÃO
Nos termos do artigo 288º, TFUF, a decisão é obrigatória para todos os Estados membros –
e apenas o será para alguns Estados-membros quando seja devidamente mencionada na mesma.
4.2. A DOUTRINA
A doutrina é constituída pela opinião dos jurisconsultos, dispondo de uma função crítica,
podendo influenciar as opções do legislador da União, quer seja constituinte, quer seja ordinário. A
particularidade é que é abundante – embora nem sempre prime pela qualidade.
O que importa, realmente, é aquilo que é adotado pelos tribunais – a doutrina só tem peso e
relevância para as discussões particulares e sempre em tom critico, no sentido de o direito deveria
ser assim.
5. A HIERARQUIA DAS FONTES DE DIREITO DA UNIÃO
EUROPEIA
1. Tratado da União Europeia, o Tratado do Funcionamento da União Europeia e Carta dos
Direitos Fundamentais da União Europeia: fundamento de todo o Direito da União
Europeia.
2. Os restantes Tratados que integram o Direito Originários: prevalecem sobre o restante
Direito da União Europeia.
3. Os atos adotados pelas instituições e pelos órgãos da União devem respeitar (estão
subordinados) todo o Direito Originário, bem como os princípios gerais da União Europeia.
4. Quando ao Direito Derivado:
a. Regulamentos de execução subordinam-se aos regulamentos de base.
b. As diretivas de execução subordinam-se às diretivas de base.
c. Os atos que se fundamentam em delegação de poderes devem respeitar os atos que
conferem delegação.
5. Princípios gerais de Direito: divergências.
a. Teriam valor jurídico inferior aos Tratados e ao Direito Originário em geral.
b. Seriam dotados de hierarquia superior em relação ao Direito Derivado e em relação
ao Direito Internacional (ainda mais, quando relativos a direitos fundamentais).
6. Direito Originário prevalece sobre os acordos de que a União é parte, o que resulta do
possível controlo preventivo dos mesmos (artigo 218º/11, TFUF) e da admissibilidade do
controlo jurisdicional sucessivo pela via de atos de conclusão e aplicação.
7. Os acordos prevalecem sobre Direito Derivado – vinculam Estados-membros e instituições
da União (artigo 216º/2, TFUF).
1. INSTITUIÇÕES
7 instituições - artigo 13º: seguem princípios no seu funcionamento
Princípio da competência de atribuição: artigo 4º, determina que a União só tem os poderes que
lhe foram expressamente atribuídos pelos tratados - os restantes pertencem, deste modo, à esfera
dos Estados membros. Evitar a usurpação de poderes e direitos dos cidadãos dos Estados
membros, garantindo que muitas das principais matérias estejam no âmbito dos Estados (ordem
pública, segurança nacional - da exclusiva responsabilidade dos Estados).
Reserva da segurança nacional: cada vez mais difícil garantir que a segurança seja
assegurada pelos Estados membros, perguntando-se se estas questões não deveriam ser
assegurados pela União Europeia.
Princípio democrático.
Artigo 14º/3, TUE: os membros do Parlamento são eleitos por sufrágio universal, direto e secreto.
É composto por representantes dos cidadãos da UE, sendo a legitimidade proveniente dos seus
cidadãos da União. O mandato é de 5 anos. No máximo de 750 deputados + Presidente.
Competências:
Fiscalização do Conselho
Funções consultivas.
Não estava previsto nos Tratados iniciais - órgão mais recente. Começou a funcionar
É composto pelos Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-membros (França, por exemplo,
seria o Presidente da República), juntando-lhes o seu Presidente (artigo 15º/6), bem como o
Presidente da Comissão. O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de
Segurança participar igualmente nos trabalhos.
Periodicidade de reunião, de 3 em 3 meses (duas vezes por semestre) - por convocação do seu
presidente. Podem, ainda, ser realizadas reuniões extraordinárias.
Presidente: eleito por maioria qualificada; o mandato tem a duração de dois anos e meio e pode
ser renovado uma vez; pode o Conselho Europeu por termo ao mandato por maioria qualificada
(artigo 15/5 TFUE); as suas funções estão previstas no artigo 15/6 TFUE.
Decisões: por consenso, salvo disposição em contrário (15/4); está prevista maioria qualificada
para decisão acerca da lista das formações do conselho e para a sua presidência (artigo 236,
TFUE).
Competências:
Decide sobre o desenvolvimento, as orientações gerais e as prioridades políticas da
União.
Não exerce a função legislativa - podendo, no entanto, ter de agir em vez do Conselho
(artigos 48º, 82º, 83º, 87º/3 do TFUE).
Trata de questões complexas e sensíveis que não podem ser resolvidas a nível inferior -
problemas mais graves. Razão pela qual foi criado.
É composto por vários ministros, com poderes para vincular o Governo do Estado-membro de
que provêm e para exercer o direito de voto. É assim, composto por 28 membros.
O Conselho reune-se por convocatória do Presidente, por iniciativa deste, de um dos seus
membros ou da Comissão. Normalmente está presente o ministro dos Negócios Estrangeiros.
As reuniões são divididas em duas partes: deliberações sobre atos legislativos (públicas
- princípio da transparência) e as atividades não legislativas.
Votação: a regra geral é a maioria qualificada, nos termos do artigo 16/3 do TUE. Em
alguns casos exige-se unanimidade e noutros maioria simples. Ver protocolo n36.
Competências:
O Presidente tem de ser nomeado pelo Parlamento Europeu, sendo proposto pelo C3
Mandato e responsabilidade: tem duração de 5 anos (17/3); a demissão pode ser voluntária ou
compulsiva (246); pode ser aprovada uma moção de censura pelo PÉ (234); pode haver demissão
pelo TJ de membro a pedido do Conselho e da Comissão (247)
Competências:
Tem um poder normativo, que poderá ser autónomo, podendo elaborar novos atos
legislativos e não legislativos, bem como assegurar a execução dos membros.
Tem competência para resolver questões técnicas em matérias específicas, criar debates
públicos e executar livros brancos.
É composta por vários serviços e direcções (correspondem às direcções gerais que compõem um
Governo nacional.
Tribuna de Justiça da União Europeia (artigo 19º):
É composto por: Tribunal de Justiça e o Tribunal Geral, sendo o primeiro superior - ambos têm
sede no Luxemburgo.
Tribunal Geral: artigo 256º. Composto por 1 juiz de cada Estado-membro e tem vindo a
sofrer um processo de alargamento - os estados-membros estão a poder obter 2 juizes. 4
formações: plenário e formação (5, 3 ou 1 juiz).
Presidente: mandato de 3 anos. Eleito por maioria absoluta e por voto secreto (253/3).
Não é responsável pela aplicação do Direito da União Europeia - quem é responsável é o Juiz
Nacional (que tem essa competência). O Juiz nacional é competente para aplicar o Direito da
União - porque faz parte do ordenamento jurídico português (lei ou decreto-lei está sujeito ao
Direito da União Europeia e o juiz poderá declarar a ilegalidade destes - não carece de ser o
tribunal de justiça da união europeia).
Competência arbitral.
Partes que podem recorrer: instituições da União Europeia; estados membros da União
Europeia; pessoas singulares ou coletivas.
O Tribunal poderá ser chamado a dar pareceres sobre opções da União Europeia.
251º: reune-se em seção, grande seção e tribunal pleno. A divisão de matarias é feita em função
da sua complexidade.
Tem como objetivo assegurar (282º/2). SE-BC: manutenção da estabilidade dos preços - controlar
a inflação. Problema: nalguns casos a inflação pode ser positiva, reduzir a divida pública -
limitativo da política económica e monetária da União Europeia.
Tem como função, 287º/1, examinar as contas e as despesas (porque a UE tem um orçamento
próprio)
Comité Económico e Social (artigos 300º e ss.): é composto por representantes dos diferentes
setores da vida económica e social; poderá ter, no máximo, 350 membros, com um mandato de 5
anos, renovável.
Comité das Regiões (artigos 300º, 305º e 307º): é composto por representantes das autarquias
regionais e locais que sejam quer titulares de um mandato eleitoral a nível regional ou local, quer
politicamente responsáveis perante uma assembleia eleita; poderá ter, no máximo, 350 membros,
com um mandato de 5 anos, renovável.
Provedor de Justiça (artigo 228º): exerce as funções com total independência, sendo eleito pelo
Parlamento Europeu;
1.2.4. O PEDIDO
1. Não se exige nenhum formalismo: por norma, assume a forma de despacho, em que
se formula a questão e os seus fundamentos.
2. O pedido é da exclusiva competência do juiz nacional.
3. Não poderá haver convenção da restrição da obrigação nem poderão as partes
impedir a questão.
1.2.5. OS PODERES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA UNIÃO EUROPEIA
Acordão Costa C. ENEL: não conhece, o TJ, os mtivos nem os objetivos da questão
prejudicial.
Pode recusar pedidos/questões que não considere pertinentes (quando não exista
litigio ou quando não haja aplicação do DUE) e não responder em casos que seja
desnecessário suscitar a questão.
1. QUADRO SÍNTESE
As fases da integração são essencialmente relevantes na medida em que, atualmente, são
componentes essenciais dos objetivos da União Europeia (artigos 3º/3 e 4 do TUE).
CONCRETIZA
FASES DE INTEGRAÇÃO CONTEÚDO
ÇÃO
1. IDEIAS PRÉVIAS
A concretização de um mercado interno impôs, naturalmente, a regulação de uma política de
concorrência: por forma a garantir a ideal concretização das várias liberdades, enquanto
fundamentos essenciais para o funcionamento do respetivo mercado interno.
A prevenção da concentração de empresas tem por objetivo evitar que o mercado relevante seja por falta de
liberdade de concorrência;
Legislação relevante:
81º/f) da CRP;
AQUISIÇÃO DE EMPRESAS
A intervenção do direito da concorrência é no sentido de evitar que operações de aquisição de empresas
possam pôr em causa o funcionamento livre do mercado;
Empresa deve ser entendido em sentido amplo, como qualquer entidade que exerça uma atividade
económica, independentemente do seu estatuto jurídico e do modo de funcionamento, isto é, qualquer
atividade consistente na oferta de bens ou serviços num determinado mercado (neste âmbito, acórdão do
TJUE de 10 de Setembro de 2009);
Para efeitos de apreciação da concentração, só relevam aspetos derivados das circunstâncias de facto e de
direito existentes no momento da notificação dessa operação.
MODOS DE CONCENTRAR:
Fusão (3º/1/a) do Regulamento das Concentrações):
Quando duas empresas deixam de existir enquanto tais e são substituídas por uma nova e única
empresa, ou quando na sequência da fusão apenas uma das empresas subsiste;
Para permitir este tipo de operações, a Comissão Europeia geralmente impõe a assunção de
compromissos estruturais, com vista a excluir o risco de formação de monopólios;
União ou junção de facto: modalidade de fusão em que duas empresas formam uma unidade
económica, estabelecendo uma gestão económica comum, partilhando e compensando
mutuamente lucros ou perdas. É uma figura controversa porque pode pôr em causa a existência
de fusão verdadeira no caso concreto;
Dá-se quando, por exemplo, por meio de uma troca de ações, uma empresa adquire o controlo de
outra. Implica a possibilidade de exercer, isoladamente ou em conjunto, uma influência
determinante sobre a atividade de uma empresa, nomeadamente:
Não é necessário que esse exercício da influência determinante esteja a acontecer, bastando que
seja possível;
Não é necessário que a aquisição de participação social de pelo menos 50%, podendo uma
“minoria qualificada” já constituir aquisição por controlo;
Processo Warber/Lambert/Gillette: Gillette adquire 22% do capital social do seu
principal concorrente. A CE entendeu que isto prejudicava seriamente a concorrência
no mercado;
Criação de uma empresa comum “de pleno exercício” (al. a) do mesmo artigo):
Quando duas ou mais empresas constituem uma nova empresa que atuará no mercado, podendo
substituir uma ou mais das empresas-mãe;
As empresas deixam de ser independentes entre si, formando uma empresa comum que
desempenhe de forma duradoura as funções de uma entidade económica autónoma (art. 3º/4,
RC);
A Comissão Europeia tem competência exclusiva para a apreciação das operações de concentração
de empresas cobertas pelo DUE (art. 21º/2);
Cálculo do volume de negócio das empresas em causa (limiar de mais de 5 mil milhões);
Volume de negócios realizado individualmente por pelo menos duas das empresas (superior a 250
milhões, salvo se cada uma das empresas realizar mais de dois terços do seu volume de negócios
num único Estado membro;
O que não compete à CE por não ser concentrações de dimensão comunitária, é competência das
autoridades da concorrência dos Estados-membros;
Pode ser feita em qualquer momento anterior ou posterior à conclusão do acordo, mas antes da
sua efetivação (4º/1);
A CE tem a obrigação de deliberar em prazo estritos, normalmente 25 dias úteis, sob pena de haver um
deferimento tácito.
AS EXCEÇÕES AO CONTROLO PRÉVIO: AS “NÃO CONCENTRAÇÕES”
Situações excecionais expressamente previstas no Regulamento em que o legislador considera que não se
dá uma alteração duradoura do controlo sobre a empresa e da estrutura do mercado:
Desde que adquiridas de forma não duradoura e detidas a título temporário, por prazo
em princípio não superior a um ano e para fins de revenda (art. 3º/5/a) do
Regulamento);
Aquisição por sociedades financeiras, sob reserva de que o direito de voto não inclua
formas de determinar o comportamento concorrencial da empresa adquirida (art.
3º/5/al. c);