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É através desta que se capta o atual sentido e efeito destes princípios. Na verdade, o Tribunal
de Justiça da União Europeia resolve o caso concreto recorrendo ao manuseamento dos
princípios adequando-os ao caso em questão.
Gomes Canotilho: defende uma jurisprudência que diz o caso concreto através do
manuseamento da aplicação dos princípios. Ressalva-se aqui, que não se pode ou deve
desprezar as regras jurídicas precisas e densas, no entanto evidências o papel relevante que os
princípios possuem.
Zabrebelsky afirma que tal visão principialista derivaria das exigências das sociedades
pluralistas e multiculturais da atualidade, uma vez que os princípios proporcionam
substantividade ao sistema jurídico. Para este os princípios não são mais do que obra do
artifício humano na tentativa de positivar conteudisticamente a ideia de justiça. Este vem
ainda propor que a lógica da subsunção das regras seja substituída pela lógica da otimização
ou ponderação dos princípios.
Destaca-se ainda que os princípios são normas fundamentadoras de decisão , e são cada vez
mais o meio utilizado pelas jurisdições dos Estado Membros em conjunto com o amplo
recurso aos direitos fundamentais.
O reenvio prejudicial amplia as competências do juiz nacional além dos limites formais
estabelecidos pelo ordenamento jurídico em que se insere:
1. Autoriza-o a desaplicar normas nacionais em desconformidade com o Direito da
União Europeia
2. Autoriza-o a interpretar direito nacional à luz do Direito da União Europeia
3. Autoriza-o a conceder providências cautelares tendentes a suspender a aplicação das
leis (mesmo que o ordenamento jurídico nacional não o permita).
Nota relativa ao caso de Portugal: é dos Estados Membros que menos reenvios prejudiciais
fez.O comportamento português infringe a subordinação do poder judicial à lei uma vez que
o Direito Comunitário faz parte do bloco de legalidade que obriga os tribunais portugueses.
Beneficia os Estados Membros, uma vez que os vincula a reenvios alheios permitindo deste
modo um reforço na integração europeia.
Diz-se tratar-se de um sistema multinível uma vez que os atores políticos envolvidos nas
decisões não são só os Estados Membros e as instituições europeias, mas também uma rede
de atores transnacionais e comités públicos e privados que constituem assim um sistema
decisório policêntrico, fragmentado e interdependente, caracterizado pela ausência de
hierarquias.
Integração Europeia
Mercado Comum
Resistência à mudança
Sabia-se à partida que iria existir resistência à defesa do interesse comum em detrimento do
da defesa de interesses puramente nacionais.Acrescenta-se ainda a ideia de que a resistência é
tanto maior quanto maior for a mudança.
Porém os problemas globais conduzem à necessidade de uma maior unidade. Assim, a
partilha de poderes soberanos inicia-se com o sector produtivo do carvão e do aço, a qual se
mostrou bem sucedida.
1957- Assinatura do Tratado constitutivo da Comunidade Europeia da Energia Atómica
( pretende promover uma utilização para fins pacíficos e o desenvolvimento da indústria
nuclear) e o Tratado constitutivo da Comunidade Económica Europeia - tendente à criação de
um mercado comum.
Tratado constitutivo da Comunidade Económica Europeia
Foi através deste Tratado que assumiram compromissos de solidariedade, reconhecidos
atualmente como o princípio da lealdade europeia e plasmados no artigo 4º nº2 do Tratado da
União Europeia.
Tratado de Maastricht
Segunda revisão de fundo fundada nas três comunidade existentes e em dois pilares
intergovernamentais:
1. Política externa e segurança comum
2. Cooperação judicial e em matéria de assuntos internos
Nota: Assuntos que eram decididos por unanimidade dos Estados Membros.