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Direito
originário
(princípios)
Actos
convencionais
Actos legislativos
O direito primário não pode ser considerado inválido pelo TJ, mas
apenas interpretado por ele.
A via adequada para admitir esta alteração de direito originário passa pela
modificação dos Tratados, de acordo com o procedimento de revisão previsto no
artigo 48.º TUE
Isto porque esta alteração é vista como introduzindo uma mudança perene no
equilíbrio fundamental do direito comunitário.
Como em causa não está uma política da União incluída na Parte III do TFUE não
pode ser utilizado o processo de revisão simplificado.
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Direito Derivado
+
Direito derivado (ou secundário)
Entrada em vigor
Data neles fixada ou no vigésimo dia posterior ao da publicação.
Os actos notificáveis produzem efeitos a partir da notificação.
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Actos unilaterais
Distinção entre:
requisitos de validade (competência, procedimento,
forma, respeito pelos Tratados e outra legislação),
requisitos relativos à eficácia dos actos (publicação e
notificação)
requisitos necessários para tornar um acto oponível a um
particular (notificação ou publicação na língua oficial do
interessado)
Acórdão Skoma‑Lux sro, Proc. C-161/06 (refere que a versão
electrónica do Jornal Oficial da União Europeia não pode ser
entendida como a versão autêntica dos actos comunitários
com eficácia vinculativa)
+
Actos unilaterais
Antes do Tratado de Lisboa não existia uma hierarquia formal entre
os actos unilaterais de direito derivado:
Normalmente podem ser adoptados na mesma política (salvo se esta
os exclua)
A distinção entre Regulamentos, Directivas e Decisões não assentava
nem assenta na Instituição ou órgão que os adopta, nem na natureza
dos poderes exercidos (legislativos ou administrativos), mas nas
características dos próprios actos (círculo dos seus destinatários,
eficácia jurídica diferenciada)
Procedimento de Cooperação.
http://ec.europa.eu/codecision/docs/Legal_bases.pdf
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f. Conciliação
O Comité de Conciliação, composto por um número igual de membros do
Conselho e de representantes do Parlamento Europeu e assistido pela
Comissão, examina as posições do Parlamento e do Conselho em segunda
leitura e dispõe de um prazo de seis semanas para elaborar uma proposta
comum. Se no prazo de seis semanas, o Comité de Conciliação não
aprovar um projecto comum, considera-se que o acto proposto não foi
adoptado.
g. Terceira leitura
Se o Comité de Conciliação aprovar um projecto comum, o Parlamento e
o Conselho disporão cada um de seis semanas a contar dessa aprovação
para adoptar o acto em causa. O Parlamento Europeu delibera por maioria
dos votos expressos e o Conselho por maioria qualificada.
+procedimentos de tomada de decisão
Limites materiais:
A delegação de poderes deve ser clara, precisa e circunstanciada. O
legislador determina os objectivos que a adopção dos actos
delegados deve permitir alcançar, bem como, se for caso disso, os
limites que estes actos não podem ultrapassar.
Assim, no caso de o legislador desejar conferir à Comissão poderes
para alterar o anexo de um regulamento, deve, por exemplo, precisar
que a Comissão pode, através de um acto delegado, alterar o
referido anexo, total ou parcialmente, quando certas circunstâncias
se encontrem reunidas - realização de progressos científicos ou
técnicos, ocorrência de um determinado evento, decurso de um certo
período de tempo, etc.
+
procedimentos de tomada de decisão
Limites temporais:
O artigo 290.º determina que a duração da delegação de
poderes é estabelecida pelo legislador. A Comissão considera
que esta norma não consagra a prática das chamadas
«cláusulas de caducidade» («sunset clauses») que, inseridas
num acto legislativo, põem automaticamente termo aos
poderes conferidos à Comissão, obrigando-a, na prática, a
apresentar uma nova proposta legislativa no termo do prazo
imposto pelo legislador. O artigo 290.º exige principalmente
que os poderes delegados sejam enquadrados de forma clara e
previsível; não impõe, em contrapartida, que a Comissão fique
sujeita a «prazos de caducidade».
+
procedimentos de tomada de decisão
Mecanismos de Controlo:
O artigo 290.º, n.° 2, do novo Tratado determina as duas condições a
que o legislador pode submeter a delegação de poderes (que não têm
de ser aplicadas simultaneamente): o direito de revogação, por um
lado, e o direito de «formular objecções», ou seja, o direito de
oposição, por outro. Enquanto a oposição é uma «censura
específica» dirigida contra um acto delegado claramente identificado
(e num prazo determinado no acto de base), a revogação priva a
Comissão de forma geral e absoluta dos seus poderes delegados.
Um acto delegado ao qual o Parlamento Europeu ou o Conselho se
tenha oposto não pode entrar em vigor, podendo a Comissão adoptar
um novo acto delegado.
+
+
procedimentos de tomada de decisão
Para este efeito ele tem jurisdição com base na violação dos Tratados
ou de qualquer norma relativa à sua aplicação.
Portanto, a relevância da hierarquia dos actos unilaterais tem
sobretudo a ver com a possibilidade de ser invocada ou
declarada a sua invalidade (por violação do parâmetro
normativo superior – o direito primário ou os actos
legislativos) pelo Tribunal de Justiça.
+
Tipologia actos unilaterais
+
Actos unilaterais vinculativos
Conselho e PE
Procedimento
Conselho legislativo (ordinário ou
Comissão especial
Outras instituições e Procedimento não
órgãos com poderes legislativo
decisórios
Regulamentos
Directivas
Decisões
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Actos unilaterais
Regulamento
Os Regulamentos podem ser emanados pelo Conselho, pelo
Conselho e pelo Parlamento e pela Comissão
Acto unilateral que exprime o “verdadeiro poder europeu”:
carácter geral e abstracto
aplicabilidade imediata
Obrigatoriedade
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Actos unilaterais
Regulamento
Acto geral e abstracto
Generalidade de destinatários (impõe-se a todos aqueles que se
encontrem ou possam vir a encontrar-se acoberto do âmbito normativo
do acto, por isso não especifica a quem é dirigido); regulamentação de
um conjunto de situações que não se esgota imediatamente.
Aplicabilidade directa
Dispensa qualquer operação de recepção ou incorporação; basta o
preenchimento das condições de vigência previstas no direito
comunitário.
Incorporação/recepção automática (não pode ser objecto de publicação
nos Diários Oficiais dos Estados-membros)
A legislação interna dos Estados-membros deve assegurar esta
aplicabilidade directa (designadamente pela introdução de normas
constitucionais sobre a relação entre direito comunitário e normas
nacionais).
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Actos unilaterais
Regulamento
Obrigatório
o seu significado não pode ser alterado em casos concretos,
excepto se o próprio acto assim o permitir.
Instrumentos de uniformização jurídica;
auto-suficiência normativa (apesar da diferente amplitude de
conteúdos, traduzida, designadamente, na possibilidade de
Regulamentos de base poderem atribuir poderes de
implementação/execução das respectivas prescrições ou de
poderes delegados relativamente às mesmas).
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Actos unilaterais
Directiva
Acto individual (apenas obriga os destinatários que indica: um, alguns ou todos
os Estados);
Adoptado pelo Conselho, Parlamento Europeu e Conselho e Comissão
Impõe objectivos (norma de programação final)
Processo de legislação indirecta (harmonização jurídica)
Deixa uma margem de apreciação (maior ou menor) aos Estados-membros
quanto à forma e meios de transposição;
Respeito pelo resultado pretendido (imposição de obrigações de resultado em
tempo determinado):
Há, no entanto, Directivas que são muito precisas deixando pouca margem
discricionária para os Estados-membros que, por seu turno, com medo das acções
por incumprimento, se limitam a copiá-las.
Possível aprovação de Directiva de base e de Directivas de execução ou
delegadas
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Actos unilaterais
Destinatários da Directiva:
Directamente, apenas os Estados-Membros, pois necessita de uma
operação de incorporação interna (transposição) da responsabilidade
destes, logo não é imediatamente aplicável
A directiva deve ser transposta de forma correcta, completa, exacta e clara:
não transposição ou a deficiente transposição das Directiva gera
incumprimento estadual contenciosamente verificável e pode conduzir
também à aplicação da doutrina do efeito directo ou da responsabilização
do Estado por danos causados.
Os termos da transposição competem aos Estados-membros. Contudo, um
Estado não pode transpor uma directiva apenas por via de uma circular,
porque esta pode ser alterada quase sem controlo (Proc. C-96/95) – Entre
nós, por opção constitucional, a transposição apenas pode ser feita por Lei,
Decreto-Lei ou Decreto-Legislativo Regional (art. 112, n.º 8 CRP)
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Actos unilaterais