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Aula 1 documento grupo turma

Aula 2

Aula 3 (29/02/2024)
A génese da união e das comunidades europeias tem momentos muito anteriores, falando-
se em pré-história do processo de construção europeia, é uma ideia antiga. Podemos
legitimamente questionar-nos sobre se a Europa é um facto, um dado objetivo, ou uma
construção nossa? Sendo uma construção, se é política e/ou cultural?
Europa como realidade objetiva, da geografia física, é muito comum a expressão "a Europa
do Atlântico aos Urais" (limites geográficos da Europa) - alguns autores falam em Eurásia
(península da Asia), o que é uma visão redutora da posição que a Europa ocupa.
Mas a construção não será hoje limitativa para a Europa, que na verdade está no centro do
projeto político mundial - enquadrada por uma unidade jurídico-constitucional, que é a União
Europeia. Mas será antes uma ideia mental pensada em pressupostos políticos e culturais?
Jorge Spiner - apresenta uma ideia da Europa: caracteriza-se pela diversidade, pelo espaço
de encontro entre as pessoas e de culturas diversas.
Milan Kundera - entendia que a Europa central (no período do fim da Guerra Fria), tendo em
conta os países que a compõe, estavam muito mais próximos do Ocidente, por razões
culturais - a Europa era constituída como uma ideia mais cultural do que política.
Todas estas nações têm por base o cristianismo. Há sobretudo da parte dos povos
russófobos uma perceção diferente das questões relativas à liberdade e à igualdade, à
democracia e aos regimes políticos.
MLD - mais do que um dado objetivo, é uma construção cultural, aquilo que nos une, de
Helsínquia a Lisboa, é esta cultura que se transforma num conjunto de valores e princípios
e que estão explicitados em tratados, há aqui depois uma pauta axiomática e de ideais que
estão traduzidos em normas, têm uma dimensão normativa (art. 2.º TUE) - união do direito,
do estado do direito, quais os fundamentos jurídicos, os instrumentos de garantia, o nível de
compromisso da UE com os pressupostos do Estado de Direito; a UE é um conjunto de
realizações no plano económico, do mercado comum, aquilo a que se chama de união
económica e monetária, a zona do euro (existência de uma moeda única para alguns países
- constituída por 20 países da EU), mas há também uma dimensão que é política, o
processo a partir do Tratado de Maastricht (assinado em 1992, entrada em vigor a 93) tem o
objetivo de uma união político, falando-se em harmonização de políticas públicas dos
Estados nas mais variadas questões (civis, comerciais, saúde, ambiente, proteção de
dados, etc), tem de ter um fermento, uma densificação, que só pode vir dos valores
fundamentais e de inspiração cultural (as raízes da árvore - texto da regente sobre a Europa
à imagem de uma "árvore") e isso pressupõe a diversidade (vide a obra de George Steiner,
A Ideia de Europa, onde o autor fala em "diversidade" cultural) respeitosa dos direitos
fundamentais dos cidadãos, mas também temos de ter em conta os direitos do Estados
(direito interno de cada um), respeito pela identidade constitucional do Estado, cultural,
linguística, uma vez que apesar de partilharmos os mesmos valores culturais, o que é certo
é que somos diferentes e em cada povo existe uma herança, uma presença de valores
culturais distinta de Estado para Estado
Ex: Laicidade , tem uma afirmação em França diferente da Itália, o que pode acarretar a
existência de potenciais conflitos a serem dirimidos pelos Tribunais Internacionais (Tribunal
Europeu dos Direitos Humanos e Tribunal Europeu da Justiça) - e até é a eles que os
cidadãos da EU devem recorrer em caso de sentirem que o seu Estado esteja a
desrespeitar direitos que estejam consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da
União Europeia e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A EU é formada por estruturas institucionais, onde no topo estão determinadas pessoas,
mas isto é uma construção de conjunto progressiva (Schumar - não entendi o nome do
autor), construída coletivamente e deve basear-se nessa diversidade cultural.
Marcos históricos mais relevantes (ter bem presente esta matéria):
Evolução histórica - há uma pré-história, período clássico greco-romano e na Respublica
Christiana, mas é sobretudo no séc. XIX que se forma entre as elites da Europa (França,
Alemanha) as primeiras tentativas de cooperação e unificação, é nesta altura que se vai
afirmando a necessidade de uma Europa unida, que tivesse condições para ultrapassar as
suas diferenças e o período de grande instabilidade e crises prevenientes dos conflitos, a
fim de prevenir e evitar guerras, uma fórmula que inicia um começo a nível da atividade
comercial, mas que tinha de ser aperfeiçoada e cunhada para atingir o objetivo principal -
garantia da paz e estabilidade, para além do crescimento e desenvolvimento económico dos
povos.
Surgiu a corrente do Paneuropeísmo - a favor da Europa
Ao longo da história encontramos projetos do mais variado tipo (sécs. XVIII, XIX e XX), até
projetos mais ambiciosos que apontam para uma ideia de uma verdadeira Federação
(construção de um modelo de Estado Federal na Europa).
Já no séc. XX (Kalergi) cria um grande movimento: a União Paneuropeia (livro - Pan-
Europe, de 1923) apresenta um plano: instituições, relação entre os cidadãos, definição de
objetivos, um modelo de natureza parafederal - pluralidade de nações muito propensas à
beligerância, e perante esta diversidade conducente a conflitos, é preciso uma unidade
consolidada que garanta a paz - visão cosmopolita inspirada em Kant (que propôs uma
Federação de Estados Livres).
1929 - proposta (Agrestine Rian - francês - não percebi?)
As raízes culturais do classicismo greco-romano - antecedentes da ideia de Europa unida
Década de 50 criada a ONU
Não existe uma tendência de concorrência entre o projeto europeia e a criação de um
espaço internacional de cooperação estre países de todo o mundo.
- Note-se no art. 8.º CNU, que aponta para organizações de âmbito regional - ideia
de complementaridade e não competição entre a organização parauniversal e as
organizações regionais que viessem a ser criadas.
A Europa adianta-se relativamente a outras nações (em relação à América e à Ásia).
Em 1948 realiza-se um grande Congresso sobre a Europa, foi um espaço de debate, de
encontro, de reflexão, destinado a apresentar propostas sobre formas de cooperação e
integração económica e política no continente europeu, de definição, (onde se reuniram
vários pensadores com o objetivo de se discutir um projeto de "Estados Unidos da Europa),
assim como se distinguiram e ficaram patentes duas grandes correntes:
- Intergovernamental
- Comunitária ou Integracionista (sucedânea para menos do Federalismo)
Uma das consequências do Congresso Europeu de 48 foi a criação do Conselho da Europa!
Declaração Schuman (feita por Robert Schuman em 1950, ministro dos negócios
estrangeiros francês) - 1.ª Etapa para a criação do que é hoje a União Europeia - começo
de uma ideal e compacta Federação Europeia, e assume-se e é reconhecido que o objetivo
é esse, mas em termos históricos não é o tempo certo, seria algo prematuro para a época
criar-se um federalismo.
A Europa vai assistir à criação de várias organizações, umas de cooperação, outras de
integração após este manifesto de intenções.
Na altura já havia sido criada a Organização Europeia de Cooperação Económica, em 1948,
na sequência do Plano Marshall (visando promover a reconstrução da Europa do pós-
guerra, bem como a cooperação económica e tarifária), que derivou no acontecimento do
Congresso de 48, e que conduz à criação ---> da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico, fundada mais tarde em 1961)
Na altura também se pretendeu consolidar uma União da Europa Ocidental com objetivos
militares de defesa, mas que acaba por ser extinta.
Conselho da Europa (ainda existe) e que tem uma relação muito próxima com a União
Europeia, mas são unidades distintas.
___ Distinções importantes dos Conselhos existentes:
Conselho da Europa - organização internacional que congrega atualmente 46
Estados (federação Russa saiu em março de 2022 - a grande europa, uma estrutura
institucional clássica, tem o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem)
Conselho Europeu - instituição da UE (art. 13.º TUE - referência ao Conselho da
União) - o chefe de estado e de governo dos 27 Estados, é um órgão de impulsão
política, superinstituição dentro da EU
Conselho da União Europeia - instituição da UE composto ao nível ministerial, onde
se encontram representados os vários ministros por pastas dos vários Estados-
membros (tem competência legislativa, entre outras a ver melhor)
Tratados quando se referem a "Conselho" -> trata-se do Conselho da União
Europeia
____ Estados que não acham suficiente esse caminho -> nasce a declaração Schuman -
que pretendia colocar em comum a produção e comercialização do carvão e do aço
(Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - CECA - criada pelo Tratado de Paris, entrada
em vigor em 52 - num contexto de 6 Estados - a Europa Comunitária começa com um grupo
restrito de Estados - França, República Federal Alemã, países do Benelux - Bélgica,
Holanda e Luxemburgo - e Itália)
Os Estados começam a preparar logo o próximo passo, esta comunidade tem objetivos de
cooperação e de limitação da soberania também, o Tratado de Paris é o único que usa a
expressão "supranacional" a propósito da alta autoridade, que se sobrepõe à soberania dos
Estados e que os mesmos devem acatar as diretrizes.
Supranacionalidade e Federalismo - devem ser evitadas no contexto atual para não criar a
ideia de uma destruição da soberania dos Estados.
Grande proatividade no sentido de pensar na facilidade de criar a CECA (uniu França e
Alemanha antigos inimigos), avançam para o próximo passo!
Mas teve um fracasso:
Fracassos têm sido profiláticos, favoráveis!
Em 54 avança o projeto da criação de uma comunidade europeia de defesa, depois da
CECA era preciso e se deveria avançar aos olhos dos Estados - é então assinado um
Tratado nesse sentido da criação de uma política comum de defesa - fracassa na
Assembleia nacional Francesa, onde é recusada a ratificação - a ambição foi muito grande,
foi um acordo onde se pretendeu dar um passo gigante. E isto pode ser visto como contra a
própria Declaração Schuman, que indicadora da "estratégia dos pequenos passos".
MLD - e este fracasso produz os efeitos contrários aos pretendidos no ato, um percalço que
leva a um regresso à "prudência metodológica" (expressão da autoria da própria regente),
isto é, a de caminhar e realizar a integração através daquilo que é mais fácil no sentido de
congregar a confiança política da parte dos estados, que é a matéria da integração
económica e mercantil.
Na América não avançam projetos por falta de confiança política entre os Estados, não é
necessário unanimidade em todos os assuntos, mas é preciso que haja confiança.
O domínio onde era mais fácil criar e aprofundar essa confiança política na Europa é a
Economia e o que respeita às atividades comerciais. Portanto, os Estados-membros
decidem reorganizar a sua estratégia e continuar pelo caminho que estava a ter progressos.
De seguida são assinados os 2 Tratados de Roma (assinados em 57 e entraram em vigor a
58) - criaram a CEE (Comunidade Económica Europeia), que abrange toda a atividade
económica, e a EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica), que tinha como
principais objetivos promover a investigação e assegurar a difusão dos conhecimentos
técnicos, estabelecer normas com vista a proteger a saúde da população e dos
trabalhadores da indústria, facilitar a investigação na área da energia atómica, que era vista
como bastante importante para o desenvolvimento das economias, e garantir que os
materiais nucleares não são desviados para fins diferentes daqueles a que se destinam, em
particular militares.
Etapas de vida da União Europeia - próxima aula.
- A etapa da Transição (1958 a 1968)
- A etapa da Idade Adulta (1969 a 1992)
- A etapa da Idade Futura, a União Europeia (1993-2009)
Aula 4
5/3/2024
Lições 4 e 5

 Etapa da transição
 Etapa da idade adulta
o Idade da mutação 1993-2009 (prof. Acrescenta)
 Etapa da idade futura
Etapa da transição
 Tratado de paris e um ensaio, em relação aquilo que vaio acontecer com os tratados
Roma
 Transição da zona económica exclusiva para a União aduaneira
1. Zona de comercio livre
a. Os estados que a integram, os estados livres que os
produtos que circulam nos seis territórios o façam sem
direitos aduaneiros, nem restrições quantitativas
b. Estados decidem confiar nos outros estado e assim
promover o comércio
2. União aduaneira
a. Existência de uma pauta aduaneira comum- partilhada por
todos os estados e que define direitos uniformes das
exportação e importação de mercadorias de países
terceiros
b. Isto junta-se com a zona de comércio livre
c. Testa o nível de solidariedade dentro daquele grupo de
estados
d. Segunda etapa necessária para ultrapassar as
insuficiências e imperfeições da zona de comércio livre
e. Exemplo, EFTA
3. Mercado comum
a. Mercado Único, Mercado Interno
b. Artigo 26/2
c. Mercado sem fronteiras, fiscais, técnicas, económicas,
MAS NUNCA políticas, cada estado tem as suas fronteiras
políticas
d. Abolir os controlos nas fronteiras
e. Assenta sobre as 4 liberdades fundamentais, livre
circulação de mercadorias, capitais, serviços e pessoas
(capitais e pessoas, ficam mais difícil)
f. Políticas económicas comuns
i. Política agrícola, pescas, comercial
ii. Política de coordenação saúde
iii. Política amenizada ambiente
iv. Instrumento jurídico- harmonização das relações
internacionais - direto
4. União económica e monetária
a. Criado com o tratado de Mastrich
b. Política económica coordenada em matéria de rendimentos
e preços, tem de ter normas e regras mais exigentes em
termos de governação económica dos vários estados,
limitação da soberania de vários estados
c.
 Declaração Schumann – solidariedade de facto são criadas e desenvolvidas e
incrementadas (ideia metodológica, o crementarismo, vão existindo avanços e há
medida que são feitos não dá para voltar são irreversíveis, que criam necessidades
de maior integração)
 Estas fases são concebidas em termos teóricos e depois
Etapa da Idade Adulta
 União aduaneira, passagem para a união económica e monetária e alargamento
 É em 1969 que decidem que deve ser alargado a outros países através da
integração
 Primeiro alargamento- 1973
 Países ibéricos- 1986
 1993- Finlândia, ásia, Suécia
Etapa da Idade de Mutação

 Entre 2004-2007- macro alargamento (passam de 15 países para 25, estados muito
heterogénicos)
o Grande desafio adaptação jurídico-constitucional, é necessário encontrar
regras idóneas que permitam à UE

Aula 5
07/03/2024
Constituição Europeia

 O facto de se chamar constituição levou logo ao negacionismo, foi um suicídio


através das palavras
 Abandonam a via revolucionária que é uma constituição e voltam à via reformista,
com um tratado – Tratado de Lisboa – o que se mudou entre estes dois
o Nome – “o nome matou a coisa” - renomeação- mudou a mensagem
o Objetivo interromper a narrativa, através do qual através da constituição
europeia se estaria a criar um Estado – maiores mudanças
 Ministro dos negócios estrangeiros (se há ministro, há governo. Há
um Estado)
 Atos jurídicos passavam a ter a designação de leis (atos legislativos,
com a nomenclatura clássica)
 Regra do primado, o DUE prevalece sobre o direito dos Estados- é
eliminada, declaração 17 anexa ao Tratado, mas não mudou nada, o
primado é uma criação do tribunal de justiça - sempre reforçado por
decisão judicial, não precisando de consagração expressa, mantendo
os tratados fies à sua matriz pretoriana, jurisdicional
Tratado de Lisboa

 Vem limar as esquinas do federalismo


o Alterações ao tratado de lisboa que estão inalteradas
 Consagração expressa da personalidade jurídica da UE
artigo 47 do Tratado da UE
 Previsão expressa de um modelo de proteção dos direitos
fundamentais artigo 6 TUE+ CDUE
o Sistema informal de proteção dos direitos
fundamentais que não estava prevista no tratado, tinha
relevância, mas não tinha força jurídica formal, no
tratado de lisboa vem essa proteção clara
 Existência de regras expressas sobre repartição de
competências entre os estados e a UE – sistema
compartilhado de competências – 2 a 6 trado de
funcionamento da UE
 Estrutura institucional
o Conselho Europeu- passa a funcionar como um
superinstituição, passa a ter um presidente
permanente e eleito (antes rotatividade entre os
estados-membros)
 Processo de designação dos comissários e ...
o Significado as eleições do parlamento europeu
o Reforçar a legitimidade democrática da instituição
 Procedimentos de decisão
o Atos legislativos
o Nova nomenclatura de atos jurídicos

Principais realizações no período de mais de 70 anos


1. Integração económica
a. Progressiva, mas bem-sucedida, e hoje a UE, funciona sobre as regras do
mercado interno único e é uma união económica e monetária (abrange
apenas 20 dos 27)
2. Integração política
a. Desde o início que a evolução política foi mais lenta, porque tem por trás a
limitação de prorrogativas e atributos constitutivos do núcleo duro da
soberania dos estados
b. Política dos estrangeiros- migração, asilo, matéria penal – núcleo duro da
soberania política
c. E mais fácil para os estados limitara a sua soberania económica, fiscal, mas
na identidade histórica, com as suas relações privilegiadas, sobre quem
recebemos e quem aceitamos, o tipo de tratamento, política de defesa e de
segurança
3. Direitos fundamentais
a. Tratado de lisboa- mantem a competência dos estados e faz com que a
decisão seja pela regra da humanidade, a integração política avançou de
forma decisiva e irreversível
b. Temos um modelo comum – 2 pilares – normativo (várias camadas, mas a
principal é a CDFUE+ sistema de Estrasburgo com um tribunal
4. Estatuto de cidadania da União
a. Introduzido por Maastricht em 1992- é com o tratado de lisboa que se avança
nesse sentido, é associado a esse estatuto um conjunto de direitos iguais
para todos
b. Livremente circular entre estados, direitos de residência, direito de voto e de
integrar as listas de candidatos
c. A atribuição desse estatuto não depende da UE- art. 20 TUE
d. Cidadania da União não substitui a nacional – somos cidadãos da união na
medida que somos cidadãos de um estado – UE não pode aprovar uma lei
de cidadania, ou atribuir a alguém, não tem competência, não pode haver
interpretação criativa, estas leis são de competências dos estados, para
invocar esta cidadania tem de ter ligação sendo validamente cidadão de um
estado
5. A organização mantém a sua capacidade de atratividades sendo algo exemplar
e positivo
a. Vista nos alargamentos
b. Hoje visto com os que estão à porta com o estatuto de candidatos e o que
esperam por este - ...
c. Porque ainda não entraram? Estas demoras prendem-se com o artigo 49 da
TUE, o candidato não se torna membro por cunhas, mas passa por teste da
unanimidade, entre outros, tratado de adesão e este tem de ser aprovado
pelos parlamentos nacionais e tem de ser aprovado por todos. O artigo 49
ainda diz que têm de respeitar os princípios do artigo 2 (critérios de
Copenhaga, foram definidos 1993, esses critérios são rigorosos, sistema
democrático, com eleições livres, tem que haver estabilidade do sistema
democrático, economia de mercado, critério económico, tem que respeitar as
regras da livre concorrência ... + O RESPEITO PELO ESTADO DE DIREITO
– proteção de direitos fundamentais, das minorias, tolerância, igualdade,
transparência
6. Adaptabilidade e resistência (PROF NAO GOSTA DE RESILIENCIA)
a. Capacidade de resposta
b. Crise da cadeira vazia – seculo 20 tem existido maiores crises – livro Cisnes
Negros- metáfora para um acontecimento altamente improvável e fortemente
importante – vem e acontece e nos esmaga com o seu impacto
i. 2008 – crise financeira
ii. 2020- pandemia
c. A união europeia tem se saído bem, em termos de resposta e de
recuperação
7. Maior desafio para a UE e para a União Europeia – as alterações climáticas
8. Tipicidade
a. Modelo juridico-constitucional
b. Não é a sua fraqueza é a sua força
c. No estatuto-jurídico da UE- Dúctil - caracteristica que lhe permite numa
situação de lacuna, de situação de cisne negros, e nao existe regras
juridicas, essas sao deduzidas pelos princicipios e imaginação
Aula 6
12/03/2024
Artigo 48/2

 prevê que as revisões podem envolver um aumento das competências da UE, como
podem reduzir estas competências, quebra-se o dogma, o caminho faz-se para a
frente irreversibilidade das competências
 Limites materiais de revisão- expressos ou inerentes, nos tratados, não são
expressos, mas existem inerentes
 Não se pode afirmar o princípio da irreversibilidade
 Artigo 49 - Depende da vontade dos que já cá estão
 352- Permite um alargamento das competências da união europeia
 Princípio da legalidade da competência, competência por atribuição - 4º e 5º TUE
 4º/2 TUE- muitas vezes é esquecido – princípio da identidade nacional e
constitucional dos diferentes estados-membros- doutrina esquece – TI ignora-lo, ou
se as partes o invocam reduz este artigo à irrelevância
 Resposta do TJ- cita e transcreve o artigo – aplica outro princípio
 Ideia favorável as decisões que levam a maior integração - essa leitura não é inócua
 UE é uma associação de estados soberanos, que no quadro das suas decisões
delega, NAO transfere poderes soberanos- pode sempre recuperá-la, através da
habilitação artigo 48
 48º o tribunal não se substitui às constituições
 A UE em termos de configuração jurídica - a união europeia é uma realidade, uma
entidade natureza atípica
Primeira Parte do Programa
Aspetos comuns do fundo institucional

 Devido à sua atipicidade tem uma estrutura institucional diferente, complexa,


plutónica, tem instituições, 13º (mais importantes, órgão de soberania), Órgãos e
organismos
o Organismos- órgãos criados pela própria união europeia
 Estas instituições existem, os eu modo de composição são definidas em função dos
diferentes pontos de legitimação, existem 3 na UE
o Legitimação democrática - Parlamento Europeu (representantes eleitos por
partes dos cidadãos da união)
o Legitimação Intergovernamental – Conselho europeu
o Legitimação Integrativa ou comunitária ou técnica- Comissão, 17º

Aula 7
14/10/2024
Sistema de governo da UE (pouco desenvolvimento no manual)

 Não está previsto expressamente nos tratados


 Prende-se com o tipo de instituições e a relação que se estabelece entre elas no
exercício de poderes
 Quando se fala em sistema de governo temos presente o direito comparado-
sistemas presidenciais, parlamentar, semipresidencialista
 Atipicidade- não podemos dizer que tem um sistema parlamentar, presidencial

1. Separação de poderes
 União de direito – funciona segundo a separação de poderes, que visa
evitara a concentração de poderes arbitrários e assenta sobre a proteção de
direitos fundamentais
 Estado de direito- respeitar a separação de poderes, e tem de ter tutela e
garantia da separação de poderes
 Executivo, legislativo e judicial – na União Europeia termos uma bipartição
de poderes, os que regulam a coisa política e por outro os órgãos que tratam
das matérias judiciais
o Instituições e órgãos da função de decisão política- instituições,
artigo 13º TUE
o Tribunais- todos os tribunais, organicamente Euro comunitários
(Tribunal Justiça da UE, artigo 13º, que tem o Tribunal de Justiça e o
Tribunal Geral), além destes os tribunais nacionais dos 27 estados
o Claramente definida a separação de poderes- respeito pela
independência dos tribunais
 Qual a relação entre elas e qual é a instituição dominante
o Sistema de estrutura diretorial- com inspiração predominantemente
intergovernamental
o Associado a um governo de um pequeno grupo de pessoas/estados-
no caso da UE a expressão diretório está associada à maior
relevância decisória, de alguns estados no conjunto de estados
o Esses países hegemónicos têm circunstâncias
o Mutação do sistema de governo – o sistema de governo tomou uma
função mais setorial devido às presidências
o Instituição base intergovernamental- representa os Estados, o
conselho europeu, concentra em si os poderes mais importantes, as
aplicações de sanções políticas
o Quem legisla é o conselho com o parlamento europeu, todo o que diz
respeito as políticas externas...
o Presidente do conselho europeu, não governa sozinho
o Em rigor a UE não tem um presidente, tem duas potenciais caras-
presidente do conselho e da comissão - de vez em quando aparece a
presidente do parlamento europeu- alto representante da união para a
política externa
 Sistema diretoria- professora, a articulação entre as instituições não resultar
de transparência e falar de défice democrático
 Défice democrático- entre a legitimidade democrática e o conjunto dos seus
poderes
 Moção de censura derrubar coletivamente a comissão
 Défice democrático tem sido avaliada, de acordo com a qual as instituições
com decisão política atuam demasiado nos estatutos, mas demasiado nos
tratados- política de decisão dos tratados, estão a violar os tratados e a tomar
decisões que não são justificadas aos cidadãos
 Mesmo em relação à Ucrânia
 Deixa de haver controlo dos parlamentos nacionais, eleitos pelos cidadãos,
são atropelados pelo interesse da união europeia, vemos ouvimos e lemos,
não podemos ignorar
 O sistema de governo tem sido no sentido de uma centralização com uma
presidente da comissão- A COMISSÃO É UM ÓRGÃOS COLEGIAL-
princípio da colegiada- tem sido esquecido pela presidente na comissão, em
prejuízo dos estados, governos que representam os cidadãos nacionais –
parlamento europeu anunciou que vai instaurara um recurso contra a
comissão - Hungria ameaçou que vetava o pacote de ajuda à Ucrânia-
supremo arbitro – tribunal de justiça

Interesse público- é a soma dos interesses puiblicos concretamente expressos no sistema


juridico
Crp- onde esta base legal crp e cpa, 205/9 crp- qq que a entidade publica faça que nao
estja abrigada pelo interesse publico e ilegal- principio da perssecuçao do interesse publico
conceito fulcral no d.a tudo esta limitado pelo interesse publico
Aula 8
19/03/2024

Regime linguístico das instituições – art. 342.º TFUE


Ø o procedimento, exigente, exige a unanimidade, aplica-se ao regime linguístico das
instituições, o que se deduz que não se aplicará aos órgãos e organismos
desde o início das comunidades europeias, que se aplica o princípio da igualdade
/paridade linguística ; são muitas as línguas oficiais, 24 - art. 54.º TUE, /2 é o
próprio Estado que tem que arcar com as despesas relativas à tradução

Ø a questão não tem só a ver com o orgulho nacional, a questão linguística é


fundamental no ponto de vista da igualdade entre os cidadãos e da exequibilidade
de redigir um documento jurídico, uma petição - art. 24.º TFUE

Ø no ETJ está consagrado o princípio da igualdade linguística com a especificidade em


que se determina segundo determinados critérios, qual é a língua do processo, a
língua dos processos não implica que estes docs processuais e os acórdãos são
publicadas nas 24 línguas oficiais

o Há um confronto entre estes princípios e:


 exigência de eficiência
o Limitação de custos
o Aceleração do procedimento de decisão

Ac. 16-02-2023, Proc. C623/20P


TJ – sem prejuízo do inglês ser língua de trabalho, não faz sentido escolher segundas línguas
que envolve certas línguas, porquê aquelas e não outras? Não se pode exigir a funcionários
públicos da UE que tenham segunda língua dessas 3

Sedes – art. 341.º TFUE


Ø também exige o consentimento dos Estados
a questão das sedes tem sido muito controvertida, sobretudo a questão do
Parlamento Europeu

Princípios fundamentais de vinculação institucional


1. Equilíbrio institucional – art. 13.º TUE
o Remete para uma ideia de respeito pela separação de poderes; cada
instituição deve atuar no respeito dos limites das suas atribuições e poderes
– tem como um dos corolários o princípio da legalidade da competência. Na
sua dimensão política, as instituições terem, no quadro dos procedimentos
de decisão, o cuidado de terem um diálogo permanente, tendo em vista os
acordos necessários

2. Acervo eurocomunitário
o não tem consagração expressa; os Estados devem respeitar o conjunto das
normas e princípios da União Europeia, incluindo os acordos políticos – isso é
sobretudo decisivo na relação entre os que estão e os que vão entrar
o Há um bloco de legalidade, e há um bloco composto por decisões políticas
que vinculam não só os que estão mas também os que vão entrar
 Caso República – quando um Estado entra na UE , sobre ele recai uma
proibição de retrocesso ; não pode alterar a sua legislação (ex.
Constituição) num sentido que fique aquém das suas obrigações
perante a UE - STAND STILL (aceitação do status quo)

3. Princípio da leal cooperação


Marilu: o princípio dos princípios

o Este princípio tem duas dimensões:

Art. 13.º TUE


É um princípio que exige das instituições que se relacionem entre si de uma
forma leal; É um princípio que tem consequências jurídicas – podem vir a ser
instauradas ações junto do TJ ; suscetível de controlo jurisdicional;

Art. 4.º /3 TUE


É um princípio vinculativo para os Estados, gera obrigações para os Estados –
na relação dos Estados com as instituições e na relação dos Estados com os
outros Estados.
Os Estados devem fazer tudo para beneficiar a plena eficácia do Direito da UE
e devem deixar de fazer tudo o que possa prejudicar a plena eficácia do
mesmo.

geometria variável
reciprocidade

4. Princípio da transparência - art. 5.º /1 TFUE, art. 298.º TFUE, art. 42.º CDFUE,
regulamento 1049/2001
o é um princípio suscetível de controlo jurisdicional

Lições 11 e 12 para leitura em casa.


Capítulo 2
Procedimentos de decisão
Ø Os Tratados prevêem um alargado conjunto de procedimentos de decisão; O Tratado
de Lisboa procurou simplificar – art. 289.º, 290.º e 291.º TFUE – são os
procedimentos de decisão político-administrativa
o aprovação de atos legislativos 289.º
o de atos não legislativos
 atos delegados 290.º
 atos de execução 291.º

Ø Temos um modelo que envolve uma trilogia de instituições – Comissão, Conselho


(Conselho da União Europeia) e Parlamento Europeu

Ø Procedimento de vinculação internacional (art. 47.º TUE – tem capacidade jurídica


internacional e pode celebrar convenções internacionais – CVDT II)
o quem intervém – art. 218.º TFUE
O modelo: a comissão é o órgão de negociação internacional, representa a
UE, com base em diretrizes (não confundir com diretivas), de negociação que
são conferidas pelo Conselho.

288.º à diretivas
218.º à diretrizes

Aprova : o Conselho
Quando o projeto de tratado está pronto, a Comissão pede ao Conselho para
aprovar, com ou sem aprovação do PE.

Podemos levar os quadros para a frequência


Importante saber: quem propõe é a Comissão, que tem a exclusiva iniciativa! A Comissão
não é substituível. No procedimento legislativo ordinário é o Conselho e o Parlamento
Europeu, partilham entre si a capacidade.
No procedimento para ato delegado quem aprova é a comissão, com algumas exceções.
No procedimento para atos de execução, a competência para aprovação é da comissão –
fiscalização por parte dos comitês.

Aula 10

02/04/2024

Tribunal de Justiça

 Desenvolve e consolida o Estado de direito da UE


 Discricionário, Arbitrário
 Está sempre no caminho das instituições e dos decisores da UE, e do princípio elementar da
separação de poderes
 Artigo 19 TUE
 Garantir o respeito e o direito a partir do respeito dos tratados
o Pode julgar qualquer litígio, ou processo de uma interpretação de uma norma euro
comunitária
 Princípio de competência de atribuição - artigo 13 TUE e 4/5 TUE –
competência por atribuição - Não julga qualquer norma eurpcomunitária
 Vias de direito sao portas
 Primeiro recorremos aos tratados nacionais
 Tribunal europeu dos direitos do homem (pode receber queixas dos particulares, queixas
contra os estados) e Tribunal de Justiça da União Europeia – tem uma porta de acesso mais
estreita
o Os estados enquanto mentores e arquitetos dos tratados quiseram um modelo
baseado na descentralização - a proteção dos direitos dos cidadãos da união se
tratasse primeiro nos tribunais nacionais e não centralizada no tribunal de justiça da
UE
o Só em situações de injustiças e que pode dirimir litígios entre particulares – 263;
recurso por omissão - recurso da anulação, impugnam atos jurídicos da UE, NUNCA
os estados, o contencioso da UE estão pensados para não agir em lutas entre
particulares e os seus estados, mas pode impugnar ato jurídico da união europeia –
263- indemnização de danos, as decisões da união europeia por ação ou missão vão
poder recorrer para pedir o ressarcimento
 Artigo 19 – tem que ser bem interpretado
o Vias – dirimir litígios entre estados (259);
o Comissão atua contra os estados incumpridores de tratados - ação de
incumprimento – 258, esta é que instaura
o Via processual- tratados ou no direito processual dos estados – artigo 19/1/2º -
Estados membros
 Centralidade em todo o sistema jurídico da UE
o Resulta dos tratados
o Interpretação criativa ou o ativismo judicial do tribunal
 Este tem uma certa ideia da europeia, tem uma prática programática, não e
neutro, não imita sem mais as normas dos tratados – não se limita a uma
interpretação literalista
 Tem um programa que se baseia na ideia progressiva, internacionalista do
direito da união- pequenos e irregressíveis passos
 ... obrigatória
o Os estados-membros tem que aceitar o TIJ
o A jurisdição do TIJ é exclusiva, artigo 344
o Tribunal tem um monopólio de jurisdição
o Estados não podem criar tribunais arbitrais para submeter litígios relativos à
aplicação da UE
o Jurisdição de última instancia – não há recurso para qualquer outro tribunal
o Competência para além de ser atribuídas, é sujeita a algumas exclusões 265, 266
 276- âmbito de aplicação mais fluido, mais difícil de interpretar- as matérias
que antes do tratado de Lisboa estavam no pilar de justiça e assuntos
internos- só parcialmente estavam sob controlo jurisdicional
 Formas processuais de decisão
o Acordão- generalidade
o Despacho - decisão interroptoria sobre um aspeto concreto do processo, medidas
provisórias
o Parecer- em casos especificados nos tratados artigo 218

Aula 11

04/04/2024

13 a 15

Sistema de fontes

 Plural
 Aberto
 Modelo da internormatividade- diálogo permanente com outros sistemas jurídicos – com
sistemas jurídicos dos estados - relação simbiótica
 Tutela jurisdicional no quadro da UE faz-se através de uma relação necessária entre o
tribunal de justiça e os tribunais nacionais, o sistema é descentralizado
o Sistema jurídicos da proteção europeia dos direitos do homem

Primazia da lei escrita

 É a mais importante- a fonte principal é o costume e a lei escrita través do tratado


o O costume do DIP tem uma relevância preponderante e as tendencias atuais do DIP
contemporâneo, apontam para cada vez mais esta relevância
 Comunidade internacional está mais dividida do que sempre, o que tiorna
difícil a revisão dos textos escritos que não seja feita através do costume
 FOTO INES
 Costume

Direito primário

 Formado pelos tratados e outros atos que não têm a natureza de tratados mas que a função
é a mesma, formam o estatuto jurídico da União Europeia- função equivalente à das
instituições dos estados - função estruturante, padrão de validade - têm uma função
parecidas à das constituições nos sistemas nacionais
o Tratados instituitivos, tratados de adesão, atos típicos como a decisão que 1979
decidiu
o Artigo 48
 2 formas de adequar o texto do trato com as materias do dia a dia - revisão, mutação

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