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Sistema Político da União Europeia

Arquitetura política da União Europeia

Intergovernamentalismo

Intergovernamentalismo refere-se a arranjos institucionais em que os Estados cooperam em assuntos de interesse


comum, detendo o controlo total sobre o processo de decisão. Decidem de forma igual, por consenso, em modo de
cooperação.

Caráter suis generis desta OI: nem todos têm de ter este nível de integração; quem manda e toma decisões? Se
estamos a trabalhar através de intergovernamentalidade trabalhamos em consenso (ou MQ em assuntos delicados).
Consenso é parecido a unanimidade, mas não é a mesma coisa.

 Características intergovernamentais
o A maioria das decisões políticas na Europa são ainda tomadas a nível nacional
o Todas as grandes decisões da UE são tomadas pelo Conselho Europeu, que reúne os chefes de estado
e de Governo de cada estado-membro da UE
o Órgãos supranacionais como o PE e a Comissão não podem impor políticas com as quais os Estados
não concordem

Governação supranacional

Supranacionalismo refere-se a arranjos institucionais em que os Estados cooperam, mas não detêm o controlo sobre
o processo de decisão.

 Características supranacionais
o A comissão define grande parte da agenda política da UE
o No Conselho de Ministros, é comum o processo de votação por maioria qualificada
o Influência crescente do PE no processo de decisão europeu
o Primado do Direito Europeu e autoridade do Tribunal Europeu de Justiça

Supranacional MQ; intergovernamental consenso

Codecisão: processo de decisão supranacional


Processo pelo qual de adotam leis na EU

CE: propõe a lei CM (Conselho de Ministros) vota


 Manda para o PE: votada (751 membros)  Passa
 Não passa oportunidade de ser corrigido e
reformado  Passa ou não (se não vai para o Comité,
etc.)

Noção de “equilíbrio constitucional” da EU (Hix e Hoyland)

Supranacional Intergovernamentalidade
EU é responsável por criar e regular um Os Governos da EU coordenam uma série de
mercado único numa escala continental, ao medidas e políticas que afetam a livre
mesmo tempo que a imposição fiscal e a circulação e os seus interesses coletivos
despesa são exclusiva dos EM. enquanto entidade da escala continental.

Áreas de competência

 Exclusivas da UE: euro; agricultura; pesca


 Partilhadas UE- estados-membros: direito do trabalho e migrações
 Coordenadas: atuam mais no terreno (crime, justiça, etc.); os estados juntam-se e trabalham em cooperação
 Exclusivas dos estados-membros: IVA; impostos; segurança social e reformas; saúde e alojamento

O que é a EU? Visões teóricas da construção europeia

O que é a EU?

A EU não é um Estado porque não tem constituição, é composta por vários Estados detentores de soberania
e não possui o monopólio do uso da força (não é de todo um Estado segundo a conceção weberiana do termo).

A EU não é uma Federação de Estados porque não tem constituição (seria uma espécie de estados unidos da
Europa). MAS detem arquitetura constitucional (corpo político com um conjunto de normas e regras de
funcionamento que regulam quais as competências de cada um dos seus órgãos) e um conjunto de valores que
definem a sua identidade própria.

A EU é um Sistema Político caracterizado por:

 Existe um conjunto claro e definido de instituições para um processo de decisão coletiva e um conjunto de regras
que guiam as suas relações (equilíbrio constitucional)

 Os cidadãos procuram realizar os seus desejos políticos através do sistema político, direta ou indiretamente
(partidos políticos e grupos de pressão)

 As decisões coletivas no sistema político têm um impacto significativo na distribuição de recursos económicos e na
alocação de valores de todo o sistema

 Existe uma interação contínua entre outputs políticos, novas demandas ao sistema, novas decisões, etc.
(importância das cimeiras, mas também existe interação diária). Dentro deste sistema político há várias formas de
socialização. Há uma socialização continua, normalizada, através de cimeiras (reuniões dos “high profile politics”), mas
há também interação diária no parlamento europeu. Temos ainda famílias partidárias
A integração europeia é o processo de transferência progressiva de poderes do nível nacional para o nível
supranacional.

As teorias da integração são uma reflexão sistemática do processo de intensificar cooperação política na
europa e o desenvolvimento de instituições políticas comuns, bem como o seu resultado. Também inclui a teorização
das mudanças na construção de identidades e interesses dos atores socias, no contexto deste processo.

É possível olhar para a integração europeia como um processo (a integração que se da, de que forma, que
implicações, olhar para as etapas, para os tratados, alargamentos, membros etc) VS olhar como um resultado (que
sistema de governação está a ser criado, quais as suas principais características e o que isso significa para a criação de
um ator político).

Teorias da Integração Europeia


Origens década de 50:

Funcionalismo

Principal autor é David Mitrany. "a forma é sequencial à função" e "peace will not be secured if we organize
the world by what divides it", ou seja, quanto maior a interdependência entre os paises menores as probabilidades de
guerra, é preciso encontrar um “common ground” entre os estados para evitar a guerra. Desenvolve-se no entre
guerras, quando a sociedade ocidental está em crise. Dimensão transacional das RI. Primazia do económico.
Utilitarismo e materialismo das construções políticas. Ajustamento político as necessidades materiais. Descura nível
político. Ele defende que o sistema político deve ser funcional, não interessa o modelo de organização política, se é
uma instituição internacional, uma monarquia, etc, é preciso é funcionar. É preciso por a cooperação económica a
frente porque, se for bem-sucedida, o resto acompanha. A melhor forma de fazer com que os Estados abandonassem
a guerra seria aprofundar a sua interdependência (a ação bélica seria prejudicial) e a melhor forma de o fazer seria
iniciando-se em plataformas básicas como a economia.

Federalismo

Principal autor Altiero Spinelli. Surge no pós-ww2. Quebra do estado centrismo, desvaloriza-se a existência de
uma entidade nacional central. Nesta ótica é possível termos estados diversos que conseguem trabalhar juntos.
Dinâmica político constitucional > económica. Oportunidade de união dentro da diversidade

Progressão:

Neofuncionalismo (Erns Haas)

Teoria e estratégia de integração regional. Conceito de spillover (se der certo numa área de cooperação, por
ex.: a CECA, vai ser mais fluido e permitir que a integração continue por outras áreas, por ex.: depois tivemos a
EURATOM, integração nas pescas etc. Economia -> sociedade -> identidade etc.). Inclui dimensão social e política.
Supranacional > grupos de interesses e elites políticas e burocráticas. Processo cumulativo (acervo comunitário/ acquis
communaitaire, tudo na integração é cumulativo, fruto da história e dos costumes, das instituições, das regras)

Transaccionalismo (Karl Deutsch)

Ele olha para as transações: trocas de teor mais social e de comunicações entre as partes, troca de experiências (vemos
isso por ex.: na liberdade de circulação) Construção de comunidade de paz e segurança. Papel da psicologia social
(importância da memoria, da experiência, costumes, interação social. Fala-se mais em fluxos e não em estados.
Aula Teórica 1- 20.09

O caráter sui generis da integração europeia e seus tratados fundadores

Contexto regional e internacional


 União historicamente difícil, permanência de interesses conflituosos
 Projeto de paz, reconstrução e crescimento (idealismo pós-guerra, ideias federalistas; tornar uma nova
guerra materialmente impossível)
 Afirmação internacional dos EUA e início da Guerra Fria

Origens do projeto de integração


 Como começou?
o Integração da produção do Carvão e do Aço;
o Cooperação funcional;
o Processo gradual de spill-over: integração económica e áreas relacionadas (CEEA E CEE)
 Com que objetivos? Criar um super-estado; integração de geometria variável

Tratados fundadores

 Tratado de Paris/ CECA- 1952

Ajuda norte-americana+ determinação da Alemanha rápida recuperação da Alemanha no pós-guerra


como permitir que a Alemanha recuperasse o seu poder, nomeadamente nas indústrias do aço e do ferro,
sem que isso constituísse uma ameaça à França?

Solução: Plano Schuman (evitar e impossibilitar a guerra através da criação de um mercado único do ferro e
do aço)

Para a Alemanha: constituía um passaporte para a sociedade internacional e para o fim da ocupação Aliada
do seu território.

Para a França: favorável pois considerava-se que deste modo a Alemanha poderia ser mantida “sobre
controlo”.

França + Alemanha (RFA) + Itália + BENELUX

Produção do ferro e do aço deveria ser colocada sob uma Autoridade Supranacional (a Alta Autoridade). As
restantes instituições são: Conselho de Ministros, Assembleia Comum e Tribunal de Justiça “rascunho” do
modelo atual da UE

o Objetivos muito ambiciosos: criação de zona de comercio livre e estabelecimento das fundações para
um mercado comum em materiais industriais básicos como o carvão, ferro e aço.
o A CECA obteve nota positiva: abolição de tarifas e quotas; progresso na remoção de barreiras não-
tarifárias; assistência à reconstrução das indústrias; socialização europeia; aumento das trocas entre
estados.

Sucesso Plano Pleven: criam-se tentativas de maior integração no nível da defesa (CED) e política (CPE) não
ratificados UEO- 1955 (6+RU): eliminar os últimos vestígios de uma Alemanha ocupada

 Tratados de Roma (CEE e Euratom) - 1957 (vigor em 1958)

BENELUX + França + Itália + Alemanha (RFA)

o Estabelece uma União Aduaneira (CEE): zona de comércio livre com a criação de uma tarifa comum
relativamente ao exterior.

O objetivo é a eventual criação de um Mercado Comum (união aduaneira com a adição de políticas
comuns) numa lógica de spillover.

o Aproximação progressiva das políticas dos EM para promover em toda a Comunidade um


desenvolvimento harmonioso das atividades económicas, uma expansão contínua, uma maior
estabilidade, um rápido aumento do nível de vida e relações mais estreitas entre os EM (art.2º).

o Mercado Comum: zona de comércio livre; criação de uma tarifa externa comum; proibição de medidas
que impedissem competição; medidas para promover livre movimento de pessoas, serviços e capital.

o Cria o Fundo Social Europeu, Comissão Europeia, Banco de Investimento Europeu e Euratom e a PAC

o Euratom: coordenação de programas de pesquisa dos EM para o uso pacífico de energia nuclear.

o Política Agrícola Comum (PAC): preço dos produtos agrícolas passa a ser definido pela EU em vez do
mercado, proteção dos agricultores através de subsídios, armazenamento e destruição dos produtos
em excesso para garantir o preço estabelecido

o Estabelece uma Política de Transportes Comum

Da euforia à crise:

o Em 1961, as tarifas internas na CEE tinham sido abolidas e os outros tipos de restrições fortemente
reduzidos.

o Aumento das trocas comerciais forte crescimento económico


o Charles de Gaulle: Europa útil para projeto francês de união de estados, que foi recusado em 1962; 3
objeções conduzem ao malogro das negociações no quadro deste plano (RU, defesa europeia- já
muitos eram membros da NATO e sobrava a questão de como ficaria a política externa- e excesso de
intergovernamentalidade  continuava-se a preferir o consenso à união total
o CEE precisava de tomar decisões importantes: extensão das questões votadas por maioria qualificada;
definição da PAC; poder do PE
o De Gaulle provoca a crise da cadeira vazia (1965)
o Compromisso do Luxemburgo (1966)

Crise da cadeira vazia: o Presidente da Comissão Europeia na altura (Walter Hallestein; considerava ser uma espécie
de 1ºMinistro da Europa) propõe a Doutrina Hallestein, que consistia no reforço dos poderes da CEE, nomeadamente
dos seus mecanismos de financiamento, bem como a substituição das decisões de unanimidade por MQ (o que seria
uma ameaça à soberania dos Estados que não concordavam com as decisões tomadas) Deste modo, De Gaulle, não
concordando, abandona a representação da França na CEE (toda a CEE ficou bloqueada na ausência de um dos
membros- não pode chegar à unanimidade).

 Esta crise acaba por se finalizar com o Compromisso do Luxemburgo que suspende as propostas da Comissão:
aceita-se que é preciso unanimidade em matérias sensíveis.

Tratado de Bruxelas (fusão)-1965 já não é considerado um tratado fundador, mas sim um tratado
que fundiu as três instituições
 simplificação, pois já havia demasiados organismos: Conselho único + Comissão única
 1970: altera algumas disposições orçamentais (substitui o sistema de financiamento das
comunidades por contribuições dos EM pelo sistema de recursos próprios; orçamento único para as
comunidades)
 1975: Tratado que altera algumas disposições financeiras

Aula Teórica 2- 27.09

O Tratado de Maastricht e a fundação da UE

Como interpretar a integração?

Identificar as grandes visões e debates que têm animado a integração europeia em cada momento, para
depois entender de que forma essas visões foram sendo negociadas entre os diferentes atores da construção europeia.
Esta não é um processo unilateral, é um processo de negociação com os membros de integração. A integração
europeia também tem um aspeto essencialmente social, é necessário observar as intenções, objetivos e opiniões da
população europeia.

Timeline

Anos 70: euroesclerose e europessimismo

Após o sucesso dos primeiros 12 anos, a Comunidade acabaria por entrar num longo período de estagnação
com pouco progresso relativamente à integração. Particularmente após a crise de 1973, a Comunidade Económica
entrou numa fase de lento crescimento, altos níveis de desemprego, inflação e a falência da competitividade. O
processo de trocas também abrandou e começaram a ser aplicadas “barreiras não-tarifárias” (novo protecionismo).
No entanto, há também alguns progressos como podemos ver a seguir.

1970 relatório Werner + Davignon: Crise da cadeira vazia

É a década das visões federalistas e das tentativas para integrar o social nas iniciativas económicas e políticas que
já existiam. Werner faz um relatório a falar da componente económica, mas também social. Davignon faz um relatório
a falar dos aspetos de segurança. Os relatórios são importantes porque dão origens a ideias que seguem para
conferencias que seguem para tratados. Estes demonstraram uma necessidade de fundir a componente económica
com a social (políticas de desemprego, por ex.)

1972: Pela primeira vez, um estado membro faz um referendo para pedir a opinião dos franceses relativos ao
alargamento da EU. O resultado foi favorável. HÁ neste ano a cimeira de Paris, que serviu para dizer ao mundo que a
EU se ia expandir economicamente, há uma projeção alem CEE. Há nesta altura uma crise das economias liberais com
a crise do dólar e a crise do petróleo, há um esforço da EU para não perder o que havia sido construído e para garantir
a qualidade de vida da população

1973: Alargamento para Dinamarca, Inglaterra e Irlanda. Surgem questões de identidade, até então a identidade
dos 6 originais era bastante consensual. Surgem agora questões de identidade anglo-saxónica, influencias norte
americanas etc. Outro candidato foi a Noruega, so que referendou e o povo não quis ir para a EU.

1974: Conselho Europeu. Ate então, o conselho europeu funcionava como encontros regulares entre os
governantes europeus (dizer na apresentação quem é que deu início ao conselho europeu)

1977: Relatórios de MacDougall e McCracken. São de teor económico, são estratégicos para enfrentar as crises
(dólar e petróleo) e evitar uma crise económica na europa, principalmente nas indústrias chave na europa.

1979: Primeira eleição por sufrágio universal do Parlamento Europeu e criação do EMS (european monetary
system)

Anos 80

1981: Junta-se a Grécia. Juntamente com Portugal e Espanha (1986) apresenta um problema económico para a
europa, são países pobre que há pouco tempo eram ditaduras. Regressa em força a questão da identidade europeia

1984: Draft de Spinelli. Faz um esboço de um tratado europeu, de uma EU em que esteja mais presente a questão
da cidadania. Foi bem recebido, mas fica em banho-maria

1985: People's Europe Report (ideias que se materializam na década de 90 como a carta de condução europeia,
uma lotaria europeia, o dia 9 de maio para o dia da europa, um programa de intercambio juvenil, equipas desportivas
europeias, uma bandeira europeia, um hino, um emblema, tudo isto é uma tentativa de reforçar a identidade coletiva
da europa para incrementar nas consciências que existe uma comunidade, fomentar um sentimento de pertença. É
um processo artificial de top-down) e Livre Branco de Delors (projeção do futuro da união, não é muito importante)

1986: Ato Único Europeu

Ato Único Europeu (1986)

Tratado intermediário, é um tratado/ agenda. Várias reformas ao Tratado de Roma.


1988-89: Reforço dos fundos estruturais. Procura-se diminuir as desigualdades entre os membros mais pobres
e ricos.

 Conselho Europeu
o Reconhecido como instituição política original, mas não como instituição formal
o Função de facilitar a negociação europeia e dar direção estratégica à integração

 Parlamento
o Confirmação do nome PE em vez de Assembleia Parlamentar Europeia
o Procedimento de cooperação: pode rejeitar decisão do Conselho, o que obriga a aprovação por
unanimidade (aplicável a todas VMQ, exceto ambiente)
o Parecer favorável (relativamente a tratados, alargamentos, acordos com países terceiros)
 Conselho:
o Generaliza VMQ relativamente a mercado comum (exceto fiscalidade, livre circulação de pessoas e
direitos dos trabalhadores assalariados)
o Integração formal do Conselho Europeu (criado em 1975)

 Comissão Europeia
o Associação formal à CPE (Comité Política Europeia): é um órgão consultivo, vai apoiar o Conselho, ou
seja, os Ministros, em matérias económicas da EU. É neste comité que decorrem os debates técnicos
entre o BCE, o Comité Económico e Financeiro, o comité do Emprego, etc.

Questionamentos dos Anos 1990 (Agnell, 1992) Questionamento dos Anos 2000 (Delors, 2013)
Europa é de quem? Projeto europeu vai sobreviver? E o euro?
Mais democracia, mais representatividade Que politica para o BCE?
Jugoslávia e ressurgimento da guerra Comunidade Europeia para a Energia?
Unificação da Alemanha e refugiados Novo modelo de desenvolvimento, mais
cooperação, mais preocupação pelo ambiente

Interdependência Mais transferência de soberania?


Distinguir-se do “Imperio” Equilíbrio, disciplina, crescimento, emprego
Procura de consenso e apoio popular

A caminho de Maastricht

 Proposta de Mitterrand e Kohl a 19 de abril de 1990, para realização de Conferência Intergovernamental.


Objetivos: reforçar e democratizar instituições; por em prática uma política externa e de segurança comum
 Abertura de 2 CIG:
o Uma sobre UEM (União Económica e Monetária): moeda comum; só realiza os passos para a União
monetária; prevalece uma visão mais neoliberal, substituindo a anterior política de economia e
redistribuição de riqueza
o União política: introduz-se a dimensão da política externa (a EU como ator internacional; qual o seu
modelo?)
 Abertura forma das negociações a 15 de dezembro de 1990
 Tratado da EU assinado a 7 de fevereiro de 1992
 Referendo na Dinamarca (50,7% contra). Dinamarca entra em negociações adicionais para este Tratado e
obtém garantias: moeda, defesa e faz segundo referendo que dá certo.

Tratado de Maastricht ou TUE (1991)

 Assinado em 1991, mas entrou em vigor a 1 de novembro de 1993


 Estabelece uma nova organização: a União Europeia
 Este tratado foi desenhado com o intuito de expandir a integração europeia, reformas as instituições da
Comunidade Económica e os seus processos de decisão e também implementar a União Económica e
Monetária responsável por constituir a EU

 5 objetivos:
o Progresso económico e social
o Identidade europeia na cena internacional
o Cidadania da UE
o Desenvolvimento do acervo comunitário (acquis communauitaire); lógica do costume, da acumulação
o Respeito pelo princípio da subsidiariedade: visa garantir uma tomada de decisões tao próxima quanto
possível do cidadão, mediante a verificação de que a ação a empreender a nível da UE se justifica à
luz das possibilidades oferecidas a nível nacional, regional ou local. Não vale a pena pedir à EU que
faça leis para tudo quando o EM a nível nacional o pode fazer, não vale pôr tudo para o saco das
matérias comunitárias, o EM deve “poupar” a EU, que não se deve exceder o que seja necessário para
alcançar os objetivos do Tratado.

Pilar I Pilar II Pilar III


PESC
Matérias Comunitárias Política Externa e Segurança JAI: Justiça e Assuntos
Comum Internos

Problema com a estrutura de pilares: falta de ligação com políticas comunitárias da ação externa da EU (pilar 1) e as
políticas de JAI.
Pilar 1

Matérias comunitárias: agricultura, pescas, carvão e aço, energia atómica, etc.

 Só estas matérias estão sujeitas ao Tribunal Europeu


 É neste pilar que ficam instituídas as fases para a implementação da moeda única
 É o que tem mais matérias

Pilar 2

PESC: Política Externa e Segurança Comum

 Matérias tradicionalmente exclusivas aos EM, não há muita supranacionalidade, as decisões são tomadas por
unanimidade
 Alinhamento da política externa, segurança e defesa
 Proteção dos valores comuns da EU (democracia, Estado de Direito, DH), dos seus interesses fundamentais, a sua
independência e integridade, de acordo com os princípios da Carta das NU
 Fortalecer a segurança da União e promover a cooperação internacional

Não se podem adotar leis, apenas posições comuns:

 Posições comuns: os EM devem alinhar as suas políticas nacionais por estas posições
 Ações comuns (ações operacionais necessárias para atingir os objetivos definidos pela PESC (estabelecer missões,
nomear representantes especiais, etc.)
 Comissão e PE são apenas “associados” à PESC, são mais do Conselho Europeu e do Conselho de Ministros
 Prevê o desenvolvimento de uma Política Europeia de segurança e defesa

Pilar 3
JAI: Justiça e assuntos internos

 Não é supranacional, os EM continuam a ser soberanos nestas matérias, mas insere a necessidade de coordenar
os EM em matérias de JAI
 Cooperação judicial e policial (questões de asilo, fronteiras, crime organizado)

Mudanças institucionais do TUE


o Mandato de 4 para 5 anos (importante para levar a cabo as reformas e mudanças que a Comissão queria
implementar
o Investidura da Comissão: poder do PE de controlar a Comissão é alargado
o O CM vai alargar a MQ todas as matérias abrangidas por cooperação e à maior parte das decididas por
codecisão (1/4 das leis europeias tomado por codecisão); define ainda os assuntos que serão decididos por
VMQ na implementação e desenvolvimento de Ações Comuns
o Criação do Comité das Regiões (órgão consultivo; ajuda os trabalhos da Comissão Europeia e representa as
diferentes regiões dos diferentes países da EU)
o O Tribunal de Justiça Europeu passa a poder passa multas e sanções aos EM quando estes não respeitem as
normas europeias

O que resulta efetivamente do Tratado de Maastricht?

 Junção das Comunidades (CECA, CEE e EURATOM) sob a alçada da EU


 Estrutura de pilares
 Critérios de convergência para a participação no euro
 Desloca-se a identidade europeia de uma Europa social para uma EU ligada à democracia e ao mercado
 Proposta de criação de uma soberania europeia com base numa soberania nacional
 Começa-se a tornar claro o défice democrático da integração europeia.

Processo de decisão supranacional: Codecisão ou procedimento legislativo ordinário

 É supranacional porque as decisões são tomadas a nível da EU e não do EM

1º A comissão faz uma proposta legislativa (pode ser do PE, do BCE, da população, etc.) ao parlamento

2º O parlamento faz uma primeira leitura, pode aprova-lo como esta sem modificações ou modifica-lo
ligeiramente

3º Vai ao CM (respetivos da área que esta a ser decidida, por ex ministro das pescas para as ostras) que decide
aceitar a Posição do PE, e aí fica automaticamente aceite como a maioria das propostas legislativas. Se rejeitar...

4º Vai ao PE para segunda leitura. No caso de rejeição

5º Vai ao Comité de Conciliação em que vão membro do PE e do CM em que tentam chegar a acordo num texto
comum. Se mm assim é rejeitada, a lei não é adotada.

Maioria Qualificada:

 55% dos EM têm de votar a favor no conselho de ministros (15 dos 27)
 Simultaneamente, a proposta tem de representar no mínimo 65% da população da EU
 É conhecida também pela dupla maioria, devido a estas 2 condições necessárias

Minoria de Bloqueio (não é muito importante)

 A minoria de bloqueio deve incluir pelo menos 4 membros do conselho ... (?)
Unanimidade

 Usada em questões sensíveis (ex.: pesca, cidadania, adesão de um novo membro, fiscalidade, finanças em
assuntos específicos, determinadas disposições no domínio da justiça, segurança social
 A abstenção não impede que seja adotada uma decisão, não é uma unanimidade total/perfeita

Aula 3- 04.10

Do Tratado Constitucional ao Tratado de Lisboa: avanços e retrocessos

Contexto
 Anos 1990: conflitos balcãs e Chechénia; relações Este-Oeste
 Countdown para o Euro
 Alargamento de 1995 (+3): AUS – FIN – SWE
 Começa a ficar notório a entrada dos países de Leste na EU
 Alargamento de 2004 (+10): CZ – HUN – POL – EST – LIT – LET – SVK – SLO – CHY – MAL
 Alargamento (progressivo) da NATO
o 1999: CZ – HUN – POL
o 2004: BUL – ROM – EST – LIT – LET – SVK – SLO
 De 1992 a 2004 à Tratado de Amsterdão e Nice para adaptar a UE aos novos membros tão culturalmente
diferentes
 UE 25 e UE 27 à necessidade de Constituição

Tratado de Amsterdão (1997)


• Objetivos das negociações:
o Focalizar o aspeto dos cidadãos;
o Papel internacional;
o Alargamento (preparar a EU institucionalmente; acabou por falhar);
o Melhor funcionamento das instituições.
• PE: alargamento da codecisão com poder de veto sobre todas as propostas legislativas
• Acordo de Schengen é incorporado no Tratado (antes eram acordos bilaterais); opt-outs do acordo de Schengen da
Dinamarca, RU e Irlanda
• Cooperação entre forças policiais
• Nova secção sobre vistos, asilo, imigração
• Estratégia coordenada em matérias de emprego
• Criado o cargo de Alto Representante para a PESC (intergovernamentalidade)

Tratado de Nice (2001)


• Assinado a 26 de fevereiro de 2001 à entra em vigor em 01 de fevereiro 2003
• Objetivos:
o Lidar com os “Amsterdam leftovers”
o Preparar o alargamento com instituições mais eficazes

Principais alterações:

o Mais poderes para o Presidente de Comissão e máx. 27 membros


o Limitação da dimensão da Comissão Europeia
o Extensão da votação por MQ
o Nova ponderação dos votos do Conselho Europeu
o Flexibilização do dispositivo de cooperação reforçada
o Voto por unanimidade ainda é necessário em áreas fiscais, coesão, JAI e PESC
o Declaração de Laeken(2001)
o Nº de MPE passa de 700 a 732

“Declaração respeitante ao Futuro da EU”: anexada ao Tratado; fixa as iniciativas apropriadas para dar seguimento
às reformas institucionais e para que o Tratado de Nice constitua apenas uma etapa desse processo

Constituição europeia: seria o culminar deste processo de reforma da EU; uma vez que a Constituição entrasse em
vigor, o Tratado de Nice seria substituído pelo Tratado que estabeleceria uma Constituição para a Europa. No entanto,
a reprovação por referendo em dois países: França e Holanda, levou ao abandono do Tratado Constitucional.

Ou seja, o Conselho Europeu de Nice abre o debate sobre o “Futuro da Europa”, que será levado acabo pela
Declaração Laeken.

(Tentativa) Tratado Constitucional (2003-2007)

Declaração Laeken e Convenção sobre o Futuro da Europa (2001; 2002-2003)

Declaração de Laeken
• Dez. 2001 à Conselho Europeu de Laeken: Declaração Respeitante ao futuro da União
o “Etapa decisiva em direção a uma União mais simples, mais forte ao perseguir dos seus objetivos essenciais e
mais presente no mundo”

• UE tinha de ser mais democrática, institucionalmente menos complexa, mais transparente e com maior capacidade de
intervir no mundo

• 3º parte da Declaração convoca uma Convenção sobre o Futuro da Europa que apresente um documento final que
sirva de base às negociações da reforma dos tratados agendada para outubro de 2003 à começa o processo de
reforma constitucional

Convenção sobre o Futuro da Europa/ Europeia (2002-2003)

• “Convenção” em vez de Conferência Intergovernamental como método intermediário entre a tradição IG e uma
abordagem constitucional
• Representantes governo de cada EM + cada candidato + 16 representantes do PE
• Três fases:
1. Fase de escuta – O que esperamos da Europa? (5 meses)
2. Fase do estudo – Quais as propostas em cima da mesa?
3. Fase da recomendação e das propostas
• Conselho Europeu de 12-13 de dezembro 2003 é um fracasso

• Matérias polémicas
o Novo método de decisão por maioria qualificada com base na população
o Composição da Comissão (novos EM não querem abdicar de um comissário)
o Herança cristã vs “religiosa” no preâmbulo

• Negociações não avançaram como desejado sob a égide da Presidência Italiana e decisão de aprovação do texto foi
adiada para a presidência irlandesa.

Considera que era melhor produzir um texto único e não uma panóplia de atividades Acabaria por apresentar um
draft ao Conselho europeu em junho de 2003.

• Texto aprovado em Bruxelas a 18 de junho de 2004

• 90% da proposta da convenção mantém-se apesar das 80 emendas efetuadas

• Constituição do Tratado: 1 preâmbulo; 4 partes


o Parte I – Aspetos fundamentais (60 artigos)
o Parte II – Carta dos Direitos Fundamentais (54 artigos)
o Parte III – Políticas e funcionamento da UE (322 artigos)
o Parte IV – Disposições gerais e finais (12 artigos)
o 36 protocolos
o 2 anexos
o 50 declarações

• Ao contrário das declarações (que são explicações das decisões tomadas), os protocolos e anexos têm valor jurídico.

Principais novidades do Tratado Constitucional

• Atribuição de personalidade jurídica à UE


• Fim da estrutura de pilares
• Inserção da Carta dos Direitos Fundamentais
• Princípio da atribuição: a UE atuará apenas dentro dos limites das competências que os países da UE lhe tenham
atribuído nos Tratados (=travão ao alargamento de competências)
• Mudanças institucionais, posteriormente consagradas no Tratado de Lisboa

A crise do Euroceticismo
• PE aprovou Tratado a 12 de janeiro 2005 (500 votos a favor, 137 contra e 40 abstenções)

• Entre novembro 2004 e junho 2005 à ratificação da Lituânia, Hungria, Eslovénia, Itália, Grécia, Bélgica, Eslováquia,
Aústria, Alemanha

• Consulta popular
o Pavorável em Espanha (76,7% favorável) e Luxemburgo (56,6%)
o Negativa em França (54,7% de 67,7% votou não por fatores domésticos, como economia, euro e
desencantamento) e Holanda (61,6% de 63% votaram não por causa da economia, euro e entrada da Turquia)

• Falta de unanimidade compromete futuro do Tratado: CRISE CONSTITUCIONAL

“Pausa para reflexão”: Conselho Europeu de junho de 2005, processo de ratificação adiado para 1 de novembro 2007

• Comissão lança o plano D (democracia, diálogo, debate) – Período de Reflexão

O Tratado de Lisboa: o fim da reflexão; consenso


• 23 julho 2007 foi convocada uma nova CIG em Lisboa para out.2007

• Desistiu-se da ideia de Constituição Europeia, avança-se com um tratado modificativo/de revisão com nome
oficial: Tratado Reformador

o Tratado da UE (Maastrich)
o Tratado que institui a Comunidade Europeia (Roma)

• Assinado a 13 dezembro 2007 à vigor 1 dezembro 2009


• Compromisso entre os apoiantes do TC (conteúdo) e dos seus oponentes (forma)

Aula 5- 18.10

O Tratado de Lisboa

 23 de julho de 2007, foi convocada uma nova CIG em Lisboa


 Desistiu-se da ideia de Constituição Europeia, avança-se com um tratado modificativo/de revisão com nome
oficial: Tratado Reformador
o Tratado da EU (Maastricht)
o Tratado que instituiu a Comunidade Europeia (Roma)

Reforma estes dois tratados

 Assinado a 13 de dezembro 2007 e entrou em vigor no dia 1 de dezembro de 2009


 Compromisso entre os apoiantes do TC (conteúdo) e seus oponentes (forma)
 Para muitos países a recusa do Tratado Constitucional é um alívio, porque garante a soberania do Estado

Modificações aos tratados


Desiste-se da ideia de uma constituição europeia e avança-se com um tratado modificativo/ de revisão com nome
oficial: Tratado Reformador (preciso referir se um artigo é do do TUE ou do TFUE). Mantém os dois tratados
fundadores:

1. Tratado da EU

o Define os princípios e regras da União


o Objetivos, valores e competências
o Competências e estrutura institucional, relação com os EM e cidadãos
o Cria o quadro da UE

2. Tratado que institui as CE passa a chamar-se Tratado sobre o Funcionamento da União (TFUE)

o Foca-se nas regras para a ação das instituições europeias


o Aprofunda os pormenores de funcionamento da UE
o Regulação do mercado interno
o Medidas para a implementação das políticas comuns e acerca da criação do Mercado Comum
3. Integra também 13 protocolos legalmente vinculativos, um anexo e um ato final., bem como 65 declarações
(5 destes protocolos- que cobrem o papel dos parlamentos nacionais, o princípio de subsidiariedade e da
proporcionalidade, o Euro grupo e a PESCO- eram originalmente parte do tratado constitucional)

A carta dos Direitos Fundamentais da EU aparece pela primeira vez no Tratado de Lisboa. Opt-out para o RU e Polónia.

Valor diferenciado dos tratados

 O TUE é considerado lei fundamental da união, assente num consenso mais amplo e de longo prazo, sem
permitir opt-outs e onde os procedimentos de revisão são mais difíceis

 O TFUE é um tratado implementador, numa posição subordinada em relação ao anterior. Permite alterações
mais fáceis e opt-outs, refletindo as necessidades de diferentes contextos

Objetivos do Tratado:

 Reforma das instituições


 Melhoria do processo de decisão
 Reforma das políticas internas e externas da EU
 Reforço da dimensão/ legitimidade democrática- surge a ideia de que a EU não tinha legitimidade democrática
junto da UE

Mudanças Institucionais no Parlamento Europeu

 Nº máximo de 751 deputados


 PE propõe a sua própria repartição de assentos, mas tratado define as regras de base no âmbito das quais essa
repartição deve ser efetuada
 O processo de codecisão é rebatizado “processo legislativo ordinário” e estende-se a novas políticas publicas
(justiça, imigração)
 Novo papel na celebração de acordos internacionais
 Competências orçamentais reforçadas- em pé de igualdade com o Conselho
 Mantém grande controlo sobre a Comissão
 Direito de iniciativa na revisão dos tratados

Mudanças Institucionais no Conselho de Ministros

 VQM assente no princípio da dupla maioria


 O Conselho dos Assuntos Gerais assegura a coerência dos trabalhos das diferentes formações do Conselho,
prepara as reuniões do Conselho Europeu e assegura o seu seguimento, em articulação com o Presidente do
Conselho Europeu e com a Comissão
 O CNE elabora a ação externa da EU de acordo com as linhas estratégicas fixadas pelo Conselho Europeu e
assegura a coerência da ação da EU
 A presidência das formações do Conselho, com exceção da dos Negócios Estrangeiros, é assegurada pelos
representantes dos EM no Conselho, com base num sistema da rotação igualitária

Mudanças Institucionais no Conselho Europeu

 Reconhecido como instituição plena da EU


 Dá os impulsos necessários ao desenvolvimento da EU e define linhas gerais e prioridades
 Composto pelos Chefes de estado ou de Governo dos EM, bem como pelo seu Presidente e pelo Presidente
da Comissão. O ARNEPS participa nos seus trabalhos
 Reúne 2x por semestre no mínimo
 Pronuncia-se por consenso, salvo disposição em contrário nos tratados
 Presidente permanente com mandato de 2 anos e meio (assegura continuidade de trabalhos; funções de
representação externa em matérias PESC sem prejuízo das atribuições do Alto Representante)

Outras mudanças institucionais

 TJUE
 BCE- reconhecido o estatuo de instituição da EU
o Duas principais missões do BCE: constitui, com os bancos centrais dos EM, o Sistema Europeu dos
Bancos Centrais; forma com os Bancos Centrais dos EM que adotaram o €, o Eurossistema que define
e conduz a politica monetária da União

Tratado de Lisboa e Défice Democrático

 Procura melhorar a legitimidade das decisões e aproximar a EU dos seus cidadãos, introduzindo a sua iniciativa
 Atribui um papel mais importante aos parlamentos nacionais dentro da EU e, simultaneamente, reforços dos
poderes do próprio PE
 Reforça as competências da EU no âmbito do Espaço Europeu de Liberdade, Segurança e Justiça
 Reforço do papel do Conselho Europeu e da igualdade entre os EM
 Expansão da jurisdição do tribunal (pode ser visto como um reforço da natureza legal e democrática da EU)
 Delimitação mais precisa dos poderes da EU e insistência de que estes são “conferidos” pelos EM sublinha
o papel da democracia nacional na EU
 A democracia agora tem um Título dedicado no TUE

Tratado de Lisboa e Política Externa e de Segurança

 A ação da EU no plano internacional é reforçada


 A EU adquire personalidade jurídica
 Criação do SEAE (serviço europeu de ação externa)
 Debate sobre quem será o Sr. Ou Sra. Europa
o ARNEPS
o Presidente do Conselho Europeu
o Presidente da Comissão
o Presidência Rotativa do Conselho de Ministros da EU
 Tratados fundadores dedicam agora uma secção à Política Comum de Segurança e Defesa, com objetivo de
longo prazo de criar uma defesa europeia comum

Contributos do Tratado de Lisboa

 Reforma as instituições e melhora o processo de decisão da EU


 Reforça a dimensão democrática da EU
 Reforma as políticas internas da EU
 Reforça a política externa da EU
 Amesterdão e Nice: concentrados no funcionamento institucional da EU
 Tratado Constitucional: finalidade última do projeto Europeu
 Tratado de Lisboa: aborda as duas questões

EU

Supranacional Intergovernamental

1º Pilar 2º Pilar 3º Pilar


Comunidade europeia PESC JAI
(integração económica)

Tratado estabelecedor
Da Comunidade Europeia
TEC- Tratado de Roma Tratado da União Europeia

TUE (Maastricht)

EU

Supranacional Intergovernamental

- Integração económica
- JAI - PESC

Tratado da União Europeia (TUE)

Tratado sobre o Funcionamento da EU (TFUE)

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