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Complexo escolar Pequenos Reis

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL


TEMA: A MUDANÇA NA SOCIEDADE. PERCURSOS DO
DESENVOLVIMENTO
SUMÁRIO:  A REAFIRMAÇÃO DA EUROPA E A CONSOLIDAÇÃO DO JAPÃO
O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E O RESSURGIMENTO
DA EUROPA COMO POTÊNCIA MUNDIAL

Os países da Europa Ocidental que aceitaram a ajuda dos Estados Unidos da


América (E. U. A.) e escolheram a via da economia de mercado, organizaram-se
para administrar e coordenar esse auxílio, criando para o efeito a OECE
(Organização Europeia de Cooperação Económica). A partir de 1961 passou a
designar-se OCEDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento
Económico) com sede em Paris, juntando-se-lhe os EUA, Canada, a Austrália, a
Nova Zelândia e o Japão.

No ano de 1944, tinha surgido a ideia da criação de uma união aduaneira entre
alguns países europeus, projecto que se veio a concretizar em 1948 com a criação
do BENELUX (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e a fundação do Conselho da
Europa, em 1949, constituíram as primeiras experiências bem-sucedidas que
encorajaram alguns políticos e ideólogos europeus a irem mais longe.
Em 1951, os países do BENELUX, juntamente com a França, a Itália e a República Federal da
Alemanha, assinaram um Tratado que instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA). Este tratado é considerado o início da construção da Europa unida.

 A FORMAÇÃO DA CEE
Os países que compunham a CECA reuniram-se em 1957 e
assinaram o Tratado de Roma, através do qual foram
criadas a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a
Comunidade Europeia de Energia Atómica
(EURATOM).
Estava assim, criada o Mercado Comum através do qual
seriam abolidos os obstáculos à livre circulação de pessoas,
serviços e capitais entre os estados-membros e passariam a
ser desenvolvidas políticas económicas comuns. Forma-se
assim um grande mercado sem fronteiras.
O sucesso económico da CEE e do Mercado Comum levou
a que  cada vez mais países se tornassem membros, através
de sucessivos alargamentos.
Alargamento e desenvolvimento da CEE
Os primeiros 15 anos da CEE caracterizaram-se por pequenos avanços com vista a
atingir os objectivos do Tratado de Roma. A dinâmica da Europa dos Seis e os
sucessos obtidos a nível do desenvolvimento global dos países que a constituíam
motivaram outros estados europeus a pedir a adesão à CEE.

Assim, em 1973, a Europa dos Seis passou a Europa dos Nove, com a adesão do
Reino Unido, da Irlanda e da Dinamarca. Em 1981, aderiu a Grécia e em 1986
aderiram Portugal e Espanha. A Europa dos Nove passou, assim, a Europa dos Doze.
Em 1995 aderem a CEE a República da Áustria, Finlândia e o Reino da Suécia –
Europa dos quinze.

Em 2004 verificou-se a adesão de outros países do Leste da Europa, como a Polónia,


a República Checa, a Hungria, a Eslovénia, a Eslováquia, a Letónia, a Estónia, a
Lituânia, Chipre e, ainda, Malta. A Partir do ano 2004 a União Europeia passou,
pois, a ser constituída por 25 Estados-membros.
A união económica e monetária

 Em Fevereiro de 1992 foi assinado o Tratado de Maastricht, o qual


entrou em vigor em Novembro de 1993. Neste tratado foram definidos
os princípios fundamentais da Comunidade Europeia (CE) para a união
económica e monetária, reforçando-se a perspectiva da união política.
Desde essa data, a CEE passou a chamar-se União Europeia (UE).
 De facto, o Tratado de Maastricht pôs em prática a união económica,
monetária e política dos países membros da União Europeia e reforçou
os poderes do Parlamento
 Europeu, que passou a ser um dos mais importantes órgãos da UE
constituídos por deputados directamente eleitos pelos cidadãos de cada
estado-membro
Funcionamento da União Europeia
Os principais
órgãos de poder
que garantem o
funcionamento da
União Europeia
são:

o Parlamento Europeu o Tribunal de Justiça ou


o Conselho de Ministros (tem funções consultivas e a Comissão Europeia (faz Tribunal Europeu
( toma decisões sobre as dá parecer sobre as propostas de leis relativas (interpreta os textos
leis comunitárias); propostas de lai da às políticas sectoriais); jurídicos e julga os casos
Comissão); de litígio).

Nas políticas sectoriais destacam-se:


*a Política Agrícola Comum (PAC), para apoio à agricultura;
*o Fundo Social Europeu (FSE), para o desenvolvimento da formação profissional e do emprego;
*o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), para apoiar as regiões mais atrasadas;
*o Sistema Monetário Europeu (antes da criação o do Euro), que assegurava a estabilidade das moedas europeias.
A União Europeia tem a maioria dos seus órgãos e das suas instituições a funcionar em Bruxelas (Bélgica), em
Estrasburgo (França) e no Luxemburgo.
A RECUPERAÇÃO ECONÓMICA E A RÁPIDA MODERNIZAÇÃO
DO JAPÃO
O Japão saiu derrotado da Segunda Guerra Mundial tendo sofrido enormes
perdas humanas e materiais. No fim da guerra a sua economia estava
paralisada.
Após a rendição, o Japão foi ocupado pelos Estados Unidos, tendo ficado
sob administração do general Mac Arthur entre 1945 e 1950. Este general
empreendeu diversas reformas que levaram ao desenvolvimento de um
regime democrático e a rápida recuperação da economia:
· Reformou o ensino, de forma a melhorar a qualidade da mão de obra;
· Distribuiu terras aos camponeses que assim passaram a proprietários,
aumentando a produção;
· Garantiu auxílio económico em matérias-primas, maquinarias e apoio
técnico com vista ao desenvolvimento industrial.
Em 1951, o Japão recuperou a sua soberania e era já um país
economicamente reconstruído. Contudo politicamente, sofria pressões dos
seus vizinhos comunistas (URSS e a China). Temendo a instauração do
comunismo e sob influência ideológica dos americanos, o Japão aliou-se aos
Estados Unidos da América.
O desenvolvimento económico do Japão foi tão rápido que é habitual usar-se
a designação de Milagre Japonês para o caracterizar.
O MILAGRE JAPONÊS
• Em cerca de vinte anos o Japão transformou-se na terceira potência económica
mundial e em 1984, passou a segunda (2ª) à seguir aos Estados Unidos.
• Mas como se explica este milagre? Esta recuperação do Japão foi possível
graças a uma série de factores, dos quais se destacam:
• - Factores Demográficos: o Japão é um país superpovoado – actualmente tem
mais de 130 milhões de habitantes, a grande maioria da sua população está
concentrada em grandes cidades, como Tókyo, Osaca, Quioto, Nagoia, Cobé,
Iocoama;
• - Factores Humanos: uma mão-de-obra muito abundante, disciplinada,
empreendedora, com elevado sentido cívico e formação técnica;
• - Cooperação entre o Estado e as grandes empresas: o estado protege a
indústria da concorrência estrangeira (medidas proteccionistas) e as grandes
empresas investem na formação dos seus funcionários;
• - Grandes avanços tecnológicos, sobretudo na electrónica e na robótica.
• O progresso da economia Japonesa verificou-se sobretudo nos sectores da
construção naval (primeiro lugar mundial), das indústrias automóveis e
electrotecnia, na produção de têxteis...
• Actualmente, o Japão exporta produtos de grande qualidade, a preços
competitivos, para os seus mercados concorrentes (Estados Unidos e União
Europeia) e para todo mundo.

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