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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

1. Principais Instituições Económicas Internacionais (CEE)............................................4

1.1. Contexto Histórico......................................................................................................4

1.3. A formação da CEE....................................................................................................5

1.4. A Constituição e o papel da CEE...............................................................................6

1.4.1. Os Tratados de Roma e a Instituição da CEE..........................................................6

1.5. Instituições da Comunidade Económica Europeia.....................................................7

1.6. O Contributo da CEE..................................................................................................7

1.7. A Expansão da CEE...................................................................................................8

1.8. O Impacto da CEE......................................................................................................8

2. Principais Instituições Económicas Internacionais (CAME)........................................9

2.2. A Evolução da CAME..............................................................................................10

2.3. A Contribuição da CAME para África.....................................................................10

3. Principais Instituições Económicas Internacionais (OPEP)........................................11

3.1. Contextualização......................................................................................................11

3.2. Os Objectivos da OPEP............................................................................................12

3.3. Países Membros........................................................................................................12

3.4. A Actuação da OPEP no Contexto Mundial............................................................13

3.5. A OPEP e a produção actual....................................................................................13

3.6. A OPEP e Os problemas ambientais........................................................................14

Conclusão........................................................................................................................15

Bibliografia......................................................................................................................16

ii
Introdução
O trabalho visa falar das instituições económicas internacionais: CEE. CAME e OPEP.
Comunidade Económica Europeia (CEE) é o nome da organização internacional que
existiu de 1958 até 1993, e que neste mesmo ano tornou-se a actual “União Europeia”
(EU). Torna-se importante fazer a distinção entre Comunidade Económica Europeia
(CEE) e União Europeia (UE) pois ambas organizações são representativas de estágios
preconizados na teoria do processo de integração económica, desenvolvido na década de
60. CAME (Conselho para Ajuda Mutua Económica), para coordenar as suas
economias. Conselho para Assistência Económica Mútua), foi fundado em 1949, e
visava a integração económica das nações do Leste Europeu.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou, pelo seu nome em
inglês, OPEC) é uma organização composta por países que retêm algumas das maiores
reservas de petróleo do mundo, como é o caso da Arábia Saudita. A OPEP é o exemplo
mais conhecido de cartel: seu objectivo é unificar a política petrolífera dos países
membros, centralizando a administração da actividade, o que inclui um controle de
preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no mercado

O trabalho tem como objectivo geral: Compreender o processo da formação das


instituições económicas internacionais. E temos como objectivos específicos: Explicar o
contexto histórico da formação da CEE, CAME e OPEP; Explicar a formação da
Comunidade Económica Europeia (CEE); Identificara as instituições da CEE. Na
realização deste trabalho usou-se o método de consulta bibliográfico e hermenêutico
que culminou na leitura e interpretação do módulo da cadeira e outras obras que falam
sobre o tema.

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1. Principais Instituições Económicas Internacionais (CEE)
Comunidade Económica Europeia (CEE) é o nome da organização internacional que
existiu de 1958 até 1993, e que neste mesmo ano tornou-se a actual "União Europeia"
(EU) (NYE,2000, p, 158).

Torna-se importante fazer a distinção entre Comunidade Económica Europeia (CEE) e


União Europeia (UE) pois ambas organizações são representativas de estágios
preconizados na teoria do processo de integração económica, desenvolvido na década de
60:

 Zona preferencial de comércio


 Área de livre comércio
 União aduaneira
 Mercado comum
 União económica e monetária
 Integração económica total

De acordo com tais estágios, a CEE constituía um mercado comum, ou seja, o quarto
passo no caminho a uma união económica plena entre os países constituintes.
Estabelecia uma união aduaneira e uma política unificada de regulamentação de
circulação de capital, bens, produtos e serviços. (NYE,2000, p, 158).

1.1. Contexto Histórico


Com término da 2ª Guerra Mundial, em 1945 a Europa perdeu definitivamente o
prestígio e importância que tinham desfrutado em todo o mundo. Então, dois países
passaram a dominar as relações políticas internacionais – os Estados Unidos da América
e a União Soviética.

A aliança entre estas superpotências, foram decisiva na vitória dos aliados sobre o
Nazismo, que não resistiu, ao fim do conflito. De facto, em nome da defesa do
capitalismo e do comunismo, os dois grandes opõem-se com tal violência, que cavam
uma profunda divisão entre o Ocidente e o Leste da Europa.

É na atmosfera de Guerra Fria que as superpotências organizam blocos francamente


hostis: a nível político – militar: no ocidente, em 1959os EUA constituem com os
aliados europeus, em 1959, uma grande aliança defensiva, a Organização do Tratado do

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Atlântico Norte (NATO). A nível económico: os países da Europa Ocidental criaram,
em 1957, a CEE (Comunidade Económica Europeia), para administrar os fundos do
Plano Marshall.

1.3. A formação da CEE


Terminada a 2ª Guerra Mundial, a Europa sai profundamente abalada, mas as
dificuldades similares que atravessavam os países da Europa Ocidental facilitaram a sua
aproximação para resolver em comum os seus problemas.

Com vista a recuperação económica, os Estados europeus seguiram uma política de


austeridade, isto é, numa época de rápido progresso tecnológico, viram-se obrigadas a
utilizar os modernos processos de produção, o que acarretava a necessidade de um
mercado de consumo crescente, capaz de a absorver. Somente assim podia reduzir os
custos e aumentar a rentabilidade. Ora os EUA, receosos da ameaça comunista, propõe
a sua ajuda – o Plano Marshall, que mobilizou milhões de dólares para a recuperação da
Europa.

Entretanto, os políticos europeus e empresários chegaram a conclusão de que para fazer


frente aos dois colossos económicos – EUA e a URSS – a Europa precisava de criar um
espaço mais alargado. É neste contexto que em 18 de Abril de 1951, pelo Tratado de
Paris, em proposta de Robert Schuman (ministro francês dos assuntos exteriores) é
criada a CECA (Comunidade Económica do Carvão e do Aço) da qual faziam parte a
Benelux (União aduaneira criada em 1944 entre a Bélgica, Países Baixos e
Luxemburgo), a França, Itália e Alemanha Federal. Nascia assim, um espaço
supranacional dirigido por uma alta autoridade e que impunha uma política comum nos
sectores de carvão e aço, criando uma economia europeia, heterogénea e desequilibrada.

O tratado para a suspensão completa do entrave a circulação dos dois produtos


indicados na área dos 6 países confiava-se a um organismo superior o cuidado de zelar
pelo bom funcionamento deste mercado, utilizando medidas negativas (suspensão de
obstáculos à concorrência) ou positivas (harmonização de tarifas e transportes).

Este organismo ocupava apenas 3% da mão-de-obra. Este comité apresentou suas


conclusões a Assembleia da Comunidade em Abril de 1956, que por unanimidade a fim
de constituir a CCE.

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1.4. A Constituição e o papel da CEE

1.4.1. Os Tratados de Roma e a Instituição da CEE


O Tratado CEE, assinado em 1957 em Roma, congrega a França, a Alemanha, a Itália e
os países do Benelux numa Comunidade que tem por objectivo a integração através das
trocas comerciais, tendo em vista a expansão económica. Após o Tratado de Maastricht,
a CEE passa a constituir a Comunidade Europeia, exprimindo a vontade dos Estados-
Membros de alargar as competências comunitárias a domínios não económicos.

Com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que entra em


funções em Julho de 1952, concretiza-se a primeira grande realização da Europa
supranacional. Pela primeira vez, os seis Estados-Membros desta organização
renunciam, num domínio restrito é certo, a uma parte da sua soberania em prol da.
Comunidade. Este primeiro esforço de integração revela rapidamente as suas limitações,
com o malogro, em 1954, da Comunidade Europeia de Defesa (CED). Numa altura em
que se podia temer que o esforço empreendido pela CECA não tivesse futuro, a
Conferência de Messina, de Junho de 1955, procurou relançar o processo europeu.
Seguiu-se uma série de outras reuniões de ministros ou de peritos.

No início de 1956, foi instituído um comité preparatório responsável pela elaboração de


um relatório sobre a criação de um mercado comum europeu. Esse comité reuniu-se em
Bruxelas, sob a presidência de P. H. Spaak, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros
belga.

Abril de 1956, este comité apresentou dois projectos que corresponderam às duas
opções decididas pelos Estados:

 A criação de um mercado comum generalizado.


 A criação de uma comunidade da energia atómica.

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1.5. Instituições da Comunidade Económica Europeia
 Conselho da União Europeia – a principal instância decisória da CEE; sediada
em Bruxelas, Bélgica
 Comissão Europeia – a instituição executiva da CEE; sediada em Bruxelas,
Bélgica;
 Parlamento Europeu – a instituição legislativa da CEE; sediado em Estrasburgo,
França;
 Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias – o tribunal da CEE; sediado
em Luxemburgo;
 Tribunal de Contas Europeu – analisava as contas das instituições da
organização; sediado em Luxemburgo.

Com o advento da União Europeia, tais entes sofreram algum tipo de reforma,
mudando em alguns casos a denominação e algumas das atribuições, mas a grosso
modo permanecendo com as mesmas incumbências.

A criação da CEE bem como sua posterior evolução para União Europeia constitui
um capítulo inédito na história mundial, e ainda hoje sem paralelos, como exemplo
de integração económica e quebra de barreiras económicas e alfandegárias entre
nações.

1.6. O Contributo da CEE


Segundo PRADA (1994: 449),

A comunidade tem como missão promover, mediante o


estabelecimento dum mercado comum e aproximação
progressiva das políticas económicas dos estados
membros, um desenvolvimento harmónico das actividades
económicas dentro da comunidade, uma expansão
contínua e equilibrada, uma estabilidade económica
crescente, uma rápida elevação do nível de vida e as
relações mais estreitas entre os estados membros”
A CEE surge com objectivos fundamentais de criar uma união aduaneira e económica.
A união aduaneira consistiria na eliminação de direitos aduaneiros, bem como os
contingentes que respeitem as mercadorias que são objectos das trocas comerciais entre
os Estados membros, havendo uma pauta aduaneira comum. Enquanto, União
Económica tinha uma plena mobilidade das forças (homens, serviços e capitais), a

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implementação de uma política agrária e de transporte comum e a coordenação das
políticas financeiras e sociais dos países membros.

Para a realização destes objectivos, a comunidade criou um “fundo social europeu” com
a missão de modernizar as indústrias e adoptar estas aos trabalhadores, e por outro lado
um Banco Europeu de Investimentos, com o fim de promover a melhoria das
possibilidades de emprego, elevação de nível de vida e o fomento do desenvolvimento
das áreas regionais deprimidas.

1.7. A Expansão da CEE


Em 1962, os primeiros anos de funcionamento da CEE foram dedicados a consolidar os
objectivos do Tratado de Roma, a definição de uma Política Agrícola Comum (PAC),
em 1968, a suspensão dos direitos aduaneiros entre os estados membros. Os bons
resultados alcançados levaram outros países europeus a aderirem a este mercado
comum. Os primeiros países aderirem foram Dinamarca, Irlanda e o Reino Unido em
1973, os anos subsequentes encontramos a aderência da Grécia em 1981, Portugal e
Espanha em 1985, Áustria, Suécia, Finlândia em 1995, Polónia, República Checa,
Lituânia, Estónia, Eslovénia, Eslováquia e Malta em 2007, Bulgária e Roménia.

1.8. O Impacto da CEE


A Comunidade Económica Europeia, tinha como objectivo a integração dos países
membros através das trocas comerciais, tendo em vista a expansão económica, após
assinatura do Tratado de Mastricht, ela passou a constituir a Comunidade Europeia,
exprimindo a vontade dos Estados membros de alargar as competências comunitárias,
assim, conseguiu-se eliminar totalmente as barreiras alfandegárias entre Estados
membros com a união aduaneira vulgarmente conhecida por “mercado comum”.
Estabeleceu-se a livre circulação dos produtos agrícolas dentro da CEE, assim como a
adopção de políticas proteccionistas, que permitiu aos agricultores europeus evitarem a
concorrência de produtos procedentes de outros países não pertencentes a CEE. Isto se
conseguiu mediante a sublevação aos preços agrícolas, graças a política agrícola
comum.

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2. Principais Instituições Económicas Internacionais (CAME)
Em 1947, a ruptura entre os aliados é um facto, segue-se em 1948 o início do confronto
entre os dois campos, as hostilidades da Guerra Fria começam verdadeiramente, com o
bloqueio Berlim (1948/1949) e atinge o auge com a Guerra da Correia (1950/1953).

As crises sucedem-se (na Hungria, Indochina, Médio Oriente) sem que a ONU possa
intervir, uma vez que ficava paralisada pelo uso do veto americano ou soviético no
conselho de segurança. É na atmosfera de Guerra Fria que as superpotências organizam
blocos francamente hostis:

A nível político – militar: Em réplica a aliança ocidental, a Organização do Tratado do


Atlântico Norte (NATO), a União Soviética assina com os países do Leste, em 1955,
um tratado de assistência mútua, o Pacto de Varsóvia (acordo militar concluído em
Maio entre União Soviética e seus aliados).

A nível económico: em réplica ao Plano Marshall. Em contrapartida, os países do Leste


criam em 1949, o COMECON (Council for mutual economic assistance) ou CAME
(Conselho para Ajuda Mutua Económica), para coordenar as suas economias.

2.1. A Formação e os Objectivos da CAME

Após a dilaceração da Europa como consequência da 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945),


os EUA instituíram o Plano Marshall de ajuda económica à Europa, porém em Julho de
1947 a Rússia forçou a Polónia e a Jugoslávia a recusá-lo e acentuou a sua influência
sobre as democracias populares. Face ao Plano Marshall, pós-se em marcha o chamado
Plano Molotov sob comando de Estaline.

Segundo PRADA (Op Cit: 466)

Para dar ênfase ao Plano Molotov, a URSS assinou uma serie de


acordos comerciais a longo prazo com cada um destes países, em
que se estipulava ajuda financeira e técnica, intercâmbio de
produtos e matérias-primas e estudo conjunto das planificações
económicas”. Para facilitar a tarefa de coordenação entre estes
países e a URSS, criou-se em 1949, um organismo que o
representava no plano político – o Conselho de Assistência
Económica Mútua –COMECON, que previa o progresso da
divisão socialista do trabalho.
Para o mesmo autor, a integração das democracias populares na orbita política e
económica da URSS orientou definitivamente a política económica destes países para

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uma planificação no estilo soviético. Imediatamente começou a socialização da
agricultura, que teve de se impor pela força, sobretudo a partir de 1951, antes da
resistência dos médios e grandes proprietários.

De 1949 – 1951 empreendeu-se as planificações quinquenais planeadas e realizadas


com a intervenção de técnicos russos, dando prioridade a indústria pesada. Porém, em
relação aos bens de consumo e os elevados investimentos estipulados produziram uma
grave inflação e consequentemente uma importante baixa nos salários dos
trabalhadores.

Entretanto, esta situação provocou uma tensão política que iniciou em Berlim Oriental
(17 de Junho de 1951) e propagou-se a outras cidades industriais da Alemanha do Leste
e dos demais países. Esta situação provocou um mal-estar ao nível da COMECON e
provocou ainda uma nova orientação da política económica a qual tendeu para aumentar
os investimentos da produção de bens de consumo, sobretudo alimentícios e a elevação
dos salários reais.

2.2. A Evolução da CAME


Desde a sua criação em 1949, o Conselho foi se evoluindo com a adesão dos países
socialistas e em via de socialismo, mesmo subdesenvolvidos, e por outro lado, para o
seu pleno funcionamento teve que criar estruturas e órgãos especializados com tarefas
bem delineadas. Contudo, conheceu constrangimentos, como por exemplo a destacar a
substituição não oficial das suas instituições como órgãos deliberativos pelas
conferências de cúpula dos chefes dos Partidos comunistas dos Estados membros que
assumiram boa parte das decisões referente a integração socialista.

2.3. A Contribuição da CAME para África


Todavia, este conselho contribuiu positivamente para os países do continente africano
na medida em que foram países membros deste conselho que apoiaram os movimentos
de luta de libertação rumo as independências e a criação de Estado africanos, não só
como também, contribuíram na monitorização dos planos económicos dos países desse
velho continente. No rol da contribuição da CAME para África, destaca-se ainda
formação técnico profissional de quadros africanos do ponto de vista económico e
ideológico.

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3. Principais Instituições Económicas Internacionais (OPEP)
Segundo PRADA (Op Cit, 466), A Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP ou, pelo seu nome em inglês, OPEC) é uma organização composta por países
que retêm algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, como é o caso da Arábia
Saudita. A OPEP é o exemplo mais conhecido de cartel: seu objectivo é unificar a
política petrolífera dos países membros, centralizando a administração da actividade, o
que inclui um controle de preços e do volume de produção, estabelecendo pressões no
mercado.

3.1. Contextualização
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deve a sua emergência e
consolidação a uma combinação de circunstâncias: A assimetria de poder entre as
empresas petrolíferas e os governos dos países produtores, e o erro estratégico das
primeiras em impor reduções unilaterais de preços; a união dos países exportadores e a
sua disposição em desafiar um poderoso oligopólio internacional e, finalmente, a
combinação de eventos além do escopo de decisão tanto de países produtores quanto de
empresas de petróleo. ( JOSEPH,2002, p, 173).

A confirmação das condições que propiciaram o surgimento da OPEP data de antes de


sua formação e seu entendimento requer a compreensão das condições do mercado
internacional de petróleo e as relações entre seus agentes. As sucessivas descobertas de
petróleo após a Segunda Guerra Mundial no Médio Oriente e em outras regiões do
globo, criaram um excesso de oferta no mercado e competição de petróleos por
mercados consumidores (a competição entre as empresas dava-se através de descontos
no preço do petróleo como forma de captura de mercados).

A partir da segunda metade da década de 50 no século passado, o sistema de controlo da


produção e comercialização entre as Sete Irmãs38 começou a ser questionado pela
actuação das empresas de petróleo independentes e sua busca por fontes de oferta fora
do controle do cartel das empresas. Isso levou a criação, ainda que em pequena escala,
de um mercado livre de compra e venda de petróleo fora dos auspícios das Sete Irmãs.

Por conseguinte, com a capacidade produtiva dos países exportadores crescendo acima
do aumento da demanda global por petróleo, entendia-se que o aumento das exportações

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de petróleo em um ambiente de preços declinantes consistia na única forma de se
proteger o volume das rendas.( JOSEPH,2002, p, 173).

3.2. Os Objectivos da OPEP


A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgou, em 2004, como
seus principais objectivos os seguintes:

 A coordenação e unificação das políticas dos países – membros e a escolha da


melhor forma de proteger seus interesses, individualmente e colectivamente;
 A Organização também, almeja obter meios de garantir a estabilização dos
preços no mercado internacional de petróleo, eliminando flutuações
desnecessárias e danosas, em função dos interesses dos países produtores e da
necessidade de lhes garantir um fluxo estável de receitas;
 Suprimento económico e regular de petróleo aos países consumidores;
 Retorno do capital dos investidores da indústria do petróleo; Aumentar a
receita dos países membros, a fim de promover o desenvolvimento.

3.3. Países Membros


A organização tem agora 12 países membros. Estão listados abaixo, com as datas da sua
entrada na organização.

Organização internacional, fundada em 1961, integrada por 11 países que, no seu


conjunto, são responsáveis pelo fornecimento de uma parte significativa do petróleo
consumido pela economia mundial.

Fazem parte da organização os seguintes países:

 Do Oriente Médio: Arábia Saudita, Emirados Árabes


 Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar.
 Da África: Angola, Argélia, Líbia e Nigéria.
 Da América do Sul: Equador e Venezuela

Sobretudo nos anos de 1970, a OPEP usou essa influência como instrumento de pressão
sobre os países ocidentais. Os membros da OPEP são os seguintes: Argélia, Venezuela,
Indonésia, Irão, Iraque, Qatar.

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Koweit, Líbia, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos e Nigéria. A sede da OPEP fica
em Viena. Embora haja um Conselho Directivo, as decisões de fundo são tomadas em
reuniões formais de delegados dos países membros, que têm geralmente lugar de seis
em seis meses (NYE, 2000, p, 178).

A constituição da OPEP resultou da consciência da importância do petróleo na ordem


político-económica mundial do nosso tempo. Desta forma, a OPEP tem podido
funcionar como organismo de pressão, por diversas vezes, nomeadamente no que diz
respeito à fixação dos preços e das condições de circulação do petróleo bruto, bem
como, directa ou indirectamente, dos seus derivados.

3.4. A Actuação da OPEP no Contexto Mundial

3.5. A OPEP e a produção actual


Estima-se que o total da produção mundial, neste começo de século XXI, atinge 24
bilhões de barris por ano, dos quais 23 bilhões são consumidos e um bilhão é retido para
formar stock. As reservas globais de petróleo são estimadas em 1 trilião de barris, sendo
que 67% encontram-se no Médio Oriente.

Segundo CHAPUIS e BROSSARD (1997: 131) “o mundo árabe – muçulmano extrai


cada ano mais de mil milhões de toneladas de petróleo, ou seja, um terço (1/3) da
produção mundial”. Como a região é fraco consumidor, 2/3 da sua produção é vendido
no mercado mundial, detém igualmente dois terços (2/3) das reservas mundiais e até
mais, se tivermos em conta as descobertas do século passado. Por exemplo: em 1989, a
Arábia Saudita reavaliou, de uma só vez, as suas reservas em mais de 50%.

As descobertas realizadas no Iraque em 1988 e 1989 permitiram a este país duplicar na


mesma altura as suas reservas. O cartel da OPEP (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo) controla 78% das reservas mundiais, responde por 40% da produção e 60%
das exportações. Em 2004, as reservas de petróleo existentes que pertenciam aos
membros da OPEP eram estimadas em 896.000 milhões de barris e as reservas mundiais
eram calculadas em 1.144.000 milhões de barris.

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3.6. A OPEP e Os problemas ambientais
A OPEP tem demonstrado interesse em relação a questão ambiental e envolveu a
indústria petrolífera, chamando atenção à comunidade mundial nos encontros que
promove ou participa. Contudo, a organização defende que seus países membros
possuem suas economias totalmente dependentes de tais actividades, o que dificulta
para eles a adopção de políticas ambientais.

Os encontros internacionais promovidos pela OPEP, servem para lembrar aos


governantes dos outros países que considerem as necessidades dos países em
desenvolvimento, especialmente aqueles que confiam sua renda no petróleo.

Um dos maiores problemas ambientais é o efeito de estufa, o aquecimento global


resultado do desgaste da camada de ozono responsável pela retenção dos raios ultra
violetas. É preciso lembrar que para além do meio ambiente a indústria petrolífera
também polui as próprias zonas de produção do petróleo, a poluição da atmosfera com
libertação do C02 (Dióxido de Carbono) culminando com o aquecimento global e o
aumento do nível das águas do mar.

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Conclusão
Após o malogro da CED, o domínio económico, menos sujeito do que os restantes às
resistências nacionais, passou a ser o domínio consensual da cooperação supranacional.
Com a instauração da CEE e a criação do mercado comum pretendia-se alcançar dois
objectivos. O primeiro era a transformação das condições económicas das trocas
comerciais e da produção no território da Comunidade. O segundo, de carácter mais
político, colocou a CEE ao serviço da construção funcional da Europa política,
constituindo um passo para uma unificação mais alargada da Europa.

A capacidade de pressão da OPEP, no entanto, viu-se muito diminuída nos anos 80,
uma vez que se atenuou a dependência do Ocidente face à sua produção petrolífera -
fosse porque se impulsionou a exploração de fontes alternativas de energia, fosse
porque passou a haver oportunidade de recorrer a outros fornecedores, como era o caso
da União Soviética.

A cooperação a nível dos países membros da CAME , no entanto, não foi eficaz devido
a problemas de sua formação como a falta de unanimidade nas decisões, as crises
económicas, e o declínio da hegemonia soviética.

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Bibliografia
JOSEPH, Ki-Zerbo (2002): História geral de África. Vol. II, 3ª Edição, Publicações
Europa-América.

KI – ZERBO, Joseph. (2002). História da África Negra II. 3ª ed., S/L, Publicações
Europa-América.

NEWITT, Malyn. (199). Lisboa. Edições EuropaAmérica.

NYE, Jr Joseph, ( 2000). Compreender os conflitos internacioanis, Gradiva,S/local .

PRADA, Valentin . (1994) de. História económica mundial-II: da Revolução Industrial


à actualidade. Porto: Livraria cilização,

PRADA, Valentim Vazquez. (1996). Histórica Económica Mundial II – da Revolução


Industrial à Actualidade. Porto, Colecção Habitat, 1996.

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