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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Regionalização Físico Geográfico do continente Africano

Gil Assane
Código: 708192723

Curso: Lic. em E. de Geografia


Cadeira: Geografia Regional
Ano de frequência: 4º Ano
Docente: Dulce Manuel

Nampula
Maio, 2022
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Folha de Feedback

Classificação
Categoria Indicações Padrões Pontuaçã Nota Subtotal
s o máxima do
Tutor
 Capa 0,5
 Índice 0,5
Aspectos  Introdução 0,5
Estrutura organizacionai  Discussão 0,5
s  Conclusão 0,5
 Bibliografia 0,5
 Contextualização 1,0
(Introdução clara do
Introdução problema)
 Descrição dos objectivos 1,0
 Metodologia adequada ao 2,0
Conteúdo objecto de trabalho
s  Articulação e domínio do 2,0
Análise discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
 Revisões bibliográficas 2,0
nacionais e internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2,0
Conclusão  Contributos teóricos 2,0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1,0
gerais tamanho de letra,
parágrafo,
espaçamento
entre linhas
Referênci Normas APA  Rigor e coerência 4,0
as 6ª edição em das
Bibliográ citações e citações/referências
ficas bibliografia bibliográficas
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Introdução..........................................................................................................................5

Regionalização Físico-Geográfico do Continente Africano..............................................6

Características climáticas do Continente Africano............................................................7

Características das Principais Zonas de Vegetação do Continente Africano....................8

Hidrografia do Continente Africano..................................................................................9

O Relevo do Continente Africano...................................................................................12

Conclusão........................................................................................................................14

Referencias Bibliográficas...............................................................................................15
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Introdução

A África é um continente imenso e formado por dezenas de países com realidades


geográficas, climáticas, históricas e sociais completamente distintas. Na tentativa de
estabelecer uma melhor organização e entendimento político e económico dos países
africanos, a ONU propôs, após a Segunda Guerra Mundial, uma classificação com cinco
regiões da África. Aspectos geográficos e físicos foram levados em conta, mas também
culturais e socioeconómicos.

O presente trabalho de campo centra-se em debruçar sobre o Regionalização Físico-


Geográfico do Continente Africano.

Tendo em nota que este trata-se de um Trabalho Científico do Instituto de Educação a


Distancia da Universidade Católica de Moçambique, organiza-se este com o modelo
pré-postulado, desta faculdade conjugando assim com o modelo facultado pelo docente
da disciplina no qual obedece a seguinte estrutura: capa, folha de feedback dos tutores,
índice, introdução, análise e discussão, conclusões, referências bibliográficas e o
respectivo apêndice.

Sem mais delongas, desejo óptimas leitura, e ao tutor óptima avaliação.


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Regionalização Físico-Geográfico do Continente Africano

Tendo por base as particularidades da estrutura geológica o desenvolvimento do


relevo as condições climáticas bem como as particularidades de localização dos
diversos meios geográficos o continente africano é dividido em 4 grandes regiões
Físico-geográficas a saber:
 África do norte ou Setentrional.
 África Central ou Equatorial.
 África Oriental
 África Meridional ou Austral. (Ferreras, 1999).

1- África do Norte - esta região Físico-geográfica ocupa a porção setentrional do


Continente Africano. Em latitude estende-se o mar Mediterrâneo ao Norte aos limites
Sul de Sahara no Sul. Em Longitude de Oeste para Este estende-se desde a Costa do
Atlântico até a Costa do Índico e dos Maciços da Etiópia. A maior parte desta vasta
região caracteriza-se por um relevo plano de vastos planaltos. Apresenta desertos em
que a ausência de chuvas é quase total e onde as amplitudes térmicas diurnas são
maiores. (Bermúdez, 1992).

2- África Central ou Equatorial - Ocupa a bacia sedimentar do rio Zairo/congo e a


faixa costeira ao longo do Golfo da Guiné. A região é caracterizada por altitudes sempre
inferiores a 500 m e somente nos limites dessa bacia eles se elevam até 1000 m.

3- África Oriental - esta é limitada a Oeste pela Bacia do Congo e a Leste pelo Oceano
Índico estende-se do Maciço da Etiópia a Norte ao Vale do Zambeze a Sul. É uma
região caracterizada por desnivelamento do relevo e por ser a região mais alta do
Continente Africano. Envolve territórios desse continente que sofreram movimentos
tectónicos que originaram levantamentos que deram lugar a grandes Maciços e planaltos
e rebaixamentos do terreno que deram lugar a depressões que albergam os Grandes
Lagos da África Oriental. Por outro lado nela estão bem marcadas fracturas e falhas que
caracterizam o Rifft Valley ou Vale do Rift da África Oriental. (Rangel, 1987).

4- África Meridional ou Austral - Ocupa a parte Austral de África e é limitada a a


Norte pela Bacia Congolesa (na parte Ocidental) e pelo Vale do Zambeze (na parte
Oriental). A região é caracterizada por um relevo simples constituído por planaltos que
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se inclinam grosso modo para a depressão Central do Kalahari. A parte mais elevada
encontra-se ao extremo Sul onde se erguem as montanhas do Karroo que descem
escadaria até á Cidade do Cabo e os Drakensberg.

Região do Sahara - O Sahara constitui o maior deserto de África e do mundo. Estende


se do Atlântico ao Ocidente ao Mar Vermelho ao Oriente e cobre cerca de 7 milhões de
km2. Abrange Argélia Tunísia Egipto, Sudão República Árabe Saharawí democrática
(RASD), Mauritânia Mali Níger e Chade. (Ferreras, 1999).

Características climáticas do Continente Africano

A sua situação entre as latitudes 37º N e 34º S sugere que o continente integra-se na
quase a sua totalidade na zona Intertropical. Exceptuando as extremidades Norte e Sul
que se situam nas zonas subtropicais e mediterrânicas. Devido a esta situação geográfica
o continente africano é quente. Aqui o Sol ocupa a posição alta sobre o horizonte e por
duas vezes ao ano atinge o zénite (21 de Dezembro e 21 de Junho) como resultado o
continente recebe durante o ano elevada quantidade de calor, cerca de 160 kcal/ano o
que conduz a um sobreaquecimento. (Coelho, 1996).

Os dois principais factores que regulam o clima do continente africano na zona


intertropical são:
O movimento anual aparente do Sol entre os Trópicos (Câncer e Capricórnio).

A Zona de baixas pressões equatoriais, (CIT) e os Centros de altas pressões


subtropicais, (FIT), que se relacionam um com outro. Os factores mencionados,
determinam a existência de zonas climáticas que se dispõe em faixas que no geral são
paralelas ao Equador em especial no Hemisfério Norte. Consideram-se essas faixas
como zonas climáticas das que podemos destacar: A zona Equatorial, as zonas Tropical
Norte e Sul, e as zonas desérticas Norte e Sul. (Coelho, 1992).

Outros factores do clima têm influenciado o clima do continente africano, os quais


introduzem uma dinâmica do clima em diversas áreas do Continente que produz
alterações na zonagem anteriormente apresentada. Os de maior influência são a
disposição do relevo, a orientação da linha da costa, a continentalidade, sa correntes
marítimas e a altitude. (Puyol, 1995).
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Características das Principais Zonas de Vegetação do Continente Africano

1- Zona de Floresta Equatorial - O domínio Equatorial é de floresta densa também


chamada floresta sempre Verde ou Floresta Virgem. Esta zona ocupa a região que
recebe 1500 mm de pluviosidade por ano e mais assim se a pluviosidade diminui para
200 mm por ano a floresta densa desaparece. No continente Africano ela ocupa a Bacia
do Congo e no Sul dos Camarões e Sul da Nigéria, da Costa de Marfim, da serra Leoa
da Costa Oriental de Madagáscar. A Floresta Equatorial é constituída por uma densa
cobertura vegetal composta de árvores de 5 a 6 estratos ou andares que no conjunto
formam uma abertura vegetal ou continua onde reina uma profundidade de obscuridade.
(Sene, 2014).

As maiores Árvores podem ter mais de 50 m de altura com troncos rectos. Qualquer que
seja a espécie de árvores possui folhas largas como uma coloração escura verde e
brilhante. Não existe estrato herbáceo o solo é vermelho ferra lítico de uma grande
variedade de lianas e epífetas4aumentam o volume e a densidade da floresta. Segundo
as espécies das árvores perdem as suas folhas em épocas diferentes por isso a floresta
permanece sempre verde. (Bermúdez, 1992).

2- Zona de floresta Tropical e Savanas - A floresta tropical com folhas caducas está
adaptada ao clima com uma estação chuvosa e estação seca alternados, aqui as Árvores
são menores que na floresta Equatorial, mas podem atingir 25 m de altura. Elas perdem
as suas folhas na estação seca e cobre se de novo antes da estação das chuvas. A zona da
floresta Tropical e Savana abrange as zonas de climas subtropicais e tropicais Húmidos.
O solo recebe uma certa quantidade de luz, pelo que o substrato herbáceo e arbustivo é
bastante denso. Este tipo de floresta no seu estado de equilíbrio biológico original é
quase inexistente salvo a Guiné até aos Grandes Lagos da África Oriental. A formação
vegetal que ocupa maior área no Continente Africano é a Savana. A savana típica de
pradaria de ervas de 1 a 3 m de altura caracteriza as regiões tropicais que recebe em
média 1000 mm de pluviosidade por ano. (Méndez, 1997).

3- Zonas de Deserto e Semidesertos Subtropicais - Nas regiões desérticas devido a


extrema aridez do clima a vida do vegetal é bastante pobre e quase inexistente aí é
adaptado a uma seca. Assim as raízes das plantas são longas e penetra profundamente
no solo onde procuram e buscam a humidade. As gramíneas duras e curtas estão
adaptadas a condições locais, por exemplo as suas sementes podem conservar-se no solo
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durante anos esperando um pouco de água para germinar. Algumas gramíneas


desenvolvem muito no tempo de chuvas: horas em pleno desertam algumas pastagens
temporárias chamadas “Acheb”. Estes assim como crescem rapidamente e desaparecem
rapidamente em alguns dias. Neste período são usados pelos pastores na alimentação
dos seus rebanhos. Apenas nos oásis encontram alguns tufos de vegetação formada
especialmente após as chuvas. (Coelho, 1992).

4- Vegetação do tipo Mediterrâneo - As regiões Mediterrâneas possuem segundo o


grau da sua pluviosidade duma formação vegetal. A floresta Mediterrânea e a estepe, é
frágil e é constantemente ameaçada e destruída por incêndios e pela intervenção do
homem e pelo pastoreio de rebanhos de ovelhas e carneiros. Esta floresta encontra-se
nos Montes Atlas do Cabo na África do Sul onde é constituída predominantemente de
pinheiros cerdos e carvalhos; tal floresta uma vez destruída, nunca mais se recupera
naturalmente e dá lugar a formações vegetais degradadas.

5- Vegetação de Altitude - Encontra-se nas Montanhas de zonas Intertropicais e


regiões Mediterrâneas a vegetação apresenta-se em forma de andares com 5 ou 6
estratos de modo a dar lugar a zonalidade Vertical.

Até 4000 m de altitude as vertentes são ocupadas por vegetação que muda de
características a medida que a altitude aumenta. Assim até aos 2000 m de altitude a
floresta Tropical aparece misturada com espécies de clima Temperado. Entre 3000 e
4000 m de altitude predomina o tipo de vegetação arbustiva impenetrável com troncos
curtos e tortos o que confere a floresta uma aparência estranha. Nos 4000 m aparece a
pradaria do tipo Altino constituída de um tapete descontínuo de gramíneas e em seguida
aparece a Tundra alpina em que a cobertura se reduz a alguns vegetais de musgos e
liques. Além dos 4000 m aprece a neve, própria de regiões frígidas. (Sene, 2014).

Hidrografia do Continente Africano

A rede hidrográfica do Continente africano distribui-se de forma irregular e em função


da variedade das condições climáticas do relevo, do carácter das rochas de cada
região.A rede é mais densa nas regiões equatoriais e subequatoriais. Vários espaços do
Continente carecem de rios permanentes, como no Deserto de Sahara e Kalahari. (Bakst
e Agmazaki. s/d).
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A maior parte dos rios são caudalosos alguns com declive fraco, curso muito irregular e
apresentam inúmeras quedas e rápidos que muitas vezes são cortados por duas ou mais
série de quedas o que dificulta a sua navegabilidade.

Cerca de 9.000.0000 de km2 do Continente é ocupado por bacias hidrográfica sem


escoamento para o Litoral.

Característica dos principais rios


Os Principais rios são:

 O rio Zaire ou Congo.


 O rio Nilo.
 O Rio Níger.
 O rio Zambeze. (Méndez, 1997).

1- O rio Zaire ou Congo - É o mais caudaloso da África, com cerca de 4370 km de


extensão e uma bacia hidrográfica de 3.820.000 km2 , possui uma escoamento médio
anual de cerca de 46000 m3/seg. O seu afluente principal é o rio Lualaba que é uma
continuação do Zaire que nasce no Planalto de Catanga, na região do Chaba, na parte
Sul do Zaire ou Congo no hemisfério sul. O mesmo rio percorre o sentido Sul Norte e
atravessa o Equador para o Hemisfério Norte, onde toma o nome de Zaire, volta a tomar
o sentido Oeste com sentido predominante Nordeste – Sudoeste, para depois atravessar
para o Hemisfério Sul onde desagua num grande estuário no Oceano Atlântico a Norte
de Angola. Na sua desembocadura o rio Zaire tem um caudal médio de 80.000 m3/seg,
é navegável até 150 km do litoral, depois do que percorre cerca de 300 km em que
apresenta dezenas de rápidos3, mas volta a ser navegável em várias centenas de
quilómetros. (Apaza, 2000).

O seu regime é permanente e regular em virtude de que recebe alimentação


das chuvas constantes da região equatorial através dos seus afluentes e
subafluentes de ambos os hemisférios Norte e Sul. Na margem esquerda
recebe águs dos rios: Lomami, Lulonga, Ruqui, Kassai, Kunga e na
margem direita o rio Ubangoe as águas do Lago Tanganhica e Muero, por
intermédio de pequenos afluentes. (SADC, 2000).

2- O Rio Nilo - com cerca de 6771 km de extensão o Nilo é o mais longo da África e do
mundo. A área da sua bacia hidrográfica é de cerca de 2.870.000 km2; o seu
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escoamento médio anual é de cerca de 2.760 m3/seg. Nasce nos altos planaltos da
África oriental, e o seu principal braço é o rio Kagera, um dos contribuintes do Lago
Vitória, que é tido como provável nascente do Nilo. O rio Nilo toma vários nomes ao
longo do seu percurso a saber: Vitória Nilo, Nilo Alberto. Mais tarde toma o nome de
Nilo Branco e Nilo Azul. Depois de percorrer os desertos da Núbia e da Líbia em mais
de 2.000 km de percurso desagua no Mediterrâneo através de um gigantesco delta com
cerca de 25.000 km2

A bacia do Nilo abrange nove países a saber:

Zairo-Congo, Ruanda, Burundi, Tanzânia, Uganda, Kenya, Sudão, Etiópia e Egipto. No


seu percurso o Nilo é alimentado pelas águas das chuvas equatoriais que caem durante
todo o ano e chuvas tropicais que recebe dos Maciço da Etiópia, depois do que
experimenta um regime mais regular. Em alguns percursos o riem toma um regime
periódico devido as águas Tropicais. (Bermúdez, 1992).

3- O Rio Níger - é o mais importante da África Ocidental. A sua extensão é de cerca de


4160 km, a área da sua bacia é de cerca de 290.000 km2 e seu escoamento médio anual
de cerca de 2.800 m3.O rio Níger nasce no maciço de Futajalon. No seu percurso
superior, atravessa vários rápidos e corre no sentido predominante sudoeste Nordeste,
para o interior até penetrar na bacia do mesmo nome, (Níger), onde se instala sob forma
de um vasto delta no interior formando uma vasta rede de braços e abundantes
meandros, pântanos e lagos. Depois deste percurso toma varias direcções até a sua foz
no Golfo da Guiné onde desagua sob a forma de um delta de 25.000 km2.

Principais afluentes: Rio Bani, Sécoto, Kaduna e Benané. Possui um regime periódico
(Tropical) com máximo nos meses de Abril a Setembro. O curso inferior nas zonas de
maior pluviosidade, o rio é navegável.

4- O Rio Zambeze - é o maior e mais importante dos rios da vertente do Índico e da


África Austral possui cerca de 2.700 km área de bacias de 1.330.000 km2e um
escoamento médio anual de 16.000. m3/seg. O Zambeze nasce na região do Planalto de
Catanga na Zâmbia, próximo da nascente do rio Zaire. Atravessa o extremo oriente de
Angola e Ocidente da Zâmbia. Serve de fronteira entre a Zâmbia e Zimbabwe, antes de
penetrar no território Moçambicano.
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Desagua no Oceano Índico a Sul do Chinde num delta. Um dos seus braços o rio
Cuacua ou dos Bons Sinais desagua a Norte do Chinde um pouco a sul da Cidade de
Quelimane depois de passar desta Cidade. Possui vários afluentes como os rios: Kafué,
Aruangua, Luenha, Chire, Mucanta, Revubwe e Zangue. O curso é muito acidentado e
constituído por várias quedas de água. Outros rios importantes:

Rio Senegal na África Ocidental, Rio Orange na África do Sul, por outro lado existem
no Continente alguns rios sem escoamento para o litoral sendo: O rio Chare e Lagone,
que desaguam no Lago Chade. Nas regiões desérticas ocorrem rios de regime
temporário, caudais reduzidos e formam-se quando caem raras chuvas. (Rangel, 1987).

O Relevo do Continente Africano

Segundo (Coelho, 1992) O continente africano apresenta características particulares que


se interligam com a sua história e da região. Partindo da altitude média do mar o
Continente africano ocupa o 3º lugar com cerca de 750 m de altitude média depois de
Antártida que tem cerca de 2300 m e da Ásia com cerca de 950 m de altitude média.

Quase todo ele é constituído por rochas muito antigas. Pelas suas altitudes médias
dominantes é possível dividir em duas regiões altimétricas: África Baixa ou do Noroeste
que tem altitudes médias inferiores a 1000 m. Região da África alta ou do Sudeste com
altitudes superiores a 1000m. O limite entre elas passa pela linha Benguela até
Massawa, na (Irritreia), no litoral do Mar Vermelho.

As principais formações morfológicas são: a planície litoral, as depressões ou bacias


interiores os planaltos e cadeias montanhosas. O Relevo montanhoso ocupa
aproximadamente 20% de superfície, o qual se localiza grosso modo na periferia do
Continente sendo de destacar:

A Cadeia dos Montes Atlas no Norte, cujo ponto mais alto é o Monte Tubkal com 4165
m de altitude. O Maciço de Futajalon, no ocidente cujo ponto mais alto, é o Ponto Tonal
com 1500 m. O Monte Camarões que é um vulcão dormente com 4070 de altitude. A
Cadeia do Drakensberg, na África do Sul cujo ponto Mais alto é o Monte Talana com
3482 m de altitude. Montanhas do Karroo, cujo ponto mais alto é o Monte Surs com 3
299 m de altitude na África do Sul. (SADC, 2000).
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Os Montes do Planalto da África Oriental com altitudes superiores a 4850 m entre eles
se destacam o Monte Kilimanjaro com 5.897 m de altitude, o qual constitui o ponto
mais alto do Continente.

O Monte elgon 4321 m O Monte Rowenzori com 5109 m O maciço da Etiópia cujo
ponto mais alto é o ponto Ras Dasan, com 4620 m Temos também algum montes do
interior como o Maciço do Ahaggar com cerca de 2990 m no Monte Tehat. Maciço de
Tibesti com 3415 m no Monte Enikossi, no Deserto de Sahara. (Coelho, 1992).

Segundo (Méndez, 1997) como se pode observar na parte Oriental do Continente


encontra se a região montanhosa mais acidentada de África. Estas montanhas estão
ligadas á formação do vale do Rift, durante o Terciário, e as maiores altitudes formam
as margens das fossas tectónicas cuja origem na sua maioria é vulcânica.

Os Planaltos correspondem as superfícies aplanadas na rocha do “soco” antigo onde se


depositam espessas coberturas sedimentares. Os planaltos da Etiópia, Quénia, Uganda, e
Norte da Tanzânia são cobertas por extensos mantos de lavas.

Durante a história geológica de África as superfícies planálticas sofreram várias


aplanações isto é passaram por vários ciclos de erosão que podem ser confirmadas nas
formas de relevos residuais que emergem do extenso planalto. Estas são formadas por
rochas duras da plataforma antiga, que resistiu a erosão. (Rangel, 1987).
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Conclusão

Chegado a esta fase da investigação, tendo em vista os aspectos observados e tido fonte
de dados as respectivas referencias bibliográficas citadas, se pode concluir que o
continente africano é composto por uma grande quantidade de países, no entanto, a
divisão da África não ocorre somente entre nações. A África está dividida ou
regionalizada conforme a cultura, ou melhor, com a religião praticada em diferentes
pontos do continente. No continente africano prevalece a existência de planaltos de
altitudes baixas e médias. Nas regiões litorâneas, encontramos as planícies costeiras. As
principais cadeias montanhosas que se destacam no continente africano são: Cadeia do
Atlas (na região noroeste) e Cadeia do Cabo (na região sul).

Contudo, as tradições, a história, a realidade vivida por cada um dos países do


continente apresentam distinções e contrastes maiores do que os existentes nas
Américas ou mesmo na Europa.
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Referencias Bibliográficas

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Ensino Médio. São Paulo: Escala Educacional.

APAZA, Luis. (2000) Climatologia, Ed. Cátedra Geografia.

BAKST, L, AGMAZAKI, Y. (s/d) Princípios Físicos e Teóricos da Meteorologia.

BERMÚDEZ López, et al. (1992): Geografia física, Ed. Cátedra Geografía,


Madrid;592pp.

COELHO, M, A (1996) Geografia do Brasil, Rd, Moderna 4ª Ed São Paulo.

COELHO, M, A. (1992) Geografia Geral: Espaço Natural e Socioeconómico, 3ª


Edição Editora Moderna.

FERRERAS, C. et al. (1999) Biogeografía y edafología, Ed. Síntesis, Madrid.

MÉNDEZ, Ricardo (1997); Geografia económica. Barcelona.

PUYOL, Rafael, et al. (1995): Geografia humana. Ed. Cátedra Geografía, Madrid.

RANGEL, V. Francisco (1987) Introducción a la Geografía Física, Ed. Herrero, 13a


edición, México.

SADC, (2000) Oficial SADC Trade, Industry and Investment Revió.

SENE, E. (2014) Geografia – Projecto Múltiplo. São Paulo: Scipione.

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