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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO DE PEMBA

Tema do trabalho

Organizações económicas regionais em África

Nome: Mohamede Abubacar Abdul


Código: 708207426

Curso de Licenciatura em: História

Disciplina: História Económica IV

Ano de Frequência: 4º Ano

Pemba, Abril de 2023


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Introdução 1.0
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bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
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Normas  Rigor e coerência
Referências APA 6ª edição das
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Bibliográficas em citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Índice
Introdução....................................................................................................................................4
Organização económica regional em África.................................................................................5
Crescimento Económico...............................................................................................................5
Minérios.......................................................................................................................................5
Petróleo e Gás..............................................................................................................................6
Turismo........................................................................................................................................6
Agricultura....................................................................................................................................6
Investimento Estrangeiro.............................................................................................................7
 excluir qualquer reconhecimento internacional a Taiwan.................................................7
Problemas....................................................................................................................................7
O continente ainda sofre com problemas de falta de segurança e infraestrutura que podem
comprometer seu crescimento....................................................................................................8
Conclusão.....................................................................................................................................9
Referências bibliográficas………………………………………………………………………………………………………10

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Introdução:

África é um dos seis continentes do mundo, sendo o terceiro maior em extensão


territorial. O território estende-se por mais de 30 milhões de km², ocupando,
aproximadamente, 20% da área continental da Terra. No continente vive mais de um
bilhão de habitantes, fazendo dele o segundo mais populoso entre os demais. A África é
conhecida pela sua pluralidade étnica e cultural, e, por meio de uma história milenar, é
capaz de contar a história de toda a humanidade. Apesar da enorme riqueza do
continente, muitos países africanos apresentam baixos índices de desenvolvimento, com
diversos problemas sociais, como a miséria, baixa qualidade de vida, subnutrição e o
analfabetismo. (ADETULA; 2004, 94)

A economia africana é baseada, principalmente, no sector primário, com o extrativismo


e a agropecuária. O continente é rico em minerais como ouro e diamante. Em alguns
países também são encontrados petróleo e gás natural. A exploração de recursos
naturais é feita pelos europeus e também pelos norte-americanos, o que impede o
desenvolvimento do país com base em suas próprias riquezas.

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Organização económica regional em África

Segundo FILHO (2000), salienta que a economia da África é pautada pela exploração
de recursos naturais, como petróleo, gás e minérios como o ouro e diamantes.

O continente, contudo, é o mais pobre do mundo, resultado da exploração colonial e


neocolonialista.

A agricultura, o turismo, a indústria de transformação e os serviços ainda são praticados


de maneira precária na maior parte das nações africanas. O mesmo ocorre com os
sectores de transporte e comunicação, de expansão ainda limitadas.

Na maioria dos 54 países africanos, a economia sofre directamente o impacto da


extrema pobreza, crise alimentar, desacertos administrativos, inflação elevada,
endividamento e guerras.

Crescimento Económico

A economia africana experimentou um crescimento inédito nas duas primeiras décadas


do século XXI.

Com o aumento da demanda por petróleo, gás natural e alimentos, o continente se


beneficiou do incremento de preços.

Também o perdão da dívida externa, em 2005, realizada por motivos humanitários a 14


países africanos, teve um efeito positivo na região.

Minérios

Países como a Tanzânia registaram taxas de crescimento de 6% ao ano, desde 2006,


graças ao aumento do preço do ouro no mercado internacional.

Em Bostwana, o crescimento é de 5% ao ano, por conta das reservas de diamante. O


país destina a maior parte dos recursos em financiar, gratuitamente, a educação
primária. (FREITAS; 2001; p.48)

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Petróleo e Gás

Os maiores produtores de petróleo no continente são: Argélia, Líbia, Egipto, Nigéria,


Guiné-Equatorial, Gabão e Congo-Brazzaville, Angola. Sudão, Mauritânia, São Tomé e
Príncipe e Chade despontam como novos produtores.

A África possui 10% das reservas mundiais de petróleo e 8% das reservas de gás.

Turismo

Em países do norte da África, como o Egipto, Marrocos e Tunísia, o turismo tem um


importante papel na economia. Esta actividade também é importante fonte de
rendimento para Cabo Verde e a maioria dos países costeiros tanto no Oceano Atlântico,
como no Índico.

Os parques naturais do Quénia e da África do Sul atraem turistas interessados em ver os


grandes animais selvagens. A caça, ainda que polémica, é responsável pelas receitas
desses países também.

Segundo dados elaborados pela ONU, o turismo na África, de 2011 a 2014, representou
cerca de 8,5% do PIB e gerou 2,1 milhões de empregos.

Cumpre destacar que as mulheres ocupam um terço destes postes de trabalho. Desde
1996, o turismo na África cresce uma taxa de 9% ao ano.

Agricultura

A agricultura da África é a actividade económica que ocupa a maior parte da população.


O Quénia vem se destacando como um país referência na agricultura orgânica.

A Etiópia é o quinto exportador de café mundial e registar taxas de crescimento de 6%


ao ano desde 2006, graças à demanda de países como a Índia.

Inclusive os países subsaarianos investem em parcerias que os permitem resolver os


problemas de falta de água da região a fim de poderem plantar com o mínimo de líquido
possível. Produzem milho, mandioca, banana e feijão.

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Por outro lado, as empresas brasileiras estão ocupando as terras de Angola,
Moçambique e Sudão fomentando a agricultura.

Através de acordos diplomáticos e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-


pecuária), o Brasil ajuda os angolanos a plantarem e serem autossuficientes na produção
de alimentos.

Apesar do crescimento, do aumento dos preços dos cereais e da modernização agrícola,


em 2012, a FAO fez uma alerta: 28 países africanos ainda precisariam de ajuda
alimentar internacional para não sofrer com a fome.

Investimento Estrangeiro

A China foi o país que mais investiu no continente africano nas primeiras décadas do
século XXI. Os chineses fizeram parcerias e hoje atuam com empresas de petróleo,
construção civil e telecomunicações. Há mais de 10 mil empresas da China fazendo
negócios na África. (BELASSA; 1961, p.173)

No entanto, o chineses levam parte da mão de obra para esses empreendimentos e


calcula-se que existam 100 mil chineses trabalhando ali.

Apesar de representar apenas 3% do volume de trocas comerciais para a China, a África


é um continente estratégico para o gigante asiático. Os objectivos não são apenas
económicos e sim diplomáticos, pois a China busca aliados para:

 contrabalançar a influência americana no mundo;


 impedir que o Japão consiga votos dos países africanos para ser eleito membro
permanente do Conselho de Segurança da ONU;
 excluir qualquer reconhecimento internacional a Taiwan.

Problemas

Apesar dos dados optimistas há muito que ser feito no continente que ainda sofre com
regimes políticos instáveis ou antidemocráticos.

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O ano de 2016 foi difícil para as economias africanas, com a queda do preço das
matérias-primas. A Nigéria perdeu seu posto de primeira economia do continente e
entrou em recessão.

A África do Sul escapou por pouco da desvalorização da sua moeda e a validade do


Franco CFA, utilizado por 12 países do continente, foi questionado.

O continente ainda sofre com problemas de falta de segurança e infraestrutura que


podem comprometer seu crescimento.

As políticas de concorrência estão ainda muito aquém das expectativas Conseguir que
as empresas cumpram os regulamentos pode implicar uma alteração dos incentivos. A
concorrência com grandes intervenientes do sector informal constitui um desafio para as
empresas do sector formal em África. A maioria dos atores no sector informal produz
bens e serviços que nem sempre estão em conformidade com as normas processuais
(OIT, 2014). Muitas PME permanecem na economia informal para evitar a tributação e
regulamentação, mantendo a capacidade de adaptação ao mercado.

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Conclusão:

Os blocos económicos regionais estão sendo na actualidade instrumentos importantes na


luta contra a pobreza, subdesenvolvimento e inserção na economia global e a África
Ocidental (AO) apresenta como uma das regiões mais interessadas. Consciente desta
realidade, o artigo trabalha com a hipótese de a integração ser a condição sine qua
non mesmo que insuficiente para o desenvolvimento da região. (BANCO MUNDIAL;
2007) O objectivo é demonstrar as diversas iniciativas integracionistas na AO, os logros
obtidos apesar da especificidade da região, assim como as adversidades e obstáculos
encontrados. Conclui-se que apesar dos problemas e mesmo que essa integração não
siga os padrões ocidentais, o estabelecimento de uma união monetária numa zona sem
condições mínimas por si só, é um êxito, opondo desta forma as críticas da literatura
ocidental que quase sempre catalogam de fracassadas as integrações africanas.

Até poucos anos atrás, muitos países da região não dispunham de bancos e os sistemas
financeiros de forma isolados eram muito precários. Actualmente, as reformas
económicas regionais no seu conjunto se complementaram com mudanças
especificamente orientadas a melhorar o funcionamento do sistema financeiro e
económico permitindo sua modernização que trouxe como consequências um
incremento da circulação de quase dinheiro no sentido amplo.

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Referências bibliográficas:

ADETULA, Victor A. (2004). Regional integration in Africa: prospect for closer


cooperation between West, East and Southern Africa. IDASA/FREDSKORPSET
Research Exchange Program Governance and Democracy. Johannesburg; May.

BANCO MUNDIAL. (2007). Integração Regional em África. Notas de antecedentes


para reunião de consultas sobre integração regional. Banco Mundial.

BELASSA, Bela. (1961). Teoria de Integração Económica. Lisboa: Livraria Clássica.

FERNANDES, Joel. (2007). A Integração Económica como Estratégia para o


desenvolvimento económico na África Ocidental. Dissertação apresentada na
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, Abril.
FERNANDES, Lito N. (2008). Las Raíces Históricas del Atraso Económico en África
Subsahariana. Textos de Economia. Florianópolis, v.11, n.1, p.11-38, 2008.
FREITAS, Mª Cristina; PRATES, Daniela. (2001). As restrições das novas regras do
Comité de Basiléia sobre as condições de financiamento dos países periféricos. Econ.
Ensaios, Uberlândia, vol.15, n.2, p. 59-93.
FILHO, Pio. (2000). Integração Económica no continente africano: ECOWAS e SADC.
Cena internacional. Revista de Análise em Política internacional, vol.2, n.2.

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