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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho

Orçamento público no contexto de Covid 19

Nome: Valdimiro Mateus Saize Chaleca


Código do Estudante: 708200267

Curso: Administração Pública


Disciplina: Contabilidade Orçamental
Ano de Frequência: 3° Ano

Tete, Julho, de 2022


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Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
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(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução............................................................................................................................ 5

2. Orçamento. .......................................................................................................................... 6

2.1. Conceitos básicos ............................................................................................................ 6

3. Actividades planificadas no Orçamento do Estado (Comando Provincial da PRM - Tete


2020). .......................................................................................................................................... 8

3.1. Nível de execução das actividades .................................................................................. 9

4. Conclusão .......................................................................................................................... 10

5. Referências bibliográficas ................................................................................................. 11

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1. Introdução
Pandemia da COVID-19 representa um choque sanitário global que eclodiu na Cidade de
Wuhan, China, em Dezembro de 2019, a partir de onde propagou-se para o resto do mundo,
incluindo Moçambique. Para além de reflectir-se na saúde pública, os efeitos desta pandemia,
fazem-se sentir, com maiores implicações sócio-económicas sobre a actividade económica,
causando um abrandamento sistemático e traduzindo-se em efeitos negativos para o
crescimento económico e para a manutenção do nível de emprego.

No caso concreto de Moçambique, o impacto económico desta pandemia tem se manifestado


directamente nos negócios do sector empresarial por via da redução do volume de receitas,
aumento dos custos de produção, escassez de oportunidades de negócios e disrupção das
cadeias de valor. As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) figuram como as que mais se
ressentem dos efeitos desta pandemia devido às fragilidades estruturais que as tornam
incapazes de sobreviver num contexto altamente desafiador como este.

Para fazer face a estes impactos, urge a necessidade de adopção de medidas e políticas
económicas efectivas que estimulem a revitalização da economia e atenuem os
constrangimentos ao ambiente de negócios que esta pandemia impõe.

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2. Orçamento.
2.1. Conceitos básicos.

Segundo Padovezi (2014, p.52), um orçamento pode ser definido como “a expressão
quantitativa de um plano de acção e de ajuda à coordenação e implementação”.

As práticas de orçamento teve seu inicio com a constituição inglesa, em 1689, que estabelecia
que o rei e o primeiro-ministro só podiam gastar a verba ou cobrar impostos com a
autorização do parlamento (Lunkes, 2009).

Para Lunkes (2009), as principais inovações ocorreram na França, pois exigia mais controle
nos gastos militares, isso ocorreu durante o governo de Napoleão. Por volta de 1860, na
segunda república, mantiveram o orçamento, porém mais refinado. A França desenvolveu um
sistema mais uniforme a ser aplicado, que foram:

 A criação de um ano fiscal padrão;


 A criação de um sistema de auditoria;
 A elaboração do orçamento, considerando toda receita e despesa dentro do ano fiscal.

Contudo, o orçamento passou a ser a principal ferramenta de instrumento de política do


governo.

Ainda de acordo com Lunkes (2009), no século XX, nos Estados Unidos, para elaborar os
planos do governo, foram desenvolvidos práticas e planeamento de administração financeira
conhecida como movimento do orçamento público. O mais importante é que o orçamento era
desenvolvido apenas por um executivo. Nova York, em 1907, foi à primeira cidade a
implementar o orçamento público, em 1921, foi aprovada a obrigatoriedade do orçamento
público pelo congresso americano.

Para Frezatti (2009), o orçamento é como o plano financeiro que determina um plano
estratégico por um determinado período, estabelecendo prioridades e a direcção que a
organização quer chegar, assim conseguindo gerar condições de avaliação de desempenho das
áreas internas da empresa.

Para Morales (2009), o orçamento tem como objectivo acompanhar as estratégias da empresa,
o acompanhamento e controle devem ser constantes para assim os objectivos planejados
sejam alcançados. A ferramenta do orçamento é um valioso instrumento para controlo e
planeamento, independente do tamanho da organização ou ramo de actividade, esse controle
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geralmente é feito com base de um ano, que assim fica mais aproximado possível da situação
futura que a empresa quer chegar.

O Orçamento é um instrumento, segundo autores como Welsch (1989), Lunkes (2003), que
pode ser resumido como um plano de acção detalhado, de alta relevância para accionistas,
presidentes, directores e gerentes de áreas específicas. Ao se estabelecer os objectivos gerais a
serem perseguidos ao longo prazo, as áreas internas das empresas necessitam de um
documento formal aprovado pela directoria da empresa, alocando recursos e aprovando
execuções de projectos e actividades. Desse modo o orçamento deve corresponder tanto ao
plano anual de lucros como deve ser utilizado como vigoroso instrumento de controlo de
curto prazo.

A interacção entre o planeamento e o orçamento é fundamental para o sucesso das directrizes


e políticas que mantêm a empresa no mercado. O planeamento se constrói em instrumento da
administração, que determina as metas e objectivos a serem alcançados; e o orçamento
representa a estimativa dos recursos físicos, humanos e financeiros necessários ao alcance das
metas e objectivos, ou seja, é uma firma de programar as políticas e directrizes planejadas.

Para Welsh (1996, pg. 54), esta interacção deve se dar através da estrutura organizacional e do
conjunto correspondente de níveis de autoridade e responsabilidade. Para isso os
colaboradores participantes do processo devem se adaptar a utilização do orçamento, a fim de
que as operações estejam apoiadas em base suficientes sólidas, ou confiáveis, para a aplicação
eficaz do planeamento.

De acordo com Marginson e Ogden (2005) apud Frangiotti (2011), o orçamento proporciona
uma maior segurança em situações de incertezas.

Segundo Padoveze e Taranto (2009), o orçamento deve-se atingir toda a hierarquia da


empresa, desde o nível estratégico ao nível operacional, seguindo rigorosamente a estrutura
contável e aos planos de contas. As informações devem se basear-se num período de 12
meses, evitando orçamentos trimestrais.

Contudo, para Hanser, Van Der Stede, (2004) apud Frangiotti (2011), as empresas acreditam
que o orçamento como ferramenta, é a forma mais clara de traduzir as metas estabelecidas
pela empresa, porém não é uma ferramenta para avaliar o desempenho entre organizações.

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Por isso algumas empresas acabam pecando em seu desenvolvimento e acabam por confundir
orçamento com simulação de despesas, é preciso ter bem claro a diferença entre os dois:

 Orçamento: E a expressão formal de planos de curto prazo (um ano), baseado nas
estruturas empresariais existentes e/ou já programadas, deve obedecer à estrutura
contável, e devem contemplar ate o menor nível de decisão da empresa, onde há
custos ou receitas controláveis.
 Já a simulação é uma técnica matemática para imitar um processo ou uma operação do
mundo real por meio de um modelo, do qual se pode simular mais de uma alternativa.

Para Padovezi (2015) é necessário ter directrizes claras e os pilares para um bom orçamento
são: Definição, Objectivos e Princípios:

a) É necessário ter o envolvimento dos gerentes activamente nos processos de


planeamento e controle;

b) Orientação para os objectivos para que sejam atingidos eficiente e eficazmente;


c) Comunicação integral entre o sistema e informações e processo de tomada de decisões
e estrutura organizacional;

d) d) Expectativa realística deve ter objectivos que sejam desafiadores, mas passíveis de
serem cumpridos;

e) e) Aplicação flexível deve permitir correcções, ajustes e revisões;

f) f) Reconhecimento dos esforços individuais e em grupo ele é também um sistema de


avaliação e desempenho.
Ainda segundo Padoveze (2005) o orçamento é a ferramenta de controlo por excelência de
todo processo operacional, pois envolve todos os sectores da companhia.

3. Actividades planificadas no Orçamento do Estado (Comando Provincial da PRM


- Tete 2020).

 Realizar 5.656 reuniões de ligação policia comunidade;


 Realizar 2.342 acções de controlo de alcoolemia;
 Garantir a produção de 70.000 documentos de identificação para cidadãos nacionais e
estrangeiros.

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3.1. Nível de execução das actividades

 No que tange a reuniões de ligação polícia comunidade, durante o ano de 2020, foram
realizadas 500 reuniões de ligação policia comunidade, o não cumprimento foi por
causa de Covid 19;
 Sobre controlo de alcoolemia, não foi possível realizar essa actividade por restrições
impostas no decreto presidencial sobre estado de emergência;
 O Comando provincial da PRM-Tete, produziu 30.000 documentos de identificação
para cidadãos nacionais e estrangeiros, a meta estabelecida no Plano económico-social
(PES), não foi cumprida por conta de covid-19.

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4. Conclusão
Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de
receitas e despesas futuras para a administração de determinado exercício. Aplica-se tanto ao
sector governamental quanto ao privado, pessoa jurídica ou física.

Apesar dos efeitos negativos advindos da Pandemia do Covid 19 que afectaram o grau de
realização do plano de actividades, o sector envidou esforços para que tudo possa ser
realizado na medida do possível.

Devido à situação política económica do nosso país está passando, O Comando provincial da
PRM – Tete, passou por algumas dificuldades, porém é sabido que independente da crise, um
bom planeamento através do orçamento pode mudar a saúde financeira da empresa pública ou
privada.

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5. Referências bibliográficas

Frezatti, F. (2009). Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 3. Ed. São


Paulo: Atlas.

Lunkes, R. J. (2009). Contribuição a melhora do processo orçamentário empresarial.

Padoveze, C. L; Taranto, F. C. (2009). Orçamento empresarial: novos conceitos e técnicas.


São Paulo: Pearson Education do Brasil.

Welsch, G. A. (1989). Orçamento Empresarial. 4ª Ed, São Paulo: Atlas.

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