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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Pequenas e Médias Empresas em Moçambique

Ernestina Rosa Ernesto Chinunga

Código: 708209180

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Legislação Empresarial
Ano de Frequência: 3º

Docente: Clara Macovela

Nampula, Julho de 2022


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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 1
1. Pequenas e Médias Empresas em Moçambique ....................................................................... 2
1.1. Aspectos legais ......................................................................................................................... 2
1.2. Plataformas Institucionais de Apoio as PMEs ......................................................................... 5
1.2.1. Centro de Desenvolvimento de Negócios (COrE) ............................................................ 5
1.2.2. Incubadoras Empresariais ................................................................................................. 6
1.2.3. Programa de Promoção e apoio no acesso à tecnologias .................................................. 6
1.2.4. Feiras ................................................................................................................................. 7
1.3. Constituição das PME’s em Moçambique ............................................................................... 7
1.4. Importância das PMEs ............................................................................................................. 8
Conslusão ...................................................................................................................................... 10
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 11

iv
Introdução

Em Moçambique existem diversos estudos abordando a temática Pequenas e Médias Empresas


(PMEs) mostrando a importâncias destas empresas na economia nacional, uma vez que são um
veículo crítico e importante na geração de rendimentos e emprego no país, mesmo sabendo que a
importância das PMEs varia de economia para economia. É nesta perspectiva que o presente
trabalho da disciplina de Legislação Empresarial visa abordar os aspectos legais e a constituição
das pequenas e mádias empresas em Moçambique. Para tal, foram identificados e descritos os
diversos dispositivos legais que debruçam sobre o enquadramento legal das PME’s no nosso país.

A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a consulta bibliográfica e de artigos


retirados em fontes cibernéticas, onde todas obras e artigos usados estão devidamente citados no
interior do trabalho e apresentados na última página do trabalho.

Reconhecendo que em ciência nenhum trabalho é estanque, por isso, espera-se a apreciação
crítica desta edição para que as próximas possam se revestir de melhorias.

Para facilitar a compreensão dos conteúdos deste trabalho, organizamo-lo iniciando com a
introdução, desenvolvimento do assunto em destaque, conclusão e por fim apresentamos as
referências bibliográficas.
1. Pequenas e Médias Empresas em Moçambique

Quanto ao conceito de Pequenas e Médias Empresas (PME`s) não existe uma definição única
entre os autores pelos inúmeros fatores que podem ser relacionados ao tamanho de uma empresa
no que diz respeito ao número de trabalhadores, faturamento, património e capital social (SILVA
& MATOS, 1993; LONGENECKER et. al, 1998).

De acordo com um estudo feito pelo Arco do Norte (2011), o conceito de PME`s difere de país
para país, em função do estágio de crescimento e desenvolvimento econômico em que os mesmos
se encontram, não obstante serem considerados alguns critérios comuns como, o número de
trabalhadores e o volume de negócios (a receita bruta anual).

Contudo em Moçambique, a definição adoptada leva em consideração o número de pessoas ao


serviço da empresa e a receita bruta anual, não havendo distinção de critério de tamanho de
empresa por setor de atividade.

1.1. Aspectos legais

No contexto moçambicano, existem vários instrumentos legais em vigor acerca das PME’s.

O artigo 106 da Lei 1/2018 de 12 de Junho diz que “o Estado reconhece a contribuição da
produção de pequena escala para a economia nacional e apoia o seu desenvolvimento como
forma de valorizar as capacidades e a criatividade do povo”.

O Estado cria os incentivos destinados a proporcionar o crescimento do empresariado nacional


em todo o país, em especial nas zonas rurais (artigo 107, nº 2).

O Estado incentiva e apoia a produção do sector familiar e encoraja os camponeses, bem como os
trabalhadores individuais, a organizar-se em formas mais avançadas de produção (artigo 105, nº
2).

O Governo definiu, na 22ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros em 21 de Agosto de 2007,


a estratégia para o desenvolvimento das PMEs, de modo que esta contribua para a revitalização
do sector das PMEs e permita o alcance dos objectivos estabelecidos no PARPA II. Para o efeito,
foram definidos os seguintes vectores estratégicos:
2
 A melhoria do ambiente de negócios;
 A criação da capacidade tecnológica e de gestão e;
 O desenvolvimento do apoio estratégico para as PMEs. Os vectores são apoiados por uma
diversidade de planos de acção que facilitarão a implementação da Estratégia.

Outro instrumento legal que enquadra as PME’s é a resolução n.º 3/2008 de 29 de Maio que tem
como objectivo final a criação de um melhor ambiente para o desenvolvimento da actividade
empresarial e atrair investimentos. Esta resolução visa assegurar que estejam definidos os
principais vectores da actuação do Governo, com vista a que no processo de remoção das
barreiras administrativas e outros obstáculos ao investimento, se assumam responsabilidades com
prazos definidos. As acções do Governo consideradas prioritárias são:

 Simplificação de procedimentos para se iniciar um negócio;


 Simplificação do Sistema de Requisitos e de Procedimentos para Licenciamento das
Actividades Económicas;
 Criação de uma Inspecção-Geral Única para Actividades Económicas;
 Adopção e adaptação de normas internacionais (ISO) e regionais de acordo com a
necessidade do sector privado;
 Simplificação de Procedimentos para fazer uma Importação e Exportação.

Para garantir a implementação da Estratégia das Pequenas e Médias Empresas, foi criado, através
do Decreto n.º 47/2008 de 3 de Dezembro o Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias
Empresa (IPEME), que é uma instituição capaz de incentivar o desenvolvimento propício de
negócios das empresas, em geral, e das pequenas e médias em especial.

Ainda na senda dos aspectos legais das PME’s, encontramos a Resolução n.º 23/2016 de 12 de
Setembro, que estabelece que:

o objectivo geral da Política e Estratégia Industrial é tornar a indústria o principal veículo


para o alcance da prosperidade e bem-estar do país através da geração da maior parte de
postos de emprego, produção e contribuição na valorização de recursos naturais, mais
especificamente: (1) Aumentar a produção industrial, através de maior atracção do
investimento para o sector, desenvolvimento de economias de escala na produção
industrial e maior acesso ao mercado interno e externo das empresas do ramo; (2)
Aumentar a contribuição no emprego do Sector, através da aposta nas indústrias de mão-

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de-obra intensiva e aposta nas Micro, Pequenas e Médias Empresas; (3) Contribuir para a
melhoria da balança comercial, apostando nas indústrias com potencial para substituição
das importações e das exportações; (4) Expandir a cadeia de valor e o valor acrescentado
dos produtos industriais através da maior utilização de matéria -prima nacional; (5)
Promover maior conteúdo local na produção industrial, através de maiores ligações
económicas a montante e ajusante das empresas do sector.

Por sua vez, a resolução n.° 22/2009 de 21 de Maio estabelece que, “são objectivos da estratégia
e política de biocombustíveis, entre outros, promover o desenvolvimento rural através de
investimentos em biocombustíveis e do apoio aos produtores de pequena escala”. A plataforma
da Política assenta na promoção da pesquisa em iniciativas inovadoras que favoreçam o
estabelecimento de pequenas e médias empresas (PMEs), atraindo investimentos em tecnologias
apropriadas para a produção e o consumo de biocombustíveis no país.

O Decreto n.º 44/2011 de 21 de Setembro, estabelece as normas gerais relativas ao tratamento


específico aplicável às Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME’s) e aos critérios gerais da
sua classificação, e é aplicável às MPME’s constituídas à luz do direito moçambicano, com
excepção das MPME’s que desenvolvam as actividades de fabrico de armas, munições e
explosivos, ou se dediquem à exploração de jogos de fortuna e azar.

Já no concernente à Promoção do investimento nas Zonas Económicas Especiais e Zonas Francas


Industriais, o Decreto nº 54/2017, de 20 de Outubro que cria a Agência para a Promoção de
Investimento e Exportações (APIEX), que tem como funções:

a promoção e facilitação do investimento privado, público e as exportações, de acordo


com os objectivos e metas da política económica do Governo e por atribuições o
desenvolvimento e implementação de acções com vista à promoção e gestão de processos
de realização de investimentos privados ou públicos, de origem nacional ou estrangeira, a
promoção e coordenação de acções relacionadas com a criação, desenvolvimento e gestão
das Zonas Económicas Especiais (ZEE’s) e Zonas Francas Industriais (ZFI’s) e a
promoção das exportações nacionais.

O Diploma Ministerial nº 22/2015, de 21 de Janeiro que aprova o Estatuto-tipo das Delegações


Regionais do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), que
tem as funções de “promover a criação de parcerias entre investidores nacionais e estrangeiros,
bem como oportunidades de ligações empresariais entre os projectos de grande dimensão e as
pequenas e médias empresas nacionais”.

4
O Departamento de ZEE e ZFIs tem como função a tramitação de pedidos de benefícios de
isenção de direitos aduaneiros formulados por empresas com projectos já aprovados.

No concernente à promoção de investimentos (parcerias público-privadas) de PME’s, foi


aprovado o Decreto n.º 69/2013 que estabelece que:

Empreendimentos com investimento de valor não superior a 5 milhões de meticais é considerado


PPP e CE de pequena dimensão (artigo 1, n.º 2). A contratação de empreendimentos de PPP e CE
de pequena dimensão é efectuada por via de Concurso Público (artigo 5, n.º 1). A contratação
pode, excepcionalmente, ser efectuada por via de Ajuste Directo e é aplicável nos casos em que o
concurso anteriormente lançado pela entidade contratante tenha ficado deserto por ausência ou
desclassificação de todos os concorrentes. (artigo 5, n.º 2 e artigo 7). O contrato de
empreendimento de PPP e CE de pequena dimensão deve conter as cláusulas obrigatórias
previstas no artigo 8 e pode revestir as seguintes modalidades: a) Contrato de concessão; b)
Contrato de cessão de exploração; c) Contrato de gestão. (artigo 9, n.º 1).

O Decreto n.º 34/2013 de 2 de Agosto, aprova o Regulamento do Licenciamento da Actividade


Comercial e estabelece que:

Compete ao Director Executivo do Balcão de Atendimento Único autorizar o


licenciamento do exercício do comércio a grosso, comércio a retalho, de prestação de
serviços e o registo de operadores de comércio externo e emissão de cartão de operador de
comércio externo. No entanto, onde não existam os Balcões de Atendimento Único,
compete ao Administrador Distrital autorizar o licenciamento do exercício do comércio a
retalho e de prestação de serviços por parte de micro e pequenas empresas.

1.2. Plataformas Institucionais de Apoio as PMEs


1.2.1. Centro de Desenvolvimento de Negócios (COrE)

O COrE é um Serviço público de atendimento e apoio ao negócio e investimento de âmbito


nacional que disponibiliza soluções de assistência e desenvolvimento de negócios a Pequenas e
Médias Empresas; Empreendedores; Associação de Produtores e Investidores ao longo do país.

A abordagem contemporânea de expansão dos COres inclui o modelo de parcerias público-


privada, ampliando-se não somente as oportunidades de diversificação dos serviços mas também
de sustentabilidade da plataforma. São exemplos desta abordagem o COrE a cidade da Beira

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operacionalizada através da parceria com uma empresa local, assim como o Centro de
Desenvolvimento Empresarial Comunitário na cidade de Maputo, operacionalizado por uma
associação de serviços comunitários no bairro de Inhagoia.

1.2.2. Incubadoras Empresariais

Segundo Kaufmann (2020), “as incubadoras de Empresas como serviços de atendimento e apoio
estratégico ao negócio e investimento, tem em vista disponibilizar soluções de assistência e
desenvolvimento de negócios a médio e longo prazo para micro e pequenas empresas na fase de
arranque”.

A implementação de incubadoras empresariais para além de ser uma das atribuições, justifica-se
como instrumento de criação e fortalecimento competitivo de micro e pequenas empresas a partir
de um ambiente facilitador e de assistência técnica dedicada, voltado ao alcance de uma maior
eficiência e sustentabilidade de negócios na fase de arranque.

1.2.3. Programa de Promoção e apoio no acesso à tecnologias

O programa de promoção e apoio no acesso a tecnologias abrange o desenvolvimento de Centros


de Transferência de Tecnologias (Fixo e móvelque constituem serviços de assistência empresarial
no desenvolvimento de negócios e transferência de conhecimentos sobre processos produtivos,
transformação de produtos agrícolas e desenvolvimento empresarial).

Para Daniel (2019), “a implantação e operacionalização de Centros de Transferência de


Conhecimento (CTC), tem em vista o fomento e assistência de implantação de pequenas unidades
de processamento e fortificação alimentar a nível local, através de acção combinada de gestão e
desenvolvimento de negócios, com parceiros estratégicos”.

Actualmente, o IPEME dispõe de plataformas móveis de transferência de tecnologias de


processamento que apoiam os empreendedores do sector alimentar a criar e desenvolver
negócios. Estas, para além de acções de fomento do processamento alimentar disseminam e
ministram conteúdos de literacia tecnologia, financeira, de mercado e de negócios.

Por outro lado, o programa compreende igualmente o apoio ao desenvolvimento do


empreendedorismo rural através da profissionalização dos empreendedores locais na
implementação de modelos de negócios sustentáveis a partir das oportunidades ligada a nutrição
6
bem assim pela criação de oportunidades para a fortificação alimentar de micro e pequenas
indústrias do meio rural.

1.2.4. Feiras

Segundo advoga Daniel (2019) as feiras constituem:

um serviço e instrumento de acesso ao mercado, através do apoio empresarial as MPME’s


de diferentes sectores de actividade como indústria, Agricultura e Serviços, constituindo,
igualmente, um veículo de transferência e partilha de conhecimentos, promoção de
ligações empresariais, capacitação, formalização e apoio ao marketing empresarial.
O IPEME tem já institucionalizado a Feira Internacional de Embalagem e Impressão, a feira PME
Mulher Empreendedora e a Conferência Conheça e Use Financiamento PME que decorrem
anualmente em diferentes locais ao longo do país.

Para além destas, foi institucionalizado na 53ª edição da FACIM o pavilhão PME Exporte como
plataforma de promoção que anualmente congrega e auxilia MPME’s para sua
internacionalização.

1.3. Constituição das PME’s em Moçambique

Em Moçambique, ainda existem diferentes definições de tamanho de empresas. Por exemplo: O


Instituto Nacional de Estatística (INE) considera uma pequena empresa aquela que emprega entre
1 a 9 trabalhadores e a média empresa aquela que emprega entre 10 a 99 trabalhadores.
Ministérios e instituições também usam outras definições ou limites para definir politicas, por
exemplo nas leis e decretos.

Em Moçambique, no ano 2011, o Estatuto Geral das MPME foi aprovado. O Estatuto de 2011
define as MPME em termos de volume de negócios e do número de empregados, como ilustrado
na tabela abaixo.

Tabela 1: Definição das MPME


Classificação Número de Trabalhadores Volume de Negócios (MZN)
Micro Empresa 1–4 < 1,200,000.00
Pequena Empresa 5 – 49 1,200,000.00 14,700,000.00
Média Empresa 50 - 100 14,700,000.00 29,970,000,00
Fonte:

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Na perspectiva de Daniel (2019), “as micro, pequenas e médias empresas são definidas de
maneira diferente de país para país, dependendo da legislação em vigor” (p. 42). Em
Moçambique, o Estatuto Geral das Pequenas e Médias Empresas define-as de acordo com o
número de trabalhadores e volume de negócios anual, sendo que o volume de negócios é o factor
prevalecente na classificação. A distinção é feita da seguinte forma:

 Micro empresa – Empresa com menos de 4 trabalhadores ou com volume de negócio


anual inferior a 1.2 milhões de meticais;
 Pequena empresa – Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 5 e 49
e volume de negócios entre 1.2 e 14.7 milhões de meticais;
 Média empresa – Empresa com o número de trabalhadores compreendido entre 50 e 100
e o volume de negócios superior a 14.7 e inferior a 29.97 milhões de meticais;
 Grande empresa – Empresa com o número de trabalhadores superior a 100 e volume e
negócios superior a 29.97 milhões de meticais.

1.4. Importância das PMEs

As PMEs desempenham um papel vital na economia nacional. A importância das PMEs para a
economia de uma nação tem quatro dimensões:

i. As PMEs geram o emprego

Partindo do princípio que uma grande empresa e uma pequena empresa produzem o mesmo
artigo ao mesmo valor, a grande empresa tem a característica de ser de capital intensivo,
enquanto a pequena, de mão de obra intensiva. Isto implica que as PMEs oferecem maiores
oportunidades de emprego à força de trabalho de um país, ao contrário das grandes empresas.

ii. As PMEs são cruciais para a competitividade de um país

Elas encorajam a concorrência e a produção e inspiram inovações e o empreendedorismo. As


PMEs são inerentemente guiadas para o mercado, procurando capturar as oportunidades de
negócio criadas pela procura de mercado. A barreira relativamente mais baixa de entrada aos
mercados e a natureza ágil da estrutura decisória incentiva a concorrência a qual, por sua vez,
promove a competitividade das PMEs. As PMEs sólidas e competitivas tornam-se em grandes

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empresas sólidas e competitivas, que podem ser traduzidas em competitividade nacional como
um todo.

iii. As PME diversificam as actitivades, estimulam a inovoção e a criatividade

As PMEs diversificam as actividades económicas oferecendo produtos e serviços que o mercado


procura num determinado momento, disponibilizando assim novas linhas de produtos e serviços
que ainda não foram introduzidos no mercado. Deste modo, as PMEs estimulam a inovação e a
criatividade.

iv. As PMEs mobilizam recursos sociais e económicas

As PMEs são os agentes sociais que mobilizam recursos sociais e económicos nacionais que
ainda não tenham sido explorados. Daí o papel chave desempenhado pelas PMEs no
desenvolvimento socio-económico dos países.

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Conslusão

Após a elaboração do trabalho e feita uma análise minuciosa, pode-se concluir que, não existe
uma definição única das PME’s entre os autores pelos inúmeros fatores que podem ser
relacionados ao tamanho de uma empresa no que diz respeito ao número de trabalhadores,
faturamento, património e capital social. Contudo em Moçambique, a constituição das pequenas e
médias empresas leva em consideração o número de pessoas ao serviço da empresa e a receita
bruta anual, não havendo distinção de critério de tamanho de empresa por sector de atividade.

Em Moçambique, existem diferentes definições de tamanho de empresas. Por exemplo: O


Instituto Nacional de Estatística (INE) considera uma pequena empresa, aquela que emprega
entre 1 a 9 trabalhadores e a média empresa aquela que emprega entre 10 a 99 trabalhadores.
Ministérios e instituições também usam outras definições ou limites para definir políticas, por
exemplo nas leis e decretos.

As PMEs têm sido retratadas até ao momento através dos prismas da classe de dimensão,
actividades económicas e distribuição regional. No nosso país, as Pequenas e Médias Empresas
são responsáveis pela diversificação e competitividade económica e, consequentemente pela
geração de emprego.

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Referências bibliográficas

Constituição de 2015 alterada pela Lei 1/2018 de 12 de Junho (Lei da Revisão Pontual da
Constituição da República de Moçambique).

Daniel, Luis Zacarias José (2019). Análise das Estratégias de Gestão adoptadas pelas PMEs face
a Situação de Crise em Moçambique – Estudo de caso Lucas Investiments, Lda (2016 -
2018). Dissertação Apresentada Como Exigência Parcial para Obtenção do Grau de
Mestrado em Gestão e Administração de Negócios (MBA) à Comissão Julgadora da
Universidade Católica de Moçambique.

Decreto n.º 69/2013 (Aprova o Regulamento de Parcerias Público-Privadas e Concessões


Empresariais, de Pequena Dimensão).

Decreto n.º 34/2013 de 2 de Agosto (aprova o Regulamento do Licenciamento da Actividade


Comercial).

Decreto nº 60/2016, de 12 de Dezembro alterado por Decreto nº 54/2017, de 20 de Outubro que


cria a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX), na parte
respeitante às suas atribuições relativas às Zonas Económicas Especiais (ZEE’s) e Zonas
Francas Industriais (ZFI’s), e ainda à tutela, gestão, direcção, regime de pessoal e órgãos
consultivos.

Estatuto Geral das Pequenas e Médias Empresas, decreto 44º/2011 publicado no artigo 3º do
Boletim da República, I Série nº38 de Setembro de 2011.

Kaufmann, Dr. Friedrich (2020). PME’s em Moçambique: situação e desafios. Maputo-


Moçambique.

Resolução n.º 23/2016 de 12 de Setembro (Aprova a Política e Estratégia Industrial referente ao


período 2016-2019 e revoga a Resolução n.º 38/2007 de 18 de Dezembro, que aprova a
Política e Estratégia Industrial (PEI 2007) para Moçambique.

SPEED. (2014). PME em Moçambique.

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