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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

IMPACTO DOS SISTEMAS ADMINISTRATIVOS NA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA MOÇAMBICANA

Anifa Bernardo Miguel – 708225027

Curso: Administração Publica

Disciplina: Teoria Geral da Administração Publica

Ano de frequência: 1º Ano

Pemba, Junho de 2022

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Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Índice

Introdução ............................................................................................................................................ 3

Administração ...................................................................................................................................... 4

1.Administração Pública ...................................................................................................................... 4

1.1.Funcionamento da Administração Pública Moçambicana ............................................................. 5

1.1.1.Princípio da Justiça e Imparcialidade ......................................................................................... 5

1.1.2.Princípio da Transparência da Administração Pública ............................................................... 6

1.1.3.Princípio da Colaboração da Administração com os Particulares .............................................. 6

1.1.4.Princípio da Participação dos Particulares .................................................................................. 6

1.1.5.Princípio da Responsabilidade da Administração Pública.......................................................... 7

1.1.6.Princípio da Igualdade e da Proporcionalidade .......................................................................... 7

1.1.7.Princípio da Boa-Fé .................................................................................................................... 7

2.Impacto do funcionamento da Administração Pública Moçambicana ............................................. 7

3.Organização da administração pública em Moçambique ................................................................. 8

3.1.Pessoas colectivas públicas ............................................................................................................ 8

3.1.1.Serviços públicos ........................................................................................................................ 8

3.1.2.O impacto da organização da Administração Pública Moçambicana ......................................... 9

Considerações finais .......................................................................................................................... 10

Bibliografia ........................................................................................................................................ 11

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Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira da Teoria Geral da administracao publica e tem
como tema: Impacto dos sistemas Administrativos na Administração Pública Moçambicana
Administração Pública ou Gestão da Organização Pública é o conjunto de órgãos, serviços e
agentes do Estado, que asseguram a satisfação das necessidades da colectividade, sejam elas:
segurança, saúde, educação, em resumo, o bem-estar da população.

Para assegurar a execução dessas tarefas todas, o Estado através do poder legislativo elaborou
alguns princípios e regras visam a sua organização assim como o seu pleno funcionamento. Estes
princípios e regras que regulam o funcionamento do e organização do Estado são aplicados para
todos e em todas as instituições exceptos casos particulares e que tenham lei própria.

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Administração

O termo Administrar é proveniente do latim “ ad-ministare“, e esta directamente relacionado com


os ministros romanos e com as actividades exercitadas pelo mesmo a sua época. E um conceito que
pode parecer complexo, mas que é de fácil compreensão quando temos um ponto de vista mais
directo ao mesmo. Nos dias actual o termos tem um conceito parecido.

Administração é simplesmente o processo de tomada de decisão e o controle sobre as acções dos


indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas predeterminadas.

George, apud Silva (2001) defende que “Administração é um processo distinto, que consiste no
planeamento, organização, actuação e controle, para determinar e alcançar os objectivos da
organização pelo uso de pessoas e recurso.

Appley, apud Silva (2001), que a aponta como uma definição representante da Escola de Relações
Humanas:

“Administração é o alcance de resultados por meio dos esforços de outras pessoas”. Essa forma de
ver a administração perdura por muito tempo, senão até hoje, a despeito de seu carácter parcial e,
entre a maioria dos teóricos e mesmo praticantes, ultrapassado.

1. Administração Pública

Administração pública, como o próprio termo indica é a forma com que uma entidade ou um gestor
público organiza os bens de um Estado político recebe competência de levar o cabo as actividades e
os negócios de uma repartição ou de uma empresa pública, prevendo a que estes organismos
possam funcionar de acordo com o que se espera deles.

Ainda com o conceito, a administração pública, pode-se entender como girar o que refere a bem
público entregue a partido políticos governantes que tem como dever administrar de forma correcta
e bem disciplinada estes bens entregues para serem bem administrados.

Administração pública envolve uma série de tarefas estabelecidas dentro de marco que são de
competência daqueles que fazem parte da máquina pública de um Estado, e que estão obrigados à
prestação de contas e relatórios que se façam públicos para avaliação de parlamento e da população
em geral.

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Administração publica é também um conjunto harmónico de princípios jurídicos que regem os
órgão, os agentes e as actividades publicas tendentes a realizar concreta, directa e imediatamente os
fins desejados pelo Estado.

De acordo com Maria Sylvia Zamella, Di Piretro o conceito de administração pública divide-se em
dois sentidos: 1) sentido objectivos, material ou funcional e; 2) sentido subjectivo, formal ou
orgânico.

“Em sentido objectivo, material ou funcional, a administração pública pode ser definida como a
actividade concreta e imediata que o estado desenvolve, sob regime jurídico de directo público,
para a consecução dos interesses colectivos.

Em sentido subjectivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Publica, como sendo o
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercícios da função
administrativa do Estado“.

De acordo com Silva (2001) administração pública é um conceito da área do direito que descreve o
conjunto de agentes, serviços e órgão instituído pelo Estado com o objectivo de fazer a gestão de
certas areias de uma, sociedade Educação, Saúde, Cultura, etc. Administração pública também
representa o conjunto de acções que compõem a função administrativa.

A Administração Publica tem como objectivo trabalhar o favor de interesse pública, e dos direitos e
interesses dos cidadãos que administra.

1.1.Funcionamento da Administração Pública Moçambicana

De acordo com o Decreto no 30/2001 de 15 de Outubro que aprova as Normas de Funcionamento


dos Serviços da Administração Publica e revoga o Decreto no 36/89, de 27 de Novembro, pode se
perceber que o funcionamento da Administração Publica moçambicana é regida por alguns
princípios e de entre eles passamos a citar:

1.1.1. Princípio da Justiça e Imparcialidade

Estes princípios estabelecem que no exercício da sua actividade, a Administração Pública deve
tratar de forma justa e imparcial todos os que com ela entrem em relações jurídicas administrativas.
A imparcialidade impõe que os titulares e os membros dos órgãos da Administração Pública se

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abstenham de praticar, ordenar ou participar na prática de actos ou contratos administrativos,
designadamente de tomar decisões que visem interesse próprio, do seu conjugue ou de quem viva
em união de facto, parente ou afim, bem como de outras entidades com as quais possa ter conflitos
de interesse, nos termos da lei (artigo 6, do decreto no 30/2001, de 15 de Outubro e artigo 7, da Lei
no 14/2011, de 10 de Agosto, artigo 12 da Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro, bem como o no 2 do
artigo 249 da CRM).

1.1.2. Princípio da Transparência da Administração Pública

O princípio da transparência implica a publicidade da actividade administrativa. Os actos


administrativos dos órgãos e de instituições da Administração Pública, nomeadamente os
regulamentos, normas e regras processuais, são publicados de tal modo que as pessoas singulares e
colectivas possam saber antecipadamente, as condições jurídicas em que poderão realizar os seus
interesses e exercer os seus direitos. Os órgãos da Administração Pública estão sujeitos a
fiscalização e auditoria periódicas pelas entidades competentes segundo (artigo 7, do decreto no
30/2001, de 15 de Outubro, artigo 15 da Lei no 14/2011, de 10 de Agosto e artigo 29 da Lei
no7/2012, de 8 de Fevereiro).

1.1.3. Princípio da Colaboração da Administração com os Particulares

Este princípio impõe que no desempenho das suas funções, os órgãos e instituições da
Administração Publica colaboram com os particulares, devendo designadamente: i)Prestar as
informações orais ou escritas, bem como os esclarecimentos que os particulares lhes solicitem; ii)
Apoiar e estimular as iniciativas dos particulares, receber as suas informações e considerar as suas
sugestões. A Administração Pública é responsável pelas informações prestadas por escrito aos
particulares, ainda que não obrigatórias, (artigo 8, do decreto no 30/2001, de 15 de Outubro, artigo
9 da Lei no 14/2011, de 10 de Agosto e artigo 24 da Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro).

1.1.4. Princípio da Participação dos Particulares

Este princípio impõe que a Administração Pública deve promover a participação e defesa dos
interesses dos administrados, na formação das decisões que lhes disserem respeito, (artigo 9, do
decreto no 30/2001, de 15 de Outubro, artigo 10 da Lei no 14/2011, de 10 de Agosto e artigo 25 da
Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro).

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1.1.5. Princípio da Responsabilidade da Administração Pública

De acordo com este princípio a Administração Pública responde pela conduta dos agentes dos seus
órgãos e instituições de que resultem danos a terceiros, nos mesmos termos da responsabilidade
civil do Estado, sem prejuízo do seu direito de regresso conforme as disposições do código civil
(artigo 13, do decreto no 30/2001, de 15 de Outubro e da Lei no 14/2011, de 10 de Agosto, bem
como o artigo 27 da Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro).

1.1.6. Princípio da Igualdade e da Proporcionalidade

Estes princípios estabelecem que nas suas relações com os particulares, a Administração Pública
não deve privilegiar, beneficiar, prejudicar, privar, de qualquer direito ou isentar de qualquer dever
jurídico o administrado por motivo de ascendência, sexo, cor, raça, origem étnica, lugar de
nascimento, estado civil, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação
económica ou condição social. As decisões administrativas que atinjam direitos ou interesses
legítimos dos particulares têm de ser adequadas e proporcionadas aos seus objectivos, não causando
mais prejuízos àqueles do que os necessários para alcançar estas finalidades e respeitando um
equilíbrio na justa medida entre os meios utilizados e os fins a alcançar através deles (artigo 14, do
decreto no 30/2001, de 15 de Outubro e artigo 6 da Lei no 14/2011, de 10 de Agosto, artigo 21 da
Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro, bem como o no 2 do artigo 249 da CRM).

1.1.7. Princípio da Boa-Fé

Este princípio estabelece que no desempenho da actividade administrativa, e em todas as suas


formas e fases a Administração Pública e os administrados devem actuar e relacionar -se de acordo
com as regras de boa-fé. Para o efeito, deve ponderar-se os valores fundamentais do direito,
relevantes em face das situações consideradas e, em termos especiais, a confiança suscitada na
contraparte pela actuação em causa e o objectivo a alcançar com a actuação realizada (artigo 6 da
Lei no 14/2011, de 10 de Agosto e artigo 23 da Lei no7/2012, de 8 de Fevereiro).

2. Impacto do funcionamento da Administração Pública Moçambicana

Os princípios acima arrolados referentes ao funcionamento da Administração publica


moçambicana, podem se perceber que, eles assumem um papel preponderante na medida em que

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servem-se de espelho, tornam numa metodologia em que qualquer agente ou funcionário do Estado
deve segui-los.

Através destas e outras regras estabelecidas na legislação moçambicana, o funcionamento da


Administração Publica moçambicana tem impactado positivamente na prestação dos serviços
públicos pos por mais que existam infractores das regras emanadas na constituição e em vários
decretos no que concerne ao funcionamento da Administração.

3. Organização da administração pública em Moçambique

A organização administrativa é “modo de estruturação concreta, que em cada época, a lei dá à


Administração Pública de um dado país. São dois os elementos da organização administrativa,
desde logo: (a) pessoas colectivas públicas e (b) serviços públicos.

3.1.Pessoas colectivas públicas

As pessoas colectivas públicas são aquelas “pessoas colectivas, criadas por iniciativa pública, para
assegurar a prossecução necessária de interesses públicos, e por isso dotadas em nome próprio de
poderes e deveres públicos.

Assim, tendo em conta a organização administrativa moçambicana, existem diversas categorias de


pessoas colectivas públicas, desde logo: (a) o Estado; (b) os institutos públicos; as empresas
públicas; os órgãos de governação descentralizada provincial, distrital e as autarquias locais.

3.1.1. Serviços públicos

Os Serviços públicos constituem células que compõem internamente as pessoas colectivas públicas.
Trata-se de uma organização que situada no interior da pessoa colectiva pública e dirigidos pelos
respectivos órgãos, desenvolve actividades de que ela carece para prosseguir os seus fins.

Ou seja, “os serviços públicos são organizações humanas, criadas no seio de cada pessoa colectiva
pública, com o fim de desempenhar, as atribuições desta, sob a direcção dos respectivos órgãos”.

No mesmo sentido, a lei de bases gerais da organização e funcionamento da Administração Pública


moçambicana, define os serviços públicos como sendo “unidades orgânicas criadas por acto de
autoridade pública no seio das instituições públicas, sem prejuízo de poderem existir serviços

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públicos organizados em unidades orgânicas autónomas”. Os serviços públicos integram a orgânica
dos órgãos centrais, locais e externos do Estado, bem como a orgânica dos órgãos de governação
descentralizada provincial, distrital, das autarquias locais e demais pessoas colectivas

3.1.2. O impacto da organização da Administração Pública Moçambicana

O Estado é importante para o atendimento das necessidades de toda a colectividade de pessoas (ou
população).

Entre os princípios constitucionais que actualmente enformam a administração pública


moçambicana, destacam-se o princípio da descentralização e da desconcentração. Com efeito, a
Administração Pública moçambicana “estrutura-se com base no princípio da descentralização e da
desconcentração” desconcentração administrativa são sobretudo, no Direito moçambicano, a
criação de serviços locais da administração Central com poderes decisórios e a Delegação de
poderes.

Os impactos da organização da Administração Publica moçambicana são visíveis no processo da


desburocratização e simplificação de procedimentos, unidade de acção e poderes de direcção do
governo, coordenação e articulação dos órgãos da administração pública, fiscalização e supervisão
da Administração pública pelos cidadãos, modernização, eficiência e eficácia, aproximação da
Administração Pública ao cidadão, participação do cidadão na gestão da Administração Pública,
continuidade do serviço público, estrutura hierárquica e responsabilidade pessoal”.

Além disso, através da descentralização e da desconcentração da Administração Publica é possível


reduzir o tempo de resposta às necessidades da população, bem como aumentar a quantidade e
qualidade dos serviços prestados localmente; garante maior participação do cidadão na resolução
dos problemas da sua comunidade e permitir uma gestão mais eficiente dos planos de
desenvolvimento económico local.

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Considerações finais

Com o fim da pesquisa constatou-se que, em Moçambique, a gestão das organizações públicas é
feita com base na aplicação de princípios da administração ou gestão pública a destacar: o princípio
de Justiça e Imparcialidade, da Transparência da Administração Pública, da Colaboração da
Administração com os Particulares, da Participação dos Particulares, da Responsabilidade da
Administração Pública, da Igualdade e da Proporcionalidade, da Boa-Fé, da Gratuitidade e de
Acesso à Justiça e ao Direito.

Esses princípios juntamente com os elementos da organização administrativas tem um impacto


directo na organização e funcionamento da Administração Publica Moçambicana na medida em que
são vistos como regras que cada funcionário e ou agente do Estudo, no exercício das suas funções
ou prestação dos serviços deve segui-las independentemente do nível académico ou função que
esteja exercendo.

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Bibliografia

Decreto no 30/2001, de 15 de Outubro, disponivel em:


http://www.cedimo.gov.mz/index.php/documentos-e-arquivos-do-estado/legislacao/nornas-de-
funcionamento-dos-servicos-da-administracao-publica-decreto-30-2001-de-15-de-outubro-
nfap, acessado as 16:21 do dia 12 de junho de 2022.

Lei no 14/2011, de 11 de junho, disponível em: https://www.inhambane.gov.mz/por/Ver-Meu-


distrito/Govuro/Legislacao, acessado as 09;31 no dia 12 de junho de 2022;

Lei no7/2012, de 8 de junho, disponível em: https://www.lexlink.eu/conteudo/mocambique/ia-


serie/144959/lei-no-72012/20525/por-tipo-de-documentolegal, acessado as 11: 23 no dia 12 de
junho de 2022.

SILVA, M. da. Metáforas e entrelinhas da profi ssão docente. São Paulo: Pioneira, 2004.

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