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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância
 

Tema:

Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana.

Estudante: Sanete Luís


Curso: Administração Pública
Disciplina: Direito Administrativo
Ano de Frequência: 3º Ano
Código de estudante: 708210740
A tutor: Mestre Hélder Lourenço
Turma: {B}

Chimoio, Abril de 2023

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problema)
Introdução  Descrição dos
2.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
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Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índic

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Introdução......................................................................................................................1

Objectivos......................................................................................................................2

Geral...............................................................................................................................2

Específicos.....................................................................................................................2

Metodologia...................................................................................................................2

Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana.......................................3

Tipos de contratos administrativos................................................................................4

Passos a seguir para elaboração dos contratos administrativos entre outros.................5

Conclusão.......................................................................................................................7

Referências bibliográficas..............................................................................................8

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Introdução
O presente trabalho de pesquisa da cadeira e Direito administrativo, aborda o tema
inerente a contratos administrativos, que se enquadram no conceito geral de um acordo
de vontade que gera direitos e obrigações para ambas as partes.

Normalmente, a Administração Pública actua por via de autoridade e toma decisões


unilaterais, isto é, prática actos administrativos: o acto administrativo é o modo mais
característico do exercício do pode administrativo, é a forma típica da actividade
administrativa.

Muitas vezes, porém, a Administração Pública actua de outra forma, desta feita em
colaboração com os particulares, usando a via do contrato, que é uma via bilateral, para
prosseguir os fins de interesse público que a lei põe a seu cargo. Isso significa que, estes
casos, a Administração Pública, em vez de impor a sua vontade aos particulares,
necessidade chegar a acordo com eles para obter a sua colaboração na realização dos
fins administrativos.

Temos a referir que no trabalho só citamos artigos do Decreto nº 15/2010 de 24 de


Maio, que aprova o Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.

Conforme apregoam Mazza (2012) e Di Pietro (2009) apud Mota (2017), para melhor
compreensão do termo Contratos Administrativos, é pertinente fazer uma diferenciação
entre contrato da administração e contrato administrativo, para os quais o contrato da
administração é um termo genérico que se refere a todos os contratos celebrados pela
Administração. Já o contrato administrativo diz respeito aos contratos celebrados pela
administração com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução
de fins públicos, segundo regime jurídico de direito público.

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Objectivos
Geral
 Contextualizar os Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana.

Específicos
 Descrever os Tipos de contratos administrativos;
 Compreender sobre os Passos a seguir para elaboração dos contratos
administrativos entre outros.

Metodologia
Para a concretização dos objectivos específicos deste trabalho utilizamos como
metodologia a pesquisa bibliográfica, pois o presente trabalho de pesquisa foi
meramente de revisão de literatura. Esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em
manuais, artigos técnicos. O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o
descritivo, pois o que se pretende é descrever os contractos administrativos. A técnica
de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados ao direito,
direito administrativo, administração pública, administração pública em Moçambique e
contractos Administrativos, fez-se também a consulta de artigos científicos, teses,
dissertações, monografias, pesquisas científicas, mais algumas explanações e definições
de conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado
foi feita a pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca
dos contractos Administrativos.

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Contratos Administrativos na Função Pública Moçambicana
Constitui um processo próprio de agir da Administração Pública que cria, modifica ou
extingue relações jurídicas, disciplinadas em termos específicos do sujeito
administrativo, entre pessoas colectivas da Administração ou entre a Administração e os
particulares.

Contrato administrativo ou contrato público é o instrumento dado à administração


pública para dirigir-se e actuar perante seus administrados sempre que necessite adquirir
bens ou serviços dos particulares. O regime jurídico dos contractos administrativos é
constituído por normas que conferem Prerrogativas especiais de Autoridade à
Administração Pública, quer por normas que impõe à Administração Pública especiais
deveres ou sujeições que não têm paralelo no regime dos contractos de Direito Privado.

O contrato administrativo há-de definir-se em função da sua subordinação a um regime


jurídico de Direito Administrativo: serão administrativos os contratos cujo o regime
jurídico seja traçado pelo Direito Administrativo; serão civis ou comerciais os contratos
cujo regime jurídico seja traçado pelo Direito Civil ou Comercial.

Aí se escreve que o contrato administrativo é o acordo de vontades pelo qual é


constituída, modificada ou extinta uma relação jurídico-administrativa. Resta saber o
que se deve entender por “relação jurídica de Direito Administrativo”.

É aquela que confere poderes de autoridade ou impõe restrições de interesse público à


Administração perante os particulares, ou que atribui direitos ou impõe deveres públicos
aos particulares perante a Administração.

Legalmente o contrato administrativo em Moçambique é regulado pelo Decreto nº


15/2010 de 24 de Maio (Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado), onde encontramos todos os
aspectos referentes a estes, desde o lançamento do concurso até a cessação dos
contratos. No artigo 40 nos diz que,

Os contratos regulados pelo presente Regulamento têm natureza administrativa.

O gênero contrato administrativo pode ser divido em várias espécies, também


denominadas de modalidades desses contratos. Estas se apresentam em grande número
na legislação pátria.

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A contratação é feita através de concurso Público de acordo com o (Artigo 44), que é a
modalidade de contratação na qual pode intervir todo e qualquer participante
interessado, desde que reúna os requisitos publicados nos Documentos de Concurso.  

O Concurso Público observa, pela ordem determinada, as seguintes etapas:

a) De preparação e lançamento;
b) Recepção das propostas e dos documentos de qualificação;
c) A abertura das propostas e dos documentos de qualificação;
d) Avaliação, classificação e recomendação do júri;
e) Anúncio do posicionamento dos concorrentes;
f) Adjudicação, Cancelamento ou Invalidação;
g) Notificação aos concorrentes;
h) Reclamação e Recurso; e
i) Celebração do Contrato.

Tipos de contratos administrativos


Concessão de obras públicas: é um contrato pelo qual um particular se encarrega de
executar e explorar uma obra mediante retribuição a obter directamente dos utentes
através do pagamento de taxas de utilização; trata-se de um contrato com aplicação
restrita ao nível das autarquias locais;

Concessão de serviços públicos: é o contrato pelo qual um particular se encarrega de


montar e explorar um serviço público, sendo retribuído através de taxas de utilização a
obrar directamente ao público; trata-se de um contrato que, tal como o anterior, tem uma
aplicação restrita ao nível das autarquias locais;

Concessão da exploração de domínio público: é o contrato pelo qual a Administração


faculta a um sujeito privado a utilização económica exclusiva de uma parcela do
domínio público, para fins de utilidade pública; este contrato tem maior aplicação,
especialmente nos tempos actuais, ao nível de muitas autarquias no mundo, com
destaque para tratamento e distribuição de água, recolha, instalações turísticas em áreas
de domínio público, etc.

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Fornecimento contínuo: contrato pelo qual o particular se encarrega durante um certo
período de entregar regularmente à autarquia local certos bens necessários ao
funcionamento regular de um serviço público;

Prestação serviços: contrato pelo qual um particular ingressa nos quadros permanentes
da Administração e presta a sua actividade profissional de acordo com o estatuto
definido;

Contrato de provimento: contrato pelo qual um particular acorda com a


Administração dar-lhe a sua colaboração profissional com o estatuto da função pública;

Contrato de transporte: contrato pelo qual um particular se encarrega de garantir a


deslocação de pessoas/ou coisa de interesse público; é igualmente uma área de aplicação
limitada nos municípios, a quem raramente cabe o exercício de atribuições nesta área.

Do ponto de vista do seu objecto, os contratos administrativos podem ser contratos


económicos, contratos financeiros, contratos relativos aos bens da Administração. E
quanto à sua natureza podemos encontrar os contratos de delegação de serviços públicos
(que compreendem: a concessão, arrendamento, administração de interesses) e mercado
de empresa de trabalhos públicos (recolha, transporte e incineração de resíduos sólidos
lixo doméstico).

Os procedimentos da formação e conclusão de contratos administrativos são regulados


por diplomas legais (Decreto nº 54/2005, de 13 de Dezembro, que aprova o
Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado).

O contrato pode resultar de ajuste directo entre as partes, de um concurso limitado, em


que há um número restrito de concorrentes, ou de um concurso público. A escolha da
modalidade do contrato pode não depender exclusivamente do órgão competente, mas
sim do valor em causa, estipulado pela lei.

Passos a seguir para elaboração dos contratos administrativos entre outros


Os contratos administrativos possuem características específicas, por se tratarem de
instrumentos firmados com o Poder Público, a saber:

• Finalidade pública: referidos contratos administrativos devem atender ao interesse


público, em sobreposição ao interesse dos particulares, em atenção aos princípios

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constitucionais que norteiam o Direito Administrativo, tais como a legalidade e a
impessoalidade.

• Bilateralidade: os contratos administrativos também envolvem duas ou mais partes,


como nos contratos regidos pelo Direito Civil, sendo elas obrigatoriamente um ente ou
entidade do Poder Público. A outra parte contratante corresponderá, assim, a uma
pessoa física, pessoa jurídica ou consórcio de empresas.

• Consensualidade:  a despeito da sobreposição dos interesses da Administração nos


contratos administrativos, o particular deve consentir, por vontade livre, com seus
termos. Neste caso, o contrato estará aperfeiçoado com a manifestação da vontade de
modo consensual das partes.

• Formalidade: se trata de um contrato formal uma vez que deve atender aos requisitos
e à forma prevista em lei especial, sob pena de nulidade.

• Sinalagmático: as obrigações de um contrato administrativo são recíprocas. Por um


lado, uma parte terá uma prestação, e a outra fará jus a uma contraprestação.

•  Comutatividade: os direitos e obrigações estipulados entre as partes no contrato


administrativo são recíprocos e previamente aceitas, sendo que tais compensações
devem ser equivalentes para ambos os contratantes, particular e órgão público.

•  De adesão: pode ser considerado como contrato de adesão, eis vez que as cláusulas
são criadas unilateralmente pela Administração Pública. O particular não pode
modificar ou criar cláusulas, devendo apenas acatar o inteiro teor do contrato
administrativo.

• Personalíssimo: se trata de contrato intuito personae, ou seja, o contratado deve


obrigatoriamente executar o objeto do contrato por contra própria, sendo proibida por
lei a subcontratação de terceiros. Como exceção a tal regra, em que se permite a
subcontratação parcial do objeto, é a previsão expressa nesse sentido no contrato
firmado, devidamente autorizada pela Administração Pública.

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• Licitação prévia: regra geral os contratos administrativos devem ser objeto de
licitação prévia. O referido diploma legal enumera os casos em que a licitação é
dispensada, dispensável ou inexigível de forma taxativa.

Conclusão
Chegando ao fim do trabalho concluiu-se que o Contrato administrativo é o documento
assinado entre a Entidade Contratante e a Contratada, que regula o acordo de vontade,
direitos e obrigações para execução de empreitada de obras publicas, fornecimento de
bens ou prestação de serviços, composto por Documento de Concurso, Anúncio de
Concurso e/ou convite para manifestação de interesse, comunicação de Adjudicação e a
proposta do concorrente vencedor Contudo, uma conclusão segura a qual se pode
chegar é a de que o amplo atendimento à finalidade dos contratos administrativos só
será efetivo na justa proporção do grau de liberdade de decisão ao qual o gestor estiver
sujeito. Isso porque não há que se falar em responsabilidades sem liberdade para se
estabelecer os mecanismos de controlo, julgados oportunos e convenientes pelo próprio
gestor, como necessários ao alcance dos legítimos resultados esperados pela
coletividade (atendimento ao interesse público primário).

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Referências bibliográficas
AMARAL, Diogo Freitas do. Curso de Direito Administrativo, volume 1, 2ª
edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1996.
AMARAL, Diogo Freitas do. Curso de Direito Administrativo: com a
colaboração de Lino Torgai. vol. II, reimpressão, Livraria Almedina, Coimbra,
2001.
Andrade, J. C. V. (2017). Lições de Direito Administrativo, 5ª edição. Imprensa
da Universidade de Coimbra.

Código Civil Português. Decreto-lei Nº 47 344, de 25 de Novembro de 1966


Actualizado até Dec. Lein.º38/2003, de08.03.

Código do procedimento administrativo. Decreto-Lei 442/91, 15 Novembro.


Com as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas legais: Declaração de
Rectificação 265/91, 31 Dezembro; Declaração de Rectificação 22-A/92, 29
Fevereiro; Decreto-Lei6/96, 31Janeiro; AcórdãoTC118/97, 24Abril.Portugal

Decreto 5/2018 de 8 de Março. Regulamento de Contratação de Empreitada de


Obras Pblicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.
Moçambique.

Https://escola.mmo.co.mz/o-contrato-administrativo/#ixzz6kgwzHptJ

Mota, A. F. (2017). Estudo dos fatores relacionado são desempenho da


fiscalização de contratos administrativos no ifnmg – campus montes claros.
Dissertação apresentada ao Núcleo de Pós-Graduação em Administração da
Universidade Federal da Bahia.

Vieira, A. L. (2014). Gestão de contratos administrativos. Universidade de


Coimbra. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/275407529

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