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Universidade Católica de Moçambique

Extensão de Gurúè

Tema:
Autonomia e Poder Decisório dos Órgãos de Serviços de Representação do Estado na
Província Face ao Novo Modelo de Descentralização Administrativa Moçambicana

Luís Mutongue Farisse


Código:

Curso: Direito
Disciplina: Direito Administrativo
Ano de Frequência: 2º Ano
Docente: Dr. Supinha Muleta

Gurúè, Maio, 2022


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nacional e
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internacionais
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teóricos práticos
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gerais
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ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos............................................................................................................................1

Objectivo Geral:..........................................................................................................................1

Objectivos específicos:...............................................................................................................1

2. Órgãos de serviços de representação do Estado na província.................................................2

3. Competências do Secretário de Estado na província..............................................................2

4. O Conselho dos serviços provinciais de representação do Estado.........................................3

4.1. O Gabinete do Secretário de Estado na Província...............................................................3

4.2. O Director de Serviço Provincial.........................................................................................4

5. Autonomia dos órgãos de serviços de representação do Estado na província........................4

5.1. Autonomia administrativa:...............................................................................................4

5.2. Autonomia financeira:.....................................................................................................4

5.3. Autonomia patrimonial:...................................................................................................4

6. Poder decisório dos órgãos de serviços de representação do Estado na província..............4

7. Relação entre Serviços de Representação do Estado face ao Secretario ao Secretário do


Estado..........................................................................................................................................5

8. Conclusão................................................................................................................................6

9. Referências Bibliográficas......................................................................................................7
1. Introdução

O trabalho em epigrafe tem como tema “Autonomia e Poder decisório dos órgãos de serviços
de representação do Estado na província face ao novo modelo de descentralização
administrativa moçambicana”. Onde vai-se abordar conteúdos relativo aos órgãos de serviços
de Representação do Estado na província, bem como autonomia, poder decisório e relação
entre Serviços de representação do Estado face ao Secretário do Estado.

Desta maneira, salienta-se também, que para a realização do trabalho foi preciso o uso da
metodologia de pesquisa bibliográfica de materiais relacionados com o tema, permitindo desta
feita o desenvolvimento do trabalho, não se esquecendo dos objectivos a ter em conta.

1.1. Objectivos

Objectivo Geral:

 Conhecer a Autonomia e poder decisório dos órgãos de serviços de representação do


Estado na província.

Objectivos específicos:

 Definir a autonomia dos órgãos de Serviços de representação do Estado na Província;

 Descrever as competências dos órgãos de Serviços de representação do Estado na


Província;
 Explicitar a relação entre serviços de representação do Estado face ao Secretário do
Estado.

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Autonomia e poder decisório dos órgãos de serviços de representação do Estado na
província face ao novo modelo de descentralização administrativa moçambicana

2. Órgãos de serviços de representação do Estado na província

De acordo com Artigo 33 da Lei n.º 7/2019, de 12 de Junho, os órgãos de representação do


Estado na província asseguram a participação dos cidadãos, das comunidades locais, das
associações e de outras formas de organização que tenham por objecto a defesa dos seus
interesses. Portanto, têm a função de representação do Estado ao nível local para a
administração do desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a unidade e
integração nacionais.

Órgãos de Serviços de Representação do Estado na Província, resulta de acordo com as


disposições conjugadas do número 5 do artigo 141, número 2 do artigo 277 e alínea r) do
número 2 do artigo 178, todos da Constituição da República.

São órgãos de representação do Estado na província:

 Secretário de Estado na Província;


 O Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado.

3. Competências do Secretário de Estado na província

De acordo com Artigo 5 do decreto nº 5/2020 de 10 de Fevereiro, são competências do


Secretário de Estado na Província:

 Representar o Estado na província;


 Dirigir o Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado;
 Orientar a preparação da proposta do plano e orçamento e do respectivo balanço de
execução nas áreas de representação do Estado na província;
 Dirigir a execução e controlo do plano e orçamento dos serviços de representação do
Estado na província;
 Apresentar relatórios periódicos ao Presidente da República sobre o funcionamento
dos serviços de representação do Estado na província;
 Implementar, a nível da província, acções e actividades de cooperação internacional,
no quadro da materialização da estratégia da política externa e de cooperação
internacional do Estado moçambicano;

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 Supervisar os serviços da Administração do Estado na província;
 Determinar medidas preventivas ou de socorro, em caso de eminência ou ocorrência
de eventos extremos, mobilizando e instruindo os serviços relevantes, em particular
militares e paramilitares, em articulação com os órgãos de governação descentralizada
provincial;
 Praticar actos administrativos e tomar decisões indispensáveis, sempre que
circunstâncias excepcionais de interesse público o exijam, devendo comunicar
imediatamente ao órgão competente;
 Intervir e recomendar medidas pertinentes no âmbito da preservação da ordem e
segurança públicas;
 Exercer outras competências determinadas por lei.

4. O Conselho dos serviços provinciais de representação do Estado

De acordo com o Artigo 6 do decreto nº 5/2020 de 10 de Fevereiro, o Conselho


dos Serviços Provinciais de Representação do Estado integra:

 Secretário de Estado na Província;


 Director do Gabinete do Secretário de Estado na Província;
 Director de Serviço Provincial.

4.1. O Gabinete do Secretário de Estado na Província

De acordo com o Artigo 27, Lei n.º 7/2019, de 12 de Junho, o Gabinete do Secretário de
Estado na Província executa actividades de carácter organizativo, técnico-administrativo,
protocolar e tem como funções:

 Garantir a implementação de matérias atinentes a administração local do Estado e da


função pública na área da sua competência;
 Assegurar o acompanhamento e controlo da execução das decisões do Secretário de
Estado na Província;
 Prestar assessoria ao Secretário de Estado na Província;
 Garantir a interacção do Secretário de Estado na Província com o público e outras
entidades;
 Prestar apoio técnico para o funcionamento da Secretaria de Estado na Província.

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4.2. O Director de Serviço Provincial

De acordo com o Artigo 31 Lei n.º 7/2019, de 12 de Junho, compete ao Director de Serviço
Provincial:

 Dirigir o serviço provincial;


 Gerir os recursos humanos, materiais e financeiros;
 Garantir a elaboração, execução e controlo de planos;
 Zelar pelo cumprimento de leis, regulamentos e instruções superiores;
 Realizar outras actividades emanadas superiormente.

5. Autonomia dos órgãos de serviços de representação do Estado na província

5.1. Autonomia administrativa:

A autonomia administrativa compreende os seguintes poderes:

a) praticar actos definitivos e executórios na área da sua circunscrição territorial;

b) criar, organizar e fiscalizar serviços destinados a assegurar a prossecução das suas


atribuições.

5.2. Autonomia financeira:

A autonomia financeira compreende os seguintes poderes:

a) elaborar, aprovar, alterar e executar planos de actividades e orçamento;

b) elaborar, aprovar as contas das receitas e despesas na província;

c) dispor de receitas próprias, ordenar e processar as despesas e arrecadar as receitas que, por
lei, forem destinadas a província;

d) gerir o património do Estado na província;

e) recorrer a empréstimo nos termos da legislação em vigor.

5.3. Autonomia patrimonial:

A autonomia patrimonial consiste em ter património próprio para a prossecução das


atribuições dos Serviços de Representação de Estado na Província.

6. Poder decisório dos órgãos de serviços de representação do Estado na província


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De acordo com o Artigo 6 do decreto nº 5/2020 de 10 de Fevereiro, compete Conselho
dos Serviços Provinciais de Representação do Estado na Província:

 Aprovar o programa, o plano e orçamento e supervisar a sua execução;


 Aprovar o relatório balanço das actividades desenvolvidas a submeter ao órgão
central;
 Operacionalizar as suas decisões e recomendações, bem como dos órgãos centrais;
 Deliberar sobre medidas de prevenção ou de socorro, em casos de iminência ou
ocorrência de eventos extremos;
 Executar actividades e programas económicos, culturais e sociais de interesse
provincial;
 Exercer as demais competências determinadas por lei.

7. Relação entre Serviços de Representação do Estado face ao Secretario ao Secretário


do Estado

Relação entre Serviços de Representação do Estado face ao Secretário do Estado é de


independência na coordenação das actividades, visto que o Secretário de Estado trata-se de
um órgão singular e Conselho de Representação dos Serviços do Estado tratar-se órgão
colegial dotado de poderes deliberativos que para o funcionamento depende exclusivamente
das matérias provenientes do Secretário do Estado.

De acordo com o Artigo 28 Lei n.º 7/2019, de 12 de Junho No âmbito da respectiva relação,
consiste na persecução seguintes actividades:

 Garantir a implementação de planos e programas aprovados pela Secretaria de Estado


na Província e os definidos centralmente;
 Orientar e apoiar às unidades económicas e sociais dos respectivos sectores de
actividades;
 Garantir a implementação de políticas nacionais com base nos planos e decisões de
órgãos centrais, de acordo com as necessidades de desenvolvimento territorial;
 Dirigir e controlar as actividades dos órgãos e instituições da respectiva área de
actuação garantindo o apoio técnico e metodológico;
 Promover a participação de organizações e associações da sociedade civil nas
respectivas áreas de actuação;
 Assessorar o Secretário de Estado na Província nas matérias do respectivo sector.
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8. Conclusão

Chegando a conclusão, entendo que os órgãos de representação do Estado na província são


compostos por um órgão singular e colegial que asseguram a participação dos cidadãos, das
comunidades locais, das associações e de outras formas de organização que tenham por
objecto a defesa dos seus interesses. No âmbito das actividades desempenham função de
representação do Estado ao nível local dentro da administração do desenvolvimento do
respectivo território e contribuem para a unidade e integração nacionais dos moçambicanos.

Este órgão resulta do processo de descentralização pode, como um processo planificado que
tinha como objetivo, produzir mudanças na geografia e na sociologia de um dado poder
central, a favor de níveis de poder mais baixos da administração do Estado, sem pôr em causa
as forças políticas que a constituem e que controlam a distribuição da riqueza, dos recurso e
do tal poder, cuja A política ou descentralização prevê criação de novos entes com autonomia
e eleição dos titulares dos órgãos de governação descentralizada, assim como os mecanismos
de prestação de contas.

Portanto, o Ministério da Administração Estatal e Função Pública considera que o modelo de


governação confere mais robustez à gestão local, dando autonomia às Assembleias
Provinciais para criar regulamentos e funcionamento de forma coabitada com os órgão de
representação do Estado, na medida em que Novo quadro institucional atribui autonomia e
novas competências decisórias aos órgãos de governação descentralizada, ao mesmo tempo
que garante a unicidade do Estado, a partir de criação de formas de representação deste ao
nível local.

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9. Referências Bibliográficas

Lei nº 1/2018, de 12 de Junho: Revisão pontual da Constituição da República. BR. Maputo.

Lei n.º 7/2019 - Conselho Constitucional, BR, Maputo.

Decreto nº 5/2020 de 10 de Fevereiro: Conselho de Ministros, Maputo.

Diploma Ministerial nº 15/2021 de 1 de Fevereiro: Ministério da Administração Estatal e


Função Pública e da Economia e Finanças, Maputo.

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