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Curso: Licenciatura em
Administração Pública,
Disciplina: Teoria Geral de
Administração Pública
Ano de frequência: 1o Ano
Docente: Mestre. Graciete Mário
Magaia Sabão
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Recomendação para a Melhoria do Trabalho
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Índic
e
1. Introdução.....................................................................................................................................5
1.1. Objectivos..................................................................................................................................6
1.1.1 Geral........................................................................................................................................6
1.1.2 Específicos...............................................................................................................................6
1.2. Metodologia...............................................................................................................................6
2. Revisão de literatura.....................................................................................................................7
3. Conclusão...................................................................................................................................19
4. Referências bibliográficas..........................................................................................................20
1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Teoria Geral de Administração Pública, tem em vista descrever
aspectos relacionados com o poder Local em Moçambique, onde numa primeira fase serão
apresentados diversos conceitos de e numa segunda fase serão apresentadas as análise critica em
relação ao poder local em Moçambique e a natureza do gradualismo na implementação das
autarquias em Moçambique.
Para tal quanto a organização do trabalho podemos dizer que o trabalho encontra-se dividido em
três partes nomeadamente: a introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
A introdução constituíra a parte inicial do trabalho onde serão apresentadas as notas inicias ao
que tange ao tema, aos objectivos do trabalho e a metodologia a ser empregue para o alcance dos
tais objectivos. No desenvolvimento serão apresentados as discussões em torno do tema em
estudo e as abordagens de diferentes autores em torno do tema e sua ênfase, finalmente na
conclusão será dada aquilo que é o fecho do trabalho apresentado as conclusões e os
conhecimentos tidos depois de elaborado o trabalho.
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1.1. Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
1.2. Metodologia
Segundo Lakatos - Marconi (2003, p.83), diz que, " método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os objectivos".
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2. Revisão de literatura
“1. O Poder Local tem como objectivos organizar a participação dos cidadãos na solução dos
problemas próprios da sua comunidade e promover o desenvolvimento local, o aprofundamento e
a consolidação da democracia, no quadro da unidade do Estado Moçambicano.
Assim a Lei Fundamental atribui objectivos ao “Poder Local” que este deverá prosseguir.
Contudo, a realização destes objectivos precisa de estruturas (A) e um grau de autonomia
suficiente (B) para permitir a realização concreta dos interesses e fins consagrados pela
Constituição. No entanto, a criação das autarquias locais não liberta o Estado da sua
responsabilidade global sobre o país e o funcionamento das diversas instituições
constitucionalmente existentes; deve, por conseguinte, exercer algum controlo sobre as autarquias
locais (C).
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2.1.2 A assembleia municipal ou de povoação
Nos municípios com mais de 100 000 eleitores, o número de 39 membros é aumentado mais 1
para cada 20 000 eleitores. O número de membros a eleger por cada autarquia local é divulgado
pela Comissão Nacional de Eleições com antecedência mínima de trinta dias da data do acto
eleitoral.
No que diz respeito ao seu funcionamento, é regulado, no seu princípio, pelo Decreto n.º
35/98, de 7 de Julho que estabelece os princípios fundamentais dos regulamentos das assembleias
municipais (princípio de legalidade, princípio de legitimidade democrática do eleito local,
princípio de especialidade, princípio de participação dos cidadãos residentes e princípio de
publicidade). Esses princípios devem ser introduzidos em cada um dos regulamentos das
assembleias municipais. O Decreto n.º 35/98, de 7 de Julho precisa, também, que os
regulamentos das assembleias municipais devem, igualmente, prever disposições relativas aos
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direitos e deveres dos membros das assembleias municipais quanto ao funcionamento da
assembleia, a suspensão e a perda de mandato dos membros da assembleia, a competência da
assembleia municipal, o quórum, a presença do público às reuniões da assembleia municipal, as
deliberações e as modalidades de voto, a apresentação de sugestões, queixas, e petições dos
cidadãos residentes.
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2.1.3. Os órgãos executivos da autarquia local
Os órgãos executivos das autarquias locais são constituídos pelo conselho municipal ou de
povoação (2.1.) e pelo presidente do conselho municipal ou de povoação (2.2.).
Todas as competências do órgão executivo colegial da autarquia local são estabelecidas pelos
artigos 56 e 88 da Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro. Pode-se distinguir vários tipos de
competências: as que têm como finalidade permitir a execução de determinadas tarefas ou
programas (por exemplo, executar as tarefas e programas económicos, culturais e sociais
definidos pela assembleia municipal ou de povoação); as que visam apoiar o presidente do
conselho municipal ou de povoação na realização das suas actividades (por exemplo, o conselho
municipal ou de povoação coadjuva o seu presidente na execução das deliberações aprovadas
pelo respectivo órgão da autarquia local: execução do orçamento e do programa de actividades
definido pela assembleia municipal ou de povoação); as que têm por objecto organizar a sua
participação na elaboração da gestão municipal (por exemplo, apresentar à assembleia municipal
ou de povoação os pedidos de autorização e exercer as competências autorizadas nas matérias
previstas pela lei); e as de natureza normativa (por exemplo, o conselho municipal ou de
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povoação fixa regulamentarmente um valor a partir do qual a aquisição de bens móveis
depende de uma deliberação sua).
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É este quadro institucional que permite a expressão de uma autonomia político-administrativa
que se traduz no poder de desenvolver uma acção política própria.
Qual é o modelo de governação local que foi escolhido? e quais são os seus caracteres
específicos? .
2. O “Presidencialismo municipal”
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O que caracteriza o presidencialismo municipal moçambicano é a estrita separação das
funções dos órgãos da autarquia local (2.1.), por um lado, e, a necessária colaboração entre estes
últimos (2.2.).
A legitimidade democrática de que dispõe cada um dos principais órgãos da autarquia local -
a assembleia municipal ou de povoação e o presidente do conselho municipal ou de povoação –
faz com que nenhum dos referidos órgãos não possa sobrepor-se ou substituir-se à outro no
exercício das suas competências pelo facto de cada um deles foi atribuído uma função distinta44.
Como estabelece o Artigo 15 da Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro: “Os órgãos das autarquias
locais só podem deliberar ou decidir no âmbito das suas competências e para a realização das
atribuições que lhes são próprias”. Assim, o sistema de governação autárquico moçambicano
consagra um modelo de separação dos poderes e impede que um dos órgãos possa governar de
forma “solitária”.
Ainda que à primeira vista, pode parecer que existe uma certa concentração de poderes a nível
“do órgão presidencial”, a concentração é mais aparente do que real, uma vez que o presidente do
município ou da povoação precisa da colaboração e de apoio dos outros órgãos para a aprovação
dos instrumentos essenciais para o funcionamento da autarquia local. Em suma, se existir uma
separação de poderes, existe, também, uma real obrigação para os diferentes órgãos, de coordenar
o exercício das suas acções. Assim, o cruzamento das competências torna-se uma necessidade.
“O executivo municipal” precisa da colaboração da assembleia da autarquia local para traduzir
em decisões normativas o seu programa político. Sem a adesão do órgão representativo da
autarquia local, o conselho municipal ou de povoação e o seu presidente não podem conduzir,
praticamente, nenhuma reforma substancial.
B. A autonomia local
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pressupõe, para além dos referidos direitos, o de participar na definição das políticas públicas
nacionais que afectam os interesses das respectivas populações locais; o direito de compartilhar
com o Estado o poder de decisão sobre as matérias de interesse comum; o direito de
regulamentar, na medida do possível, normas ou planos nacionais, de maneira a melhor adaptá-
las às realidades locais. Isto significa que “… para além de comportar um domínio reservado à
intervenção exclusiva das autarquias, o princípio da autonomia local vai muito mais longe e,
abrangendo embora a ideia de participação, também não se esgota nela, exigindo
nomeadamente poderes decisórios independentes e o direito de recusar soluções impostas
unilateralmente pelo Poder central”47. O estudo da autonomia das autarquias locais
compreende, também, aspectos muito práticos. Com efeito, a sua medida permite apreciar o
verdadeiro grau de descentralização num determinado Estado48. A autonomia local é
verdadeiramente “expressão da descentralização administrativa “49.
O princípio da autonomia das autarquias locais é consagrado pela Constituição (Artigo 8 e n.° 3
do Artigo 276) e pela lei50. Em especial, a lei consagra três tipos de autonomia: a autonomia
administrativa (a), a autonomia financeira (b) e a autonomia patrimonial (c) das autarquias locais.
a) A autonomia administrativa
Para Canhanga (2001, citado por Teresa Nhambire, 2011) Após o país ter alcançado a
independência, em 1975, o Estado moçambicano adoptou um sistema político e económico
centralmente planificado. Este era um modelo socialista da administração pública. Assim,
conforme explica o Prof. Dr. Cistac (2001) "Devido a complexidade do modelo então adoptado, o
Estado torna-se sobredimensionado a nível central e muito fraco a nível provincial e distrital.
Localmente as competências e a autonomia política das autoridades era muito reduzida, assim
como eram quase inexistentes os meios financeiros próprios". O que então, houve tentativas de
abolir as autoridades tradicionais, e foram igualmente dissolvidas as Câmaras Municipais
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autónomas (estruturas do período colonial). Devido ao modelo político e ideologia instituída pelo
Estado no período pós independência (Teresa Nhambire, 2011, p. 13).
O preâmbulo da Lei 6/78, lia-se que "com a formação das assembleias do povo em todos os
escalões, nasceram novos órgãos do poder do Estado democrático popular e criaram-se novas
condições, para a organização do Estado, de acordo com as decisões da FRELIMO."
Para Chambule, (2010), dessa maneira tornasse imperiosa a extinção de antigas estruturas do
aparelho do Estado, assumindo os órgãos do poder popular e o seu aparelho de Estado, todas as
tarefas necessáriasadministrativas locais, foram instituídas as assembleias do povo e os
respectivos conselhos executivos da cidade e do distrito. Os órgãos do Estado ou instituições
criadas e em funcionamento ao nível local eram centralmente nomeados, e eram por excelência,
entidades de direito público com a mesma personalidade jurídica da do Estado, mais sem
autonomia administrativa, financeira nem patrimonial. Neste contexto as relações que se
estabelecem entre o Estado e os Órgãos Locais eram de completa subordinação hierárquica destes
aos órgãos centrais do Estado.
Desta feita, "Esta situação limitou o espírito de iniciativa dos níveis inferiores da
administração, uma vez que estes últimos eram desprovidos de todo o poder de decisão e detodos
os recursos e capacidades para realizar as actividades necessárias dos interesses das comunidades.
Este sistema de administração fragilizou a gestão das instituições locais e produziu efeitos
negativos no que diz respeito a qualidade dos serviços fornecidos às populações" (Cistac; 2012,
p. 3). Por isso que, No início dos anos 80, o Governo reconheceu, oficialmente, que o sistema em
vigor, até então, era centralizado excessivamente e que o Estado era sobredimensionado ao
nível central e de muito fraca eficácia ao nível das províncias e distritos (Idem).
esteja confiada não apenas ao Estado, mas também as outras pessoas colectivas territoriais,
designadamente autarquias locais".
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Assim, a Constituição de 1990 introduziu profundas mudanças políticas, como o pluralismo
político e a existência de autonomias locais, e também económicas, nomeadamente pelo
abandono do sistema de economia planificada e pela consagração da economia de mercado. Com
isso, o novo texto constitucional estabeleceu a separação dos órgãos do poder local, que passaram
a ser dotados de personalidade jurídica própria face ao aparelho administrativo central.
Outrossim, para Cistac (2001), a Constituição catalisou as oportunidades para uma reflexão
sobre a necessidade de mudanças profundas na governação e o fim da guerra civil, criando
condições favoráveis para o desenvolvimento do processo de descentralização no país Por isso, a
emenda constitucional de 1996, introduziu a questão do poder local, viabilizando que as reformas
de descentralização se transformassem num instrumento importante do processo de
reconfiguração do Estado a nível local.
Na sequência de emendas constitucionais produzidas pelo Estado, foi então, produzida uma
série de legislação que deu corpo ao processo de reformas, com maior destaque para a Lei n° 2/97
relativa as autarquias locais e a lei n° 8/2003 sobre os órgãos locais do Estado.
Que para Teresa Nhambirre (2012), Estas reformas resultaram num sistema de governação
local de duas formas:
b) Apresentar as relações entre os órgãos destas mesmas autarquias locais (os órgãos
executivos das autarquias locais são constituídos pelo conselho municipal ou de povoação; e pelo
presidente do conselho municipal ou de povoação.
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ii. Autonomia financeira, que tem como poderes elaborar, aprovar, alterar e executar planos
de actividades e orçamento, bem como elaborar e aprovar as contas de gerência. As autarquias
locais devem também dispor de receitas próprias, ordenar e processar as despesas e arrecadar as
receitas que por lei forem destinadas as autarquias; e
iii. Autonomia patrimonial, que tem como poder gerir o património autárquico para a
prossecução das suas atribuições
Os Órgãos Locais do Estado têm a função de representação do Estado ao nível local para a
administrar o processo de desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a unidade e
integração nacional. No âmbito das suas funções de direcção estatal, exercem competências de
decisão, execução e controlo no respectivo escalão. Estes sem prejuízo da autonomia das
autarquias locais, garantem a realização de tarefas e programas económicos, sociais e culturais de
interesse local e nacional, observando a constituição, as deliberações da Assembleia da República
e as decisões do Conselho de Ministros e dos órgãos do Estado de escalão superiora (Artigo 2 da
Lei n.° 8/2003).
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2.4. Princípios de Organização e Funcionamento
A organização e funcionamento dos Órgãos Locais do Estado obedecem aos princípios da
desconcentração e da desburocratização administrativas, visando o descongestionamento do
escalão central e a aproximação dos serviços públicos as populações, de modo a garantir a
celeridade e a adequação das decisões as realidades locais. Estes mesmos órgãos observam o
princípio da estrutura integrada verticalmente hierarquizada (Nhambire, 2011).
No que respeita a coordenação dos Órgãos do Poder Local (autarquias locais) com os Órgãos
Locais do Estado (Distritos), a Lei n.° 8/2003, diz que de acordo com o Artigo 9, os órgãos locais
do Estado (Distritos), a Lei n.° 8/2003, diz que de acordo com o Artigo 9, os órgãos locais do
Estado respeitam a autonomia, as atribuições e competências das autarquias locais, coordenando
seus planos e programas, projectos e acções com os órgãos das autarquias locais compreenaiaas
no respectivo terntono, visanao a realização harmoniosas aas suas atriouiçoes e competências.
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4. Referências bibliográficas
Legislações:
Manuais
ALMEDINA.
Cistac, G. (2001). Manual de Direito das Autarquias Locais. Maputo, Moçambique: Livraria
Universitária.
Portugal.
Moçambique
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