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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


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O uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa

Nome do Estudante: Carolina Paulo da Costa Félix, Código Estudante: 708207237


Contacto Estudante:842304107/872304105

Curso: Licenciatura em Curso de


Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Didáctica de Literatura

Ano de frequência: 4o Ano

Docente: Dr. Raema Kalima

Quelimane, Abril 2023


Folha de Feebback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(indicação clara do
problema)
Introdução Discrição dos objectivos 1,0
Metodologia adequada ao 2,0
objectivo do trabalho
Articulação e domínio do 2,0
discurso académico
(expressão, escrita,
coerência e coesão textual)
Conteúdos Analise Revisão bibliográfica 2,0
Discussão nacional e internacional
referente a área de estudo
Exploração dos dados 2,0
Contributos teóricos e
Conclusão práticos 2,0
Paginação, tipo e tamanho
de letra, justificação, 1,0
Aspectos espaçamento entre linhas e
gerais Formatação parágrafo.

Norma APA 6º Rigor e coerência das


edição em citações e referências 4,0
citações e bibliográficas
bibliografia

Referências
bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
pág.

I: Introdução................................................................................................................................5

1.2. Objectivos............................................................................................................................5

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................5

1.2.2. Objectivos específicos......................................................................................................5

3. Metodologia............................................................................................................................5

2. Enquadramento teórico...........................................................................................................6

2.1. Provérbios............................................................................................................................6

2.2. Conceituação e caracterização do género provérbio............................................................6

2.3. Provérbio no ensino.............................................................................................................8

2.4. Uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa..........................9

3. Conclusão..............................................................................................................................12

6. Referencias Bibliográficas....................................................................................................13
I: Introdução

O presente trabalho da cadeira de Didáctica de Literatura, visa descrever aspectos


relacionados com o uso de provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa
Os provérbios apresentam origem desconhecida, indefinida e anônima. Há registros de
utilização deles por diversos povos da Antiguidade, no Egipto(anterior a 2500 a. C.) e na
China e na Índia antigas, com o intuito de inculcar preceitos morais e transmitir ideias
filosóficas, ou seja, com o propósito de ensinamento. Como texto oral, os provérbios não
apresentavam características definidas, confundindo-se com outros textos (máximas, adágios,
ditos populares, morais de fábulas).No que tange a organização do trabalho podemos dizer
que o trabalho encontra-se dividido em três partes nomeadamente: a introdução,
desenvolvimento e conclusão.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


Compreender o uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua
Portuguesa
1.2.2. Objectivos específicos
Identificar o Uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa

Contextualizar o Uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua


Portuguesa

Descrever o Uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa

3. Metodologia
Segundo Lakatos - Marconi (2003, p.83), diz que, " metodologia é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar os
objectivos".De salientar que, para elaboração do trabalho, recorreu-se a metodologia de
consulta de algumas obras bibliográficas, tais como: monografias científicas, teses de
doutoramento, artigos científicos, dissertação de mestrados livros que versam sobre o tema
nelas inclinadas e que tais obras estão referenciadas na lista bibliográfica e ainda em
pesquisas na internet.

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2. Enquadramento teórico

2.1. Provérbios
Os provérbios apresentam uma grande diversidade das suas estruturas e, sendo muitas
vezes frases curtas e concisas, têm servido como ferramenta para o estudo e o ensino da
língua nas suas diversas componentes – morfologia, fonologia, sintaxe, semântica,
pragmática, entre outros.

Dado a sua riqueza linguística e cultural, os provérbios surgem disseminados nos


manuais escolares de Português dos diferentes níveis de escolaridade e servindo os mais
variados propósitos.

Os provérbios são frases e expressões que transmitem conhecimentos de geração


em geração, passados de pais para filhos. Muitos desses provérbios têm a sua origem na
antiguidade, nas passagens bíblicas, além de serem mensagens de sabedorias de muitos povos.

Segundo MELO (2002: 152), após proceder à análise de diversas definições, conclui que:

(…) os provérbios são breves frases sapienciais, com origem na sabedoria


popular, daí o seu carácter de textos anónimos; que o seu êxito se deve
fundamentalmente à sua brevidade e a elementos mnemónicos como a métrica,
a rima, os paralelismos, as metáforas, a deformação intencional de
determinadas palavras, entre outros; que a sua leitura pode ser literal ou
metafórica e que o seu carácter sentencioso ou didáctico tanto serve para
“apontar o dedo”, com algum cinismo, a determinados comportamentos
humanos, como para enaltecer virtudes, ou indicar normas de conduta».

Os provérbios são utilizados no ensino do Português, quer enquanto língua materna,


quer enquanto língua não materna. Surgem ainda no Programa de Português L2 [=
Língua Segunda] para Alunos Surdos (Baptista et al. 2011).

2.2. Conceituação e caracterização do género provérbio


Os provérbios apresentam origem desconhecida, indefinida e anônima. Há registros de
utilização deles por diversos povos da Antiguidade, no Egipto (anterior a 2500 a. C.) e na
China e na Índia antigas, com o intuito de inculcar preceitos morais e transmitir ideias
filosóficas, ou seja, com o propósito de ensinamento. Como texto oral, os provérbios não
apresentavam características definidas, confundindo-se com outros textos (máximas, adágios,
ditos populares, morais de fábulas). Com o passar do tempo, tornaram-se expressões mais
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fixas, mais definidas, integrando-se à sabedoria popular. Os hebreus, os gregos e os latinos
contribuíram para a consolidação da forma e para a divulgação dos provérbios, por meio da
Bíblia, de obras literárias, fábulas etc. Com a disseminação dos provérbios, houve uma
extensão da função de ensinamento moral para a função de provocar efeitos de sentido,
evidenciando cultura sábia e ornamento estilístico. Na contemporaneidade, observamos uma
tendência para o uso dos provérbios com a função de crítica social, servindo como argumento
de vários temas, como política, artes, ciência, economia etc. (CÔRTES, 2008).

Os provérbios apresentam forte valor cultural, pois permitem conhecer os aspectos


característicos da sociedade em que está inserido e preservar as tradições, oferecendo um
campo muito vasto para aquele que pesquisa a língua de um povo.

De acordo com Côrtes (2008), o provérbio consiste em um enunciado que se fixa na


memória e instiga a sua repetição. No entanto, apesar de sua aparente simplicidade
configuracional, esse género não é facilmente identificável, uma vez que se aproxima das
demais frases genéricas. Em sua estruturação, o provérbio é um enunciado breve, com
sentidos sentenciosos, com autoridade que não deixa margem a contestações, mesmo sem
autoria revelada. Trata-se de um tema que se mostra de extrema abrangência e profundidade.
De grande importância em algumas civilizações ou considerado vulgar para outras, ele
atravessa os séculos e nos transmite mensagens carregados de história e cultura. Desse modo,
o provérbio é caracterizado como uma frase de estilo popular, com texto curto, de autor
geralmente anónimo, e que se baseia no senso comum de um determinado contexto e nas
características culturais, económicas e sociais de cada comunidade de origem.

Nesse sentido, podemos constatar a existência de provérbios de origem francesa,


portuguesa, inglesa, chinesa etc, embora seja constatada a existência de uso colectivo.

Desse modo, Côrtes (2008, p. 24, apoiada em ASCOMBRE, 2000) considera que Os
provérbios existem e são compreendidos como frases autónomas. O seu carácter é
sentencioso. São uma expressão da verdade geral, fundanda na experiência. São breves,
populares e geralmente metafóricos. São bimembres, quase sempre constituídos de elementos
repetitivos, que facilitam sua memorização. São antigos e transmitidos de geração em
geração, seu carácter é fixo e definido, são essencialmente orais.

Discorrendo sobre a questão, Lacerda (2008) postula que os provérbios “são


empregados para expressarem crenças, pontuações, reafirmações, interpretações e como

7
estratégia de intervenção do indivíduo nas suas diferentes formas de inserção social.” (p. 8).
Nesse sentido, podem ser considerados como parte da literatura oral, exercendo as funções de
recreação e argumentação.

Na função de recreação, esse género textual se presta a enriquecer os discursos


humorísticos nos quais buscam provocar risos e fazer críticas. Na função de argumentação, os
provérbios podem exercer uma linha de confirmação ou de contestação. Os ditos de cunho
confirmatório servem para explicar, exemplificar, esclarecer, comprovar ou reforçar um
determinado ponto de vista, como pode ser percebido no exemplo: “Quem nunca comeu
melado quando come se lambuza”. Já os provérbios de cunho contestatório têm o objectivo de
criticar, questionar e/ou denegar a credibilidade e a confiabilidade do conteúdo expresso pelo
provérbio, como no exemplo: “Pau que nasce torto morre torto”. Além dessas duas funções,
Côrtes (2008) acrescenta os ditos de cunho irónico, que, de certa forma,

2.3. Provérbio no ensino


Os provérbios constituíram, ao longo de várias gerações, um veículo privilegiado de
conhecimento. De igual modo, na Idade Média eram bastante apreciados, funcionando
inclusive como regra jurídica, e no Romantismo, época por excelência do redescobrimento
das raízes dos povos e, portanto da cultura popular, gozavam de um lugar de destaque. Assim
sendo, ao longo de vários séculos «escritores, filósofos, pensadores tiraram proveito dos
provérbios, ora empregando-os em seus textos (escritores), ora compilando-os (filósofos)»
(Nóbrega, 2008: 125).

Segundo FUNK , o seu poder experimentou, entretanto, um grande abalo com o


aparecimento da Revolução Industrial e com a decorrente massificação do ensino e
consequente sobrevalorização da cultura escrita. A partir desse momento, a cultura oral é
relegada para um segundo plano e perde importância enquanto fonte de transmissão de
conhecimentos, lugar subalterno este que, em nossa opinião, ainda ocupa. Por outro lado,
como constatam Helena Vaz Duarte e Gabriela Funk7\ , também a apropriação da cultura
popular, que se verificou por parte dos regimes ditatoriais, quer nacionais quer internacionais,
contribuiu, em grande medida, nos últimos anos, para o exílio dos provérbios das nossas salas
de aula.

Coerentemente, as vantagens que o provérbio nos oferece a nível pedagógico passam


também pela sua função didáctica ou moralizante, que, como vimos anteriormente, ele já
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desempenhava desde épocas remotas. Deste modo, os provérbios podem constituir a base de
actividades cujo objectivo final seja fomentar valores éticos e morais, tais como a paciência
ou a tolerância, entre outros.

Como refere LOPES: (…) enquanto item tradicional armazenado na memória


colectiva da comunidade, o provérbio tem sido encarado como um instrumento didáctico,
através do qual se ditam normas de comportamento e se perpetuam valores axiológicos que
funcionam como alicerce da vida comunitária. (1992: 11)

Os provérbios são igualmente pertinentes enquanto recurso educativo, na medida em


que as suas características formais, nomeadamente a sonoridade e o ritmo, agradam muito aos
alunos, tornando-os, deste modo, recursos motivadores.

No que diz respeito às potencialidades pedagógicas dos provérbios, convém ainda


referir que, dentro ou fora da sala de aula, os provérbios permitem desenvolver uma enorme
variedade de actividades que permitirão trabalhar e, consequentemente, aperfeiçoar todos os
domínios da língua. É a ele que cabe a tarefa de seleccionar os provérbios que considere mais
significativos, de definir que estratégia utilizar, em que momento o fazer e que actividades
serão mais adequadas aos alunos que tem em frente, entre outros. Por outro lado, a falta de
material pedagógico em torno dos provérbios e o papel marginal que os manuais lhes
atribuem (quando nestes surgem), obriga a que o professor tenha que criar, desde a raiz, a sua
própria base de exercícios.

2.4. Uso de Provérbios como estratégia textual na aula de Língua Portuguesa


Relativamente às vantagens da utilização de provérbios no ensino e como estratégia textual ,
acreditamos veementemente que as aulas de Língua Portuguesa são espaços privilegiados para
fazer viver ou reviver nos alunos experiências e memórias várias, de situações e de textos,
alicerçando nelas a construção identitária (individual e colectiva) que urge ajudá-los a
construir nestas idades.

Defendemos, portanto, que um ensino que queira, cada vez mais, aproximar a escola
da comunidade em que se insere tem que incorporar necessariamente a valorização das raízes
da nossa cultura. Trazer os provérbios até às nossas salas de aulas contribuirá, assim, para a
divulgação e preservação da nossa cultura popular e literária, o que, consequentemente,
contribuirá para desenvolver a consciência e identidade cultural dos nossos alunos.

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Palavras e provérbios são como pessoas e povos: como estes nascem e crescem;
transfiguram-se, multiplicam-se; enriquecem. Ricos de raiz e de memória, também eles
morrem e se esquecem; desaparecem. É urgente, na caminhada, colher os provérbios. É
urgente auscultar, na riqueza da paremiologia, os segredos da nossa raiz e da nossa identidade
cultural.

O ensino de Língua Portuguesa tem-se centrado na busca do acesso do aluno ao


universo de textos que circulam socialmente, com os quais as pessoas interagem
sistematicamente no cotidiano, tanto em situações informais, quanto emsituações formais de
uso público da linguagem. Nesse sentido, Koch (2002, p. 17) afirma que o texto pode ser
considerado o próprio lugar da interacção e o sentido de um texto é construído na interacção
texto-sujeitos ou texto-co-enunciadores, isto é, o texto não preexiste a essa interacção. Utilizar
a linguagem é, enfim, interagir a partir do intercâmbio de textos. Por isso, surge a necessidade
de propiciar aos alunos condições para o desenvolvimento de competências, habilidades e
estratégias linguístico-textual-discursivas para a produção, compreensão e interpretação de
textos orais e escritos, oportunizando o desenvolvimento do senso crítico, ético e estético.
Nesse sentido, o género provérbio se apresenta como um texto que possui várias
potencialidades para o ensino da língua portuguesa, embora seja pouco utilizado no processo
de ensino-aprendizagem.

O estudo dos provérbios implica ainda que os alunos transportem para a sala de aula
conhecimentos que já possuem, tornando-os agentes (e não meros receptores) na construção
do seu próprio conhecimento. A este propósito, estamos totalmente de acordo com Leonor
Melo, que defende que devemos «aproveitar os recursos linguísticos dos nossos alunos» e
«dar-lhes oportunidade de intervir directamente na sua formação e sentir que o seu
conhecimento será a base para as novas aprendizagens» (2002: 111).

Esta sua implicação activa no processo de ensino e aprendizagem criará


aprendizagens mais significativas e contribuirá para que ampliem a sua competência
comunicativa. Num mundo globalizado e globalizante urge, assim sendo, preservar e divulgar
a nossa cultura tradicional e popular, incutindo-lhe um novo vigor e colocando-a ao serviço da
educação para que, ao conhecê-la, os alunos se conheçam também melhor a eles próprios.

Em primeiro lugar, convém mencionar que o Programa de Português do Ensino


Básico atribui grande importância à relação da criança/jovem com o mundo e com «aqueles
que o povoam» (PPEB, 2009: 12). O mesmo salienta ainda a importância da «configuração de
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uma consciência cultural (...) no âmbito da qual se vão afirmando e depurando o
reconhecimento e a vivência de uma identidade de feição colectiva» (PPEB, 2009: 12).

Tendo em consideração estes propósitos, que evidenciam a função cultural que os


programas pretendem desempenhar, acreditamos que a única forma que temos de
verdadeiramente reconhecer e valorizar a nossa identidade cultural é conhecendo-a bem e que,
para fazê-lo, temos que incluir, na busca das nossas raízes, esta forma de sabedoria popular
que nos deixa entrever o modo como os nossos antepassados entendiam e se relacionavam
com o mundo que os rodeava: os provérbios.

Neste sentido, considera-se que os mesmos podem configurar um meio privilegiado


de contacto com esta identidade cultural colectiva que o programa apregoa. De igual forma,
os textos literários são um veículo privilegiado de transmitir a cultura de um povo. No que
concerne à educação literária, o programa recomenda uma diversidade linguística e a escolha
de textos representativos «dos vários géneros discursivos orais», assim como a «selecção de
textos representativos das tradições culturais».

Os provérbios, tal como a literatura, reflectem a experiência humana e, por este


motivo, esta associação parece-nos totalmente pertinente. Para além disso, no referencial de
textos para o sugere ainda, a nível de textos literários e para literários, o estudo da literatura
popular e tradicional. (Saramago, 2010: 174).

Provérbios permitem dinamizar a inserção do conhecimento popular nas actividades


didácticas, garantindo que o trabalho com a leitura seja redimensionado, ou seja, uma leitura
como produção de sentidos que efectivamente favorece o desenvolvimento da competência
linguística, textual e discursiva dos alunos. O provérbio permite uma contextualização do
trabalho com os textos, pois como todo enunciado, é resultado de uma enunciação, o que
torna as aulas de língua portuguesa mais atractivas e interessantes, as quais propiciarão aos
alunos uma revisão dos elementos linguísticos utilizados quotidianamente no seu contexto
social, assim como a análise de conteúdos ideológicos/culturais presentes nas expressões
proverbiais.

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3. Conclusão

Chegando a este ponto concluímos que os Provérbios permitem dinamizar a inserção do


conhecimento popular nas actividades didácticas, garantindo que o trabalho com a leitura seja
redimensionado, ou seja, uma leitura como produção de sentidos que efectivamente favorece
o desenvolvimento da competência linguística, textual e discursiva dos alunos. O provérbio
permite uma contextualização do trabalho com os textos, pois como todo enunciado, é
resultado de uma enunciação, o que torna as aulas de língua portuguesa mais atractivas e
interessantes, as quais propiciarão aos alunos uma revisão dos elementos linguísticos
utilizados quotidianamente no seu contexto social, assim como a análise de conteúdos
ideológicos/culturais presentes nas expressões proverbiais.

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6. Referencias Bibliográficas

ARRUDA, Rinalda Fernanda 2012.de. Provérbios e expressões idiomáticas como recursos


de argumentação da língua na mídia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de
Pernambuco, CAC. Letras, Recife,

CÔRTES,M. T. G. Os Provérbios franceses utilizados como argumentação nas crônicas de


arte. 2008. 133 f. Tese (Mestrado) – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

DISCINI, Norma. Provérbios: gênero e estilo. In: BASTOS, Neusa Barbosa. (Org.). Língua
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FERNANDES, Forestan. O folclore de uma cidade em mudança. In: OLIVEIRA, Paulo de


Salles (Org.). Metodologia das Ciências Humanas. São Paulo: Hucitec/UNESP, 1998. p. 53-
80

KOCH, I. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

LACERDA, J. C. de. Provérbio popular: Um agenciamento na produção subjetiva. Betim:


Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2008. Disponível em:
<http://newpsi.bvspsi.org.br/tcc/JordanaLacerda.pdf.>. Acesso em: 10 jan. 2014.

LAUAND, L. J. (2000). Provérbios e educação moral – a filosofia da educação de Tomás de


Aquino e a pedagogia do Mathal. Disponível em:
http://www.deproverbio.com/DPbooks/LAUAND/1.htm. Acesso em: 05 jan. 2014.

OLIVEIRA, Yves Figueiredo de. Enunciação proverbial e argumentação por autoridade em


cartas do leitor. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Universidade Federal do
Espírito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, 2011.

SABINO, M. A. Expressões idiomáticas, provérbios e expressões idiomáticas proverbiais:


iguais, semelhantes ou diferentes? In: BARROS, L. A.; ISQUERDO, N.A. (Orgs.). O léxico

em foco: múltiplos olhares [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2010.

SANTOS. M. O. O Provérbio É um Comprimido que Anda de Boca em Boca – os Sujeitos


e os Sentidos no Espaço da Enunciação Proverbial. Tese de doutorado. Campinas:
UNICAMP-IEL, 2004

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