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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distancia
Supervisor:
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Declaração
Eu, Júlia Carlos Zaura Lisboa estudante do curso de Licenciatura em Ensino de Português
na Universidade Católica de Moçambique, Instituto de Educação À Distância – Quelimane,
declaro por minha honra que esta monografia intitulada “Contributo da leitura no
desenvolvimento da capacidade de expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe T/B
da Escola Secundaria Geral de Alto-Mollocue 2019-2020 é resultado da minha
investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, e que o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente referenciadas na bibliografia, não contendo
nenhum plágio.
Declaro também que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição de
ensino para obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
Júlia Carlos Zaura Lisboa
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Agradecimentos
Agradeço a Deus, em primeiro lugar pela minha vida, saúde e por me ajudar a ultrapassar
todos os obstáculos encontrado ao longo do curso.
A minha família pela força e incansável luta para tornar a meu curso uma realidade de seu
orgulho.
Meus amigos que sempre me prestaram seu apoio, que sempre foram umas das minhas
maiores alegrias. Ofereceram-me suporte e amor incondicional.
Aos meus queridos colegas da Faculdade, pelo apoio e companheirismo.
Aos meus docentes do curso, que estiveram sempre comigo nessa longa jornada, em
especial, ao meu prezado e querido docente e Supervisor pela dedicação e compreensão.
Sem me esquecer também de agradecer a Universidade Católica de Moçambique, Instituto
de Educação à Distancia.
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Dedicatória
Este trabalho dedico a minha família que me encorajaram e inspiraram bastante para a
realização deste curso.
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Resumo
Este estudo tem como titulo, Contributo da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão
escrita caso dos alunos da 10ª classe T/B da Escola Secundaria Geral de Alto-Mollocue 2019-
2020. O objectivo principal é de analisar com maior aprofundamento sobre o contributo da leitura no
desenvolvimento da capacidade de expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe T/B da Escola
Secundaria Geral de Alto-Mollocue 2019-2020. Para a efectivação desta questão, colocou-se a
seguinte questão: Até que ponto o contributo da leitura influência no desenvolvimento da
capacidade de expressão escrita nos alunos,Partindo da ideia de que a leitura é um importante e
eficiente instrumento para o acesso ao conhecimento, tendo como base o contexto histórico
envolvido na ascensão da literatura no ambiente escolar e as estratégias que podem ser utilizadas
para auxiliar a leitura e a literatura nos processos de alfabetização e letramento, para que por meio
disso os estudantes possam se tornar cidadãos mais críticos e propositivos. No que se refere a
metodologia, utilizou-se a abordagem qualitativa com enfoque descritivo. A população de estudo
foram os alunos, professores e os pais encarregados da Escola Secundaria Geral de Alto-Mollocue,
numa amostra de 10 pessoas, sendo 1 professores e 2 pais e encarregados de educação e 7 alunos.
Concluiu-se que o contributo da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita caso
dos alunos da 10ª classe T/B da Escola Secundaria Geral de Alto-Mollocue 2019-2020 a leitura
permite-nos aumentar a capacidade de comunicação e expressão, sobretudo se nos situarmos no
âmbito da abordagem comunicacional do ensino de Português língua não materna (PLNM), além de
facilitar outras aprendizagens escolares. A leitura está correlacionada com os restantes aspectos da
comunicação verbal: as relações mais elevadas verificam-se no que toca a ortografia e as mais baixas
relativamente à gramática formal e à escrita manual. As leituras que os alunos fazem servem de
introdução a escrita e de ilustração complementar para alimentar a sua imaginação. A compreensão
escrita, através da leitura, é sempre um ponto de partida para a produção.
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Abstract
This study is titled, Contribution of reading in the development of the ability to express written
expression in the case of students in the 10th class T/B at Escola Secundaria General de Alto-
Mollocue 2019-2020. The main objective is to analyze in greater depth the contribution of reading to
the development of the ability to express written expression in the case of students in the 10th class
T/B at Escola Secundaria General de Alto-Mollocue 2019-2020. To answer this question, the
following question was asked: To what extent does the contribution of reading influence the
development of written expression capacity in the case of students in the 10th class T/B at Escola
Secundaria General de Alto-Mollocue 2019-2020? Starting from the idea that reading is an important
and efficient instrument for accessing knowledge, based on the historical context involved in the rise
of literature in the school environment and the strategies that can be used to assist reading and
literature in the processes of literacy and literacy, so that through this students can become more
critical and purposeful citizens. Regarding methodology, a qualitative approach with a descriptive
focus was used. The study population were students, teachers and parents in charge of the General
Secondary School of Alto-Mollocue, in a sample of 10 people, 1 teacher and 2 parents and guardians
and 7 students. It was concluded that the contribution of reading in developing the capacity for
written expression in the case of students in the 10th class T/B at Escola Secundaria General de Alto-
Mollocue 2019-2020, reading allows us to increase the capacity for communication and expression,
especially if we are within the scope of the communicational approach to teaching Portuguese as a
non-native language (PLNM), in addition to facilitating other school learning. Reading is correlated
with the other aspects of verbal communication: the highest relationships are found with regard to
spelling and the lowest with regard to formal grammar and handwriting. The readings that students
do serve as an introduction to writing and as complementary illustrations to feed their imagination.
Written comprehension, through reading, is always a starting point for production.
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Lista de Siglas e Abreviaturas
OE– Oralidade e Expressividade
CV – Concordância Verbal
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Lista de Tabelas
Tabela 1: Distribuição da amostra .....................................................................................36
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Índice
Declaração.........................................................................................................................3
Agradecimentos.................................................................................................................4
Dedicatória........................................................................................................................5
Resumo..............................................................................................................................6
Abstract..............................................................................................................................7
Lista de Tabelas.................................................................................................................9
Capítulo I: Introdução......................................................................................................13
1.0. Introdução.................................................................................................................13
1.2. Problematização.......................................................................................................14
1.3. Justificativa...............................................................................................................15
2.1. Ler.............................................................................................................................18
2.3. Leitura.......................................................................................................................18
2.3.1 Escrita.....................................................................................................................19
2.4.1, Ensino....................................................................................................................23
10
2.5. Currículo...................................................................................................................23
4.1. Causas que concorrem para existência de influencias do fraco domínio ou dificuldades
de desenvolvimento das competências da leitura e escrita nos alunos............................30
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5.1. Conclusão.................................................................................................................37
Sugestões.........................................................................................................................39
Apêndices........................................................................................................................42
Anexo I............................................................................................................................46
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Capítulo I: Introdução
1.0. Introdução
O presente trabalho intitulado “contributo da leitura no desenvolvimento da capacidade de
expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe T/B da Escola Secundaria Geral de Alto-
Mollocue 2019-2020. Segundo Costa (1996), escrever antes de ser uma arte, é uma técnica.
Escrever é um modo disciplinado de criar sentido, que requer aprendizagem. Para a autora é
preciso reavaliar as práticas tradicionais e conhecer novas perspectivas decorrentes da
investigação nessa área.
Este trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica, aliada aos estudos das experiências
adquiridas no processo académico, e durante o processo da decência da Escola Secundária
Geral de Alto-Mollocue. A partir dos autores pesquisados, Gomes (1991), Libaneo (1994),
Piletti, (2006), Mortatti (2006), Cunha (2011), Santos (2007), Garcia (1998) Aroeira; Porto
(2010), Boccato (2006), Brasil (2017), Brasil (1997), Failla (2016) e Zilberman (2008), por
entender que por meio destes seria possível fundamentar e argumentar de maneira
consistente acerca do tema entre outros, foi possível elaborar uma reflexão sobre a
concepção da escrita e da leitura como sistema de código e de representação, tendo em vista
a necessidade de trabalhar a leitura e a escrita como prática social e discursiva.
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Estrutura do trabalho: o trabalho encontra-se organizado em cinco (5) capítulos: o primeiro
sendo Introdução, Delimitação do tema, Problematização, Justificativa, Hipóteses,
Objectivos da pesquisa o segundo Capítulo Fundamentação Teórica e o terceiro Capítulo
Procedimento Metodológico, quarto capítulo apresentação, analise e interpretação de dados,
o quinto capítulo conclusão e sugestões, Referências Bibliográficas, Apêndices e anexos.
1.2. Problematização
Nos últimos anos tem-se verificado enormes esforços do Governo em expandir o sistema
educativo em todos os níveis de ensino, com particular realce para o nível básico, facto que
permitiu reduzir substancialmente a iniquidade de género e geográfica. Paralelamente, há
sinais que indicam que apesar dos progressos alcançados, sobretudo no incremento dos
níveis de acesso à educação, o aumento da capacidade institucional do sector da educação, e
da crescente disponibilização anual de fundos ao sector da educação, a qualidade de ensino-
aprendizagem não está a melhorar, sobre tudo no ensino primário. Os relatórios do
ministério da Educação, referem que uma parte significativa de crianças do ensino
Secundário nas escolas públicas moçambicanas não sabe ler, escrever, fazer a cópia, a
redacção, de entre várias razões apontadas, surgem, a formação dos professores e os
métodos usados por estes na sua leccionação como as mais sonantes. Para várias esferas da
sociedade, a problemática do contributo da leitura no desenvolvimento da capacidade de
expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe é decorrente das técnicas metodológicas de
ensino usadas pelos professores, presumivelmente não adequadas aos alunos. O baixo
rendimento dos alunos é apontado como resultado da ineficácia do professor ou do fraco
domínio de conteúdos temáticos. O Ensino de aspectos referentes as técnicas do contributo
da leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita é uma prática que envolve
sempre a dedicação do corpo docente e do aluno, além disso, é um processo que resulta da
convergência de diversas práticas, exercidas por diferentes actores, em diferentes momentos
sempre com o mesmo propósito, que é portanto, tornar o Ensino mais próximo a realidade
do aluno melhorando por sua vez, a prática do contributo da leitura no desenvolvimento da
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capacidade de expressão escrita caso dos alunos para uma melhoria de qualidade do ensino.
O problema do Ensino do contributo da leitura no desenvolvimento da capacidade de
expressão escrita na Escola ocorre na própria conceitualização do que é da leitura, na forma
com que é avaliada pelos professores, no papel que ocupa na proposta pedagógica da Escola
e, naturalmente, nas práticas pedagógicas que são adoptadas para ensiná-la. Os alunos
necessitam, portanto, aprender significativamente, desenvolver habilidades de leitura e
escrita, compreender e interpretar rapidamente informações, resolver problemas, tomar
decisões, dentre outros aspectos. A Problemática de formação de professores, a dedicação
por parte dos alunos, a insistência da participação dos pais encarregados de Educação no
processo de ensino aprendizagem, a indisponibilidades de recursos didácticos, aliadas à
inexistência de algumas Escolas onde se dedica o ensino do contributo da leitura no
desenvolvimento da capacidade de expressão escrita de forma sistemática, constituem um
dos factores relevantes para o questionamento da eficiência do ensino d leitura e da escrita
para que possa dar melhores indicadores no melhor aproveitamento dos alunos, nas aulas da
língua portuguesa. Tendo por suporte estas razões apresenta-se a seguinte questão de
partida: Que contributo da leitura influência no desenvolvimento da capacidade de
expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe T/B da Escola Secundaria Geral de Alto-
Mollocue ?
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1.3. Justificativa
P2. Que estratégias são utilizadas pelos professores para a motivação da leitura e,
consequentemente, para o desenvolvimento da capacidade de expressão escrita?
P3. De que modo a prática da leitura poderá contribuir a expressão escrita dos alunos?
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1.5.0. Objectivos da pesquisa
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Capítulo II: Fundamentação Teórica
Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente dos estudiosos pelas tarefas de
ensino-aprendizagem a desenvolver em sala de aula, (CANDLIN & MURPHY, 1987;
PRAHBU, 1987; NUNAN, 1989; entre outros) o que levou a repensar as metodologias de
ensino, aos quais os investigadores deram particular atenção, a partir dos anos noventa.
Sabendo que a leitura e a escrita são, das áreas do ensino de português, as que mais
trabalho e tempo exigem do professor, e que nem sempre o resultado é satisfatório, surge a
nossa preocupação em fazer um estudo profundo sobre este pertinente tema. Desta forma,
pretendemos com este trabalho, fazer um estudo aprofundado sobre a prática da leitura, para
verificar se de facto a leitura influência ou não a expressão escrita dos alunos.
Runddel (1966) afirma que a leitura está correlacionada com os restantes aspectos da
comunicação verbal: as relações mais elevadas verificam-se no que toca a ortografia e as
mais baixas relativamente à gramática formal e à escrita manual.
Assim, importa frisar que as frequentes leituras que os alunos fazem servem de
introdução a escrita e de ilustração complementar para alimentar a sua imaginação. A
compreensão escrita, através da leitura, é sempre um ponto de partida para a produção.
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Torna-se importante trabalhar a leitura nas aulas de português, porque ela é um meio de
acesso ao conhecimento e instrumento de integração social, cujo domínio é indispensável,
sabendo que muitos alunos terminam o ensino liceal sem dominar essa prática e são
confrontados com muitos problemas sobretudo quando vão à procura de emprego, pois lêem
pouco e escrevem muito fraco.
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Roldão (2003) sublinha que, actualmente, não se aprende na escola com a qualidade
desejável, porque não há uma preocupação por parte dos educadores em arranjar estratégias
adequadas para ajudar os educandos a ultrapassar essa dificuldade que exige muito trabalho
e dedicação. Os professores devem saber agir em função das características pessoais e das
singularidades culturais dos alunos, para que lhes sejam dadas as respostas didáctico-
pedagógicas diferenciadas.
Concordamos com a afirmação supra, porque em maior parte dos casos se nota uma
grande distanciação entre as duas competências e não há uma preocupação em procurar
melhorar condições de trabalho que favoreça maior aprendizagem. Regista-se que esse
problema precisa de ser repensada com muita calma e com muita rapidez, porque os alunos
necessitam de saída para uma aprendizagem significativa, pois quando há uma boa
programação que permita mais motivação e incentivos num ambiente propício a tendência é
para o sucesso desejado.
Importa realçar que é muito importante que se crie oportunidades na sala de aula para
escrita com um propósito, com convicção de que o domínio da escrita é alimentado pelas
actividades de produção, pois, consideram-se que as aquisições e aprendizagens em
aperfeiçoamento progressivo, permita aquisição de técnicas que torna os alunos autónomos
no domínio da escrita.
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Importa realçar que é muito importante que se crie oportunidades na sala de aula para
escrita com um propósito, com convicção de que o domínio da escrita é alimentado pelas
actividades de produção, pois, consideram-se que as aquisições e aprendizagens em
aperfeiçoamento progressivo, permita aquisição de técnicas que torna os alunos autónomos
no domínio da escrita.
Para Ferreira e Dias (2000). É inquestionável que a leitura tem um papel importante
no crescimento e no desenvolvimento intelectual e afectivo dos alunos e das pessoas em
geral. A leitura de géneros literários, tais como histórias, mitos e contos de fada, são
consideradas canais de comunicação que activam a memória afectiva. A sua utilização como
fonte de informações, possibilita ao leitor reconhecer o ambiente em que vive, bem como
descobrir as relações que estão por detrás das circunstâncias, que estão nos princípios éticos
e conhecimentos que estimulem sua transformação
Contudo, podemos dizer que a leitura tem um poder incrível, proporciona-nos muitas
coisas positivas na vida. Não há dúvidas, que ao lermos esses géneros estamos mais hábeis
para resolver diferentes problemas que nos aparecem no dia-a-dia, o nosso horizonte fica
mais esclarecido. Vamos encontrar sempre algo que nos educa, que nos mostra uma outra
forma de proceder, razão do nosso crescimento interior e não só.
Segundo Coelho (1995:13), leitura dos contos de fadas, tem uma função pedagógica,
faz afastar os alunos dos perigos e encontram-se a defesa de valores como virtude, o
trabalho e a esperteza. Concordamos com a citação feita, porque de facto um aluno no final
de uma leitura transforma-se, é uma outra pessoa, ganha muitas experiências e a leitura
desses géneros narrativos, são por excelência de muita valia para o desenvolvimento
psíquico e moral dos estudantes. Citando as palavras de Galego Amorim, os livros não
mudam o mundo mas os livros mudam as pessoas e as pessoas mudam o mundo. Neste
sentido, há que criar hábitos de leitura nos alunos para que possam ser cada vez mais
inteligentes, pois toda a aprendizagem passa necessariamente pela leitura e um bom leitor é
quase sempre um bom aluno, pois esta habilidade é crucial para o acesso gratificante a todas
as áreas de conhecimento pedagógico e social.
Importa frisar, que todas as preferências de leituras são louváveis, desde que não
sejam de textos de cunho não educativo que permitam a prática de coisas anormais, ajudam-
nos no nosso crescimento, possibilita-nos muitas aprendizagens, um bom leitor é um
aprendiz incansável para toda a vida.
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Nesta óptica podemos afirmar que uma boa parte do insucesso escolar, poderia ser
evitado se os estudantes tivessem o hábito de ler qualquer tipo de texto, desde os meramente
recreativos como os de desporto, as novelas românticas, até livros verdadeiramente sérios e
de valor cultural.
Por isso, todos os professores devem facultar aos discentes livros de acordo com o
nível etário. Assim, para crianças e jovens devem ser proporcionados revistas e livros que
lhes falem de assuntos relevantes para a idade, por exemplo: problemas com a família,
convivência com os amigos, crescimento pessoal, moda, vida de cantores e actores, famosos
e outros, para o seu crescimento intelectual, pessoal e social.
É evidente que para ser um bom escritor deve ser, antes de mais, bom leitor, pois a
aprendizagem da escrita deve acontecer em paralelo com a leitura.
Assim sendo, podemos acentuar, que a prática da leitura é o principal meio para
obtermos uma escrita com qualidade ou perfeição. Quem lê pouco, sente imensas
dificuldades ao escrever, porque produz um reduzido número de vocabulário ou seja muito
pobre, não tem ideias, fica limitado e ainda dá vários erros ortográficos, pois sabendo que
muitos têm tendência de confundir algumas palavras com a nossa língua materna devido a
fraca leitura. Sim-Sim (1995) sublinha que “Ler é um processo interactivo entre o leitor e o
texto, através do qual o primeiro re-constrói o significado do segundo”. Quanto mais
alargadas forem as experiências de leitura e as de escrita melhor se desenvolverá a chamada
competência textual.
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Segundo Valadares (2003:33) “A leitura transforma a informação escrita em
conhecimento e promove o desenvolvimento do imaginário, do espírito crítico e do
pensamento divergente”. Quanto mais diversificadas forem as leituras, mais o aluno entrará
em contacto com diversos registos e funções da linguagem. Adquire a vantagem de
descodificar e interpretar vários enunciados escritos e de registar, na sua memória
expressões que possivelmente, utilizará no dia-a-dia falado e escrito, conforme o contexto.
Podemos transportar a dimensão recriativa e recreativa da leitura para a actividade da
produção escrita. Habitualmente quem conta um conto…depois poderá acrescentar-lhe
muitos pontos.
Goodman e Goodman (1983), afirmam que as pessoas não apenas aprendem a ler
lendo e a escrever escrevendo, mas aprendem também a ler escrevendo e a escrever lendo. A
leitura e a escrita têm influência de uma sobre a outra, mas essas relações não são simples
isomórficas. O efeito sobre o desenvolvimento deve ser visto como envolvendo a função de
ler e escrever e o processo específico no qual as duas competências são usadas para realizar
essas funções. Isso nos mostra, que ambas estão associadas e o desenvolvimento nelas
ocorrem se as pessoas participam activamente das duas experiências, para que ocorra
aprendizagens significativas.
Neste sentido, o professor de português deverá educar os seus alunos para a prática
da leitura dentro e fora da escola, consciencializando-o de que a escrita está intimamente
associada à leitura, uma vez que são processos simultâneos e interdependentes. A leitura
interage na produção escrita e essa por sua vez, interage na leitura, num processo contínuo
(Krás, 2002:208).
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mais elevadas, verificam-se no que toca à ortografia e as mais baixas comovente a gramática
formal e a escrita manual. Segundo este autor, a leitura e a escrita são inseparáveis, uma
complementa a outra, por isso, essas competências devem ser melhor exploradas.
Segundo Fonseca (1994) a escrita aprende-se num contexto específico que é a escola
e no reconhecimento da necessidade de um tipo de aprendizagem singular. Pois cabe aos
professores a responsabilidade de ensinar a escrever, com a consciência de que aprende-se a
escrever e essa aprendizagem ocorre num processo primário na escola. Acrescenta ainda,
que os alunos não aprendem a escrever porque a escola não ensina a escrever.
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É de realçar que a aprendizagem da escrita, não é um processo natural e automático,
pelo contrário, exige um trabalho sistematizado e persistente, tanto por parte do aprendente
como de quem ensina.
Muitos são aqueles que defendem que há défice na escrita na escola porque os
professores não possuem um saber-fazer didáctico-pedagógico que o ensino da escrita exige,
nesse sentido a escola não pode alhear-se nem demitir-se desta preocupante problemática.
(Serra, s/d).
Para a autora aprender o sistema de escrita de uma língua dada não é aprender uma
língua. Assim, a escrita só deveria ser introduzida no ensino quando o aluno já tenha
adquirido um domínio suficiente e automatizado do oral, quer quanto à recepção, quer
quanto à produção. A escrita é considerada como sendo um papel subsidiário e instrumental
no ensino de línguas, usada como meio de anotações, representações gráficas ou em
exercício para reforço do conhecimento sobre a gramática.
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estratégias de ensino de escrita, para desenvolver nos alunos o gosto e a importância da
actividade realizada.
Para que os alunos produzam nas melhores condições possíveis, devem receber
primeiramente instruções indutoras claras e precisas, ou seja favorecer enunciados
sugestivos cujo fim único é de servir de trampolim à imaginação (Pierre Bach, pag.35). Para
que os alunos produzam textos coesos e coerentes, eis algumas técnicas e métodos a
adoptarem:
Para Garcia-Debanc (1987), a gestão de cada fase varia de pessoas para pessoas e se
caracteriza por uma recursividade que as faz alternar, apesar de algumas delas serem
dominantes em determinados momentos. Salienta que na prática pedagógica dá-se alguma
atenção à operação de planificação, quer indirectamente pela análise de textos, quer por
momentos reservados a uma preparação mais próxima do trabalho em conjunto com os
alunos.
Ainda a propósito da escrita, Amor (1993), afirma que uma das propostas de
actividades da escrita pressupõe, que a intervenção do professor deverá primeiramente,
reflectir em cada um dos momentos de produção textual (planificação, redacção, e revisão).
E num segundo momento, ao perceber que os alunos já possuem essas competências
básicas, poderá dar uma orientação mais global, direccionada para a produção total de um
texto, levando em consideração as suas características finais, determinadas pelo contexto.
Este processo serve para estabelecer objectivos, activar e seleccionar conteúdos, para
organizar a informação em ligação a estrutura do texto, para programar a própria realização
da tarefa. É a fase de mobilização e activação de conhecimentos, de selecção de pesquisa de
informação, no sentido de elaborar um plano prévio que oriente o processo de redacção, é
extremamente importante para a pedagogia da escrita. A ausência de um plano de escrita
permite aos alunos explorarem ideias sem conexão, a não hierarquização de argumentos
entre outros. Muitos alunos não conseguem redigir bem porque passam para a escrita apenas
o que seriam capazes de transmitir na oralidade. Neste sentido, aparecem frases sem
coerência, nem adequação, é evidente que a prática da planificação deverá ser treinada
progressivamente (Fonseca et al, 1994).
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Para a autora, existe a macro planificação que é a concepção de um esquema
organizativo e a micro planificação designada a condução do discurso na sua forma final.
Contudo, estes processos são fundados e informados pelas componentes “memória” e
“contexto” e neles a representação do alvo e do objectivo a atingir desempenham um papel
decisivo na selecção da informação e na orientação argumentativa do discurso.
Segundo Fayol e Schneuwely (1987), escrever implica colocar numa ordem linear
informações que raramente têm uma organização sequencial, uma vez que as ideias a
transmitir podem estabelecer entre si conjunto variado de relações do género causa/efeito,
oposição, etc. A textualização consiste em passar da globalidade do sentido à linearidade da
sequência discursiva (Caccamise, 1987). Nesta etapa, o material seleccionado e organizado
na planificação é passado para a linguagem escrita, ou seja em texto. Nesta fase, as ideias
que o sujeito possui ganha uma estrutura nova ou seja, tem que seguir a lógica do discurso.
Este processo ocorre em inter-relação dinâmica entre os elementos envolvidos.
31
propriedades da textualidade. A redacção consiste no controlo da verbalização, na
capacidade de redacção, na forma como o aluno estabelece opções de escrita. Neste
processo há que considerar os seguintes aspectos: a gestão do controlo das operações de
verbalização, gestão de construção sintácticas, conectores, os indicadores temporais, as
marcas de coesão, e outros.
Assim, o aluno que não domine bem os mecanismos da escrita não tem a
possibilidade de efectivar uma auto-revisão; no entanto é necessário consciencializá-lo para
a importância da correcção linguística e aqui o uso do dicionário, da gramática, do
prontuário, deve ser estimulado e consagrado.
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Capítulo III: Procedimento Metodológico
Neste capítulo dedicamo-nos em apresentar o percurso metodológico utilizado para a
efectivação da presente monografia.
Quanto aos objectivos traçados o estudo é de carácter descritivo, porque esta visa
descobrir e observar fenómenos, procurando descrevê-los, classificá-los e interpretá-los, o
que não diferente com o objecto de estudo desta pesquisa, que busca analisar o contributo da
leitura no desenvolvimento da capacidade de expressão escrita caso dos alunos da 10ª classe
T/B da Escola Secundaria Geral de Alto-Mollocue 2019-2020, a pesquisa descritiva exige
do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo
pretende descrever os factos e fenómenos de determinada realidade.
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2.1.3. Quanto aos Procedimentos
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Quanto à amostra da pesquisa, fizeram parte do estudo 10 pessoas, sendo 1
professores e 9 alunos.
A entrevista vai possibilitar obter respostas precisas dos participantes, pois tal como
o nome sugere refere-se ao contacto cara-a-cara e, isto é muito bom porque diferentemente
das outras técnicas, o contacto facial estabelece relações indutivas que ajudarão a analisar
sobre a veracidade ou falsidade do material fornecido.
Eis o motivo por ter-se escolhido como método de recolha de dados neste estudo.
Neste sentido, elaborou-se um guião de entrevista constituído por um breve questionário que
permitiu a colecta das informações necessárias ao tema em estudo e com base nos objectivos
traçados.
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Quando a análise de conteúdo é escolhida como procedimento de análise mais
adequado, como em qualquer técnica de análise de dados, os dados em si constituem apenas
dados brutos, que só terão sentido ao serem trabalhados de acordo com uma técnica de
análise apropriada.
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Capítulo IV: Apresentação, Analise e interpretação de dados
4.1.1. Apresentação e análise dos resultados do inquérito por questionário aos alunos
4.1.1.1.Gostas de ler?
No tocante ao gosta pela leitura, 100% dos alunos inqueridos nas duas turmas
demonstraram que gostam da leitura, motivo de muito orgulho porque não são todos os dias
que encontramos alunos a manifestar o gosto pela prática.
No tocante à ocupação dos alunos na turma A, 20% respondeu que ocupa o seu
tempo livre a escrever, 23% a dançar, 17% a ler e 40% a ouvir a música. Constata-se que a
maior parte dos alunos 40%, ocupam o seu tempo livre a ouvir a música.
Quanto à ocupação dos tempos livres na turma B, 13% dos alunos disseram que
ocupam os seus tempos a escrever, 13% a dançar, 33% a ler e 43% a ouvir a música. É de se
ver que o passatempo favorito dos alunos é ouvir a música, na turma B 43%, mas é de se
louvar porque nessa turma a leitura aparece como segunda ocupação dos meninos.
5- Gostas de escrever?
No que concerne ao gosto pela escrita na turma A, 13% afirma que não gosta de
escrever e 87% dos alunos afirmam que gostam de escrever. Contudo, os alunos que gostam
da escrita são duma percentagem maior, 87%.
Quanto à prática da leitura, não houve um único aluno que seja nas duas turmas que
não reconheceu a importância que a leitura tem na escrita, pois 100% dos alunos de ambas
as turmas, responderam que a prática da leitura lhes ajudam a desenvolver a escrita. Nesse
caso podemos concluir que todos os alunos inqueridos estão conscientes quanto ao valioso
contributo que a leitura tem para o desenvolvimento da escrita.
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vezes e 7% afirmaram que nunca foram incentivados. Em suma, pode-se ver que uma
grande parte desses alunos reconheceu que o professor lhes incentiva para a escrita
Em relação à turma B, verificamos que 33% dos alunos afirmaram que o professor
lhes incentiva algumas vezes, 67% disseram que são incentivados. Assim podemos concluir
que nas duas turmas os professores estimulam os seus alunos para a actividade de leitura.
Quanto ao papel dos pais no incentivo dos filhos à leitura na turma A, constatamos
que 53% dos pais se preocupam com a formação académica dos filhos, 7% não está
minimamente preocupados com o assunto, e 30% em algumas vezes.
Os incentivos dos pais na turma B, à semelhança da outra turma 53% dos alunos
dizem que são incentivados pelos pais, 27% às vezes e 20% nunca receberam incentivos dos
seus pais. Podemos concluir que a maior parte dos pais mostram interesse pela formação
académica dos filhos incentivando-lhes à prática da leitura.
10- A leitura e a escrita são importantes para a tua formação pessoal e social?
É de realçar que 90% dos alunos acham que a leitura e a escrita são importantes
porque ajuda a desenvolver a capacidade física e mental e são fundamentais para a formação
pessoal e social e 10% não opinaram.
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4.5 A leitura como influência da escrita – Algumas constatações
Daniel Pennac s/d, não só defende como vitais para o futuro do pequeno leitor o
papel dos pais, professores, a sua competência e sobretudo o seu entusiasmo pessoal pela
leitura, pela que fazem e pela que transmitem, como em certa medida, parte do princípio de
que esse papel é sempre e cabalmente desempenhado. Ou pelo menos deverá sê-lo, sob pena
da sua inteira culpa e responsabilidade no sucesso ou insucesso do futuro leitor.
A escrita resulta da leitura levado a cabo em duas frentes, por um lado a leitura do
mundo e da vida e, por outro, a leitura no sentido lateral, a leitura de textos. A escrita é
resultado do conjunto das leituras que se vão fazendo ao longo dos tempos. (Lamas, 2007)
Como se pode ver no quadro a cima, todos os professores inqueridos (100%) demonstraram
que os alunos apresentam dificuldades na leitura e na compreensão de textos.
40
Pedimos a justificação dessa pertinente questão, assim 100% dos professores responderam
que os alunos têm dificuldades na leitura e na compreensão de textos pela seguinte razão:
Os alunos sentem-se preguiça de ler. Os que lêem têm dificuldades em aprender o que foi
lido, pois não conseguem extrair informação para a compreensão de texto.
41
Quanto aos tipos de livros utilizados, 24% utiliza jornais, 24% revistas, 24% serve-se
da literatura infanto-juvenil, enquanto 28% usa os manuais adoptados. Ao que tudo indica os
manuais adoptados é por excelência o livro de destaque pelos professores. No entanto,
pudemos verificar que os textos que despertam mais interesses nos alunos são os de
literatura infanto-juvenil, isto é, contos, fábulas, banda desenhada, etc.
Relativamente aos alunos que terminam o ensino secundário sem dominar as competências
da expressão escrita, os professores inqueridos deram a seguinte justificação:
Os alunos transitam sem a mínima condição exigida devido aos facilitismos existentes no
sistema;
Os alunos não levam o estudo a sério, estão mais preocupados com a nota do que aprender
coisas boas;
Por outro lado, uma boa parte dos alunos são preguiçosos e desinteressados a culminar com
alguns professores que não se preocupam com a prestação e o bom desempenho dos alunos,
por não terem sensibilidade, vocação ou formação específica.
42
A competência da expressão escrita é um processo evolutivo. Ao entrar no Ensino
Secundário pressupõe que o aluno já tenha dominado as condições mínimas desejadas em
relação ao programa estabelecido. Esta questão deve ser levado em conta se primamos pela
educação de qualidade e, consequentemente, ter bons quadros no futuro.
Os professores, muitas vezes não dão uma boa assistência aos alunos, porque não estão
preparados para tal, precisam de ter em mente uma outra forma de trabalhar essa
competência e incutir nos alunos a importância que a mesma tem para a vida. Acreditamos,
que se tivessem uma formação pedagógica com pessoas especializadas na área que lhes
orientassem, pelo menos uma vez por ano em todas as instituições escolares, onde lhes
ensinam, fornecem estratégias e actividades para ajudar-lhes a minimizar as dificuldades de
escrita, com certeza a situação seria bem melhor. Para que o ensino-aprendizagem da escrita
se realize com a normalidade, qualidade indispensável torna-se fundamental a criação de
circunstâncias (Frinet).
Porém, constata-se que não se aprende a escrever na escola pelo menos com a qualidade
desejável, porque não há um clima propício para isso, os professores deveriam ser mais
criativos e procurar meios que motivam os alunos, para que haja aprendizagens
significativas.
A forma como o professor desenvolve a actividade da escrita motiva os alunos, mas para
que a dificuldade nessa competência minimizasse é só com muita prática da leitura, isso
começa com o estímulo do professor.
Um bom professor reside em saber, antes de mais deve ser um inventor. Neste sentido deve
proporcionar momentos de leituras que favorecem mais conhecimentos e práticas de escrita.
43
Ao efectuar o estudo de todos os dados que os professores proporcionaram, quanto as
estratégias utilizadas para motivar os alunos para a leitura, verificamos que na toca as
respostas dos questionários, os professores deram bons exemplos de actividades
interessantes que utilizam para motivar os alunos, mas no que diz respeito a prática na sala
de aula, notamos alguma discrepância em relação a isso porque não há o interesse em
estimular os alunos para a prática da leitura, sabendo que os alunos do 8º ano de
escolaridade necessitam de muitos incentivos porque ainda estão a desenvolver a
competência escrita e só com muita prática da leitura estarão mais aptos a escrever com a
qualidade desejada. Pensamos que há que pensar mais no futuro dos educandos, deixar um
pouco os nossos problemas de lado e vencer os obstáculos sentidos, procurar incentivar
sempre os educandos, para que haja leitores competentes e bons escritores.
Daniel Pennac s/d, coloca acima de tudo o entusiasmo do professor pela leitura, o seu amor,
insistindo que é preciso ler. Salientou ainda, que tão importante como ler é partilhar a
leitura. O professor deverá não só ler e fazer ler, mas partilhar também o seu prazer de ler.
Este teórico realça, que ler, ensinar a ler, é antes de mais um acto de amor.
Concordamos plenamente com o raciocínio deste autor, é preciso ter mais gosto em ensinar
a ler, porque o acto de ensinar, é um acto de amor, quem ama, é capaz de fazer tudo de bom
para o outro, mesmo que isso dá um pouco de trabalho, mas vale sempre a pena, nunca há de
se arrepender, o resultado final é ter um mundo cheio de pessoas inteligentes capazes de
dirigir o destino do seu país a um rumo certo.
Como motivador da leitura o professor deve actuar pelas seguintes vias: interessar-se pelos
diferentes tipos de leituras, nos aspectos profissional e pessoal, diversificar as estratégias de
leitura, criar expectativas quanto aos textos analisados.
A leitura deixe de ser actividade ocasional, para integrar-se á vida do sujeito como
necessidade imperiosa, de que decorrem prazer e conhecimento.
44
de livros e ainda a levá-los a descobrir a finalidades positivas para o acto de ler. (Didáctica
da língua e da literatura, volume I 2000)
45
Capítulo V: Conclusão e Sugestões
5.1. Conclusão
Terminada a Monografia científica que tem como tema Influência do Fraco Domínio da
Leitura e Escrita nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso dos alunos da 8ª classe da
Escola Secundaria Geral de Luabo. Uma pesquisa que teve como problemática principal
Analisar as estratégias das Práticas da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa para
melhorar domínio da Leitura e Escrito dos alunos da 8ª classe. Feita a colecta, apresentação,
análise e interpretação de dados obtidos durante a pesquisa, conclui-se que Influência do
Fraco Domínio da Leitura e Escrita nas aulas da Língua Portuguesa é motivado por falta do
diálogo entre os professores, alunos e os pais e encarregados de Educação com os seus
educandos visto que durante a pesquisa alguns alunos afirmam que não sabe ler e nem
escrever porque não são apoiados nas dificuldades que tem o que tem contribuído para fraco
domino da leitura e escrita.
As estratégias de ensino são aspecto fundamental na actuação do docente no processo de
ensino e aprendizagem. Porém nem a aplicação correcta destas não garante o sucesso do
PEA, para atingir tal sucesso é necessário que a Escola, sobretudo o professor desenvolva
capacidade de observar outros factores que podem perturbar a aprendizagem dos alunos, de
modo ajudar os alunos a superá-los, para que estes por sua vez logram sucesso na sua
aprendizagem. No que concerne as estratégias que os professores usam para o
desenvolvimento das competências de Leitura e Escrita nos alunos, ao longo da pesquisa, os
professores demonstraram que usam as estratégias de ensino, sendo que eles apontaram o
método misto como o que eles frequentemente usam o que converge com a perspectiva de
alguns autores que salientam que apesar de não poder se afirmar categoricamente quais são
os métodos mais adequados para o ensino da leitura e escrita, devido a natureza de cada
Escola da disponibilidade do material para o PEA. Quanto as competências básicas
necessárias para a aquisição da leitura e escrita pelos alunos, tanto os professores, foram
unânimes quanto a necessidade de desenvolver nos alunos todas competências descritas no
inquérito, sendo que o não desenvolvimento de uma dada competência pode contribuir em
larga para existência de dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita. No que diz
respeito às dificuldades apresentadas pelos alunos no desenvolvimento de competências da
leitura e escrita, apesar dos professores e a direcção da escola assumirem a existência de
dificuldades de aprendizagem nos alunos, ficou claro que na Escola não existe um trabalho
específico tanto dos professores assim como da direcção da escola para ajudar os alunos a
superar as dificuldades que estes apresentam na aprendizagem da leitura e escrita.
Em paralelo com as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita nos alunos
constatamos também que em relação às causas que concorrem para existência de
dificuldades de desenvolvimento das competências da leitura e escrita nos alunos também n
existe um trabalho extra-escolar nem por parte dos professores assim como da direcção da
escola para dar apoio a estes alunos. Assim conclui-se o fraco desenvolvimento das
competências da leitura e da escrita nos alunos deve-se a fraca aplicação das estratégias de
ensino a leitura e escrita e a falta de um plano de trabalho específico ou extra-escolar dos
professores assim como da direcção da escola para junto dos alunos que demonstram
46
dificuldades em ler e escrever desenvolver um plano de estudo para estes. É importante
realçar que com as mudanças frequentes de currículos, e necessário que haja uma constante
actualização dos professores em matérias de estratégias de ensino sobre tudo de leitura e
escrita, a fim de, cada vez mais, melhorar a sua performance na implementação de
estratégias de ensino.
Sendo a leitura e a escrita competências elementares e indispensáveis à vida académica,
social e profissional de qualquer indivíduo, o processo de aprendizagem deste deve incidir
sobretudo no desenvolvimento destas competências. O professor tem um papel essencial
nesta fase, pois o sucesso da aquisição destas competências está relacionado com o aluno,
com as suas características individuais, o meio que o rodeia e as suas experiências dentro e
fora do contexto escolar. É a partir do conhecimento e das considerações pelas
singularidades cognitivas e linguísticas que se distinguem os alunos, para a escola e o
docente poderem dar uma resposta positiva relativamente às necessidades educacionais dos
mesmos, ensinando a leitura e a escrita de forma mais eficaz e bem-sucedida.
47
Sugestões
A todos professores, alunos, direcção da Escola da Escola Secundária Geral de Luabo
sugere-se que trabalhem arduamente no processo de ensino-aprendizagem privilegiando o
uso de estratégias, sobre tudo de ensino da leitura e escrita com vista melhorar os índices de
insucesso escolar que se verificam no ensino primário, estes devem assumir que o sucesso
do ensino depende deles e que a leitura e escrita, são elementos chave para se alcançar este
sucesso. Deste modo para melhorar a leitura e escrita nos alunos, deixamos as seguintes
Sugestões:
Aos professores da Escola Secundária Geral de Luabo
Nas classes iniciais devem privilegiar o uso de estratégia de jogos infantis de modo a
desenvolver capacidade de habilidades motoras assim como da fala para ajudar as
crianças a perderem medo e receio na relação com os colegas facilitando assim a
aprendizagem,
Nas classes subsequentes deve se privilegiar sobretudo o método misto,
Desenvolver um trabalho de acompanhamento aos alunos com dificuldades de
aprendizagem. À Direcção da Escola Secundária Geral de Luabo
Garantir uma assistência permanente as aulas, para observar e garantir a aplicação
das estratégias de ensino por parte dos professores;
Desenvolver um plano de intervenção para ajudar e orientar os alunos com
problemas de aprendizagem, garantindo um acompanhamento permanente para que
estes possam superar as suas dificuldades e lograrem sucesso na sua aprendizagem;
Garantir que todos professores participem em seminários de actualização em
matérias de ensino da leitura e escrita.
Aos alunos da Escola Secundária Geral de Luabo
Participem activamente nas aulas da Língua portuguesa de modo a reduzir a fraca
participação dos alunos nas aulas de Educação Física;
Relacionar os conteúdos aprendidos das aulas da Língua portuguesa com o que
aprende com os seus encarregados de Educação;
Formar pequenos grupos de modo a participar nas jornadas de leitura e escrita na
comunidade onde esta inserida.
48
5.2. Referências Bibliográficas
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textos de alunos. Vol. 1. São Paulo: Cortez. Soares, M. B (2002). Alfabetização: a
ressignificação do conceito. Alfabetização e Sons. New York.
50
Apêndices
Apêndice I: Entrevista para os professores da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo
professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para se analisar Influência do Fraco
Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da 8ª
Classe da Escola Secundária Geral de Luabo2019-2020.
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Apêndice II: Entrevista dos alunos da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo
professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para analisar Influência do Fraco
Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da 8ª
Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
5. Como você gostaria que fosse realizada a leitura em sua sala de aula?
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______________________________________________________________
6. Depois de ler um texto em sala de aula, seu professor costuma dialogar sobre o assunto
lido?
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__________________________________________________________________________
______________________________________________________________
Muito obrigada pela colaboraçã
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Apêndice III: Entrevista para os pais e encarregados de Educação e conselho da Escola
Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo
professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para analisar Influência do Fraco
Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da 8ª
Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
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7. Qual é o papel dos pais encarregados de educação no processo de ensino aprendizagem?
__________________________________________________________________________
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______________________________________________________________
Muito obrigada pela colaboração!
Anexo I
Figura I: Imagem frontal referente da Escola Secundária Geral de Luabo
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