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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de


caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020

Estudante: Candida Benedito Antonio


Código de estudante:

Quelimane, Setembro 2023

1
Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distancia

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de


caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020

O Presente trabalho científico será


apresentado no Centro de Ensino a Distância, na Universidade
Católica de Moçambique Delegação de Quelimane, para a
obtenção do Grau de Licenciatura em Ensino da Língua
Portuguesa.

Supervisor: Genito Flavio

2
Quelimane, Dezembro 2022

Declaração

Eu, Candida Benedito Antonio estudante do curso de Licenciatura em Ensino de


Português na Universidade Católica de Moçambique, Instituto de Educação À Distância
– Quelimane, declaro por minha honra que esta monografia intitulada “Uso dos
pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de caso
dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020 é
resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, e que o
seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente referenciadas
na bibliografia, não contendo nenhum plágio.

Declaro também que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição
de ensino para obtenção de qualquer grau académico.

Quelimane, aos ____/ de Fevereiro de 2023

_____________________________________
Candida Benedito Antonio

3
Agradecimentos

Agradeço a Deus, em primeiro lugar pela minha vida, saúde e por me ajudar a
ultrapassar todos os obstáculos encontrado ao longo do curso.
A minha família pela força e incansável luta para tornar a meu curso uma realidade de
seu orgulho.
Meus amigos que sempre me prestaram seu apoio, que sempre foram umas das minhas
maiores alegrias. Ofereceram-me suporte e amor incondicional.
Aos meus queridos colegas da Faculdade, pelo apoio e companheirismo.
Aos meus docentes do curso, que estiveram sempre comigo nessa longa jornada, em
especial, ao meu prezado e querido docente e Supervisor pela dedicação e compreensão.
Sem me esquecer também de agradecer a Universidade Católica de Moçambique,
Instituto de Educação à Distancia.

4
Dedicatória

Este trabalho dedico a minha família que me encorajaram e inspiraram bastante para a
realização deste curso.

5
Resumo

Candida Benedito António (2023), Uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na
conjugação pronominal estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral
de Morrumbala 2019-2020.Com esta temática tem-se como objectivo principal analisar os
factores que contribuem para o uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação
pronominal. E como pergunta de partida formulou-se Quais são os factores que contribuem
para o uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de
caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020.?Partiu-
se do pressuposto que a construção dos saberes é um processo bastante complexo, que envolve
muitos intervenientes para a sua concretização. Neste leque de intervenientes, encontram-se os
professores, e os alunos a comunidade na qual os educandos estão inseridos e a instituição
formal, que é a escola. Metodologicamente, trata-se de uma abordagem qualitativa. As
ferramentas de investigação que utilizamos no nosso estudo foram entrevistas e guião de
entrevista. E a amostra foi de10 onde 2 professores e 8 alunos da Escola Secundaria Geral de
Morrumbala. Concluiu-se que os factores que contribuem para o uso dos pronomes pessoas
reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de educação no processo de construção
dos saberes escolares dos alunos da ESG de Morrumbala, são vários, tais como, as práticas de
negócio, sobretudo em longas distâncias.

Palavras-chave: Ensino, Interferências, Normas, Pronomes reciproco, pronomes pessoas


reflexos.

6
Abstract

Candida Benedito António (2023), Use of reflexive and reciprocal person pronouns in
pronoun conjugation case study of students in the 10th class of Escola Secundaria Geral de
Morrumbala 2019-2020. With this theme the main objective is to analyze the factors that
contribute to the use of reflexive and reciprocal person pronouns in pronominal conjugation.
And as a starting question it was formulated What are the factors that contribute to the use of
reflexive and reciprocal person pronouns in pronoun conjugation case study of students in the
10th class of the General Secondary School of Morrumbala 2019-2020.? that the construction of
knowledge is a very complex process, which involves many actors to achieve it. In this range of
stakeholders, there are teachers, students, the community in which the students are inserted and
the formal institution, which is the school. Methodologically, it is a qualitative approach. The
research tools we used in our study were interviews and interview guides. And the sample was
10 where 2 teachers and 8 students from Escola Secundaria General de Morrumbala. It was
concluded that the factors that contribute to the use of reflexive and reciprocal person pronouns
in the pronoun conjugation study of education in the process of building the school knowledge
of students at ESG in Morrumbala, are several, such as business practices, especially in long
distances.

Keywords: Teaching, Interferences, Norms, Reciprocal pronouns, reflexive person pronoun

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Lista de Siglas e Abreviaturas
CV – Concordância Verbal

ESG – Escola Secundária Geral

INDE - Instituto Nacional de Educação

SADJ – Sintagma Adjectival

P1 – Primeiro Professor Entrevista

P2 – Segundo Professor Entrevista

PEA-Processo de ensino de Aprendizagem

8
Índice
Declaração....................................................................................................................................4
Agradecimentos...........................................................................................................................5
Dedicatória...................................................................................................................................6
Resumo........................................................................................................................................7
Abstract........................................................................................................................................8
Lista de Siglas e Abreviaturas......................................................................................................9
Capítulo I: Introdução................................................................................................................13
1.0. Introdução...........................................................................................................................13
1.1. Delimitação do tema............................................................................................................13
1.2. Problematização..................................................................................................................13
1.3. Justificativa.........................................................................................................................15
1.4. Perguntas de partidas...........................................................................................................15
1.5.0. Objectivos da pesquisa.....................................................................................................16
1.5.1. Objectivo Geral................................................................................................................16
1.5.2. Objectivos específicos......................................................................................................16
Capítulo II: Fundamentação Teórica..........................................................................................17
2.1.Pronomes..............................................................................................................................17
2.1.1.Conceito de pronomes.......................................................................................................17
2.2. Classificação dos pronomes................................................................................................17
2.4.Pronomes reflexivos.............................................................................................................18
2.5.Pronome Recíproco..............................................................................................................18
2.6.Conjugação pronominal recíproca (pronomes pessoais Recíproco)......................................18
Capítulo III: Procedimento Metodológico..................................................................................19
3.1. Procedimento Metodológico...............................................................................................19
3.2. Tipo de Pesquisa.................................................................................................................19
3.12. Técnicas de apresentação, análise e interpretação de dados...............................................23
Capítulo IV: Apresentação, Analise e interpretação de dados....................................................24
Capítulo III – Apresentação, Análise e Interpretação de Dados...........................................24
1.1. Análise dos Dados Resultantes da Ficha exercícios Dirigida aos Alunos................24
1.2. Análise das Redacções Produzidas pelos Alunos........................................................27
3.1.1. Erros Decorrentes da Própria Natureza Arbitrária do Sistema de Convenções da
Escrita.......................................................................................................................................28
3.1.2. Erros Decorrentes da Transposição dos Hábitos da Fala para a Escrita...................28
1.3. Análise dos Dados Resultantes da Entrevista Dirigida à Professora........................30
9
1.3.1. Gosto dos Alunos pela Participação nas Aulas.......................................................30
1.3.2. Gosto dos Alunos pela Escrita na Sala de Aulas....................................................30
1.3.3. Problemas de Influência da Fala na Escrita dos Alunos........................................30
1.3.4. Estratégias Utilizadas no Ensino da Fala e da Escrita...........................................31
Capítulo V: Conclusão e Sugestões............................................................................................33
5.1. Conclusão............................................................................................................................33
Sugestões...................................................................................................................................36
5.2. Referências Bibliográficas...................................................................................................37
Apêndices...................................................................................................................................40
Anexo I......................................................................................................................................45

10
Capítulo I: Introdução

1.0. Introdução
A Monografia Científica tem como tema em estudo: Uso dos pronomes pessoas
reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de caso dos alunos da 10ª
classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020.No processo de ensino-
aprendizagem, a interacção professor-aluno constitui um momento importante no
desenvolvimento da aprendizagem do aluno, sendo o professor e o aluno as bases do
processo educativo é necessário que haja uma constante e positiva relação e um diálogo
recíproco dentro da sala de aula para que este processo ocorra sem sobressaltos e que
contribua para o sucesso escolar do aluno.
Os pronomes pessoais reflexos e recíprocos são importantes na língua para indicar a
acção de um verbo voltada para o sujeito (reflexos) ou entre dois ou mais elementos
(recíprocos). No estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundária Geral de
Morrumbala 2019-2020, o uso desses pronomes seria aplicado de acordo com a língua
específica que estão estudando (como o português em Moçambique).Este trabalho
baseia-se em pesquisa bibliográfica, aliada aos estudos das experiências adquiridas no
processo académico, e durante o processo da decência da Escola Secundária Geral de
Morrumbala 2019-2020. A partir dos autores pesquisados, LENZ, APUD LUFT, (1979,
p. 115).), BECHARA (1970, p. 114) Piletti, (2006), Mortatti (2006), Cunha (2011),
Santos (2007), Garcia (1998) entre outros, foi possível elaborar uma reflexão sobre a
concepção dos pronomes pessoais reflexos e recíprocos como sistema de código e de
representação, tendo em vista a necessidade de trabalhar a leitura e a escrita como
prática social e discursiva.
Estrutura do trabalho: o trabalho encontra-se organizado em cinco (5) capítulos: o
primeiro sendo Introdução, Delimitação do tema, Problematização, Justificativa,
Hipóteses, Objectivos da pesquisa o segundo Capítulo Fundamentação Teórica e o
terceiro Capítulo Procedimento Metodológico, quarto capítulo apresentação, analise e
interpretação de dados, o quinto capítulo conclusão e sugestões, Referências
Bibliográficas, Apêndices e anexos.

1.1. Delimitação do tema


A Monografia Científica foi realizada na Província da Zambézia no Distrito de
Morrumbala esta subordinado com o seguinte tema: Uso dos pronomes pessoas reflexos
e reciproco na conjugação pronominal. Estudo de caso dos alunos da 10ª classe no
período de 2anos de 2019-2020

1.2. Problematização
Segundo Lakatos & Marconi, (2002:103), referem que “problema é a dificuldade teórica
ou prática no contexto de uma causa de real importância a qual deve encontrar solução,

11
pois procura esclarecer uma dificuldade específica como qual se deve defrontar e que se
pretende resolver por intermédio de uma pesquisa.”

Portanto, a nossa monografia tem como problematização em seguintes aspectos:

1. Complexidade Gramatical: Os alunos podem enfrentar dificuldades na


compreensão das regras gramaticais específicas que regem o uso correto desses
pronomes, especialmente se não houver uma explicação clara ou exercícios
práticos que os ajudem a internalizar esses conceitos.

2. Contextualização Cultural e Linguística: Dependendo da língua ou do dialeto


local, pode haver diferenças sutis no uso desses pronomes. Compreender essas
nuances e aplicá-las corretamente pode ser desafiador para os alunos,
especialmente se as referências culturais não forem adequadamente abordadas
no ensino.

3. Disponibilidade de Recursos Didáticos: A disponibilidade de materiais


educativos que abordem especificamente esses temas, adaptados ao contexto dos
alunos da Escola Secundária Geral de Morrumbala, pode ser limitada. Isso pode
dificultar o aprendizado eficaz e a prática desses conceitos.

4. Necessidade de Exemplos Práticos: A falta de exemplos práticos e exercícios


contextualizados pode limitar a capacidade dos alunos de aplicar esses conceitos
de forma eficaz na fala e na escrita.

5. Nível de Proficiência Linguística: Alunos com diferentes níveis de proficiência


na língua podem enfrentar desafios distintos ao utilizar adequadamente os
pronomes reflexos e recíprocos. Alunos com menor fluência podem ter mais
dificuldade em aplicar esses conceitos corretamente.

Para isso, o seguinte questionamento é formulado: que factores contribuem para uso
incorrecto dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal
estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala
2019-2020

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1.3. Justificativa

Para superar essas dificuldades, é crucial oferecer aos alunos explicações claras e
exemplos relevantes ao contexto local, disponibilizar materiais didácticos que abordem
esses temas de maneira prática e oferecer exercícios que permitam aos alunos praticar o
uso desses pronomes em situações reais de comunicação. Também é importante estar
atento à individualidade do processo de aprendizagem de cada aluno e oferecer apoio
personalizado quando necessário.
Dominar o uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos é essencial para alcançar um
nível avançado de competência linguística. Isso não apenas enriquece a comunicação
escrita e falada, mas também demonstra um domínio mais profundo da língua
portuguesa

Saber utilizar adequadamente esses pronomes permite que os alunos se comuniquem de


maneira mais clara e precisa, expressando ações que envolvem o sujeito ou interações
mútuas entre pessoas.

Facilitar exemplos práticos e exercícios contextualizados pode limitar a capacidade dos


alunos de aplicar esses conceitos de forma eficaz na fala e na escrita.

Portanto, estudar e compreender o uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos não
apenas fortalece as habilidades linguísticas, mas também capacita os alunos a se
comunicarem de maneira mais eficaz, seja na escrita acadêmica, em situações cotidianas
ou em exames formais.

1.4. Perguntas de partidas


P1. Será que a falta de selecção das metodologias por parte dos professores da língua
portuguesa que influencia fraco domínio do uso dos pronomes reflexos e recíprocos na
conjugação pronominal pelos alunos da 10ª classe da Escola Secundária Geral de
Morrumbala em 2019-2020 ?
P2. Quais são as dificuldades apresentadas pelos alunos nas aulas da língua portuguesa
para o uso dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos
da 10ª classe da Escola Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.
P3. Descrever as causas que concorrem para existência de dificuldades e fraco domínio
do uso dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos da
10ª classe da Escola Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020?
P4. Quais são as Estratégias para uso dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação
pronominal pelos alunos da 10ª classe?
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1.5.0. Objectivos da pesquisa

1.5.1. Objectivo Geral


 Capacitar os alunos para compreenderem, utilizarem e aplicarem correctamente
os pronomes reflexos e recíprocos na língua portuguesa, contribuindo assim
para uma comunicação mais eficaz e para o aprimoramento de suas habilidades
linguísticas.

1.5.2. Objectivos específicos


 Identificar a Influência do fraco domínio do uso dos pronomes reflexos e
recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos da 10ª classe da Escola
Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.
 Promover habilidades de comunicação mais claras e precisas ao expressar
acções que envolvem o sujeito ou interacções entre pessoas..
 Desenvolver a capacidade dos alunos para uma leitura mais compreensiva e
uma escrita coesa e coerente, utilizando correctamente os pronomes reflexos e
recíprocos.
 Fornecer ferramentas linguísticas que possibilitem aos alunos expressarem-se
de forma autónoma e correta em situações de comunicação diversas.

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Capítulo II: Fundamentação Teórica

2.1.Pronomes
Os pronomes exercem um importante papel na estruturação das frases e, em
consequência, na construção dos textos.

2.1.1.Conceito de pronomes
Segundo SAID ALI (1965 p. 91) “Pronome é a palavra que denota o ente ou que
a ele se refere, considerando-o apenas como pessoa do discurso.”
Para LENZ, APUD LUFT (1979, p. 115). “Pronome é toda a palavra que não
expressa por si um conceito determinado, mas reproduz formalmente um conceito antes
emitido; ou indica um conceito determinado pelo mesmo ato da palavra ou por uma
acção (um gesto) que acompanha o ato da palavra.”
BECHARA (1970, p. 114) “Pronome é a expressão que designa os seres sem
dar-lhes nome nem qualidade, indicando-os apenas como pessoa do discurso.”

2.2. Classificação dos pronomes


Os pronomes podem ser: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,
interrogativos e relativos.
Pronomes pessoais remetem às três pessoas do discurso e podem ser:
2.3 Retos: os que podem exercer a função de sujeito
1ª pessoa: eu (singular), nós (plural);
2ª pessoa: tu (singular), vós (plural);
3ª pessoa ele, ela (singular), eles, elas (plural).
2.4 Oblíquos: são os pronomes complementos(objecto directo e indirecto

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2.4.Pronomes reflexivos
Os pronomes reflexivos indicam que o sujeito pratica uma acção verbal sobre si
mesmo.
Exemplos:
 Olhei-me ao espelho e vi que estava realmente pálida.
 Penteou-se e saiu.
Os Pronomes Reflexivos são: se, si e consigo. Além desses, há pronomes oblíquos
átonos que assumem essa função: me, te, nos e vos.
Exemplos:
 Levantou-se, vestiu-se e correu para pegar o ônibus.
 Eles banharam-se e voltaram para a toalha para apanhar sol.
 Odiei-me pela atitude que tive ontem.
 Aconchegamo-nos no sofá e assistimos um filme.
 Levantai-vos!
Uma vez que o sujeito pratica e recebe a acção, o objecto representa a mesma pessoa
ou a mesma coisa que o sujeito, de modo que o pronome reflexivo pode funcionar como
objecto directo ou indirecto.

2.5.Pronome Recíproco
Neste caso, há mais do que um sujeito praticando uma ação verbal
reciprocamente ou, um sobre o outro.
Exemplos:
 O prefeito e o vereador cumprimentaram-se antes do início da sessão.
 João e Maria amam-se.

2.6.Conjugação pronominal recíproca (pronomes pessoais Recíproco)


É a conjugação feita com os pronomes pessoais do plural (nos, vos e se),
exprime uma relação de reciprocidade na acção praticada.

Quanto à função sintáctica: os pronomes reflexivos exprimem simultaneamente


o sujeito e o complemento directo (se, si, consigo, me, te, nos, vos); os pronomes

16
reflexivos podem ser redobrados através das expressões: a mim mesmo, a ti mesmo, a
si mesmo, etc.
Os pronomes recíprocos são pronomes reflexivos que, nas pessoas do plural
(nos, vos, se) exprimem a reciprocidade da acção; podem ser redobrados através das
expressões: um ao outro, uns aos outros, entre si'
Conjugação pronominal recíproca, Modo conjuntivo
Verbo Subscrever-se

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Capítulo III: Procedimento Metodológico

3.1. Procedimento Metodológico


No que concernente a metodologia é a fase indispensável da pesquisa científica
onde são traçadas as normas para alcançar os objectivos, isto é, procedimentos usados
para alcançar os objectivos da pesquisa, nesta ordem de ideia será usado tipo de
pesquisa: descritiva, Método de abordagem: Qualitativa e Método de procedimento
monográfico ou estudo de caso. De acordo com GIL (2002:162) nesta parte,
“descrevem-se os procedimentos a serem seguidos na realização da pesquisa”. Percebe-
se aqui que metodologia é o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde o início de
sua caminhada até o final da pesquisa.

3.2. Tipo de Pesquisa


Na pesquisa a autora optou pela pesquisa descritiva, pois a pesquisa permitiu
observar, registar, analisar, classificar e interpretar os dados e os aspectos desenvolvidas
nas Ciências Humanas e Sociais, neste caso em particular. Na ideia de Gil (2002), as
pesquisas deste tipo têm como objectivo a descrição das características de determinada
população ou fenómeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis.

3.3. Tipo de abordagem

Quanto à abordagem a presente pesquisa é pesquisa qualitativa. GIL (2002:134)


afirma que “nas pesquisas qualitativas, o conjunto inicial de categorias em geral é
reexaminado e modificado sucessivamente, com vista em obter ideais mais abrangentes
e significativos.”

A pesquisa científica é uma actividade humana, cujo objetivo é conhecer e explicar os


fenómenos, fornecendo respostas às questões significativas para a compreensão da
natureza.

A presente pesquisa é qualitativa, pelo facto de ser de natureza interpretativa dos


fenómenos e a atribuição de significados.

Assim, a pesquisa qualitativa não se preocupou com representatividade numérica, mas,


sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização,
etc. Deste modo, procurou-se compreender e explicar o uso correto dos pronomes
18
reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos da 10ª classe da Escola
Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.

3.4.Quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos a pesquisa é do tipo descritiva. Para GIL (2002:42) “as
pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis”.

Entende-se aqui que a pesquisa descritiva descreve uma experiência, uma situação, um
fenômeno ou processo nos mínimos detalhes. Neste contexto é descrita a ocorrência do
uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos
da 10ª classe da Escola Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.

3.5.Quanto aos Procedimentos

Sob o ponto de vista dos procedimentos, a pesquisa é pesquisa de campo. No


entender de MARCONI & LAKATOS (2003:186) “pesquisa de campo é aquela
utilizada com o objectivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira
comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles”.

Deste modo entende-se que a pesquisa de campo caracteriza-se pelas


investigações em que se realiza colecta de dados junto a pessoas.

Portanto, na realização da pesquisa a pesquisa de campo foi importante pois


permitiu o acúmulo de informações sobre a ocorrência do o uso correto dos pronomes
reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos da 10ª classe da Escola
Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.

3.6.Método de Abordagem

3.6.1.Método Indutivo

Segundo SILVA (2004:26), “no raciocínio indutivo a generalização deriva de


observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à
elaboração de generalizações”.

Olhando para a natureza do tema e o tipo de pesquisa (qualitativa), optou-se pelo uso
deste método como forma de se chegar ao conhecimento ou demonstração da verdade,
19
partindo de factos particulares e comprovados da Escola Secundária Geral de
Morrumbala em 2019-2020, o que levou a se chegar a uma conclusão genérica.

3.7.Delimitação do Universo

Segundo MARCONI & LAKATOS (2003:223) “universo ou população é o


conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma
característica em comum”.

Entende-se assim que o universo é a totalidade de indivíduos que possuem as


mesmas características, definidas para um determinado problema a ser pesquisado.

Neste contexto, o universo da presente pesquisa foi constituído por um número de 848
alunos e todos professores da 9ᵃ classe na Escola Secundária Geral de Morrumbala em
2019-2020.

3.8.Amostra

MARCONI & LAKATOS (2003:163) afirmam que “a amostra é uma parcela


convenientemente seleccionada do universo (população); é um subconjunto do
universo.”

Deste modo, percebe-se que a amostra é uma parcela significativa da população


ou do universo pesquisado. Assim, a amostra do estudo foi de trinta e uma (31) pessoas,
sendo trinta (30) alunos e um (01) professor da disciplina de Português. Dentre eles
quinze (15) rapazes e quinze (15) raparigas para o caso dos alunos.

Para os alunos usou-se o tipo de amostra não probabilística. Deste modo, para a
selecção da amostra fez-se uma rifa, onde foram colocados numa caixa cinquenta (50)
papéis, contendo trinta (30) assinados com a expressão “participo” e vinte (20)
assinados com a expressão “não participo”, fazendo assim parte da amostra apenas os
que rifaram papéis com a palavra “participo”.

E quanto aos professores, a técnica foi de selecção em função da disciplina em


questão, onde num universo de professores de várias disciplinas da 10ª classe, apenas
optou-se em trabalhar com uma professora da disciplina de Português.

3.9.Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados

Segundo MARCONI & LAKATOS (2003:222) técnicas são “consideradas como


um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência, são, também, a
20
habilidade para usar esses preceitos ou normas, na obtenção de seus propósitos.
Correspondem, portanto, à parte prática de colecta de dados.”

Nesta ordem de ideia, olhando para a natureza do problema, o tipo de pesquisa


bem como os objectivos das técnicas e instrumentos de colecta de dados, optou-se em
usar nessa pesquisa, para a recolha de dados, as seguintes técnicas e instrumentos:

3.9.1.Observação

Na perspectiva de GIL (1999) a observação é utilizada de forma exclusiva ou


conjugada a outras técnicas. Segundo os meios utilizados, a observação pode ser
estruturada ou não estruturada. De acordo com o nível de participação do observado,
pode ser participante ou não-participante.

Na realização da pesquisa pretende-se realizar a observação estruturada que


também pode ser chamada de observação sistemática.

Segundo MARCONI & LAKATOS (2003:193) “na observação sistemática, o


observador sabe o que procura e o que carece de importância em determinada situação;
deve ser objectivo, reconhecer possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê
ou recolhe”.

Nesta pesquisa optou-se pela observação não-participante pois o intuito era de


apenas descrever o factores contribuem para uso incorrecto dos pronomes pessoas
reflexos e reciproco na conjugação pronominal.

Nestes moldes, a observação realizada tem por objectivo central, verificar que
factores contribuem para uso incorrecto dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na
conjugação pronominal nos alunos da 10ª classe, assim, a observação foi levada a cabo
pela pesquisadora durante um período de duas semanas, em que esta assistiu as aulas da
disciplina de Português, na classe e turma que fez parte da amostra.

3.9.2.Entrevista

Segundo GIL (1999:159) “a entrevista é uma comunicação verbal entre duas ou


mais pessoas. Com uma estruturação previamente determinada, a entrevista é realizada
com a intenção de obter informações de pesquisa”.

A entrevista é a perspectiva de investigação qualitativa de recolha de dados a qual


consiste num diálogo intencional entre duas pessoas (entrevistador e entrevistado),

21
orientada por uma das pessoas (entrevistador) com o objectivo de obter informação
acerca da outra.

Nesta ordem de ideia, fez parte da entrevista um (01) professor da disciplina de


português pertencente à 10ª classe. A entrevista foi estruturada, onde se elaborou
antecipadamente as questões abertas para a recolha de dados inerentes a ocorrência do
uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de
caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020.

3.12. Técnicas de apresentação, análise e interpretação de dados


Após a colecta de dados através da observação sistemática e da entrevista semi-
estruturada, para a análise e interpretação dos mesmos na monografia foi usada a técnica
de apresentação, análise e interpretação de dados qualitativa. Segundo Richardson
(1999), a análise qualitativa ou o estudo do conteúdo do tipo qualitativo, isto é, dos
conteúdos que não se podem aplicar técnicas aritméticas. Deve-se primeiramente fazer
uma leitura para organizar as ideias incluídas e em seguida analisar elementos e regras
que as determinam. Pelo facto de ser uma pesquisa social, a análise de conteúdo deve
ser eficaz, rigorosa e precisa. De modo a compreender melhor um discurso, de extrair os
momentos mais importantes.

De modo que, o processo de análise, apresentação e interpretação de dados, se torne


mais dinâmico e sigiloso as entrevistas foram codificadas com as seguintes siglas:
AL1,AL2,AL3,AL4

– a significar interveniente aluno, PR1,PR2,PR3,PR4 – a significar interveniente


professor e IPEE – a significar interveniente de Pais e Encarregados de Educação.

Capítulo IV: Apresentação, Analise e interpretação de dados


Neste capítulo apresenta-se e discute-se os resultados obtidos durante a pesquisa
na Escola Secundária Geral de Luabo, envolvendo professores, alunos e pais e
encarregados de Educação, para se analisar Influência do Fraco Domínio da Leitura e
Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da 8ª Classe. Foram
analisadas, apresentadas e interpretadas as diferentes opiniões, visões e sensibilidades
dos intervenientes sobre Ensino da Língua Portuguesa para os alunos com Necessidades
Educativas Especiais caso da Deficiência Auditiva nos alunos da 8ª classe. De modo
que, o processo de análise, apresentação e interpretação de dados, se torne mais
22
dinâmico e sigiloso as entrevistas foram codificadas com as seguintes siglas: AL1, AL2,
AL3, AL4 – a significar interveniente aluno, PR1, PR2, PR3, PR4 – a significar
interveniente professor e IPEE – a significar interveniente de Pais e Encarregados de
Educação.

Capítulo III – Apresentação, Análise e Interpretação de Dados


Como foi referido na parte introdutória do trabalho, este capítulo diz respeito à
Apresentação, Análise e Interpretação de dados, nele são apresentados os resultados dos
dados já analisados e interpretados a partir dos pressupostos teóricos e metodológicos
anteriormente mencionados.

1.1. Análise dos Dados Resultantes da Ficha exercícios Dirigida aos Alunos
O estudo foi desenvolvido na T.A, da 10ᵃ classe, a amostra foi constituída por trinta (30)
alunos, sendo 67 % indivíduos do género masculino e 33 % do género feminino, com
idades compreendidas entre os treze (13) e vinte (20) anos, conforme indica a Tabela 1.

Tabela 1: Distribuição da amostra em função do género e idade.

Género
Masculino 67 %
Feminino 33 %
Idade
13 – 16 83 %
17 – 20 17 %
21 + 0%
Fonte: Autora (2023).

Como se pode ver na tabela acima, maior parte dos alunos que participaram da pesquisa
(num total de 67 %) são meninos e 33 % são meninos, e uma boa parte dos alunos (num
total de 83 %) pertencentes à amostra possui 13 à 16 anos de idade.

Conhecer a distribuição da amostra em função da idade foi relevante, pois, como


sugere CAGLIARI (1993:31) “uma criança que escreve A menina vestiu-se com
dificuldade. (A menina vestiu a ela própria) não está cometendo um erro de
distracção, mas transportando para o domínio da escrita algo que reflecte sua

23
percepção da fala. Isto é, a criança escreveu a palavra não segundo sua forma
ortográfica, mas segundo o modo como ela pronuncia.

Com a técnica de entrevista foi possível identificar o nível de domínio das habilidades
do uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos
alunos.

Porém, antes de os alunos deviam responder algumas questões colocadas. Com a


questão nᵒ 1, pretendia-se saber se os alunos gostam de participar/falar nas aulas,
conforme ilustra a tabela a baixo:

Tabela 2: Respostas dadas pelos alunos.

Questão 1: Gostas de participar/falar nas aulas?


Sim 88 %
Não 12 %
Questão 2: conheces pronomes? Defina
Sim. Pronome é a palavra que denota o 43 %
ente ou que a ele se refere, considerando-o
apenas como pessoa do discurso
Não. 57 %
Questão 3: o que são pronomes reflexos na conjugação pronominal? Defina-os
São aqueles em que os pronomes pessoais 97 %
me, te, se, nos e vos indicam uma acção
que recai ou se reflecte no agente, ou seja,
uma acção que é realizada e sofrida pelo
sujeito.
Não responderam correctamente e 3%
deixaram embranco
Questão 4: o que são pronomes recíprocos conjugação pronominal? Defina-os
É a conjugação feita com os pronomes 53 %
pessoais do plural (nos, vos e se), exprime
uma relação de reciprocidade na acção
praticada.
Branco 47 %
Fonte: Autora (2022).

24
Como pode-se observar na tabela acima, a maior parte dos alunos inquiridos gosta de
participar/falar nas aulas. A esse respeito LÉVY (1996) apud SILVA (2012:429) aponta
que a palavra oral, antes das primeiras tentativas de se gravar uma informação, era
usada pelos antigos como elemento de gestão da memória social, visto que, toda a
experiência, toda a descoberta, todo o acervo cultural desses povos encontravam-se na
memória dos indivíduos.

A questão nᵒ 2 visava dar a conheces pronomes? Defina. Conforme ilustra a


tabela anterior, maior número de alunos (num total de 57%) conhecem os pronomes, 43
% respondeu em branco.

Pressupõem-se aqui que os alunos conhecem os pronomes pessoas de melhor forma


sendo assim, urge a necessidade de os professores utilizarem estratégias que conduzam
o aluno a desenvolverem as actividades na sala de aula para uso correcto de pronomes .

Assim, os alunos só poderão despertar o interesse pelo que escrevem, e poderão se


aperfeiçoar cada vez mais no que produzem através da prática da escrita e, se forem
instigados a perceber que se precisa de um receptor para aquilo que se escreve – o texto.

Com a questão nᵒ 3, pretendia-se ter conhecimentos sobre o gosto dos alunos em falar
com os amigos em casa. Tendo em consideração a tabela, verifica-se que 97 % dos
alunos gosta de conversar/falar com os seus amigos em casa e 3 % não gosta.

Deste modo, concorda-se com MARCUSCHI (2010:17), quando afirma que “sob o
ponto de vista mais central da realidade humana, seria possível definir o homem como
um ser que fala e não como um ser que escreve […]”.

Procurou-se saber, com a questão nᵒ 4, se os alunos gostam de produzir textos em casa.


A tabela anterior demonstra que boa parte dos alunos (53 %) gosta de produzir textos
em casa, e 47 % não gosta.

Fazendo uma comparação entre os dados da Tabela 2 que dão conta que 53 % dos
alunos gosta de produzir textos em casa, e os dados que ilustram que 57 % dos alunos
não gosta de produzir textos na sala de aulas, confirma-se a ideia que os alunos não
sentem-se devidamente motivados para a produção escrita em contexto de sala de aulas.

25
Assim, concorda-se com CABRAL (2001:253) quando afirma que “muito poucos são
os alunos que narram experiências relevantes de escrita em contexto de sala de aula,
durante o percurso escolar”.

1.2. Análise das Redacções Produzidas pelos Alunos


Relativamente à questão nᵒ 5, através da qual se pedia para os alunos escreverem uma
história que eles gostariam de contar aos seus colegas, verificou-se que das redacções
produzidas, 53 % eram completas; 37 % eram incompletas e 10 % eram ilegíveis.

Entenda-se redacções completas aquelas que foram produzidas respeitando o número de


linhas (máximo de 30 linhas) que se pediu no enunciado; as redacções incompletas são
as que foram produzidas sem respeitar o número de linhas e as redacções ilegíveis são
as que foram de difícil leitura, ou seja, as que não se conseguiu ler o seu conteúdo
durante a análise das mesmas. Conforme ilustra a tabela a baixo:

Tabela 3: Redacções produzidas pelos alunos.

Redacções produzidas pelos alunos


Redacções completas 53 %
Redacções incompletas 37 %
Redacções ilegíveis 10 %
Fonte: Autora (2022).

Com a técnica de redacção foi possível obter a real informação de como actua o
fenómeno da influência da oralidade na produção de textos escritos em português,
especificamente na 8ª classe.

Deste modo, com os dados acima apresentados pretende-se postular que das redacções
produzidas apenas foram analisadas 53 % por estas serem redacções completas, onde
procurou-se analisar a influência da oralidade na produção de textos escritos.

Para uma melhor análise dos dados, classificou-se os “erros” por categorias, seguindo os
pressupostos teóricos enumerados por BORTONI-RICARDO (2005:54), veja-se o
Capítulo II, do presente trabalho.

Assim, verificou-se o seguinte:

26
3.1.1. Erros Decorrentes da Própria Natureza Arbitrária do Sistema de
Convenções da Escrita
Texto 1

Era uma vez um minino chamado Dinis ele gostava ge ajudar as pessoas um dia
encontrou um duente mental que vivia em uma caixa e o duente mental queria
presentiar a sua mae por estar a comemorar mais um ano de vida o minino Dinis
pensso em ajudalo e levou o doente mental para sua casa deulhe, quarto para ele
dormir e roupas para usar deu-lhe banho e levoulhe para o super mercado para
comprar o presente para sua mae chegando la no mercado o doente mental compra um
telefone e um chocolate e voltaram para a casa quando chegaram em casa o doente
mental diss já temos o presente falta só o entregar e o minino Dinis dis onde eque e a
casa da sua mae e o duente mental respondeu não sei o minino pergunta au dúente
mental tes uma agenda eli dis esta lá na caixa o minino foi na caixa e levou a agenda
procurou o contacto da mae do dúente mental e encontrou o contacto e o numero de
casa levou o duente menta a casa da mae e chegando lá o menino ficou adimirado
com a casa da mae e foi dado uma malha cheia de dinheiro e um bilhete para o minino,
cheio de dinheiro.

O texto acima é a transcriação de um dos textos produzidos pelos alunos, este texto
ilustra a influência da oralidade na produção de textos escritos tendo em conta a
primeira categoria de erros. Palavras como *ajudalo (ajuda-lo), *levoulhe (levou-lhe),
*super mercado (super-mercado), *deulhe (deu-lhe); *mae (mãe), *la (lá), *numero
(número) são exemplos dessas marcas que, em última leitura, são o reflexo da falta de
contacto com a palavra escrita: por meio da leitura e da produção de texto escrito.

Segundo BORTONI-RICARDO (2005:54) os erros decorrentes da própria natureza


arbitrária do sistema de convenções da escrita se encaixam os que resultam do
conhecimento insuficiente das convenções que regem a língua escrita, provocados pelas
relações plurívocas entre fonema e letra. Neste contexto, no Texto 1, verificou-se a falta
do uso de diacríticos e erros por acentuação gráfica em *mae,*la, e *numero.

3.1.2. Erros Decorrentes da Transposição dos Hábitos da Fala para a Escrita


Texto 2

27
Quando eu vivia no bairro da aldea aconteceu uma coisa muito triste o
acontecimento aconteceu em 2015. Até hoje se contenta essa historia.

A historia e seguine. Uma senhora que tem 3 filhos a sua filha mas velha não
tinha respeito com os seus pais um dia ela estava a sair e a sua mae pergunto onde e
que voce vai a mae não sabia onde a filha vai. Os pais sempre falava minha filha
coloca o estodo primeiro depós de voce estudar trabalhar vai curtir quanto voce queser
mas agora não e o tempo la emfrente vai ter mas que isso. Esse que estao a ti enganar
só querem te destruir. Ela quando os pais falavao isso ela gostava ensultar os pais,
falava voces não mi gostam. Suas amigas falavam e li davam maus concelhos ate que
chegou um certo ponto que comesou a beber os pais falaram minha filha beber não vai
ti levar a cova. Um dia uma amiga dela deuli para provar fumo ela fumou dai não
conciguio dechar mais. A mae seus irmãos toda sua familia conversaram com ela
deram-lhe bons concelhos mas ela não ques ovir gritava com todos os pai cansados
com ela dece para ela sai de casa ela sai a mae precupada com ela dece minha filha
Dudalu. A mae conversou com o pai para ela voltar ela volto quando ela volto para casa
dos pais ela estava gravida ela queria tirar a bariga mas a mae de para ela não tirar. O
bebe naisseu a sua mae crio mas ela continuou com a sua visa dechava o seu bebé com
a mae. Um dia ela sai e não voltou a sua mae ficou percupada as 11 horas ove tem
uma pessoa morta ai na estrada a sua mae foi ver reconheceu que a sua filha esta morta.

O Texto 2 apresenta a influência da oralidade na produção de textos escritos tendo em


conta a segunda categoria de erros. A partir dos erros oriundos da segunda é possível
traçar o perfil sociolinguístico dos alunos, através das marcas dialectais que eles
transpõem para a escrita, BORTONI-RICARDO (2005).

Nesta categoria de erros, no texto anterior verificou-se a neutralização das vogais


anteriores /e/ e /i/ e das posteriores /o/ e /u/ em posição pós-tônica ou pré-tônica em
palavras como *mi (me), *aldea (aldeia), *mas (mais), *ovir (ouvir), *pergunto
(perguntou) e *precupada (preocupada).

Verificou-se ainda a queda do /r/ final nas formas verbais, este caso ocorreu em *sai
(sair); semivocalização do /lh/ em *deuli (deu-lhe).

28
1.3. Análise dos Dados Resultantes da Entrevista Dirigida à Professora
Os dados que se seguem correspondem a entrevista dirigida à professora da disciplina
de Português, que lecciona na T. A, 8ª classe.

1.3.1. Gosto dos Alunos pela Participação nas Aulas


Tabela 4: Resposta sobre o gosto dos alunos pela participação nas aulas.

Questão 2: Os alunos gostam de participar/falar nas aulas?


R.: “Sim, tenho sempre aulas participativas”.
Fonte: Autora (2022).

A resposta dada pela professora a questão nᵒ 2 condiz com os dados apresentados na


Tabela 2, onde questionou-se aos alunos se gostam de participar/falar nas aulas e estes
em maior número (88 %) respondeu que sim.

1.3.2. Gosto dos Alunos pela Escrita na Sala de Aulas


Tabela 5: Resposta sobre o gosto dos alunos pela escrita.

Questão 3: Os alunos gostam de produzir textos na sala de aulas?


R.: “Sim, produzem textos pessoais e/ou orientados”.
Fonte: Autora (2022).

A resposta dada pela professora a questão nᵒ 3 constitui um contraste em relação aos


dados ilustrados na Tabela 2, que dão conta que o maior número de alunos (num total
de 57%) não gosta de produzir textos na sala de aulas. Neste contexto, ressalta-se a
necessidade de os professores utilizarem estratégias adequadas de modo a motivarem os
alunos para a realização de actividades em contexto de sala de aulas, pois, conforme
CABRAL (2001:253) “muito poucos são os alunos que narram experiências relevantes
de escrita em contexto de sala de aula, durante o percurso escolar […]”.

1.3.3. Problemas de Influência da Fala na Escrita dos Alunos


Questionada se tem verificado algum problema de influência da fala na escrita dos
alunos durante as aulas, a professora respondeu:
29
Tabela 6: Resposta sobre problema de influência da fala na escrita.

Questão 6: Tem verificado algum problema de influência da fala na escrita dos seus
alunos, durante as aulas?
R.: “Sim! Mas acontece mais na oralidade que eles transferem calão e gírias para a sala
de aulas”.
Fonte: Autora (2022).

Conforme a resposta dada pela professora confirma-se que ocorre a influência da


oralidade na escrita dos alunos, sobre o assunto MARCUSCHI (2010:21) diz que “a
passagem da fala para a escrita não é a passagem do caos para a ordem: é a passagem de
uma ordem para outra ordem”. Ou seja, a fala apresenta elementos pragmáticos. Esses
elementos são as pausas, hesitações, alongamentos de vogais e consoantes, repetições,
ênfases, truncamentos etc., o que dá a ideia que a fala seja desestruturada, de uso
simples e informal.

Deste modo, pode-se considerar a possibilidade de que o aluno escreve de forma


inadequada (de acordo com as normas da escrita) sob influência da fala. Ou seja, ele
escreve da forma como fala ou escuta as palavras. Em outras palavras, quando o aluno
escreve, ele imagina que o correcto seria escrever da mesma forma que ele fala, e o som
que sai da fala é representado por este na escrita.

1.3.4. Estratégias Utilizadas no Ensino da Fala e da Escrita


Com a questão nᵒ 9, procurou-se saber da professora que estratégia utiliza no ensino da
fala e da escrita, neste contexto, obteve-se a seguinte resposta:

Tabela 7: Resposta sobre estratégias utilizadas pela professora.

Questão 9: Quais são as estratégias que a professora utiliza no ensino da fala e da


escrita?
R.: “As estratégias que uso no ensino da oralidade e da escrita são: leitura silenciosa,
oral e produção escrita”.
Fonte: Autora (2022).

Tendo em conta a resposta dada pela professora é importante aferir que as estratégias
apresentadas não são adequadas, além disso, a leitura e uma área da língua portuguesa
diferente da oralidade, assim devem ser utilizadas estratégias diferentes no ensino

30
dessas duas áreas distintas, não nega-se a possibilidade destas estratégias poderem ser
combinadas.

Neste contexto, é importante que os professores sejam criativos na elaboração de


estratégias a serem implementadas numa aula de oralidade de modo a possibilitar que o
aluno desenvolva as habilidades almejadas e preconizadas nos programas de ensino.

31
Capítulo V: Conclusão e Sugestões

5.1. Conclusão
Terminada a Monografia científica que tem como tema Influência do Fraco Domínio da
Leitura e Escrita nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso dos alunos da 8ª classe
da Escola Secundaria Geral de Luabo. Uma pesquisa que teve como problemática
principal Analisar as estratégias das Práticas da Leitura e Escrito nas aulas da Língua
Portuguesa para melhorar domínio da Leitura e Escrito dos alunos da 8ª classe. Feita a
colecta, apresentação, análise e interpretação de dados obtidos durante a pesquisa,
conclui-se que Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrita nas aulas da Língua
Portuguesa é motivado por falta do diálogo entre os professores, alunos e os pais e
encarregados de Educação com os seus educandos visto que durante a pesquisa alguns
alunos afirmam que não sabe ler e nem escrever porque não são apoiados nas
dificuldades que tem o que tem contribuído para fraco domino da leitura e escrita.

32
As estratégias de ensino são aspecto fundamental na actuação do docente no processo
de ensino e aprendizagem. Porém nem a aplicação correcta destas não garante o sucesso
do PEA, para atingir tal sucesso é necessário que a Escola, sobretudo o professor
desenvolva capacidade de observar outros factores que podem perturbar a aprendizagem
dos alunos, de modo ajudar os alunos a superá-los, para que estes por sua vez logram
sucesso na sua aprendizagem. No que concerne as estratégias que os professores usam
para o desenvolvimento das competências de Leitura e Escrita nos alunos, ao longo da
pesquisa, os professores demonstraram que usam as estratégias de ensino, sendo que
eles apontaram o método misto como o que eles frequentemente usam o que converge
com a perspectiva de alguns autores que salientam que apesar de não poder se afirmar
categoricamente quais são os métodos mais adequados para o ensino da leitura e escrita,
devido a natureza de cada Escola da disponibilidade do material para o PEA. Quanto as
competências básicas necessárias para a aquisição da leitura e escrita pelos alunos, tanto
os professores, foram unânimes quanto a necessidade de desenvolver nos alunos todas
competências descritas no inquérito, sendo que o não desenvolvimento de uma dada
competência pode contribuir em larga para existência de dificuldades de aprendizagem
da leitura e escrita. No que diz respeito às dificuldades apresentadas pelos alunos no
desenvolvimento de competências da leitura e escrita, apesar dos professores e a
direcção da escola assumirem a existência de dificuldades de aprendizagem nos alunos,
ficou claro que na Escola não existe um trabalho específico tanto dos professores assim
como da direcção da escola para ajudar os alunos a superar as dificuldades que estes
apresentam na aprendizagem da leitura e escrita.

Em paralelo com as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita nos alunos


constatamos também que em relação às causas que concorrem para existência de
dificuldades de desenvolvimento das competências da leitura e escrita nos alunos
também n existe um trabalho extra-escolar nem por parte dos professores assim como
da direcção da escola para dar apoio a estes alunos. Assim conclui-se o fraco
desenvolvimento das competências da leitura e da escrita nos alunos deve-se a fraca
aplicação das estratégias de ensino a leitura e escrita e a falta de um plano de trabalho
específico ou extra-escolar dos professores assim como da direcção da escola para junto
dos alunos que demonstram dificuldades em ler e escrever desenvolver um plano de
estudo para estes. É importante realçar que com as mudanças frequentes de currículos, e
necessário que haja uma constante actualização dos professores em matérias de

33
estratégias de ensino sobre tudo de leitura e escrita, a fim de, cada vez mais, melhorar a
sua performance na implementação de estratégias de ensino.

Sendo a leitura e a escrita competências elementares e indispensáveis à vida académica,


social e profissional de qualquer indivíduo, o processo de aprendizagem deste deve
incidir sobretudo no desenvolvimento destas competências. O professor tem um papel
essencial nesta fase, pois o sucesso da aquisição destas competências está relacionado
com o aluno, com as suas características individuais, o meio que o rodeia e as suas
experiências dentro e fora do contexto escolar. É a partir do conhecimento e das
considerações pelas singularidades cognitivas e linguísticas que se distinguem os
alunos, para a escola e o docente poderem dar uma resposta positiva relativamente às
necessidades educacionais dos mesmos, ensinando a leitura e a escrita de forma mais
eficaz e bem-sucedida.

34
Sugestões
A todos professores, alunos, direcção da Escola da Escola Secundária Geral de Luabo
sugere-se que trabalhem arduamente no processo de ensino-aprendizagem privilegiando
o uso de estratégias, sobre tudo de ensino da leitura e escrita com vista melhorar os
índices de insucesso escolar que se verificam no ensino primário, estes devem assumir
que o sucesso do ensino depende deles e que a leitura e escrita, são elementos chave
para se alcançar este sucesso. Deste modo para melhorar a leitura e escrita nos alunos,
deixamos as seguintes Sugestões:

Aos professores da Escola Secundária Geral de Luabo

 Nas classes iniciais devem privilegiar o uso de estratégia de jogos infantis de


modo a desenvolver capacidade de habilidades motoras assim como da fala para
ajudar as crianças a perderem medo e receio na relação com os colegas
facilitando assim a aprendizagem,
 Nas classes subsequentes deve se privilegiar sobretudo o método misto, 
Desenvolver um trabalho de acompanhamento aos alunos com dificuldades de
aprendizagem. À Direcção da Escola Secundária Geral de Luabo
 Garantir uma assistência permanente as aulas, para observar e garantir a
aplicação das estratégias de ensino por parte dos professores;
 Desenvolver um plano de intervenção para ajudar e orientar os alunos com
problemas de aprendizagem, garantindo um acompanhamento permanente para
que estes possam superar as suas dificuldades e lograrem sucesso na sua
aprendizagem;
 Garantir que todos professores participem em seminários de actualização em
matérias de ensino da leitura e escrita.

Aos alunos da Escola Secundária Geral de Luabo

35
 Participem activamente nas aulas da Língua portuguesa de modo a reduzir a
fraca participação dos alunos nas aulas de Educação Física;
 Relacionar os conteúdos aprendidos das aulas da Língua portuguesa com o que
aprende com os seus encarregados de Educação;
 Formar pequenos grupos de modo a participar nas jornadas de leitura e escrita na
comunidade onde esta inserida.

5.2. Referências Bibliográficas


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ressignificação do conceito. Alfabetização e Sons. New York.

Apêndices
Apêndice I: Entrevista para os professores da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-
2020.

Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.

A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo


professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para se analisar Influência do
Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso
Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo2019-2020.

Nome:___________ Idade______ Sexo_______ Anos de exercício___________

1. De que tipo de métodos usa para o ensino da leitura e da escrita com os seus alunos?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2. Dos diferentes tipos de métodos que utiliza, considera que se rege mais por algum em
específico para melhor domínio da leitura e da escrita?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Utiliza diferentes materiais para complementar os métodos de leitura e escrita para


melhor domínio da leitura e escrita por parte dos seus alunos?

39
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4. Mais a nível do ensino da leitura e escrita concretamente o que considera que mais
auxilia os alunos?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5. Já me tinha referido a necessidade que teve já em misturar vários métodos por


características de turma /alunos, no processo da leitura e escrita?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Muito obrigada pela colaboração!

Apêndice II: Entrevista dos alunos da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-
2020.

Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.

A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo


professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para analisar Influência do Fraco
Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da
8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.

Nome:___________Idade______ Sexo_______Anos ___________

1. Você gosta de ler? Realiza leituras fora da escola?

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2. Que tipos de texto você gosta de ler?

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3. Você gosta das leituras realizadas nas aulas de língua portuguesa? Explique.

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______________________________________________________________________
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4. Você já leu textos que gosta em sala de aula?

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5. Como você gostaria que fosse realizada a leitura em sua sala de aula?

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6. Depois de ler um texto em sala de aula, seu professor costuma dialogar sobre o
assunto lido?

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Muito obrigada pela colaboraçã

Apêndice III: Entrevista para os pais e encarregados de Educação e conselho da Escola


Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
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Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.

A presente entrevista esta sendo feita no âmbito da pesquisa científica, envolvendo


professores, alunos e pais e encarregados de Educação, para analisar Influência do Fraco
Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso Alunos da
8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.

Nome:___________Idade______ Sexo_______Anos ___________

1. O seu educando sabe ler e escrever? Sim ( ) não ( ) porquê?

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2. Tem ensinado os seus filhos a ler e escrever?

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3. O que tem feito no ensino dos seus filhos para melhor aproveitamento no que tange a
leitura e escrita?

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4. Alguma vez já orientou o seu educando no processo de ensino aprendizagem sobre a


leitura e a escrita?

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5. Alguma vez já foi chamado numa reunião na escola para saber do aproveitamento dos
seus educandos?

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6. Já participou numa das reuniões na escola para acompanhar o processo do


desempenho dos seus educandos?

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7. Qual é o papel dos pais encarregados de educação no processo de ensino


aprendizagem?

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Muito obrigada pela colaboração!

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Anexo I
Figura I: Imagem frontal referente da Escola Secundária Geral de Luabo

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