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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distancia
2
Quelimane, Dezembro 2022
Declaração
Declaro também que este trabalho nunca foi apresentado em nenhuma outra instituição
de ensino para obtenção de qualquer grau académico.
_____________________________________
Candida Benedito Antonio
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Agradecimentos
Agradeço a Deus, em primeiro lugar pela minha vida, saúde e por me ajudar a
ultrapassar todos os obstáculos encontrado ao longo do curso.
A minha família pela força e incansável luta para tornar a meu curso uma realidade de
seu orgulho.
Meus amigos que sempre me prestaram seu apoio, que sempre foram umas das minhas
maiores alegrias. Ofereceram-me suporte e amor incondicional.
Aos meus queridos colegas da Faculdade, pelo apoio e companheirismo.
Aos meus docentes do curso, que estiveram sempre comigo nessa longa jornada, em
especial, ao meu prezado e querido docente e Supervisor pela dedicação e compreensão.
Sem me esquecer também de agradecer a Universidade Católica de Moçambique,
Instituto de Educação à Distancia.
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Dedicatória
Este trabalho dedico a minha família que me encorajaram e inspiraram bastante para a
realização deste curso.
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Resumo
Candida Benedito António (2023), Uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na
conjugação pronominal estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral
de Morrumbala 2019-2020.Com esta temática tem-se como objectivo principal analisar os
factores que contribuem para o uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação
pronominal. E como pergunta de partida formulou-se Quais são os factores que contribuem
para o uso dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de
caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020.?Partiu-
se do pressuposto que a construção dos saberes é um processo bastante complexo, que envolve
muitos intervenientes para a sua concretização. Neste leque de intervenientes, encontram-se os
professores, e os alunos a comunidade na qual os educandos estão inseridos e a instituição
formal, que é a escola. Metodologicamente, trata-se de uma abordagem qualitativa. As
ferramentas de investigação que utilizamos no nosso estudo foram entrevistas e guião de
entrevista. E a amostra foi de10 onde 2 professores e 8 alunos da Escola Secundaria Geral de
Morrumbala. Concluiu-se que os factores que contribuem para o uso dos pronomes pessoas
reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de educação no processo de construção
dos saberes escolares dos alunos da ESG de Morrumbala, são vários, tais como, as práticas de
negócio, sobretudo em longas distâncias.
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Abstract
Candida Benedito António (2023), Use of reflexive and reciprocal person pronouns in
pronoun conjugation case study of students in the 10th class of Escola Secundaria Geral de
Morrumbala 2019-2020. With this theme the main objective is to analyze the factors that
contribute to the use of reflexive and reciprocal person pronouns in pronominal conjugation.
And as a starting question it was formulated What are the factors that contribute to the use of
reflexive and reciprocal person pronouns in pronoun conjugation case study of students in the
10th class of the General Secondary School of Morrumbala 2019-2020.? that the construction of
knowledge is a very complex process, which involves many actors to achieve it. In this range of
stakeholders, there are teachers, students, the community in which the students are inserted and
the formal institution, which is the school. Methodologically, it is a qualitative approach. The
research tools we used in our study were interviews and interview guides. And the sample was
10 where 2 teachers and 8 students from Escola Secundaria General de Morrumbala. It was
concluded that the factors that contribute to the use of reflexive and reciprocal person pronouns
in the pronoun conjugation study of education in the process of building the school knowledge
of students at ESG in Morrumbala, are several, such as business practices, especially in long
distances.
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Lista de Siglas e Abreviaturas
CV – Concordância Verbal
8
Índice
Declaração....................................................................................................................................4
Agradecimentos...........................................................................................................................5
Dedicatória...................................................................................................................................6
Resumo........................................................................................................................................7
Abstract........................................................................................................................................8
Lista de Siglas e Abreviaturas......................................................................................................9
Capítulo I: Introdução................................................................................................................13
1.0. Introdução...........................................................................................................................13
1.1. Delimitação do tema............................................................................................................13
1.2. Problematização..................................................................................................................13
1.3. Justificativa.........................................................................................................................15
1.4. Perguntas de partidas...........................................................................................................15
1.5.0. Objectivos da pesquisa.....................................................................................................16
1.5.1. Objectivo Geral................................................................................................................16
1.5.2. Objectivos específicos......................................................................................................16
Capítulo II: Fundamentação Teórica..........................................................................................17
2.1.Pronomes..............................................................................................................................17
2.1.1.Conceito de pronomes.......................................................................................................17
2.2. Classificação dos pronomes................................................................................................17
2.4.Pronomes reflexivos.............................................................................................................18
2.5.Pronome Recíproco..............................................................................................................18
2.6.Conjugação pronominal recíproca (pronomes pessoais Recíproco)......................................18
Capítulo III: Procedimento Metodológico..................................................................................19
3.1. Procedimento Metodológico...............................................................................................19
3.2. Tipo de Pesquisa.................................................................................................................19
3.12. Técnicas de apresentação, análise e interpretação de dados...............................................23
Capítulo IV: Apresentação, Analise e interpretação de dados....................................................24
Capítulo III – Apresentação, Análise e Interpretação de Dados...........................................24
1.1. Análise dos Dados Resultantes da Ficha exercícios Dirigida aos Alunos................24
1.2. Análise das Redacções Produzidas pelos Alunos........................................................27
3.1.1. Erros Decorrentes da Própria Natureza Arbitrária do Sistema de Convenções da
Escrita.......................................................................................................................................28
3.1.2. Erros Decorrentes da Transposição dos Hábitos da Fala para a Escrita...................28
1.3. Análise dos Dados Resultantes da Entrevista Dirigida à Professora........................30
9
1.3.1. Gosto dos Alunos pela Participação nas Aulas.......................................................30
1.3.2. Gosto dos Alunos pela Escrita na Sala de Aulas....................................................30
1.3.3. Problemas de Influência da Fala na Escrita dos Alunos........................................30
1.3.4. Estratégias Utilizadas no Ensino da Fala e da Escrita...........................................31
Capítulo V: Conclusão e Sugestões............................................................................................33
5.1. Conclusão............................................................................................................................33
Sugestões...................................................................................................................................36
5.2. Referências Bibliográficas...................................................................................................37
Apêndices...................................................................................................................................40
Anexo I......................................................................................................................................45
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Capítulo I: Introdução
1.0. Introdução
A Monografia Científica tem como tema em estudo: Uso dos pronomes pessoas
reflexos e reciproco na conjugação pronominal estudo de caso dos alunos da 10ª
classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala 2019-2020.No processo de ensino-
aprendizagem, a interacção professor-aluno constitui um momento importante no
desenvolvimento da aprendizagem do aluno, sendo o professor e o aluno as bases do
processo educativo é necessário que haja uma constante e positiva relação e um diálogo
recíproco dentro da sala de aula para que este processo ocorra sem sobressaltos e que
contribua para o sucesso escolar do aluno.
Os pronomes pessoais reflexos e recíprocos são importantes na língua para indicar a
acção de um verbo voltada para o sujeito (reflexos) ou entre dois ou mais elementos
(recíprocos). No estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundária Geral de
Morrumbala 2019-2020, o uso desses pronomes seria aplicado de acordo com a língua
específica que estão estudando (como o português em Moçambique).Este trabalho
baseia-se em pesquisa bibliográfica, aliada aos estudos das experiências adquiridas no
processo académico, e durante o processo da decência da Escola Secundária Geral de
Morrumbala 2019-2020. A partir dos autores pesquisados, LENZ, APUD LUFT, (1979,
p. 115).), BECHARA (1970, p. 114) Piletti, (2006), Mortatti (2006), Cunha (2011),
Santos (2007), Garcia (1998) entre outros, foi possível elaborar uma reflexão sobre a
concepção dos pronomes pessoais reflexos e recíprocos como sistema de código e de
representação, tendo em vista a necessidade de trabalhar a leitura e a escrita como
prática social e discursiva.
Estrutura do trabalho: o trabalho encontra-se organizado em cinco (5) capítulos: o
primeiro sendo Introdução, Delimitação do tema, Problematização, Justificativa,
Hipóteses, Objectivos da pesquisa o segundo Capítulo Fundamentação Teórica e o
terceiro Capítulo Procedimento Metodológico, quarto capítulo apresentação, analise e
interpretação de dados, o quinto capítulo conclusão e sugestões, Referências
Bibliográficas, Apêndices e anexos.
1.2. Problematização
Segundo Lakatos & Marconi, (2002:103), referem que “problema é a dificuldade teórica
ou prática no contexto de uma causa de real importância a qual deve encontrar solução,
11
pois procura esclarecer uma dificuldade específica como qual se deve defrontar e que se
pretende resolver por intermédio de uma pesquisa.”
Para isso, o seguinte questionamento é formulado: que factores contribuem para uso
incorrecto dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na conjugação pronominal
estudo de caso dos alunos da 10ª classe da Escola Secundaria Geral de Morrumbala
2019-2020
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1.3. Justificativa
Para superar essas dificuldades, é crucial oferecer aos alunos explicações claras e
exemplos relevantes ao contexto local, disponibilizar materiais didácticos que abordem
esses temas de maneira prática e oferecer exercícios que permitam aos alunos praticar o
uso desses pronomes em situações reais de comunicação. Também é importante estar
atento à individualidade do processo de aprendizagem de cada aluno e oferecer apoio
personalizado quando necessário.
Dominar o uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos é essencial para alcançar um
nível avançado de competência linguística. Isso não apenas enriquece a comunicação
escrita e falada, mas também demonstra um domínio mais profundo da língua
portuguesa
Portanto, estudar e compreender o uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos não
apenas fortalece as habilidades linguísticas, mas também capacita os alunos a se
comunicarem de maneira mais eficaz, seja na escrita acadêmica, em situações cotidianas
ou em exames formais.
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Capítulo II: Fundamentação Teórica
2.1.Pronomes
Os pronomes exercem um importante papel na estruturação das frases e, em
consequência, na construção dos textos.
2.1.1.Conceito de pronomes
Segundo SAID ALI (1965 p. 91) “Pronome é a palavra que denota o ente ou que
a ele se refere, considerando-o apenas como pessoa do discurso.”
Para LENZ, APUD LUFT (1979, p. 115). “Pronome é toda a palavra que não
expressa por si um conceito determinado, mas reproduz formalmente um conceito antes
emitido; ou indica um conceito determinado pelo mesmo ato da palavra ou por uma
acção (um gesto) que acompanha o ato da palavra.”
BECHARA (1970, p. 114) “Pronome é a expressão que designa os seres sem
dar-lhes nome nem qualidade, indicando-os apenas como pessoa do discurso.”
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2.4.Pronomes reflexivos
Os pronomes reflexivos indicam que o sujeito pratica uma acção verbal sobre si
mesmo.
Exemplos:
Olhei-me ao espelho e vi que estava realmente pálida.
Penteou-se e saiu.
Os Pronomes Reflexivos são: se, si e consigo. Além desses, há pronomes oblíquos
átonos que assumem essa função: me, te, nos e vos.
Exemplos:
Levantou-se, vestiu-se e correu para pegar o ônibus.
Eles banharam-se e voltaram para a toalha para apanhar sol.
Odiei-me pela atitude que tive ontem.
Aconchegamo-nos no sofá e assistimos um filme.
Levantai-vos!
Uma vez que o sujeito pratica e recebe a acção, o objecto representa a mesma pessoa
ou a mesma coisa que o sujeito, de modo que o pronome reflexivo pode funcionar como
objecto directo ou indirecto.
2.5.Pronome Recíproco
Neste caso, há mais do que um sujeito praticando uma ação verbal
reciprocamente ou, um sobre o outro.
Exemplos:
O prefeito e o vereador cumprimentaram-se antes do início da sessão.
João e Maria amam-se.
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reflexivos podem ser redobrados através das expressões: a mim mesmo, a ti mesmo, a
si mesmo, etc.
Os pronomes recíprocos são pronomes reflexivos que, nas pessoas do plural
(nos, vos, se) exprimem a reciprocidade da acção; podem ser redobrados através das
expressões: um ao outro, uns aos outros, entre si'
Conjugação pronominal recíproca, Modo conjuntivo
Verbo Subscrever-se
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Capítulo III: Procedimento Metodológico
Quanto aos objectivos a pesquisa é do tipo descritiva. Para GIL (2002:42) “as
pesquisas descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis”.
Entende-se aqui que a pesquisa descritiva descreve uma experiência, uma situação, um
fenômeno ou processo nos mínimos detalhes. Neste contexto é descrita a ocorrência do
uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos alunos
da 10ª classe da Escola Secundária Geral de Morrumbala em 2019-2020.
3.6.Método de Abordagem
3.6.1.Método Indutivo
Olhando para a natureza do tema e o tipo de pesquisa (qualitativa), optou-se pelo uso
deste método como forma de se chegar ao conhecimento ou demonstração da verdade,
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partindo de factos particulares e comprovados da Escola Secundária Geral de
Morrumbala em 2019-2020, o que levou a se chegar a uma conclusão genérica.
3.7.Delimitação do Universo
Neste contexto, o universo da presente pesquisa foi constituído por um número de 848
alunos e todos professores da 9ᵃ classe na Escola Secundária Geral de Morrumbala em
2019-2020.
3.8.Amostra
Para os alunos usou-se o tipo de amostra não probabilística. Deste modo, para a
selecção da amostra fez-se uma rifa, onde foram colocados numa caixa cinquenta (50)
papéis, contendo trinta (30) assinados com a expressão “participo” e vinte (20)
assinados com a expressão “não participo”, fazendo assim parte da amostra apenas os
que rifaram papéis com a palavra “participo”.
3.9.1.Observação
Nestes moldes, a observação realizada tem por objectivo central, verificar que
factores contribuem para uso incorrecto dos pronomes pessoas reflexos e reciproco na
conjugação pronominal nos alunos da 10ª classe, assim, a observação foi levada a cabo
pela pesquisadora durante um período de duas semanas, em que esta assistiu as aulas da
disciplina de Português, na classe e turma que fez parte da amostra.
3.9.2.Entrevista
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orientada por uma das pessoas (entrevistador) com o objectivo de obter informação
acerca da outra.
1.1. Análise dos Dados Resultantes da Ficha exercícios Dirigida aos Alunos
O estudo foi desenvolvido na T.A, da 10ᵃ classe, a amostra foi constituída por trinta (30)
alunos, sendo 67 % indivíduos do género masculino e 33 % do género feminino, com
idades compreendidas entre os treze (13) e vinte (20) anos, conforme indica a Tabela 1.
Género
Masculino 67 %
Feminino 33 %
Idade
13 – 16 83 %
17 – 20 17 %
21 + 0%
Fonte: Autora (2023).
Como se pode ver na tabela acima, maior parte dos alunos que participaram da pesquisa
(num total de 67 %) são meninos e 33 % são meninos, e uma boa parte dos alunos (num
total de 83 %) pertencentes à amostra possui 13 à 16 anos de idade.
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percepção da fala. Isto é, a criança escreveu a palavra não segundo sua forma
ortográfica, mas segundo o modo como ela pronuncia.
Com a técnica de entrevista foi possível identificar o nível de domínio das habilidades
do uso correto dos pronomes reflexos e recíprocos na conjugação pronominal pelos
alunos.
24
Como pode-se observar na tabela acima, a maior parte dos alunos inquiridos gosta de
participar/falar nas aulas. A esse respeito LÉVY (1996) apud SILVA (2012:429) aponta
que a palavra oral, antes das primeiras tentativas de se gravar uma informação, era
usada pelos antigos como elemento de gestão da memória social, visto que, toda a
experiência, toda a descoberta, todo o acervo cultural desses povos encontravam-se na
memória dos indivíduos.
Com a questão nᵒ 3, pretendia-se ter conhecimentos sobre o gosto dos alunos em falar
com os amigos em casa. Tendo em consideração a tabela, verifica-se que 97 % dos
alunos gosta de conversar/falar com os seus amigos em casa e 3 % não gosta.
Deste modo, concorda-se com MARCUSCHI (2010:17), quando afirma que “sob o
ponto de vista mais central da realidade humana, seria possível definir o homem como
um ser que fala e não como um ser que escreve […]”.
Fazendo uma comparação entre os dados da Tabela 2 que dão conta que 53 % dos
alunos gosta de produzir textos em casa, e os dados que ilustram que 57 % dos alunos
não gosta de produzir textos na sala de aulas, confirma-se a ideia que os alunos não
sentem-se devidamente motivados para a produção escrita em contexto de sala de aulas.
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Assim, concorda-se com CABRAL (2001:253) quando afirma que “muito poucos são
os alunos que narram experiências relevantes de escrita em contexto de sala de aula,
durante o percurso escolar”.
Com a técnica de redacção foi possível obter a real informação de como actua o
fenómeno da influência da oralidade na produção de textos escritos em português,
especificamente na 8ª classe.
Deste modo, com os dados acima apresentados pretende-se postular que das redacções
produzidas apenas foram analisadas 53 % por estas serem redacções completas, onde
procurou-se analisar a influência da oralidade na produção de textos escritos.
Para uma melhor análise dos dados, classificou-se os “erros” por categorias, seguindo os
pressupostos teóricos enumerados por BORTONI-RICARDO (2005:54), veja-se o
Capítulo II, do presente trabalho.
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3.1.1. Erros Decorrentes da Própria Natureza Arbitrária do Sistema de
Convenções da Escrita
Texto 1
Era uma vez um minino chamado Dinis ele gostava ge ajudar as pessoas um dia
encontrou um duente mental que vivia em uma caixa e o duente mental queria
presentiar a sua mae por estar a comemorar mais um ano de vida o minino Dinis
pensso em ajudalo e levou o doente mental para sua casa deulhe, quarto para ele
dormir e roupas para usar deu-lhe banho e levoulhe para o super mercado para
comprar o presente para sua mae chegando la no mercado o doente mental compra um
telefone e um chocolate e voltaram para a casa quando chegaram em casa o doente
mental diss já temos o presente falta só o entregar e o minino Dinis dis onde eque e a
casa da sua mae e o duente mental respondeu não sei o minino pergunta au dúente
mental tes uma agenda eli dis esta lá na caixa o minino foi na caixa e levou a agenda
procurou o contacto da mae do dúente mental e encontrou o contacto e o numero de
casa levou o duente menta a casa da mae e chegando lá o menino ficou adimirado
com a casa da mae e foi dado uma malha cheia de dinheiro e um bilhete para o minino,
cheio de dinheiro.
O texto acima é a transcriação de um dos textos produzidos pelos alunos, este texto
ilustra a influência da oralidade na produção de textos escritos tendo em conta a
primeira categoria de erros. Palavras como *ajudalo (ajuda-lo), *levoulhe (levou-lhe),
*super mercado (super-mercado), *deulhe (deu-lhe); *mae (mãe), *la (lá), *numero
(número) são exemplos dessas marcas que, em última leitura, são o reflexo da falta de
contacto com a palavra escrita: por meio da leitura e da produção de texto escrito.
27
Quando eu vivia no bairro da aldea aconteceu uma coisa muito triste o
acontecimento aconteceu em 2015. Até hoje se contenta essa historia.
A historia e seguine. Uma senhora que tem 3 filhos a sua filha mas velha não
tinha respeito com os seus pais um dia ela estava a sair e a sua mae pergunto onde e
que voce vai a mae não sabia onde a filha vai. Os pais sempre falava minha filha
coloca o estodo primeiro depós de voce estudar trabalhar vai curtir quanto voce queser
mas agora não e o tempo la emfrente vai ter mas que isso. Esse que estao a ti enganar
só querem te destruir. Ela quando os pais falavao isso ela gostava ensultar os pais,
falava voces não mi gostam. Suas amigas falavam e li davam maus concelhos ate que
chegou um certo ponto que comesou a beber os pais falaram minha filha beber não vai
ti levar a cova. Um dia uma amiga dela deuli para provar fumo ela fumou dai não
conciguio dechar mais. A mae seus irmãos toda sua familia conversaram com ela
deram-lhe bons concelhos mas ela não ques ovir gritava com todos os pai cansados
com ela dece para ela sai de casa ela sai a mae precupada com ela dece minha filha
Dudalu. A mae conversou com o pai para ela voltar ela volto quando ela volto para casa
dos pais ela estava gravida ela queria tirar a bariga mas a mae de para ela não tirar. O
bebe naisseu a sua mae crio mas ela continuou com a sua visa dechava o seu bebé com
a mae. Um dia ela sai e não voltou a sua mae ficou percupada as 11 horas ove tem
uma pessoa morta ai na estrada a sua mae foi ver reconheceu que a sua filha esta morta.
Verificou-se ainda a queda do /r/ final nas formas verbais, este caso ocorreu em *sai
(sair); semivocalização do /lh/ em *deuli (deu-lhe).
28
1.3. Análise dos Dados Resultantes da Entrevista Dirigida à Professora
Os dados que se seguem correspondem a entrevista dirigida à professora da disciplina
de Português, que lecciona na T. A, 8ª classe.
Questão 6: Tem verificado algum problema de influência da fala na escrita dos seus
alunos, durante as aulas?
R.: “Sim! Mas acontece mais na oralidade que eles transferem calão e gírias para a sala
de aulas”.
Fonte: Autora (2022).
Tendo em conta a resposta dada pela professora é importante aferir que as estratégias
apresentadas não são adequadas, além disso, a leitura e uma área da língua portuguesa
diferente da oralidade, assim devem ser utilizadas estratégias diferentes no ensino
30
dessas duas áreas distintas, não nega-se a possibilidade destas estratégias poderem ser
combinadas.
31
Capítulo V: Conclusão e Sugestões
5.1. Conclusão
Terminada a Monografia científica que tem como tema Influência do Fraco Domínio da
Leitura e Escrita nas aulas da Língua Portuguesa estudo de caso dos alunos da 8ª classe
da Escola Secundaria Geral de Luabo. Uma pesquisa que teve como problemática
principal Analisar as estratégias das Práticas da Leitura e Escrito nas aulas da Língua
Portuguesa para melhorar domínio da Leitura e Escrito dos alunos da 8ª classe. Feita a
colecta, apresentação, análise e interpretação de dados obtidos durante a pesquisa,
conclui-se que Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrita nas aulas da Língua
Portuguesa é motivado por falta do diálogo entre os professores, alunos e os pais e
encarregados de Educação com os seus educandos visto que durante a pesquisa alguns
alunos afirmam que não sabe ler e nem escrever porque não são apoiados nas
dificuldades que tem o que tem contribuído para fraco domino da leitura e escrita.
32
As estratégias de ensino são aspecto fundamental na actuação do docente no processo
de ensino e aprendizagem. Porém nem a aplicação correcta destas não garante o sucesso
do PEA, para atingir tal sucesso é necessário que a Escola, sobretudo o professor
desenvolva capacidade de observar outros factores que podem perturbar a aprendizagem
dos alunos, de modo ajudar os alunos a superá-los, para que estes por sua vez logram
sucesso na sua aprendizagem. No que concerne as estratégias que os professores usam
para o desenvolvimento das competências de Leitura e Escrita nos alunos, ao longo da
pesquisa, os professores demonstraram que usam as estratégias de ensino, sendo que
eles apontaram o método misto como o que eles frequentemente usam o que converge
com a perspectiva de alguns autores que salientam que apesar de não poder se afirmar
categoricamente quais são os métodos mais adequados para o ensino da leitura e escrita,
devido a natureza de cada Escola da disponibilidade do material para o PEA. Quanto as
competências básicas necessárias para a aquisição da leitura e escrita pelos alunos, tanto
os professores, foram unânimes quanto a necessidade de desenvolver nos alunos todas
competências descritas no inquérito, sendo que o não desenvolvimento de uma dada
competência pode contribuir em larga para existência de dificuldades de aprendizagem
da leitura e escrita. No que diz respeito às dificuldades apresentadas pelos alunos no
desenvolvimento de competências da leitura e escrita, apesar dos professores e a
direcção da escola assumirem a existência de dificuldades de aprendizagem nos alunos,
ficou claro que na Escola não existe um trabalho específico tanto dos professores assim
como da direcção da escola para ajudar os alunos a superar as dificuldades que estes
apresentam na aprendizagem da leitura e escrita.
33
estratégias de ensino sobre tudo de leitura e escrita, a fim de, cada vez mais, melhorar a
sua performance na implementação de estratégias de ensino.
34
Sugestões
A todos professores, alunos, direcção da Escola da Escola Secundária Geral de Luabo
sugere-se que trabalhem arduamente no processo de ensino-aprendizagem privilegiando
o uso de estratégias, sobre tudo de ensino da leitura e escrita com vista melhorar os
índices de insucesso escolar que se verificam no ensino primário, estes devem assumir
que o sucesso do ensino depende deles e que a leitura e escrita, são elementos chave
para se alcançar este sucesso. Deste modo para melhorar a leitura e escrita nos alunos,
deixamos as seguintes Sugestões:
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Participem activamente nas aulas da Língua portuguesa de modo a reduzir a
fraca participação dos alunos nas aulas de Educação Física;
Relacionar os conteúdos aprendidos das aulas da Língua portuguesa com o que
aprende com os seus encarregados de Educação;
Formar pequenos grupos de modo a participar nas jornadas de leitura e escrita na
comunidade onde esta inserida.
Barbosa C.L.A. (2001). Educação física da alienação a libertação 1ª. Ed. Porto
Petrópolis.
36
Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação
– Universidade do Vale do Paraíba.
Gil, António Carlos. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa em Ciências Sociais. 6ª Ed.
São Paulo: Atlas Editora.
Gil, António Carlos. (2003). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª Edição. Editora
Futura. São Paulo.
37
Libâneo, José Carlos. (1992). Didáctica. São Paulo, Editora Cortez. Lakatos e Marconi,
Marina de Andrade, (2001). Metodologia do Trabalho Científico, 2ªed, São Paulo,
Editora Atlas SA.
Libâneo, José Carlos, (1994). Didáctica, S/Ed, São Paulo, Cortez Editora.
Marconi, M.A & Lakatos E.M. (2002). Técnicas de pesquisa; panejamento e execução
de Pesquisas. Amostragens e técnicas de pesquisa. Elaboração de dados.5ª edição S.
Paulo. Editora Atlas.
Marconi & Lakatos. (2007). Metodologia Científica5ª. Edição atlas S.A. São Paulo.
Piletti, Claudino, (2004). Didáctica Geral. 23ª Edição, São Paulo: Ática Editoras.
Sacristán, J. Gimeno. (2000). O currículo: Uma reflexão sobre a prática. 3ª. ed. Porto
Alegre:Artmed,
38
com textos de alunos. Vol. 1. São Paulo: Cortez. Soares, M. B (2002). Alfabetização: a
ressignificação do conceito. Alfabetização e Sons. New York.
Apêndices
Apêndice I: Entrevista para os professores da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-
2020.
Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
1. De que tipo de métodos usa para o ensino da leitura e da escrita com os seus alunos?
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
2. Dos diferentes tipos de métodos que utiliza, considera que se rege mais por algum em
específico para melhor domínio da leitura e da escrita?
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39
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4. Mais a nível do ensino da leitura e escrita concretamente o que considera que mais
auxilia os alunos?
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______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
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Apêndice II: Entrevista dos alunos da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-
2020.
Tema: Influência do Fraco Domínio da Leitura e Escrito nas aulas da Língua Portuguesa
estudo de caso Alunos da 8ª Classe da Escola Secundária Geral de Luabo 2019-2020.
40
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3. Você gosta das leituras realizadas nas aulas de língua portuguesa? Explique.
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5. Como você gostaria que fosse realizada a leitura em sua sala de aula?
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6. Depois de ler um texto em sala de aula, seu professor costuma dialogar sobre o
assunto lido?
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3. O que tem feito no ensino dos seus filhos para melhor aproveitamento no que tange a
leitura e escrita?
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5. Alguma vez já foi chamado numa reunião na escola para saber do aproveitamento dos
seus educandos?
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Anexo I
Figura I: Imagem frontal referente da Escola Secundária Geral de Luabo
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