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RONIEL PINHEIRO
Castanhal/PA
2017
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL
FACULDADE DE PEDAGOGIA
RONIEL PINHEIRO
Castanhal/PA
2017
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CASTANHAL
FACULDADE DE PEDAGOGIA
Roniel Pinheiro.
BANCA:
_____________________________________________
Profª. Msc. Sandra Mara Carvalho Campelo
______________________________________________
Profª. Esp. Terezinha dos Santos Melo
Castanhal/PA
2017
Dedicatória
Primeiramente, agradeço a Deus por alcançar mais uma vitória, pois, ele
colocou as pessoas certas na minha vida, para me ajudarem nos momentos mais
difíceis da minha trajetória de vida.
A minha vó Anilda (in memoriam) que sempre deu força na minha jornada
estudantil, a minha mãe Norma e meu padrasto André, a minha esposa Keila que foi
sempre compreensiva nas horas que precisava ficar só, a minha filha Fernanda e a
meu filho João Gustavo, ao meu tio Geraldo, que sempre emprestava sua moto no
período das férias para me deslocar da minha localidade para Colares/PA, e a toda
a minha família que sempre acreditou em mim.
Aos meus colegas de trabalho, a todos que participaram da pesquisa de
campo. Em especial, ao meu orientador Esp. Marinaldo Maia, a todos os professores
da UFPA, que contribuíram bastante para minha formação. E principalmente ao
Governo Federal, que me proporcionou realizar essa licenciatura em pedagogia.
Aos meus colegas de turma: Cleber, Terezinha, Keila, Cleiton, Cleni, Ivone,
Odicleia, Aldaleia, Davyson, Cilza, Raimunda, Natalino, Luciara e Ana Célia, que me
deram bastante apoio no período que estava estudando em Colares/PA.
Portanto, muito obrigado, por vocês fazerem parte da minha historia de vida,
que Deus abençoe a todos vocês.
“Quanto melhor for a integração relacional, maior
será o desejo de aprender o que não se sabe...”.
(Içami Tiba).
LISTA DE SIGLAS
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 11
CAPITULO I ......................................................................................................... 13
CAPITULO II ............................................................................................................ 23
A COMPREENSÃO DO CONCEITO DE LEITURA E SUA PROBLEMÁTICA PARA
APRENDIZAGEM. ................................................................................................... 23
2.1 Leitura: Conceito e definição. ...................................................................... 23
2.2 Alguns fatores que podem estar colaborando para o fracasso da
aprendizagem da leitura. ................................................................................... 24
2.3 Os problemas de saúde que comprometem a aprendizagem. ..................... 27
2. 4 Caracterização da escola. .......................................................................... 28
2. 5 Propostas para os desafios de implementações de uma educação de
qualidade no processo da aprendizagem da leitura na Escola Municipal de
Ensino Fundamental Professora Sandra Maria Monteiro Passos. ..................... 30
2.6 Metodologia. ................................................................................................ 32
2.7 Discussões dos Resultados. ........................................................................ 34
2.7.1 Perfil dos Professores, Gestor e técnico Pedagógico: .............................. 34
2.7.2 Questões especificas aos professores: ..................................................... 35
2.7.3 Questões especificas a administração pedagógica:.................................. 39
2.7.4 Questões especificas ao técnico pedagógico: .......................................... 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS. .................................................................................... 44
REFERÊNCIAS: ...................................................................................................... 46
ANEXOS .................................................................................................................. 48
11
INTRODUÇÃO
CAPITULO I
1 Steven Roger Fischer é doutorado pela Universidade da Califórnia e vive na Nova Zelândia, onde é
diretor do Instituto de Línguas e Literatura Polinésias, também é um dos maiores especialistas em
escritas antigas e seu feito mais notável foi decifrar um tipo de escrita cerimonial esculpida em placas
de pedra na Ilha de Páscoa (Chile) entre 1770 e 1860.
2 O pesquisador Rovilson Silva, usou como referencial teórico em sua pesquisa os seguintes autores:
(ALMEIDA JÚNIOR, 1997); (BORDINI, 1998); (CANDIDO, 1993); (CHARTIER, 1998); (EARP 2004);
(HALLEWELL, 1985); (LAJOLO E ZILBERMAN, 1988); (MORAES,1979); (VILLALTA apud ABREU,
16
mesmos levavam pessoas cativas para trabalhar como escravos em suas terras,
principalmente pessoas letradas. Nesse caso, os sacerdotes e os discípulos que já
tinham um grau de conhecimento especifico bem elevado. Esses grupos de
invasores tinham interesse de usar os sacerdotes para habitar os seus templos e
com isso alfabetizar as pessoas que queriam se tornar sacerdotes. Lembrando que,
as pessoas que não fizessem parte dos templos religiosos, eram proibidas pelos
sacerdotes de aprender a ler, pois, só os sacerdotes tinham direito de ler e mediar
esse conhecimento para os seus discípulos.
A leitura, também teve um papel importante na França, segundo a autora
Kilian (s/d) no século XVII e XVIII, a mesma não foi muito agradável para alguns
moradores. Não que ela não tivesse nenhum valor a esses moradores, ao contrário,
a leitura era bastante apreciada, principalmente pelos leitores que queriam melhoria
na educação francesa. Nesse período, a França estava em fase de desenvolvimento
principalmente na economia, e para aumentar o lucro dos empresários, os mesmos
forçavam os trabalhadores a trabalharem severamente. Essas atitudes despertaram
os olhares de alguns autores e leitores críticos que eram contra a exploração desses
trabalhadores.
Foi nesse momento que houve um conflito de ideias entre os intelectuais
(escritores, leitores) e os empresários, tornado uma luta desleal. Pois, os
empresários tinham o governo ao seu lado, dando-lhes o total apoio. Essa situação
deu origem à proibição de algumas obras literárias que criticavam as classes dos
burgueses e dos políticos. As obras também defendiam os direitos dos
trabalhadores franceses. Uma dessas obras proibidas pelo governo francês, foi à
metáfora “O grande massacre de gatos”, como podemos compreender no
pensamento abaixo.
Diante dessa discussão abordada acima, percebemos que foi nesse período,
que começaram a surgir os leitores, que liam os livros em silêncios, sem despertar a
curiosidade dos ouvintes, porque os leitores estavam com medo da represália dos
policias que fiscalizavam as ruas de Paris. E os mesmos tinham medo de serem
apanhados com livros não autorizados pelo governo francês.
Os pesquisadores comentam que os livros produzidos na França ou até
mesmo de outros países, eram transportados nas charretes, através de outros
produtos que abasteciam as cidades da França, principalmente Paris, e quando os
fiscais pegavam os livros no meio das bugigangas dos mercadores eram queimados
e os condutores das cargas sofriam duras punições.
Os estudos acerca da leitura na França nos mostra que principalmente as
pessoas que trabalhavam no ramo da literatura, como editoras clandestinas que
reproduziam livros para o publico ler, contribuiu positivamente para a formalidade do
povo francês, que sofria com as normas dos governos públicos e dos empresários.
Também não podemos esquecer Roma, em relação à história da leitura,
uma vez que Roma, era um país religioso, ou melhor dizendo, até hoje continua
sendo um país religioso, mas não tanto radical como antigamente. A história da
leitura na Roma, não foi muito agradável aos olhos e aos ouvidos dos leitores e dos
escritores, principalmente as obras escritas na bíblia sagrada.
Os pesquisadores afirmam que os sacerdotes romanos não aceitavam que
pessoas comuns lessem a bíblia sagrada, eles queriam que o conhecimento da
bíblia ficasse somente para si. E todos os leitores que fossem pegos lendo a bíblia,
sofriam duras punições, e em alguns casos levavam até a morte. Os historiadores
relatam que os sacerdotes nunca acreditaram na história que Jesus Cristo, tinha
vindo para salvar a humanidade, e, muito menos a sua ressureição. Esse era uns
dos motivos da proibição da leitura da bíblia para pessoas que tinham vontade de
conhecê-la por meio da leitura.
Podemos compreender que tal discussão se fundamenta em Roma, quanto
as bibliotecas, as quais não eram abertas ao público, pois faziam parte das casas
pastorais, sendo assim, os livros estavam disponíveis somente para lideres
religiosos (padres, papa, sacerdote, etc.) e estudantes que eram alfabetizados ou
catequisados pelos padres romanos.
18
2 O pesquisador Rovilson Silva, usou como referencial teórico em sua pesquisa os seguintes autores:
(ALMEIDA JÚNIOR, 1997); (BORDINI, 1998); (CANDIDO, 1993); (CHARTIER, 1998); (EARP 2004);
(HALLEWELL, 1985); (LAJOLO E ZILBERMAN, 1988); (MORAES,1979); (VILLALTA apud ABREU,
2002) (ZILBERMAN, 1986).
20
velha, a educação brasileira não tinha organização e muito menos lei que garantisse
que as pessoas pobres do nosso país tivessem direito a educação escolar. Como já
foi comentando acima a educação escolar era somente para os filhos de pessoas
que tinham boas condições financeiras. Sendo assim, a educação oferecida no
século XVI até a primeira metade do século XIX era praticamente privada.
Já na segunda metade do século XIX ocorreu uma grande mudança na
educação brasileira. Pois, a pesquisadora Santos, afirma em seu artigo que a LDB
virou lei, quebrando mais a força dos burgueses e dos lideres religiosos, que tinham
uma grande influencia na educação brasileira.
Foi nesse período, que a escola nova, já estava fazendo as grandes ações
para melhoria dos brasileiros, que não tinham condições financeiras para estudarem
em uma escola particular. A luta dessas pessoas que queriam uma educação
melhor, resultou com a criação da primeira lei, que foi a LDB, a mesma deu o inicio a
um ensino publico e gratuito para todas as pessoas que queriam estudar. Essa nova
realidade que o Brasil estava vivendo no momento, estendeu a leitura para muitos
brasileiros. E abriu as portas para criação de vários programas, que até hoje
beneficia milhares de estudantes. Mas, educação brasileira ainda sente os efeitos
negativos das pessoas que queriam somente o conhecimento da leitura para sua
família, resultando no atraso do desenvolvimento do país, tornando um país com
auto índice de analfabetos.
Quando a leitura surgiu no Brasil, não foi nada fácil, conforme o que já vimos
nos estudos acima. Hoje a leitura se encontra em varias fontes, como em: livros,
computadores, celulares, revistas, jornais, gibis, tabletes e também está disponível
na internet, no qual é uma ferramenta poderosa, que ajuda bastante os leitores e os
22
CAPITULO II
A leitura pode ter vários conceitos, dependendo da visão de cada autor, por
exemplo, uma pessoa não alfabetizada consegue ler o mundo, que faz parte do seu
ambiente, ou seja, um pescador tem conhecimento da pesca, ele sabe qual o
material que é preciso para pescar, e qual maré é boa para um determinado
pescado. Essas são umas das atividades que o pescador conhece muito bem, não
foi preciso o pescador, frequentar diariamente a sala de aula para aprender a
pescar, o próprio mundo o ensinou a ser conhecedor da pesca. Porém, é muito difícil
você ver um pescador ou até mesmo um agricultor rural questionar os seus direitos
trabalhistas.
Diante dessa abordagem pode ser melhor compreendido tais colocações:
quando voltamos para a discursão anterior sobre o histórico do processo da leitura,
uma vez que no decorrer do processo em diversos momentos deixa claro, que a
falta da leitura contribui muitas das vezes para a submissão de diversas categorias
sociais sobre aqueles que detinham o domínio e o conhecimento da leitura como a
classe burguesa ou cleros.
Neste sentido podemos perceber conforme os estudos bibliográficos até
então que a leitura é muito importante para o desenvolvimento da humanidade. Por
isso o país em que sua população pouco ler, segundo alguns autores, se encontra
em situação precária, por exemplo, o Brasil que atualmente vem encontrando
dificuldades de arrumar profissionais qualificados para promover uma educação,
uma saúde de qualidade e outras áreas no que se refere aos aspectos que
envolvem a sociedade.
Diante das questões que envolvem a discussão sobre o fenômeno da leitura,
para melhor compreendermos o significado desse conceito, faz-se necessário que
não é somente decodificar o texto escrito, é preciso que o leitor entenda o que ele
24
está lendo para poder interpreta o texto, ou seja, o leitor que somente ler o texto, e
não faz uma analise do que ele está lendo, o mesmo pode não conseguir entender a
mensagem do texto. Já um leitor que ler e faz analise do texto, o mesmo pode
contribuir positivamente para o desenvolvimento da sua comunidade, da sociedade
e do seu país.
Neste sentido, a leitura é muito mais importante para o desenvolvimento do
leitor, em sua jornada escolar ou até mesmo para sua vida profissional, porém, a
leitura está sendo pouco trabalhada em sala de aula, principalmente nas escolas
que faltam maior investimento das políticas públicas no que se refere a manutenção
dos espaços físicos e matérias didáticos pedagógicos, para que se desenvolva a
aprendizagem da leitura e consequentemente a consciência crítica do indivíduo.
Diante das discussões sobre a leitura, percebemos que algumas pesquisas
a pontam que a escrita, está sendo prioridade nas escolas, deixando a leitura no
segundo plano, proveniente talvez, porque vem exigindo maior tempo e esforço de
alguns profissionais da educação, que muitas das vezes não possuem condições
para atuarem com maior desempenho, devido a fatores inerentes a política adotada
pelo sistema educacional brasileiro. Sendo assim, é necessário termos consciência
que para a criança aprender a ler todo o código da linguagem, tem que haver
bastante empenho dos profissionais da educação, porque esse processo é bastante
lento, que começa com o reconhecimento das letras, formação de silabas, depois a
formação de palavras, até chegar à leitura de textos.
Portanto, é necessário ressaltarmos que as colocações a respeito da escrita
não possui nenhum sentido negativo ou pejorativo sobre a desvalorização da
mesma no processo de aprendizagem, uma vez que a escrita tem um valor
indispensável para o desenvolvimento da leitura, mas é por meio da leitura que a
criança consegue entender o que está escrito.
a sós ou com outro cônjuge, forçando os pais a procurarem ajuda de terceiros para
cuidar de seus filhos, principalmente levar as crianças a escola e ajudar nos
trabalhos escolares, porém, muitas dessas pessoas não têm nenhuma
responsabilidade com a educação dessas crianças, deixando-a desnorteadas na
vida e sem nenhuma perspectiva de avançar no seu processo de aprendizagem.
Sendo assim, os pais começam a dar liberdade para os seus filhos, sem ter
nenhuma preocupação, possibilitando os seus filhos a se envolverem com drogas.
Essa situação de adolescente e até mesmo criança a se envolver com drogas, vem
aumentando a cada ano que passa, deixando a criança completamente desmotivada
para frequentar regulamente a escola.
Nesse sentido o autor Carneiro (2013), reforça esse pensamento que muitos
pais, realmente não estão cumprindo com suas obrigações de ajudar os seus filhos
na educação escolar, como: levar diariamente a criança para escola; ajudar a
criança no trabalho escolar; deixam de participar das reuniões realizadas na escola,
para saber como vai o desenvolvimento da criança; não participam de nenhum
projeto da escola. Essas atitudes dos pais estão levando esses alunos ao fracasso
escolar principalmente na dificuldade da leitura.
Infelizmente são casos que vem acontecendo em muitas famílias. É nesse
momento que o educador tem que ficar mais atento com as mudanças de seus
alunos e procurar saber, porque a criança perdeu o interesse de estudar ou porque
nunca teve interesse de estudar. Sendo assim, o ambiente que a criança se
encontra pode influenciar na sua educação escolar, tanto para o seu sucesso ou
para o seu fracasso. Além disso, muitas crianças vêm de família de baixa renda,
porque muitos pais não são a salariados os mesmos sobrevivem de pequenas
agriculturas, da pesca, do marisco, da coleta de frutos regionais (o açaí, pupunha,
cupuaçu, etc.) e os mesmos têm muitos filhos principalmente os pais que moram no
campo.
Diante dessa situação conforme alguns autores, que saem perdendo são os
alunos que precisam do apoio dos pais, porque nem todas as crianças conseguem
aprender a ler com a mesma facilidade. Pois, algumas aprendem, quando o
professor está explicando o conteúdo somente para ela, isto é, a mesma não
consegue aprender a leitura quando a explicação do professor é para toda a classe,
geralmente isso acontece mais em turmas superlotadas. Portanto, é nesse momento
26
que a participação dos pais pode fazer a diferença na educação escolar dessas
crianças.
Pois, alguns autores afirmam que muitos alunos estão encontrando
dificuldades no processo da leitura, porque a metodologia aplicada pelo professor na
sala de aula, na maioria das vezes não condizem com a realidade de alguns alunos,
já outros aprendem sem nenhuma dificuldade, com a mesma metodologia aplicada
na sala de aula pelo professor. Essa situação fica como um alerta para os
professores reverem os tipos de metodologia que estão sendo aplicadas em sala de
aula. Como diz Paulo Freire:
Conforme a fala de Paulo Freire, o professor tem que conhecer pelo menos
o ambiente que ele se encontra, isto é, sua própria sala de aula, porque dentro da
sala de aula existe varias dimensões de alunos, com problemas culturais, sociais,
econômicos, familiar e religioso, que leva esses alunos a encontrarem dificuldade na
educação escolar.
No que se refere à educação pública brasileira, infelizmente percebemos
uma grande distorção no que tange a realidade de certas escolas em relação a
outras, proveniente ao seu espaço físico e geográfico, pois algumas escolas, por
estarem em áreas consideradas de bom acesso, como é o caso das escolas que
estão nos centros urbanos das cidades, ou bairros com maior infra estrutura sociais,
apresentam melhores recursos disponíveis por parte de seus governantes, em
relação as escolas que se encontram nas regiões periféricas das cidades ou nas
zonas rurais.
Também a falta de livros didáticos adequados para a realidade da criança
vem prejudicando seriamente a educação dos educandos, que precisam dos livros
para poder aprender a ler e interpretar os textos, porque têm muitos alunos que
ainda não sabem ler textos com palavras difíceis, ainda têm aqueles que não sabem
ler, nem se quer palavras simples, como: bola, tatu, vaca, etc.
Desse modo Lajolo (2005) afirma que a escola é muito importante no
desenvolvimento cognitivo da criança, pois é por meio da escola que muitas crianças
27
começam ater os primeiros contatos com os livros, portanto cabe ao professor saber
selecionar os livros conforme a faixa etária da criança, para despertar a curiosidade
em relação ao conteúdo dos livros. Fazendo assim, a escola estará ajudando o
aluno a adquirir experiência para ao longo de sua vida.
Portanto, esses problemas que foram abordados acima estão levando os
alunos a encontrarem dificuldade no momento da aquisição da leitura, pois, a
mesma exige muita participação e dedicação dos professores, da família e do
próprio aluno.
3
A dislexia, segundo o Dicionário Prático de Pedagogia (2011, p.99) é um distúrbio de leitura quase
sempre acompanhado de alterações cerebrais relacionadas com a aquisição da linguagem escrita de
maneira quase específica, isto é, outras funções intelectuais e capacidade sensorial estão
conservadas. Portanto, a dificuldade na leitura não decorre de rebaixamento mental, distúrbios
sensoriais auditivos ou visuais nem de problemas emocionais ou pedagógicos; Dificuldade ou
incapacidade para ler ou compreender a leitura realizada, causada por uma lesão cerebral.
28
2. 4 Caracterização da escola.
teve somente um (a) diretor (a) e uma secretaria, a mesma fazia o papel do vice
diretor (a) na sua ausência.
Ainda na década de 60, a comunidade foi agraciada com um prédio próprio
constituído de uma sala de aula, dois banheiros e uma merendeira, funcionando em
três turnos: manhã, intermediário e tarde. Já na década de 80 a escola foi então
contemplada pelo então deputado Exmo. Sr. Domingos Juvenil, com mais duas
salas de aula e uma secretaria, aumentando o quadro de funcionários, uma vez que
a demanda de alunos já era bastante relevante.
Em 1995, veio à municipalização de 1ª a 4ª série, então houve o
desmembramento das modalidades, uma vez que o prédio atendia até a 8ª série do
Ensino Fundamental.
No ano de 2006, na gestão da prefeita Marlene Vasconcelos, foram
construídas duas salas de aula e dois banheiros, em um terreno que a prefeita
comprou de um morador da comunidade. A escola tinha na época 194 alunos, a
mesma não tinha espaço suficiente para acomodar todos esses alunos, nos turnos
manhã e tarde, por esse motivo uma turma funcionava em anexo.
Antes da inauguração que foi no dia 09 de agosto do ano de 2010, pelo
prefeito de Vigia/PA, Noé Xavier Rodrigues Palheta, a escola teve dois nomes:
Escola Estadual de Ensino Fundamental de Penhalonga, quando a escola fazia
parte da rede estadual de ensino; já o segundo nome Escola Municipal de Ensino
Fundamental “Penhalanga”, quando a rede de ensino do estado desvinculou do
município, sendo assim após, a inauguração a escola recebeu um novo nome,
Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Sandra Maria Monteiro
Passos”, cujo nome foi sugerido em memória de uma professora, que muito
contribuiu para a educação de muitas crianças da localidade, a mesma sempre
residiu na presente vila.
Atualmente a mesma funciona como escola polo, o seu nível de ensino e
apenas Fundamental menor, com 193 alunos matriculados regulamente. Sua
estrutura física é boa com carteiras suficientes e adaptadas de acordo com a idade
das crianças, o mobiliário como armário e estantes também suficientes e em estado
bom.
Possui uma sala de diretoria, uma sala de secretaria com um arquivo, uma
cozinha, um refeitório, uma área pequena para o recreio dos alunos, um banheiro
para os funcionários, três banheiros para alunos sendo um adaptado para pessoas
30
Segundo Paulo Freire (2004), o professor não tem que está somente focado
em repassar os conteúdos na sala de aula, mas ajudar os alunos a superarem suas
31
lado os livros, revistas e outras fontes de leitura que venha contribuir nesse
processo.
Também não podemos ignorar que existem outros fatores importantes que
podem contribuir para desenvolver a leitura das crianças, como: uma escola que
tenha todos os recursos de materiais didáticos, salas de aula climatizadas com
poucos alunos para o professor trabalhar, laboratório de informática, bibliotecas,
professores bem remunerados e que tenham pelo menos um curso voltado para sua
área especifica; quadra de esporte, merenda de qualidade equipe pedagógica
completa; conselho escolar sempre bem ativo e principalmente o apoio das famílias
Todas essas coisas sem duvida ajudariam muitas crianças a superarem suas
dificuldades de aprendizagem, principalmente na leitura.
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica,
afirma que:
A criação de um ambiente propício à aprendizagem na escola terá como
base o trabalho compartilhando e o compromisso dos professores e dos
demais profissionais com a aprendizagem dos alunos; o atendimento às
necessidades específicas de aprendizagem de cada um mediante formas
de abordagem apropriadas; a utilização dos recursos disponíveis na escola
e nos espaços sociais e culturais do entorno; a contextualização dos
conteúdos, assegurando que aprendizagem seja relevante e socialmente
significativa; e o cultivo do diálogo e de relações de parceria com as famílias
(BRASIL, 2013, P.119-120).
2.6 Metodologia.
Conforme a fala do autor acima, observa-se que para esse tipo de pesquisa
devesse fazer observações diretas. E para esta pesquisa de campo foi utilizado 03
(três) questionários com perguntas semiestruturadas para as três categorias do
quadro funcional da escola sendo que, foram aplicados 01 (um) questionário para
gestor, 01 (um) questionário para professor e 01 (um) para técnico pedagógico.
E para preservar a identidade dos sujeitos da pesquisa, os mesmos estão
identificados por número arábicos. E foram também informados sobre o objetivo da
pesquisa, e concordaram com os termos estabelecidos.
Ao concluir o projeto de pesquisa, serão expostos seus objetivos e suas
viabilidades, bem como, sua contribuição para a comunidade escolar como um todo.
Posteriormente será apresentado ao corpo docente escolar, ao corpo pedagógico e
ao conselho escolar.
34
A tabela 2 - acima mostra que 25% (1) dos sujeitos envolvidos na pesquisa
de campo possuem idades entre 20 a 29 anos, 50% (2) possuem idades entre 30 a
39 anos, e apenas 25% (1) tem idades entre 50 a 59 anos.
Formação Nº %
Pedagogia 2 50
Letras 1 25
Magistério 1 25
Total 4 100
Fonte: Questionário, pesquisa de campo na EMEF “Prof.ª Sandra M. M. Passos”, 2017.
Tabela 6 – Dentre estas dificuldades qual você considera de maior prejuízo para o
aluno e qual a de maior complexidade para ser trabalhada?
Respostas Professores (as) %
Junção de silabas para a formação das palavras, 2 50
Não gostam de ler 1 50
Se sentem constrangidos ao fazerem uma leitura 1 50
O desconhecimento sobre a importância e a necessidade
1 50
da leitura
Limitações para interpretar textos simples. 1 50
Fonte: Questionário, pesquisa de campo na EMEF “Prof.ª Sandra M. M. Passos”, 2017.
A resposta do gestor foi sim, que corresponde a 100% (1) na tabela 10, em
relação à leitura dentro do PPP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
social, pois a mesma se encontra em todo lugar. Por isso, a leitura é muito
importante na vida de qualquer individuo, e sem ela, ninguém é capaz de conhecer
melhor o seu próprio espaço. No entanto, vale ressaltar que a escola, tem que
desempenhar melhor o seu papel no sentido de ajudar os seus alunos no que se
refere a leitura. E conforme as falas dos professores alguns alunos ainda estão
encontrando dificuldades na leitura.
De acordo com os resultados da analise da discursão, foi possível concluir
também, que a escola vem buscando meios para melhorar a aquisição da leitura dos
alunos do 3º ano do ensino fundamental, através de projetos, elaborados pela
própria escola, sobre a orientação da coordenação pedagógica.
Portanto, faz-se necessário que a escola e a família tenham parceria
efetivamente gradativa que se torne significativa na vida de cada aluno. Pois, as
mesmas devem estar diretamente envolvidas com o processo ensino-aprendizagem,
já que é nelas que as crianças recebem o primeiro passo, para que no futuro os
mesmos tenham um bom conceito do que é cidadania.
46
REFERÊNCIAS:
ANEXOS
QUESTIONÁRIO
I – DADOS PESSOAIS.
Nome:__________________________________________________________
Idade:______________________
Sexo:______________________
Função:____________________
Formação Acadêmica:_____________________________________________
Tempo de Serviço:_______________________
II – QUESTÕES ESPECÍFICAS
2ª) Dentre estas dificuldades qual você considera de maior prejuízo para o aluno e
qual a de maior complexidade para ser trabalhada?
4ª) Que estratégias você utiliza para enfrentamento das dificuldades de leitura do
aluno?
5ª) O que você priorizaria como ações fundamentais para minimizar as dificuldades
de leitura para o aprendizado do aluno?
QUESTIONÁRIO
I – DADOS PESSOAIS.
Nome: _______________________________
Idade: _______________________________
Sexo:________________________________
Função:____________________________
Tempo de Serviço:_______________________
II – QUESTÕES ESPECÍFICAS:
Sim ( ) Não ( )
Justifique:
Sim ( ) Não ( )
Justifique:
Sim ( ) Não ( )
Por quê?
4ª. A escola considera relevante a participação da família no desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem do aluno?
Sim ( ) Não ( )
Por quê?
Sim ( ) Não ( )
Por quê?
QUESTIONÁRIO
I – DADOS PESSOAIS.
Nome:______________________________________________________________
Idade:______________________
Sexo:______________________
Função:_________________________
Formação
Acadêmica:__________________________________________________
Tempo de Serviço:_______________________
Sim ( ) Não ( )
Justifique:
Sim ( ) Não ( )
Justifique:
3ª. As ações desenvolvidas pelo setor técnico pedagógico tem alcançado êxito nos
trabalhos desenvolvidos quanto a aprendizagem de leitura e escrita?
Sim ( ) Não ( )
Explique:
Sim ( ) Não ( )
Por quê?
Sim ( ) Não ( )
Por quê?