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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DIRETORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS

MARLI DA ANNUNCIAÇÃO

“PESQUISA QUALITATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO DE INCLUSÃO


NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II” –
SEMINÁRIO PARA DOCENTES”

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO

MEDIANEIRA
2018
2

MARLI DA ANNUNCIAÇÃO

“PESQUISA QUALITATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO DE INCLUSÃO


NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II” –
SEMINÁRIO PARA DOCENTES”

Monografia apresentada como requisito parcial à


obtenção do título de Especialista na Pós
Graduação em Ensino de Ciências – Polo UAB
do Município de Barueri – SP, Modalidade de
Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná – UTFPR – Câmpus
Medianeira.

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Ruschel Nunes

MEDIANEIRA
2018
3

Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de
Ensino

TERMO DE APROVAÇÃO

Título da Monografia

Por
Nome do aluno

Esta monografia foi apresentada às10h00min h do dia18 de agosto de 2018 como


requisito parcial para a obtenção do título de Especialista no Curso de
Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino – Polo de Barueri - SP,
Modalidade de Ensino a Distância, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Câmpus Medianeira. O candidato foi arguido pela Banca Examinadora composta
pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o trabalho ..........................................

______________________________________
Profo. Dr. Rodrigo Ruschel Nunes
UTFPR – Câmpus Medianeira
(orientadora)

____________________________________
Prof Dr. ..................................................................
UTFPR – Câmpus Medianeira

_________________________________________
Profa. Ma. .............................................................
UTFPR – Câmpus Medianeira

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso-.


4

Dedico este trabalho às minhas filhas Danielle e Amanda minha razão


de viver e que sempre estiveram ao meu lado durante esta caminhada.
5

AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos.


Aos meus pais, pela orientação, dedicação e incentivo durante toda minha
vida.
A meu orientador professor Dr. Rodrigo Ruschel Nunes pelas orientações ao
longo do desenvolvimento da pesquisa.
Agradeço aos professores do curso de Especialização em Ensino de
Ciências, professores da UTFPR, Campus Medianeira e aos tutores presenciais e a
distância que nos auxiliaram no decorrer da pós-graduação.
As minhas filhas Danielle e Amanda que dão significado a minha vida e
iluminam de maneira especial os meus pensamentos me levando a buscar novos
conhecimentos.
A Universidade Técnica Federal do Paraná - UTFPR por me proporcionar um
ambiente saudável e criativo para os estudos. Sou grata a cada membro do corpo
docente, à direção e a administração desta Instituição de ensino.
A todos os professores do Curso de Especialização em Ciências por terem
me inspirado a seguir esta trajetória neste momento da vida, como um recomeço e
por terem me inspirado a seguir a carreira de educador e por serem mais do que
simples professores. E aos demais professores que contribuíram de alguma maneira
para a minha formação.
A secretária do curso Anice que sempre nos atendeu prontamente com
paciência, empenho e dedicação em todas as nossas solicitações.
Aos professores entrevistados por dedicarem a este trabalho minutos
preciosos do seu dia-a-dia.
A Regina Célia Pereira de Souza uma grande amiga uma pessoa especial
que a vida colocou em meu caminho que me apoiou e incentivou durantes os
momentos mais difíceis e partilhou comigo as alegrias e vitórias nesta trajetória
E aqueles que direta ou indiretamente silenciosamente fizeram parte desta
etapa em minha vida, o meu muito obrigado.
Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para
realização deste TCC. Um muito obrigado a todos que me apoiaram em mais esta
jornada.
6

“Os olhos com que revejo já não são os olhos com que vi”.
(PAULO FREIRE)

“Os que se encantam com a prática sem a


ciência são como os timoneiros que entram no
navio sem timão nem bússola, nunca tendo
certeza do seu destino”.

(LEONARDO DA VINCI)
7

RESUMO

Annunciação, Marli da
“PESQUISA QUALITATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO DE INCLUSÃO NA DISCIPLINA
DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II” – SEMINÁRIO PARA DOCENTES ”
– 2018 (49). Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Ciências.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Medianeira, 2018.

Este trabalho teve o intuito de desenvolver um Seminário Informativo sobre


Educação Inclusiva e o Ensino de Ciências junto ao Centro de Aperfeiçoamento de
Professores da Secretaria de Educação de Barueri – SP voltado aos professores da
Rede Municipal que ministram aulas para o Ensino Fundamental II. A execução
deste projeto foi realizada através da elaboração do planejamento de um Seminário
para ser aplicado como atualização e aperfeiçoamento dos professores. O objetivo
principal é oferecer aos professores interessados na área de Ciências a
oportunidade de desenvolver e despertar o interesse pela Educação Inclusiva.
Inicialmente analisamos as necessidades, expectativas e a demanda dos
professores do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Barueri - SP através de
um questionário aberto semi estruturado junto aos docentes da área. A seguir foi
elaborado o planejamento do Seminário que será proposto aos professores
considerando-se a legislação vigente sobre a Educação Inclusiva e os parâmetros
curriculares da Base Nacional Comum Curricular – BNCC.

Palavras-chave: Ensino de Ciências, Educação Inclusiva, Ensino Fundamental


II, BNCC
8

ABSTRACT

Annunciação, Marli da
"QUALITATIVE RESEARCH ON EDUCATION OF INCLUSION IN THE DISCIPLINE
OF FUNDAMENTAL EDUCATION II SCIENCES" - SEMINAR FOR TEACHERS " -
2018 (number of sheets). TCC presented to the Specialization Course in Sciences.
Federal Technological University of Paraná, Medianeira, 2018.

This work aimed to develop an Informative Seminar on Inclusive Education and


Science Teaching at the Center for the Improvement of Teachers of the Department
of Education of Barueri - SP, aimed at teachers of the Municipal Network that teach
classes for Primary Education II. The execution of this project was accomplished
through the elaboration of the planning of a Seminar to be applied as updating and
improvement of the teachers. The main objective is to offer teachers interested in the
area of Sciences the opportunity to develop and arouse interest in Inclusive
Education. Initially, we analyzed the needs, expectations and demand of the teachers
of the Municipal School of Barueri - SP through an open questionnaire semi-
structured with the teachers of the area. The following was elaborated the planning of
the Seminar that will be proposed to the teachers considering the current legislation
on Inclusive Education and the curricular parameters of the National Curricular
Common Base - BNCC.

Keywords: Science Teaching, Inclusive Education, Elementary Education II,


BNCC
9

SUMÁRIO

3
1 INTRODUÇÃO 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 18
3.1 LOCAL DA PESQUISA 18
3.2 TIPO DE PESQUISA 19
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA 19
3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 20
3.5 ANÁLISES DOS DADOS 25
4 APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO 30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 36
APÊNDICE(S) 42
10

1 INTRODUÇÃO

Existe em cada um de nós a curiosidade natural sobre o Universo e os


fenômenos a ele associados que nem sempre são esclarecidos na escola (Langhi-
2009). Assim este trabalho está diretamente ligado ao desenvolvimento e o
despertar dos alunos para o estudo das Ciências através dos conhecimentos
multidisciplinares incentivando o interesse pelo conhecimento científico e o estudo
dos fenômenos naturais a nossa volta.
Seminário é uma forma de estudo que consiste na exposição e no debate de
ideais sobre um determinado tema por isso decidimos por este tipo de troca de
conhecimento. O objetivo aqui é agregar conhecimento ao assunto em destaque.
A escolha de trabalhar com a EMEF Raposo Tavares deve-se ao fato de se
tratar de um Polo de Surdos dentro do Município de Barueri que permite um estudo
mais aprofundado com os professores que têm contato com um grande número de
alunos de inclusão entre os alunos do Ensino Fundamental II.
Outro ponto relevante a ser considerado é em relação aos materiais didáticos
que normalmente são utilizados que seguem os conteúdos programados pelo PCN
e, portanto não apresentam aprofundamento para trabalhar com alunos que
apresentam qualquer tipo de deficiência.
Para o desenvolvimento do projeto foi realizado inicialmente uma pesquisa
entre alguns professores de Ciências da Escola EMEF Raposo Tavares no município
de Barueri através de uma entrevista aberta semiestruturada que permitiu avaliar
quais as metodologias e didáticas mais adequadas para serem aplicadas no projeto
piloto do Seminário de Educação Inclusiva proposto.
A pesquisa foi, portanto realizada junto a professores de Ciências sobre a
importância da Educação Inclusiva no Currículo Regular do Ensino Fundamental II
considerando neste estudo a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Com
esta pesquisa estudamos quais são as expectativas, as possibilidades e as
dificuldades de se trabalhar o ensino de Educação Inclusiva nas aulas de Ciências.
O projeto permitiu a estruturação de um Seminário de Educação Inclusiva
com duração de 04 horas/aula para ser ministrados para professores do Ensino
Fundamental II.
11

1.1 Objetivos a serem atingidos com o projeto:

Nas escolas, inclusivas pela força da lei, não há preparação antes, para o
exercício das relações do depois. O próprio exercício das relações de ensino
tem preparado as professoras para receber e acolher “alteridade deficiente”.
(Fontana, apud Goés, p.163, 2004).

Nosso objetivo é, durante o seminário, sugerir aos professores sobre uma


conduta próxima ao ideal com estes alunos, cuja presença em sala de aula por
vezes passa despercebida, levando então os docentes a um contato mesmo que
mínimo com o tema, mas que desperte o interesse destes educadores em interagir e
inserir esses alunos nas atividades em classe.
Para nós professores é comum observamos em sala de aula alunos com
algum tipo de deficiência intelectual e percebemos que estes alunos são algumas
vezes colocados à margem da interação e realização de atividades com o restante
da classe, sendo excluídos das atividades propostas pelo professor e algumas
vezes até do convívio social com os demais colegas.
Muito embora se fale muito sobre inclusão, a capacitação dos educadores
para lidarem com esse tipo de situação é insuficiente e a partir deste ponto
estruturamos nosso projeto. É perceptível que professores com formações mais
antigas em licenciatura não tiveram contato, ou tiveram contato mínimo com
alunos de “inclusão”. Atualmente este tema já é abordado nos cursos de
licenciatura mas não de forma suficiente que permita capacitar os professores para
este desafio.
Este projeto propõe um seminário que aborde o tema inclusão onde são
trabalhados alguns tópicos para propiciar um melhor relacionamento professor-
aluno(de “inclusão”) em sala de aula. Em nossa atuação dentro de salas de aula
(de escolas públicas) percebemos que a consciência, por parte dos professores
sobre como lidar com estes alunos na maior parte das vezes não existe. Então ao
observar esta realidade em sala de aula o professor age de acordo com sua
individualidade e sentimento fugindo do que realmente deveria ser trabalhado e
ensinado.
O seminário sobre inclusão escolar, tendo como objetivo construir um
espaço de reflexão sobre os desafios da inclusão escolar no atual contexto das
12

políticas nacionais de educação especial, bem como divulgar resultados dos


estudos e pesquisas sobre os processos envolvidos no ensino e aprendizagem dos
educandos com necessidades educacionais especiais. O Seminário pretende
ampliar o debate sobre formação de recursos humanos para a inclusão escolar,
com foco na formação de professores, refletir sobre a Educação Especial e
estimular a produção acadêmica da área.
O seminário proposto terá duração de quatro horas e será feita a introdução
de alguns temas importantes para trabalho dos professores dentro do assunto
alunos com deficiência, e será aplicado ao corpo docente da rede municipal de
Barueri.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 REVISÃO LITERÁRIA

Durante o processo inicial foi realizada uma revisão de Literatura e aqui


coloco os parâmetros mais relevantes utilizados no estudo.
O PCN do ensino fundamental, publicado em 1998, juntamente com a LDB
(Art. 2º) que afirma: “toda a pessoa – criança, adolescente ou adulto – deve
poder beneficiar-se de uma formação concebida para responder às suas
necessidades educativas fundamentais”, dentro deste contexto, as necessidades
de aprendizado fundamentais são: leitura, escrita, expressão oral, cálculo, resolução
de problemas, enquanto que as necessidades educativas consistem em: conceitos,
atitudes e valores, proporcionando ao educando, no final do curso, a possibilidade
de vida com dignidade, tomada de decisões de forma esclarecida, participação do
desenvolvimento social, político e econômico, além de demonstrar que os
conhecimentos a este nível estão completamente inacabados, valorizando desta
maneira a continuação ao aprendizado.

Lembrando os dizeres de Vinicius Signorelli

“... uma das formas de empreender a construção de uma escola é


desenvolver um ensino interdisciplinar. Um ensino no qual as
atividades de aprendizagem deem prioridade à capacidade de pensar
os problemas reais que afligem a sociedade, problemas esses que não
13

pertencem a uma disciplina específica e que para serem resolvidos


precisam dos conhecimentos científicos disciplinares...”.

E segundo Karl Popper,


“... cada problema surge da descoberta de que algo não está em ordem
com nosso suposto conhecimento; ou, examinando logicamente, da
descoberta de uma contradição interna entre nosso suposto
conhecimento e os fatos; ou, declarando talvez mais corretamente, da
descoberta de uma contradição aparentemente nosso suposto
conhecimento e os supostos fatos...” (Popper – 1978 p.14)

Portanto, dentro das práticas interdisciplinares que se convive na escola,


encontram-se, a proposta de trabalho em eixos temáticos, caracterizados pelos
temas transversais propostos pelo BNCC para o ensino fundamental. Nestas
perspectivas pode-se posicionar o processo interdisciplinar como uma etapa do
currículo disciplinar, proporcionando ao educando um conhecimento mais amplo
dentro de uma grande área específica, porém ainda não suficiente para a formação
integral do indivíduo.

De acordo com o estudo de Costa:


“Durante muitos anos o ensino das ciências nos diferentes níveis de
escolaridade esteve centrado na memorização de conteúdo, na
realização de atividades de mecanização e na aplicação de regras à
resolução de questões semelhantes às anteriormente apresentadas e
resolvidas pelo professor...”

Esta visão mecanicista entendia as ciências como um corpo organizado de


conhecimentos e regras a aprender e a aplicar sem qualquer ligação com a
realidade...” (Domingos, Neves & Galhardo, 1987). Os currículos e os programas
eram elaborados tendo em vista as necessidades de estudos posteriores, centrando-
se quase exclusivamente na aquisição de capacidades intelectuais, sem qualquer
preocupação no desenvolvimento das capacidades afetivas e sociais (Yager, 1981).

Esta questão nos leva a pensar em Ausubel (1978) que defende o seguinte:
“Esquecidos eram também os conhecimentos adquiridos pelos alunos
fora da escola, conhecimentos esses que, juntamente com as suas
concepções e atitudes face às ciências, influenciam fortemente a
aprendizagem. A importância destes conhecimentos prévios no
processo ensino-aprendizagem tem um fator com maior influência na
aprendizagem que é o conhecimento que os alunos já possuem, e ao
14

recomendar que se esclareça primeiro o que os alunos sabem e se


ensine de acordo com esse conhecimento”.

Os conhecimentos prévios dos alunos devem ser avaliados e devem ser


também estimulado o desenvolvimento da capacidade de aprender, pesquisar,
refletir, investigar, concluir sempre trabalhando a evolução incentivando os alunos a
construírem novos conhecimentos, sempre com a preocupação de propiciar aos
alunos à aquisição de novos conhecimentos através do estímulo do aprender,
pesquisar, refletir e concluir para auxiliar na construção de uma autonomia
intelectual em cada um.

Assim como coloca (DGEBS, 1993)


“.... Num mundo onde a ciência e a tecnologia penetram cada vez mais
profundamente na vida quotidiana do indivíduo e da sociedade, a escola
tem um importante papel a desempenhar, não somente na aquisição de
conhecimentos científicos e técnicos, mas também no desenvolvimento
de atitudes susceptíveis de assegurar, aos cidadãos do futuro, a
aplicação e a avaliação desses conhecimentos...” (DGEBS, 1993).

Como nos apresenta (Pereira, 1992):


“... Uma das razões que justificam a inclusão das Ciências da Natureza
no currículo do ensino básico é a necessidade dos alunos adquirirem
um conjunto de conhecimentos e competências essenciais para se
iniciarem no estudo das Ciências e na perspectiva do indivíduo pelo seu
importante contributo para o desenvolvimento de capacidades na
criança...”.

Rutherford & Ahlgren, 1995 diz:


“... A ciência e a tecnologia definem-se tanto por aquilo que fazem e
como o fazem como pelos resultados que obtêm. Para as
compreenderem, como modos de pensar e de agir, é
necessário que os alunos adquiram alguma experiência com os
tipos de pensamento e ação típicos dessas áreas...”.

No capítulo "Orientação metodológica" da organização curricular e programas


para o segundo ciclo do Ensino Básico, publicado pelo Ministério da Educação, pode
ler-se o seguinte relativamente ao Ensino das Ciências.
“A abordagem dos temas pode efetuar-se através de um tempo de
discussão que permita a formulação de problemas com interesse para
os alunos que constituam pontos de partida para o desenvolvimento de
15

atividades. A resolução de problemas, considerada um aspecto


fundamental da educação científica, facilita a aprendizagem e o
exercício das capacidades nela envolvidas. Deste modo, o aluno
aprende a aprender, pensar mais eficientemente, aumentando a
capacidade de transferência. (DGEBS, 1991, p.186)”.

Como destacado por (Rutherford & Ahlgren, 1995; Carvalho, 1992).


“... outro aspecto importante é a perspectiva histórica dos
acontecimentos científicos.... Os alunos poderão desenvolver a
compreensão do modo como a ciência realmente acontece, aprendendo
algo acerca do crescimento das ideias científicas, do caminho que
conduziu à compreensão atual de tais ideias, dos papéis
desempenhados por diferentes investigadores e comentadores e da
interação entre as provas e a teoria ao longo do tempo...”.

O que nos leva aos ensinamentos de (Ziman, 1986).


“... A perspectiva histórica é importante para o ensino efetivo da
ciência, também pelo facto de poder conduzir a perspectivas sociais - a
influência da sociedade no desenvolvimento da ciência e da tecnologia
e o impacto da ciência e da tecnologia na sociedade...”

“... A ciência é mais do que um corpo de informação e um modo de


acumular e validar essa informação. É também uma atividade social que
incorpora certos valores humanos...”.

E como nos diz (Bentley, 1995; Rutherford & Ahlgren, 1995):


“... A alta estima votada à curiosidade, à criatividade, à imaginação e à
beleza não é algo que se confine à ciência - como também o cepticismo
e o desagrado pelo dogmatismo não se restringem a ela. Contudo,
tudo isto é altamente característico do empreendimento científico. Ao
aprender ciência, os alunos devem encontrar estes valores como parte
da sua experiência e não como afirmações vazias...”.

Chambers & Forth, (1995) nos coloca que:


“... A ciência não cria a curiosidade. Aceita-a, estimula-a, incorpora-a,
recompensa-a e disciplina-a, e o mesmo deve fazer um bom ensino da
ciência. Assim, os professores de ciência devem encorajar os alunos a
levantar questões acerca das matérias em estudo, sugerir-lhes modos
produtivos de encontrar respostas e recompensar aqueles que
levantam e tentam investigar questões fora do comum, mas
relevantes. Numa aula de ciências as questões devem ser tão
valorizadas como os conhecimentos...”.
16

E lembrando o que nos coloca Penick, (1992):


“... os cientistas prezam muito o uso criativo da imaginação. As aulas
de ciências devem ser um local onde a criatividade e a invenção - como
qualidades distintas da excelência académica - sejam
reconhecidas e encorajadas. Na verdade, os professores podem dar
expressão à própria criatividade inventando atividades nas quais
serão recompensados pela originalidade e imaginação dos alunos...”.

No capítulo "Orientação metodológica" da organização curricular e programas


para o segundo ciclo do Ensino Básico, publicado pelo Ministério da Educação, pode
ler-se o seguinte:
“Tendo em vista uma visão conjunta do Meio, é importante o uso de
uma metodologia com uma forte componente ativa e
interdisciplinar que conduza à elaboração de projetos comuns, em que
há transferência de conhecimentos e técnicas entre as diferentes áreas.
A investigação direta da realidade é importante para a formação do
futuro cidadão consciente que saiba observar o que o rodeia, conhecer
dados de fontes diversas, fornece alternativas aos problemas
quotidianos do seu meio e aplicar os conhecimentos a situações
novas (DGEBS, 1991, p.186)”.

Não menos importante é a colocação de Cachapuz, (1995) que nos diz:


“... também é importante que os professores reconheçam que parte
daquilo que os aprendem informalmente pode estar errada, incompleta
e deficiente, ou mal compreendido, podendo constituir formas
alternativas de saber que são avessas à mudança. No entanto, a
educação formal pode ajudar a reestruturar esses conhecimentos e a
adquirir outros novos que se aproximem mais dos conhecimentos
cientificamente aceitos...”.

As citações referem-se a revisão de literatura sobre o estado da arte e


considero de importância relevante para os professores de ciências que são tidos
como prioritários no trabalho.
Os sistemas escolares hoje estão dimensionados a partir de um pensamento
que recorta a realidade, que permite dividir os alunos em normais e deficientes, as
modalidades de ensino em regular e especial, os professores em especialistas nesta
ou naquela manifestação das diferenças. A lógica dessa organização é marcada por
uma visão determinista, mecanicista, formalista e reducionista, própria do
17

pensamento científico moderno, que ignora o subjetivo, o afetivo, o criador, sem os


quais não conseguimos romper com o velho modelo escolar para produzir a
reviravolta que a inclusão impõe. (Mantoan, 2010 p.16).

Se o que pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que seus


planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre
de preconceitos, que reconheça e valorize as diferenças.

A inclusão também “mexe” com as associações de pais que adotam


paradigmas tradicionais de assistência às suas clientelas; afeta, e muito, os
professores da educação especial, temerosos em perder o espaço que conquistaram
nas escolas e nas redes de ensino, e envolve grupos de pesquisas das
universidades (Mantoan, 2002)

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O passo inicial para o trabalho consistiu de uma pesquisa, no qual um


questionário previamente elaborado, foi trabalhado junto aos professores da Escola
EMEF Raposo Tavares. Com o uso desse questionário buscamos averiguar as
principais dificuldades encontradas por esses docentes no exercício do dia-a-dia da
sala de aula no conteúdo de Ciências, com o objetivo de estabelecer as principais
linhas de ação a serem executadas no nosso trabalho.
A elaboração deste projeto de pesquisa foi feita visando obter o maior número
possível de informações sobre a prática docente dos professores pesquisados, de
modo que o nosso trabalho pudesse realmente atingir algumas das dificuldades
citadas pelos docentes. Sendo o direcionamento principal os professores de
Ciências que lecionam nas séries do ensino fundamental II (6º ao 9º ano) para a
pesquisa das informações elementares.
Assim, iniciou-se um estudo junto aos professores atuantes do Ensino
Fundamental II da Rede Municipal de Barueri e através de uma pesquisa qualitativa
com uma entrevista aberta semiestruturada (Apendice B) para avaliação das
metodologias e o conteúdo a ser trabalhado, que permite explorar o perfil da escola
e as expectativas da coordenação em relação ao projeto de pesquisa a ser
18

desenvolvido. Com este estudo realizado junto aos professores foi planejado um
Seminário de Educação Inclusiva para ser ministrado junto ao Centro de
Aperfeiçoamento de Professores da Secretaria de Educação de Barueri – SP com
duração de 04 horas/aula para que o maior número de professores participe sem
comprometer as atividades regulares da escola.
Esta pesquisa proporcionou uma análise de indicações e estratégias didáticas
sugeridas pelos professores que foram trabalhadas no desenvolvimento do
planejamento do Seminário (apêndice B). Onde através da análise qualitativa destas
entrevistas procurou-se atender às indicações e estratégias didáticas sugeridas para
adequação do conteúdo do Seminário.
Foi realizada também uma análise dos documentos dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs), do Currículo do Estado de São Paulo (CVSP) e da
Base Nacional Comum Curricular – (BNCC), para entender quais os conceitos
deveriam ser abordados em cada fase da pesquisa, e quais sugestões seriam
propostas para o projeto do Seminário de Educação Inclusiva. Com a pesquisa
finalizada alcançou-se um direcionamento mais adequado para a estruturação do
Seminário de Educação Inclusiva
Lembrando que: o bom ensino também vem do entusiasmo pessoal do
professor, do seu amor pela Ciência, da dedicação aos alunos e uma metodologia
adequada para incentivar o entusiasmo para realizarem por iniciativa própria os
esforços intelectuais necessários que toda nova aprendizagem exige.

3.1 LOCAL DA PESQUISA

O seminário será ministrado junto ao centro de Aperfeiçoamento de


professores conforme referências abaixo.

Local do seminário: Centro de Aperfeiçoamento de Professores “Prof. Munir José”

Público Alvo: Professores de Ciências da Rede municipal de Ensino de Barueri

Início: 13:30 Horas Término: 18:00 Horas


19

Figura 1 – Centro de Aperfeiçoamento de Professores – Fonte Foto tirada diretamente do local


pelo autor.

3.2 TIPO DE PESQUISA

PESQUISA QUALITATIVA
Para o desenvolvimento do projeto foi realizado inicialmente uma pesquisa
entre alguns professores através de uma entrevista aberta semiestruturada
(Apendice B) que permitiu avaliar quais as metodologias e didáticas mais adequadas
para serem aplicadas no projeto piloto do Seminário proposto.

3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A pesquisa foi, portanto realizada junto a professores de Ciências sobre a


importância do aperfeiçoamento e a atualização da Educação Inclusiva no Currículo
dos professores do Ensino Fundamental II considerando neste estudo e a nova
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Existe também a exigência dos
coordenadores de curso, para que os professores consigam ministrar todo o
conteúdo mínimo estabelecido no BNCC dentro do semestre. Assim os alunos só
recebem o conteúdo teórico que muitas vezes é trabalhado de forma forçada e
rápida, sem o aprofundamento necessário.
20

De acordo com a BNCC, a educação em Ciências Naturais é um componente


fundamental na formação do cidadão contemporâneo, pois vivemos em um mundo
onde o conhecimento científico e a tecnologia que ele possibilita estão presentes em
quase todas as atividades cotidianas, influenciando nosso estilo de vida e nossas
possibilidades de participação. Atualmente, um cidadão que não tenha uma cultura
científica bem desenvolvida terá muitas dificuldades em construir uma proposta
autônoma de sobrevivência, compreendendo o mundo em que vive para inserir-se
nas atividades sociais com independência e espírito cooperativo.
Existe uma grande defasagem junto aos profissionais encarregados do ensino
de Ciências quanto ao domínio dos conteúdos e a forma como são ministrados aos
alunos com algum tipo de deficiência e este foi um dos motivos para o
desenvolvimento deste projeto. Desta forma com base na pesquisa realizada foi
estruturado um Seminário de Educação Inclusiva.

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

3.4.1 ETAPAS DA PESQUISA

1ª Etapa: Escolhido o tema foi identificada a literatura (revisão Literária) existente na


área para que os tópicos sejam planejados e preparados de acordo com o objetivo
do seminário.

2ª Etapa: Elaborar a lista de palestrantes.

3ª Etapa: Preparar a lista de materiais, patrocinadores, fornecedores e despesas


para evento. Será distribuído a cada participante um bloco de anotações e uma
caneta. Não haverá custos de palestrante e locação de espaço físico e audiovisual.
Será necessária uma verba para divulgação do evento como para confecção de
cartazes.

4ª Etapa: Escolha da data e Espaço adequado com instalações e equipamentos


necessários. O auditório oferecido é o da Ssecretaria da Educação de Barueri que
21

possui infraestrutura para atender até 200 pessoas, com recurso de som e
audiovisual adequado;

5ª Etapa: Para divulgação do seminário e inscrições será elaborado um banner e


cartazes que serão fixados em locais estratégicos, onde o público deste evento
circula como na secretaria de educação, na prefeitura, nas escolas do município. Se
se possível divulgação nos jornais locais e revistas voltadas para o tema de
educação.

6ª Etapa: O controle de entrada e cerimonial no dia do evento, terá uma equipe de 4


pessoas preparadas para ajudar. O controle de entrada do público será realizado
com uma lista com o nome dos participantes.

7ª Etapa: A emissão de questionário de avaliação do seminário e emissão de


certificados será feita através de um link que chegará aos emails dos participantes.
Para reduzir os custos o questionário será preenchido on line pelo participante. Os
certificados serão enviados para o e-mail do participante.

3.4.2 BASES DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

A presença de temáticas relacionadas a inclusão nas pesquisas brasileiras


tem contribuído para a produção de conhecimentos capazes de favorecer mudanças
de valores e práticas pedagógicas no contexto das escolas regulares. No entanto, a
grande maioria dos professores da educação básica de Barueri não tem fácil acesso
a cursos de aperfeiçoamento ou a complementação de formação ou até mesmo a
seminário para sua devida atualização devido a diversos fatores, seja pela
fragilidade das práticas de formação contínua no interior das escolas, seja pela
incipiência, ou mesmo pela ausência de conteúdos relacionados à inclusão escolar
nos currículos. Por outro lado docentes e discentes necessitam de espaço para
socializarem os resultados de seus estudos e experiências sobre a temática
inclusiva.
22

3.4.3 ANÁLISES DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é uma exigência colocada para o


Sistema educacional Brasileiro seguindo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
nacional (Brasil, 1996; 2013) e as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da
educação Básica (Brasil 2009) e também o Plano Nacional de Educação – PNE
(Brasil 2014).
“... A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter
normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica. Aplica-se à educação escolar, tal como a
define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB, Lei nº 9.394/1996), e indica conhecimentos e competências que se espera
que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade. Orientada
pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN), a BNCC soma-se aos
propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana
integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva...”.

O objetivo da BNCC é sinalizar percursos de aprendizagem e possibilitar o


desenvolvimento dos estudantes ao longo da Educação Básica, compreendida pela
Educação Infantil, Ensino Fundamental nos anos iniciais e finais, e Ensino Médio,
garantindo-lhes direito à educação. (Brasil, 2013)

O objetivo da BNCC é sinalizar percursos de aprendizagem e possibilitar o


desenvolvimento dos estudantes ao longo da Educação Básica, compreendida pela
Educação Infantil, Ensino Fundamental nos anos iniciais e finais, e Ensino Médio,
garantindo-lhes direito à educação (Brasil, 2013)
A existência da BNCC visa à igualdade entre todos os estudantes ao definir
os mesmos conteúdos e direitos de aprendizagem para o Brasil inteiro,
independentemente do contexto em que vivem. Não deve, no entanto, intervir na
metodologia de ensino nem em projetos, atividades e sequências didáticas
desenvolvidas em sala. Isto continuará a cargo dos educadores. A proposta do
governo deve ser lida e analisada pelos educadores eles, e não ditar como devem
trabalhar.
23

3.4.4 - COMPETÊNCIAS GERAIS DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações,
fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos,
tecnológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fluir as diversas
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual
(como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e
digital para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos
em diferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo.
5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as
escolares) ao se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos e resolver problemas.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal,
profissional e social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
24

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo


suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e
com a pressão do grupo.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-
se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, orientação sexual,
idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza,
reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos
construídos na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
Ao definir essas dez competências, a BNCC assume que a “educação deve afirmar
valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade,
tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação
da natureza” (BRASIL, 2013).

3.4.5 PLANEJAMENTOS DO SEMINÁRIO

A partir da pesquisa realizada junto aos docentes do Ensino Fundamental foi


produzido o projeto do Seminário de Inclusão de professores para ser ministrado
para professores com o intuito de fornecer conhecimentos nesta área para
atualização e aperfeiçoamento que acredito será uma contribuição para a formação
de cada participante além do incentivo para o desenvolvimento futuro na área de
carreiras científicas.
Após a realização das entrevistas foi feita a transcrição dos materiais
gravados de forma a se manter o registro e a originalidade das respostas. A seguir
foi realizada a organização do material por tópicos de relevância das respostas
obtidas. Seguido do registro dos comentários efetuados por mim durante as
entrevistas para a avaliação das respostas. Após a organização preliminar do
material foi realizada uma análise dos dados obtidos através da análise de conteúdo
25

de Bardin para obtenção dos itens relevantes para o projeto em questão. E


finalmente foi realizada a análise do conteúdo que permitiu a elaboração do
planejamento do curso.
O Seminário foi planejado para conter as habilidades e competências
previstas nos parâmetros curriculares do BNCC de forma que pudessem dar aos
professores um aperfeiçoamento e uma reflexão no tratamento com os alunos que
apresentam algum tipo de deficiência
A elaboração do programa do Seminário foi feita levando-se em consideração
as sugestões dos professores e os conteúdos específicos do BNCC para o Ensino
Fundamental II e uma vez terminado o programa foi feita uma consulta aos mesmos
para a aprovação do planejamento. Os professores após a consulta consideraram
que o programa está bastante adequado e acreditam que permitirá aos participantes
terem contato com os conceitos fundamentais sobre a Educação Inclusiva.

3.5 ANÁLISES DOS DADOS

A metodologia utilizada no processo foi a “análise de conteúdo de Bardin”.

“... um conjunto de técnicas de análise de comunicações visando obter por


procedimentos sistemáticos e objetivos a descrição de conteúdo das
mensagens...” (Bardin – 2010).

Será rapidamente descrito as contribuições do uso desta metodologia que se


organiza em três tópicos:

1) Pré-analise que tem como objetivo reunir e sistematizar as ideias


iniciais para o desenvolvimento do plano de análise. Auxiliando na
escolha de documentos, na formulação de hipóteses e fundamentação
da interpretação dos dados.
2) Exploração do material que consiste na classificação e compreensão
do tema buscando categorias significativas para organização do
material que será trabalhado.
26

3) Tratamento dos resultados, inferência e interpretação onde estudos


são realizados para evidenciar as informações obtidas e propor
inferências e realizar interpretações realizadas por leituras e releituras
dos dados obtidos.

Procedimentos utilizados para a realização da análise de conteúdo.

O primeiro passo foi elaborar o questionário e analisar de que forma seriam


abordadas as questões junto aos professores.
Após a primeira etapa da seleção dos questionamentos e elaboração das
perguntas iniciou-se o processo de escolha dos professores para aplicação das
entrevistas.
De posse das entrevistas iniciou-se então o tratamento de dados com a leitura
e releitura das entrevistas, verificando-se as respostas e classificando as
informações obtidas resultando nos conteúdos relevantes para serem abordados no
seminário.
Foram selecionados 10 questionários semiestruturados dentre o total
aplicados durante o projeto de pesquisa. Através desta análise foi possível elaborar
a estrutura do Seminário baseando-se na demanda dos professores sobre o tema
“inclusão”.
As citações apresentadas farão referencias apenas aos professores de forma
generalizada sem mencionar qualquer característica que permita a identificação dos
professores entrevistados. Serão apenas descritos pelas siglas P1, P2......P9 e P10
quando forem apresentados trechos transcritos das entrevistas.

Abaixo serão citados alguns trechos relevantes transcritos das entrevistas


realizadas:

Pergunta: O que você entende por Inclusão?

Professor P3: “os conceitos de inclusão misturam-se de tal sorte que definir torna-se confuso e
difícil... não saberia dizer ao certo .... É difícil falar sobre isto”

Professor P5: “sempre me fazem esta pergunta, mas na hora de responder me confundo acredito ser
ter aluno deficiente em sala”
27

Professor P7: “ a inclusão envolve problemas políticos dos direitos humanos e sociais”

Professor P9: “ A inclusão depende da habilidade de cada professor para ajudar os alunos
deficientes”

Professor P10: “A inclusão depende da formação e conhecimento de cada professor. É conseguir


lidar com os alunos deficientes”

Pergunta: Você considera importante a realização de aperfeiçoamento e atualização nesta


área? Porque?

Professor P1: Seria muito importante, me ajudaria muito nunca participei de seminário sobre
inclusão.

Professor P2: Sim, eu poderia aprender o que fazer com meus alunos tenho três alunos de inclusão.

Professor P3: Sim, assisti uma palestra no ano passado e me interessei muito não temos onde
aprender e precisamos dar conta dos alunos.

Professor P4: Sim, vou participar é um assunto extremamente importante que não temos onde
debater e aprender a lidar com eles.

Professor P5: Sim é importante para nos ajudar

Professor P6: Sim, precisamos não só de um seminário, mas se tiver um curso com mais
informações também farei não entendo nada sobre isto.

Professor P7: Não, não tenho interesse

Professor P8: Sim, seria importante pois tenho muitas dúvidas

Professor P9: Sim, uma ótima iniciativa, poderiam fazer sempre

Professor 10: Sim, acho importante, mas não sei se a gestão da Escola deixa a gente ir.

Pergunta: já teve alunos de inclusão como trabalhou com eles?


28

Professor P4: Quando temos projetos de inclusão na escola os professores conversam nas reuniões
que é importante falar sobre isto e fazer o projeto mas percebo que a grande maioria não sabe por
onde começar.

Professor P6: Trabalhar em uma sala de aula com crianças deficientes é difícil para mim na minha
formação nunca se falou sobre isso no meu tempo eles nem iam a escola ou tinha escolas especiais.
Sempre me sinto incapaz nestas situações. Precisaria de ter mais informações.

Professores P9: Antigamente não tínhamos estes alunos agora tem pelo menos um em cada sala e
nunca sei como lidar com eles, mas gostaria de aprender.

Assim como todo novo conhecimento a inclusão depende da colaboração e


empenho de todos os envolvidos inclusive dos familiares através de um
planejamento conjunto para garantir que os objetivos de aprendizagem sejam
alcançados para estes alunos. Um seminário deste porte auxiliará a todos a iniciar
um processo de trabalho nesta área que favorecerá a todos e principalmente aos
alunos.
A base para desenvolver um bom trabalho vem da expectativa e interesse dos
professores em buscar os conhecimentos para lidar com estas questões como
pudemos ver nos questionamentos analisados e transcritos acima.
Ao escolher participar de um projeto como este podemos observar como é
importante que se consiga um equilíbrio nas ações conjuntas entre aluno-escola-
família que será fortalecido com os novos conhecimentos que os professores
poderão acrescentar com a participação no seminário. Pudemos observar pelas
respostas transcritas acima de a quase totalidade dos professores entrevistados
apoiam a iniciativa e tem interesse em participar e alguns ainda gostariam que fosse
dado uma continuidade a este projeto com cursos sobre o tema.
A análise de conteúdo contribuiu para identificar os aspectos mais
importantes do trabalho e as necessidades diárias de cada um com suas
expectativas sobre o tema.
Neste projeto foram avaliados os desafios descritos pelos professores de
Ciências do Ensino Fundamental II que participaram da pesquisa qualitativa
realizada. As dificuldades que foram apresentadas estão relacionadas a formação
inicial dos professores por ser na área de Ciências Biológicas que não contemplam a
disciplina de Educação Inclusiva e a legislação competente e lecionam uma
29

disciplina que envolve estes conteúdos que não foram vistos em sua formação
acadêmica. No estudo realizado a avaliação dos dados indicaram a necessidade e
importância do projeto de planejamento do Seminário de educação Inclusiva.

Também ficou bastante evidenciado conforme nos coloca Amarante :


“... para a docência é necessário “Conhecer a matéria a ser ensinada” e “Saber
preparar atividades capazes de gerar uma aprendizagem efetiva...”.

Alguns trabalhos de pesquisa da área de educação indicam que a maioria dos


professores que trabalham com o ensino de Ciências, possui formação acadêmica
em Ciências Biológicas. No trabalho de pesquisa de Mello e Silva (2004 ) realizado
junto a professores de ciências, “onde ele afirma que a maioria dos professores
pesquisados, que lecionam a disciplina ciências no último ano do ensino
fundamental, tem sua formação acadêmica em cursos de licenciatura em Ciências
Biológicas.
O trabalho de Mello e Silva traz relatos sobre as dificuldades que esses
profissionais enfrentam ao ensinar conteúdos de uma disciplina que não é a que
eles tiveram em sua formação.
Observam-se as dificuldades apresentadas pelos professores, em especial os
que apresentam formação em Ciências Biológicas, apesar de dominar bem a
disciplina na qual eles têm formação acadêmica específica, ensinando com
facilidade os tópicos de Biologia trabalhados em Ciências, não se sentem seguros
ao trabalhar com alunos que apresentam algum tipo de deficiência.
O perfil do professor de Ciências observado nesta pesquisa qualitativa nos
deu subsídio para o planejamento e estruturação deste Seminário de Educação
Inclusiva.
O estudo qualitativo realizado mostrou que entre os professores entrevistados
todos são formados em Biologia e a mais de quinze anos sendo que entre eles um
realizou a sua formação inicial a mais de 25 anos atrás. E devido a formação ser na
área de Ciências Biológicas não tiverem em sua formação nenhuma disciplina na
área de Educação Inclusiva e também não realizaram nenhum curso de
especialização após a formação inicial dedicando-se neste período apenas a
docência. No caso destes professores dois deles trabalham apenas em uma escola,
mas os demais cumprem jornada de 30 aulas em outra escola também, o que foi
30

colocado pela maioria como um fator dominante para não poder se dedicar a cursos
de atualização e projetos científicos.
Observou também neste estudo que quando questionados sobre o conteúdo
da Educação Inclusiva que consta nos parâmetros curriculares do BNCC que são
necessários para serem trabalhados com alunos com algum tipo de deficiência. A
grande maioria informou que seguem apenas o conhecimento básico adquirido por
experiências práticas do dia a dia e não se sentem preparados para fazê-lo de forma
mais profunda por não terem maiores conhecimentos na área apesar de já serem
professores a muitos anos. Os professores não se sentem preparados para auxiliar
os alunos para o estudo e as atividades diárias sem o auxílio de professores
especializados.
Durante o decorrer das entrevistas foi apresentado a proposta da criação do
Seminário de educação Inclusiva e foi questionado a opinião sobre esta iniciativa.
Onde todos foram unânimes em dizer que era de suma importância um Seminário
para os professores era do interesse deles para se atualizarem e se aperfeiçoarem
na área de Inclusão.
Também foram unânimes em dizer que era um grande incentivo a todos ter
um professor realizando um seminário como este porque permitiria a eles que
também participassem para adquirir os conhecimentos na área os quais nunca
tiveram oportunidades.
Assim desta pesquisa pode ser obtido o seguinte resultado. Hoje os
professores de Ciências que em sua grande maioria tem formação de Biologia e que
por diversos motivos não realizaram nenhum tipo de aperfeiçoamento após a
formação inicial consideram muito importante o estudo na área de Educação
Inclusiva, mas não se encontram na condição de fazê-lo. Todos apoiaram o projeto
do Seminário e participaram da elaboração e definição de conteúdos que também
atendesse aos conteúdos do BNCC.
Os professores apoiam a iniciativa do Seminário e consideram muito
importante ter um docente disposto a ministrá-lo, pois dará incentivo aos professores
que gostam de participar de eventos científicos o que não acontece com frequência.
Também a Secretaria da Educação acredita e apoia esta iniciativa, pois
valoriza o estudo da Educação Inclusiva entre os professores além da participação
de outros profissionais no projeto propiciando a interdisciplinaridade que é bastante
valorizada nesta instituição, além da interação dos alunos com o ambiente escolar,
31

com os professores e com os demais colegas, permitindo o despertar para uma nova
realidade. Assim as expectativas da Secretaria de Educação e dos professores para
este Seminário foram bastante motivadoras neste estudo.

4 APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO

O Seminário de Educação Inclusiva propõe-se a refletir sobre os processos


inclusivos nos diferentes espaços educativos, considerando os processos de ensino
e de aprendizagem como centrais para a inclusão sócio educacional dos alunos
com deficiência. O evento constitui-se como um espaço para debates e trocas de
experiências educacionais, buscando potencializar o papel da escola e fomentar a
ação do professor diante da inclusão do sujeito no espaço educativo.

OBJETIVOS

Promover um espaço de discussão e reflexão a respeito da Educação Inclusiva.

PÚBLICO-ALVO

Tem como público alvo professores do Ensino Fundamental II da rede Municipal de


Ensino e professores da Educação Básica.

Sugestão dos temas a serem trabalhados no Seminário foram extraídos das


sugestões dos professores entrevistados:

1 – ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: PRIVAÇÃO CULTURAL? Importância da


convivência com a cultura. A necessidade de inserir todas as crianças na
alfabetização e aquisição das habilidades de leitura e de escrita.

2 – ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – TEA: UM OLHAR


INTERESSADO ACERCA DA INCLUSÃO ESCOLAR E DA APRENDIZAGEM.
Práticas pedagógicas desenvolvidas com alunos com Transtorno do Espectro Autista
(TEA).

3 – COMPORTAMENTOS ADAPTATIVOS E ADAPTAÇÕES CURRICULARES


PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. O conceito de deficiência
32

intelectual, quando pensado para um ensino voltado aos comportamentos


adaptativos no âmbito educacional. Estudo da importância da implementação de
procedimentos específicos de ensino como passíveis de mudança comportamental.

4 – BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO EM UMA ESCOLA REGULAR INCLUSIVA.


Estudo do processo de escolarização e aprendizagem dos alunos com deficiências,
transtorno específico da aprendizagem, na rede regular de ensino.

5 – ESCOLA INCLUSIVA E O MODELO DE ATENDIMENTO À DIVERSIDADE


Compreensão da importância de se intervir de modo preventivo quando o aluno
começa a experimentar problemas nas suas aprendizagens.

6 – CURRÍCULO ADAPTADO E PRÁTICA PEDAGÓGICA: CONHECIMENTOS,


ESTRATÉGIAS DE ENSINO E AVALIAÇÃO. Discussão do currículo escolar e as
implicações da adaptação prevista na legislação em casos de ensino para alunos
com deficiência em escolas regulares. Estudo das possibilidades de flexibilização
curricular, considerando o planejamento das escolas em seus diferentes níveis, em
especial os planos de estudo e o plano de trabalho docente.

7 – ENSINO COLABORATIVO COMO PARCERIA ENTRE EM EDUCAÇÃO


ESPECIAL E ENSINO REGULAR. Caracterização do Ensino Colaborativo como
prática pedagógica de apoio ao processo de inclusão escolar de alunos com
deficiência intelectual.

8 – RECURSOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Utilização de


recursos e atividades pedagógicos como ferramenta do ambiente educacional e
estímulo aos educandos, facilitando e enriquecendo o processo de ensino e
aprendizagem.

9 – ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO: DIREITO AO ENSINO


INCLUSIVO. Estudo da concepção de Altas Habilidades/ Superdotação.
33

10 – BOAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA


INTELECTUAL. Compreender a deficiência intelectual, boas práticas de ensino e de
aprendizagem a partir das necessidades individuais.

11 – RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA. Busca de compreensão sobre o contexto


histórico das relações família-escola. Reflexão sobre as possibilidades e limites.

12 – SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE):


INTERFACES E PRÁTICAS. Reflexão acerca das concepções e práticas
pedagógicas que fundamentam o Atendimento Educacional Especializado ofertado
nas salas de recursos das escolas de educação básica.

Todas as pessoas, portadoras ou não de necessidades especiais, têm o


direito de acesso à saúde, lazer, trabalho, educação e demais recursos que são
necessários ao pleno desenvolvimento do ser humano. No entanto, ao longo da
história, as pessoas com necessidades especiais foram julgadas incapazes de
realizarem atividades consideradas normais ao ser humano “normal”. Essas pessoas
foram então excluídas da sociedade e seus direitos, principalmente os de acesso ao
trabalho e educação, foram desrespeitados.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a pesquisa juntos aos professores do Ensino Fundamental II de Escolas


da Rede Municipal de Barueri foi observado que um Seminário de Educação
Inclusiva pode ser uma ferramenta didática bastante significativa para o ensino e o
despertar do interesse dos professores na área científica, propiciando um
desenvolvimento significativo na carreira científica futura de cada um dos
participantes. Com esta pesquisa estudamos quais são as possibilidades e as
dificuldades de se trabalhar o tema “Inclusão” entre os professores na sala de aula
concluindo que o Seminário proposto pode facilitar o entendimento da natureza do
conhecimento científico e como trabalhar alunos com alguma deficiência de uma
forma mais abrangente. Acreditando que a reflexão possa naturalmente despertar a
imaginação e a curiosidade nos professores para buscar novos conhecimentos na
área. A pesquisa apontou um grande interesse que muitos professores têm pelo
34

aprofundamento dos estudos da área de “Inclusão” e a falta de um Seminário para


preencher este espaço do ensino-aprendizagem na área. Este Seminário para
professores permitirá o desenvolvimento dos professores. Este projeto contempla a
participação dos professores do EF II que queiram participar do Seminário para um
aperfeiçoamento na área ou mesmo para trabalhar com seus alunos em sala de aula
alguns conteúdos propostos no Seminário. Desta forma alcançou-se o objetivo inicial
proposto do planejamento de um Seminário para o incentivo do “despertar” e da
reflexão sobre a Educação Inclusiva através dos novos conhecimentos sobre
“Inclusão”. Também concluímos que eventos científicos desta magnitude permitem
aos professores ir à busca de novos conhecimentos que ajudam consideravelmente
no despertar e no interesse pela Ciência e na valorização do desenvolvimento da
liberdade intelectual de cada um. Diante do exposto, o objetivo geral desta pesquisa
de investigar quais as contribuições um Seminário voltado ao ensino de “Inclusão”
promove o desenvolvimento dos professores participantes foi alcançado.
O Seminário serve de reflexão aos professores que irão atuar no âmbito
escolar e precisam estar preparados para tratar da melhor forma os portadores de
deficiências, pois eles também são o futuro do amanhã. “Aprendemos muitas coisas
boas que serviram de experiência tanto profissional quanto pessoal. Com a
oportunidade de conhecer a realidade de pessoas portadores de deficiência e de
pais que têm filhos especiais." É um momento de motivação profissional.

A necessidade de abordar esse tema na atualidade. “Na educação básica, a


demanda de educação especial é imensa, por isso as instituições formadoras
precisam estar bem atentas. E as pesquisas têm revelado que esses professores
não são capacitados durante os cursos de formação básica. Assim é importante
refletir e juntar forças para melhorar essa formação a partir de uma outra perspectiva
e compromisso com ênfase maior nos projetos e seminários.

Mas o importante é preparar os nossos professores para saber receber esses


alunos. “A proposta é que a partir desse Seminário os professores possam contribuir
com o um aperfeiçoamento e, consequentemente, contribuir mais com a melhoria do
convívio social de todos os envolvidos”.
35

É preciso tomar atitudes para melhorar a educação especial nas instituições


de ensino e não apenas esperar do poder público. “As políticas públicas estão muito
longe de acompanhar minimamente o que essa demanda traz, pois não basta o
acesso há que se garantir a permanência desses alunos, nós precisamos ter uma
equipe multidisciplinar para um trabalho verdadeiramente inclusivo”.

“A formação de professores em educação especial: compreendendo a história


para melhor corresponder às demandas do tempo presente”,

O principal objetivo do encontro é socializar e debater a produção de


conhecimento sobre educação especial, em um diálogo entre os professores e os
especialistas na área, as entidades, as secretarias estaduais e municipais de
Educação, professores e profissionais das áreas da Educação, Ciências Sociais e
Saúde.
36

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42

APÊNDICE(S)
43

APÊNDICE A – ENTREVISTA ABERTA SEMIESTRUTURADA

Entrevista aberta semiestruturada

1. Qual a sua formação inicial?

2. Já teve alunos de “inclusão”?

3. Em caso afirmativo como trabalhou com seus alunos?

4. O que é inclusão no seu entendimento?

5. Em seu entendimento, atualmente para quais pessoas a inclusão deve ser


promovida? De que maneira?

6. Você já teve oportunidade de realizar cursos ou Workshops sobre o tema


“Inclusão”?

7. Em caso afirmativo – Faça um breve relato sobre a sua experiência

8. Em caso afirmativo – Quais foram as dificuldades encontradas?

9. Em caso negativo – Você considera importante a realização de aperfeiçoamento e


atualização nesta área? Porque?

10. O que você espera de um Seminário que aborde o tema “Inclusão” ]

Obrigada pela participação.


44

APÊNDICE B – ESBOÇO DO SEMINÁRIO

PROGRAMAÇÃO

INÍCIO – 13:30 - ABERTURA

13:45 - LEGISLAÇÕES VIGENTES

14:10 – TENHO UM ALUNO DE INCLUSÃO E AGORA O


QUE FAÇO?

14:40 – A ÉTICA PROFISSIONAL

15:10 – INTERVALOS PARA CAFÉ

15: 40 – O QUE É INCLUSÃO

16:10 – O PAPEL DO PROFESSOR

16:40 – MESA REDONDA COM DEBATE COM OS


PARTICIPANTES

17:40 – PALESTRA DE ENCERRAMENTO – “RECURSOS


PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA”

18:00 – ENTREGA DOS CERTIFICADOS DE


PARTICIPAÇÃO
45

Local do seminário: Centro de Aperfeiçoamento de Professores “Prof.


Munir José”

Público Alvo : Professores de Ciências da Rede municipal de Ensino


de Barueri

Início : 13:30 Horas Término: 18:00 Horas

Abertura

Diariamente professores, pedagogos e diretores de escolas lidam com o


desafio de tornar o espaço escolar um local acolhedor a todas as crianças, dentre
elas, pessoas com necessidades especiais. A troca de experiências, o aprendizado
e as pesquisas voltadas para essa área são importantes para todas as pessoas
envolvidas no processo da Educação Inclusiva.

Além de discutir o papel das escolas, família, pessoa com deficiência,


governo e instituições, nos caminhos futuros da educação inclusiva, os participantes
46

terão informações atualizadas sobre educação inclusiva no Brasil. Voltado a


profissionais da educação, professores, estudantes e interessados no tema da
educação inclusiva, o Seminário de Educação Inclusiva:

Objetivos:

a) estimular e promover a educação inclusiva para professores,


‘pesquisadores e estudantes;
b) promover práticas de educação inclusiva relacionadas à diversas
deficiência, que possam ser exemplo para outros profissionais;
c) reconhecer e compartilhar os esforços de profissionais da educação para
garantir um desenvolvimento equitativo a pessoas com deficiência em sala
de aula, adaptando materiais, linguagem e recursos educativos.

SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Vários estudos, no Brasil e no mundo, têm demonstrado que essa pedagogia


centrada no aluno é benéfica para todos os estudantes com e sem deficiência
porque:

▪ Reduz a taxa de desistência e repetência escolar;


▪ Aumenta a autoestima dos alunos;
▪ Impede o desperdício de recursos;
▪ Ajuda a construir uma sociedade que respeita as diferenças.

Para que isso ocorra, é fundamental que as crianças com deficiência tenham o apoio
de que precisam, isto é, acesso físico, equipamentos para locomoção, comunicação
ou outros tipos de suporte.

Mas, o mais importante de tudo, é que a prática da Educação Inclusiva pressupõe


que o professor, a família e toda a comunidade escolar estejam convencidos de que:

▪ O objetivo da Educação Inclusiva é garantir que todos os alunos com ou sem


deficiência participem ativamente de todas as atividades na escola e na
comunidade;
47

▪ Cada aluno é diferente no que se refere ao estilo e ao ritmo da aprendizagem.


▪ O fracasso escolar é um fracasso da escola, da comunidade e da família que
não conseguem atender as necessidades dos alunos;
▪ Todos os alunos se beneficiam de um ensino de qualidade e a Escola
Inclusiva apresenta respostas adequadas às necessidades dos alunos que
apresentam desafios específicos;
▪ Os professores não precisam de receitas prontas. A Escola Inclusiva ajuda o
professor a desenvolver habilidades e estratégias educativas adequadas às
necessidades de cada aluno;
▪ Toda a comunidade escolar é extremamente importante para todos os alunos,
de forma mais significativa no processo de inclusão escolar!

Quem ganha com a Inclusão?

Os alunos com deficiência aprendem: melhor e mais rapidamente, pois encontram


modelos positivos nos colegas; que podem contar com a ajuda e também podem
ajudar os colegas; a lidar com suas dificuldades e a conviver com as demais
crianças.

Os alunos sem deficiência aprendem:

▪ a lidar com as diferenças individuais;


▪ a respeitar os limites do outro;
▪ a partilhar processos de aprendizagem

Todos os alunos, independentemente da presença ou não de deficiência, aprendem:

▪ a compreender e aceitar os outros;


▪ a reconhecer as necessidades e competências dos colegas;
▪ a respeitar todas as pessoas;
▪ a construir uma sociedade mais solidária;
▪ a desenvolver atitudes de apoio mútuo;
▪ a criar e desenvolver laços de amizade;
▪ a preparar uma comunidade que apoia todos os seus membros;
48

▪ a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.

“A educação especial inverte a lógica médica. Todo sujeito é capaz de


aprender, resta a nós os professores entendermos que o tempo deles é
diferente dos outros alunos e a metodologia que aplicamos precisa ser avaliada
para se adequar ao aluno especial, dessa forma, teremos sempre resultados
que deixarão a medicina impressionada”, (Carlos Fabian de Carvalho e
Alessandra Gomes Porto Magalhães).

O professor Carlos Fabian de Carvalho ressalta que se pode identificar e


ajudar o aluno muito além do laudo que diagnostica o que ele tem. “Nós acreditamos
que cada aluno independente da Classificação Estatística Internacional de Doenças
(CID), o nosso trabalho pedagógico vai muito além desse diagnóstico”

16:40

SUGESTÕES DE QUESTIONAMENTOS REFLEXIVOS PARA DEBATES NA MESA


REDONDA

● Você já foi surpreendido em sala de aula com a presença de alunos com


deficiência, principalmente a mental? Como reagiu na ocasião? E hoje como
seria sua reação?
● Na escola onde você trabalha, existe alguma tentativa, algum trabalho voltado
para a inclusão de alunos que se mostram resistentes a aprendizagem, a
sociabilidade, enfim, à educação que ela oferece?
● O que fazemos em nossos encontros formais e informais na escola?
Lamentamos nosso destino e de nossos alunos ou aproveitamos esse tempo
para saber para onde queremos ir?
● Seminário para Professores

Para construção de nosso projeto observamos em sala de aula que alunos


com algum tipo de deficiência intelectual são colocados a margem da interação e
realização de atividades do restante da classe, sendo então excluídos.
Com isso é nítido que a capacitação dos educadores para lidarem com esses
tipos de casos é baixíssima ou nula, e a partir deste ponto estruturamos nosso
49

projeto. É perceptível que formações mais antigas de licenciatura não possuem


contato, ou quase não possuem com alunos ditos de “inclusão” - mas também não é
um tema de grande domínio nos cursos de licenciaturas atuais.
Propomos a ideia de um seminário que aborda o tema inclusão e dentro deste
esteja 4 aspectos de deficiência intelectual, escolhemos este tema, pois atuando
dentro de salas de aula (das escolas públicas) percebemos que a consciência por
parte dos professores sobre estes alunos não existe.
Nosso seminário terá em torno de quatro horas e daremos uma introdução
sobre deficiência intelectual (os subtemas dentro deste ainda estão sendo definidos),
e será aplicado na rede municipal de Barueri.
Nosso objetivo é durante o seminário conscientizar os professores sobre
estes alunos que por vezes nem consciência que eles estão em sala de aula
possuem, levando então este contato por mínimo que seja, mas que desperte o
interesse dos educadores em interagir e inserir esses alunos nas atividades em
classe.

ENCERRAMENTO

Após a execução do seminário será realizada uma pesquisa qualitativa dos


professores participantes e a sua análise permitirá novas reflexões sobre o tema
extraindo desta pesquisa conclusões e sugestões de estudos futuros para a área.

Apêndice A
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Sistema de Bibliotecas
__________________________________________________________________________________________________________
50

DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Autor: Marli da Annunciação

CPF: 044.759.858-97 Código de matrícula: 1966782

Telefone: (11) 97343=9893 e-mail:marliannunciacao@yahoo.com.br

Curso/Programa de Pós-graduação: Curso de Especialização em Ensino de Ciências

Orientador: Rodrigo Ruschel Nunes

Data da defesa:___________________________
Título/subtítulo: “PESQUISA QUALITATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO DE
INCLUSÃO NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II”
– SEMINÁRIO PARA DOCENTES”
Tipo de produção intelectual: ( ) TCC1 (x) TCCE2 ( ) Dissertação ( ) Tese
Declaro, para os devidos fins, que o presente trabalho é de minha autoria e que estou ciente:
● dos Artigos 297 a 299 do Código Penal, Decreto-Lei no 2.848 de 7 de dezembro de 1940;
● da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, sobre os Direitos Autorais,
● do Regulamento Disciplinar do Corpo Discente da UTFPR; e
● que plágio consiste na reprodução de obra alheia e submissão da mesma como trabalho
próprio ou na inclusão, em trabalho próprio, de idéias, textos, tabelas ou ilustrações (quadros,
figuras, gráficos, fotografias, retratos, lâminas, desenhos, organogramas, fluxogramas, plantas,
mapas e outros) transcritos de obras de terceiros sem a devida e correta citação da referência.

Assinatura do Autor

Local e Data

__________________________________________________________________
1 TCC – monografia de Curso de Graduação.
2 TCCE – monografia de Curso de Especialização.

Instrução Normativa Conjunta 01/2011 – PROGRAD/PROPPG

Apêndice B
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Sistema de Bibliotecas
51

____________________________________________________________________________
__
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DE
GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO, DISSERTAÇÕES E TESES NO PORTAL DE INFORMAÇÃO E NOS
CATÁLOGOS ELETRÔNICOS DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UTFPR

Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a UTFPR a veicular, através do Portal de Informaç ão (PIA) e dos
Catálogos das Bibliotecas desta Instituição, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei no 9.610/98, o texto da obra abaixo
citada, observando as condições de disponibilização no item 4, para fins de leitura, impressão e/ou download, visando a divulgação da
produção científica brasileira.
1. Tipo de produção intelectual: ( ) TCC1 ( x ) TCCE2 ( ) Dissertação ( ) Tese
2. Identificação da obra:

Autor:Marli da Annunciação
CPF: 044.759.858-97 RG:10.807.994-6 Código de matrícula: 1966782
Telefone: (11) 97343-9893 e-mail: marliannunciacao@yahoo.com.br

Curso/Programa de Pós-graduação: Curso de Especialização em Ensino de Ciências


Orientador: Rodrigo Ruschel Nunes

Data da defesa:___________________________

Título/subtítulo (português): “PESQUISA QUALITATIVA SOBRE A EDUCAÇÃO DE


INCLUSÃO NA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL II” –
SEMINÁRIO PARA DOCENTES”

Título/subtítulo em outro idioma: "QUALITATIVE RESEARCH ON EDUCATION OF


INCLUSION IN THE DISCIPLINE OF FUNDAMENTAL EDUCATION II SCIENCES" -
SEMINAR FOR TEACHERS " -
Área de conhecimento do CNPq: Ensino de Ciências; Educação Inclusiva; BNCC
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Educação Inclusiva, Ensino Fundamental
II, BNCC.
Palavras-chave em outro idioma: Science Teaching, Inclusive Education,
Elementary Education II, BNCC

3. Agência(s) de fomento (quando existir):


__________________________________________________________________________

4. Informações de disponibilização do documento:


Restrição para publicação: ( ) Total3 ( ) Parcial3 ( x ) Não Restringir
Em caso de restrição total, especifique o porquê da
restrição:____________________________
________________________________________________________________________
Em caso de restrição parcial, especifique capítulo(s)
restrito(s):__________________________
__________________________________________________________________________

Assinatura do autor Assinatura do Orientador


52

Local e data

__________________________________________________________________
1
TCC – monografia de Curso de Graduação. 2
TCCE – monografia de Curso de Especialização.
3
A restrição parcial ou total para publicação com informações de empresas será mantida pelo período especificado no Termo de Autorização para Divulgação de Informações de Empresas.
A restrição total para publicação de trabalhos que forem base para a geração de patente ou registro será mantida até que seja feito o protocolo do registro ou depósito de PI junto ao INPI
pela Agência de Inovação da UTFPR. A íntegra do resumo e os métodos ficarão sempre disponibilizados.
Instrução Normativa Conjunta 01/2011 – PROGRAD/PROPPG

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