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ITAITUBA/PA
2018
RAISSA DA CRUZ MARTINS
ITAITUBA/PA
2018
Martins, Raissa da Cruz
BANCA EXAMINADORA
Presidente...........................................................................................Nota:____
Avaliador:............................................................................................Nota:____
Avaliador:............................................................................................Nota:____
Resultado:____________________________________________Média:____
Data:____/____/____
A minha querida mãe Rosangela da Cruz Martins pelas
palavras de motivação e apoio incondicional em todos os
momentos da minha vida.
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Uma das causas que mais gera conflitos no ambiente escolar é a indisciplina,
ou mau comportamento desses alunos no ambiente escolar, pois através desses
fatores podem-se acarretar novos problemas em diversas instituições de ensino que
vem se alastrando o mau comportamento no decorrer destes anos. Sendo assim, a
mesma é identificada como mau comportamento por parte dos alunos, muito não
respeitam seus professores e colegas de classe, assim, certas atitudes por parte dos
educandos violam as regras da escola.
A indisciplina vem crescendo em toda a sociedade.Percebem-se pais
reclamando que seus filhos estão desobedientes, não sabem se comportar em
ambientes sociais, e acabam sempre participando de conflitos familiares, escolares
ou sociais. Essa situação, ainda é mais preocupante quando ocorre dentro da sala
de aula, pois além de não aprenderem como devem, atrapalham a concentração e
aprendizados dos demais colegas. Nesta concepção:
Na visão do autor, quando a criança tem uma convivência com regras desde
muito cedo, e que a família ensina sobre a importância de cumpri-las,
consequentemente, ela não terá dificuldade de se adaptar no ambiente escolar ou
outros locais nos quais serão necessários o cumprimento dessas regras sociais
relacionadas ao ambiente. Portanto, a família tem um papel importante na formação
moral do sujeito, mostrando a seus filhos que o respeito ao próximo, a aceitação das
diferenças são alguns fatores principais para uma boa convivência em qualquer
lugar que estiver inserido. Sendo que:
dar início à aula, e quando chegam ainda ficam de conversas paralelas atrapalhando
a explicação.
Em outros casos, em algumas escolas o entra e sai da sala de aula são
constantes, muitos alunos ficam passeando pelo pátio da escola, e não fazem as
tarefas aplicadas pelo professor, e, outros vão embora, até mesmo fugindo do
ambiente escolar antes do horário regular. Em suma, o comportamento do aluno,
adjetivado pelos educadores de indisciplinado, delineia-se, atualmente, como mais
um dos terrores das escolas (BOARINI, 2013).
Para muitos educadores, na visão do autor, a indisciplina é vista como meio
aterrorizante, pois, com ela vem a violência, o desequilíbrio do funcionamento e
organização da escola, bem como prejudica o emocional de muitos profissionais
dentro da organização escolar. Para Nunes (2011, p. 45) sublinha que:
A instituição escolar não pode ser vista apenas como reprodutora das
experiências de opressão, de violência, de conflitos, advindas do plano
macroestrutural. É importante argumentar que, apesar dos mecanismos de
reprodução social e cultural, as escolas também produzem sua própria
violência e sua própria indisciplina.
Observa-se, hoje, que essas sansões parecem não mais funcionar, pois os
alunos não lhes dão mais importância, isto é, elas não se revestem de valor
para eles. Ao contrário, algumas são até vistas como prêmios, como a de
ficar fora da sala de aula, pois, assim, além de se livras de uma atividade
enfadonha ( no caso, a aula), o aluno poderá envolver-se com atividades
que chamam a sua atenção e lhe proporcionam grande satisfação, como a
de ficar jogando futebol na quadra poliesportiva. Em alguns casos, eles
consideram preferível ficar de castigo próximo à sala de diretoria a
permanecer na aula. (PEDRO-SILVA, 2014, p. 94).
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Uma das razões que, sem dúvida, contribui para o aumento da indisciplina e
da violência nas escolas está relacionada ao desaparecimento ou à
diminuição da importância dada a certos valores morais, sobretudo a partir
da década de 1960 do século passado (XX). (PEDRO-SILVA, 2014, p. 29).
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Na visão do autor, nos tempos atrás, muitos filhos respeitavam seus pais e
os mais velhos, seja ele parte de sua família ou não, como se fossem detentores da
razão e conhecimento, já nos dias atuais, é notório a ausência de respeito e rebeldia
de crianças e jovens com seu próximo, onde responde e questionam sem medo de
ser punidos e/ou castigados, deixando em muitos casos, os pais com vergonha da
atitude do filho, mas não fazem praticamente nada para mudar essa situação.
A ausência de respeito e rebeldia são atitudes consideradas indisciplinares
não ocorrem somente dentro do ambiente escolar, apresentam em diferentes
lugares e situações. A sociedade como um todo, pode contribuir na formação do
caráter do indivíduo, uma vez que o ser humano é um aprendiz desde muito cedo, e
quando ele vem sendo ensinado os valores morais. Segundo Ramos (2011, p. 566 e
833) “valor: significa a importância que se atribui a algo ou alguém e moral: que se
considera adequado em relação aos padrões de uma sociedade, moral para com
seu próximo, consequentemente, esse não terá problemas futuros seja qualquer
lugar que for.”
Em relação à transmissão de valores para a formação do indivíduo, Silva
(2010 p. 57) afirma que:
Seguindo está linha de raciocínio, pode-se dizer que o ensino dos valores
morais, onde desde cedo a criança convive com o respeito, harmonia e sentimento
de amizade, ela aprende e convive com outros demais, respeitando suas diferenças,
tornando um cidadão ético e responsável, não entrando facilmente em conflitos e
discursões. Silva (2010), ainda descreve que nos séculos passados, isso era comum
no Brasil e em outros países, hoje a realidade é totalmente oposta, ressalta aqueles
que foram criados e educadores com ensinamentos de valores e morais no meio
familiar e social, refletindo principalmente no ambiente escolar.
Todavia, sabe-se que no Brasil os valores morais estão cada vez mais
escassos, pois a cada dia pode-se ver e ouvir notícias de indisciplinas nas escolas
brasileiras, e todos se perguntam como lidar com essas atitudes que vem causando
20
l
Ao partir do princípio de que o aluno não obedece às regras escolares
porque é “da sua natureza” ou da “natureza da sua família” ser
indisciplinado, estamos tratando com uma característica inata e, nesse
sentido, imutável. Então, como fazer que esse aluno siga normas que
também “sempre foram assim” e com as quais ele não concorda? Ora, ao
atribuir a fatores inatos a causa da geração dos conflitos ou do
comportamento indisciplinado do aluno, isentando-nos de qualquer
responsabilidade, não é difícil concluir que ficamos impossibilitados de
promover quaisquer mudanças. Nesse caso, se “é assim” e “sempre foi
assim”, parece que não há nada a fazer. Então só nos resta a
contemplação. (BOARINI, 2013, p.129).
Vale ressaltar que a escola precisa estar atenta a tudo que acontece e que é
relevante para melhorar a conduta dos sujeitos estudantes deve lembrar que o aluno
faz parte de uma escola, uma família e uma sociedade. Portanto, para obter melhor
sucesso no quesito diminuição da indisciplina, as instituições observadas com esses
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fatores, têm que trabalhar juntas para encontrar melhores soluções possíveis. Pois
não adianta a escola e/ou seus familiares querer punir os filhos, que não vai dar
certo, geralmente só vai acarretar mais ira e violência desses educandos. Sendo
assim:
Nesta expectativa, faze-se necessário que se faça algo que venha trazer
mais a participação dos pais, juntamente como os alunos e todo corpo escolar, de
forma que a questão da indisciplina deve ser estudada para procurar uma possível
solução. Porém, o mal comportamento não devem ser tratados isoladamente em
cada setor. Seguindo a visão de Boarini (2013), vale destacar que a cultura e a
tecnologia facilitam bastante para o surgimento da indisciplina, uma vez que
sociedade está em constante mutação, tendo que se adaptarem as inovações numa
velocidade que em muitos casos não conseguem acompanhar as evoluções.
Neste caso, os jovens e até mesmo as crianças aprendem facilmente, mas q
alguns pais, por esse motivo, muitas vezes, acreditam que são os mesmos
detentores do conhecimento. Assim sendo, essa facilidade de aprender nos meios
sociais (presenciais ou virtuais) tem levado as crianças e jovens a cada vez mais ser
inseridos e conectados no mundo virtual, de certa forma as ferramentas tecnológicas
podem estar colaborando para o aumento da rebeldia das crianças e jovens.
Entretanto, o que mais provoca tais atos é o desaparecimento das formas
tradicionais de ensinamento, onde se respeitavam pais, professores e toda classe
social, começando pelas pessoas mais velhas, nesta época eram conhecidas como
senhores do conhecimento e, hoje, são tratadas como antiquadas ou que não
sabem de nada. Sendo assim, essa falta de respeito, é oriunda da falta de regras e
limites, como pode ser vistas em muitos lares, onde os próprios pais alegam não
conseguir educar seus filhos e que não sabem que atitude deve ter perante o
comportamento de seus filhos. (BOARINI, 2013).
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Além dessas confusões dentro da sala de aula, tem aquele professor que
não muda sua metodologia ou prática pedagógica de ensino, por falta de vontade e
conhecimento, na qual, passa a ser também mais uma causa de tantas rebeldias,
pois os alunos ficam tediados com a mesmice do cotidiano escolar. Em relação à
indisciplina no ambiente familiar e social, Carmo (2010) diz:
De certa forma a nova família quer dar tudo ao filho, pois em um passado
não tiveram, ou querem suprir a falta de algo. Pais que trabalham muitos,
não tendo tempo para o filho, ou até mesmo, as mães que se sentem
culpadas pela falta de atenção não conseguem dizer não. Famílias
desestruturadas, com pais separados, tende o filho ser consequentemente
indisciplinado. (CARMO, 2010 p. 61).
Neste sentido, o autor Pedro-Silva (2014) defende que devido à “falência das
normas tradicionais”, nas quais delegavam como deveriam ser o comportamento dos
indivíduos que frequentavam a escola, e que consequentemente os ditos
indisciplinados recebiam castigos por não tê-lo cumprido, e de certa forma
funcionava, pois os alunos pensavam bem antes de agir, pois sabiam das
consequências que teriam que enfrentar. Hoje, muitos professores e familiares
reclamam das novas leis que proíbem esses tipos de castigos, pois aplicabilidade
do ensino tradicional rigorosamente pode prejudicar muito mais a pessoa
psicologicamente e socialmente, uma vez que essas impunidades podem gerar
constrangimento, medo e insegurança aos alunos.
É importante relembrar que, as regras e normas de convívio devem ser
trabalhadas desde muito cedo com as crianças, caso contrário, poderá tornar um
jovem problemático e, futuramente um adulto agressivo, intolerante e impulsivo, pois
a ele não foi ensinado o respeito ao próximo, os limites, e o real valor da
solidariedade, que pesa muito na formação do caráter do cidadão.
Outro fator que está preocupando as famílias e professores, é a distorção da
do entendimento da palavra indisciplina. Para alguns pais e educadores indisciplina
pode ser considerada como síndrome de Hiperatividade, como afirma Pedro-Silva,
(2014, p. 113):
A situação, a meu ver, chega ser tão preocupante que frequentemente pais
têm sido chamados (quando não convocados) a comparecer à instituição
em que seu filho estuda, a fim de escutar o veredicto da hiperatividade e a
solicitação de encaminhamento ao neurologista e de emprego de
medicamentos (o seu filho, afinal, deve ter algo na cabeça que o impede de
ficar quieto em sala de aula, o faz bater nos colegas, xingar-me e agredir-
me (a professora). (PEDRO-SILVA, 2014, p.113-114).
Dessa forma o autor faz uma ressalva para trabalhar a motivação, pois
quando o aluno sente-se parte do lugar onde está inserido, ele é ativo positivamente
das ações, e passa a ter uma boa convivência e respeito com todos. Diante desse
contexto, o que esperar desses jovens quando se tornarem adultos, uma vez que a
própria lei não perdoa atos de vandalismo, rebeldia e agressões? Como ensinar
alguém que desde cedo cresceu sabendo que por mais que teimasse não seria
punido pelas suas ações, pois estava amparado? Então será o próprio que sofrerá
aumentando o número de detentos dentro dos presídios brasileiros e infelizmente é
essa a realidade, se salva poucos deste destino. (NUNES, 2011, p.24).
Para continuar esse estudo sobre o desafio pedagógico do professor diante
da indisciplina dos alunos no ambiente escolar, a próxima sessão abordará o papel
do professor na educação básica os desafios na sala de ala.
[…] a prática pedagógica como uma prática social orientada por objetivos,
finalidades e conhecimentos, e inserido no contexto da prática social. A
prática pedagógica é uma dimensão da prática social que pressupõem a
relação teoria-prática, e é essencialmente nosso dever, como educadores, a
busca de boas condições necessárias a sua realização. (VEIGA, 1989,
p.16).
Na fala da autora, o docente quando vai para sala de aula já passou por
fases como: treinamentos, estágios supervisionados e outras premissas dentro da
Faculdade. Enfim, a habilitação e a qualificação garantem o direito do profissional
para atuar em sala de aula com os discentes, colocando em prática o trabalho
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Entende que a lei LDB 9394/96, institui a valorização dos profissionais dos
profissionais que atuam na educação como também estabelecem programas de
formações para os professores e demais profissionais. Assim essa lei reafirma que é
de suma importância que os profissionais da educação participem de formação
inicial e continuada. Para esses profissionais participar de cursos de capacitações
1
S.f. ato ou efeito de globalizar (se). Globalização é o processo de aproximação entre as diversas sociedades e
nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal
destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países. A globalização
permitiu uma maior conexão entre pontos distintos do planeta, fazendo com que compartilhassem de
características em comum. Desta forma, nasce a ideia de Aldeia Global, ou seja, o mundo globalizado onde
tudo está interligado. https:// www.significados .com.br
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O direito humano vem sendo conquistado a cada ano que passa através de
muitas lutas pela educação, em especial surgem às leis que regimentam a e
normatizam as modalidades de ensino, para que ocorra o ensino/aprendizagem de
cada educando. Todos os cidadãos brasileiros têm direitos e deveres nos diversos
âmbitos sociais que são assegurados por lei. A educação é o essencial na vida de
cada indivíduo para que possa exercer o direito à cidadania. Estando assim
estabelecido na lei n°. 8.069/1990
4 ANALISE DE DESENVOLVENDO
coberta com bebedouro e seis banheiros (dois para alunos, dois para alunas e dois para
funcionários).
Atualmente, a Instituição funciona com o Ensino Fundamental de 09 (nove)
anos (sendo ensino fundamental menor), com média de idade de 6 a 14 anos e a
modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA, cuja média é de 15 a 73 anos.
Possui também, um atendimento para alunos especiais (AEE – Atendimento
Educacional Especializado) com o objetivo de inclusão social, atendendo inclusive,
alunos especiais de outras escolas visando a inclusão e um melhor aproveitamento
destes alunos no ensino regular. O perfil socioeconômico é bem diversificado, mas a
maior parte dos alunos encontra-se situada na renda mínima, em torno de 50%
dependem dos recursos do Programa Bolsa Família para ajudar na aquisição de
materiais e uniformes escolares.
O Conselho Escolar da Instituição tem como Presidente: Professora Lea
Maria Ferreira dos Reis e Tesoureiro: Professor Genimorel Rodrigues Aires.
Encontra-se em perfeito exercício e agindo dentro da legislação no que se refere ao
uso dos recursos financeiros enviados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação – FNDE, através dos Programas: PDDE – Programa Dinheiro Direto na
Escola e Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE – Integral.
Entre as atividades mais importantes realizadas e em realização na Escola
podemos citar: o Programa Novo Mais Educação, que visa impulsionar a melhoria
do desempenho educacional, mediante complementação de carga horária escolar,
com as atividades pedagógicas de Língua Portuguesa e Matemática (funcionando
como reforço para os alunos com dificuldades nestas disciplinas), e também as
atividades de Práticas Circenses, Artesanato e Educação Patrimonial.
Na atual administração do Exm° Senhor Prefeito Valmir Climaco de Aguiar.
Secretário Municipal de Educação Ilm° Amilton Teixeira Pinho, a escola tem como
Diretora a Ilmª. Srª Sônia Araújo Ferreira e Vice-Diretor Ilmº. Srº Claudionor Barbosa
da Silva, conta com um corpo administrativo, de apoio e docente constituído por:
01 (um) Secretária;
02 (dois) Auxiliares de Secretaria;
03 (quatro) Merendeiras;
05 (cinco) Auxiliares de Serviços Gerais;
03 (três) vigias
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Nesta visão, o autor Sousa, (2008) apud Tavares (2012, p.14) diz que “é
impossível colocar à parte escola, família e sociedade, pois, se o individuo é aluno,
filho e cidadão, ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete apenas à escola,
porque o aluno aprende também através da família [...]”. O autor reforça que
realmente a família precisa estar presente na vida do aluno no ensino informal e
formal.
Para continuar com os questionamentos foi perguntado. São muitos alunos
que apresentam atitudes indisciplinares? A mesma respondeu de imediato: “Sim.
São muitos.” Com a resposta rápida da entrevistada pode-se perceber que a
indisciplina é constante no ambiente educacional, e pela feição facial da diretora,
percebe-se que esse ato causa uma grande insatisfação.
Em sequência, fez-se a seguinte pergunta. Você faz o acompanhamento
nas salas e conversa com os professores, para saber como anda o
comportamento dos alunos? A entrevistada respondeu:
Bom, essa parte ai fica com o professor que é o vice, ele fica com a parte do
pedagógico, mas, mesmo assim tentamos fazer esse trabalho juntos. Mas,
é mais trabalhada essa questão, quando somos solicitados , porque não
ficamos indo direto nas salas. Perguntamos constantemente como é que tá
a situação da turma, então o professor nos repassa. Mediante o que eles
nos falam, faz-se um acompanhamento mais próximo, temos aqueles
alunos problemas que sempre o professor nos comunica, às vezes já
conhecemos o aluno, então fala-se : “ah é fulano”. Então começa-se
trabalhar com esses alunos que são mais rebeldes. (SÔNIA ARAÚJO
FERREIRA. DEPOIMENTO COLHIDO EM JUNHO DE 2018.)
alunos, assim são vistos como bonzinhos e permissivos, deixam que uma criança ou
um adolescente tome as rédeas e decida que bem entende. O professor não deve
ser assim. (VASCONCELLOS, 2000).
Para continuar a pesquisadora quis saber: Quais são os atos
indisciplinares mais visíveis?
Diante desta resposta nota-se que a indisciplina é bem mais grave do que
apenas atos de desobediência, pois acaba ocasionando também a violência, o que
deixa a pesquisadora a pensar que futuro essas crianças formaram. De acordo com
a fala da diretora, os professores não conseguem manter os alunos em sala de aula,
demonstrando falta de domínio com os alunos. A autora Tavares (2012, p.11) afirma
que, “a indisciplina se faz presente nas escolas e se manifestam dentre as mais
variáveis formas [...]”. Portanto cabe aos profissionais educadores saber lidar com
esse tipo de comportamento.
Continuando a investigação foi indagado: Ao iniciar o semestre ou no
decorrer do ano letivo, os alunos são informados do regimento interno da
escola e de seus direitos e de seus deveres?
Infelizmente nem sempre, tanto que eles pedem ajuda, e para ajudar-los
procuramos alternativas, vê-se o aluno está assim tão indisciplinado, porque
ele não consegue desenvolver sua aprendizagem ou se é porque não
consegue acompanhar os outros colegas. Por esse motivo o aluno fica meio
revoltado, quer chamar a atenção de qualquer forma, nem sempre o
professor tenta conversar, ou às vezes não dá certo, então é a hora que o
professor procura a direção, tenta-se fazer o intermédio chamar a família e
ver o que esta acontecendo.
Tem uns que não tem concentração mesmo, então, tem que ter cuidado
porque tem aqueles que são bem espertos e conseguem acompanhar
rápido, pegam rápido o conteúdo e fazem rápido as atividades e aproveitam
para ficar bagunçando na sala. No entanto tem-se aqueles que têm
dificuldades nos conteúdos, e quando eles não conseguem fazer ficam
zangados, querem chamar a atenção do professor, dos colegas, e começa a
indisciplina.
atenção dos demais alunos, uma vez que, quando um aluno começa a ter atos
indisciplinares acaba influenciando os demais alunos”.
Pode-se observar na fala dos entrevistados, que a indisciplina tem um
grande poder de influenciar os alunos em gerar um grande transtorno dificultando a
aplicação de conteúdo. Em sequência, a pesquisadora perguntou: Na opinião de
vocês, quais os fatores considerados que contribuem para a existência da
indisciplina em sala? Responderam que: “A falta de interesse do aluno e a
ausência de acompanhamento dos pais”. Em diálogo questionou: Vocês acreditam
que esses atos indisciplinares vem de casa ou o aluno adquiri na própria
escola? Em uma só linguagem todos os professores responderam que: “Com
certeza vem de casa, porque a educação se dá em casa, onde a criança desenvolve
a sua personalidade”.
Em relevância a fala dos entrevistados, Aquino (1998), ressalta que a
indisciplina não existe somente consequência a fatores do meio sociocultural, ou
econômico, ela nasce oriunda da ausência de afetividade, como exemplo a falta dos
resgates de valores familiares. Consequentemente, influencia despertando o lado
negativo da criança.
Como pode se perceber, a “ausência da afetividade da família” reforça a
visão dos professore retratando que os alunos já trazem de casa toda essa
bagagem indisciplinar. Em relação à educação dessas crianças, a autora Reis
(2010, p.17) sublinha essa afirmação dizendo: “ […] a família tem um papel
imprescindível na vida de seus filhos; é onde acontece o desenvolvimento das
primeiras habilidades, os primeiros ensinamentos através da educação domestica na
qual o filho aprende a respeitar os outros”.
Para tanto foi indagado: A criança indisciplinada às vezes demonstra
uma reação provocada por alguma situação pessoal. Como vocês resolvem
essa situação? Os professores responderam:
P C: Um fato que colabora com a indisciplina, por exemplo: uma criança que
está sofrendo violência doméstica em casa como abuso sexual, com certeza
isso vai influenciar no comportamento dela na escola. Ela se torna mais
agressiva, respondona e até chega a cometer violência com outros alunos.
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P A: Não
P B: Sempre invento algumas brincadeiras, onde possa ter algum vencedor,
onde o principal objetivo é ficar comportado e se manifestar apenas quando
for falar sobre o assunto.
P C: Usa-se um pouco da conversa, chama-se o aluno para conversar e se
caso ele passar alguma coisa que está acontecendo com ele, eu chama-se
a família. (DEPOIMENTOS COLHIDOS EM JUNHO, 2018)
Observa-se na fala dos professores, que há uma grande carência por parte
dos pais em participarem da vida escolar dos filhos, uma vez que a ausência dos
pais contribui para deixar o aluno ainda mais rebelde.
Desta forma, ao ser questionado: Qual é a colocação dos pais quando é
mencionado que seu filho apresenta um mau comportamento na escola? Os
professores responderam:
P. A e B Tem pais que apóiam o professor e corrigem seus filhos, mas têm
outros que não acreditam que seus filhos têm esse tipo de comportamento,
então eles acabam dizendo que o professor pegou implicância com seu filho
e as vezes até discutem.
P C: Alguns pais dizem que os filhos também são assim em casa, que
também aprontam, e muitos pais usam essa frase “não sei o que fazer com
esse menino, resolve à senhora professora” alguns acabam jogando essa
responsabilidade para escola (DEPOIMENTOS COLHIDOS EM JUNHO,
2018)
P A Sim. Mas não ofertaram ainda uma formação deste nível. Seria muito
importante, um suporte a mais, sempre melhora o nosso trabalho.
P B: Sim Na questão indisciplina não, mas seria muito importante que
houvesse uma formação desse tipo, até mesmo para que os professores
pudessem trocar experiência.
P C: sobre indisciplina até no momento não, já estou a quase dez anos
trabalhando e eu nunca recebi esse tipo de formação. Com certeza seria
importante se fosse ofertada uma que discutisse essa problemática. Porque
às vezes a gente fica sem saber que atitude tomar, então com uma
orientação de um especialista eu creio que agente saberia lidar melhor. Já
foi ofertada varias formações continuada sobre outras temáticas.
(DEPOIMENTO COLHIDO EM JUNHO, 2018)
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5 CONSIDERAÇÕE FINAIS
Sendo assim percebe-se que estes fatores são gerados pelos mais diversos
motivos, sendo eles provocados pelo próprio instinto da criança, até mesmo por
algum fator causador que leva este aluno a praticar atos indisciplinares. Quando
uma criança é trabalhada em seu ambiente familiar, podem-se obter diferentes
resultados comportamentais. Portanto, compete ao professor ensinar, pois o ser
humano aprende enquanto ensina. Na fala de Freire (1997) apud Magalhões (2015,
p.34) mostra otimista frente ao assunto abordado: “mudar é difícil, mas não é
impossível, e é a partir desse saber fundamental que vamos programar nossa ação
política pedagógica”.
Para tanto, a metodologia do estudo está amparada pela a pesquisa de
campo, com abordagem exploratória, que subsidiou um levantamento bibliográfico
nos autores utilizado na estrutura do trabalho monográfico. Desta forma, a
importância da participação de cada entrevistado enriqueceu os questionamentos
proferidos no decorrer da pesquisa. Pois foi observada a verdadeira realidade
vivenciada pelos professores no ambiente escolar, e assim, observar a grande
problemática que a indisciplina gera no ambiente escolar. Diante da aplicabilidade
de atividades realizada na sala de aula com alguns alunos, foi notório o descaso a
falta de interesse dos alunos.
No entanto, verificou-se que os professores sempre participam de formações
continuadas ampliando seus conhecimentos, para que assim possam oferecer uma
melhor qualidade de ensino para os educandos, porém estes nunca participaram de
uma formação que os ajudassem no controle da indisciplina.
Por fim, a pesquisa obteve-se a resposta para a questão norteadora que foi
respondida parcialmente de acordo as resposta dos participantes. Contudo o
resultado esperado foi alcançado diante dos objetivos propostos. Sendo assim, este
estudo não está concluído, e sim abriu novos caminhos para outros estudiosos
continuar uma nova pesquisa pautada na indisciplina escolar.
50
BOBLIOGRAFIA
NUNES, Antônio Ozório. Como restaurar a paz nas escolas: um guia para
educadores. Ed. Contexto. São Paulo, 2011.
SILVA, Ana Beatriz B. Bullyng: mentes perigosas nas escolas.- Rio de Janeiro:
Objetiva, 2010.
52
SILVA, Nelson Pedro. Ética, indisciplina & Violência nas escolas. Petrópolis:
Editora vozes, 2004.
SOUSA, Danyelle Ravena Lopes, e. SOUZA, Janaina Gomes Viana de. A prática
pedagógica do professor que atua nas séries iniciais: Desafios nos processos
de ensino-aprendizagem. IV FIPED, Fórum Internacional de Pedagogia. Campina
Grande, REALIZE Editora, 2012. Disponível em: . Acesso em:
NORMAS DA FACULDADE