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GURUPÁ
2015
MARIA LOURENÇA PEREIRA NUNES
TATIANE DE PAULA NUNES PANTOJA
GURUPÁ
2015
MARIA LOURENÇA PEREIRA NUNES
TATIANE DE PAULA NUNES PANTOJA
BANCA EXAMINADORA:
Conceito: Excelente.
GURUPÁ
2015
Dedicamos esta pesquisa aos educadores
e amigos que passaram pela nossa
trajetória acadêmica, que abraçaram
nossas ideias quando muitos eram
reticentes, que nos promoveram e
depositaram a confiança nesses alunos
sonhadores. A vocês nossa sincera
gratidão e carinho.
AGRADECIMENTOS
A Deus o supremo todo poderoso por nos dar força coragem e humildade para
seguir nesta jornada e não desistir, porque tudo posso naquele que me fortalece.
Obrigado Deus querido.
A família, a grande instituição formada por mim, a qual eu amo muito, agradeço os
momentos de alegria e tristeza de forma agradável, compartilhada, vivenciada e
compreensiva.
Ângela Santos
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a prática do professor mediante o seu
trabalho de alfabetização e letramento no 3º ano do Ensino Fundamental. Para
melhor compreender essa temática, tivemos diálogos com os autores: Magda
Soares, Emília Ferreiro, Ana Teberosky, Freire e outros que foram necessários no
decorrer dessa pesquisa. Adotamos como procedimento metodológico, a pesquisa
bibliográfica e de campo. Adotamos o método descritivo e interpretativo a partir de
aplicações de questionários para os sujeitos envolvidos na pesquisa, alunos,
profesores que estão atuando no 3º ano do Ensino Fundamental da Escola
Municipal Raimundo Ribeiro Dias, lócus da Pesquisa. Verificamos que os
professores demonstraram preocupação em desenvolver uma metodologia que se
aproxime da realidade dos alunos, valorizando o seu cotidiano principalmente sua
cultura, buscando significados concretos para sua aprendizagem. Concluímos que é
possível atingir a qualidade da educação nas classes de alfabetização, com práticas
educacionais que utilizem diferentes métodos, que proporcione tanto o
desenvolvimento da alfabetização, quanto do letramento de cada sujeito, no qual ele
possa contribuir para a transformação da sociedade.
This research aims to analyze the practice of the teacher through his literacy work
and literacy in the 3rd year of elementary school. To better understand this issue, we
had dialogues with authors: Magda Soares, Emilia Ferreiro, Ana Teberosky, Feire
and others who took the course of this research. We adopted as a methodological
procedure, bibliographical research and field. We conducted a descriptive and
interpretative method from questionnaires applications to the subjects involved in
research, teachers and students who are working on the 3rd year of elementary
school of the School Raimundo Ribeiro Dias, locus of research. We found that
teachers were concerned to develop a methodology that approximates the reality of
students, valuing their daily lives especially their culture seeking concrete meaning to
their learning. We conclude that it is possible to achieve the quality of education in
literacy classes, educational practices that use different methods to provide both the
development of literacy, as the literacy of each subject in which it can contribute to
the transformation of society.
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................. 14
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................... 14
2.2 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO......................................................... 28
2.3 A PRÁTICA DA LEITURA E DA ESCRITA NAS SÉRIES INICIAIS........... 29
2.4 ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA: PRINCIPAIS CAMINHOS PARA
APRENDIZAGEM....................................................................................... 31
2.5 A LEITURA E ESCRITA COMO FATORES FUNDAMENTAIS NO
PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO........................................................... 33
2.6 ALUNOS E PROFESSORES COMO PRINCIPAIS SUJEITOS DO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM........................................................... 34
3 METODOLOGIA........................................................................................ 35
3.1 TIPO DE PESQUISA.................................................................................. 35
3.2 CONTEXTUALIZANDO O LÓCUS DA PESQUISA................................... 35
3.3 CONTEXTO/PARTICIPANTES DA PESQUISA........................................ 37
3.4 COLETA DOS DADOS.............................................................................. 38
3.5 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................. 38
4 RESULTADO E DISCUSSÃO................................................................... 39
4.1 A PESQUISA DE CAMPO......................................................................... 39
4.1.1 A atuação do professor mediante o seu trabalho de alfabetização e
letramento no 2º ano do ensino fundamental........................................ 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 49
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 51
APÊNDICES............................................................................................... 52
APÊNDICE A – Roteiro da Entrevista..................................................... 53
10
1 INTRODUÇÃO
PROBLEMA
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECIFICOS
RELEVÂNCIA DA PESQUISA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
porque pode conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a propostas
de solução que representem desvios para indesejáveis descaminhos.
é sem dúvida o caminho para superação dos problemas que se tem enfrentado
nessa etapa da escolarização, descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar
esta ou aquela faceta, como se fez no passado, como se faz hoje, sempre
resultando em fracasso, esse reiterado fracasso da escola brasileira em dar às
crianças acesso efetivo e competente ao mundo da escrita.
Emília Ferreiro e Ana Teberosky, autoras que pertencem à escola do grande
epistemólogo e psicólogo Jean Piaget, em um campo que o próprio Piaget não havia
estudado, introduziram o essencial da sua teoria e do seu método científico. Elas
mostram que as crianças têm ideia, teorias (no profundo significado do termo) e
hipóteses que continuamente colocam à prova frente à realidade e que confrontam
com as ideias do outro.
Segundo as autoras a questão crucial da alfabetização inicial é de natureza
conceitual. Isto é, a mão que escreve e o olho que lê estão sobre o comando de um
cérebro que pensa sobre a escrita que existe em seu meio social e com a qual toma
contato através da sua própria participação em atos que envolvem o ler e o escrever
em práticas sociais mediadas pela escrita.
Portanto, do ponto de vista político, a maior contribuição das autoras foi
exatamente explicitar o papel desta rede de atos de leitura e escrita que hoje
chamamos ambiente alfabetizador. Foi mostrar que a diferença no desempenho
escolar inicial entre as crianças pobres das escolas públicas e as de classe média
não tinha origem em nem um tipo de déficit intelectual, linguístico ou cultural.
Para as autoras, nem uma criança entra na escola regular sem nada saber
sobre a escrita e que o processo de alfabetização é longo e trabalhoso para todas,
não importa a classe social. Mais ainda, que a diferença no desempenho decorre do
fato que a criança de classe média já está, em geral, no final do processo de
alfabetização quando chega a escola regular, enquanto a de classe baixa ainda tem
habitualmente, hipóteses primitivas sobre a escrita, não porque seja menos capaz e
sim porque teve menos oportunidades de participar de eventos de leitura e de
escrita.
Cabe, portanto, à escola garantir, a quem precisa este ambiente alfabetizador
em lugar de manter as crianças às margens das oportunidades de aproximação da
língua escrita, como se fazia 20 anos atrás, no tempo em que se pensava que
primeiro era preciso desenvolver habilidades perceptuais de prontidão, para só
depois deixar a criança ter contato com a escrita. Aqui, cabe uma ressalva: é
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importante frisar que não é o ambiente que alfabetiza tampouco o fato de pendurar
coisas escritas nas paredes que produz por se um feito alfabetizador. Essa
expressão designa, de maneira condensada, um ambiente pensado para propiciar
inúmeras alterações com a língua escrita, interações mediadas por pessoas capazes
de ler e de escrever.
Segundo, Ferreiro e Teberosky (2007, p. 20):
Para as autoras, pretende-se ainda demonstrar que, além dos métodos, dos
manuais, dos recursos didáticos, existe um sujeito buscando a aquisição do
conhecimento, sujeito este que se propõe problemas e trata de soluciona-los,
seguindo sua própria metodologia. Insistiremos sobre o que segue: trata-se de um
sujeito que procura adquirir conhecimentos e não simplesmente de um sujeito
disposto ou mal disposto a adquirir uma técnica particular. Um sujeito que a
psicologia da lectoescrita esqueceu em favor de buscar aptidões específicas,
habilidades particulares ou uma sempre mal definida maturidade.
Tradicionalmente, conforme uma perspectiva pedagógica de Emília Ferreiro e
Ana Teberosky, o problema da aprendizagem da leitura e da escrita tem sido
exposto como uma questão de métodos.
A preocupação dos educadores tem-se voltado para a busca do “melhor” ou
“mais eficaz” deles, levantando-se, assim, uma polêmica em torno de dois tipos
fundamentais: métodos sintéticos, que partem de um elemento menor que é a
palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores. Em
defesa das respectivas virtudes de um e de outro, originou-se uma discussão
registrada em extensa literatura; literatura que tanto faz referência ao aspecto
metodológico em si, como aos processos psicológicos subjacentes. Recordemos
primeiro qual é o enfoque didático para, em seguida, insistirmos nos supostos
psicológicos relativos aos métodos, assim como as concepções implícitas ou
explicitas sobre o processo da aprendizagem.
Ressaltam as autoras:
O método sintético insiste, fundamentalmente, na correspondência entre o
oral e o escrito, entre o som e a grafia. Outro ponto chave para esse método
é estabelecer a correspondência a partir dos elementos mínimos, num
processo que consiste em ir das partes ao todo. Os elementos mínimos da
escrita são as letras durante muito tempo se ensinou a pronunciar as letras,
estabelecendo-se as regras de sonorização da escrita no seu idioma
correspondente. Os métodos alfabéticos mais tradicionais abonam tal
postura. Posteriormente, sobre a influência da linguística, desenvolve-se o
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ensinar implica saber quem é o educando. Por exemplo, a linguagem que usamos
com a criança de quatro anos não é a mesma que usamos com os jovens de
quatorze anos. E, finalmente, estudar o desenvolvimento humano significa descobrir
que ele é determinado pela interação de vários fatores.
Luiz Carlos Cagliari, professor de fonética e fonologia no departamento de
linguística do instituto de estudos da linguagem, UNICAMP, mestre em linguística
em geral, UNICAMP, doutor pelo departamento de linguística da universidade de
Edimburgo, Escócia, livre-docente na área de fonética e fonologia no departamento
de linguística UNICAMP, autor de trabalhos publicados na área da alfabetização.
Segundo o referido autor, alfabetização tem sido uma questão bastante
discutida pelos que se preocupam com a Educação, já que há muitas décadas se
observam as mesmas dificuldades de aprendizagem, as inúmeras reprovações na
evasão escolar. Atualmente, esta questão vem recebendo uma atenção especial por
parte dos órgãos oficiais, os quais, entretanto, não têm obtido resultados
expressivos em suas tentativas de solucionar os problemas citados.
Primordialmente, a alfabetização é a aprendizagem da escrita e da leitura.
Note-se que ler e escrever são atos linguísticos, no entanto, só recentemente tem
havido a participação significativa de linguistas em projetos educacionais.
Preocupando-se, sobretudo com os problemas técnicos relativos à fala e à
escrita no processo de alfabetização e aplicando princípios linguísticos na
interpretação e solução dos mesmos,
Para o autor, a compreensão da natureza da escrita, de suas funções e usos,
é indispensável ao processo de alfabetização, mas o que se vê comumente nas
salas de aula e nos livros didáticos, é um total desconhecimento do assunto. Por
outro lado, toda consciência que a criança tem da linguagem oral se deturpa quando
ela entra na escola e aprende a escrever; de tal modo que depois, adulta só será
capaz de observar sua fala, sem as interferências da forma gráfica das palavras
após treinamento fonético. Não tratando adequadamente da escrita e fala na
alfabetização a escola encontrará sérias dificuldades para lidar com a leitura.
Afinal, a leitura, na sua função mais básica, nada mais é do que a realização
do objetivo de quem escreve. O fato de a escola em geral não saber fazer de seus
alunos bons leitores traz consequências graves para o futuro deles, que terão
dificuldades enormes em continuar na escola, onde a leitura se faz necessária a
todo instante, e serão fortes candidatos à evasão escolar.
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A escrita é algo com o qual os adultos estão tão envolvidos que nem se dão
conta de como vive alguém que não lê e não escreve, de como a criança encara
essas atividades, de como de fato funciona esse mundo caótico e complexo, que
nos parece tão familiar, de uso fácil. O ensino do português tem sido fortemente
dirigido para a escrita, chegando mesmo a se preocupar mais com aparência da
escrita do que com que ela realmente faz e representa.
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A escola é talvez seja o único lugar onde se escreve muitas vezes sem
motivos... Certas atividades da escola representam um puro exercício de
escrever. Na alfabetização isso pode trazer problemas sérios para certos
alunos. Estamos tão acostumados a ler e a escrever em nossas vidas
diárias, que não percebemos que nem todos leem e escrevem como nós.
[...] Antes de ensinar a escrever, é preciso saber o que os alunos esperam
da escrita qual julgam ser sua utilidade e, a partir daí, programar as
atividades adequadamente. (CAGLIARI, 1990, p. 101).
3 METODOLOGIA
HISTÓRICO DA ESCOLA
A análise dos dados foi feita com base nas anotações das observações em
sala de aula, tanto do professor quanto do rendimento apresentados pelos alunos e
nas respostas obtidas através das entrevistas e questionários.
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4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Com
o surgimento do alfabetizar letrando, quais foram as mudanças em sua prática
pedagógica?
Profº A: Acredito que nenhuma, por ser novo na área da educação, desde o
início só trabalho de uma forma.
Profº B: Ensinar a partir da realidade e da vivência no qual o meu aluno está
inserido, respeitando seu conhecimento prévio.
Profº C: Antes de conhecer de forma profunda conceitos como alfabetização e
letramento mudei muito a minha prática pedagógica, pois não tinha mais a cartilha
como único instrumento para alfabetizar meus alunos. Entendi que era preciso ir
além do código escrito (letras, sílabas), era preciso usar textos que circulem em
nosso dia a dia como: listas, placas, bilhetes, revistas, calendários, livros de historias,
receitas, etc.
Profº D: Foram muitas, aprendi a aplicar o ensinamento por meio de
dinâmicas na forma mais prazerosa e assim possibilitar ao meu aluno que este
aprenda a ler e escrever, desenvolvendo seu raciocínio, buscando desenvolver uma
prática voltada para que todos aprendam com mais eficácia.
ainda desenvolve uma prática pedagógica estagnada, fazendo entender que o
mesmo não se renova e não busca conhecimentos e aplicação de uma prática
inovadora.
No entanto, os demais professores B, C e D demonstram ter conhecimentos e
fundamentos norteadores dentro de suas ações em sala de aula proporcionando aos
seus alunos um alfabetizar letrando diferenciado e dinâmico, buscando várias
formas de melhor desenvolver suas aulas, inúmeras dinâmicas, porém seus alunos
41
Portanto, compete aos professores fazer uma reflexão sobre uma boa
interação e como ela deve ser aplicada.
15%
professores que trabalham
com base no contexto
social
professores que trabalham
85%
apenas com base no
método silábico
45%
professores que trabalham com
55% seus fundamentos próprios
professores que trabalham com
fundamentos teóricos
professores participantes da
pesquisa que desenvolve boa
interaçao e pouca interaçao com seus
alunos
professores que
desenvolve boa interaçao
35%
com seus alunos
65%
professores que
desenvolve pouca
interaçao com seus
alunos
32%
15%
7 anos
35%
8 anos
20%
9 anos
10 anos
25%
meninas
42%
meninos meninos
58%
meninas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 22º ed. São Paulo: Paz e
Terra, 19996.
APÊNDICES
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