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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Orientadora: Suzana Barrios

Clarice Maria da Silva


Jady Lins de Omena

Maceió-AL
2023

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA

Relatório de Estágio em Alfabetização e Letramento

Dado do Estagiário

Nome: Clarice Maria da Silva


Registro Acadêmico: 17112986
Curso e Período: Pedagogia, 8° período.

Nome: Jady Lins de Omena


Registro Acadêmico: 19110471
Curso e Período: Pedagogia, 8° período

Dados do Local de Estágio

Escola: Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante


Professora supervisora: Maria Sônia da Silva Barros
CPF: 444.893.584-15

Período de estágio

Início: 01/02/2023 Término: 31/05/2023


Jornadas de trabalho: 05 horas semanais.
Total de horas: 90 horas

Maceió - AL
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................... 5
2.1 Estudo dos textos e preparação para o campo de estágio ............................................... 5
2.2 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO GERAL ....................................................... 8
2.2.1. Introdução .................................................................................................................... 8
2.2.2. Desenvolvimento ........................................................................................................ 9
Identificação da Escola ..................................................................................................... 9
Instalações da escola ....................................................................................................... 12
Perfil dos profissionais da escola .................................................................................... 22
Perfil dos Alunos ............................................................................................................. 26
Estrutura organizacional.................................................................................................. 29
Prática pedagógica em geral............................................................................................ 30
2.3 OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE ................................................................ 30
2.3.1 Os alunos..................................................................................................................... 30
2.3.2. A rotina da sala de aula .............................................................................................. 31
2.3.3. A Prática pedagógica do professor supervisor ........................................................... 32
2.3.4. Referência ................................................................................................................. 33
2.4. ROTEIRO DE INTERVENÇÃO - SEQUÊNCIA DIDÁTICA ................................. 33
2.4.1 Identificação................................................................................................................ 33
2.4.2. Dados sobre o Plano .................................................................................................. 33
2.4.3. Justificativa do Plano ................................................................................................ 34
2.4.4. Objetivos .................................................................................................................... 35
2.4.5. Conteúdos .................................................................................................................. 36
2.4.6. Procedimentos didáticos pedagógicos ....................................................................... 36
2.4.7. Recursos ..................................................................................................................... 43
2.4.8. Avaliação .................................................................................................................. 43
2.4.9 Cronograma ................................................................................................................ 44
2.4.10. Referências............................................................................................................... 50
2.4.11. Anexos ..................................................................................................................... 50
3. DESCRIÇÃO DOS FATOS .............................................................................................. 53
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 64
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 66
6. ANEXOS ............................................................................................................................ 66
7. AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESTÁGIO ............................................................. 74

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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata-se do relatório final sobre o Estágio Supervisionado em
Alfabetização e Letramento, que compõe o currículo do curso de Pedagogia. O estágio foi
realizado na Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, que faz parte da rede
pública de ensino de Maceió/AL, localizada na Rua Rotary, S/N, no bairro Tabuleiro dos
Martins, sob o CEP: 57081-132. Durante esse período, tivemos a oportunidade de vivenciar o
ambiente escolar em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental 1, observando e participando
ativamente das atividades de alfabetização e letramento propostas.
Enquanto futuras pedagogas, é de suma importância que tenhamos acesso às vivências
do cotidiano escolar, para tanto, o estágio supervisionado nos permite analisar as realidades
sobre as quais atuaremos, além de nos proporcionar experiências concretas para as discussões
sobre as questões de ensino e procedimentos pedagógicos (PIMENTA, 1995). Por isso, nos
empenhamos para ter o melhor aproveitamento possível na aplicação prática das estratégias de
alfabetização e letramento, estando cientes da importância desses processos para o
desenvolvimento da linguagem e da capacidade de leitura e escrita dos estudantes.
De acordo com Lima (2008, p. 203) “Quando estamos atentos para o movimento da sala
e seu cotidiano, podemos verificar o que não se aprende, o que se ensina, a interação entre os
alunos, as possibilidade e contradições entre alunos e professores”. Sendo assim, ao longo do
estágio, pudemos observar as dificuldades enfrentadas pelas crianças no processo de aquisição
da linguagem oral e escrita, bem como as estratégias utilizadas pela professora para superar
esses desafios.
Este relatório contempla as atividades desenvolvidas durante o estágio, trazendo o estudo
dos textos, a caracterização geral da escola – campo de estágio, nossas observações da prática
docente e o relato de nossas experiências durante as 4 regências que tivemos a oportunidade de
realizar. Nos apêndices deste trabalho, encontram-se o plano de ensino, os registros fotográficos
de nossas regências e ainda os links para os slides das apresentações realizadas nos momentos
de socialização e discussão.
Cabe salientar que o estágio supervisionado não apenas contribui para a nossa formação
enquanto futuras pedagogas, mas também para o desenvolvimento dos estudantes da turma em
que estagiamos, pois eles também estão vivenciando uma nova experiência, com pessoas
diferentes, que trazem recursos didáticos que muitas vezes não estão habituados a utilizar, e
isso chama atenção, fazendo com que eles se envolvam voluntariamente do processo de ensino-
aprendizagem. Nisso se cumpre a mensagem deixada por Paulo Freire (1996), “Quem ensina
aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 ESTUDO DOS TEXTOS E PREPARAÇÃO PARA O CAMPO DE ESTÁGIO
Em nossa primeira aula na UFAL, que aconteceu no dia 01 de fevereiro de 2023,
concordamos em dividir a turma em quartetos, e cada um desses quartetos ficou responsável
por trazer a apresentação e discussão de um texto que serviria de apoio para nossas práticas
pedagógicas. Então ficou organizado da seguinte forma:
● Grupo 1: “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”, de Magda Soares (2004).
● Grupo 2: “Novas Práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura”, de Magda
Soares (2002).
● Grupo 3: “O que é, então, letramento?”, de Angela Kleiman (2005).
● Grupo 4: “Prática pedagógica alfabetizadora à luz da Psicologia Histórico-cultural
e da Pedagogia Histórico-Crítica”, de Saviani e Marsíglia (2017).

O texto "Letramento e alfabetização: as muitas facetas", de Magda Soares (2004),


aborda o surgimento/invenção do letramento e como isso interferiu no conceito de
alfabetização, trazendo uma discussão sobre a relação entre o processo de alfabetização e o
conceito de letramento, além de apresentar as diferentes facetas que envolvem esses processos.
Magda apresenta a diferença entre alfabetização e letramento, destacando que a
alfabetização está ligada ao domínio do código escrito, ou seja, à capacidade de identificar as
letras e seus sons, enquanto o letramento se refere ao uso social da leitura e da escrita, que
possibilita a compreensão e produção textos em diferentes contextos sociais, por exemplo:
escrever uma carta, entender placas, compreender que o letreiro do ônibus indica os locais por
onde ele trafega, dentre diversas outras situações do cotidiano.
Nesse texto, vimos as diferentes compreensões do que seria uma pessoa alfabetizada,
em diferentes épocas. Até 1940, ser alfabetizado se resumia a capacidade de escrever o próprio
nome; de 1940 a 1950, se referia a capacidade de ler e escrever um bilhete simples; e a partir
de 1950, para ser considerado alfabetizado o indivíduo precisa saber ler, escrever e fazer o uso
da leitura e escrita no cotidiano, a partir de saberes adquiridos na escola.
Além disso, o texto traz também as diferentes perspectivas teóricas sobre o letramento,
como a visão ideológica, que enfatiza a relação entre leitura e poder, e a visão psicolinguística,
que considera a relação entre língua e cognição. A autora discute ainda, a importância da
diversidade cultural no processo de letramento, salientando que devemos reconhecer e valorizar
as diferentes formas de letramento presentes nas diversas culturas e destaca a importância de se
considerar as diferentes facetas do letramento e da alfabetização no processo de ensino-
5
aprendizagem, de modo que as diferentes formas de uso social da leitura e da escrita sejam
contempladas.
Em "Novas Práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura", Magda Soares
(2002), traz uma reflexão acerca da sociedade e do uso das tecnologias atualmente. Infelizmente
nem todas as pessoas têm acesso à tecnologia, porém, ela é bastante presente na vida da maioria
das crianças, portanto, diante desta realidade, nós, como futuras pedagogas, precisamos nos
atualizar constantemente, levando em consideração o aprimoramento da prática pedagógica.
Magda fala sobre as transformações que as novas tecnologias e a cultura digital
trouxeram para as práticas de leitura e escrita e como isso impacta no processo de letramento.
Ela enfatiza a necessidade de se reconhecer as novas formas de leitura e escrita presentes na
cibercultura, que se caracterizam pela multimodalidade, interatividade e hipertextualidade. A
autora destaca que essas novas práticas exigem habilidades específicas por parte dos leitores e
escritores, como a capacidade de lidar com textos não lineares, de buscar e selecionar
informações em um ambiente de excesso de informação, a habilidade de interagir com outros
usuários, entre outras.
O texto aborda ainda a importância da inclusão digital, para que todos possam ter acesso
às novas práticas de leitura e escrita na cibercultura. Magda destaca que o acesso à tecnologia
é fundamental para que todos possam se apropriar das novas formas de leitura e escrita e que
isso pode contribuir para a promoção da igualdade social. Além disso, o texto discute a relação
entre as novas práticas de leitura e escrita e a educação, diante disso a autora destaca que é
preciso repensar as práticas pedagógicas para que elas possam contemplar as novas formas de
leitura e escrita presentes na cibercultura, considerando a importância dessas práticas no
processo de ensino-aprendizagem, buscando uma abordagem mais atualizada e contextualizada
para a educação.
Angela Kleiman (2005), em “O que é, então letramento?”, começa por discutir o que
não é o letramento, e ressalta 3 aspectos: o letramento não é um método, não é alfabetização e
não é uma habilidade. No decorrer do texto é apresentado o que é o letramento, como ele surgiu,
qual o seu processo histórico e sua quase inseparabilidade do termo alfabetização, porém com
a avanço da educação os termos alfabetização e letramento foram aos poucos sendo vistos como
distintos, porém interligados.
Kleiman (2005), aponta que
O letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas da escrita
nas sociedades, ou seja, o desenvolvimento histórico da escrita refletindo outras
mudanças sociais e tecnológicas, como a alfabetização universal, a democratização do

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ensino, o acesso a fontes aparentemente ilimitadas de papel, o surgimento da Internet.
(KLEIMAN, 2005. p.21).

Portanto, podemos perceber que o letramento está em constante evolução, e nesse


sentido Kleiman discorre acerca de práticas letradas. Temos a prática coletiva e colaborativa
versus a prática individual e competitiva, que, como o próprio nome diz, terá momentos em que
aprenderemos individualmente, já em outros estaremos aprendendo no coletivo.
Compreendemos também que um único texto pode ser lido de várias formas, isso vai
depender de quem está lendo e a finalidade que dará a essa leitura, e vimos ainda que uma só
pessoa pode ler de diferentes formas pois também irá envolver a finalidade que ela dará a essa
leitura. Nesse sentido, temos a clareza de que o termo letramento está em desenvolvimento, ele
não é a mesma coisa que alfabetização, porém um precisa do outro.
O texto “Prática pedagógica alfabetizadora à luz da Psicologia Histórico-cultural e da
Pedagogia Histórico-Crítica", de Saviani e Marsiglia, traz o conceito de uma pedagogia
histórico-crítica, em que o papel do professor é despertar o senso crítico nos estudantes, a partir
da transmissão dos saberes nas suas formas mais elaboradas e consistentes.
Os autores destacam a importância de considerar o desenvolvimento histórico das
formas de produção e a influência das relações sociais na construção do conhecimento. Além
disso, os autores enfatizam a necessidade de uma abordagem pedagógica crítica que busque a
superação das desigualdades sociais e a formação de indivíduos autônomos e conscientes. A
integração dessas perspectivas teóricas pode contribuir para uma prática pedagógica mais
efetiva e emancipatória.
O texto de Telma F Leal (2005) “Fazendo Acontecer: O ensino da escrita alfabética na
escola”, aborda questões acerca do ensino e da aprendizagem: a escrita alfabética, pontuando a
complexidade do ensino desse objeto. Nesse sentido, entende-se que o(a) professor(a) precisa
ter muitos tipos de saber com diferentes estratégias didáticas para cada indivíduo em diversas
atividades.
Para que aconteça o processo de ensino aprendizagem é preciso que o professor adquira
conhecimentos prévios, para que em seguida sejam aplicados nas salas de aula. Segundo Leal,
ela apresenta alguns elementos essenciais para que executem a prática de leitura, escrita e
produção de texto, como: O que é alfabetização que trata-se do processo que ensina a ler e
escrever; O objetivo do ensino: compreensão do que é texto, produção de textos, gênero textual,
assim como aspectos gerais sobre o processo de ensino aprendizagem; Sondagem; Percurso
realizado para apropriação deste sistema , assim como as estratégias utilizadas para articulação
da aprendizagem e o funcionamento geral da língua; Os modelos de interação didática
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utilizados para auxiliá-los no processo, como também as consequências dessas interações.

2.2 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO GERAL

2.2.1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em um relatório das atividades desenvolvidas durante o
Estágio Supervisionado 3 – Alfabetização e Letramento do ponto de vista teórico e prático,
considerando nossas vivências na escola campo, realizado no oitavo semestre do ano letivo de
2022.2 do curso de Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas- UFAL. A Instituição do
campo de estágio foi a Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, cujas atividades
ocorreram no período de Fevereiro a Maio do ano de 2023.
Nesse sentido, este trabalho visa mostrar que a especificidade da literatura é em si o
ensino do código alfabético e ortográfico, enquanto a especificidade da literatura e o uso social
desse código.No entanto, mesmo que sejam processos diferentes, eles devem ser conciliados
para que as práticas nas aulas de alfabetização tenham uma qualidade em que os alunos sejam
capazes de compreender o mundo ao seu redor e percebam que a alfabetização é a melhor forma
de se expressar e interagir na sociedade.
O Estágio de Alfabetização tem uma carga horária total de 120 horas e decorre em várias
fases que incluem: uma discussão teórica que fornece algumas referências bibliográficas para
fundamentar as questões levantadas no terreno; observação e características gerais da
instituição campo de formação e salas de referência específicas; elaboração e desenvolvimento
de um projeto de intervenção a partir das demandas feitas pela Instituição nos momentos de
reuniões e observações; análise de sessões desenvolvidas com um grupo de crianças e
professores; seminário de socialização da experiência de estágio e elaboração do relatório final.
Este relatório pretende apresentar dados sobre as características gerais da Instituição,
que foram coletados a partir de observações da estrutura escolar, roda de conversa/entrevista
com o diretor Jhonatas, leitura do PPP da escola e reunião de professores realizada na A
instituição.
Para discutir este tema, estudamos alguns dos autores que tratam deste tema, tais como:
Magda Soares (2004), Kleimann (2005) Saviani (2017), Arthur Morais, Eliana Borges, Telma
Ferraz (2005), Anne-Marie Chartier, Clristiane Clesse e Jean Hebrad (1996). Esses autores nos
apoiaram nas discussões e fundamentações dos significados do processo de alfabetização e do
processo de letramento, mostrando a especificidade de cada um e a importância de conciliar os
dois, além de propor uma reflexão entre a teoria educacional e a prática da alfabetização.
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Este trabalho é apresentado em dois momentos distintos. Em primeiro lugar, tratamos
da teoria supervisionada na formação de professores. No segundo momento, relatamos nossas
experiências observacionais na escola do campo, discutindo a indissociabilidade entre teoria e
prática relacionada à formação de professores.

2.2.2. DESENVOLVIMENTO

Identificação da Escola

A Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, está localizada na Rua


Rotary, S/N, no bairro Tabuleiro dos Martins, CEP: 57081-132 e pertence à Rede Pública
Municipal de Ensino sob o ato de criação da Lei nº 5376. D.O de 2 de julho de 2004. Sua etapa
de ensino é voltada para a Educação Infantil, com estudantes de 4 a 5 anos nas turmas de I e II
período; Ensino Fundamental I, com estudantes de 6 a 14 anos; e EJAI 1º Segmento (1º, 2º , 3º
, 4º e 5º períodos), com estudantes de 15 à 70 anos. Seu funcionamento ocorre nos turnos
matutino, vespertino e noturno, sendo que as atividades ocorrem das 07h20 às 11h40, no
matutino, das 13h às 17h20 no vespertino, das 18h30 às 21h30 no período noturno.

Imagem 1. Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante

Fonte: Os autores

A escola recebeu este nome em homenagem a Natalina Costa Cavalcante, nascida em


23 de fevereiro de 1919 em Mata Grande, no sertão alagoano. Quando garota, auxiliava suas
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irmãs que costuravam para fora (tinha quatro irmãs). Aos 20 anos de idade veio para Maceió e
aqui casou com Mário Bezerra Cavalcante, desta união nasceram cinco filhos, os quais foram
todos criados e educados com a sua profissão de costureira, pois não chegou sequer a terminar
o primário. Católica praticante, porém, casada com militante do partido comunista, sempre
conciliava a igreja com o socialismo.
Com o golpe militar de l964 e após a morte de seu marido, ela passou a apoiar com garra
todas as pessoas que se opunham contra o regime militar. Apesar de viver uma época negra de
ditadura ela nunca temeu, oferecendo sua residência para encontros clandestinos de militância
da época, encontrando-se muitas vezes com pessoas que já viviam clandestinamente, servindo
de elo e muitas vezes correndo risco de vida e arrecadava doações para estas pessoas.
Com a queda da ditadura e a volta do estado de direito, ela passou a apoiar todos os que
retornaram à legalidade e se estabeleceram na política, fazendo caminhadas, frequentando
comícios, arrecadando doações para campanha etc. Com seu lado católico muito forte, assumiu
a comunidade da Igreja de Santa Terezinha no bairro Farol, cujo sonho foi a construção da
capela. Seu trabalho foi reconhecido no campo político e religioso, rendendo-lhe várias
homenagens entre elas a de lugar cativo na capela que ajudou a construir e dando seu nome a
esta Escola. Natalina Costa Cavalcante faleceu de parada cardíaca em 21 de fevereiro de 2004.
A Escola, anteriormente, foi uma escola da rede particular, sendo adquirida em 2004
pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Foi inaugurada em 2005, no mandato da
Prefeita Kátia Born, sob o Decreto no 5376 e Registro de nº 27226611 constante no Censo
Escolar.
O bairro, Tabuleiro do Martins, em que está situada a escola, antes era um sítio que
pertencia ao casal João Martins Oliveira e Stella Cavalcante de Oliveira, que viveram unidos
durante 51 anos, e tiveram dez filhos. O casal era querido pelos mais humildes que ali moravam
e ninguém pagava aluguel de suas casas. Começaram a abrir ruas e o pequeno sítio foi se
transformando em um novo bairro, que, por justiça, se chamou Tabuleiro do Martins, uma
homenagem do povo ao fundador.
A situação, nesta época, era difícil, não havia água canalizada, nem tampouco energia
elétrica, o transporte era feito em um velho ônibus, que era chamado de “sopa”, este descia a
ladeira esburacada para chegar em Fernão Velho, que era o lugar que pegava trem para chegar
à capital.
O processo de povoamento e crescimento do bairro foi desordenado, porém constante.
Foi construída uma praça que o prefeito Sandoval Caju deu o nome de “Praça João Martins”,

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uma justa homenagem ao fundador João Martins de Oliveira. As ruas foram surgindo aos
poucos, assim como a feira livre, que hoje é uma das maiores do Estado de Alagoas. O bairro
se ampliou para o lado oposto da pista, recebeu o Distrito Industrial, alguns conjuntos
residências e dezenas de casas comerciais.
Neste bairro foi encontrado muitos recursos naturais como por exemplo a descoberta
das maiores jazidas de petróleo, por parte da Petrobrás, água é mineral, energia farta e os clima
de planalto permite uma boa qualidade de vida a todos os seus milhares de moradores, que
formam um dos mais populosos bairros de Maceió.
A partir dos anos de 1960 o desenvolvimento do bairro se deu aceleradamente com o
aparecimento das indústrias em seu lado direito (de quem sai de Maceió), a abertura de novas
ruas e do Campus Universitário. Atualmente o bairro é dividido em dois: Tabuleiro Velho (onde
tudo começou com o sítio de João Martins) e o Tabuleiro Novo, com os conjuntos habitacionais
e as indústrias.
O bairro, atualmente, é, de certo modo, de difícil acesso, pois é longe dos grandes
Centros, não possui uma rede de transporte que atenda de forma adequada aos seus moradores,
os serviços públicos, do bairro, oferecidos são insuficientes e escassos, o número de escolas
públicas não atende à demanda. Porém, nas proximidades temos o hospital metropolitano e
hospital das clínicas, existem postos de saúde no conjunto Cleto Marques Luz, Conjunto
Salvador Lira e no bairro da Santa Lúcia. Os moradores do bairro, diante do difícil contexto
socioeconômico do estado, procuram se manter da melhor forma possível.
O comércio na região é diversificado e possui um grande número de profissionais
liberais. No âmbito do esporte, o bairro conta com um campo de futebol particular do Time do
7 de Setembro. Ademais, o Bairro não oferece serviços culturais e sociais, possuindo apenas
uma Associação dos Moradores, a qual não atende de forma eficaz às necessidades do local.

Instalações da escola
O contexto atual no qual a Escola está inserida, comparado ao período que sucedeu a
sua aquisição pela SEMED, houve mudanças significativas. O aspecto de galpão passou a ter
outra estrutura, as telhas de Amianto foram substituídas por telhas de cerâmica, as salas de aula
sem janelas hoje contam com janelas, mesmo a ventilação ainda não sendo adequada, os
banheiros foram reformados e construídos mais; o piso era de cimento queimado, hoje toda a
escola é revestida de granilite.
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica no Brasil, momento em que
as crianças passam parte de seu dia convivendo em um ambiente distinto daquele já conhecido
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e compartilhando de uma rotina juntamente com outras crianças e também com sujeitos adultos.
Já o ensino fundamental I, também no Brasil, é a continuação da educação infantil, em que as
crianças irão desenvolver-se mais no âmbito educacional, assim como o desenvolvimento
pessoal de cada um.
Em vista disso, faz-se necessário que a instituição de educação infantil seja bem
organizada, isto é, que seus espaços internos e externos, considerem o desenvolvimento e
potencialidades das crianças e pré-adolescentes. Logo, os espaços de sala de referência e sala
de aula devem ser pensados e planejados para acolher as crianças e pré-adolescentes, garantindo
a interação com seus pares de forma afetiva, bem como com os objetos, materiais, espaços,
tempos e brinquedos.
A Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, possui um ambiente bem
amplo, entretanto sua infraestrutura não foi devidamente pensada para atender as necessidades
das crianças e pré-adolescentes que ali estudam. Na entrada da escola há uma pequena área
verde em que podemos encontrar algumas árvores, plantas, flores, responsável por deixar o
ambiente com um aspecto mais acolhedor um pouco mais a frente podemos encontrar o hall de
entrada da escola, espaço destinado a receber tanto os visitantes quanto as crianças.

Imagem 2. Área verde Imagem 3. Área verde

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 4. Área verde Imagem 5. Entrada para o hall

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Fonte: Os autores Fonte: Os autores
Imagem 6. Hall (vista da entrada) Imagem 7. Hall (vista da saída)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

A instituição possui 20 (vinte) salas de aula, uma sala dos professores, uma sala
destinada a direção, um auditório/sala multimídia, uma sala onde funciona a biblioteca, uma
sala de Recursos, uma sala para Assistente Social e Psicóloga, uma sala de Jogos, um refeitório,
uma cozinha, uma despensa de alimentos, uma quadra de esportes coberta e com arquibancadas,
banheiros/vestiário (masculino e feminino), almoxarifado para materiais de Educação Física.
Todas as salas de aula têm quadro branco, mesas e cadeiras para os estudantes, porém
os tamanhos das salas não são adequados para comportar muitas crianças e também não é
possível modificar o espaço para algum tipo de atividade diferente. Apesar da existência de
janelas e ventiladores nas salas, a ventilação é inadequada e precária, sendo que os ventiladores
fazem muito barulho, inviabilizando a comunicação do professor com os alunos, sendo
necessário muitas vezes o professor precisa desligar para os estudantes entenderem a aula.

Imagem 8. Sala de aula (vista do lado direito) Imagem 9. Sala de aula (vista da entrada)

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Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 10. Sala de aula (vista da frente) Imagem 11. Sala de aula (vista do fundo)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 12. Sala de aula (vista do fundo) Imagem 13. Sala de aula (vista da entrada)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 14. Sala de referência (vista da entrada) Imagem 15. Sala de referência (vista da entrada)

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Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 16. Sala de referência (vista do fundo) Imagem 17. Sala da direção (vista da entrada)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 18. Sala da direção (vista da entrada) Imagem 20. Sala da direção (vista da entrada)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

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Imagem 21. Biblioteca (vista do fundo) Imagem 22. Biblioteca (prateleira de livros)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 23. Biblioteca (vista da frente) Imagem 24. Biblioteca (vista da frente)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 25. Quadra (vista da lateral esquerda) Imagem 26. Quadra (vista da lateral direita)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

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Imagem 27. Sala dos professores Imagem 28. Copa (sala dos professores)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 29. Banheiro (sala dos professores) Imagem 30. Banheiro (sala dos professores)

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 31. Sala dos professores

Fonte: Os autores

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Atualmente a escola conta com: dois banheiros (sendo um masculino e um feminino)
para professores/funcionários; dois banheiros (um masculino e um feminino) para alunos, dois
banheiros (um masculino e um feminino) na quadra de esportes; banheiro na sala da direção,
banheiro na cozinha para as profissionais da merenda e banheiros adaptados para as crianças da
Educação Infantil que estão situados nas salas de referência, todos bem equipados e adaptados
à faixa etária das crianças que utilizam, assim como possui boa higienização e conservação.

Imagem 27. Porta do banheiro masculino Imagem 28. Banheiro masculino

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 29. Banheiro masculino Imagem 30. Banheiro feminino

Fonte: Os autores Fonte: Os autores


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Imagem 31. Vestiário/banheiro masculino Imagem 32. Vestiário/banheiro feminino

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 33. Banheiro/vestiário Imagem 34. Banheiro/vestiário

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Imagem 35. Banheiro/vestiário Imagem 36. Banheiro/vestiário

Fonte: Os autores Fonte: Os autores


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Imagem 37. Banheiro da sala de referência Imagem 38. Banheiro da sala de referência

Fonte: Os autores Fonte: Os autores

Segue abaixo uma tabela com a disposição de ambientes existentes na escola para
melhor visualização.

Quant. de objetos Descrição dos objetos

16 Salas de aula

01 Sala de professores

01 Sala para secretaria

01 Sala para direção

02 Banheiros (técnicos e professores), com pia e chuveiro.

12 Banheiros para os alunos (06 femininos e 06 masculino)

01 Banheiro para os funcionários de apoio (chuveiro e pia).

01 Refeitório

01 Cozinha

01 Dispensa

04 Computadores

20
03 Impressoras

01 Telefone (não têm rede)

07 Armários Com Chave

05 Estantes

02 Frízeres (01 vertical e 01 horizontal)

02 Geladeiras

02 Fogão Industrial

01 Liquidificador Industrial

01 Mesa Grande Para Professores

01 Almoxarifado

01 Pátio

01 Cisterna

03 Bebedouros

20 Ventiladores

03 Aparelhos de Som

01 Aparelhos de TV

Perfil dos profissionais da escola

Equipe diretiva

A tabela a seguir apresenta o nome, cargo, turno e quantidade de profissionais da equipe


diretiva e coordenação da escola Natalina Costa.

Nome Cargo Turno

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Jonathas Félix de Novais Diretora Geral Diurno

Márcia da Silva Santos Portela Vice- Diretora Diurno

Maria de Fátima Arruda Coordenadora Pedagógica Manhã

Clarisse Viviane da Silva Mendonça Coordenadora pedagógica Manhã

Adalgisa Christine da Silva Ataide Vanderlei Coordenadora Pedagógica Tarde

Bernadete Francisca Vanderlei Coordenadora Pedagógica Tarde

Blenda de Omena Alves Assistente social (Serviço Diurno


Social)

Joseluce Lima dos Santos Psicóloga (PSS) Diurno

João Vitor Diniz Pereira Assistente de Secretário Diurno


Escolar

Laís Gabrielle Vanderlei Assistente de Secretário Diurno


Escolar

TOTAL 10

Equipe Administrativa

Nas tabelas a seguir constam o número, nome, turno, e qualificação de profissionais do


corpo administrativo da escola Natalina Costa.

Nº TÉCNICO- ADMINISTRATIVO

1 Antônio Claudio De Moraes Vieira

2 Blenda De Omena Alves

3 Carolina Bezerra Barros Santos

4 Diana Conceição Correia Da Silva

5 Eliege Martins Miranda

6 Elizandra De Albuquerque Santos

22
7 Everilda Maria Silva De Andrade Dos Santos

8 João Vitor Diniz Pereira

9 Leticia De Almeida Silva

10 Luciana Maria Da Silva

11 Marcos Antonio Machado Urtiga

12 Maria Betânia De Menezes Duarte

13 Rogério Do Amaral Souza

14 Sérgio Manoel Oliveira Peixoto

15 Vera Lucia Da Silva

16 Maria Betânia De Menezes Duarte

Número de Total de Turno Qualificação


profissionais profissionais

1 – Secretario
1 – Psicólogo
1 – Assistente social 16 Manhã 3 – Superior
2 – XXXXX 13 – Médio
3 – Merendeira
4 – Serviço gerais
4 – Auxiliar de sala

1 – Secretario
1 – Psicólogo 3 – Superior
1 – Assistente social 16 Tarde 13 – Médio
2 – XXXXX
3 – Merendeira
4 – Serviço gerais
4 – Auxiliar de sala

1 – Merendeiro 2 Noite 2 – Médio


1 - XXXXX

23
Equipe de Docentes

O Corpo Docente da Escola é composto por 37 professores efetivos, 05 professores


contratados por processo seletivo. Alguns professores do quadro trabalham como horistas no
turno contrário, para suprir a carência da escola. A maioria dos professores efetivos possui o
nível superior ou pós-graduação e alguns em fase de conclusão de curso. Grande parte desses
professores participa das Formações Continuadas oferecidas pela SEMED.
Nas tabelas a seguir constam a quantidade, nome, qualificação e nome dos profissionais
docentes da escola Natalina Costa.

Nº DOCENTE

1 Adalgisa Christine Da Silva Ataide

2 Ana Paula Dos Santos Nicolau

3 Andre Costa Correia

4 Andrea Moreira Pereira

5 Bernadete Francisca Vanderlei

6 Cicera Marina Da Silva

7 Clarisse Viviane Da Silva Mendonça

8 Cremilda Maria Da Conceição

9 Cynara Silva Araújo

10 Tatiana Alves Do Nascimento

11 Denize Bezerra Do Nascimento

12 Elizete Dos Santos Acioli

13 Elycicleia Costa Dos Santos

14 Eraulya Silva Nascimento Bastos

15 Leandra Michelliny Dos Santos Buarque

16 Inajara Correia Cordeiro

17 Isabel Macena Gomes

18 Ivete Barros Leite

24
19 Ivania

20 Joelma Ferreira Da Silva

21 Jonathas Felix De Novais

22 Judite Farias De França

23 Karlla Cristina Dos Santos Mendonça

24 Liliane Da Silva Costa

25 Lisete Inacio Feitosa

26 Márcia Da Silva Santos Portela

27 Maria Cristiane Batista Lima Vieira

28 Maria De Fátima Arruda Araújo

29 Pedro Henrique Santos Da Silva

30 Maria Sonia Da Silva Barros

31 Nelma Marques Da Silva

32 Rita Da Costa Santos Silva

33 Rita De Cassia Vasconcelos

34 Rosa Elisa Pasciucco Da Costa

35 Rosilene Ferreira Dos Santos

36 Rossicle Silva Do Nascimento

37 Salomão Nunes Santiago

38 Silene Brandão De Gois Morais

39 Helenilda Silva De Castro Martins

17 profissionais pela manhã


Número de profissionais
26 profissionais pela tarde
3 profissionais pela noite

25
43 profissionais com formação superior
Qualificação
28 com formação em pedagogia
2 com formação superior com especialização
2 com magistério

Perfil dos Alunos


A Escola possui características de periferia e apresenta em seu corpo discente estudantes
das diversas comunidades circunvizinhas, apresentando grande diversidade sociocultural. A
Escola Natalina Costa Cavalcante, é formada por estudantes com idades de 4 a 5 anos nas
turmas de I e II período, 6 a 14 anos, distribuídos nas turmas de 1o ao 5o ano do Ensino
Fundamental e 15 à 70 anos na Educação de Jovens Adultos e Idosos.
Esses estudantes são oriundos do bairro onde está situada a escola e bairros
circunvizinhos. Os estudantes que se deslocam de outros bairros tendo acesso à escola por meio
do transporte escolar (ônibus) disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educação
(SEMED).
A maioria dos estudantes vivem em condições precárias, com situação econômica
desfavorável, sendo poucos que convivem com o pai e a mãe. Muitos ainda, são filhos de pais
separados, moram só com a mãe, avós, ou ainda, há casos em que estas crianças vivem com
parentes ou vizinhos.
A maioria dos pais ou responsáveis dos alunos da escola são assistidos pelos programas
sociais do governo, entre eles: auxílio Brasil, Passe Livre nos transportes, etc. a fim de que seja
amenizada a dificuldade social e econômica em que se encontram ou como forma de garantir
ao menos o mínimo de sobrevivência da família.
A realidade aqui descrita faz com que muitos desses estudantes sejam obrigados a se
dedicar a outras atividades, para que assim, possam contribuir financeiramente com o sustento
de suas famílias. Apesar da necessidade, estas famílias têm consciência da ilegalidade desta
ação, mas por falta de alternativa insistem em manter seus filhos em trabalhos informais que
muitas vezes os exploram sem nenhuma providência poder ser tomada. Entretanto, o fato ainda
mais alarmante se caracteriza no desempenho destes alunos, pois são prejudicados em seu
desempenho escolar, por não conseguirem conciliar o trabalho e os estudos, por não
acompanharem os conteúdos, o que explica o crescente número apresentado nos resultados
estatísticos da evasão, repetência e casos de distorção idade/série.
26
A unidade de ensino tem capacidade para atender mais de 800 estudantes, distribuídos
nos três turnos de funcionamento, porém de acordo com as informações passadas pelo secretário
792 crianças estão regularmente matriculadas na instituição. A escola divide as crianças por
turma da seguinte forma: Educação Infantil e 1º ano do Ensino Fundamental: 16 crianças; 2º e
3º ano do Ensino Fundamental: 20 estudantes; 4º e 5º ano do Ensino Fundamental: 25 estudantes
e EJAI: 25 estudantes.

Turma Turno Faixa etária Nº de Nº de


crianças professore e
auxiliares

1º período A (Pré-escola Não informado 4 anos 17 Não informado


primeiro período)

1º período B (Pré-escola Não informado 4 anos 16 Não informado


primeiro período)

1º período C (Pré-escola Não informado 4 anos 21 Não informado


primeiro período)

2º período A (Pré-escola Não informado 5 anos 17 Não informado


primeiro período)

2º período B (Pré-escola Não informado 5 anos 16 Não informado


primeiro período)

2º período C (Pré-escola Não informado 5 anos 17 Não informado


primeiro período)

2º período D (Pré-escola Não informado 5 anos 17 Não informado


primeiro período)

2º período E (Pré-escola Não informado 5 anos 17 Não informado


primeiro período)

1º Ano A Matutino 6 a 7 anos 20 1 professora

1º Ano B Não informado 6 a 7 anos 21 Não informado

1º Ano C Não informado 6 a 7 anos 17 Não informado

1º Ano D Não informado 6 a 7 anos 20 Não informado

1º Ano E Não informado 6 a 7 anos 22 Não informado

27
1º Ano F Não informado 6 a 7 anos 19 Não informado

1º Ano G Não informado 6 a 7 anos 20 Não informado

1º Ano H Não informado 6 a 7 anos 18 Não informado

2º Ano A Não informado 7 a 8 anos 23 Não informado

2º Ano B Não informado 7 a 8 anos 21 Não informado

2º Ano C Não informado 7 a 8 anos 20 Não informado

2º Ano D Não informado 7 a 8 anos 24 Não informado

2º Ano E Não informado 7 a 8 anos 23 Não informado

2º Ano F Não informado 7 a 8 anos 22 Não informado

3º Ano A Não informado 8 a 9 anos 18 Não informado

3º Ano B Não informado 8 a 9 anos 18 Não informado

3º Ano C Não informado 8 a 9 anos 24 Não informado

3º Ano D Não informado 8 a 9 anos 21 Não informado

3º Ano E Não informado 8 a 9 anos 20 Não informado

4º Ano A Não informado 9 a 10 anos 25 Não informado

4º Ano B Não informado 9 a 10 anos 26 Não informado

4º Ano C Não informado 9 a 10 anos 29 Não informado

4º Ano D Não informado 9 a 10 anos 28 Não informado

5º Ano A Matutino 10 a 13 anos 26 Não informado

5º Ano B Não informado 10 a 13 anos 23 Não informado

5º Ano C Matutino 10 a 13 anos 22 1 Professora

28
5º Ano D Não informado 10 a 13 anos 21 Não informado

Estrutura organizacional
O Projeto político pedagógico (PPP) da instituição é estruturado em: Dados de
identificação da escola; Justificativa do PPP; Missão; Objetivos; Marco histórico situacional;
Marco conceitual; Marco Operativo; Plano de ação; Monitoramento e Avaliação do PPP;
Anexos, Referências e Apêndices. Segundo o PPP a missão desta instituição é “Promover uma
educação de qualidade para todos estudantes, levando-os a construir sua história com
responsabilidade, dignidade e autonomia, contribuindo para uma sociedade mais justa, fraterna
e feliz.” (PPP, p, 16)
Seus principais objetivos são “definir e realizar metas para a construção de uma escola
inclusiva, cidadã e democrática, voltada para a integração do indivíduo, proporcionando a
construção do conhecimento e buscando a qualidade do processo ensino-aprendizagem,
considerando os aspectos cognitivos, psicomotor, sócio emocional, cultural e linguístico.” e
"adequar o ensino às necessidades sociais, políticas e econômicas, considerando os interesses e
motivações dos estudantes, garantindo todas as aprendizagens essenciais para a formação de
cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem".
No tópico “Marco Conceitual”, o PPP apresenta a concepção de algumas palavras para
melhorar relacioná-las com a função da escola, sendo eles: Concepções de sociedade,
Concepções de ser humano, Concepções de educação, Concepções de currículo, Concepções
de avaliação.

Prática pedagógica em geral


No PPP da instituição é apresentado o conceito de currículo no qual eles defendem.
Apoiando-se em Saviani e Freire, o PPP diz que currículo é “uma produção social, cultural e é
uma ação coletiva, que a escola tem autonomia para organizar, buscando uma unidade entre as
Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais (em discussão) e as reais
necessidades da comunidade escolar, não perdendo de vista que é direito das novas gerações
apropriar-se do conhecimento acumulado historicamente, instrumentalizando o aluno para
compreender a realidade e nela atuar modificando-a.” (PPP, p. 25)

29
Também no PPP, é apresentado o conceito de avaliação defendido pela escola, para
tanto apoia-se em Freire, Saviani, Pedro Demo e concebe avaliação “como emancipatória e
qualitativa, que seja um instrumento de reflexão para professores e alunos, cada qual buscando
melhorar sua prática a partir dos resultados obtidos, não sendo vista como um acerto de contas
ou um ato de autoridade e manipulação.”
No PPP da escola não consta o conceito defendido por eles sobre planejamento,
metodologia, e prática docente, neste também não consta quem foram seus criadores, quais os
programas desenvolvidos na escola, nem a formação continuada dos docentes. Porém, na
reunião pedagógica que aconteceu na escola, a coordenadora comentou que os docentes
participam de formação continuada ofertada pela SEMED.

2.3 OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE


2.3.1 Os alunos
A turma do 5º ano C, na qual ficamos no estágio, é composta com 24 estudantes que
variam entre 10 e 13 anos de idade, sendo eles do sexo feminino e masculino (até o nosso
conhecimento não tinha nenhum gênero neutro, fluido ou não binária) que tem como
responsável a professora Sônia. De acordo com a professora, os estudantes vivem em sua
maioria com pai e mãe, mães e avós ou ainda com mães solos ou mãe e padrasto. Residem no
mesmo bairro e também em bairros próximos.
A maioria dos pais não possuem escolarização completa, possuindo somente
alfabetização até o final do ensino fundamental, outra parte possui escolarização em nível médio
completo e somente uma minoria possui nível superior completo ou está cursando. Boa parte
dos responsáveis são assalariados e trabalham em profissões diversas, sendo elas: empregada
doméstica, porteiro, operador de máquinas, cozinheira, autônomo, manicure, cabeleireira,
faxineira (o), atendentes de telemarketing.
De acordo com a professora, as crianças, em sua maioria, têm acesso à saúde pública
com o SUS; possuem acesso à cultura através da própria escola, do bairro em que vivem, dos
meios tecnológicos e da própria cultura do nosso Estado. Quanto ao lazer, as crianças possuem
acesso de forma limitada devido às condições socioeconômicas suas e de seus familiares.
De acordo com a professora, não tem nada de muito relevante na vivência das crianças
que ela gostaria de destacar, visto que estas têm uma vida e família considerada “comum” na
sociedade. Ela ressalta ainda que não possui, entre as crianças, nenhum caso, visível ou dito

30
pelos pais, de violência doméstica, abuso ou estupro. Segundo ela, as crianças não apontam
muito esse tipo de acontecimento.
De acordo com a professora, o espaço da sala é muito pequeno e não comporta a
quantidade de estudantes. Por esse motivo as atividades de sala são, de certa forma, limitada
em quesito de movimentação e trabalhos em grupos na sala. Outro ponto negativo ressaltado
pela professora é a ventilação, pois a sala tem ventiladores, mas não têm o suporte necessário e
fazem muito barulho, atrapalhando a comunicação em sala. Porém, as condições de iluminação
e conservação do espaço são agradáveis e conseguem suprir a necessidade de todo o grupo.

2.3.2. A rotina da sala de aula


De acordo com a professora, a turma possui uma rotina diária disposta em: Chegada: de
7h20 às 7h30; início das atividades de aula às 7h30; intervalo de 9h40 às 10h00; e o último
momento de aula das de 10h00 às 11h30. A turma não tem aula dia de sexta feira, pois a
professora é contratada com 20h semanais, sendo 13 em sala de aula e 7 de planejamento,
portanto não trabalha na sexta.
A rotina não prevê um tempo determinado para que as crianças reflitam, trabalhem e
planejem a atividade desenvolvida, mas, dentro da própria atividade, as crianças têm a liberdade
e o espaço para isso. A professora segue uma sequência de atividades pré-estabelecidas sendo
organizadas a partir do tema a ser trabalhado durante a semana.
A professora trabalha com a turma as disciplinas de portugês, matemática, geografia,
história, ciências e atividade diversa que é destinada ao ensino religioso e outros, já que na sexta
as crianças não têm aula por não ter professor disponível, ademais, as crianças também têm aula
de educação física, com outro professor, só que no momento estão suspensão pois o professor
está de atestado médico. Os estudantes conhecem a rotina assim como colaboram para a
perpetuação dela.
A professora é Graduada e pós-graduada em psicopedagogia, está trabalhando a 14 nesta
instituição de ensino, sendo que tem 36 anos de magistério atuando na área de educação.
Segundo ela não se identifica com nenhuma metodologia, porém apoia a metodologia
tradicional só que com elementos e abordagens modernas.
A definição dos conteúdos a serem trabalhos se dá a partir de uma reunião das
professoras do 5º ano com a coordenadora para definir as maiores necessidades dos estudantes,
porém cada professora aplica os conteúdos escolhidos a partir de suas metodologias e da
interação de sua turma. Quanto a avaliação, cada professora escolhe a sua, a utilizada pela

31
professora Sônia é a avaliação qualitativa e quantitativa divididas em: prova, pontualidade,
assiduidade, cuidado, capricho, trabalho e organização.

2.3.3. A Prática pedagógica do professor supervisor


A turma do 5º ano C da escola Natalina de Costa Cavalcante é bem desnivelada quanto
ao nível educacional dos educandos. Alguns estudantes estão já devidamente letrados e
alfabetizados, enquanto outros estão ainda desenvolvendo essa área, enquanto outros ainda não
foram alfabetizados nem letrados. Alguns estudantes não conseguem ler e escrevem muito
pouco, fazendo somente o exercício de “tirar do quadro”, mas sem ler ou refletir sobre. Porém,
assim como diz Magda Soares (2003), as dificuldades da criança devem ser vistas como “erros
construtivos”, resultado de constantes reestruturações. Magda (2003) também afirma que o
processo de alfabetização não deve ser dissociado do processo de letramento.
Os estudantes mantêm boa relação entre si e com os professores de forma geral,
procuram respeitar e cooperar para o bom funcionamento da escola e da sala. Mesmo diante
desta situação de desigualdade de conhecimento por parte dos estudantes, a professora cria e
mantém uma atmosfera calorosa, amável, cuidadosa e educadora com as crianças, assim como
mantém boa comunicação estimulando-os constantemente a cooperarem entre si, assim como
ajudarem-se e protegerem-se.
A professora procura sempre manter contato visual e físico com as crianças, sempre
buscando suprir suas necessidades de carinho e atenção, colocando-se no mesmo nível físico e
visual das crianças. A professora sempre busca encorajar, apoiar, incentivar e ajudar as crianças
em suas descobertas. Ela também procura sempre ouvi-los, parabenizando-as e encorajando-os
em suas conquistas e descobertas.
Segundo Magda (2003) o conhecimento do código grafofônico e o domínio dos
processos de codificação e decodificação constituem etapa fundamental e indispensável para o
acesso à língua escrita. Portanto, a professora sempre procura incluir todos os estudantes,
independente do seu nível de aprendizagem, de forma clara, sensível e afetuosa, para isso utiliza
métodos e recursos de inclusão para com os estudantes, passa atividades de reforço para aqueles
que ainda não estão plenamente desenvolvidos no nível de aprendizagem, assim como diz
Saviani (2017) é preciso promover leituras ricas em signos e significados.
A professora procura estimular os estudantes a serem autores de suas próprias histórias,
incentivando-as a resolver seus problemas, superar suas limitações, desenvolver sua autonomia;
procura sempre ouvir o feedback deles quanto ao assunto trabalhado, procurando corrigir os
erros da maneira mais adequada para que não haja lacunas no seu desenvolvimento educacional.
32
A professora também mantém boa relação com todos os colegas de trabalho, de todas
as instâncias, cooperando sempre com o bem comum. Esta, procura sempre organizar o trabalho
pedagógico com a devida antecedência chegando até a sala com todo o material pronto e
preparado para a aula.

2.3.4. REFERÊNCIA
CAROLINA, Ana. SAVIANI, Dermeval. Prática pedagógica alfabetizadora à luz da
psicologia histórico cultural e da pedagogia histórico-crítica. Psicologia em Estudo,
Maringá, v. 22, n.1, p.3-13, jan./mar. 2017

SOARES, Magda. As muitas facetas da alfabetização. GT Alfabetização, Leitura e Escrita,


durante a 26a Reunião Anual da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, MG, de 5 a 8 de outubro
de 2003.

SOARES, Magda. As novas práticas de leitura e escrita, letramento na cibercultura. Educ.


Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002.

2.4. ROTEIRO DE INTERVENÇÃO - SEQUÊNCIA DIDÁTICA


2.4.1 Identificação
Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante
Rede de Ensino: Municipal
Estagiárias: Clarice Maria da Silva e Jady Lins de Omena
Professora orientadora (universidade): Suzana Barrios
Professora supervisora (escola): Maria Sônia da Silva Barros

2.4.2. Dados sobre o Plano


Área do conhecimento: Alfabetização e Letramento
Tema: Textos e seus significados
Turma e faixa etária: 5º ano - 10 a 13 anos

2.4.3. Justificativa do Plano


Compreender a definição de alfabetização e letramento, ajuda a entender como eles
podem ser distintos e, ainda assim, inseparáveis. A alfabetização pode ser definida como o
processo de representar fonemas em grafemas, ler e escrever letras, codificar e criar relações
entre os sons; a alfabetização é o uso dessa tecnologia em práticas sociais. No entanto, uma está
diretamente relacionada à outra, pois a alfabetização se desenvolve em meio às práticas sociais
de alfabetização e ocorre por meio da alfabetização, que por sua vez se desenvolve apenas no
33
contexto e pela dependência da alfabetização. Então eles acontecem ao mesmo tempo, não um
antes do outro.
A conhecida estudiosa brasileira Magda Soares (2018) discute a importância da
alfabetização e de letrar-se ao mesmo tempo. A alfabetização por si só não faz um indivíduo
cumprir seus muitos papéis na sociedade. O fato de uma pessoa ser alfabetizada não garante
que ela seja letrada ou que uma pessoa letrada seja necessariamente alfabetizada.
No ambiente escolar, o conhecimento deve dar ao aluno a oportunidade de vivenciar
todas as práticas sociais necessárias que se espera que uma escola viva em sociedade. Quando
uma criança vai para a escola, ela exerce o seu direito de passar pela aprendizagem, e esse
processo é considerado um componente fundamental do desenvolvimento desse indivíduo, por
isso a alfabetização deve ser uma consequência natural. O acesso ao mundo da escrita já não se
limita aos muros da escola, pois as pessoas, sejam adultos ou crianças, vivem em mundos
alfabéticos, mas a sistematização do ensino ainda se dá dentro da escola e é através dela
(escola) que ocorre o processo de escolarização. (KLEIMAN, 1995; SOARES; 2018;
MORTATTI, 2004)
A alfabetização vai muito além da decodificação de fonemas e grafemas, “é um processo
de natureza não só psicológica e psicolinguística, como também de natureza sociolinguística”
(SOARES, 2018, p. 23). Então, se a alfabetização está diretamente relacionada ao uso social da
linguagem, é importante analisar que vivendo em um país grande como o Brasil, com tantas
influências externas e tantos costumes diferentes, é importante pensar em como as crianças
estão na escola e a linguagem falada e escrita a que estão expostos.
A partir disso, do observado em sala de aula e conversa com a professora, notamos a
necessidade de uma intervenção voltada para a alfabetização e letramento com três crianças em
específico, mas que abranja toda tendo como foco a leitura, interpretação e escrita de texto, com
o objetivo de melhorar a alfabetização e letramento da turma.
Ler não é apenas extrair sentido do texto, mas "superá-lo", é conhecer outros textos de
fundo para compreendê-lo, acelera a comunicação entre os interlocutores. Por isso, saber ler e
produzir informações é cada vez mais urgente. A leitura assume novas dimensões e cria novos
parâmetros para a estrutura do novo leitor. Diante dessa realidade, a escrita que encontramos
no cotidiano, chamada de escrita social, que possui diferentes personagens e funções, oferece
uma leitura versátil.
Usamos diferentes estratégias de leitura todos os dias para entender informações em
diferentes textos. Flexibilidade de atenção e diferentes formas de leitura para entender o

34
significado dos textos são cruciais para as pessoas e sua adaptação ao mundo moderno. A leitura
é um dos processos que permite a uma pessoa participar da vida social, pois leva a uma
compreensão do passado, do presente e das possibilidades de mudanças socioculturais no
futuro. Como forma de adquirir, transformar e produzir conhecimento de forma crítica e
reflexiva, a leitura ativa na escola ou fora dela oferece uma luta contra a alienação, permitindo
que pessoas e grupos sociais realizem a liberdade em diferentes dimensões da vida.
Portanto, para alcançar o objetivo de intervenção, propomos aqui uma sequência
didática, entretanto é válido ressaltar o esta representa. Para elucidar melhor o conceito de
sequência didática, vamos conhecer as definições de dois autores relevantes sobre a temática.
Antoni Zabala(1998) em seu livro Prática Educativa do como Ensinar, apresenta a seguinte
definição para sequência didática: é “uma forma de encadear e articular as diversas atividades
didáticas ao longo da aprendizagem de um conceito” (ZABALA, 1998, p.14).
Os genebrianos Dolz, Noverraz e Schneuwly (2011), precursores nos estudos sobre
sequências didáticas definem assim: “um conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ, NOVERRAZ e
SCHNEUWLY 2011, p.81). Após a apresentação dos conceitos acima, colocamos uma
proposta de sequência didática com foco na alfabetização e no letramento, permeada por
recursos didáticos sendo eles: textos, atividades, filme, discussão, rodas de conversas e
perguntas.

2.4.4. Objetivos
Objetivo geral
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e que circulam em diferentes campos de
atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a interpretá-
lo, expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.

Objetivos Específicos
● Desenvolver a prática de leitura, desejo e prazer de ler;
● Desenvolver a leitura multissemiótica;
● Desenvolver a interpretação de texto;
● Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global
● Aprender a fazer releitura de texto;
● Identificar os aspectos necessários à produção textual;

35
● Releitura do texto apresentado.
2.4.5. Conteúdos
Trata-se de aula expositivas e conversadas permeadas por fábulas e contos de cordel
com objetivo de ler, escutar e produzir textos orais, escritos e que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a
interpretá-lo, expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.

2.4.6. Procedimentos didáticos pedagógicos

Aula 1 - Compreendendo as fábulas (19/04)

Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma,
cartolina com as partes do texto impressas.

Primeira parte da aula: roda de conversa para se conhecer (10 minutos)


Neste momento iremos conversar com a turma e nos apresentar, assim como pedir que
cada um se apresente individualmente. Após, iremos explicar o que iremos fazer ali e a nossa
proposta de intervenção para o dia, por fim iremos passar para a segunda parte da aula.

Segunda parte da aula: O que é Fábula? (10 minutos)


Apresentar a proposta da aula para os alunos, propondo os seguintes questionamentos:
O que são fábulas? Para que servem? De onde se originaram? Ouvir as respostas dos alunos e
contribuir com informações sobre este gênero: Fábulas são histórias curtas protagonizadas por
animais com características humanas que apresentam uma moral ou lição ao final. Essas
narrativas registram as experiências e o modo de vida dos povos. Falar das origens da fábula e
principalmente de Esopo: Esopo é de uma época em que os povos se dividiam basicamente em
dois grupos: os mais fortes e os mais fracos. Um povo queria dominar o outro. Guerreavam
entre si e quem perdia era transformado em escravo, podendo ser vendido ou comprado como
mercadoria. Esopo também foi um escravo. Dizem que apresentava uma aparência física feia,
mas ninguém duvidava que era muito inteligente. Ele dava conselhos através das fábulas.

36
Terceira parte da aula: Amizade (10 minutos)
Expor a imagem (anexo 1) para as crianças e propor algumas reflexões: observem a
imagem exibida e pensem sobre o que ela pode estar representando. Concluído o exercício
de leitura visual, colocar as seguintes perguntas para a turma: O que vocês perceberam nesta
imagem? Como estas pessoas estão se sentindo? Você acha que elas são amigas? Como você
sabe? Que atitudes demonstram amizade entre as pessoas?

Quarta parte da aula: Fábula Os viajantes e o urso (30 minutos)


Pedir aos estudantes que acompanhem e leiam a fábula “Os viajantes e o urso”. Ler a
primeira parte da fábula e parar a leitura na palavra “um” (anexo 2). Seguir questionando os
alunos: Que palavra será que completa este espaço? Como vocês descobriram? Eles devem
descobrir que a palavra animais dá uma pista do que eles encontraram na floresta. Que animal
será que o viajante achou?
Ademais, iremos considerar e analisar os argumentos de respostas dos estudantes
validando-os ou não, levando o aluno a reparar nas pistas que o texto favorece para uma
interpretação adequada. Para tanto, sempre que ouvirmos um argumento, iremos questionar
como ele chegou ao raciocínio, o porquê do argumento. Em seguida, ouvir alguns alunos sobre
como reagiriam nesta situação. Cada aluno poderá falar o que faria.
Em seguida, continuar a leitura, parando agora na palavra “morto” e questionando os
alunos: Qual a atitude dos dois viajantes? O que você achou de suas atitudes? E agora o que
será que vai acontecer?. É importante destacar que iremos, mais uma vez, considerar as
respostas e analisar os argumentos validando-os ou não, levando o aluno a observar as pistas
que o texto favorece para uma interpretação adequada e, posteriormente, convidar os alunos
para prosseguir com a leitura.
Após, continuar a leitura até o final do texto. Confirmar com os alunos se suas
expectativas anteriores em relação ao desfecho da história se confirmaram ou não. O que você
achou da atitude do urso? E dos viajantes? Em seguida, escrever no quadro palavras que possam
expressar a atitude do viajante que conseguiu subir na árvore. Eles poderão dizer que foi
covarde, não ajudou o amigo, ou que é egoísta pensando somente em si.
Questionar o que eles fariam se estivesse no lugar dos viajantes. Os alunos certamente
terão várias ideias, portanto iremos ouvir e intervir com questionamentos que os façam pensar
na coerência das respostas.

37
Posteriormente, ler com os alunos a moral e discutir o significado da expressão “põe à
prova”. Na fábula lida, a amizade foi posta à prova? Como você acha que ficou a amizade
depois desta prova? Em que situações uma amizade pode ser colocada à prova? Provavelmente
os alunos dirão que em algum momento ficaram sozinhos no recreio, alguém brigou com eles
sem motivo, sentiram-se abandonados. Ou quando chega outro colega para o grupo e eles ficam
sozinhos. Iremos ouvir as opiniões, sempre garantindo uma circulação das informações, bem
como o respeito às opiniões alheias.

Quinta parte da aula: O que aprenderam? (15 minutos)


Por fim, os estudantes irão colocar no caderno o que aprenderam com a fábula assim
como suas dúvidas e curiosidades. Após esse momento as crianças serão liberadas para o
intervalo.

Sexta parte da aula: Interpretando a Fábula (30 minutos)


Nesta parte da aula, será feita uma leitura partilhada da fábula “O macaco e o gato”
(anexo 4), de Monteiro Lobato, após, nós iremos ler a fábula novamente questionando as
crianças sobre algumas coisas que merecem atenção: quem são os personagens? Quem é o
Autor? Onde se passa a história? Qual seria a moral dessa fábula? Após, as crianças irão
responder as perguntas de interpretação de texto que serão colocadas. (Link na seção anexos)

Aula 2 - Interpretando as fábulas (03/05)

Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma
e os grupos.

Primeira parte da aula: Apresentação da proposta do dia (10 minutos)


Começamos a aula recordando o nosso último encontro, o conceito de fábula, suas
características, em seguida passamos para a proposta de atividade do dia e sobre o que as
crianças acham sobre ela.

Segunda parte da aula: “A tartaruga e o Coelho” (55 minutos)


38
Primeiramente, faremos a leitura partilhada da fábula “A tartaruga e o Coelho”, de
Esopo, e depois uma pequena discussão sobre ela, com alguns questionamento: Quem são os
personagens? Quais as características dele? Qual o desfecho da história? Por que a história
termina desse jeito? Ao final da discussão iremos perguntar sobre a moral, o que as crianças
acham que pode ser a moral deste texto.
Terminado esse momento de interpretação coletiva, as crianças irão formar grupos de
4, com estudantes de níveis de aprendizado diferentes, será entregue uma fábula e um roteiro
de questões diferentes para cada grupo, para que juntamente as crianças leiam e articulem entre
si as respostas adequadas.
Em seguida, as crianças irão colocar as respostas das questões em seu caderno, para
apresentar suas descobertas aos colegas. Enquanto os alunos estão fazendo a leitura das fábulas,
iremos colocar no quadro uma tabela como a que entregamos para eles, porém com mais linhas
para ir preenchendo à medida que os alunos forem socializando suas respostas, promovendo
reflexão acerca da relação entre personagens, suas características e variação dos ensinamentos.
Após cada grupo ter preenchido a tabela, faremos a socialização das respostas. Cada
grupo elegerá um aluno para ler a fábula para que todos possam acompanhar os resultados.
Conforme os grupos forem apresentando, nós iremos registrando no quadro as respostas.
O registro no quadro servirá para que eles observem acerca dos personagens que
apareceram, o porquê da formação dos pares existentes, as características que permitem a
criação do enredo da fábula. Por fim observar cada ensinamento e sua relação com a escolha
desses personagens e quais características humanas são evidenciadas através dos animais que
são personagens.

Terceira parte da aula: o que aprendemos hoje? (15 minutos)


Neste momento iremos fazer uma pequena socialização a respeito do que foi estudado,
perguntaremos aos alunos sobre o que aprenderam hoje sobre as fábulas, acerca dos
personagens e da moral, orientando-os a refletir sobre o papel da moral em uma fábula.

Quarta parte da aula: Releitura da fábula (45 minutos)


Neste momento, as crianças novamente sentaram com seus grupos e juntos irão fazer a
releitura da sua fábula. Após a escrita da “nova” fábula, as crianças irão socializar lendo-a e
falando o que mudou e qual a nova moral da história.

Aula 3 - Cordel (04/05)


39
Duração: 5 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma,
cartolina com o cordel e a ilustração, televisão ou projetor.

Primeira parte da aula: Apresentação da proposta do dia (10 minutos)


Explicar para a turma a proposta da aula do dia e em seguida conversar um pouco sobre
o tipo de texto cordel. Quais as características desse tipo de texto? Como ele é escrito?
Segunda parte da aula: João Grilo (20 minutos)
A atividade será introduzida a partir da leitura de duas estrofes do cordel “As proezas
de João Grilo” (anexo 5), de João Martins de Athayde, e da observação da ilustração da capa
do cordel. Esses dois recursos farão a introdução do personagem João Grilo que é muito popular
na literatura brasileira.
Em seguida, explicar que o João Grilo é uma personagem popular presente em contos,
cordéis e no livro “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna, assim como no filme “O
Auto da Compadecida” ( Auto da Compadecida - João Grilo enganando o Padeiro. 2016.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=eQC2JWscvdo>. Acesso em: 12 abril
2023)

Terceira parte da aula: “O auto da compadecida” (100 minutos)


Este momento será destinado para as crianças assistirem ao filme refletindo sobre a
história do filme, o personagem João Grilo e a relação deste com o Cordel trazido no começo
da aula.

Quarta parte da aula: Quem é João Grilo? (20 minutos)


Baseados no cordel, na imagem e na explicação, os alunos devem levantar
características importantes de João Grilo. Perguntar: Como foi o nascimento de João Grilo? Ele
é uma personagem da cidade ou do campo? Como podemos comprovar isso? Quais são as
características físicas de João Grilo? O que significa a palavra “sambudo”?
Posteriormente, pediremos que alguns alunos busquem a palavra no dicionário após o
levantamento de hipótese sobre o seu significado. Quais são as características de personalidade
de João Grilo? O que significa a palavra “proeza”? Pedir que alguns alunos busquem a palavra
40
no dicionário após o levantamento de hipótese sobre o seu significado. Que tipos de proezas
vocês acham que João Grilo realizava? (responder a esses questionamentos no caderno)

Aula 4 - João Grilo (10/05)

Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma.

Primeira parte da aula: recordar e proposta do dia (10 minutos)


Aqui começamos recordando a aula anterior, os versos da história de João Grilo, o filme
“O auto da compadecida”, quem é João Grilo e como ele é. Em seguida colocamos a proposta
de atividade para o dia e explicamos que eles irão ler um trecho de um texto dramático cuja
personagem principal é o João Grilo e que devem prestar atenção nas características e
posicionamentos da personagem.
Importante frisar, que antes de passar para a próxima parte iremos explicar devidamente
o que é um texto dramático e como este funciona.

Segunda parte da aula: Novas aventuras de João Grilo (45 minutos)


Distribuir para os alunos cópias do texto “Novas Aventuras de João Grilo” (link em
anexo). Em seguida, pedir que primeiramente os alunos localizem e marquem as falas de cada
personagem, pintando o nome das personagens de uma determinada cor. Por exemplo: em todas
as falas de João Grilo, o nome João será pintado de vermelho.
Posteriormente, colocar os seguintes questionamentos: Quantas personagens o texto
apresenta? Como você descobriu? Teria uma outra forma de marcarmos as falas das
personagens? Como vocês fariam? Vocês acham que marcar as falas vai facilitar a leitura?
Depois desta parte, iniciamos uma leitura distribuindo as personagens pelos alunos da
turma. Pediremos voluntários para fazer essa primeira leitura, porém, se vários alunos quiserem
fazer a leitura, na metade do texto, os alunos podem ser trocados e outros podem continuar.
Importante reforçar que os alunos devem prestar atenção na pontuação do texto para que
esta acompanhe a dramatização do texto; um dos alunos pode ler somente as marcações de cena
41
e de fala para que os que estão fazendo a leitura das personagens dramatizem conforme essas
marcações.
Pediremos que os outros alunos analisem a leitura feita do texto com relação a alguns
critérios: fluência, dicção, entonação, atenção e dramatização. Após a leitura, conversaremos
com a turma sobre a leitura feita, pediremos que os outros alunos falem no geral sobre a leitura
e não apontem erros de um ou outro aluno.
Algumas perguntas que serão feitas nesse momento: É fácil fazer uma leitura de um
texto dramático? Por quê? Como esse texto é estruturado? O que podemos encontrar nesse tipo
de texto que não encontramos em outros? Como foi a leitura do grupo que a executou? Quais
foram os pontos positivos da leitura de acordo com os critérios que estabelecemos? Quais foram
os pontos negativos da leitura de acordo com os critérios que estabelecemos? O que poderia ser
melhorado?
Após a leitura, iremos trabalhar com o texto pedindo que os alunos identifiquem
palavras que não conhecem o significado. Primeiramente, perguntar o que os alunos acham que
essas palavras significam para verificar se eles conseguem analisar o contexto em que foram
usadas e levantar hipóteses sobre seu significado. Depois, estimularemos que, em duplas, os
alunos procurem essas palavras no dicionário para verificar se suas hipóteses estavam corretas.
Em seguida, pedir para que os alunos comparem características desse texto com o da aula
anterior.

Terceira parte da aula: Dialogando com o texto (45 minutos)


Pedir que os alunos façam grupos de 4 alunos. Cada grupo deverá elaborar 5 perguntas,
uma sobre cada tema dado, sendo eles: ideia central do texto, personagens, João Grilo, Cenário,
elementos do gênero dramático. As perguntas serão colocadas em uma caixa e sorteadas para
os grupos responderem e gerar uma discussão com os outros grupos.
Iremos Incrementar a discussão provocando a reflexão e a opinião dos componentes do
grupo com perguntas como: Como vocês descobriram isso? Há alguma parte do texto que
justifique essa resposta? Qual é seu ponto de vista sobre…? Vocês concordam? Discordam?
Por quê?
Caso todas as perguntas não consigam ser feitas, elas podem ser guardadas para um
momento posterior ou podem ser enviadas como uma tarefa de casa.

Quinta parte da aula: o que descobrimos (20 minutos)

42
Após o jogo de questões, apresentaremos aos alunos uma ficha técnica da obra “Novas
Aventuras de João Grilo” para que coletivamente a preencham no quadro. Nessa ficha aparece
a palavra “enredo”, então explicaremos que enredo são os acontecimentos que constituem a
história. Mesmo que os alunos não tenham tido contato com a história na íntegra, será possível
preencher com a ideia central do texto.
Após a aula, como uma tarefa complementar de casa, os alunos podem pesquisar mais
sobre outras aventuras de João Grilo e trazer livros cuja personagem principal seja essa.

2.4.7. Recursos

● Texto
● Filme
● Contos de cordel
● Cartaz
● Livros
● Xilogravura
● Televisão ou projetor

2.4.8. Avaliação

Avaliação contínua através da análise diária do desenvolvimento e desempenho das


crianças nas atividades propostas em cada intervenção. Concepção piagetiana e vygotskyana
dos respectivos autores: Piaget e Vygotsky.

2.4.9. Cronograma

Data Objetivo Conteúdo Procedimento Recurso Carga


específico didático horária

19/04 - Desenvolver a Fábula: o que é, - Conversar com a Quadro, 4 horas


prática de leitura, quais as turma e nos pincel para
desejo e prazer de características apresentar. quadro
ler; e como - Pedir que cada um branco, texto
- Identificar a interpretar se apresente impresso
ideia central do individualmente. para toda a
texto, - Explicar o que turma,
demonstrando iremos fazer ali e a cartolina
compreensão nossa proposta de com as
global intervenção para o partes do
dia. texto
impressas.
43
- Questionar os
estudantes acerca do
que são fábulas, para
que servem, de onde
se originaram.
- Expor a imagem
(anexo 1) para as
crianças e propor
algumas reflexões.
- Colocar as
perguntas para a
turma refletir sobre a
imagem observada.
- Pedir aos estudantes
que acompanhem e
leiam a fábula “Os
viajantes e o urso.
- Ouvir alguns alunos
sobre como reagiriam
na situação colocada
no texto.
- Continuar a leitura
até o final do texto.
- Confirmar com os
alunos se suas
expectativas
anteriores em relação
ao desfecho da
história se
confirmaram ou não.
- Questionar o que
eles fariam se
estivesse no lugar dos
viajantes.
- Ler com os
alunos a moral e
discutir o significado
da expressão “põe à
prova”.
- Os estudantes irão
colocar no caderno o
que aprenderam com
a fábula assim como
suas dúvidas e
curiosidades.
- Leitura partilhada
da fábula “O macaco
e o gato”

44
- Fazer alguns
questionamentos
- Responder às
perguntas de
interpretação de texto
que serão colocadas.
- Fazer releitura da
fábula “O macaco e o
gato”
- Partilhar com toda a
turma o que
conseguiram fazer.

03/04 - Desenvolver Discussão - Começar a aula Quadro, 5 horas


a interpretação sobre fábula, recordando o nosso pincel para
de texto; interpretação último encontro, o quadro
- Identificar a em grupo e conceito de fábula, branco, texto
ideia central do releitura suas características. impresso
texto, - Colocar a proposta para toda a
demonstrando de atividade do dia e turma e os
compreensão sobre o que as grupos.
global crianças acham sobre
- Releitura do ela.
texto - Leitura partilhada
apresentado. da fábula “A
tartaruga e o Coelho”
- Discussão sobre ela,
com alguns
questionamento:
Quem são os
personagens? Quais
as características
dele? Qual o
desfecho da história?
Por que a história
termina desse jeito?
- Perguntar sobre a
moral, o que as
crianças acham que
pode ser a moral
deste texto.
- Formar grupos de 4,
com estudantes de
níveis de aprendizado
diferentes.
- Entregar uma fábula
e um roteiro de
questões diferentes
para cada grupo, para

45
que juntamente as
crianças leiam e
articulem entre si as
respostas adequadas.
- Colocar as respostas
das questões em seu
caderno, para
apresentar suas
descobertas aos
colegas.
- Colocar no quadro
uma tabela como a
que entregamos para
eles, porém com mais
linhas para ir
preenchendo à
medida que os alunos
forem socializando
suas respostas,
- Fazer a socialização
das respostas.
- Cada grupo elegerá
um aluno para ler a
fábula para que todos
possam acompanhar
os resultados.
- Observar cada
ensinamento e sua
relação com a escolha
desses personagens e
quais características
humanas são
evidenciadas através
dos animais que são
personagens.
- Fazer uma pequena
socialização a
respeito do que foi
estudado,
perguntaremos aos
alunos sobre o que
aprenderam hoje
sobre as fábulas,
acerca dos
personagens e da
moral, orientando-os
a refletir sobre o
papel da moral em
uma fábula.

46
- As crianças
novamente sentaram
com seus grupos e
juntos irão fazer a
releitura da sua
fábula.
- Socializar as
releituras e falar o
que mudou e qual a
nova moral da
história.

04/04 - Desenvolver a Explicar o que - Explicar para a Quadro, 5 horas


leitura é literatura de turma a proposta da pincel para
multissemiótica; cordel e aula do dia e em quadro
- Desenvolver discutir sobre o seguida conversar um branco, texto
a interpretação personagem pouco sobre o tipo de impresso
de texto; João Grilo. texto cordel. para toda a
- Identificar a - Leitura de duas turma,
ideia central do estrofes do cordel cartolina
texto, “As proezas de João com o cordel
demonstrando Grilo” e da e a
compreensão observação da ilustração,
global ilustração da capa do televisão ou
cordel. projetor.
- Explicar que o João
Grilo é uma
personagem popular
presente em contos,
cordéis e no livro “O
Auto da
Compadecida” de
Ariano Suassuna,
assim como no filme
O Auto da
Compadecida.

10/05 - Desenvolver a Estudo, - Recordar a última Quadro, 5 horas


prática de leitura, interpretação e aula e o que houve pincel para
desejo e prazer de dramatização nela. quadro
ler; de um texto - Baseados no cordel, branco, texto
- Desenvolver dramático. na imagem e na impresso
a interpretação explicação, os alunos para toda a
de texto; devem levantar turma.
- Identificar a características
ideia central do importantes de João
texto, Grilo.
demonstrando - Quais são as
características de

47
compreensão personalidade de
global João Grilo?
- Explicar que eles
irão ler um trecho de
um texto dramático
cuja personagem
principal é o João
Grilo
-Distribuir para os
alunos cópias do
texto “Novas
Aventuras de João
Grilo”.
- Pedir que os alunos
localizem e marquem
as falas de cada
personagem,
pintando o nome das
personagens de uma
determinada cor.
- Leitura distribuindo
as personagens pelos
alunos da turma.
- Pediremos que os
outros alunos
analisem a leitura
feita do texto com
relação a alguns
critérios: fluência,
dicção, entonação,
atenção e
dramatização.
- Trabalhar com o
texto pedindo que os
alunos identifiquem
palavras que não
conhecem o
significado.
- Em duplas, os
alunos procurem
essas palavras no
dicionário para
verificar se suas
hipóteses estavam
corretas.
- Pedir para que os
alunos comparem
características desse

48
texto com o da aula
anterior.
- Pedir que os alunos
façam grupos de 4
alunos.
- Cada grupo deverá
elaborar 5 perguntas,
uma sobre cada tema
dado: ideia central do
texto, personagens,
João Grilo, Cenário,
elementos do gênero
dramático.
- As perguntas serão
colocadas em uma
caixa e sorteadas para
os grupos
responderem e gerar
uma discussão com
os outros grupos.
- Iremos incrementar
a discussão
provocando a
reflexão e a opinião
dos componentes do
grupo com perguntas.
- Após o jogo de
questões,
apresentaremos aos
alunos uma ficha
técnica da obra
“Novas Aventuras de
João Grilo” para que
coletivamente a
preencham no
quadro.
- Tarefa
complementar de
casa, os alunos
podem pesquisar
mais sobre outras
aventuras de João
Grilo e trazer livros
cuja personagem
principal seja essa.

2.4.10. Referências

49
AUTO DA COMPADECIDA. Direção: Guel Arrares. Produção de Lereby Produções Globo
Filmes. Brasil: Columbia Tristar, 2000. DVD.

ARAÚJO, Ana Paula. Sobre a Literatura de Cordel. Disponível em: <


https://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/>. Acesso em: 14 de abr. 2023

ATHAYDE, João Martins. Cordel completo: As proezas de João Grilo. Disponível em: <
https://pt.scribd.com/document/355686411/Joao-Martins-de-Athayde-As-Proezas-de-Joao-
Grilo-Cordel>. Acesso em: 14 abr. 2023

Bibliografia para usar nesta aula: BAGNO, M. “Fábulas fabulosas”. In: CARVALHO, Maria
Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (orgs). Práticas de leitura e escrita. Brasília :
Ministério da Educação, 2006. 180 p. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf .

KLEIMAN, Angêla B. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática


social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 1995.

SILVA, Jorge Luis Lira. “Fábula ConFabulando”. In: Diversidade textual: propostas para a
sala de aula. Formação continuada de professores / coordenado por Márcia Mendonça. Recife,
MEC/CEEL, 2008. p. 67 – 78. Disponível em:
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf

SOARES, Magda. Alfabetização a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2a reimpressão,
2018.

2.4.11. Anexos

(anexo 1)

50
(anexo 2)

Os Viajantes e o Urso
Um dia dois viajantes deram de cara com um dos animais mais perigosos daquela floresta, um
urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir
vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e
começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo
começou a descer da árvore e perguntou:

- O que o urso estava cochichando em seu ouvido?

- Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que
abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história: A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.


(Esopo)
(anexo 3)

51
(anexo 4)

Link da fábula “O macaco e o gato”: https://docs.google.com/document/d/1WE52Q5j-


aMNRTR84MpNI-
Vi6YDxFURjf/edit?usp=sharing&ouid=102368560296126681072&rtpof=true&sd=true

Link com fábulas: https://www.culturagenial.com/melhores-fabulas-com-


moral/#:~:text=As%20f%C3%A1bulas%20s%C3%A3o%20narrativas%20curtas,Esopo%2C
%20h%C3%A1%20dois%20mil%20anos.

Link da cena Novas Aventuras de Jõao Grilo:


https://drive.google.com/file/d/1GC1dF7Tx7C9UP4R4OctPo2IB3AXJcATi/view?usp=sharin
g

(anexo 5)

3. DESCRIÇÃO DOS FATOS

1º intervenção:
A professora começou falando sobre o dia do índio, que o termo correto é indígena e
que terá bastante manifestações no dia de hoje. Posteriormente, a professora nos apresentou a
turma, falou o que nós fomos fazer e pediu que a turma se esforçasse para prestar atenção e dá
retorno no momento da nossa intervenção.
Após a fala da professora começamos a nossa intervenção com uma dinâmica de
apresentação na qual nos apresentamos primeiro falando nossos nomes, idade, curso que
fazemos, em seguida pedimos para os estudantes fazerem o mesmo. No começo eles sentiram
vergonha, mas depois todos quiseram falar e interagiram falando seus nomes, idades, e o que
gostam de fazer.

52
Logo depois, nós explicamos o que iremos fazer na escola, que temos quatro propostas
de intervenção e todas são voltadas para a área de linguagem. Respondemos as dúvidas que
surgiram no momento e passamos para dizer os estudantes sobre a temática do dia: Fábula.
Perguntamos se eles sabiam o que era e se já ouviram falar sobre fábula, somente um estudante
falou que já havia ouvido falar sobre. Então nós fizemos uma pequena exposição do que é fábula
e quais são suas características.
Portanto, perguntamos o que seria amizade para eles, alguns responder parceria,
cuidado, proteção, amor, estar com alguém em todas horas, entre outras. Então mostramos a
imagem das crianças se abraçando e questionamos sobre o que parecia ser aquela foto, alguns
falaram irmãos e outros amizade, então pedimos para as crianças apontarem, a partir da foto e
dos conhecimentos deles, quais as características de uma boa amizade.
Após a discussão acerca do que é amizade nós colocamos a fábula “Os viajantes e o
urso’ e pedimos a todos para iniciar uma leitura partilhada. Depois, perguntamos se todos
entenderam e alguns responderam que não, portanto, nós fizemos a leitura da fábula mais vez,
só que de forma enfática, respeitando todos os sinais de pontuação para a turma entender.
Depois da leitura perguntamos se todos entenderam e estes afirmaram que sim, então
prosseguimos.
Depois da leitura e que todos entenderam fizemos algumas perguntas: do que se trata o
texto? Quem são os personagens? Onde se passa a história? Qual o ensinamento que a fábula
nos apresenta? Diante deste último questionamento os estudantes não souberam o que dizer,
então questionamos: “O que amigos de verdade fazem em uma situação de perigo?” então
discutimos um pouco sobre e voltamos ao questionamento do ensinamento e alguns apontaram
que o ensinamento é não acreditar nos amigos, outro que o ensinamento era que toda amizade
é falsa, dentre outro.
Logo após a discussão nós apresentamos a moral desta fábula e perguntamos o que eles
acharam. Depois da discussão sobre o que acharam nós voltamos com a primeira pergunta: “O
que é fabula?” Desta vez a maioria respondeu que não sabia, outros responderam que era o texto
que lemos e somente um disse: “Eu lembrei, fábula é um texto que animais falam”. A partir da
fala deste estudante nós colocamos começamos a colocar no quadro o que seria uma fábula
assim como também suas características. Importante ressaltar que o que colocamos no quadro
foram as falas dos estudantes sobre o que eles entenderam sobre fábula a partir da leitura e dá
nossa explicação do começo.

53
É perceptível a dificuldade de raciocínio de alguns estudantes para respostas imediatas
e na turma esses têm dificuldades de assimilar o assunto e responder que pode ser por medo,
vergonha ou não saber não responder. Após o intervalo, a professora chamou a atenção referente
ao comportamento de alguns no recreio, sinalizou as faltas que podem ser apenas 5 faltas.
Após a fala a professora voltamos a fábula e quando fizemos uma pergunta sobre a
fábula as crianças disseram que não sabiam e não lembravam o que tinha sido conversando
antes do intervalo e mais uma vez podemos perceber a dificuldade da turma de responder
oralmente e escrever. Então esclarecemos mais uma vez o que é fábula e suas características e
passamos para o próximo momento.
Seguindo, nós distribuímos uma folha que tinha a fábula “O macaco e o gato” e pedimos
que todos fizessem uma leitura silenciosa da fábula e depois que todos terminaram fizemos uma
leitura partilhada. Como os educandos leram sem se atentar a pontuação, nós relembrando o
sentindo de cada pontuação posta ali e pedimos mais uma vez para fazer a leitura partilhada.
Depois da leitura, perguntamos se havia alguma dúvida e pedimos para que responder as
perguntam que estavam na folha seguinte. Os estudantes que não sabiam ler e escrever sentaram
ao lado de estudantes que sabiam e estes deram suporte aqueles para todos conseguirem
responder a atividade.
Após todos responderem a atividade nós fomos comentar cada pergunta com todo a
turma, esse momento foi prazeroso pois quase todos interagiram, responderam e tiraram
dúvidas sobre o assunto e sobre a fábula que foi lida. Após este momento o sinal tocou e todos
foram liberados para irem para casa. Segue as imagens do dia.

Imagem 1. Fábula os viajantes e o urso Imagem 2. Fábula os viajantes e o urso

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

54
Imagem 3. Fábula os viajantes e o urso Imagem 4. Fábula os viajantes e o urso

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 5. Fábula os viajantes e o urso Imagem 6. Fábula o macaco e o gato

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 7. Fábula o macaco e gato Imagem 8. Fábula o macaco e o gato

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

55
Imagem 9. Fácula o macaco e o gato

Fonte: as autoras

2º intervenção:
Primeiro nós recepcionamos os estudantes e após todos estarem na sala nós começamos
relembrando junto com eles o que nós havíamos explicado na aula anterior, alguns lembraram
bastantes, outros nem se quer responderam. Neste dia estiveram presentes 21 alunos. Em
seguida relembramos o conceito de Fábula e suas características, visto que nem todos
lembravam e depois fomos para a leitura, inicialmente leitura individual e silenciosa e depois
leitura partilhada.
Após a leitura nós fomos para a interpretação coletiva e oral sobre o texto, em que de
forma geral os estudantes respondiam aos questionamentos feitos por nós e colocamos as
respostas no quadro. Ao final nós perguntamos se estava tudo okay e se todos haviam
compreendido e concordava, como a maioria respondeu de forma positiva, nós seguimos para
a próxima atividade.
Neste momento pedimos que os estudantes formassem 5 (cinco) grupos de 4 (quatro) e
1 (um) grupo de 5 (cinco). Depois que todos estavam inseridos nos grupos nós entregamos uma
fábula e um quadro de interpretação de texto e pedimos que de forma grupal lessem e
respondessem a atividade proposta. Enquanto os estudantes estavam realizando a atividade nós
ficamos observando e a postos para qualquer dúvida que surgisse.
Durante o tempo que os estudantes faziam a atividade e nós observamos percebemos
que nem todos participavam ativamente do grupo, três grupos se empenharam bastante com
todos os integrantes participando, em um grupo somente um estudante não participou
ativamente, mas depois de conversar e tirar suas dúvidas participou mais, e o outro grupo teve
enormes dificuldades para responder visto que a maior parte dos integrantes não sabiam ler, e
um deles não teve o menor interesse na atividade.

56
Após o intervalo nós propomos que todos os grupos fossem a frente apresentassem o
nome da sua equipe, lessem a fábula e partilhassem com a turma suas interpretações do texto.
Tivemos os grupos: Primeiro grupo: “As Melhores”; segundo grupo: “Punho Cruzado”; terceiro
grupo: “Foc”; quarto grupo: “ Zé das Manga”; quinto grupo: “ Meninas
Superpoderosas”. Durante a apresentação dos grupos alguns se sentira envergonhados,
enquanto outros conseguiram lidar com destreza na atividade.
Após essa atividade, propomos que os estudantes se sentassem mais uma vez com seus
respectivos grupos e que, em grupo, fizessem uma fábula, eles podiam utilizar como base a
fábula passada na atividade anterior. Uns grupos ficaram super entusiasmados e outros nem
tanto, mas concordaram em fazer a atividade.
Por fim, infelizmente não deu tempo dos estudantes concluírem a atividade, então
recolhemos e dissemos que iriamos entregar na próxima aula. Segue as imagens deste dia de
intervenção.

Imagem 10. Interpretando Fábulas Imagem 11. Interpretando Fábula

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 12. Interpretando Fábulas Imagem 13. Grupo

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

57
Imagem 14. Grupo interpretando a fábula Imagem 15. Grupo interpretando a fábula

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 16. Apresentação das equipes Imagem 17. Apresentação das equipes

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 18. Apresentação das equipes Imagem 19. Apresentação das equipes

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

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Imagem 20. Apresentação das equipes

Fonte: as autoras

3º intervenção:
Nesta aula, tivemos 21 alunos presentes em sala de aula. Iniciamos a aula na sala com
uma pequena explicação do que é Cordel e como ele chegou no Brasil. Depois da explicação
entregamos aos estudantes um folheto com um cordel que fala sobre o personagem João Grillo.
Para saber mais sobre o personagem fomos assistir ao filme “O auto da compadecida” de Ariano
Suassuna.
Portanto encaminhamos os estudantes para a sala multimídia e fomos apresentar o filme.
Infelizmente tivemos um pouco de dificuldade de conexão para transmitir ao vídeo, mas depois
correu tudo bem. Distribuímos pipoca e refrigerante para todos e pedimos que eles prestassem
bastante atenção ao personagem João Grillo para responder as atividades que nós iriamos
propor depois.
Devido ao tempo de duração do filme não conseguimos assistir ele todo, então antes que
o sinal tocasse nós pausamos o vídeo e lemos mais uma vez o cordel de João Grillo e em seguida
fizemos alguns questionamentos sobre o personagem para s crianças, que responderam
prontamente e conseguiram fazer a conexão do filme com a literatura de cordel. Percebemos
nitidamente que a utilização do recurso televisivo fez com que os estudantes prestassem mais
atenção assim como ligassem os pontos do personagem como também da literatura de cordel.
Segue as imagens do dia.

Imagem 21. Assistindo ao Filme Imagem 22. Assistindo ao Filme

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Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 23. Assistindo ao Filme Imagem 24. Assistindo ao Filme

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 25. Assistindo ao Filme Imagem 26. Pipoca para os estudantes

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

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Imagem 27. Pipoca para os estudantes

Fonte: as autoras

4º intervenção:
Nesta aula, começamos recordando as aulas anteriores sobre Fábulas e Cordel. Em
seguida continuamos com a finalização das aulas anteriores, primeiro sobre fábula, pois os
estudantes não tiveram oportunidade de apresentar as suas fábulas e em seguida concluímos
sobre Cordel e entregamos um material para os estudantes colarem no caderno sobre o que é
cordel, quais suas origens e suas características.
Após o intervalo, falamos sobre interpretação e dramatização em cima de um texto
dramático “Novas Aventuras de João Grilo”. O foco desta atividade era para leitura do texto,
para os estudantes se atentarem a pontuação do texto e ler de forma correta este.
A primeira leitura foi feita por linha, onde cada um lia até o ponto e seguimos assim,
porém, com o barulho, muitos não escutaram e nem enterram o texto, pois, também, os
estudantes não leram respeitando a pontuação posta no texto.
Portanto, finalizada a leitura, nós (Clarice e Jady) fizemos uma leitura com entonação e
dramatização, assim como respeitando os sinais de pontuação, para eles saberem como é
dramatizar um texto assim como o que o texto quer dizer quando lido de forma correta. Para
entender o que é dramatizar nós chamamos uma das alunas para exemplificar e foi bem
engraçado que houve um improviso e eles gostaram da nossa improvisação.
Em seguida, após ficar esclarecido sobre o que é dramatização e leitura com entonação
respeitando a pontuação, nós chamamos alguns estudantes para fazer cada um fazer um
personagem. Uns timidamente e outros um pouco mais soltos conseguiram fazer a leitura do
texto. Após a leitura ee que todos entederam nós questionamos sobre o texto: do que se trata o
texto? Quais são os personagens? Qual o objetivo central do texto? Qual a diferença deste tipo
de texto com os outros já estudados, fábula e cordel?

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Então, aos poucos fomos construindo as características do texto dramático, e o
interessante foi que os estudantes interagiram bem mais, assim como responderam de forma
assertiva os questionamentos feitos. Então, colocamos no quadro as características do texto
dramático e nos encaminhamos para a despedida e agradecimentos.
Por fim, nós agradecemos a recepção calorosa da professora e dos estudantes, por
confiar em nós e colaborar com a aula e entregamos uma lembrancinha para cada um com um
livrinho de cordel, jujuba e pipoca. A professora também falou algumas palavras, agradeceu
nossas intervenções falou que foi rica em aprendizado e que ajudou bastante já que esses
assuntos irão ser abordados mais à frente. Por fim nos despedimos da turma e tiramos uma foto.
Segue as imagens do dia.

Imagem 28. Relembrando as aulas anteriores. Imagem 29. Relembrando as aulas anteriores.

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 30. Apresentação das equipes. Imagem 31. Apresentação das equipes.

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

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Imagem 32. Apresentação das equipes. Imagem 33. Apresentação das equipes.

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 34. Apresentação das equipes. Imagem 35. Moral criada pelas equipes.

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

Imagem 36. Leitura do texto dramático. Imagem 37. Leitura do texto dramático

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

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Imagem 38. Leitura do texto dramático. Imagem 39. Selfie com a turma

Fonte: as autoras Fonte: as autoras

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao tomar foco deste projeto de intervenção o tema proposto: Interpretando textos, tinha-
se a ciência do desafio. Buscou com tal trabalho desenvolver atividades e brincadeiras no
processo de aprendizagem visando atingir o objetivo de desenvolver a prática de leitura, desejo
e prazer de ler dos estudantes.
Diante dos resultados das intervenções realizadas, podemos concluir que os estudantes
puderam avançar na comunicação, na leitura e interpretação de texto. As atividades lúdicas são
recursos que ensinam, desenvolvem e educam de forma prazerosa, potencializam a exploração
e a construção do conhecimento desempenhando um papel de grande relevância na
aprendizagem dos estudantes.
Portanto, o educador necessita tomar consciência de que seu trabalho é organizar
situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado, da importância
do conhecimento a ser adquirido e de que para aprender torna-se necessário um conjunto de
ações a serem executadas com métodos adequados, de forma que se torne uma atividade que
estimule sua auto-estruturação dos educandos.
Ao final do estágio curricular obrigatório na alfabetização e letramento, podemos
perceber a importância que o momento do estágio possui. Analisar cada passo dado, reavaliar
a forma de ensinar e aprender para aperfeiçoar a cada dia a arte de lecionar. Segundo Freire
(1996, p. 39) “Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental
é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a pratica de hoje ou de ontem
que se pode melhorar a próxima pratica”.

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O estágio não foi somente satisfatório e positivo para as crianças, mas também para nós;
uma experiência inesquecível. Nessa fase, acreditamos que o perfil do educador ainda está em
formação, e esse processo de estagiar é tão importante quanto a educação infantil. As situações
nos deram uma visão de como resolver problemas e como agir em ambiente escolar.
Em contato com diferentes tipos e diferentes profissionais da área, observamos o quanto
é necessário que o professor esteja sempre atualizado e atento para assim suprir as necessidades
de suas crianças auxiliando-os no desenvolvimento de suas vidas. O presente estágio foi
bastante valioso possibilitando a reflexão e construção de uma prática educativa sistemática
junto às crianças das séries iniciais, que, sem dúvida, contribuirão para o nosso
desenvolvimento profissional.
Para Freire (1996)
...a tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo prazerosa é igualmente
exigente. Exigente de seriedade, de preparo científico, de preparo físico, emocional,
afetivo. É uma tarefa que requer de quem com ela se compromete um gosto especial
de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo de ela implica. É impossível
ensinar sem essa coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes
antes de uma desistência. É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada,
bem cuidada de amar. [...] É preciso ousar, no sentido pleno desta palavra, para falar
em amor... (FREIRE, 1997, p. 9-10)

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5. REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: PAZ e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

CHARTIER, Anne-Marie; CLESSE, Christiane; HEBRARD, Jean. Construir o Sentido. Ler


e Escrever: entrando no mundo da escrita. Porto Alegre: Artmed, 1996.

LEAL, Telma Ferraz. Fazendo acontecer: o ensino da escrita alfabética na escola. MORAIS,
Arthur; BORGES, Eliana; FERAAZ, Telma. Alfabetização: apropriação do sistema de
escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Cap. 4 - pág. 89-110

KLEIMANN, Ângela. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a


escrever? Brasília/DF; Campinas/ SP: MEC; CEFIEL/Unicamp, 2005. Cap. 3 e 4 (pág. 33-57)

SOARES, Magda. As muitas facetas da alfabetização. GT Alfabetização, Leitura e Escrita,


durante a 26a Reunião Anual da ANPEd, realizada em Poços de Caldas, MG, de 5 a 8 de outubro
de 2003.

SOARES, Magda. As novas práticas de leitura e escrita, letramento na cibercultura. Educ.


Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez. 2002.

MORAIS, Arthur. Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um código), que


implicações isto tem para a alfabetização? MORAIS, Arthur; BORGES, Eliana; FERAAZ,
Telma. Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica,
2005. Cap. 2 - pág. 29-46

LIMA, Maria Socorro Lucena. Reflexões sobre o estágio supervisionado na formação de


professores. Revista Diálogo Educ., Curitiba-PR, v. 8, n. 23, jan./abr/2008, p. 195 - 205.
Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/1891/189117303012.pdf>. Acesso em: 18 de
março de 2023.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade entre teoria e prática?


Cad. Pesq. São Paulo, n94, p 58-74, ago 1995.

6. ANEXOS
Documentação de Clarice Maria da Silva

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Documentação de Jady Lins de Omena

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Link para o diário de bordo da dupla:
<https://docs.google.com/document/d/1A_LDXfUHcN_r2Bj9yb9q5RuOvHn7lBpZPsQlE8tV
KOA/edit?usp=sharing>

7. AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESTÁGIO

Estagiaria: Jady Lins de Omena


1. As experiências vivenciadas no estágio supervisionado corresponderam às suas
expectativas?
R: Sim, de fato as experiências não somente corresponderam as minhas expectativas como
superaram. Fiquei bastante contente com a sala que atuamos assim como com a professora
supervisora da escola.

2. Quais os desafios encontrados no campo de estágio?


R: Os desafios encontrados no campo de estágio foram a falta de estrutura da escola, na área
física; a desnivelasão dos estudantes, visto que alguns estavam bem desenvolvidos e outros
não o que acaba pro complicar o planejamento e a efetivação das aulas.

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3. Quais os pontos positivos que você destacaria no processo de vivência do estágio
supervisionado?
R: Os pontos positivos do estágio foi a turma, bastante envolta na aula, a professora que nos
deu toda abertura para desenvolver a aula e estava sempre presente para nos dá um suporte
se necessário, a escola, visto que esta é bem organizada e nossa atendeu de prontidão, e os
desafios que foram aparecendo durante o percurso.

4. Como foi a relação estabelecida entre campo de estágio (escola) e estagiários?


R: Particularmente, estabeleci boa relação com o campo de estágio assim como todos os
funcionários que ali estavam, visto que sempre trabalham de forma cooperativa e harmoniosa,
sem grandes desavenças.

5. Como foi a relação estabelecida entre supervisor do estágio e estagiários?


R: A professora nos recepcionou muito bem assim como estabeleceu boa e harmoniosa
relação durante todo o tempo de estágio. Esta se mostrou a disposição para dúvidas,
perguntas, nos ajudar no momento da aula, assim como nos deixou a vontade para fazer a
aula sem nenhum tipo de exigência ou pedido. Em alguns momentos fez um ou outra
intervenção para esclarecer aos estudantes a respeito de algo da escola. Por fim nos agradeceu
e afirmou que ajudamos com as intervenções realizadas.

6. Qual a contribuição do Estágio Supervisionado em Alfabetização e Letramento para


a sua formação docente? Quais reflexões surgiram durante o processo?
R: O estágio contribuiu de forma positiva na minha formação acadêmica visto que pude ver
como é organizado a educação na rede pública do estado, assim como propiciou reflexões
acerca da dicotomia entre teoria e prática, sobre a real situação da educação no nosso estado
e como o processo de alfabetização e letramento tem se tornado algo defasado nas escolas.
O estágio também proporcionou uma reflexão acerca da realidade educacional após a
pandemia da Covid-19.

7. Como você se autoavalia durante desenvolvimento do Estágio Supervisionado em


Alfabetização e Letramento?
R: Durante todo o processo de estágio estive aberta ao conhecimento e ao aprendizado acerca
do que é alfabetização e letramento e como colocar isto em prática com os estudantes. Diante
disso, pude perceber minha evolução e desenvolvimento no que tange a pedagogia, a
alfabetização e letramento e a prática pedagógica.

Estagiaria: Clarice Maria da Silva


1. As experiências vivenciadas no estágio supervisionado corresponderam às suas
expectativas?
R: Sim, correspondeu sim. Sentimos-nos, muito bem acolhidas, tanto pela direção como pela
professora regente e todos os profissionais e alunos ao qual fizemos nossas observações e
aplicamos nossas regências.

2. Quais os desafios encontrados no campo de estágio?


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R: Durante nossas observações e regências, sentimos a necessidade de buscar, pesquisar
diversos materiais, principalmente textos e autores que tratam de narrativas autobiográficas.
Em nossas observações percebemos diversos desafios que precisam ser enfrentados em um
contexto geral, que vai desde a falta de materiais; até a baixa alfabetização, realidade
enfrentada por muitos alunos vindos de outras instituições. Sentimos também pouca
dificuldade no sentido de que tínhamos pouco tempo para nossas observações, nossas
regências e pouco tempo para maiores contribuições e preparação. Mas, nada nos impediu ou
desanimou de irmos ao campo de estágio. Bem, lidamos com o calor, sala muito pequena,
alguns alunos sem leitura nenhuma, desafio tanto para nós quanto para a regente. Por outro
lado, tivemos muito apoio da professora, ótimas dicas e orientações tanto para nosso futuro
como educadoras, quanto para a turma. Ela nos mostrou caminhos, formas de trabalharmos
com as crianças e foi maravilhoso! Pudemos inseri-los em todos os trabalhos e fazê-los
interagirem entre si e para nossa surpresa, se saíram muito bem.

3. Quais os pontos positivos que você destacaria no processo de vivência do estágio


supervisionado?
R: Destacamos o engajamento de todos da Instituição em prol de fazerem o melhor pelas
crianças, o cuidados que eles têm e a preocupação em fazer e proporcionar o melhor pela
educação. Algo desafiador, mais que a Instituição consegue e proporciona aos alunos. Eles
são muito acolhedores, interagem e combinam entre si, fazem ações para melhorias e são
humanos, no sentido de pensar e ajudar uns aos outro. Eles têm uma direção 100% engajada
e comprometida.

4. Como foi a relação estabelecida entre campo de estágio (escola) e estagiários?


R: Fomos muito bem recebidas tanto pela direção como por todos os profissionais da
Instituição. Eles são bem acolhedores e estão sempre dispostos a nos ajudar, perguntavam
como estávamos e se precisávamos de alguma coisa. Em sala, a professora é e foi um amor,
nos mostrando cada ponto, dificuldades vividas pelos alunos e nos acolheu como se
trabalhássemos há meses. Amamos!!!

5. Como foi a relação estabelecida entre supervisor do estágio e estagiários?


R: Não temos do que reclamar. Como falado anteriormente, fomos muito bem acolhidas e
assistidas, melhor não podia ser. Ela nos deixou bem á vontade para fazermos nossas
observações e regências.

6. Qual a contribuição do Estágio Supervisionado em Alfabetização e Letramento para


a sua formação docente? Quais reflexões surgiram durante o processo?
R: Assim sendo, é indiscutível a importância deste componente para o nosso currículo de
formação inicial de professoras, pois permitir-nos um diálogo entre a teoria e a prática, mas
esta perspectiva transversal garante-nos uma ligação estreita com a forma de como a a
Alfabetização e o letramento se entendem e nos ensinam, uma dimensão que cria um
componente, que não surgiu por acaso, mas a partir das nossas inquietações e daqueles que
praticam pensando e teorizando a educação, exigindo orientações, regulamentos, vão nos

76
ajudar em nossa formação como futuras professoras. Nossas experiência nos levaram a um
olhar mais atento às singularidades de cada criança e ao treinamento que os estágios muitas
das vezes exigem, além de ouvir com sensibilidade as vozes sociais que compõem o ambiente
da sala de aula, (re) construindo, assim, nossa maneira como vemos sentir e sentimos a
aprendizagem.

7. Como você se autoavalia durante desenvolvimento do Estágio Supervisionado em


Alfabetização e Letramento?
R: Concebido como um espaço privilegiado de articulação entre a teoria e prática, o estágio
torna-se um duplo desafio porque, por um lado, exige uma revisão do seu formato,
garantindo tempo e condições adequadas ao contato qualificado entre estudantes, professores
e escolas; por outro, questiona o grau de interação existente entre instituições de estágio, a
capacidade de diálogo entre os saberes destas duas instituições e entre os profissionais que
nelas trabalham. Graças a isso, nos valíamos como estudantes comprometidas e dedicadas,
mesmo diante tais processos e desafios que ambas enfrentamos durante o período de estágio.
Fácil? De jeito nenhum, porque cada uma não estava se sentindo bem. Jady com sua avó
doente, um caso crítico e eu (Clarice) com meus sérios problemas sérios de saúde. Mas, isso
não nos travou, nem nos parou, pelo contrário, nos fortaleceu e nos motivou a continuar, pois
sabemos das nossas capacidades e, principalmente da nossa maturidade em saber separar:
pessoal do profissional. E nós, estávamos lá como tal, aquelas crianças e Instituição
precisavam de nós, embora por pouco tempo, eles contassem com a nossa contribuição como
estudantes de Pedagogia. Nos consideramos vencedoras por termos chegado até aqui, e tido
a oportunidade de vivenciar cada dia, cada momento, mesmo que um pouco em sala de aula.
Não enfatizamos a nota máxima, mas nos doamos 1000% para que tudo corresse conforme o
esperado, por nós, pela professora supervisora, pela instituição e principalmente por nossa
orientadora, que nos direcionou e confiou a este campo de estágio, a vivência na prática.

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