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CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Maceió-AL
2023
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Dado do Estagiário
Período de estágio
Maceió - AL
2023
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................... 5
2.1 Estudo dos textos e preparação para o campo de estágio ............................................... 5
2.2 RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO GERAL ....................................................... 8
2.2.1. Introdução .................................................................................................................... 8
2.2.2. Desenvolvimento ........................................................................................................ 9
Identificação da Escola ..................................................................................................... 9
Instalações da escola ....................................................................................................... 12
Perfil dos profissionais da escola .................................................................................... 22
Perfil dos Alunos ............................................................................................................. 26
Estrutura organizacional.................................................................................................. 29
Prática pedagógica em geral............................................................................................ 30
2.3 OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA DOCENTE ................................................................ 30
2.3.1 Os alunos..................................................................................................................... 30
2.3.2. A rotina da sala de aula .............................................................................................. 31
2.3.3. A Prática pedagógica do professor supervisor ........................................................... 32
2.3.4. Referência ................................................................................................................. 33
2.4. ROTEIRO DE INTERVENÇÃO - SEQUÊNCIA DIDÁTICA ................................. 33
2.4.1 Identificação................................................................................................................ 33
2.4.2. Dados sobre o Plano .................................................................................................. 33
2.4.3. Justificativa do Plano ................................................................................................ 34
2.4.4. Objetivos .................................................................................................................... 35
2.4.5. Conteúdos .................................................................................................................. 36
2.4.6. Procedimentos didáticos pedagógicos ....................................................................... 36
2.4.7. Recursos ..................................................................................................................... 43
2.4.8. Avaliação .................................................................................................................. 43
2.4.9 Cronograma ................................................................................................................ 44
2.4.10. Referências............................................................................................................... 50
2.4.11. Anexos ..................................................................................................................... 50
3. DESCRIÇÃO DOS FATOS .............................................................................................. 53
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 64
5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 66
6. ANEXOS ............................................................................................................................ 66
7. AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ESTÁGIO ............................................................. 74
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho trata-se do relatório final sobre o Estágio Supervisionado em
Alfabetização e Letramento, que compõe o currículo do curso de Pedagogia. O estágio foi
realizado na Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, que faz parte da rede
pública de ensino de Maceió/AL, localizada na Rua Rotary, S/N, no bairro Tabuleiro dos
Martins, sob o CEP: 57081-132. Durante esse período, tivemos a oportunidade de vivenciar o
ambiente escolar em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental 1, observando e participando
ativamente das atividades de alfabetização e letramento propostas.
Enquanto futuras pedagogas, é de suma importância que tenhamos acesso às vivências
do cotidiano escolar, para tanto, o estágio supervisionado nos permite analisar as realidades
sobre as quais atuaremos, além de nos proporcionar experiências concretas para as discussões
sobre as questões de ensino e procedimentos pedagógicos (PIMENTA, 1995). Por isso, nos
empenhamos para ter o melhor aproveitamento possível na aplicação prática das estratégias de
alfabetização e letramento, estando cientes da importância desses processos para o
desenvolvimento da linguagem e da capacidade de leitura e escrita dos estudantes.
De acordo com Lima (2008, p. 203) “Quando estamos atentos para o movimento da sala
e seu cotidiano, podemos verificar o que não se aprende, o que se ensina, a interação entre os
alunos, as possibilidade e contradições entre alunos e professores”. Sendo assim, ao longo do
estágio, pudemos observar as dificuldades enfrentadas pelas crianças no processo de aquisição
da linguagem oral e escrita, bem como as estratégias utilizadas pela professora para superar
esses desafios.
Este relatório contempla as atividades desenvolvidas durante o estágio, trazendo o estudo
dos textos, a caracterização geral da escola – campo de estágio, nossas observações da prática
docente e o relato de nossas experiências durante as 4 regências que tivemos a oportunidade de
realizar. Nos apêndices deste trabalho, encontram-se o plano de ensino, os registros fotográficos
de nossas regências e ainda os links para os slides das apresentações realizadas nos momentos
de socialização e discussão.
Cabe salientar que o estágio supervisionado não apenas contribui para a nossa formação
enquanto futuras pedagogas, mas também para o desenvolvimento dos estudantes da turma em
que estagiamos, pois eles também estão vivenciando uma nova experiência, com pessoas
diferentes, que trazem recursos didáticos que muitas vezes não estão habituados a utilizar, e
isso chama atenção, fazendo com que eles se envolvam voluntariamente do processo de ensino-
aprendizagem. Nisso se cumpre a mensagem deixada por Paulo Freire (1996), “Quem ensina
aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
2.1 ESTUDO DOS TEXTOS E PREPARAÇÃO PARA O CAMPO DE ESTÁGIO
Em nossa primeira aula na UFAL, que aconteceu no dia 01 de fevereiro de 2023,
concordamos em dividir a turma em quartetos, e cada um desses quartetos ficou responsável
por trazer a apresentação e discussão de um texto que serviria de apoio para nossas práticas
pedagógicas. Então ficou organizado da seguinte forma:
● Grupo 1: “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”, de Magda Soares (2004).
● Grupo 2: “Novas Práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura”, de Magda
Soares (2002).
● Grupo 3: “O que é, então, letramento?”, de Angela Kleiman (2005).
● Grupo 4: “Prática pedagógica alfabetizadora à luz da Psicologia Histórico-cultural
e da Pedagogia Histórico-Crítica”, de Saviani e Marsíglia (2017).
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ensino, o acesso a fontes aparentemente ilimitadas de papel, o surgimento da Internet.
(KLEIMAN, 2005. p.21).
2.2.1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho consiste em um relatório das atividades desenvolvidas durante o
Estágio Supervisionado 3 – Alfabetização e Letramento do ponto de vista teórico e prático,
considerando nossas vivências na escola campo, realizado no oitavo semestre do ano letivo de
2022.2 do curso de Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas- UFAL. A Instituição do
campo de estágio foi a Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, cujas atividades
ocorreram no período de Fevereiro a Maio do ano de 2023.
Nesse sentido, este trabalho visa mostrar que a especificidade da literatura é em si o
ensino do código alfabético e ortográfico, enquanto a especificidade da literatura e o uso social
desse código.No entanto, mesmo que sejam processos diferentes, eles devem ser conciliados
para que as práticas nas aulas de alfabetização tenham uma qualidade em que os alunos sejam
capazes de compreender o mundo ao seu redor e percebam que a alfabetização é a melhor forma
de se expressar e interagir na sociedade.
O Estágio de Alfabetização tem uma carga horária total de 120 horas e decorre em várias
fases que incluem: uma discussão teórica que fornece algumas referências bibliográficas para
fundamentar as questões levantadas no terreno; observação e características gerais da
instituição campo de formação e salas de referência específicas; elaboração e desenvolvimento
de um projeto de intervenção a partir das demandas feitas pela Instituição nos momentos de
reuniões e observações; análise de sessões desenvolvidas com um grupo de crianças e
professores; seminário de socialização da experiência de estágio e elaboração do relatório final.
Este relatório pretende apresentar dados sobre as características gerais da Instituição,
que foram coletados a partir de observações da estrutura escolar, roda de conversa/entrevista
com o diretor Jhonatas, leitura do PPP da escola e reunião de professores realizada na A
instituição.
Para discutir este tema, estudamos alguns dos autores que tratam deste tema, tais como:
Magda Soares (2004), Kleimann (2005) Saviani (2017), Arthur Morais, Eliana Borges, Telma
Ferraz (2005), Anne-Marie Chartier, Clristiane Clesse e Jean Hebrad (1996). Esses autores nos
apoiaram nas discussões e fundamentações dos significados do processo de alfabetização e do
processo de letramento, mostrando a especificidade de cada um e a importância de conciliar os
dois, além de propor uma reflexão entre a teoria educacional e a prática da alfabetização.
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Este trabalho é apresentado em dois momentos distintos. Em primeiro lugar, tratamos
da teoria supervisionada na formação de professores. No segundo momento, relatamos nossas
experiências observacionais na escola do campo, discutindo a indissociabilidade entre teoria e
prática relacionada à formação de professores.
2.2.2. DESENVOLVIMENTO
Identificação da Escola
Fonte: Os autores
10
uma justa homenagem ao fundador João Martins de Oliveira. As ruas foram surgindo aos
poucos, assim como a feira livre, que hoje é uma das maiores do Estado de Alagoas. O bairro
se ampliou para o lado oposto da pista, recebeu o Distrito Industrial, alguns conjuntos
residências e dezenas de casas comerciais.
Neste bairro foi encontrado muitos recursos naturais como por exemplo a descoberta
das maiores jazidas de petróleo, por parte da Petrobrás, água é mineral, energia farta e os clima
de planalto permite uma boa qualidade de vida a todos os seus milhares de moradores, que
formam um dos mais populosos bairros de Maceió.
A partir dos anos de 1960 o desenvolvimento do bairro se deu aceleradamente com o
aparecimento das indústrias em seu lado direito (de quem sai de Maceió), a abertura de novas
ruas e do Campus Universitário. Atualmente o bairro é dividido em dois: Tabuleiro Velho (onde
tudo começou com o sítio de João Martins) e o Tabuleiro Novo, com os conjuntos habitacionais
e as indústrias.
O bairro, atualmente, é, de certo modo, de difícil acesso, pois é longe dos grandes
Centros, não possui uma rede de transporte que atenda de forma adequada aos seus moradores,
os serviços públicos, do bairro, oferecidos são insuficientes e escassos, o número de escolas
públicas não atende à demanda. Porém, nas proximidades temos o hospital metropolitano e
hospital das clínicas, existem postos de saúde no conjunto Cleto Marques Luz, Conjunto
Salvador Lira e no bairro da Santa Lúcia. Os moradores do bairro, diante do difícil contexto
socioeconômico do estado, procuram se manter da melhor forma possível.
O comércio na região é diversificado e possui um grande número de profissionais
liberais. No âmbito do esporte, o bairro conta com um campo de futebol particular do Time do
7 de Setembro. Ademais, o Bairro não oferece serviços culturais e sociais, possuindo apenas
uma Associação dos Moradores, a qual não atende de forma eficaz às necessidades do local.
Instalações da escola
O contexto atual no qual a Escola está inserida, comparado ao período que sucedeu a
sua aquisição pela SEMED, houve mudanças significativas. O aspecto de galpão passou a ter
outra estrutura, as telhas de Amianto foram substituídas por telhas de cerâmica, as salas de aula
sem janelas hoje contam com janelas, mesmo a ventilação ainda não sendo adequada, os
banheiros foram reformados e construídos mais; o piso era de cimento queimado, hoje toda a
escola é revestida de granilite.
A Educação Infantil é a primeira etapa da educação básica no Brasil, momento em que
as crianças passam parte de seu dia convivendo em um ambiente distinto daquele já conhecido
11
e compartilhando de uma rotina juntamente com outras crianças e também com sujeitos adultos.
Já o ensino fundamental I, também no Brasil, é a continuação da educação infantil, em que as
crianças irão desenvolver-se mais no âmbito educacional, assim como o desenvolvimento
pessoal de cada um.
Em vista disso, faz-se necessário que a instituição de educação infantil seja bem
organizada, isto é, que seus espaços internos e externos, considerem o desenvolvimento e
potencialidades das crianças e pré-adolescentes. Logo, os espaços de sala de referência e sala
de aula devem ser pensados e planejados para acolher as crianças e pré-adolescentes, garantindo
a interação com seus pares de forma afetiva, bem como com os objetos, materiais, espaços,
tempos e brinquedos.
A Escola Municipal Professora Natalina Costa Cavalcante, possui um ambiente bem
amplo, entretanto sua infraestrutura não foi devidamente pensada para atender as necessidades
das crianças e pré-adolescentes que ali estudam. Na entrada da escola há uma pequena área
verde em que podemos encontrar algumas árvores, plantas, flores, responsável por deixar o
ambiente com um aspecto mais acolhedor um pouco mais a frente podemos encontrar o hall de
entrada da escola, espaço destinado a receber tanto os visitantes quanto as crianças.
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Fonte: Os autores Fonte: Os autores
Imagem 6. Hall (vista da entrada) Imagem 7. Hall (vista da saída)
A instituição possui 20 (vinte) salas de aula, uma sala dos professores, uma sala
destinada a direção, um auditório/sala multimídia, uma sala onde funciona a biblioteca, uma
sala de Recursos, uma sala para Assistente Social e Psicóloga, uma sala de Jogos, um refeitório,
uma cozinha, uma despensa de alimentos, uma quadra de esportes coberta e com arquibancadas,
banheiros/vestiário (masculino e feminino), almoxarifado para materiais de Educação Física.
Todas as salas de aula têm quadro branco, mesas e cadeiras para os estudantes, porém
os tamanhos das salas não são adequados para comportar muitas crianças e também não é
possível modificar o espaço para algum tipo de atividade diferente. Apesar da existência de
janelas e ventiladores nas salas, a ventilação é inadequada e precária, sendo que os ventiladores
fazem muito barulho, inviabilizando a comunicação do professor com os alunos, sendo
necessário muitas vezes o professor precisa desligar para os estudantes entenderem a aula.
Imagem 8. Sala de aula (vista do lado direito) Imagem 9. Sala de aula (vista da entrada)
13
Fonte: Os autores Fonte: Os autores
Imagem 10. Sala de aula (vista da frente) Imagem 11. Sala de aula (vista do fundo)
Imagem 12. Sala de aula (vista do fundo) Imagem 13. Sala de aula (vista da entrada)
Imagem 14. Sala de referência (vista da entrada) Imagem 15. Sala de referência (vista da entrada)
14
Fonte: Os autores Fonte: Os autores
Imagem 16. Sala de referência (vista do fundo) Imagem 17. Sala da direção (vista da entrada)
Imagem 18. Sala da direção (vista da entrada) Imagem 20. Sala da direção (vista da entrada)
15
Imagem 21. Biblioteca (vista do fundo) Imagem 22. Biblioteca (prateleira de livros)
Imagem 23. Biblioteca (vista da frente) Imagem 24. Biblioteca (vista da frente)
Imagem 25. Quadra (vista da lateral esquerda) Imagem 26. Quadra (vista da lateral direita)
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Imagem 27. Sala dos professores Imagem 28. Copa (sala dos professores)
Imagem 29. Banheiro (sala dos professores) Imagem 30. Banheiro (sala dos professores)
Fonte: Os autores
17
Atualmente a escola conta com: dois banheiros (sendo um masculino e um feminino)
para professores/funcionários; dois banheiros (um masculino e um feminino) para alunos, dois
banheiros (um masculino e um feminino) na quadra de esportes; banheiro na sala da direção,
banheiro na cozinha para as profissionais da merenda e banheiros adaptados para as crianças da
Educação Infantil que estão situados nas salas de referência, todos bem equipados e adaptados
à faixa etária das crianças que utilizam, assim como possui boa higienização e conservação.
Segue abaixo uma tabela com a disposição de ambientes existentes na escola para
melhor visualização.
16 Salas de aula
01 Sala de professores
01 Refeitório
01 Cozinha
01 Dispensa
04 Computadores
20
03 Impressoras
05 Estantes
02 Geladeiras
02 Fogão Industrial
01 Liquidificador Industrial
01 Almoxarifado
01 Pátio
01 Cisterna
03 Bebedouros
20 Ventiladores
03 Aparelhos de Som
01 Aparelhos de TV
Equipe diretiva
21
Jonathas Félix de Novais Diretora Geral Diurno
TOTAL 10
Equipe Administrativa
Nº TÉCNICO- ADMINISTRATIVO
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7 Everilda Maria Silva De Andrade Dos Santos
1 – Secretario
1 – Psicólogo
1 – Assistente social 16 Manhã 3 – Superior
2 – XXXXX 13 – Médio
3 – Merendeira
4 – Serviço gerais
4 – Auxiliar de sala
1 – Secretario
1 – Psicólogo 3 – Superior
1 – Assistente social 16 Tarde 13 – Médio
2 – XXXXX
3 – Merendeira
4 – Serviço gerais
4 – Auxiliar de sala
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Equipe de Docentes
Nº DOCENTE
24
19 Ivania
25
43 profissionais com formação superior
Qualificação
28 com formação em pedagogia
2 com formação superior com especialização
2 com magistério
27
1º Ano F Não informado 6 a 7 anos 19 Não informado
28
5º Ano D Não informado 10 a 13 anos 21 Não informado
Estrutura organizacional
O Projeto político pedagógico (PPP) da instituição é estruturado em: Dados de
identificação da escola; Justificativa do PPP; Missão; Objetivos; Marco histórico situacional;
Marco conceitual; Marco Operativo; Plano de ação; Monitoramento e Avaliação do PPP;
Anexos, Referências e Apêndices. Segundo o PPP a missão desta instituição é “Promover uma
educação de qualidade para todos estudantes, levando-os a construir sua história com
responsabilidade, dignidade e autonomia, contribuindo para uma sociedade mais justa, fraterna
e feliz.” (PPP, p, 16)
Seus principais objetivos são “definir e realizar metas para a construção de uma escola
inclusiva, cidadã e democrática, voltada para a integração do indivíduo, proporcionando a
construção do conhecimento e buscando a qualidade do processo ensino-aprendizagem,
considerando os aspectos cognitivos, psicomotor, sócio emocional, cultural e linguístico.” e
"adequar o ensino às necessidades sociais, políticas e econômicas, considerando os interesses e
motivações dos estudantes, garantindo todas as aprendizagens essenciais para a formação de
cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e
responsabilidade na sociedade em que vivem".
No tópico “Marco Conceitual”, o PPP apresenta a concepção de algumas palavras para
melhorar relacioná-las com a função da escola, sendo eles: Concepções de sociedade,
Concepções de ser humano, Concepções de educação, Concepções de currículo, Concepções
de avaliação.
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Também no PPP, é apresentado o conceito de avaliação defendido pela escola, para
tanto apoia-se em Freire, Saviani, Pedro Demo e concebe avaliação “como emancipatória e
qualitativa, que seja um instrumento de reflexão para professores e alunos, cada qual buscando
melhorar sua prática a partir dos resultados obtidos, não sendo vista como um acerto de contas
ou um ato de autoridade e manipulação.”
No PPP da escola não consta o conceito defendido por eles sobre planejamento,
metodologia, e prática docente, neste também não consta quem foram seus criadores, quais os
programas desenvolvidos na escola, nem a formação continuada dos docentes. Porém, na
reunião pedagógica que aconteceu na escola, a coordenadora comentou que os docentes
participam de formação continuada ofertada pela SEMED.
30
pelos pais, de violência doméstica, abuso ou estupro. Segundo ela, as crianças não apontam
muito esse tipo de acontecimento.
De acordo com a professora, o espaço da sala é muito pequeno e não comporta a
quantidade de estudantes. Por esse motivo as atividades de sala são, de certa forma, limitada
em quesito de movimentação e trabalhos em grupos na sala. Outro ponto negativo ressaltado
pela professora é a ventilação, pois a sala tem ventiladores, mas não têm o suporte necessário e
fazem muito barulho, atrapalhando a comunicação em sala. Porém, as condições de iluminação
e conservação do espaço são agradáveis e conseguem suprir a necessidade de todo o grupo.
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professora Sônia é a avaliação qualitativa e quantitativa divididas em: prova, pontualidade,
assiduidade, cuidado, capricho, trabalho e organização.
2.3.4. REFERÊNCIA
CAROLINA, Ana. SAVIANI, Dermeval. Prática pedagógica alfabetizadora à luz da
psicologia histórico cultural e da pedagogia histórico-crítica. Psicologia em Estudo,
Maringá, v. 22, n.1, p.3-13, jan./mar. 2017
34
significado dos textos são cruciais para as pessoas e sua adaptação ao mundo moderno. A leitura
é um dos processos que permite a uma pessoa participar da vida social, pois leva a uma
compreensão do passado, do presente e das possibilidades de mudanças socioculturais no
futuro. Como forma de adquirir, transformar e produzir conhecimento de forma crítica e
reflexiva, a leitura ativa na escola ou fora dela oferece uma luta contra a alienação, permitindo
que pessoas e grupos sociais realizem a liberdade em diferentes dimensões da vida.
Portanto, para alcançar o objetivo de intervenção, propomos aqui uma sequência
didática, entretanto é válido ressaltar o esta representa. Para elucidar melhor o conceito de
sequência didática, vamos conhecer as definições de dois autores relevantes sobre a temática.
Antoni Zabala(1998) em seu livro Prática Educativa do como Ensinar, apresenta a seguinte
definição para sequência didática: é “uma forma de encadear e articular as diversas atividades
didáticas ao longo da aprendizagem de um conceito” (ZABALA, 1998, p.14).
Os genebrianos Dolz, Noverraz e Schneuwly (2011), precursores nos estudos sobre
sequências didáticas definem assim: “um conjunto de atividades escolares organizadas, de
maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito” (DOLZ, NOVERRAZ e
SCHNEUWLY 2011, p.81). Após a apresentação dos conceitos acima, colocamos uma
proposta de sequência didática com foco na alfabetização e no letramento, permeada por
recursos didáticos sendo eles: textos, atividades, filme, discussão, rodas de conversas e
perguntas.
2.4.4. Objetivos
Objetivo geral
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e que circulam em diferentes campos de
atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a interpretá-
lo, expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.
Objetivos Específicos
● Desenvolver a prática de leitura, desejo e prazer de ler;
● Desenvolver a leitura multissemiótica;
● Desenvolver a interpretação de texto;
● Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global
● Aprender a fazer releitura de texto;
● Identificar os aspectos necessários à produção textual;
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● Releitura do texto apresentado.
2.4.5. Conteúdos
Trata-se de aula expositivas e conversadas permeadas por fábulas e contos de cordel
com objetivo de ler, escutar e produzir textos orais, escritos e que circulam em diferentes
campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a
interpretá-lo, expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.
Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma,
cartolina com as partes do texto impressas.
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Terceira parte da aula: Amizade (10 minutos)
Expor a imagem (anexo 1) para as crianças e propor algumas reflexões: observem a
imagem exibida e pensem sobre o que ela pode estar representando. Concluído o exercício
de leitura visual, colocar as seguintes perguntas para a turma: O que vocês perceberam nesta
imagem? Como estas pessoas estão se sentindo? Você acha que elas são amigas? Como você
sabe? Que atitudes demonstram amizade entre as pessoas?
37
Posteriormente, ler com os alunos a moral e discutir o significado da expressão “põe à
prova”. Na fábula lida, a amizade foi posta à prova? Como você acha que ficou a amizade
depois desta prova? Em que situações uma amizade pode ser colocada à prova? Provavelmente
os alunos dirão que em algum momento ficaram sozinhos no recreio, alguém brigou com eles
sem motivo, sentiram-se abandonados. Ou quando chega outro colega para o grupo e eles ficam
sozinhos. Iremos ouvir as opiniões, sempre garantindo uma circulação das informações, bem
como o respeito às opiniões alheias.
Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma
e os grupos.
Duração: 4 horas
Local: Sala de aula
Organização da turma: sentados de frente para o quadro
Recursos necessários: Quadro, pincel para quadro branco, texto impresso para toda a turma.
42
Após o jogo de questões, apresentaremos aos alunos uma ficha técnica da obra “Novas
Aventuras de João Grilo” para que coletivamente a preencham no quadro. Nessa ficha aparece
a palavra “enredo”, então explicaremos que enredo são os acontecimentos que constituem a
história. Mesmo que os alunos não tenham tido contato com a história na íntegra, será possível
preencher com a ideia central do texto.
Após a aula, como uma tarefa complementar de casa, os alunos podem pesquisar mais
sobre outras aventuras de João Grilo e trazer livros cuja personagem principal seja essa.
2.4.7. Recursos
● Texto
● Filme
● Contos de cordel
● Cartaz
● Livros
● Xilogravura
● Televisão ou projetor
2.4.8. Avaliação
2.4.9. Cronograma
44
- Fazer alguns
questionamentos
- Responder às
perguntas de
interpretação de texto
que serão colocadas.
- Fazer releitura da
fábula “O macaco e o
gato”
- Partilhar com toda a
turma o que
conseguiram fazer.
45
que juntamente as
crianças leiam e
articulem entre si as
respostas adequadas.
- Colocar as respostas
das questões em seu
caderno, para
apresentar suas
descobertas aos
colegas.
- Colocar no quadro
uma tabela como a
que entregamos para
eles, porém com mais
linhas para ir
preenchendo à
medida que os alunos
forem socializando
suas respostas,
- Fazer a socialização
das respostas.
- Cada grupo elegerá
um aluno para ler a
fábula para que todos
possam acompanhar
os resultados.
- Observar cada
ensinamento e sua
relação com a escolha
desses personagens e
quais características
humanas são
evidenciadas através
dos animais que são
personagens.
- Fazer uma pequena
socialização a
respeito do que foi
estudado,
perguntaremos aos
alunos sobre o que
aprenderam hoje
sobre as fábulas,
acerca dos
personagens e da
moral, orientando-os
a refletir sobre o
papel da moral em
uma fábula.
46
- As crianças
novamente sentaram
com seus grupos e
juntos irão fazer a
releitura da sua
fábula.
- Socializar as
releituras e falar o
que mudou e qual a
nova moral da
história.
47
compreensão personalidade de
global João Grilo?
- Explicar que eles
irão ler um trecho de
um texto dramático
cuja personagem
principal é o João
Grilo
-Distribuir para os
alunos cópias do
texto “Novas
Aventuras de João
Grilo”.
- Pedir que os alunos
localizem e marquem
as falas de cada
personagem,
pintando o nome das
personagens de uma
determinada cor.
- Leitura distribuindo
as personagens pelos
alunos da turma.
- Pediremos que os
outros alunos
analisem a leitura
feita do texto com
relação a alguns
critérios: fluência,
dicção, entonação,
atenção e
dramatização.
- Trabalhar com o
texto pedindo que os
alunos identifiquem
palavras que não
conhecem o
significado.
- Em duplas, os
alunos procurem
essas palavras no
dicionário para
verificar se suas
hipóteses estavam
corretas.
- Pedir para que os
alunos comparem
características desse
48
texto com o da aula
anterior.
- Pedir que os alunos
façam grupos de 4
alunos.
- Cada grupo deverá
elaborar 5 perguntas,
uma sobre cada tema
dado: ideia central do
texto, personagens,
João Grilo, Cenário,
elementos do gênero
dramático.
- As perguntas serão
colocadas em uma
caixa e sorteadas para
os grupos
responderem e gerar
uma discussão com
os outros grupos.
- Iremos incrementar
a discussão
provocando a
reflexão e a opinião
dos componentes do
grupo com perguntas.
- Após o jogo de
questões,
apresentaremos aos
alunos uma ficha
técnica da obra
“Novas Aventuras de
João Grilo” para que
coletivamente a
preencham no
quadro.
- Tarefa
complementar de
casa, os alunos
podem pesquisar
mais sobre outras
aventuras de João
Grilo e trazer livros
cuja personagem
principal seja essa.
2.4.10. Referências
49
AUTO DA COMPADECIDA. Direção: Guel Arrares. Produção de Lereby Produções Globo
Filmes. Brasil: Columbia Tristar, 2000. DVD.
ATHAYDE, João Martins. Cordel completo: As proezas de João Grilo. Disponível em: <
https://pt.scribd.com/document/355686411/Joao-Martins-de-Athayde-As-Proezas-de-Joao-
Grilo-Cordel>. Acesso em: 14 abr. 2023
Bibliografia para usar nesta aula: BAGNO, M. “Fábulas fabulosas”. In: CARVALHO, Maria
Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (orgs). Práticas de leitura e escrita. Brasília :
Ministério da Educação, 2006. 180 p. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/grades/salto_ple.pdf .
SILVA, Jorge Luis Lira. “Fábula ConFabulando”. In: Diversidade textual: propostas para a
sala de aula. Formação continuada de professores / coordenado por Márcia Mendonça. Recife,
MEC/CEEL, 2008. p. 67 – 78. Disponível em:
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf
SOARES, Magda. Alfabetização a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2a reimpressão,
2018.
2.4.11. Anexos
(anexo 1)
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(anexo 2)
Os Viajantes e o Urso
Um dia dois viajantes deram de cara com um dos animais mais perigosos daquela floresta, um
urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia consguir
vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e
começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo
começou a descer da árvore e perguntou:
- Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que
abandona os amigos na hora do perigo.
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(anexo 4)
(anexo 5)
1º intervenção:
A professora começou falando sobre o dia do índio, que o termo correto é indígena e
que terá bastante manifestações no dia de hoje. Posteriormente, a professora nos apresentou a
turma, falou o que nós fomos fazer e pediu que a turma se esforçasse para prestar atenção e dá
retorno no momento da nossa intervenção.
Após a fala da professora começamos a nossa intervenção com uma dinâmica de
apresentação na qual nos apresentamos primeiro falando nossos nomes, idade, curso que
fazemos, em seguida pedimos para os estudantes fazerem o mesmo. No começo eles sentiram
vergonha, mas depois todos quiseram falar e interagiram falando seus nomes, idades, e o que
gostam de fazer.
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Logo depois, nós explicamos o que iremos fazer na escola, que temos quatro propostas
de intervenção e todas são voltadas para a área de linguagem. Respondemos as dúvidas que
surgiram no momento e passamos para dizer os estudantes sobre a temática do dia: Fábula.
Perguntamos se eles sabiam o que era e se já ouviram falar sobre fábula, somente um estudante
falou que já havia ouvido falar sobre. Então nós fizemos uma pequena exposição do que é fábula
e quais são suas características.
Portanto, perguntamos o que seria amizade para eles, alguns responder parceria,
cuidado, proteção, amor, estar com alguém em todas horas, entre outras. Então mostramos a
imagem das crianças se abraçando e questionamos sobre o que parecia ser aquela foto, alguns
falaram irmãos e outros amizade, então pedimos para as crianças apontarem, a partir da foto e
dos conhecimentos deles, quais as características de uma boa amizade.
Após a discussão acerca do que é amizade nós colocamos a fábula “Os viajantes e o
urso’ e pedimos a todos para iniciar uma leitura partilhada. Depois, perguntamos se todos
entenderam e alguns responderam que não, portanto, nós fizemos a leitura da fábula mais vez,
só que de forma enfática, respeitando todos os sinais de pontuação para a turma entender.
Depois da leitura perguntamos se todos entenderam e estes afirmaram que sim, então
prosseguimos.
Depois da leitura e que todos entenderam fizemos algumas perguntas: do que se trata o
texto? Quem são os personagens? Onde se passa a história? Qual o ensinamento que a fábula
nos apresenta? Diante deste último questionamento os estudantes não souberam o que dizer,
então questionamos: “O que amigos de verdade fazem em uma situação de perigo?” então
discutimos um pouco sobre e voltamos ao questionamento do ensinamento e alguns apontaram
que o ensinamento é não acreditar nos amigos, outro que o ensinamento era que toda amizade
é falsa, dentre outro.
Logo após a discussão nós apresentamos a moral desta fábula e perguntamos o que eles
acharam. Depois da discussão sobre o que acharam nós voltamos com a primeira pergunta: “O
que é fabula?” Desta vez a maioria respondeu que não sabia, outros responderam que era o texto
que lemos e somente um disse: “Eu lembrei, fábula é um texto que animais falam”. A partir da
fala deste estudante nós colocamos começamos a colocar no quadro o que seria uma fábula
assim como também suas características. Importante ressaltar que o que colocamos no quadro
foram as falas dos estudantes sobre o que eles entenderam sobre fábula a partir da leitura e dá
nossa explicação do começo.
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É perceptível a dificuldade de raciocínio de alguns estudantes para respostas imediatas
e na turma esses têm dificuldades de assimilar o assunto e responder que pode ser por medo,
vergonha ou não saber não responder. Após o intervalo, a professora chamou a atenção referente
ao comportamento de alguns no recreio, sinalizou as faltas que podem ser apenas 5 faltas.
Após a fala a professora voltamos a fábula e quando fizemos uma pergunta sobre a
fábula as crianças disseram que não sabiam e não lembravam o que tinha sido conversando
antes do intervalo e mais uma vez podemos perceber a dificuldade da turma de responder
oralmente e escrever. Então esclarecemos mais uma vez o que é fábula e suas características e
passamos para o próximo momento.
Seguindo, nós distribuímos uma folha que tinha a fábula “O macaco e o gato” e pedimos
que todos fizessem uma leitura silenciosa da fábula e depois que todos terminaram fizemos uma
leitura partilhada. Como os educandos leram sem se atentar a pontuação, nós relembrando o
sentindo de cada pontuação posta ali e pedimos mais uma vez para fazer a leitura partilhada.
Depois da leitura, perguntamos se havia alguma dúvida e pedimos para que responder as
perguntam que estavam na folha seguinte. Os estudantes que não sabiam ler e escrever sentaram
ao lado de estudantes que sabiam e estes deram suporte aqueles para todos conseguirem
responder a atividade.
Após todos responderem a atividade nós fomos comentar cada pergunta com todo a
turma, esse momento foi prazeroso pois quase todos interagiram, responderam e tiraram
dúvidas sobre o assunto e sobre a fábula que foi lida. Após este momento o sinal tocou e todos
foram liberados para irem para casa. Segue as imagens do dia.
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Imagem 3. Fábula os viajantes e o urso Imagem 4. Fábula os viajantes e o urso
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Imagem 9. Fácula o macaco e o gato
Fonte: as autoras
2º intervenção:
Primeiro nós recepcionamos os estudantes e após todos estarem na sala nós começamos
relembrando junto com eles o que nós havíamos explicado na aula anterior, alguns lembraram
bastantes, outros nem se quer responderam. Neste dia estiveram presentes 21 alunos. Em
seguida relembramos o conceito de Fábula e suas características, visto que nem todos
lembravam e depois fomos para a leitura, inicialmente leitura individual e silenciosa e depois
leitura partilhada.
Após a leitura nós fomos para a interpretação coletiva e oral sobre o texto, em que de
forma geral os estudantes respondiam aos questionamentos feitos por nós e colocamos as
respostas no quadro. Ao final nós perguntamos se estava tudo okay e se todos haviam
compreendido e concordava, como a maioria respondeu de forma positiva, nós seguimos para
a próxima atividade.
Neste momento pedimos que os estudantes formassem 5 (cinco) grupos de 4 (quatro) e
1 (um) grupo de 5 (cinco). Depois que todos estavam inseridos nos grupos nós entregamos uma
fábula e um quadro de interpretação de texto e pedimos que de forma grupal lessem e
respondessem a atividade proposta. Enquanto os estudantes estavam realizando a atividade nós
ficamos observando e a postos para qualquer dúvida que surgisse.
Durante o tempo que os estudantes faziam a atividade e nós observamos percebemos
que nem todos participavam ativamente do grupo, três grupos se empenharam bastante com
todos os integrantes participando, em um grupo somente um estudante não participou
ativamente, mas depois de conversar e tirar suas dúvidas participou mais, e o outro grupo teve
enormes dificuldades para responder visto que a maior parte dos integrantes não sabiam ler, e
um deles não teve o menor interesse na atividade.
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Após o intervalo nós propomos que todos os grupos fossem a frente apresentassem o
nome da sua equipe, lessem a fábula e partilhassem com a turma suas interpretações do texto.
Tivemos os grupos: Primeiro grupo: “As Melhores”; segundo grupo: “Punho Cruzado”; terceiro
grupo: “Foc”; quarto grupo: “ Zé das Manga”; quinto grupo: “ Meninas
Superpoderosas”. Durante a apresentação dos grupos alguns se sentira envergonhados,
enquanto outros conseguiram lidar com destreza na atividade.
Após essa atividade, propomos que os estudantes se sentassem mais uma vez com seus
respectivos grupos e que, em grupo, fizessem uma fábula, eles podiam utilizar como base a
fábula passada na atividade anterior. Uns grupos ficaram super entusiasmados e outros nem
tanto, mas concordaram em fazer a atividade.
Por fim, infelizmente não deu tempo dos estudantes concluírem a atividade, então
recolhemos e dissemos que iriamos entregar na próxima aula. Segue as imagens deste dia de
intervenção.
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Imagem 14. Grupo interpretando a fábula Imagem 15. Grupo interpretando a fábula
Imagem 16. Apresentação das equipes Imagem 17. Apresentação das equipes
Imagem 18. Apresentação das equipes Imagem 19. Apresentação das equipes
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Imagem 20. Apresentação das equipes
Fonte: as autoras
3º intervenção:
Nesta aula, tivemos 21 alunos presentes em sala de aula. Iniciamos a aula na sala com
uma pequena explicação do que é Cordel e como ele chegou no Brasil. Depois da explicação
entregamos aos estudantes um folheto com um cordel que fala sobre o personagem João Grillo.
Para saber mais sobre o personagem fomos assistir ao filme “O auto da compadecida” de Ariano
Suassuna.
Portanto encaminhamos os estudantes para a sala multimídia e fomos apresentar o filme.
Infelizmente tivemos um pouco de dificuldade de conexão para transmitir ao vídeo, mas depois
correu tudo bem. Distribuímos pipoca e refrigerante para todos e pedimos que eles prestassem
bastante atenção ao personagem João Grillo para responder as atividades que nós iriamos
propor depois.
Devido ao tempo de duração do filme não conseguimos assistir ele todo, então antes que
o sinal tocasse nós pausamos o vídeo e lemos mais uma vez o cordel de João Grillo e em seguida
fizemos alguns questionamentos sobre o personagem para s crianças, que responderam
prontamente e conseguiram fazer a conexão do filme com a literatura de cordel. Percebemos
nitidamente que a utilização do recurso televisivo fez com que os estudantes prestassem mais
atenção assim como ligassem os pontos do personagem como também da literatura de cordel.
Segue as imagens do dia.
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Fonte: as autoras Fonte: as autoras
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Imagem 27. Pipoca para os estudantes
Fonte: as autoras
4º intervenção:
Nesta aula, começamos recordando as aulas anteriores sobre Fábulas e Cordel. Em
seguida continuamos com a finalização das aulas anteriores, primeiro sobre fábula, pois os
estudantes não tiveram oportunidade de apresentar as suas fábulas e em seguida concluímos
sobre Cordel e entregamos um material para os estudantes colarem no caderno sobre o que é
cordel, quais suas origens e suas características.
Após o intervalo, falamos sobre interpretação e dramatização em cima de um texto
dramático “Novas Aventuras de João Grilo”. O foco desta atividade era para leitura do texto,
para os estudantes se atentarem a pontuação do texto e ler de forma correta este.
A primeira leitura foi feita por linha, onde cada um lia até o ponto e seguimos assim,
porém, com o barulho, muitos não escutaram e nem enterram o texto, pois, também, os
estudantes não leram respeitando a pontuação posta no texto.
Portanto, finalizada a leitura, nós (Clarice e Jady) fizemos uma leitura com entonação e
dramatização, assim como respeitando os sinais de pontuação, para eles saberem como é
dramatizar um texto assim como o que o texto quer dizer quando lido de forma correta. Para
entender o que é dramatizar nós chamamos uma das alunas para exemplificar e foi bem
engraçado que houve um improviso e eles gostaram da nossa improvisação.
Em seguida, após ficar esclarecido sobre o que é dramatização e leitura com entonação
respeitando a pontuação, nós chamamos alguns estudantes para fazer cada um fazer um
personagem. Uns timidamente e outros um pouco mais soltos conseguiram fazer a leitura do
texto. Após a leitura ee que todos entederam nós questionamos sobre o texto: do que se trata o
texto? Quais são os personagens? Qual o objetivo central do texto? Qual a diferença deste tipo
de texto com os outros já estudados, fábula e cordel?
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Então, aos poucos fomos construindo as características do texto dramático, e o
interessante foi que os estudantes interagiram bem mais, assim como responderam de forma
assertiva os questionamentos feitos. Então, colocamos no quadro as características do texto
dramático e nos encaminhamos para a despedida e agradecimentos.
Por fim, nós agradecemos a recepção calorosa da professora e dos estudantes, por
confiar em nós e colaborar com a aula e entregamos uma lembrancinha para cada um com um
livrinho de cordel, jujuba e pipoca. A professora também falou algumas palavras, agradeceu
nossas intervenções falou que foi rica em aprendizado e que ajudou bastante já que esses
assuntos irão ser abordados mais à frente. Por fim nos despedimos da turma e tiramos uma foto.
Segue as imagens do dia.
Imagem 28. Relembrando as aulas anteriores. Imagem 29. Relembrando as aulas anteriores.
Imagem 30. Apresentação das equipes. Imagem 31. Apresentação das equipes.
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Imagem 32. Apresentação das equipes. Imagem 33. Apresentação das equipes.
Imagem 34. Apresentação das equipes. Imagem 35. Moral criada pelas equipes.
Imagem 36. Leitura do texto dramático. Imagem 37. Leitura do texto dramático
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Imagem 38. Leitura do texto dramático. Imagem 39. Selfie com a turma
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao tomar foco deste projeto de intervenção o tema proposto: Interpretando textos, tinha-
se a ciência do desafio. Buscou com tal trabalho desenvolver atividades e brincadeiras no
processo de aprendizagem visando atingir o objetivo de desenvolver a prática de leitura, desejo
e prazer de ler dos estudantes.
Diante dos resultados das intervenções realizadas, podemos concluir que os estudantes
puderam avançar na comunicação, na leitura e interpretação de texto. As atividades lúdicas são
recursos que ensinam, desenvolvem e educam de forma prazerosa, potencializam a exploração
e a construção do conhecimento desempenhando um papel de grande relevância na
aprendizagem dos estudantes.
Portanto, o educador necessita tomar consciência de que seu trabalho é organizar
situações de ensino que possibilitem ao aluno tomar consciência do significado, da importância
do conhecimento a ser adquirido e de que para aprender torna-se necessário um conjunto de
ações a serem executadas com métodos adequados, de forma que se torne uma atividade que
estimule sua auto-estruturação dos educandos.
Ao final do estágio curricular obrigatório na alfabetização e letramento, podemos
perceber a importância que o momento do estágio possui. Analisar cada passo dado, reavaliar
a forma de ensinar e aprender para aperfeiçoar a cada dia a arte de lecionar. Segundo Freire
(1996, p. 39) “Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental
é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a pratica de hoje ou de ontem
que se pode melhorar a próxima pratica”.
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O estágio não foi somente satisfatório e positivo para as crianças, mas também para nós;
uma experiência inesquecível. Nessa fase, acreditamos que o perfil do educador ainda está em
formação, e esse processo de estagiar é tão importante quanto a educação infantil. As situações
nos deram uma visão de como resolver problemas e como agir em ambiente escolar.
Em contato com diferentes tipos e diferentes profissionais da área, observamos o quanto
é necessário que o professor esteja sempre atualizado e atento para assim suprir as necessidades
de suas crianças auxiliando-os no desenvolvimento de suas vidas. O presente estágio foi
bastante valioso possibilitando a reflexão e construção de uma prática educativa sistemática
junto às crianças das séries iniciais, que, sem dúvida, contribuirão para o nosso
desenvolvimento profissional.
Para Freire (1996)
...a tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo prazerosa é igualmente
exigente. Exigente de seriedade, de preparo científico, de preparo físico, emocional,
afetivo. É uma tarefa que requer de quem com ela se compromete um gosto especial
de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo de ela implica. É impossível
ensinar sem essa coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes
antes de uma desistência. É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada,
bem cuidada de amar. [...] É preciso ousar, no sentido pleno desta palavra, para falar
em amor... (FREIRE, 1997, p. 9-10)
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5. REFERÊNCIAS
LEAL, Telma Ferraz. Fazendo acontecer: o ensino da escrita alfabética na escola. MORAIS,
Arthur; BORGES, Eliana; FERAAZ, Telma. Alfabetização: apropriação do sistema de
escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Cap. 4 - pág. 89-110
6. ANEXOS
Documentação de Clarice Maria da Silva
66
67
68
69
70
Documentação de Jady Lins de Omena
71
72
73
Link para o diário de bordo da dupla:
<https://docs.google.com/document/d/1A_LDXfUHcN_r2Bj9yb9q5RuOvHn7lBpZPsQlE8tV
KOA/edit?usp=sharing>
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3. Quais os pontos positivos que você destacaria no processo de vivência do estágio
supervisionado?
R: Os pontos positivos do estágio foi a turma, bastante envolta na aula, a professora que nos
deu toda abertura para desenvolver a aula e estava sempre presente para nos dá um suporte
se necessário, a escola, visto que esta é bem organizada e nossa atendeu de prontidão, e os
desafios que foram aparecendo durante o percurso.
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ajudar em nossa formação como futuras professoras. Nossas experiência nos levaram a um
olhar mais atento às singularidades de cada criança e ao treinamento que os estágios muitas
das vezes exigem, além de ouvir com sensibilidade as vozes sociais que compõem o ambiente
da sala de aula, (re) construindo, assim, nossa maneira como vemos sentir e sentimos a
aprendizagem.
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