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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL – UNINTER

CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: ENSINO MÉDIO


Contando e Recriando

Nome Sobrenome - RU

OURICURI/PE
OUTUBRO/2023
Sumário

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
2. ENSAIO PEDAGÓGICO .......................................................................... 7
2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico 8
2.2 Fundamentação Teórica ....................................................................... 10
2.3. Material didático: criação e reflexão .................................................. 13
2.4. Práxis e relatório de evidências.......................................................... 15
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 19
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 20

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1. INTRODUÇÃO

O estágio tem por objetivo apresentar as experiências no decorrer da


vivência em sala de aula e das atividades desenvolvidas pela professora durante
o período de observação e participação como estagiário. O estágio é o momento
em que temos a oportunidade de observar, aprender na prática, todas as
aprendizagens adquiridas ao longo do curso.
O estágio foi realizado na escola X, localizado na rua y, na cidade de
Ouricuri-PE, no 1º ano do ensino médio, com o objetivo de colocar em práticas
as teorias discutidas em aulas.
Dessa maneira, ele é importante para a formação do profissional de língua
portuguesa, sobretudo, para orientação das diversas situações encontradas em
sala de aula, principalmente, para despertar o gosto pela prática docente, pois
através dele, o estagiário torna-se um professor, reflexivo, pesquisador, capaz
de produzir conhecimentos, transformar, adaptar a sua prática pedagógica, bem
como aprender a lidar com situações diversas da realidade escolar, que não são
apresentadas nos livros, mas sim adquiridas através das experiências.
O estágio, é uma experiência que permite ao estudante da graduação,
refletir sobre a teoria e prática. O local escolhido para a realização do estágio,
precisa permitir, trabalhar a realidade do estudante.
Como nos ensina Paulo Freire: “É que ninguém caminha sem aprender a
caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, sem aprender a refazer,
a retocar o sonho por causa do qual a gente se pôs a caminhar.” (FREIRE, 1992,
p.79).
Sendo assim, o estágio supervisionado não é apenas um dever do
educando, mas também um direito adquirido, sendo esse previsto em leis, a citar
a lei n° 11.788/08, onde define, no Artigo 1°, que:

Art. 1°: Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido


no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental,
na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1° O
estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o
itinerário formativo do educando. § 2° O estágio visa ao aprendizado
de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do

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educando para a vida cidadã e para o trabalho. (BRASIL, 2008).

Essa lei também garante aos estudantes ao estágio não-obrigatório,


aquele em que o estudante faz para complementar sua formação e está fora de
sua carga regular obrigatória.

Nesse sentido, o estágio, aponta contribuições significativa que, por sua


vez, apresenta características peculiares em relação ao percurso das práticas
pedagógicas desenvolvidas no decorrer dos meses de observação e
participação como estagiário.

Essa experiência permitiu perceber os desafios do cotidiano em sala de


aula e fez pensar em novas possibilidades de ensino, fomentando a troca de
conhecimento, como estagiário regente, onde a professora, deu-me a
oportunidade de conduzir duas aulas, promovendo debates, a partir dos textos,
na qual estavam disponíveis no plano de ensino.

As diversas forma de gerir à aula, fizeram um diferencial no decorrer do


estágio, pois, avivou diferentes possibilidades para conduzi-las, considerando a
metodologia usada pela professora, no processo de ensino e aprendizagem,
elevando conhecimento diante das observações e participações.

O objetivo desse estágio foi aproximar a teoria e a realidade escolar,


visualizar suas ações e suas problemáticas, vivenciar os conhecimentos
adquiridos durante o curso, assim como refletir sobre quais práticas escolher e
como agir dentro de uma instituição educativa.

Certamente, foram várias trocas, discussões e a certeza de que o estágio


em docência é um caminho que apresenta os pormenores da prática cotidiana.
Desse modo, o estágio ofereceu indícios das alegrias e desafios que futuramente
serão encontrados no percurso quanto profissional, de modo peculiar o ensino
fundamental II, que sem dúvidas, foi um aprendizado muito específico.

A aula iniciou, com leitura silenciosa e oral dos textos apresentados nos
capítulos dos livros, onde foi feito a leitura oral, enfatizando a entonação. Durante
a leitura silenciosa, os alunos foram estimulando a grifar as palavras cujos
significados eram desconhecidos.

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A seguir, a turma foi instigada a procurar as palavras grifadas no dicionário
e a fazer uma nova leitura compartilhada, checando se sua inferência está
correta. Antes das atividades de leitura dos diferentes textos propostos, foi
explorado os conhecimentos prévios dos alunos a respeito do tema e do gênero,
proporcionando a reflexão e a formulação de hipóteses.
Durante a leitura, a turma foi chamada a atenção para os elementos
paratextuais: capa, contracapa, orelha, diferentes linguagens, título, fonte,
subtítulo, sumário, para o gênero e para os aspectos do contexto de produção,
o lugar social do autor, de onde escreve, para quem e com que finalidade
escreve.
Depois da leitura, os alunos foram estimulados a reformular as hipóteses
iniciais sobre o conteúdo em forma de texto, e à apreciação do texto, os sentidos
produzidos pelo texto. Onde foi solicitado aos alunos, como tarefa, uma pesquisa
de exemplos de usos das diferentes vozes verbais em manchetes de jornais e
revistas impressas ou digitais.
Ao fazer a devolutiva da atividade em aula, foi pedido aos estudantes que
comentassem oralmente os resultados obtidos para estimular a reflexão sobre a
contribuição do uso das diferentes vozes verbais na construção de sentidos dos
textos.
Para o envio da atividade, foi solicitado, o uso do google sala de aula, para
facilitar a entrega, e, sendo assim, não haver desconforto para os estudantes ao
imprimir e desconfigurar o trabalho.
Por fim, houve a socialzação entre a turma, para fixar a aprendizagem dos
conteúdos trabalhados em sala, considerando o ponto de vista dos estudantes
relacionando o que havia aprendido no decorrer do período de
estágio.Certamnte, foi constatado que houve aprendizagem entre a turma e que
valeu a pena, planejar para fazer a regência em sala, com a turma naqual foi
confiada.
Quais foram as atividades desenvolvidas no estágio (enumerar brevemente as
atividades realizadas).

As aulas foram expositivas, para despertar no estudante o prazer pelo


aprender;

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Os conteúdos abordaram temas relevantes para a aprendizagem, ao
trazerem para sua realidade conteúdos que não fogem do contexto, nem da
vivência cotidiana, entre comunidade e escola;
Foi trabalhado textos de Guimarães Rosa, um autor da terceira geração
modernista, em cujas obras é possível perceber a presença de neologismos,
estrutura narrativa não tradicional e regionalismo atrelado a temas universais;
As diferentes poesias, focando nos mais conhecidos pela sua prosa
peculiar.
Textos de Clarice Lispector, como baluarte da literatura brasileira do
Século XX;
Debates nas aulas de língua portuguesa, para estimular o conhecimento
e a aprendizagem dos estudantes, a partir de discussões em salas com o uso
dos textos lidos e debatidos.
A obra Laços de Família (1960), da escritora Clarice Lispector, trouxe,
destaque nas leituras e debates, sem sombra de dúvidas, considerados os
melhor, por ser um conto atrativo.

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2. ENSAIO PEDAGÓGICO

O estágio curricular, oportunizou conhecimentos essenciais, propondo


uma amplitude na figura do docente, onde observou-se que as aulas foram
conduzidas com tranquilidade, oportunizando diálogo, debates, elaboração de
atividades, discursões e estímulo aos estudantes, promovendo aulas lúdicas,
abrindo espaço para debater a teoria e comparar com a prática docente.
O plano, foi ajustado, para determinar o que seria feito em cada aula, e
quais as atividades cotidiana, como à frequência, correções de atividades de
casa, explicação de conteúdos e tira dúvidas, isso, demostrando o quão o
planejamento é flexível, promovendo debate sobre a construção da
aprendizagem dos conteúdos abordados, estimulando diálogo em sala, e
tornando um espaço de conversação e aprendizagem, transformando momentos
de reflexões sobre a construção e o fortalecimento da identidade.
A participação nas atividades didático-pedagógicas iniciaram a partir dos
diálogos com a turma sobre diversos assuntos relacionados a disciplina, a aula
sempre conduzida de forma que a turma participasse, dos debates e da
importância trazendo responsabilidades nos depoimentos individuais.

Cada aula foi única, deixou marcas de um ensino e aprendizagem que


serão guardados com muito esmero, a exposição das aulas, a forma como eram
conduzidas, encantavam as turmas, foram dias de grande valia, pois cada aula,
os estudantes eram motivados ao debate, onde, falavam sobre a importância de
ser estudante, e assim, comparar a atuação docente, do significado da
graduação na identificação com a profissão de professor e a necessidade dos
diálogos pedagógicos entre os professores formadores e estudantes.

Pude perceber, por meio do estágio, que o professor em formação


identifica novas e variadas estratégias para solucionar problemas que muitas
vezes não imagina encontrar na sala de aula. Para isso, é importante, o professor
fazer o plano e o planejamento, e procurá-lo seguir, para diante de qualquer
situação encontrada, saber agir.

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2.1 O estágio curricular e a unidade concedente: um breve diagnóstico

A escola é localizada na avenida central da cidade e atende estudantes,


tanto da cidade, quanto da zona rural, é uma escola de grande médio porte, onde
estuda adolescentes, jovens e adultos.
A escola X, foi construída para atender a população que reside próximo a
localização e os demais jovens e adolecentes que estão na idade escolar, e
também, os jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de estudar na idade
adequada.
A localização da escola na qual foi realizado o estágio, fica na cidade de
Ouricuri- Pe, na avenida Y, tem uma população estudantil aproximadamente a
1.200 estudantes do ensino fundamental II, ensino médio e Educação de Jovens
e Adultos (EJA).

O gráfico acima, faz uma descrição da população matriculada na escola


através das cores demonstradas na imagem. Onde o Azul represnta os
estudantes do ensino fundamental II, o laranja o ensino médio, o cinza o
estudantes da educação de jovens e adultos (EJA), e o amarelo os estudantes
com correção de fluxo.
Através do gráfico precebe-se que a quantidade de estudantes do ensino
fundamental dois são bem maiores que os estudantes do ensino médio, sendo
bem menores do ensino da EJA.
De acordo com as informações adquerida através dos responsáveis pela
instituição, a mesma recebe os estudantes de família de baixa renda, com intuíto
de formar pessoas para serem independentes, tendo como foco sua própria

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renda. É um bairro grande e populoso, contém vários comércios, desde padarias
a loja de materiais de construção.

Em síntese, é uma escola grande, bem iluminada, arejada e com uma


vista espetacular, tem 24 salas, uma quadra esportiva, um pátio de acolhimento
para os estudantes, atendimento de Educação Especializada e Inclusiva;
secretaria; sala da diretora; sala da coordenadora; sala dos professores;
refeitório; quatro banheiros para os esudantes, sendo um feminino, um
masculino e um para pessoa com deficiência; dois banheiros para adultos:
feminino e masculino; almoxarifado, vale ressaltar que a escola estava sempre
limpa e organizada, seguindo todos os protocolos de segurança, inclusive
seguindo os protocolos exigido contra a Covid-19.
Dessa forma, em conformidade com minha supervisora local de estágio,
decidimos não escolher uma única sala para realizar o estágio, mas sim, passar
alguns momentos nas salas do 1º ano ao 3º ano do ensino médio, afim de
estender minha experiência.
A boa receptividade feita pela escola citada anteriormente fez com que
seguisse o percurso na escola sentindo-se totalmente confortáveis, e para que
assim os conhecimentos produzidos ali fossem indubitavelmente consagrados
para nossa prática profissional.

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A escola, sempre foi receptiva, agindo como acolhedora da educação que
recebe os graduandos para aperfeiçoar seus conhecimentos e tenha uma
conexão mais íntima com a área a qual deseja exercer. E é nesse campo que o
estagiário se reinventa como profissional e como pessoa, vivenciando a
profissão que escolheu e vendo toda rotina.

2.2 Fundamentação Teórica

O estágio, foi uma experiência que permitu-me, refletir sobre a teoria e


prática, pois a educação, precisa permitir, trabalhar a realidade do estudante.
A temática, propõe focar em aulas expositivas, para despertar no
estudante o prazer pelo aprender, fazendo o diferencial na aprendizagem, pois,
os conteúdos abordados trouxeram para os estudantes conteúdos relevantes
para a aprendizagem, ao trazerem a realidade de conteúdos que não fogiam do
contexto, nem da vivência cotidiana, entre comunidade e escola.
Como referência, foi trabalhado, Guimarães Rosa, um autor da terceira
geração modernista, em cujas obras é possível perceber a presença de
neologismos, estrutura narrativa não tradicional e regionalismo atrelado a temas
universais. Também escrever poesias, apesar de ser mais conhecido pela sua
prosa peculiar.
Na obra, o Regionalismo literário brasileiro, de Guimarães Rosa diz que: “o
problema que se impõe, no caso do Regionalismo literário brasileiro, é que
qualquer tipo de análise parte sempre de um postulado negativo, existente a
priori, ao qual deve responder”. “Grande sertão: veredas” (1956), é um romance
de Guimarães Rosa que conta a história de amor entre os jagunços Riobaldo e
Diadorim e se passa no sertão durante a República Velha.
É um texto que propôs trazer para os etsudantes, uma reflexão bem
significativa para a sala de aula, onde os estudantes, viajaram nas leituras e
interpretações.
Também, foi trabalhado a autora, Clarice Lispector, uma baluarte da
literatura brasileira do Século XX. Com seu romance inovador e com sua
linguagem altamente poética, sua obra se destaca diante dos modelos narrativos
tradicionais. Como afrima Lispector, 1977. “Vivemos exclusivamente no

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presente pois sempre e eternamente é o dia de hoje e o dia de amanhã será um
hoje, a eternidade é o estado das coisas neste momento”.
Esses autores, serão a base para trabalhar nas aulas de língua portuguesa,
onde, irá estimular o conhecimento e a aprendizagem dos estudantes, a partir
de discussões e debates, em salas com o uso dos textos que serão lidos e
debatidos.
A obra Laços de Família (1960), da escritora Clarice Lispector, com
certeza, será destaque nas leituras e debates, sem sombra de dúvidas,
conquistou o silêncio, por serem os melhores contos.
Em detalhes, os contos, serviram de base para investigar os aspectos
inerentes à escrita clariceana, as influências do modernismo brasileiro em sua
escrita, bem como, um breve estudo acerca do conto enquanto gênero textual.
Esse estudo destina-se a averiguar as teorias da tradução e a atuação de
Clarice enquanto autora de diversos contos, que marcam a trajetória dos
estudantes. Por conseguinte, encontra-se a análise dos demais contos sobre o
amor e seus aspectos teóricos e metodológicos, seguindo pela tradução em
espelhamento referente a contos diversos. Como se trata do gênero conto, são
textos predominantemente figurativos, nos quais os temas são implícitos, a
serem depreendidos pelo esforço de análise existentes.
Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase
todos no chamado sertão brasileiro. As suas obras destacam-se, sobretudo,
pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares
populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de
inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e
intervenções semânticas e sintáticas.
Sua obra mais marcante foi Grande Sertão Veredas, romance qualificado
por Rosa como uma autobiografia irracional, marcada por elementos
regionalistas, existencialistas e religiosos. Talvez a explicação esteja na própria
travessia simbólica do rio e do sertão de Riobaldo, ou no amor inexplicável por
Diadorim, maravilhoso demais e terrível demais, beleza e medo ao mesmo
tempo, ser e não-ser, verdade e mentira, estar e não estar. Como afirma
Guimarâes, 2015. “A gente morre é para provar que viveu. Só o epitáfio é fórmula
lapidar. (...) Alegremo-nos, suspensas ingentes lâmpadas. E: Sobe a luz sobre o
justo e dá-se ao teso coração alegria! desfere então o salmo. As pessoas não

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morrem, ficam encantadas”.

As obras dos autores trabalhadas fizeram um diferencial, no decorrer das


aulas ministradas, dando a oportunidade de viajar pelo mundo real e imaginário,
buscando entender o pensamento dos autores comparando as vivências dos
estudantes. Isso fez-me perceber o quão gratificante foi levar os textos para ser
debatidos e reproduzidos, usando uma linguagem da vida na atualidade,
trazendo pontos de vistas diferentes dos existentes.

A delimitação da temática, aconteceu pelo google acadêmico, visto que, os


trabalhos pesquisados, sobre os autores, iniciaram-se em um total de 58.500
trabalhos acadêmicos e de modo geral em artigos de revisão, 23.550. Isso
mostra a quantidade de produção existentes sobre a temática pesquisada.

Sobre a aprendizagem, iniciou-se com 15.900 trabalhos existentes, ao


delimitar, encontrou-se 5.490 publicações relacionada a palavra contos, onde
demonstra que há um número de trabalhos publicados, trazendo contribuições
aos pesquisadores da área educacional.

Dando continuidade à pesquisa, o número de trabalhos foram se


estreitando, e diminuindo a quantidade de publicações, na aprendizagem voltada
ao tema, foram encontrados um total de 333 artigos de revisão. Uma quantidade
significativa para a temática, no entanto, faz se necessário delimitar, pois
considera-se muito extenso para se concluir uma pesquisa.

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2.3. Material didático: criação e reflexão

Foi trabalhado como material manipulável, histórias em quadrinhos de


forma que envolvesse toda a turma, a partir da criação e recriação dos contos
dos autores, instigando o seu imaginários, pensando dessa forma de trabalhar a
imaginação e o faz de conta.

A forma de abordar o conteúdo foi fantástico, despertou na turma, o


desejo de se reinventar, criando suas falas baseadas nos contos, cada estudante
queria ser um personagem, se colocando como Clarisse, outros como
Guimarães Rosa, foram dias de grande aprendizagem, onde a felicidade reinava
em todo momento da aula.

Grandes momentos de aprendizagens, se dão ao pensar na construção


dos saberes em conjunto, como diz o baluarte Paulo Freire. “Sonho que se sonha
só é só um sonho que se sonha só e sonho que se sonha junto é realidade”.

Além disso, para aqueles que ainda não dominam a leitura e escrita, a
curiosidade em saber o que está escrito dentro dos quadrinhos, em cada fala
dos personagens foi um estímulo. E assim, as histórias em quadrinhos podem
são de fundamental importância e muito úteis durante as aulas.

A capa traz uma ilustração, voltada para o imaginário e senário escolar,


onde os estudantes vivenciam seus momentos de sonhos e imaginação, que são
construídos diariamente entre os muros das escolas, e para isso precisamos
reinventar esse modelo antigo de ensinar, considerando que não aprendem

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apenas entre quatro paredes o ensino é muita mais que o quadro e o pincel, é o
aprender de diversas formas saindo da mesmice do uso do livro didático.

A imagem, da continuidade a história em quadrinho, mostrando a


criatividade existe para ser modificada e isso é significante, quando percebe-se
que é possível estimular o estudante criando e recriando com é a temática do
produto. Basta pensarmos nas diferentes maneiras de se trabalhar o lúdico, e
nos contos é mais simples, precisa apenas reformar o que existe.

As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para


o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico.
VERGUEIRO (2010, p. 21).

O uso da história em quadrinhos na sala de aula se constitui como uma


proposta didático-pedagógica que favorece o incentivo à leitura, transformando
o aluno em sujeito crítico.

A utilização das histórias em quadrinhos no ensino faz com que os alunos


tenham um bom rendimento nas escolas, possibilitando um melhor desempenho
no processo de ensino e aprendizagem. Segundo Barbosa (2004, p. 21), “há
várias décadas, as histórias em quadrinhos fazem parte do cotidiano de crianças
e jovens, sua leitura sendo muito popular entre eles. [...] As histórias em
quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas,
aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico”.

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2.4. Práxis e relatório de evidências

As histórias em quadrinhos, fazem partes da criação pedagógica e dizem


respeito a modificação das leituras de diversas formas, e são compostos por
criações existentes e imaginária, e também a uma gama de brincadeiras, ambos
estruturados, que direcionam o aprendizado estabelecendo objetivos a serem
alcançados. Isto é, essa ferramenta oportuniza o aprendizado de forma lúdica e
descontraída, mas carrega significativa seriedade implícita.
Dessa forma, os contos em formas de leituras em quadrinhos tornam-se
brincadeiras que podem se tornar instrumentos pedagógicos importantíssimos
para o desenvolvimento do jovem, adolescentes e crianças, tendo em vista que
eles permitem a interação social entre os participantes, fomenta a sensação de
prazer e curiosidade, que consequentemente resulta em uma aprendizagem
eficaz.
Assim essa estratégia permite e cria um espaço para que a criança possa
expor sua criticidade, criatividade e habilidade social. Nesse sentido, a
professora e coordenadora D'Andrea (s.d.) afirma que “o conto dá à criança a
possibilidade de imaginar, problematizar práticas culturais e de seu cotidiano,
podendo ser excelente recurso de participação, integração e comunicação entre
alunos.” Jean Piaget relaciona o recriar com a construção da inteligência.
As suas descobertas indicam que para aprender e desenvolver-se a
crianças e adolescentes necessita de certo grau de maturação biológica e de
esquemas de ação que, inicialmente, são bastante precários. Contudo, na
medida em que eles atuam sobre o seu interesse e interage com o meio social,
estes se aprimoram e se transformam, tornando-se cada vez mais elaborados e
complexos.
Então, para Piaget o desenvolvimento é a condição necessária para a
aprendizagem, isto é, a medida que a criança vai se desenvolvendo, a
capacidade de aprendizagem também evolui. Opostamente, Vygotsky
acreditava não ser suficiente ter apenas o desenvolvimento biológico para
aprender.
A aprendizagem acontece através da experiência a que esse indivíduo foi
exposto, dessa forma, deve-se focar no que a criança está aprendendo, o que
denominou de Zona de Desenvolvimento Proximal. Assim, com o intuito de

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trabalhar a alfabetização e letramento, para se construir uma leitura eficaz com
uma aprendizagem significativa e contextualizada, foi elaborado com
adolescentes a história em quadrinho, um voltado ao aprendizado da leitura de
contos, relacionado a ortografia, temas escolhidos com base nas dificuldades
observadas.
O conto de Clarice Lispector e Guimarães Rosa, teve por objetivo
estimular os estudantes a escrever, a leitura e a interpretar, onde fez um
diferencial, na vida de cada estudante, sobre tudo na leitura e escrita.
A turma, inventava e reinventava, cada história, e as ideias aumentavam
a cada aula, sendo comemorativo cada momento vivido, pois os estudantes
avivavam seus pensamentos e gostos pelo aprender.
Os estudantes gostaram bastante da atividade, mesmo aquelas que
estavam com muita dificuldade. A professora achou interessante a proposta, e
devido a boa aceitação, decidiu que ia continuar usando essa estratégia,
mudando os tipos de leituras e escritas dos textos, trabalhando outras temáticas.
Sob o olhar do educador, essa estratégia pode ser utilizada tanto em
relação à individualidade de cada aluno, como também da classe como um todo.
Para que seja uma experiência positiva, cabe ao adulto proporcionar um
ambiente adequado, seguro e criativo para que a criança, adolescentes e jovens
possa explorar e brincar e estudar com liberdade, oferecendo o que lhe faz bem,
basta remodelar o espaço físico de acordo com seus objetivos de aprendizagem
estabelecidos.
Como afirma Santos, ainda vai além dessa concepção e afirma.

Ele (professor) precisa ter uma sólida formação teórica, pedagógica e


pessoal, pois a preocupação, hoje, é desenvolver na criança as reais
condições de que sejam capazes de conhecer seus direitos e deveres
e reivindica-los e cumpri-los perante a sociedade. (SANTOS, 2012, p
68).

O público alvo, eram estudantes do 1º ano do ensino médio, todos


adolencente numa faixa etária de idade entre 15 e 16 anos, bastantes
estimulados, com vontade de aprender, onde desoertou o pensar em uma forma
de estimula-los mais, procurando envolver todos na busca do aprender fazer
fazendo, então, ao pensar na criação da história em quadrinhos, imediatamente

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muitas ideias sugiram, pois eles ficaram interessados e começaram a se reunir
e pensar como fariam suas falas.
Imediatamente, juntei-me a eles e começamos a montar o livro em forma
quadrinho, foram momentos de construção, vi que a prática pedagógica precisa
ser reinventada para não se perder de vista o que está proposto nos livros
didáticos e na proposta de ensino, é mais que necessário pensar em envolver a
turma no que se pretende ensinar.
A aplicação do produto aconteu no período de 17 a 18 de outubro, onde
foi uma semna grandiosa de aprendizagem, todos participavam com vontade de
contribuir, e assim, seus conhecimentos foram construídos.
A escola precisa de professores que incentive os estudantes a querer
aprender, basta só procurar o jeito certo.

A foto onde fica a mesa do professor, tem uma banei com a imagem do
grandioso Paulo Freire, a escola busca seguir algumas caracteriscas do ensino
freiriano, pois, também tem o ensino de jovens e adultos. Isso siginica que a
escola segue o caminho da construção do conhecimento, considerando o que
cada um traz é válido e precisa apenas aprimorar.

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A escola tem características de uma escola inovadora, pois, trabalha com
ferramentas pedagógicas atualizadas, como retoprojetor, oficinas para debates,
cadeiras em circulos, quadro de vidro entre outras formas que estão presentes
na esocla. Os registros foram feitos em dias normais de aula enquanto a
professora conduzia sua aula.

A imagem, mostras o quão as escolas brasileiras estão em crecimento e o


ensino prepara para os futuros graduandos e para entrarem em curos técnicos
profissionalizantes, pois, se consolidam sonhos a cada dia na escola, a escola
matém a janela aberta por ocnta do calor, pois, só os ventiladpres não são
suficientes para ventilar.
Conclui-se que, a escola que almejamos está em futuros próximos, bem
perto da escola que temos. Por tanto, precisamos pensar em escola que
incentive, e que saim da mesmice, sem permitir que os estudantes pensem e
evoluam nos conhecimentos.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vivenciando essa oportunidade de estágio pude visualizar na prática


diversos conceitos e dificuldades que foram apresentados durante todo o curso.
Afinal, esse é o objetivo essencial do estágio obrigatório, proporcionar aos
estudantes a realidade que os espera nos próximos anos.

Devido as dificuldades e situações social, os adolescentes eram muitos


desatentos, tanto relacionado as aprendizagens quanto ao emocional. Com
dificuldades na aprendizagem, o ensino ainda trás consequência da pandemia,
então as atividades não eram realizadas em casa, mas muitos adolescentes não
tinham o apoio necessário para desenvolvê-las, e isso causa uma defasagem.

Além disso, a falta de estrutura emocional era notória, alguns muitos


agitados, precisavam recorrentemente de apoio afirmativo para desempenhar as
atividades, pois estavam sentindo-se incapazes de aprender aquele conteúdo,
tendo em vista a dificuldade que tiveram para realiza-las.

Frente a isso, destaco como ponto positivo a sensibilidade que os


educadores tinham para lidar com a situação. A medida em que iam surgindo,
os professores resolviam as situações, sempre com empatia, respeitando o
aluno, enxergando-o como um ser humano completo.

Finalizo reafirmando a importância do educador na vida de seus alunos,


pois ele direciona os conhecimentos, propicia experiências e aprendizagens,
dessa forma tem o dever de analisar e reavaliar constantemente sua pratica
pedagógica, buscando sempre alternativas para lidar com os desafios
educativos que aparecem ao decorrer do tempo. Além disso, respeitar as
emoções dos estudantes, respeitando-os como seres completos criando um
vínculo, o que melhora a relação professor-aluno e consequentemente a
aprendizagem também.

O estágio, é a preparação para o professor ver a realidade e suas


dificuldades, e assim, poder colocar em práticas o que foi visto na teoria, os
estudantes são o reflexo de uma sociedade carente de atenção e conhecimento,
frutos de um povo que luta constantemente por direitos e equidade.

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REFERÊNCIAS

BARBOSA, A. de S.; MENDES, A. M. Capital, trabalho e formação da classe na


indústria do calçado. Políticas Públicas e Sociedade, Fortaleza, v.5, p.63-71,
2004.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Senado Federal


Secretaria Especial De Editoração E Publicações Subsecretaria De Edições
Técnicas. Brasília. 2005. Disponível em:
<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf>. Acessado
em: setembro. 2023.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança: Um reencontro com a pedagogia do


oprimido. Paz e Terra, 1992.

GUIMARÃES, RB. Referências. In: Saúde: fundamentos de Geografia


humana [online]. São Paulo: Editora UNESP, 2015.

LISPECTOR, Clarice. Laços de família. 17. Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1983.

SANTOS, Marivaldina Bulcão dos. Biblioteca Universitária: acesso à


informação e conhecimento. In. SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS- SNBU, 17. 2012, Gramados. Anais... Gramados: UFRG,
2012. Disponível
em:<https://portal.febab.org.br/anais/article/viewFile/1550/1551>. Acesso em:
13 de setembro de 2023.

VERGUEIRO, Waldomiro de Castro Santos. Desenvolvimento de coleções. São


Paulo: Pollis: APB, 2010.

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