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Centro de Educação

Departamento de Metodologia do Ensino


Curso de Letras
Estágio Supervisionado – Português/Literatura

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO


Ensino Fundamental

Lucas Sauzem Cruz

Santa Maria, 05 de novembro de 2018.


Dados de identificação
a) do acadêmico

Nome do(a) estagiário(a): Lucas Sauzem Cruz


Endereço: Rua Maria Quitéria, 687 – Passo D’areia
Telefone: (55) 99705-2030
Endereço eletrônico: lucassauzem@hotmail.com
Disciplina: ( X ) MEN 1065 Ensino Fundamental
Professores:
Joceli Cargnelutti
Vaima Regina Alves Motta

b) da escola-campo de estágio

Nome: Escola Estadual de Ensino Médio Profª Naura Teixeira


Endereço: Rua João Franciscatto, 15 – São José
Telefone: (55) 3226-5733

c) da Turma de estágio

Ano: 8º
Turma: 81
Turno: Manhã
Professor Regente: Elusa Fogliatto Beltrame
SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................ 04


2 AVALIAÇÃO SOBRE A REGÊNCIA ........................................................... 06
2.1 Reflexões sobre o projeto inicial e a proposta dinamizada ............. 06
2.2 Reflexões sobre o trabalho com linguagem ..................................... 07
2.3 Planejamento e gerenciamento de turma .............................................. 08
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 10
5 ANEXOS ....................................................................................................... 11
ANEXO I: CRONOGRAMA
ANEXO II: SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS (completas: com reflexão pós-ação
/ tabelas de avaliação)
ANEXO III: ATESTADO COMPROBATÓRIO
ANEXO IV: AVALIAÇÃO DA ESCOLA
ANEXO V: AUTOAVALIAÇÃO
ANEXO VI: OUTROS

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Este relatório tem como objetivo reunir as informações referentes ao


período de regência na Escola Estadual de Ensino Fundamental Profª Naura
Teixeira, realizada com a turma de oitavo ano 81, sob a orientação da professora
regente Elusa Beltrame, na disciplina de língua portuguesa
Também será apresentado as reflexões, conclusões e atividades
realizadas durante o período, organizando-se como um estudo sobre o trabalho
docente e suas possibilidades na disciplina de língua portuguesa
A escola onde foi realizado o estágio como componente curricular, E. E. E.
F. Profª Naura Teixeira, mostrou-se sempre receptiva e aberta para receber
estagiários, além de orientá-los e dar suporte durante a regência. Seu público é
composto majoritariamente das crianças e jovens do bairro São José,
caracterizando-se como uma escola familiar, em que há um ativo diálogo entre
escola, alunos e pais.
Ela funciona nos dois turnos diurnos, atendendo os anos iniciais (até 4ª
série) no turno da tarde e os anos finais do ensino fundamental e ensino médio,
no turno da manhã. E oferece para seus alunos uma estrutura de qualidade, com
salas de aulas organizadas com livros, tv e ar-condicionado, além de salas de
informática, ciências, refeitório, biblioteca, sala dos professores, secretaria,
direção, pátio externo, quadro de jogos e pracinha.
A administração da escola também se mostrou bastante rígida dado ao
contexto dos alunos, em que se presencia atividades ilícitas, como consumo de
drogas e violência. Desta forma, a escola tenta impedir que essas atividades
ocorram dentro da escola, e diariamente reúnem os alunos para conscientizarem
sobre maus comportamentos, além de inúmeras regras para manter o controle e o
bom convívio no contexto escolar.
Quanto a turma, foi uma surpresa bastante agradável. São 30 alunos
matriculados com uma frequência regular, salvo dias chuvosos que impossibilita a
locomoção de vários alunos. Esses são na sua maioria bastante respeitosos e
simpáticos, interagindo livremente com o professor. Também se mostraram
bastante receptivos, o que se justifica pela animação de receberam um professor

4
estagiário.
Entre as maiores dificuldades era criar atividades que contemplassem toda
a hora, pois sempre havia uns ou outros que se negavam a participar das aulas, o
que acarretava ou em conversas paralelas ou alunos apáticos. Entretanto,
acredita-se que no final vários desses compraram a ideia do professor e
finalizaram o período de regência satisfatoriamente.
Por fim, encontrar-se-á neste relatório todas as conclusões e atividades
realizadas no período de regência, iniciando com uma avaliação sobre o estágio,
seguindo para reflexões sobre o trabalho com a linguagem, conclusões sobre o
planejamento prévio, considerações finais, biografia e anexos.

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2 AVALIAÇÃO GERAL SOBRE A REGÊNCIA
2.1 Reflexões sobre a relação entre o projeto inicial e a proposta
dinamizada:

As atividades de regência dialogaram satisfatoriamente com o projeto


inicial elaborado com a turma, e as diferenças entre eles não caracterizam-se por
negligencia durante o estágio, mas sim adequações e transformações que
dialogassem melhor com a turma, e respondessem positivamente ao que foi
presenciado durante a regência, uma turma bastante diferente da encontrada no
período de observação.
Quanto ao tema proposto no projeto inicial, cidadania, foi onde melhor se
preservou o planejamento, embora a sua aplicação tenha ocorrido nas mais
diferentes formas, desde de discussões não planejadas, à trabalhos que
retomassem a temática em textos e vídeos.
A turma inicialmente pareceu confusa quanto à proposta, o que justifica a
tomada de decisão de “desnomear” o tema, partindo de atividades que
circulassem sobre essa temática, mas não a referendando como cidadania. Um
exemplo foi a discussão sobre o filme, que partiu de questões relacionadas à
solidariedade, alteridade, caridade e empatia, que são pontos presentes no tema,
mas em momento algum se nomeia a discussão como uma atividade para pensar
a cidadania.
O produto final não foi realizado como planejado, uma vez que os alunos
não participaram da confecção da capa e não trouxeram as fotografias solicitadas.
Por esse motivo, as biografias foram reunidas em um poligrafo, o que modifica
apenas a natureza do material, mas conserva o produto interno.
Quanto aos textos biográficos, as produções ocorreram melhor que o
esperado, superando as expectativas de tempo e aperfeiçoamento. Ao final,
apenas dois alunos não realizaram a atividade, ficando produção textual para
incluir ao poligrafo.
O objetivo do período de regência, que circulava na proposta: biografia:
marcas da cidadania pela memória, foi devidamente realizado com a turma.
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Pensando na importância e relevância de discutir com os alunos questões
essenciais ao seus contextos, como valores morais, todas as atividades
circulavam dentro dessas questões, criando um valor real de educação para além
dos conteúdos programáticos.

2.2 Reflexões sobre o trabalho com linguagem:

O trabalho com a linguagem na turma 81 foi bastante priorizado, abarcando


atividades de leitura, interpretação e produção textual, inclusive na aplicação dos
conteúdos programáticos (complemento nominal).
Durante a regência, foram realizadas 4 produções textuais, mais alguns
refacções. E essas produções partiram de propostas vinculadas muito mais ao
formato do texto que a uma temática, exigindo do aluno criatividade para a sua
realização.
Para tanto, foram realizadas constantes atividades de análise conjunta
para especificar as diferentes organizações textuais. Entretanto, na última
produção textual, referente ao produto final, foi festa previamente uma exposição
da estrutura do gênero proposto, para então ser analisada em um texto já
formalizado.
A primeira produção textual foi diagnóstica, que deveria ser realizada com
conceitos temáticos debatidos em sala de aula, mas em um gênero narrativo e
descritivo livre. Ela foi realizada em sala de aula e individualmente. Felizmente os
alunos realizaram com bastante cuidado, e refizeram o texto apenas atentando às
sugestões do professor para o próprio desenvolvimento do mesmo. Ao fim, não
houve avaliação.
Quanto aos demais textos, a avaliação ocorria pelo progresso textual
durante as refacções, formulada de acordo com as necessidades de cada um. Ou
seja, se um aluno conseguia em uma única refacção atingir bons resultados, não
havia porque insistir em outras, sua nota era integral. Quantos aos critérios de
correção, todos os alunos os recebiam previamente.
Embora o trabalho não tinha como finalidade a literatura, o seu uso foi
recorrente durante as atividades. Em algumas propostas foi utilizado um texto
literário como ilustração de alguma análise ou interpretação, além de poemas em

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algumas provocações e criação do título do produto final.
Os tópicos gramaticais trabalhados no período de regência foram os
termos integrantes da oração, especialmente as vozes verbais. Entretanto, para
que este conteúdo fosse fixado com qualidade, optou-se para retomar os
conteúdos anteriores, como forma de revisão ou retomada durante outras
atividades.
Foi importante sempre abordar conceitos de sujeitos e predicativos, mesmo
que isso “atrasasse” o próximo conteúdo, pois buscou-se o entendimento
completo da turma sobre o assunto, ou haveria uma vagueza nas próximas
explicações.
Embora o conteúdo não estivesse ligado a nenhum gênero textual, várias
foram as abordagens dentro de textos trabalhados em sala de aula, mesmo em
propostas de trabalhos diferentes, como organização estrutural de biografias.
Dessa forma a turma sempre estava em contanto com tópicos gramaticais, além
da percepção de que eles estão presentes em todos os contextos.
Quanto às avaliações, a maioria das atividades de produção não
receberam qualificações específicas se não pela simples facção. Quanto ao
produto final, onde ocorreu mais retomadas aos textos, foi realizada uma
avaliação progressiva dos alunos, priorizando a evolução na construção textual.
Entretanto, na prova, os alunos tinham entendimento do peso nas questões
a serem realizadas, além de ser exigido apenas 15 das 20 questões propostas.
Assim, os alunos tinham autonomia para escolherem as que mais lhes
contemplassem. Após a prova, foi realizada a refacção dela com o peso de duas
questões da prova, a ser acrescida ao conceito final.
Por fim, percebe-se que a maior dificuldade da turma está em relacionar os
conceitos estudados com as atividades propostas, mesmo que essas sejam
retificadas durante a própria produção da atividade. Assim, uma outra abordagem
deveria ser pensando, com temas mais próximos ao contexto dos alunos e
atividades intuitivas ou lúdicas, como jogos.

2.3 Planejamento e gerenciamento de turma:

Trabalhar com a turma 81 foi bastante desafiador, pois gerenciar uma

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turma com 30 alunos e conseguir conquista-los não só afetivamente, mas nas
atividades propostas, para que as realizem com prazer e responsabilidade,
exige do docente uma organização do trabalho e um esforço mental/físico para
dar continuidade às aulas.
Por isso o planejamento prévio é bastante necessário, pois desta forma é
possível organizar a rotina docente e prever dificuldades durante suas
aplicações. Entretanto, nem sempre o planejamento funciona como esperado, e
é preciso então ter certo jogo de cintura para comandar a turma.
De qualquer forma, muitas aulas são finalizadas com um sentimento de
insatisfação, por muitas vezes incorrigível. Essa comoção deve sempre ser
entendida como aprendizagem, e não deixar que afete o progresso da regência,
pois todo o trabalho, não apenas de professor, terá seus dias ruins e
improdutivos, e nem por isso acabam por significar o trabalho como um todo.
Quanto a seleção dos conteúdos e seu planejamento, é sempre muito
ilusório no início imaginar atividades incríveis para a turma, principalmente
quando não temos nenhum costume de trabalhar com uma turma grande e
jovem, como é meu caso. Por isso, na sequência das aulas as elaborações
foram mais significativas para a turma, e os trabalhos foram pensados para
serem executados com calma e paciência, priorizando a qualidade à
quantidade.
Por fim, o maior ganho é o compartilhamento de experiências entre o
professor e os alunos, além do afeto recebido pela turma pela sua forma de ser
e agir dentro da sala de aula. E essa aproximação foi essencial para que meu
período de regência finalizasse com sucesso, pois a liberdade que os alunos
tinham em minhas aulas para exporem suas opiniões, anseios e dúvidas foi
excepcionalmente superior ao registrado no período de observação.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este relatório é resultado de um período de extrema reflexão sobre a


prática pedagógica e o lugar do professor na sociedade. Tanto o convívio
docente com a turma 81, quanto o envolvimento com uma comunidade escolar
entusiasmada em transformar o contexto educacional atual, e as discussões
levantadas durante a disciplina de Estágio Fundamental I juto às orientações da
professora Joceli possibilitaram os resultados aqui apresentados.

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5 ANEXOS
Anexo I: Cronograma

SEQUÊNCIA AULA ATIVIDADE

01 (07/08) (25min) Apresentação do projeto de estágio e


leitura das biografias de autores de livros;

Nº 01 02 (08/08) (40min) Atividade de vídeo, com discussão e


apresentação da temática cidadania;
Gênero Biografia
(Introdução). 03 (08/08) (40min) Trabalho de produção textual sobre
cidadania, relacionado aos vídeos assistidos;

04 (14/08) (25min) Reescrita da


produção textual;

05 (15/08) (40min) Trabalho com relato biográfico real sobre


John Lennon e exercícios de interpretação e
Nº 02 análise linguística;
06 (15/08) (40min) Trabalho com relato biográfico real sobre
Relato biográfico John Lennon e exercícios de interpretação e
real e ficcional. análise linguística;
07 (17/08) (40min) Produção Textual de relato biográfico
ficcional – criatividade e criação a partir do jogo de
“situação aleatória”;
08 (21/08) (25min) Revisão dos Termos Integrantes da
Nº 03 Oração: Complemento Verbal;

Revisão sobre 09 (22/08) (45min) Revisão sobre Termos Integrantes da


termos integrantes Oração: complemento verbal; exercícios sobre
da oração: complemento Verbal e Nominal;
complemento
10 (22/08) (45min) Exercícios sobre complemento verbal e
nominal e verbal;
nominal, e correção oral;
introdução agente
da passiva.
11 (24/08) (45min) Agente da Passiva e exercícios;

11
12 (24/08) (25min) Leitura e análise de uma autobiografia;

Nº 04 13 (28/08) (45min) Trabalho com um texto autobiográfico


com exercícios de análise organizacional e
Autobiografia; linguística;
14 (29/08) (45min) Produção de uma autobiografia;

15 (29/08) (45min) Reescrita do texto autobiográfico e


solicitação para o resumo da prova (05/09)

SEQUÊNCIA AULA ATIVIDADE

16 (04/09) (25min) Revisão para a prova;

Nº 05
17 (05/09) (45min) Prova do conteúdo: agente da Passiva;
Prova: agente da entrega do resumo;
passiva.
18 (05/09) (45min) Refacção da prova para os alunos
que tiraram CPA ou CRA;

19 (11/09) (25min) Apresentação do trabalho Final para a


turma;

Nº 06 20 (12/09) (45min) Leitura e discussão sobre um texto


biográfico (modelo do trabalho final);
Apresentação
Trabalho Final e 21 (12/09) (45min) Leitura e exercícios sobre análise
biografia modelo. organizacional de um texto biográfico (modelo do
trabalho final)
22 - 23 (45+45min) Filme “Um Santo Vizinho” –
(14/09) Contextualização do trabalho Final;

24 (25/09) (25min) Discussão sobre o Filme “Um Santo


Vizinho”; primeira entrega da biografia final;

Nº 07 25 (26/09) (45min) Primeira reescrita da biografia final e


orientação do professor;
Trabalho Final

12
(Reescrita) 26 (26/09) (45min) Segunda reescrita da biografia final e
orientação do professor;

27 (28/09) (25min) Última reescrita da biografia final e


compilação do material para a confecção do
trabalho final;
28 (03/10) (45min) Termos acessórios da oração: adjunto
adnominal e adjunto adverbial;
Nº 08

29 (03/10) (45min) Exercícios sobre termos acessórios da


Termos acessórios oração: adjunto adnominal e adjunto adverbial;
da oração: adjunto
adnominal e 30 (05/10) (45min) Exercícios sobre termos acessórios da
adjunto adverbial. oração: adjunto adnominal e adjunto adverbial; e
correção.

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Anexo II: Sequências Didáticas

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 1 – 07/08 até 14/08

1. Tópico: Gênero Biografia (Apresentação)


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O
OBJETIVO DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE
APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de
conhecimentos;
• refletir sobre os conteúdos apresentados em aula e suas temáticas;
• respeitar o movimento de escrita silenciosa em sala de aula;
• valorizar a opinião dos colegas e suas interpretações acerca dos
vídeos apresentados.
b) Factuais / Conceituais:
• reconhecer os sentidos e objetivos a estruturação do texto a ser
trabalhado;
• descobrir e entender o funcionamento do texto/vídeos trabalhados em
aula;
• entender questões temáticas envolvendo os vídeos;
• perceber a organização de um texto narrativo/descritivo;
• reconhecer reescrita como um aprimoramento das insuficiências.
c) Procedimentais:
• registrar no caderno informações que acharem relevantes durante as
discussões;
• verbalizar suas impressões de leituras e opinar quanto a dos colegas;
• produzir textos e aperfeiçoá-los resolvendo as insuficiências;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

• ler silenciosamente sem desconcentrar o resto da turma.

3. Conteúdos: Apresentação do projeto de estágio; motivação com vídeos

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sobre “relatos de vidas”; produção de texto narrativa-descritivo.

4. Justificativa: Como primeiro contato com os alunos sob regência, é


imprescindível esclarecer e apresentar as atividades que serão realizadas
durante o período de estágio. A partir desse contato, um momento de
motivação, com vídeos sobre relatos de vida, faz-se apropriado para iniciar
as discussões em torno dos conteúdos que permeiam um gênero biográfico
e a temática da cidadania, pois facilitam a compreensão dos alunos uma que
vez não serão tratadas questões formais diretamente. Por fim, um trabalho
de produção de texto narrativo-descritivo como diagnóstico para perceber o
ritmo da turma quanto a realização de atividades dessa natureza, encontrar
as dificuldades mais salientes para serem abordadas futuramente,
reconhecer as potencialidades da turma e a forma com que eles conseguem
organizar suas ideias dentro de um texto.

5. Tempo estimado: 1 período 30’, 3 períodos de 45’


6. Recursos: MUC, aparelho de vídeo e xerox.

7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
8. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 30’
Apresentação do projeto de estágio, e leitura das biografias de autores de
livros.
A conversa com os alunos pretende-se breve. Apenas explicando o
período de regência e debatendo alguns pontos:
- Extensão da regência;
- Tipos de atividades a serem realizadas;
- Avaliação;
- Conteúdo programático;
- Uso do livro didático;
- Produção textual;
- Trabalhos em casa;
- Sugestões da turma.

Distribuição de livros literários da biblioteca e leitura do fragmento


(biografia), na orelha da contracapa do livro.

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Esse momento servirá como instigação, pois procura-se que o aluno
defina o fragmento. Em discussão oral, questionar:
- O que são esses pequenos fragmentos?
(pequenos resumos sobre o autor; biografia do autor; vida do autor;
- Para que servem?
(Contextualizar a obra; apresentar o autor; localizar a produção da
obra)
(Oferecer que algum aluno leia seu fragmento)
- Que gênero vocês acreditam que é esse?
(resumo; biografia; relato de vida)
- Como esse gênero funciona?
(descrição; contar uma história; resumir o autor; dizer quem escreveu)
- Em que outras mídias/formas nós podemos encontrar esse gênero?
(como vídeos descrição; de forma narrativa; de forma detalhada; de
forma resumida; de forma ampliada)
- Onde podemos encontrar esse tipo de gênero?
(Blogs; revistas; jornais; livros didáticos; livros literários; redes sociais)

Observação SD: Orientar que os alunos anotem no caderno


informações que acharem relevantes durante a discussão.
2ª Aula 45’
Atividade de vídeo, com discussão e apresentação temática.

Esta aula funciona a partir da reprodução de três vídeos breves que


trazem relatos biográficos com pessoas entrevistadas. São eles: Entrevista
de Isadora - BRASIL - #HUMAN; Entrevista de Sidnea - BRASIL - #HUMAN;
e Entrevista com Maria - BRASIL - #HUMAN.

O interessante aqui é instigar os alunos primeiramente sobre a


temática dos vídeos, chamando a atenção para as questões sociais
(meritocracia; solidariedade; igualdade de gênero; educação; desigualdade
econômica; lixo na sociedade; entre outros) A fluência da discussão pode
possibilitar várias intervenções sobre valores sociais e morais.

Etapas:

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- Questionar os alunos após cada vídeo, sobre o que se trata,
orientando-os a registrarem no caderno informações que acharem
relevantes;

Possível resposta: Os vídeos trazem três personalidades diferentes


relatando algumas partes de suas vidas e trajetórias. E é possível perceber
traços semelhantes no que tange uma transformação de paradigmas sociais.

- Pedir que os alunos identifiquem e explicitem os traços semelhantes


entre os três vídeos;

Possível traços: Questões sócias de gênero, situação social e


educação/trabalho. São brasileiras de vidas humildes. São emocionantes.
Falam de imponderação.

- Questionar os alunos sobre o que eles entendem por “cidadania”.

Tópicos para subsidiar a discussão: Quais valores morais


encontramos nos vídeos? Qual a moral das histórias? Quais as dificuldades
encontradas? Quais os posicionamentos ideológicos são visíveis? Como
isso transformou a sociedade?

- Pedir que eles escrevem um pequeno fragmento relacionando o que


entendem por cidadania com os relatos apresentados nos vídeos, podendo
ser somente em um, ou mais de um.

Comando:

Relacione um, ou mais dos vídeos e considere o que você entende


por cidadania para escrever um texto dizendo como essa(s) pessoa(s)
contribuíram para a sociedade.

Observação para aluno: Este texto será entregue ao professor para


ser trabalhado em uma aula no futuro.

Observação para SD: Esta tarefa de produção textual será entregue


ao professor e recuperado numa sequência didática futura para comparar o
conhecimento sobre cidadania após discussões.
3ª Aula 45’
Produção textual.

Provocação:

Para o início da aula é necessário questionar os alunos sobre o que


se tratavam os três últimos vídeos trabalhados na aula anterior, recuperando
as informações discutidas quanto às temáticas e a ideia de cidadania.

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Produção textual diagnóstica:

Na segunda etapa da aula será pedido que o aluno escolha um dos


três vídeos e construa uma narrativa descrevendo a história de vida de uma
personalidade, utilizando as informações da entrevista escolhida. Esta
atividade será entregue ao final com as observações na próxima aula para a
refacção.

Comando:

Escolha um dos três vídeos e crie uma narrativa contando a história


de vida de uma personalidade, utilizando as informações que foram
apresentadas nas entrevistas.

Observação para SD: Essa produção textual servirá como texto


diagnóstico, procurando perceber o nível linguístico, discursivo e gramatical
dos alunos. As observações e intervenções a serem realizadas focarão a
coesão e coerência com a proposta e organização textual.

4ª Aula 45’
Breve discussão oral e refacção do texto.

Esta etapa iniciará com uma breve discussão oral para relembrar
alguns assuntos comentados nas etapas anteriores. Ao final, os alunos irão
refazer o texto atentando para as observações do professor. Essas
observações devem se preocupar principalmente com a coesão textual e a
coerência da atividade, além da clareza do discurso. Questões formais ou
gramaticais não são abordagens imediatas nesa fase.

Questões norteadoras para discussão oral:

Para você, por que é importante escrever uma biografia?

Vocês já escreveram alguma biografia antes?

Vocês já leram alguma biografia antes?

Quais os pontos importantes para serem destacados em um texto


biográfico?

Refacção do texto entregue na última aula, para ser entregue


novamente.

Comando:

18
A partir das observações do professor, reescreva seu texto
atentando para as fragilidades destacadas por ele.

9. Referências: https://www.youtube.com/watch?v=pDh4x1W45bo
; https://www.youtube.com/watch?v=Fb_Z-Ty1Eh4 ;
https://www.youtube.com/watch?v=Lp4YcKygK2s .

10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e


escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
10. Consideração Extra:

A última etapa da segunda aula, quando os alunos conceituariam


“cidadania”, não foi realizada devido o esgotamento do tempo. Foi decidido
não retomar a atividade na sequência da SD, pois sua falta não acarretaria
problemas.
Durante a confecção da primeira atividade de produção textual,
alguns alunos não realizaram o comando; entretanto, o realizaram na
segunda aula, que era destinada para a reescrita do texto. Essa adversidade
não ficou prejudicada porque os alunos haviam participado da dinâmica dos
vídeos e por isso tinham subsídios para produzirem o texto, e porque esta
produção era diagnóstica, não necessitando realmente uma reescrita.
11. Avaliação pós-ação:

a) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


b) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
c) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

O início da experiência como regente de uma turma é bastante


desafiador, e o planejamento organizado é extrapolado pelas surpresas que
surgem no decorrer das aulas, algumas positivas, outras nem tanto. A ideia
da primeira sequência didática era introduzir os alunos tanto no gênero que
será trabalhado mais adiante, biografia, quanto à temática escolhida,

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cidadania; além disso, dialogar com os alunos sobre as expectativas e
demandas que o período de estágio proporcionará, como também sugestões
para organizar atividades que lhes agradem, divertem ou estimulem.
Sendo minha turma de oitavo ano bastante comunicativa, tanto a
conversa sobre o período de regência quanto as discussões levantadas em
sala de aula foram extremamente satisfatórias, sem precisar guiar as
reflexões com questões orientadoras previamente preparadas, pois a turma
sozinha direcionou a conversa. Entretanto, essa abertura para discussões
vem acompanhada de bastante agitação pela turma, exigindo de mim um
controle rigoroso para manter os alunos focados no assunto ou atentos à
aula.
Na sequência, durante a produção textual, foi perceptível a dificuldade
dos alunos em manterem-se concentrados para a atividade, o que não foi
nenhuma surpresa, já que esse detalhe era previsível em uma turma de 30
alunos e constado durante o período de observação. A problemática nessa
etapa está em alguns alunos que não se interessaram pela atividade e se
recusaram a participar, não significando incapacidade intelectual ou que são
problemáticos em sala de aula; ao contrário, são
alunos bastante introspectivos na turma. Felizmente, na aula seguinte,
conversando particularmente com eles, os convenci a produzirem algum
texto a fim de registro avaliativo e principalmente diagnóstico.
A melhor surpresa, por fim, foram os textos produzidos pela turma.
Compreendi que diferente do que constatei no semestre anterior, os alunos
possuem uma qualidade de escrita muita boa, apresentando problemas
pequenos de ortografia ou sintaxe para serem corrigidos, com poucos casos
de textos que precisam uma atenção maior. Não obstante, o mais feliz foram
as abordagens que eles criaram nas narrativas, mostrando uma
sensibilidade e um senso crítico bastante pertinente, devendo ser
potencializado no futuro.
Assim, sendo esta uma turma bastante solidária, respeitosa e
participativa, as discussões e os trabalhos textuais serviram adequadamente
para possibilitar que os alunos externassem suas melhores qualidades.

20
Entretanto, uma das dificuldades encontradas durante a realização dos
trabalhos foi o de interpretação, que acredito ser o maior desafio para a
turma durante 81.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 2 – 15/08 até 17/08

1. Tópico: Relato Biográfico Real e Ficcional


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O OBJETIVO
DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de conhecimentos;
• refletir sobre os conteúdos apresentados em aula e suas temáticas;
• respeitar o movimento de escrita silenciosa em sala de aula;
• valorizar a opinião dos colegas e suas interpretações acerca dos
textos trabalhados.
b) Factuais / Conceituais:
• descobrir as diferenças entre o relato ficcional e o real;
• entender as temáticas dos textos trabalhados em aula;
• compreender os índices linguísticos dos textos para a interpretação;
• perceber a organização de um texto narrativo/descritivo;
c) Procedimentais:
• registrar no caderno as atividades propostas pelo professor;
• verbalizar suas impressões de leituras e opinar quanto a dos colegas;
• produzir texto expressando sua criatividade;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

• ler silenciosamente sem desconcentrar o resto da turma.

3. Conteúdos: Trabalho com relato biográfico real; atividades de


interpretação; atividades de análise linguística; produção de texto narrativa-
descritivo.

4. Justificativa: O texto biográfico pode ter várias formas, sendo uma delas
o formato de relato, e esse pode ser real ou ficcional. A importância deste
conhecimento é possibilitar o aluno a trabalhar com a linguagem em
diferentes esferas; e uma vez que o relato permite um desenvolvimento
menos restrito em sua composição, faz-se positivo iniciar o trabalho com o
gênero biográfico por subgêneros mais maleáveis, além de possibilitar a
criatividade temática do aluno a partir de situações reais ou não.

5. Tempo estimado: 3 períodos de 45’


6. Recursos: MUC e xerox.

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7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.

12. Desenvolvimento* Tempo


1ª e 2ª Aula 2x 45’
Leitura de duas biografias com análise linguística e interpretação
textual.

Para essa atividade é interessante permitir que os alunos trabalhem


em duplas, possibilitando o compartilhamento de ideias e interpretações
acerca dos textos.

Etapa 1 (Provocação) 5min:


Para a provocação, é interessante questionar os alunos sobre as duas
fazes extremas da vida, a infância e a morte, já que esses momentos serão
vistos nos textos.

Questões norteadoras:
Você tem alguma memória favorita da infância?
Que lição foi passada para você, que você gostaria que fosse passada
para os seus filhos?
Que experiência de infância te impactou positivamente ou
negativamente?
O que acontece com o corpo após a morte?
Por que falamos pouco sobre a morte?
Por que muita gente tem medo de morrer?

Etapa 2 (Leitura do texto) 30min:


Distribuição dos textos para as duplas, indicando que realizem a leitura
silenciosa de cada um deles. Para iniciar as atividades, questione os alunos

22
sobre as temáticas presentes, a fim de promover um espaço coletivo para
refletir sobre a leitura.

Texto 1:
Tiros no Dakota
Um, dois, três... cinco tiros na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova York.
Estilhaços de vidro.
Um homem — casaco de couro, óculos e um punhado de fitas cassete debaixo do
braço — esboça, cambaleante, seus últimos passos em direção ao Edifício Dakota. Por fim,
cai, não longe da arcada externa do edifício, diante do porteiro do prédio, Jay Hastings.
— Fui baleado! — consegue balbuciar. Contorce-se, tosse, vomita sangue, pedaços
de tecido.
Interrompendo a leitura de um livro, no elegante pequeno hall de mogno do Dakota,
Jay Hastings, estarrecido, aciona o alarme para chamar a polícia e corre para junto do corpo
agonizante.
Tira-lhe os óculos, que parecem fazer pressão sobre seu rosto, despe-se de seu
paletó azul e o cobre. O sangue jorra em abundancia do peito — por isso, tira a gravata para
fazer um torniquete, mas não há como fazer torniquete algum.
Retorna ao seu posto, apanha o telefone, disca 911 para pedir uma ambulância, um
médico, ajuda.
De volta, ajoelha-se: olha com ternura para aquele homem cujas canções
embalaram sua juventude, negando-se mentalmente a inserir aquela cena na sua extensa
coleção de lembranças:
— Tudo bem; você vai ficar bom — implora.
23 de outubro de 1980, Havaí: um jovem alto e de compleição forte, 25 anos, pede
afastamento do condomínio de alto luxo em Honolulu, onde trabalha como segurança. Ele
assina a demissão com um nome falso e, quando lhe perguntam se quer outro emprego,
simplesmente responde:
— Não, já tenho um trabalho para fazer.
Quatro dias depois, graças à sua antiga ocupação, adquire sem muita dificuldade um
revólver calibre 38 numa casa de armas localizada a um quarteirão da chefatura de polícia
da capital havaiana, e segue para Nova Iorque.
Na frente do Dakota, enquanto espera pelo seu ídolo no pátio reservado aos fãs dos
moradores do prédio, as horas se arrastam, naquela segunda-feira.
Finalmente, quando ele passa, a caminho do estúdio Hit Factory, onde estava sendo
aguardado pelo produtor Jack Douglas para mixar a música Walking on Thin Ice, com
guitarras e teclados bem ao estilo disco music, estende-lhe o disco Double Fantasy e pede
um autógrafo.
Agradece, mas não vai embora: são quase 17h — a noite será longa.
Para se distrair, leva debaixo do braço um livro empolgante — O apanhador no
campo de centeio, de J. D. Salinger, no qual se identificou cegamente com o personagem
principal, um adolescente revoltado que odeia falsidade. Se preciso, farão companhia um ao
outro, madrugada adentro.
Mas eis que a limusine que o levara volta em pouco tempo. Para na frente do
Dakota; a porta se abre.
Acompanhado da mulher, o homem de óculos e blusão de couro não demorou muito:
passava das 22 horas quando se despediu da equipe do estúdio, prometendo voltar na
manhã seguinte. Dispensou até mesmo o jantar marcado no restaurante Stage Deli e decidiu
voltar para casa: queria ver o filho, Sean, antes que ele dormisse.
O homem desce do carro; o jovem o interpela pelo nome:

23
— Mister...?
A miopia os aproxima na escuridão.
Então, o desconhecido saca a arma do casaco, agacha-se na posição de tiro e
dispara, quase a queima-roupa.
Um, dois, três... cinco tiros na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova York.
Gritos desesperados, uma sirene, uma radiopatrulha rasgando a cidade a caminho
do St. Luke's Roosevelt Hospital.
No pátio reservado aos fãs dos moradores do Dakota, Mark David Chapman,
cidadão norte-americano, aguarda calmamente a polícia: quando Steve Spiro, primeiro
policial a chegar ao local do crime, apareceu, Mark deixou cair o revólver, não ofereceu
resistência, entregou-se.
— Você sabe o que fez? — pergunta-lhe um dos porteiros do Dakota.
— Eu matei John Lennon.

Texto 2:
Pobre menino Winnie
A espessa fumaça levantada pelo bombardeio aéreo sobre Liverpool, Inglaterra, mal
tinha se dissipado naquele 9 de outubro de 1940, quando, às 18h30, o choro de um recém-
nascido ecoou nos corredores do Oxford Street Maternity Hospital.
Depois de um complicado trabalho de parto, Julia Stanley — uma típica jovem dona
de casa de classe média baixa — dava à luz seu primeiro filho, o menino John Winston, para
quem o pai Alfred, marinheiro e músico amador, só acenaria para desejar as boas-vindas do
outro lado do oceano.
Apesar de ausente — naquele e em tantos outros anos —, Fred cuidou de garantir a
linhagem e o provento do guri, assim que ele nasceu: algo portentoso, seu nome de batismo,
John Winston Lennon, era uma homenagem ao bisavô Jack (John) Lennon, que havia
integrado o grupo musical Andrews Robertson's Kentucky Ministrels, e ao prestigiado
primeiro-ministro Winston Churchill, que, naquele tempo, zelava pela soberania da Grã-
Bretanha e conduzia os destinos da nação, num mundo ameaçado pelo nazismo.
Em breve, porém, a distância entre Julia e Fred selaria — a pedido dela — a
definitiva separação entre eles e, a partir de 1942, o dinheiro para o sustento do pequeno
John minguou. [...]
Imersa em dificuldades financeiras, Julia — que, naquele momento, já trabalhava,
bebia e fumava — se viu à deriva diante da tarefa de educar o menino. Preferiu casar-se
novamente e entregar a tutela de John à irmã Mary Elizabeth — a tia Mimi — e seu marido
George Smith, um austero casal de meia-idade que não tinha filhos.
Coube assim ao tio George ensinar o pequeno John Winston a ler e escrever e levá-
lo vez ou outra ao cinema. [...]
Assim, antes de completar 6 anos, John Lennon já tinha provado o dissabor de ser
abandonado pelos pais e vivia com os tios no bairro de Woolton, na 251, Menlove avenue,
local de grande concentração de médicos e advogados e distante apenas 5 quilômetros da
casa da mãe.
— Eu era um autêntico menino suburbano, cheiroso e bem-cuidado, meio palmo
acima da classe social de Paul, George e Ringo, que viviam em moradias subsidiadas pelo
governo. Nós, não: tínhamos nossa casa e nosso jardim. Assim, eu era algo como um fruto
proibido, em comparação com eles... — contaria mais tarde John, com suas próprias
palavras.
Apesar disso, e desce muito cedo, Lennon se tornou "o garoto que os pais não
queriam ao lado de seus filhos": tinha apenas 6 anos quando foi expulso pela primeira vez de
uma creche porque aterrorizava as menininhas. [...]
Os anos 50 arrebataram este jovem transviado, acentuaram seu sarcasmo e
irreverência e o lançaram definitivamente no submundo: John Lennon vestiu-se de couro e
se empapuçou de gomalina, abraçou o skiffle, mistura de rock e música popular inglesa que
virou mania na Grã-Bretanha, ganhou da tia Mimi um violão e enfrentou a primeira morte na
família — a do tio George, em 1953, cuja ausência incentivou sua mãe Julia a se aproximar
um pouco mais dele, numa relação de franca e despretensiosa camaradagem. Coube a ela,
então, lhe ensinar os primeiros acordes de guitarra e encorajá-lo a seguir adiante com a

24
música.
— Isso é bom como hobby, mas você nunca vai ganhar a vida assim. — instruía a tia
Mimi, ao ver o sobrinho dedilhar o instrumento até sangrar os dedos.
Mas o rock expressava seu inconformismo, sua dor.
E lhe trazia de volta a companhia da mãe — até que o ano de 1958 a extirpou
definitivamente de sua vida, depois que um policial bêbado chamado Eric Clague a atropelou
na frente de casa e a matou aos 44 anos de idade, no dia 15 de julho. [...]
John Lennon tinha então 17 anos:
— Minha primeira lembrança da vida é a de um pesadelo — confessaria,
amargurado, na autobiografia dos Beatles.
De fato, o sonho ainda estava em gestação.

Tópicos sugeridos:
Sobre qual personalidade trata os textos?
Que diferentes fases da vida são retratadas?
O que os títulos sugerem sobre os textos?
Qual dos textos é mais feliz ou melancólico, e por quê?
O que caracteriza esses textos serem relatos biográficos?

Etapa 3 (atividades) 55min:


Realização das atividades em dupla, disponibilizadas pelo professor
para serem fixadas no caderno com o registro das respostas:

Exercícios com possíveis respostas:


1. O texto 1 trata de um acontecimento que abalou a cena cultural
mundial no dia 8 de dezembro de 1980. Que acontecimento foi esse?
O assassinato do ex-beatle John Lennon em nova York.

2. Há outra data indicada pelo autor no texto 1. Qual é seu significado?


Em 23 de outubro de 1980, o assassino de John Lennon, Mark David
Chapman, pediu demissão do trabalho como segurança num condomínio no
Havaí e partiu para nova York.

3. A organização cronológica do texto 1 pode parecer estranha:


primeiro a autora narra os acontecimentos da noite de 8 de dezembro de
1980, depois volta no tempo para resgatar fatos acontecidos em 23 de
outubro do mesmo ano.
a) Essa organização pode ser explicada se levarmos em consideração
as personagens que protagonizam os acontecimentos associados a essas
duas datas e também a finalidade do texto. Por quê?
A primeira data é marcante por se tratar da noite em que John Lennon,
personalidade importantíssima do mundo da música, foi assassinado. Como
a finalidade do texto é recontar a história da vida de Lennon, o momento da
25
sua morte passa a ser muito significativo para o conjunto do texto. A segunda
data só tem importância no contexto mais geral da vida de Lennon, porque foi
nela que o seu futuro assassino pediu demissão do emprego e rumou para
Nova Iorque. Naquele momento, ele já planejava o crime que cometeria em
dezembro.

b) "Um, dois, três... cinco tiros na noite de 8 de dezembro de 1980, em


nova York". O primeiro parágrafo é repetido na parte final do texto 1. Explique
que função ele desempenha nesse momento da narrativa em relação à
organização cronológica.
A repetição desse parágrafo marca, para o leitor, a volta do texto ao
momento "presente" da narrativa: a noite de 8 de dezembro de 1980. Nos
parágrafos anteriores, a autora promoveu uma volta ao passado (23 de
outubro de 1980) para tratar dos fatos que deram início à viagem de Mark
Chapman a Nova York, onde matou John Lennon. É necessário, portanto,
sinalizar que a narrativa voltou a dezembro e reforçar o momento dramático
em que Lennon foi baleado.

4. O texto 2 relata uma série de fatos que marcaram a infância e a


adolescência de John.
a) Que fatos são esses?
O pai, marinheiro, esteve ausente durante toda a infância de Lennon e
se separou em definitivo da mãe do menino. Ao casar de novo, ela entregou
a tutela de John à irmã e o marido. expulso da escola aos 6 anos, John
tornou-se um jovem problemático, entrando no submundo. Aos 13 anos, o tio
que o criou faleceu e, aos 17, sua mãe morreu, vítima de atropelamento.

b) Explique por que a identificação desses fatos permite compreender


não só o título do texto 2 ("Pobre menino Winnie") como a observação final
feita por Lennon: "Minha primeira lembrança da vida é um pesadelo".
A autora, com o título escolhido, já chama a atenção do leitor para o
caráter negativo da maior parte dos acontecimentos que marcaram os anos
de formação de Lennon. Nesse sentido, pode-se entender por que ele
considera a lembrança inicial que tem da sua vida "um pesadelo".

5. Em meio a tantos acontecimentos negativos, há um que se mostrou,


ao contrário, positivo e importantíssimo para o desenvolvimento de John
Lennon como músico. Que acontecimento é esse?
Com a morte do tio que o criava, sua mãe tentou uma reaproximação.
Foi ela quem ensinou a John os primeiros acordes na guitarra que ele
ganhou da tia e o encorajou a seguir adiante com a música.

6. Por que a autora do texto julgou importante resgatar esse


acontecimento do passado de Lennon?
Porque é nesse momento que a música deixa de ser o veículo usado
por Lennon para expressar sua rebeldia e, por um curto período, ele e a mãe
têm um relacionamento mais próximo do que se considera normal. A
reconstituição desse episódio permite aos leitores a visão de um Lennon
mais humanizado que antes.
26
7. O texto 2 termina de modo significativo: "de fato, o sonho ainda
estava em gestação". Que "sonho" é esse de que fala o texto?
O sonho de alcançar o sucesso por meio da música. no futuro, quando
se juntar a outros três amigos de Liverpool, Lennon fará parte da banda de
rock mais famosa do século XX: os Beatles. No momento em que ganhou o
violão de sua tia, a ideia de ganhar a vida como músico não passava de um
sonho.

Etapa 3:

A correção será realizada ao final do último período, com a leitura das


questões pelo professor e a explanação oral das possíveis respostas pelos
alunos.
3ª Aula 45’
Produção Textual com relato biográfico ficcional.

Os alunos realizarão individualmente um relato biográfico a partir de


uma situação específica a ser desenvolvida. A escolha da situação será feita
por um jogo, uma vez que será disposto no quadro uma tabela com
personagens, ações e justificativas, a ser combinadas aleatoriamente. Para a
combinação da situação, os alunos sortearão um número, uma letra e uma
cor, indicados na tabela.

O texto deve ser entregue para o professor, que indicará sugestões


para a melhora do texto:

- Estrutura;

- Organização frasal;

- Elaboração de ideias;

- Desenvolvimento adequado da situação;

- Gramática.

Comando:

Desenvolva um relato biográfico a partir da situação em que (número) +


(letra) porque (cor).
1 O Palhaço A ficou trancado no Azul Seu relógio era de
supermercado brinquedo
2 O Ladrão B acordou sem roupas na Preto Bebeu na noite
praça anterior
3 O Presidente C pulou de paraquedas Amarelo É uma pessoa
radical

27
4 A Madame D botou fogo na casa Verde Não sabia cozinhar
Rica
5 O Batman E brigou com a mulher- Vermelho Era mais
maravilha poderosa(o)
6 A Policial F levou dois tiros Rosa Não conseguiu fugir

7 O Padre G voltou a estudar Laranja Não sabia ler a


bíblia

13. Referências: COHEN, Marleine. John Lennon. São Paulo: Globo,


2007. p. 23-25. (Col. Personagens que Marcaram Época); COHEN,
Marleine. John Lennon. São Paulo: Globo, 2007. p. 9-11. (Col.
Personagens que Marcaram Época). (Adaptado).

10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e


escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
14. Consideração Extra:

Na primeira aula, 09 alunos saíram da sala para realizarem a recuperação


bimestral com a professora regente, e, por isso, não participaram da provocação e
leitura dos textos planejados. Na aula seguinte, para realizarem as atividades, solicitei
que fizessem dupla com colegas que participaram da primeira etapa.
Na última aula, o tempo foi reduzido para 20min, uma vez que uma
confraternização no período anterior utilizou parte da aula. Mesmo com o tempo
reduzido, os alunos realizaram a atividade prevista, mas sem provocação.
15. Avaliação pós-ação:

d) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


e) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
f) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

A segunda sequência didática não exigiu dos alunos conhecimentos


aprofundados, uma vez que se tratou de leitura, interpretação de textos e atividade de
produção textual. Mesmo assim, os alunos apresentam uma enorme dificuldade em

28
interpretar questões básicas de textos, como protagonistas e temática principal, o que
foi indicado pela leitura superficial que muitos realizaram e na reclamação sobre o
tamanho dos textos, que demonstra a falta de costume com a leitura.
Acredito que a interpretação de texto é implicada na prática de leitura, pois
diferente de um processo que tem finalidade, a atividade de leitura e interpretação é
acumulo, o que demanda a prática sucessiva como aperfeiçoamento. Portanto, é
necessário insistir na presença de textos e trabalhos de leitura e exploração textual em
que os alunos pratiquem e aprimorem seus conhecimentos.
Além disso, o gênero escolhido possui vagueza em sua composição, o que se
tornou dificultoso para os alunos durante a produção textual, pois não conseguiam
estruturar o texto em suas adequações organizações e gráficas (parágrafo, letra
maiúscula/minúscula); assim, é necessário fixar melhor o gênero textual antes de
exigir a atividade de escrita, e escolher primordialmente tipologias mais restritas para
melhor direcionar o aluno. Por fim, notou-se uma reclamação em sala de aula, que é a
falta de atividade expositiva no quadro, uma vez acostumados com a professora
regente. Assim, será precisar planejar atividades expositivas que retornem à zona de
conforto do aluno, sem recair na monotonia.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 3 – 21/08 até 24/08

1. Tópico: Termos integrantes da Oração


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O
OBJETIVO DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE
APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de
conhecimentos;
• refletir sobre os conteúdos apresentados em aula e suas temáticas;
• perceber a importância do estudo da gramática tradicional;
• valorizar a opinião dos colegas e suas interpretações acerca dos
conteúdos programáticos;
• participar das reflexões com respeito e adequação.
• respeitar o tempo de realização das atividades que os colegas têm;
b) Factuais / Conceituais:
• lembrar os conteúdos trabalhados anteriormente;
• entender as diferenças organizações das orações;
• perceber na realização dos exercícios a fixação do conteúdo;

29
• reconhecer e fazer uso adequado dos termos integrantes da oração;
• identificar a diferença do uso entre complementos verbais e nominais;
• entender o conceito e prática do agente da passiva.
c) Procedimentais:
• registrar no caderno as explicações e conteúdos direcionados pelo
professor;
• verbalizar suas dúvidas diante do conteúdo estudado;
• exercitar o conhecimento por meio das atividades indicadas;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

3. Conteúdos: Revisão dos Termos Integrantes da Oração; Agente da


Passiva.

4. Justificativa: Os termos integrantes da oração são aqueles que integram,


principalmente, o sentido de verbos e substantivos presentes na oração. E
seu estudo é fundamental para entendimento da sintaxe gramatical do
português, e suas possibilidades de organização. Os principais termos
integrantes da oração são os complementos verbais (objeto direto e objeto
indireto), o complemento nominal e o agente da passiva; além disso, já sido
trabalhado os dois primeiros conteúdos, o processo de revisão funciona para
conectar o conteúdo de agente da passiva e reforçar o exercício com os
termos integrantes da oração como um todo.

5. Tempo estimado: 1 período 25’, 3 períodos de 45’


6. Recursos: MUC, aparelho de vídeo e xerox.
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, registro do conteúdo no
caderno, respeito e atenção durante a discussões com os colegas.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
16. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Revisão sobre Termos Integrantes da Oração: Complemento Verbal.

Etapa 1 (Provocação) 5min:

Iniciar a aula recuperando com os alunos os conceitos básicos sobre


a transitividade dos verbos. Para tanto, distribua duas imagens para cada
aluno e discuta com eles sobre as orações que contêm.

Imagem 1:

30
Imagem 2:

Utilize as frases “O café que emagrece” e “Aceita um café?” para


questionar os alunos sobre a transitividade dos respectivos verbos:
emagrece e aceita.
Questões:
Quais os verbos das imagens?
(emagrece e aceita)
Qual dos verbos tem um complemento?
(aceita)
Que tipo de complemento é esse? E por quê?
(objeto direto, pois não tem preposição)
E qual a transitividade dos verbos, portanto?
(intransitivo e transitivo direto)
Explicação:
Com a frase “O Café que emagrece”, o anúncio utiliza um verbo que
não exige complemento, emagrecer. Esse tipo de verbo, tem sentido
completo e é chamado de intransitivo ou verbo de predicação completa.
Outros verbos, sozinhos, não possuem sentido completo. Necessitam,
então, de um complemento para que tenham sentido. São os verbos
transitivos.
No anúncio, a frase “Aceita um cafezinho?” utiliza o verbo aceitar, que
exige um complemento para que tenha sentido. Neste caso, o verbo é
chamado de verbo transitivo e seu complemento de objeto ou complemento
verbal.

Etapa 2 (Complementos verbais) 10min:


31
Inicie a etapa expondo as seguintes frases: “Pedro chateia os
professores” e “Os professores gostam de alunos comportados”. E análise
com a turma a transitividade dos verbos e seus complementos, explicando a
diferença entre objeto direto e objeto indireto. Solicite que os alunos
registrem a explanação no caderno.

Explicação:
Objeto direto: é o termo da oração que complementa a significação de
um verbo transitivo direto. Recebe esse nome porque complementa o verbo
sem o auxílio de preposição.
Objeto indireto: termo da oração que complementa a significação de
um verbo transitivo indireto e recebe esse nome porque completa o sentido
do verbo com o auxílio de preposição.

Etapa 3 (Análise de tirinha) 10min:

Inicie a etapa distribuindo para a turma a tirinha indicada, e os


questionem para apontarem o motivo do humor na história apresentada.
Continue a atividade solicitando que transcrevam as frases no caderno e
analisem a transitividade dos verbos e seus complementos, caso houver. Ao
final, a correção deve ser feita em conjunto, em que o professor escreva
cada frase no quadro e marque os apontamentos dos alunos.

Comando:
Leia a tirinha e transcreva no caderno todas as frases encontradas.
Por fim, analise cada frase quanto à transitividade do verbo e complementos.

Mostrei a ele com quantos paus se faz uma canoa!


Verbo: mostrei – verbo transitivo
Complemento verbal: a ele – objeto indireto (preposição a)
Verbo: faz – verbo transitivo
Complemento verbal: uma canoa – objeto direto

Qual é o número?
Verbo: é – verbo transitivo
Complemento verbal: o número – objeto direto

O número de paus que se faz uma canoa.

32
Verbo: faz – verbo transitivo
Complemento verbal: uma canoa – objeto direto

Eu sei lá!
Verbo: intransitivo

Esquece!
Verbo: esquece – verbo intransitivo

Esqueço o quê?
Verbo: esqueço – verbo transitivo
Complemento verbal – o quê – objeto direto

PS: O verbo esquecer é um verbo que pode ser considerado


intransitivo, como aparece no último quadrinho, já que neste caso, não exige
complemento. Já na frase seguinte, do mesmo quadrinho, em sua forma
“esquece” ele é transitivo direto, pois exige um complemento “o quê?”
2ª e 3ª Aula 2x.45’
Revisão sobre Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal;
e exercícios sobre complemento verbal e nominal.

Etapa 1 (Provocação) 10min:

Distribuir para cada aluno a tinha abaixo e pedir que expliquem o


motivo do humor contida na história. Na continuidade, recorte a última frase
do quadro e analise com os alunos a transitividade do e seu complemento.

Análise de: “(Eu) Tenho medo de complementos nominais.”

Na frase, “medo” é classificado como substantivo, mas se a frase


acabar assim, não terá sentido, pois, se há medo, há medo de algo. Então,
temos “de complementos nominais” que completa a ideia de medo. Sendo
assim, “de complementos nominais” é complemento nominal.

Sujeito: eu – sujeito oculto;

33
Verbo: tenho – verbo transitivo direto;

Objeto direto: medo – objeto direto;

Complemento nominal: de complementos nominais.

Explicação:

Complemento Nominal é um dos termos integrantes da oração,


completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio e sempre
começa com preposição.

Etapa 2 (Exercícios sobre Completo Nominal) 15min:

A serem registrados no caderno e realizados em conjunto com o


professor:

Indique o complemento nominal e a quem ele está relacionado nas


orações baixo:

Exemplo:

O porão da casa estava cheio de brinquedos.


Suj. Verb. Adj. CN

a) Uma parcela dos pesquisadores faz a defesa da clonagem


terapêutica.

b) Esse projeto será prejudicial à nossa cidade.

c)Tenho saudades de Luísa.

d) Nada faremos relativamente a esse caso.

Respostas:

Uma parcela dos faz a defesa Da clonagem


pesquisadores terapêutica.
Suj. Verb. Subst. CN
Esse projeto Será Prejudicial À nossa cidade.
Suj. Verb. Adj. CN
(Eu) Tenho Saudades De Luísa.
Suj. oculto Verb. Subst. CN.
(Nós) Nada Faremos Relativamente a

34
esse caso.
Suj. Indet. Adj. Verb. CN.

Etapa 3 (Exercícios de revisão sobre Termos Integrantes da


Oração) 65min:

Distribuir para os alunos a listagem de exercícios de revisão e permitir


que trabalhem em duplas a fim de compartilharem conhecimentos. A
correção será realizada ao final da aula com o auxílio do professor e as
indicações das respostas pelos alunos.

1. Leia os versos, de Carlos Drummond de Andrade.

E agora, José?

A festa acabou

A luz apagou

O povo sumiu

A noite esfriou...

Pode-se afirmar que os verbos em destaque são

a) transitivos, pois exigem complemento verbal para a frase ter


sentido completo.

b) intransitivos, porque não necessitam de complemento para ter seu


sentido completo.

2. Tendo em vista a transitividade verbal e seus respectivos


complementos, analise as orações e classifique-as de acordo com o código
(OD) para objeto direto e/ou (OI) para objeto indireto:

a) Não achamos a divisão de tarefas justa. ( )

b) Necessitamos de sua ajuda. ( )

c) Concordo com suas ideias. ( )

d) Apesar de tarde, encontramos uma solução para o problema. ( )

e) Talvez seja melhor terminarmos nosso relacionamento. ( ) ( )

35
3. Leia o fragmento do texto “Apesar do lado positivo, tecnologia pode
prejudicar estudantes”, de Alex Pinsky Streinger:

Pense... Cem anos atrás, as pessoas eram tão ligadas à tecnologia?


Não! Cem anos atrás, não havia nem televisão. A primeira foi criada em
1923. Não só as televisões. Não existiam celulares, telefones sem fio.

a) O parágrafo é iniciado pelo verbo “pense”. Qual a transitividade


desse verbo, intransitivo ou transitivo?

b) Pode-se dizer que o conteúdo que vem após as reticências (Cem


anos atrás, as pessoas eram tão ligadas à tecnologia?) É um complemento
verbal, por quê?

c) A frase “Não só as televisões” não tem verbo, portanto não é uma


oração. Transforme-a em uma oração, atribuindo-lhe um verbo. Em seguida,
verifique se o verbo que você acrescentou exigiu complemento e se trata-se
de objeto direto ou indireto.

4. Leia a campanha publicitária a seguir:

Ao fazermos uma rápida leitura do anúncio vemos, em destaque, a


frase ÁGUA MATA. Após uma leitura mais cuidadosa, é possível ver, em
letras pequenas, acima da frase principal, a expressão a falta de, assim
vemos que a falta de água mata.

a) Nos dois casos, notamos que o verbo matar não exige


complemento. Isso ocorre porque, neste caso,

I.( ) o verbo matar é transitivo direto.

II.( ) o verbo matar é intransitivo.


36
b) Em que situações o verbo matar pode ser transitivo direto? Cite
exemplos.

c) Abaixo da frase “a falta de água mata”, há a oração: sem preservar,


a vida não continua.

I. Identifique o verbo deste período e verifique se trata-se de um verbo


intransitivo ou transitivo.

II. Após esta análise verifique se a oração tem complemento e se


trata-se de objeto direto ou indireto.

5. Leia a tirinha a seguir, de Caco Galhardo.

a) No primeiro quadrinho, identifique o verbo em que o complemento


é iniciado pela preposição a.

b) O complemento desse verbo é um objeto direto ou indireto?

c) No segundo quadrinho, aparecem dois verbos. Identifique-o

d) Esses verbos não têm complementos verbais explícitos, mas sim


implícitos, pois é possível identificá-lo a partir das informações
verbais e não verbais do primeiro quadrinho. Com base nisso,
identifique os objetos direto ou indireto dos dois verbos.

GABARITO:

1. Alternativa B

37
Todos os verbos em destaque no fragmento do poema E agora, José
são intransitivos, já que não necessitam de complemento e têm seu sentido
completo.

2.

a) Não achamos a divisão de tarefas justa. (OD)

b) Necessitamos de sua ajuda. (OI)

c) Concordo com suas ideias. (OI)

d) Apesar de tarde, encontraremos uma solução para o problema.


(OD)

e) Talvez seja melhor terminarmos nosso relacionamento. (OD) (OD)

3.

a) O verbo pense é transitivo direto

b) Sim, o fragmento Cem anos atrás, as pessoas eram tão ligadas à


tecnologia

é o objeto direto do verbo que inicia o período: pense.

c) Sugestão de resposta:

As televisões não existiam naquele tempo.

Verbo existiam = intransitivo – não exige complemento

4.

a) II. o verbo matar é intransitivo

b) Sugestões:

Saiu nos noticiários que os bandidos mataram aquele homem.

Fiquei tão nervosa, que matei a barata e saí correndo.

c)

I. Os verbos da oração sem preservar a vida não continua são:


preservar

(transitivo) e continua (intransitivo). Nesta oração, o verbo preservar é

38
transitivo.

II. Apesar de não ter um complemento explícito, sabemos que seu

complemento é a água, pois a campanha trata desse assunto. Este

complemento (a água) é um objeto direto. Já o verbo continua, neste


caso,

não tem complemento por ser intransitivo.

5.

a) Verbo: ajude

b) O complemento do verbo ajude é iniciado pela preposição a, logo


sabemos que trata-se de um objeto indireto.

c) Sobe e desce

d) Tanto o verbo sobe quanto o verbo desce estão referindo-se ao


quadro (sobe o quadro; desce o quadro). Ambos são objeto direto.
4ª Aula 45’
Conteúdo sobre Agenda da Passiva.

Etapa 1 (Provocação):

Utilizar a tirinha presente no livro didática disponível para a turma na


página 62. A tirinha e os exercícios presentes servirão como discussão para
a turma. É importante não solicitar que os alunos registrem no caderno, mas
sim discutam oralmente com o professor os exercícios 1 e 2, que tratam da
interpretação da tirinha e da análise linguística, respectivamente.

Etapa 2 (Explanação do conteúdo):

Escrever no quadro para os alunos o conteúdo novo e seus


respectivos nomes, explicando oralmente uma aplicação frasal.

Quando o verbo da oração está na voz passiva, quem pratica a ação


verbal recebe o nome de agenda da passiva.

Por Exemplo:

A conta foi paga pelas mulheres.


Sujeito Paciente Verbo na voz passiva Agente da passiva

Ao passar o verbo da oração da voz passiva para a voz ativa, o


agente da passiva recebe o nome de sujeito.
39
As mulheres pagaram a conta.
Sujeito Verbo OD

Outros exemplos:

O professor é estimado de muitos.


Suj. Paciente Verb. Agente da passiva
Muitos estimam o professor.
Suj. Verb. OD.

Observações:

- Somente Objetos Diretos podem transformarem-se em Suj. paciente;

- Quando queremos dar ênfase ao sujeito paciente, o agente da


passiva costuma ser omitido.

A dívida externa foi paga.


Suj. Paciente Verb.

- E quando não há interesse em revelar o culpado:

Duzentos milhões Foram desviados


Suj. Paciente Verb.

Etapa 3 (Exercícios):

Os exercícios serão realizados individualmente e corrigidos ao final


em conjunto.

Atividade – Leia a tirinha e responda as questões:

1) O homem comenta com a namorada uma notícia. Como ele a


interpreta?
40
2) Ele parece partilhar dos mesmos planos que a namorada?
Justifique sua resposta com elementos da tirinha.
3) A frase “Esses novos financiamentos estão facilitando bastante a
compra da casa própria” está na voz:
( ) ativa ( ) passiva
4) Reescreva a frase anterior na voz passiva:
5) A mulher poderia dizer: “O casamento pode acontecer agora!” Essa
frase está na voz:
( ) ativa ( ) passiva
6) Observe as construções a seguir e marque a que está classificada
de forma incorreta:
( ) Todos queriam sair de lá. – Voz Ativa
( ) Eles foram deixados para trás. – Voz Passiva
( ) Eles caíram no buraco. – Voz Passiva
7) Escreva as orações na voz passiva:
a) O delegado interroga as testemunhas.
b) Os mestres analisarão a prova.
c) Ele tratava com amor as crianças.
d) O filho do vizinho entrega as correspondências.

Gabarito
1) Ele pensa em comprar uma casa;
2) Não, porque ela logo pensou em se casar e, quando ele percebeu,
ele disse: Oh-oh;
3) ativa;
4) está sendo facilitada;
5) passiva;
6) Eles caíram no buraco - Voz passiva (está errada, é voz ativa);
7) a) As testemunhas são interrogadas pelo delegado;
b) A prova será analisada pelos mestres;
c) As crianças eram tratadas com amor por ele;
d) As correspondências são entregues pelo filho do vizinho.
17. Referências:

ACOPIARA, Moreira de. Nos caminhos da educação. Disponível


em: Acesso em: 10 ago. 2018.
BORRIELLO, Blog Márcio. Anúncio Café Lítero Musical. Disponível
em: Acesso em: 10 ago. 2018.
GALHARDO, Caco. Tira Daiquiri. Disponível em: Acesso em: 10 ago.
2018.
GONSALES, Fernando. Níquel Náusea. Disponível em: Acesso em:
10 ago. 2018.
LIVRE, Mercado. Anúncio O Café que emagrece. Disponível em:
Acesso em: 10 ago. 2018.
UNIMED. Falta de água mata. Disponível em: Acesso em: 10 ago.
2018.

41
09. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e
escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
18. Consideração Extra:

Foi necessário mais uma aula de 45 min para encaminhar o conteúdo


da agente da passiva. A aula disponibilizada foi a sequente à última
planejada, o que determinou que a explicação do conteúdo fosse
pormenorizada e as atividades realizadas num período maior, facilitando o
andamento da turma.
19. Avaliação pós-ação:

g) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


h) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
i) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

Revisar um conteúdo tem seus pontos positivos e negativos. Entre os


pontos satisfatórias, apresenta-se a participação mais presente da turma
durante a explicação do conteúdo e realização das atividades, tanto em
discussões orais quanto em registros por escrito. Essa facilitação só foi
possível pelo exercício de prática e repetição do conteúdo, que fixou no
conhecimento da maioria dos alunos. Entretanto, dos pontos negativos, está
a monotonia da turma em realizar exercícios da mesma natureza sobre o
mesmo conteúdo, que trouxe reclamações pontuais como: esses exercícios
são chatos; estou casada desse conteúdo; de novo a mesma coisa?
Assim, precisa-se elaborar com mais cuidado exercícios que tratem
do mesmo conteúdo, mas tem na sua forma de resolução inovações
práticas, que faz as atividades serem menos repetitivas. Por outro lado,
trazer inovações em atividades com conteúdos bastante restritos é bastante
dificultoso devido ao avanço que alguns alunos apresentam em coração a
outros, o que caracteriza a turma em níveis diferenciados de conhecimento
específico.
Sobre os conteúdos trabalhos acerca de termos integrantes da

42
oração, os alunos parecem bastante acostumados na avaliação de frases e
retiradas do texto, não apresentando dificuldades. Em específico ao agente
da passiva, conteúdo novo, percebeu-se uma facilidade nos alunos em
compreender as funções sintáticas primordialmente antes dos conceitos
específicos de sujeito paciente e agente da passiva; os termos, inclusive, é
que tornam o trabalho sintático dificultoso.
Para tanto, devido a natureza conceitual dos termos empregados,
apenas a prática de exercícios metódicos pode e parece ajudar os alunos a
fixarem os nomes adequadamente às funções sintáticas. Trabalhos de
revisões e atividades complementares são necessários para retomar o
conteúdo e recuperar conceitos anteriores ao de agente da passiva, como
transitividade verbal.
Por fim, acredito que as próximas sequências didáticas devam
sempre retomar o conteúdo pragmática despretensiosamente, para que seja
visível ao aluno os vários contextos que os termos integrantes da oração
aparecem, e sua contribuição semântica para o enunciado específico. Desta
forma, o conteúdo ganha uma perspectiva importante e próxima aos alunos,
uma vez que se faz presente nos textos do dia a dia.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 4 – 24/08 até 29/08

1. Tópico: Gênero Autobiografia


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O
OBJETIVO DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE
APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de
conhecimentos;
• refletir sobre os conteúdos apresentados em aula e suas temáticas;
• respeitar o movimento de escrita silenciosa em sala de aula;
• reconhecer a autobiografia enquanto um importante gênero textual;
• valorizar a opinião dos colegas e suas interpretações acerca dos
textos apresentados.
b) Factuais / Conceituais:
• reconhecer os sentidos e objetivos a estruturação do texto a ser
trabalhado;
43
• descobrir e entender o funcionamento do texto trabalhados em aula;
• perceber a organização de um texto autobiográfico;
• reconhecer reescrita como um aprimoramento para qualificar os
textos.
c) Procedimentais:
• registrar no caderno informações que acharem relevantes durante as
discussões;
• identificar marcas linguísticas relativas a este gênero textual
(autobiografia);
• localizar no tempo fatos importantes de seu desenvolvimento;
• ler e discutir sobre autobiografias;
• verbalizar suas impressões de leituras e opinar quanto a dos colegas;
• produzir autobiografias e aperfeiçoá-las resolvendo as insuficiências;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

• ler silenciosamente sem desconcentrar o resto da turma;

• utilizar de forma adequada o tempo verbal relativo ao texto


autobiográfico;

• elaborar um texto autobiográfico a partir dos fatos resgatados;

3. Conteúdos: Autobiografia;

4. Justificativa: Antes de fazer a nossa história soar interessante aos


outros, percebemos que escrevê-la traz uma revelação para nós mesmos. A
escrita tem o poder de organizar pensamentos e ideias e, com isso, é
provável que passemos a ter um novo olhar sobre os eventos vividos. A
produção autobiográfica revela-se como um instrumento de sentidos para o
aluno, pois contar a nossa história num texto nos permite revisitar o
passado, aprendendo com ele e até dando significados.

5. Tempo estimado: 1 período 25’, 3 períodos de 45’


6. Recursos: MUC, aparelho de vídeo e xerox.

7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
20. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Leitura de uma autobiografia e exploração da sua organização com
interpretação textual.

Etapa 1 (Provocação) 10min:


44
Levar para a sala de aulas alguns livros velhos com bastante marcas
de uso, e explorar essas marcas que são encontradas na tentativa de
retratar suas histórias. É importante que os alunos indiquem os aspectos
físicos dos livros e tentem indicar locais que eles podem ter passado, como
bibliotecas, ônibus, mãos de pessoas, praias, estantes, entre outros. Ao fim,
utilize as questões norteadoras para direcionar a discussão sobre
autobiografia.

Que gênero textual poderia contar a história desse livro?


(Biografia)

E como se chama a biografia em que o autor conta sua própria vida?


(Autobiografia)

O que caracteriza uma autobiografia?


(Um relato íntimo sobre seu passado)

Que partes da vida devemos relatar numa autobiografia?


(Infância; adolescência; conquistas; derrotas; empregos; educação;
viagens; namoros; diversão; etc)

Que questões podemos acrescentar numa autobiografia?


(Reflexão sobre o passado; expectativas para o futuro; comparações
de fases da vida)

Etapa 2 (Leitura e exploração de texto) 15min:

Para esta etapa, será distribuído para cada aluno o texto


autobiográfico intitulado “O filho”. Após a leitura silenciosa de cada um, o
professor fará a sua leitura e explorará cada trecho do texto em conjunto
com os alunos a partir de questões norteadoras.

O Filho
Nasci às 04h45min, do dia primeiro de Setembro em 1939, na
Polônia.
Viajei por diversas partes do mundo, incluindo a Europa, África,
Ásia…
Trabalhei ativamente até 1945, quando me aposentei para viver na
memória mundial.
Muitas filhas eu tive… Guerra da Coréia… Guerra do Vietnã… São
apenas exemplos de filhas bem-sucedidas.
Porém ainda me mantenho como a mais famosa e produtiva da minha
45
espécie. Nenhuma outra ceifou tantas vidas como eu.
Muitos continuam amando a minha memória, talvez por que não
tenham me conhecido pessoalmente. Pois quem provou de mim nunca
esqueceu, nunca voltou a ser o que outrora foi…
Sei que há em mim histórias curiosas, batalhas ferozes, amores e
tantos outros detalhes e segredos que jamais serão revelados, pois ficaram
guardados com aqueles que eu levei…
Porém as coisas que ensinei, o mundo se esqueceu…
Ensinei que a loucura humana pode não ter limites…
Ensinei que não importa a gravidade do erro, oprimir o réu com furor
só o fará renascer mais poderoso… (ou também se esqueceram de que o
excesso de ira das nações triunfantes com minha mãe, encheu os alemães
de revolta, fato que tornou possível o meu nascimento?)
Ensinei que um mal não pode ser pago com outro mal… Quem não
julga justamente seus inimigos, se torna pior que eles.
Ninguém assimilou nenhum desses conceitos…
Continua o grito raivoso das bombas, o canto fervoroso das
metralhadoras, a cadência surda dos canhões…

Questões norteadoras e possíveis respostas:


De quem é este relato autobiográfico?
(Da segunda guerra mundial)

Em que elementos podemos identifica-la?


(Nas datas apresentadas, na localização de seu nascimento; nos
detalhes; na presença dos alemães)

O que significa “viajei por várias partes do mundo”?


(A extensão dos conflitos da guerra)

Por que ela é conhecida como “a mais famosa e produtiva da sua


espécie”?
(Porque foi a mais violenta e destruidora)
O que são as coisas que ela “ensinou e o mundo esqueceu”?
(A insanidade do homem, a inversão dos valores humanos na
motivação da guerra e o movimento cíclico para a imersão de novos
confrontos)

46
Quem foi a mãe dele?
(A primeira guerra mundial)

O que pode indicar a afirmação: “Continua o grito raivoso das


bombas, o canto fervoroso das metralhadoras, a cadência surda dos
canhões…”?
(Que as consequências da segunda guerra mundial permanecem até
os dias atuais)

2ª Aula 45’
Trabalho com texto autobiográfico e exercícios de exploração textual
e linguístico.

Provocação (Leitura e análise de poema) 15min:

Escrever no quadro a poesia Retrato, de Cecília Meireles, e realizar


em conjunto com a turma a exploração do poema.

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,


Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?

(Cecília Meireles).

1 - Quem escreveu esta poesia?

(Cecília Meireles)

2 - Sobre quem ela está falando?

47
(Sobre ela mesma)

3 - O que ela quer dizer quando fala que não tinha este rosto de hoje?

(Que as marcas da velhice modificaram seu rosto juvenil)

4 - O que ela está nos contando?

(Sobre o envelhecimento físico)

5 - Você já observou alguma mudança em você? Qual?

Etapa 2 (Exercício com autobiografia) 30min:

Distribuir para a turma o texto autobiográfico e solicitar que eles


registrem no caderno os exercícios expostos no quadro para interpretação e
exploração textual. A correção será feita ao final da aula em conjunto com os
alunos.

Brinquedoteca - Rubem Alves

"Vocês, crianças que leem as minhas estórias, frequentemente ficam


curiosas sobre a minha vida. Eu conto. Eu nasci, faz muito tempo, no dia 15
de setembro de 1933, numa cidade do Sul de Minas Gerais, Boa Esperança
(procurem no mapa). Façam as contas para saber quantos anos tenho
agora. Meu pai foi muito rico, perdeu tudo, ficamos pobres, morei numa
fazenda velha.

Não tinha nem água, nem luz e nem privada dentro de casa. A água,
a gente tinha de pegar na mina. A luz era de lamparina a querosene. A
privada era uma casinha fora da casa. Casinha do lado de fora. Não
precisava de brinquedos. Havia os cavalos, as vacas, as galinhas, os
riachinhos, as pescarias. E eu gostava de ficar vendo os bixos. Depois
mudei para cidades: Lambari, Três Corações, Varginha.

Me divertia fazendo meus brinquedos. Brinquedo que a gente compra


pronto não tem graça. Enjoa logo. Quantos brinquedos há no seu armário,
esquecidos? Fazer o brinquedo é parte da brincadeira. Foi fazendo
brinquedos que aprendi a usar as ferramentas, martelo, serrote, alicate.
Gostava de andar de carrinho de rolemã.

Brincava de soltar papagaio, bolinhas de gude, pião. Fiz um


sinuquinha. Como a gente era pobre nunca tive velocípede ou bicicleta.
Ainda hoje não sei andar de bicicleta. Depois nos mudamos para o Rio de
Janeiro onde sofri muito. Os meninos cariocas caçoavam de mim por causa
48
do meu sotaque de mineiro da roça.

Adoro escrever. Especialmente estórias para crianças. Já escrevi


mais de trinta. Todas com ilustrações. Meus dois últimos livros para crianças
são - O gato que gostava de cenouras e A história dos três porquinhos ( A
estória que normalmente se conta não é a verdadeira. Eu escrevi a
verdadeira...) . Para mim cada livro é um brinquedo.

Coisas que me dão alegria: ouvir música, ler, conversar com os


amigos, andar nas matas, olhar a natureza, tomar banho de cachoeira,
brincar com as minhas netas, armar quebra-cabeças, empinar pipas,
cachorros. Fazer os próprios brinquedos e armar quebra-cabeças ajuda a
desenvolver a inteligência. Cuidado com os brinquedos comprado prontos:
eles podem emburrecer!"

Comando: Leia o texto e responda no caderno as seguintes questões:

1. Que tipo de texto é esse?

(Relato pessoal / autobiografia)

2. Sobre quem se trata esse texto?

(Rubem Alves)

3. Qual fase da vida ganha destaque no relato?

(Infância)

4. Qual a importância da infância na nossa vida?


5. Que aspectos principais o autor destacou da infância?

(Brincadeiras; brinquedos; casa onde morou; amigos)

6. Qual o tempo verbal mais empregado no texto? E por que ele é o


mais usual?

(Pretérito imperfeito. Pois relata fatos passados)

7. Qual a relação das coisas que “dão alegria” com a infância do


autor?

(A maioria das atividades listadas surgiram na infância, demonstrando


a essência infantil do personagem autor)

8. Qual a principal diferença da infância da época do autor para a

49
infância atual destaca pelo autor? E por que ele destaca?

(Os brinquedos que já vem prontos, pois emburrem as crianças e não


as incentivam a inventar e desenvolver a criatividade)

3ª Aula 45’
Produção textual.

Etapa 1 (Provocação) 15min:

Questionar oralmente os alunos sobre a confecção de uma produção


autobiográfica:

Qual o relato comunicativo da autobiografia?

(Relatar e compreender o próprio processo de experiências e de


formação)

Quais métodos podem ser utilizados para produzir uma autobiografia?

(Escrever seguindo a linha do tempo; escrever por eventos


significativos da vida (estabelecendo ou não certo grau de valorização); e
escrever)

Como podemos sistematizar uma autobiografia?

(Fase da infância: o que as pessoas dizem sobre você; quando você


nasceu; família; amigos; Comportamento; Brincadeiras; / Fase escolar: onde
estudou; matéria preferida; professores; esportes; / Fase da adolescência:
pensamentos; conflitos; gostos musicais e esportivos; relações afetivas; /
Fase do futuro: expectativas; emprego; sonhos; viagens.)

Etapa 2 (Produção Textual) 30min:

Produção textual de uma autobiografia para ser entregue ao professor


ao final da aula.

Comando:

A partir dos conhecimentos apreendidos sobre o gênero


autobiográfico, escreva um relato autobiográfico sobre sua infância, para ser
entregue ao professor.

Critérios para considerar a observação:

- Organização e apresentação do texto;

50
- Estrutura específica do gênero textual autobiografia;

- Colocação pronominal adequada;

- Organização frasal;

- Exploração do tema;

- Desenvolvimento narrativo;

- Ortografia.
4ª Aula 45’
Breve discussão oral e refacção do texto.

Esta etapa iniciará com uma breve discussão oral explorando uma
poesia. Ao final, os alunos irão refazer o texto atentando para as
observações do professor quanto à ortografia, coesão e coerência, estrutura
do gênero e desenvolvimento temático.

Etapa 1 (Provocação) 10min:

A partir do poema A Porta, de Vinicius de Morais, registrado no


quadro negro, questionar os alunos oralmente realizando a exploração do
poema:

A Porta

Eu sou feita de madeira Madeira, matéria morta

Mas não há coisa no mundo

Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho

Pra passar o menininho

Eu abro bem com cuidado

Pra passar o namorado

Eu abro bem prazenteira

Pra passar a cozinheira

Eu abro de supetão

51
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente

Que diz (a mim bem me importa...) Que se uma pessoa é burra

É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa

Fecho a frente do quartel

Fecho tudo nesse mundo

Só vivo aberta no céu!

Questões norteadoras:

1- De quem a poesia está falando?


(De uma porta)

2- Como é a porta descrita na poesia?


(De madeira morta e inteligente, abrindo-se dependendo da
pessoa que for cruzar)

3- Por que a porta se acha viva?


(Por que recebe todos no céu)

4- Por que ela se acha inteligente?


(Porque ela fecha tudo no mundo)

5- Vocês se acham crianças vivas e inteligentes? Por quê?

6- Vocês sempre foram assim? Como vocês eram há dois anos?

7- Como vocês são hoje?

Etapa 2 (Refacção do texto) 35min:

Nesta etapa, os alunos recebem seus textos com os apontamentos do


professor quanto aos critérios pré-estabelecidos. A refacção funciona como
um aprimoramento da escrita e um polimento do texto.
Comando:

A partir das observações do professor, reescreva seu texto atentando


para as fragilidades destacadas por ele.

52
21. Referências:
http://benite.typepad.com/blog/2008/04/brinquedoteca-rubem-
alves.htm

10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e


escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
22. Consideração Extra:

As provocações não funcionaram, pois a turma estava muito agitada


nos dois turnos propostos, já que eles são antecedidos por atividade de
educação física. Sendo assim, as provocações basearam-se em conversas
de rememoração da aula anterior. Além disso, no dia da reescrita, faltou luz
na escola e os alunos foram embora mais cedo.

23. Avaliação pós-ação:

j) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


k) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
l) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

Para a quarta sequência didática foi elaborado um trabalho com o


gênero textual autobiográfico, como uma ponte para a atividade com o
gênero biográfico. A proposta serviria para os alunos aprimorarem sua
escrita formal e aproximarem-se do texto relatório. A proposta fluiu com
bastante satisfação, sem percalços ou dúvidas extremas quanto ao conteúdo
programado. Entretanto, esta produção textual ajudou a elucidar alguns
problemas no planejamento das atividades de estágio, bem como
dificuldades dos alunos em acompanharem o raciocínio dos trabalhos.
Numa tentativa de encaminhar os alunos para o gênero biográfico, foi
pensado em três produções textuais anteriores que se relacionassem a partir
de características semelhantes: relato ficcional, relato real e autobiografia.
Na autobiografia, ficou clara a dificuldade que eles têm quanto ao gênero,

53
mesmo tendo sido trabalhado uma análise formal de uma autobiografia
anteriormente, pois demonstraram não saberem como iniciar o texto, e quais
memórias resgatarem. Mesmo que se entenda por isso uma dificuldade de
seleção, acredito que uma exploração mais aprofundada sobre as
características do gênero facilitaria a produção seguinte.
Desta forma, penso em abrir mão de uma outra produção textual
antes do trabalho final, e aprimorar os conhecimentos sobre o gênero
biográfico que será utilizado posteriormente com base em leitura e análise
de textos, estudo esquemático, elementos principais, possibilidades de
escrita.
Assim, explorar melhor o gênero anteciparia algumas dificuldades de
compreensão textual, e quiçá seja interessante retomar as produções
anteriores para que eles mesmo analisem suas redações e indiquem traços
positivos e negativos quanto à proposta vinculada.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 5 - 04/09 até 05/09

1. Tópico: Prova – Agente da Passiva


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O
OBJETIVO DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE
APRENDA A:
a) Atitudinais:
• reconhecer a importância das discussões com os colegas na
construção do conhecimento;
• refletir sobre o processo de avaliação formativa, compreendendo que
tal processo se constrói de modo contínuo;
• valorizar e respeitar as respostas e questionamentos dos demais
colegas.
b) Factuais / Conceituais:
• reconhecer o papel de escolhas linguísticas específicas para a
produção de sentido;
• relembrar as noções de sujeito, seus tipos, núcleo do sujeito,
predicado e transitividade dos verbos nas atividades propostas;
• perceber a transformação de sentido no uso das diferentes vozes
verbais.
c) Procedimentais:

54
• no caderno, registrar as respostas aos exercícios propostos;
• participar das reflexões com respeito e adequação;

• realizar prova escrita, composta por questões sobre os tópicos


gramaticais em pauta;

• participar, oralmente, da discussão das questões que compõem a


prova escrita (após sua dinamização).

3. Conteúdos: Agente da passiva; prova.

4. Justificativa: O estudo do agente da passiva permite ao aluno


desenvolver enunciados que omitem o sujeito, além de organizações
possíveis para destacar elementos diversos dentro de uma frase. A prova
atestará os conhecimentos trabalhados em aula sobre o agente da passiva,
praticados anteriormente com atividades da mesma natureza da prova.
Assim, a avalição processual garantirá ao aluno um movimento de continua
aprendizagem, culminando na refacção da prova.

5. Tempo estimado: 1 período 25’, 2 períodos de 45’


6. Recursos: MUC e xerox.

7. Avaliação:
7.1. Critérios: Número de acertos na prova; refacção da prova.
7.2. Instrumentos: Prova.
24. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Revisão para a prova de agente da passiva.

Etapa 1 (Provocação) 5min:


Retomar a tirinha das atividades anteriores com o livro, página 62,
para lembrar o agente da passiva numa discussão oral:

Questões:
A frase na tirinha está na voz passiva ou ativa? (Passiva)

55
Que elementos podemos destacar para explicar a voz passiva? (O
sujeito paciente e a locução verbal)
Hipoteticamente, quem é o agente da passiva na tirinha? (A
comissão)
Como seria a frase na voz ativa? (A comissão sorteou você para o
exame antidoping.)
Etapa 2 (Exercícios) 15min:
Os alunos realizarão as atividades do livro didático referentes ao
conteúdo e apresentado na página 65, transcrito abaixo.

Leia as manchetes de jornal abaixo para responder às questões de 1


a 4.
I - “Cambistas estrangeiros são detidos em jogo do Maracanã.”
II - “Moradores de rua queimam bonecos de Alckmin e Haddad em
São Paulo”
III - Plano Diretor será votado sem pontos polêmicos.”

1. Cada manchete é constituída por uma oração. Indique a voz verbal em


que está cada oração e identifique seus sujeitos.
Resposta: I – voz passiva, e sujeito em “cambistas estrangeiros”; II – voz
ativa, e sujeito em “moradores de ruas”; III – voz passiva, e sujeito em “plano
diretor”.

2. Em relação às orações I e III:


a) O sujeito é responsável pela ação verbal?
Resposta: Não.
b) O agente da passiva não está explícito, mas pode ser inferido. Qual
poderia ser ele, em cada oração?
Resposta: I – por fiscais ou por policiais; II – por vereadores ou pelas
autoridades municipais.
c) Passe as orações para a voz ativa, empregando como sujeito o possível
agente da passiva de cada um.

56
Resposta: II – Policiais/Fiscais detêm cambistas em jogo do Maracanã.; II –
Vereadores/Autoridades municipais votarão Plano Diretor sem pontos
polêmicos.

3. Em relação à oração II:


a) O sujeito é o responsável pela ação verbal?
Resposta: Sim.
b) Passe a oração para a voz passiva analítica, transformando o sujeito em
agente da passiva; e em passiva analítica, sem agente da passiva.
Respostas: Bonecos de Alckmin e Haddad são queimados por moradores
em São Paulo. / Bonecos de Alckmin e Haddad são queimados em São
Paulo.

4. Discuta com o professor e os colegas e conclua: Quais efeitos de sentido


podem ser criados pelo uso da voz ativa ou da voz passiva?
Resposta: A opção pela voz passiva permite que se omita o sujeito e,
portanto, o ser ou os seres responsáveis pela ação verbal.
Etapa 3 (Correção) 5min:
A correção será realizada em conjunto, a partir da orientação do
professor.
2ª Aula 45’
Prova – Agente da Passiva.

Avaliação: A prova é composta por 20 questões, e o parecer final decorre do


número de acertos que o aluno adquirir:

CSA – A partir de 60% (a partir de 12 acertos);

CPA – Entre 40 e 59% (entre 8 e 11 acertos);

CRA – Abaixo de 39% (com 7 acertos ou menos).

57
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PROF.ª NAURA TEIREIXA PRINHEIRO
DISCIPLINA: Português PROFESSOR: Lucas Sauzem Cruz
ATIVIDADE: Agente da Passiva
NOME:____________________________________ SÉRIE/ANO:____ TURMA:____ NOTA:____
01 - A análise sintática é definida pela relação que se estabelece entre palavras ou grupos de palavras dentro
de um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª, observando a correta classificação dos termos
sublinhados.

1. Objeto direto. (3) “A fome pode determinar a supressão de uma delas.”

2. Objeto indireto (1) “A destruição não atinge o princípio universal e comum.”

3. Complemento nominal (4) “Uma das tribos será exterminada pela outra.”

4. Agente da passiva. (2) “... e morreram de inanição.”

2. Leia a frase abaixo e responda as questões:

Nossos destinos são controlados pelas estrelas.

a) Na frase, estamos diante de uma voz passiva. Qual a sua estrutura sintática?

____sujeito paciente + locução verbal + preposição + agente da passiva. ____________________________________

b) Se passarmos a frase para a voz ativa, que função sintática teremos em “nossos destinos”?

_____________objeto direto_______________________________________________________________________

3. Leia a tirinha e responda as questões abaixo:

a) Retire da tirinha uma frase que esteja na voz passiva:

________Cachorros não são permitidos no ônibus escolar. ______________________________________________

b) Da frase retirada, apresente:

- O sujeito paciente: ___Cachorros________________________________________

- A locução verbal: _____(não) são permitidos_______________________________

- O agente da passiva: ___Omitido. _________________________________________

c) Reescreva a frase retirada anteriormente para a voz ativa:

____Não permitem cachorros no ônibus escolar. ______________________________________________________

58
4. Em cada uma das frases abaixo, identifique a voz em que se encontra o verbo (voz passiva ou ativa).

a) Eu escrevi alguma coisa sobre o tema uma década mais tarde.

_________Voz ativa___________________________________________

b) Nessa época a violência contra as minorias foi praticada pelos nazistas

_________Voz passiva___________________________________________

c) Os participantes da festa foram cumprimentados afetivamente.

_________Voz passiva___________________________________________

5. Passe as orações abaixo para a voz passiva, conforme o exemplo.

Ex.: Inauguraram a loja. → A loja foi inaugurada.

a) Fecharam o cinema.

_____O cinema foi fechado._______________________________________________________________________

b) Os manifestantes interditaram a estrada.

_____A estrada foi interditada pelos manifestantes. ____________________________________________________

c) Prepararam uma festa para os campeões.

_____A festa foi preparada para os campeões. ________________________________________________________

d) Vão asfaltar essa avenida.

_____A avenida será afaltada._____________________________________________________________________

e) A prefeitura vai construir um posto de saúde naquele bairro.

_____Um posto de saúde será construído pela prefeitura naquele bairro. ___________________________________

f) Os torcedores vaiaram a seleção.

____A seleção foi vaiada pelos torcedores.___________________________________________________________

3ª Aula 45’
Refacção da prova, reescrevendo as questões que errou para entregar ao
professor.
A refacção tem o valor de 15% (3 acertos) acrescida no valor da
prova.

25. Referências: https://www.youtube.com/watch?v=pDh4x1W45bo


; https://www.youtube.com/watch?v=Fb_Z-Ty1Eh4 ;
https://www.youtube.com/watch?v=Lp4YcKygK2s .

59
10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e
escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
26. Consideração Extra:

Sem acomodações.

27. Avaliação pós-ação:

m) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


n) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
o) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

Antes da realização da prova foi feito uma revisão sobre o conteúdo


proposto, e os alunos estavam bastante atentos para compreenderem cada
detalhe. Suas dúvidas foram pertinentes, e acredito que este momento de
revisão foi de extrema importância para o sucesso na prova.
Realizar uma atividade avaliativa como prova é sempre uma tarefa
árdua, pois produzir atividades que contemples todo o conhecimento da
turma e que ao mesmo tempo avalie o rendimento como um todo dependerá
de estabelecer exercícios flexíveis.
Uma das dificuldades da encontrada na turma foi a dinamização da
SD com 20 atividades em 45min. Para isso, foi estabelecido que os alunos
realizassem apenas 15 questões e deixassem 5 em branco, por escolha
pessoal. Assim, foi surpreendente o rendimento da proposta durante sua
realização, pois estavam tranquilos com o tempo e responderam as
atividades com mais paciência.
Agora, com o entendimento da agente da passiva analítica, será
necessário complementar os conhecimentos sobre vozes verbais com
passiva sindética e voz reflexiva.
Além disso, foi satisfatório o sucesso dos alunos na prova e o
crescimento deles quanto ao conteúdo proposto, após inúmeras atividades e
exercícios de retomada de assunto. Para melhorar o rendimento, talvez seja
interessante textos nas provas, para que eles possam compreender a

60
agente da passiva em seus contextos.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 6 – 11/09 até 25/09

1. Tópico: Apresentação do trabalho Final e Biografia


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O OBJETIVO
DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de conhecimentos;
• refletir sobre os conteúdos apresentados em aula e suas temáticas;
• respeitar o movimento de escrita silenciosa em sala de aula;
• valorizar a opinião dos colegas e suas interpretações acerca do filme
assistido.
b) Factuais / Conceituais:
• reconhecer os sentidos e objetivos a estruturação do texto a ser
trabalhado;
• descobrir e entender o funcionamento do texto biográfico;
• entender questões temáticas envolvendo o filme;
• perceber a organização de um texto biográfico;
c) Procedimentais:
• registrar no caderno informações que acharem relevantes durante as
discussões;
• verbalizar suas impressões de leituras e opinar quanto a dos colegas;
• responder as atividades propostas em sala de aula;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

• ler silenciosamente sem desconcentrar o resto da turma;

• Interpretar e compreender os textos escritos;

• assistir ao filme com atenção;

• dialogar com os pares no momento da resolução de atividades;

• socializar os resultados discutidos e produzidos em duplas.

3. Conteúdos: Apresentação do projeto do trabalho final; biografia.

4. Justificativa: Biografia é o relato sobre a vida de uma pessoa feito por


outra pessoa. Geralmente, faz-se a biografia de escritores, políticos, poeta,
artistas, de pessoas que se destacaram ou se destacam em qualquer
atividade, o que não impede que uma pessoa desconhecida possa ter a sua
biografia. Este último aspecto é de grande importância para a atividade, pois
busca-se com as discussões e o filme, que os alunos compreendam que
61
pessoas importantes para a sociedade são as menos famosas, e que por
isso merecem ter suas histórias contadas e refletidas. Além disso, para
produzir uma biografia é imprescindível conhecer os aspectos formais do
gênero,

5. Tempo estimado: 2 períodos 25’, 4 períodos de 45’


6. Recursos: MUC, aparelho de vídeo e xerox.

7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
28. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Será distribuída para a turma uma folha com a apresentação do
trabalho final a ser realizado no período de estágio. Na leitura do professor
será realizada a indicação dos pontos essenciais, prazos e dúvidas para a
produção da atividade.

TRABALHO FINAL - BIOGRAFIA

O trabalho final da turma 81 consistirá na elaboração individual de


biografias de personalidades comuns a livre escolha, exaltando sua
importância social e/ou histórica em determinado contexto. Essas biografias,
após serem revistas, serão copiladas em um livro impresso, contento capa,
apresentação e as produções biográficas.

1. Para iniciar a escritura da sua biografia é necessário realizar uma


entrevista com a personalidade escolhida, levantando dados a serem
utilizados no cabeçalho do texto:
Nome; data de nascimento; lugar onde nasceu; profissão.

2. Será necessário fotografar a sua personalidade para colocar na


apresentação da sua biografia, diante autorização; entretanto, caso não seja
autorizado, recomenda-se que fotografe alguma imagem representativa da
personalidade, ou que seja realizado pelo aluno um desenho para compor

62
essa parte.

3. Do texto autobiográfico: Para a realização do texto autobiográfico,


será necessário que o aluno preencha as seguintes etapas:
- Apresentação da personalidade: uma breve introdução sobre a
personalidade entrevistada, mostrando sua relação na sociedade, suas
principais características e pontos relevantes para o relato;
- Relato de vida: relato biográfico escolhido entre o entrevistado e
entrevistador, abordando sua importância social;
- Reflexão final: reflexão final do aluno sobre a importância que sua
personalidade tem ou teve na sociedade.

4. Exemplos de personalidades: antigos professores, ou atuais;


coletores de lixo; familiares exemplares; amigos do bairro; vizinhos; colegas;
entre outros.

5. CRONOGRAMA:
11/09 até 17/09 - Coleta de dados;
18/09 – Produção em sala de aula;
19/09 – Reescrita da biografia;
25/09 – Última reescrita da biografia e entrega dos dados do trabalho
final.

(capa, título)
2ª Aula 45’
Leitura e discussão dos elementos constitucionais de uma biografia.

Etapa 1 (provocação) 5min:

Levantar discussões sobre a questão de apenas pessoas famosas


terem sua biografia escrita. Questionar os alunos sobre o que isso significa.
Em seguida, perguntar a eles o que deve conter um texto biográfico: quem
escreve biografia e quem lê.

63
Etapa 2 (leitura e avaliação do texto) 30min:

Nesta etapa será trabalhada a biografia de uma personalidade. O


objetivo é fazer com que os alunos tenham noção dos principais elementos
formais constituintes de uma biografia. Em seguida cada aluno receberá um
texto digitado com a biografia selecionada, e em duplas realizarão a leitura e
exercícios de exploração.

Ruth Rocha

Ruth Rocha nasceu em 1931 na cidade de São Paulo. Filha dos


cariocas Álvaro de Faria Machado, médico, e Esther de Sampaio Machado,
tem quatro irmãos, Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre. Teve uma infância
alegre e repleta de livros e gibis. O bairro de Vila Mariana, onde morava,
tinha nessa época, muitas chácaras por onde Ruth passava a caminho da
escola. Estudava no Colégio Bandeirantes. Mais tarde, terminou o Ensino
Médio no Colégio Rio Branco.

É graduada em Sociologia e Política pela Universidade de São Paulo e


pós-graduada em Orientação Educacional pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo. Casada com Eduardo Rocha, tem uma filha, Mariana,
e dois netos, Miguel e Pedro.

Durante 15 anos (de 1965 até 1972) foi orientadora educacional no


Colégio Rio Branco, onde pôde conviver com conflitos e as difíceis vivências
infantis e com as mudanças do seu tempo. A liberação da mulher, as
questões afetivas e de auto-estima foram sedimentando-se em sua atuação.

Começou a escrever em 1967, para a Revista Cláudia, artigos sobre


educação. Participou da criação da Revista Recreio, Editora Abril, onde teve
suas primeiras histórias publicadas a partir de 1969. “Romeu e Julieta”, “Meu
Amigo Ventinho”, “Catapimba e sua Bola”, “O Dono da Bola”, “Terezinha e
Gabriela” estão entre seus primeiros textos de ficção. Ainda na Abril, foi
editora, redatora e diretora da Divisão de Infanto – Juvenis.

Publicou seu primeiro livro “Palavras Muitas Palavras” em 1976 e,


desde então, já teve mais de 130 títulos publicados, entre livros de ficção,
didáticos, paradidáticos e um dicionário. As histórias de Ruth Rocha estão
espalhadas pelo mundo, traduzidas em mais de 25 idiomas.

Monteiro Lobato foi sua grande influência. Em sua obra, essa


influência se traduz pelo seu interesse nos problemas sociais e políticos, na
sua tendência ao humor e nas suas posições feministas.

Seu livro de forte conteúdo crítico, “Uma História de Rabos Presos”, foi
lançado em 1989 no Congresso Nacional em Brasília, com a presença de
grande número de parlamentares. Em 1988 e 1990 lançou na sede da
Organização das Nações Unidas, em Nova York, seus livros “Declaração
Universal dos Direitos Humanos” para crianças e “Azul é Lindo – Planeta
64
Terra Nossa Casa”.

Participou durante seis anos do programa de televisão Gazeta Meio


dia como membro fixo da mesa de debates. Em 1988, foi condecorada pelo
Presidente Fernando Henrique Cardoso com a Comenda da Ordem Cultural
do Ministério da Cultura.

Ganhou os mais importantes prêmios brasileiros destinados à


Literatura da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, da Câmara
Brasileira do Livro, cinco Prêmios “Jabuti”, da Associação Paulista de Críticos
de Arte da Academia Brasileira de Letras, Prêmio João de Barro, da
Prefeitura de Belo Horizonte, entre outros. Seu livro mais conhecido é
“Marcelo Marmelo Martelo”, que já vendeu mais de um milhão de cópias.

Em 2002 ganhou o Prêmio Moinho Santista de Literatura Infantil, da


Fundação Bunge. Também nesse ano foi escolhida como membro do PEN
CLUB – Associação Mundial de Escritores no Rio de Janeiro.

Atualmente é membro do Conselho Curador da Fundação Padre


Anchieta.

(Excertos de Ruth Rocha por ela mesma. Ana e Ruth, 25 anos de


literatura. Editora Salamandra, Rio de Janeiro, 1995)

Roteiro para reconhecimento de gênero textual biografia –


compreensão e interpretação:

1- Cite o nome da pessoa que está sendo biografada.

2- Em que local e data essa pessoa nasceu?

3- Quais são as principais realizações dessa pessoa?

4- Em que locais essa pessoa já trabalhou? Onde ela trabalha


atualmente?

5- Em quais locais ela já morou? Onde ela mora atualmente?

6- Quem escreveu essa biografia?

7- Quais são os objetivos da pessoa que escreveu a biografia?

8- Em que local esse texto foi publicado?

9- Para que serve uma biografia?

65
10- Que tipo de pessoa lê biografia?

11- Que livros ela publicou?

12- Que prêmios ela ganhou?

13- Qual é o principal livro de Ruth Rocha?

14- Você já conhecia a pessoa que foi biografada?

Etapa 3 (Correção) 10min:

Para a etapa de correção, será interessante solicitar para cada dupla


responder uma das alternativas e discutir a resposta em conjunto da turma.
3ª Aula 45’
Análise Linguística da biografia.

Etapa 1 (Provocação) 15min:

Iniciar a aula explicando aos alunos os elementos linguísticos que


fazem parte de um texto biográfico:

- Mostrar aos alunos que os tempos verbais podem indicar uma ação
que está ocorrendo (presente), que já ocorreu (pretérito), ou que ainda
ocorrerá (futuro). Explicar, portanto, que o gênero textual biografia apresenta
a alternância entre os tempos verbais para produzir diferentes sentidos.
Assim sendo, pode-se perceber na biografia da autora Ruth Rocha que há
uma alternância entre tempos verbais no primeiro parágrafo para o segundo:

“Ruth Rocha nasceu na cidade de São Paulo em 1931...” (1º


parágrafo, linha 1, tempo pretérito perfeito).

“É graduada em Sociologia e Política pela Universidade de São


Paulo...” (2º parágrafo, linha 8, tempo presente).

Explicar que o efeito de sentido causado por essa mudança de tempo


verbal indica que a pessoa está viva. Entretanto, é essencial indicar que no
caso do gênero textual biografia, o texto sempre é escrito em 3ª pessoa do
singular. Se fosse escrito em 1ª pessoa, o gênero textual deixaria de ser
biografia e passaria a ser autobiografia:

“(Ela) Teve uma infância alegre e repleta de livros e gibis.” (primeiro


parágrafo, linha 3, 3ª pessoa - ela).

66
Etapa 2 (Atividade) 25min:

Distribuir a atividade impressa para os alunos, a ser registrada no


caderno e realizada individualmente.

Atividade 1- Faça a alteração dos trechos a seguir, passando-os


de 1ª pessoa para 3ª pessoa.

a) Eu nasci em São Paulo em 1931.

b) Publiquei meu primeiro livro “Palavras Muitas Palavras” em 1976.

c) Em 2002 ganhei o Prêmio Moinho Santista de Literatura Infantil.

d) Monteiro Lobato foi minha grande influência.

e) Em minha obra, essa influência se traduz pelo meu interesse nos


problemas sociais e políticos, na minha tendência ao humor e nas minhas
posições feministas.

f) Comecei a escrever em 1967, para a Revista Cláudia, artigos sobre


educação.

g) Em 1988 e 1990 lancei na sede da Organização das Nações Unidas


em Nova York, meus livros “Declaração Universal dos Direitos Humanos”
para crianças e “Azul é Lindo – Planeta Terra Nossa Casa”.

Etapa 3 (Correção) 5min:

Correção em conjunto orientada pelo professor, transcrevendo as


respostas no quadro e marcando as alterações.

4ª Aula 45+45+25’
FILME – A invenção de Hugo Cabret

Etapa 1 (Filme) 90min:

Assistir ao filme “A invenção de Hugo Cabret”

Etapa 2 (Discussão sobre o filme) 25min:

Orientar com os alunos a discussão e exploração sobre o filme


assistido na aula anterior:

No filme, como era a vida do velho que morava sozinho? Quais


67
características podemos destacar?
O que causou a mudança de hábito na vida do velho?
No filme, o que podemos entender por santos do dia a dia?
Que aspectos mostram que o senhor é santo do dia a dia?
Em que seres humanos da nossa sociedade podemos encontrar esses
aspectos?
Qual a importância deles na sociedade?
Você conhece alguém assim? Como relataria sua experiência de vida?

Relacionar o filme com a personalidade escolhida para ser biografada.


Assim, o cidadão que os alunos escolherem deverá proporcionar as mesmas
reflexões do filme.

29. Referências:

10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e


escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
30. Consideração Extra:

O Tempo estimado para o vídeo foi extrapolado, exigindo mais dois


períodos para sua conclusão e discussão, primeiro por causa do tempo
estimado não coincidir com o tempo do filme e por interrupções ocasionais
por parte da direção e coordenação durante sua exibição.

31. Avaliação pós-ação:

p) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


q) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
r) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

A ideia principalmente para a execução desta sequência didática era


apresentar o trabalho final a ser realizado pela turma, e trabalhar os conceitos
formais e práticos de um gênero biografia, aliado a discussão do filme
proposto para que dialogassem com o tema, possibilitado pelo filme, e gênero
a partir das aulas.
Logo na apresentação do trabalho final, percebeu-se uma constante
desatenção da turma quanto aos critérios a serem realizados para com a

68
atividade, todas bem explicitadas na folha entregue para os alunos. Isso
ocasionou em diversas conversar para relembrar quais procedimentos
deveriam ser realizados para o trabalho.
Durante a explanação os alunos interrompiam com questionamentos
que seriam abordados no decorrer da explicação, e como essa ansiedade e
dúvidas eram constantes, eles não acompanham o restante da explanação
com a devida atenção.
Talvez deva ser feita uma reelaboração da forma como a explanação
foi executada. E acredito que uma forma de evitar que os alunos se
antecipassem seria fazer apenas uma explanação no quadro da forma como
o trabalho deveria ser executado, e entregar a folha com as explicações
detalhamentos como forma de reiterar a explanação e guardar os tópicos
para que os alunos o revisitem.
Para o trabalho com o gênero biográfico, esperava-se que os alunos
tivessem muitas dúvidas para sua execução. Entretanto, os alunos se
mostraram bastante entendidos sobre o assunto, e finalizaram a atividade
antes mesmo do tempo proposto. Por isso, conclui a aula utilizando o
conteúdo recém trabalhado com os procedimentos que eles irão utilizar no
trabalho final, e então as dúvidas surgiram.
Percebe-se que a turma conseguia executar com satisfação as
atividades pragmáticas propostas, mas com a discussão final eles revelaram
uma dificuldade na execução de tais ferramentas próximas ao gênero
biográfico. Devido a isso, a segunda etapa da sequência que seria trabalhar
com um texto biográfico da Ruth Rocha foi reelaborado e uma nova seleção
de texto foi feita.
Assim, eu mesmo utilizei uma entrevista disponibilizada no site do G1
sobre um vendedor de pipas que doava uma pipa para cada nota 10 que uma
criança lhe apresentasse. A partir da entrevista, retextualizei o seu conteúdo
em forma de biografia, salientando os dados disponíveis da entrevista. Assim,
revelando para os alunos tanto a entrevista como o produtor final (biografia),
eles puderam visualizar como a atividade final poderia ser feita.
As atividades então sobre a biografia disponibilizada por mim surtiram

69
um efeito melhor, pois eles conseguiram conectar os conteúdos trabalhados
com a nova biografia, formalizada no modelo a ser realizado no trabalho final.
Ao final da sequência didática foi proposta o filme “A invenção de Hugo
Cabret”, que apresenta a história de um menino órfão que vive escondido nas
paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado
por seu pai. Um dia, ao fugir do inspetor, ele conhece Isabelle, uma jovem
com quem faz amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o
fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura
existente no robô. O robô volta então a funcionar, levando a dupla a tentar
resolver um mistério mágico.
O filme conseguiu prender a turma durante sua exibição, talvez pela
seu mistério e atmosfera mágica que responderam as expectativas da turma.
Entretanto, algumas partes do filme tiveram que ser revisitadas, primeiro
porque eu as julgava necessárias e foram atrapalhadas durante sua primeira
exibição, tenha sido pela entrada de alguém na sala, ou algum momento em
que a direção precisava conversar com a turma.
A proposta do lanche funcionou muito bem, inclusive vários alunos
levaram pipoca (sem a minha autorização/indicação), e a escola se propôs
em cozinhar o milho para a turma. Isso ajudou os alunos a entrarem no
universo do filme.
Para a discussão, surpreendentemente a turma respondeu a todas as
questões com bastante conhecimento, além de prolongarem a conversa para
pontos que não foram previstos na sequência didática. Ao fim, foi preciso que
eu os orientasse para que a discussão entre a temática do filme servisse para
a abordagem do trabalho final.
A turma no início pareceu não perceber a relação, que nada mais era
que a importância que todo indivíduo tem no mundo e a humanização das
relações. Por isso foi retomado um dos três primeiros vídeos utilizado na
primeira aula da regência, e com a rememoração eles perceberam que todas
atividades propostas até então estavam conectadas.
Com essa elucidação, os alunos começaram a discutir sobre as aulas
já realizadas comigo e a finalidade que elas tinham. Ao final souberam expor

70
pormenorizadamente a significação do tema do filme com o que era proposto
no trabalho final, e entenderam a importância daquele trabalho.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Nº 7 – 26/09 até 05/10

1. Tópico: Produção do Trabalho Final


2. Objetivos:
AS ATIVIDADES PROPOSTAS, NA SEQUÊNCIA, TÊM O
OBJETIVO DE CONTRIBUIR PARA QUE O ESTUDANTE
APRENDA A:
a) Atitudinais:
• cooperar para uma atmosfera de compartilhamento de
conhecimentos;
• refletir sobre a proposta do trabalho com biografia;
• respeitar o movimento de escrita silenciosa em sala de aula.
b) Factuais / Conceituais:
• reconhecer os sentidos e objetivos a estruturação do texto a ser
trabalhado;
• descobrir e entender o funcionamento do gênero biográfico trabalhado
em aula;
• colocar em prática a organização de um texto narrativo/descritivo;
• reconhecer a reescrita como um aprimoramento das insuficiências.
c) Procedimentais:
• registrar no caderno informações relevantes durante as discussões da
provocação;
• produzir textos biográficos e qualifica-los a partir da reescrita;

• participar das reflexões com respeito e adequação;

• ler silenciosamente sem desconcentrar o resto da turma.

3. Conteúdos: Produção do trabalho final.

4. Justificativa: A produção do trabalho final possibilitará os alunos


colocarem em prática os conhecimentos discutidos e trabalhados durante o
período de regência. O gênero biográfico, por sua vez, é importante para
que os alunos usem a alteridade e empatia para discorrerem sobre a vida de
alguém, com responsabilidade e empenho durante a escrita e principalmente
quanto a reflexão final do propósito que cada pessoa tem na vida.

5. Tempo estimado: 3 períodos de 45’


6. Recursos: MUC, aparelho de vídeo e xerox.

7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades e produção textual.
71
7.2. Instrumentos: Observação direta e avaliação textual.
32. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 45+45+45’
Produção da biografia para o trabalho final.

Etapa 1 (Provocação) 15min:

Discussão oral com os alunos sobre etapas para a elaboração de uma


biografia, a serem expostas no quadro para o aluno:
- Pesquisando sobre o biografado: peça permissão para escrever a
biografia; entreviste o sujeito e pessoas próximas dele; monte uma linha do
tempo da vida da pessoa para organizar a pesquisa.
- Escrevendo a biografia: experimente com a estrutura cronológica;
crie uma tese para a biografia contendo sua ideia principal; foque nos
principais eventos; inclua suas opiniões e pensamentos;
- Finalizando o texto: revise a biografia.

Etapa 2 (Produção) 30min:


Combinação dos dados coletados pelos alunos e elaboração da
biografia planejada.

Etapa 2 (Orientação individual) 45min:


Nesta etapa, os alunos receberão orientação individual para ser feito
a leitura do que já produziram e como podem desenvolver melhor o texto,
sem atentar para os problemas gramaticais por enquanto.
Ao final, a produção será entregue para a correção do professor,
cuidando as sintaxe, ortografia e desenvolvimento da proposta;

Etapa 3 (Reescrita final) 45min:


Última reescrita da biografia a partir das orientações do professor,
para ser entregue neste dia junto às informações iniciais (nome, lugar onde
nasceu, escolaridade, profissão e imagem representativa).
33. Referências:
72
10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e
escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
34. Consideração Extra:

A produção do trabalho final foi realizada não em 3 aulas como


previstas, mas em 6. Primeiro por exigir mais de 3 períodos para a sua
execução, segundo por decisão de finalizar a regência no mesmo trabalho,
sem entrar em um novo conteúdo que seria trabalhado em apenas um ou
dois períodos.

35. Avaliação pós-ação:

s) Que dificuldades acredita que os estudantes encontraram?


t) O que os estudantes precisam saber para obterem avanços na
área explorada?
u) O que precisa ser melhor trabalhado? Por quê? Como você deve
contribuir para isso?

Como esperado, mesmo com uma semana sem aula devido aos
feriados e conselho de classe, a grande maioria da turma não conseguiu
realizar a atividade da entrevista e não tinha material para iniciar a produção
da biografia em sala de aula. Aos que tinham, em grande parte já realizaram
a produção em casa.
Como o tempo para a primeira etapa era curto, apenas conversei com
aqueles que já tinha realizado para saber como procederam com a atividade.
E o que encontrei foi um trabalhado bastante diferente do que foi solicitado.
Os alunos trouxeram textos na primeira pessoa do singular, expondo a voz
do entrevistado e não como o produto de uma entrevista transformada em
material biografado.
Por isso eu utilizei a aula para relembra-los de como uma biografia
deveria ser realizada, desde da sua formalização até os produtos que
deveriam constar dentro do texto. Também solicitei para alguns alunos lerem
suas biografias e a turma discutisse sobre pontos positivos e negativos.
Felizmente os alunos cederam suas biografias e não se ofenderam com as

73
“críticas” que receberam.
A turma também revelou interesse na atividade, embora não tenham
realizado, e prometeram trazer na próxima aula o material completo para
iniciar a construção da biografia.
Como combinado, a maioria dos alunos trouxe seus materiais e
iniciaram a produção. E foi uma aula bastante satisfatória, pois a turma não
estava agitada e sua concentração estava completamente sobre a atividade.
Para aqueles que não tinha começado, conversei sobre possibilidades de
pessoas a serem entrevistas. E por último propus que eles fizessem uma
biografia sobre eles mesmo no futuro, como se pudessem viajar no futuro e
entrevista-los a partir da vida “ficcional” que haviam tido; não obstante, o
trabalho também precisava constar os conteúdos propostos na SD.
No decorrer das aulas os alunos continuaram a realizar suas
reescritas biográficas a partir das observações que eu fazia sobre seus
textos, indicando problemas textuais e temáticos, além de sugestões para
um melhor desenvolvimento textual.
Também percebi que os alunos estavam cansados de reescrever o
texto, e não o enxergavam como um processo de qualificação textual. Para
tanto, foi organizada uma aula para que ao contrário de reescreverem seus
textos, eles pudessem dinamizar um jogo de leitura e avaliação textual a
partir dos textos dos colegas.
Desta forma, os textos foram entregues para um outro colega, e eles
deveriam fazer a avaliação daquele texto de forma escrita. Ao final, solicitei
para alguns lerem e revelarem seus apontamentos, além de outros colegas
sugerirem outros pontos relevantes.
Após a avaliação dos colegas, eu os recolhi e fiz minha observação
sobre a avaliação já realizada dos colegas, a fim de apenas contribuir com
os apontamentos já sinalizados. Assim, uma última reescrita foi realizada na
turma, e os trabalhos enfim puderam ser entregues para digitalização
juntamente os dados previstos para o trabalho final.
Quanto a foto, a turma teve dificuldade em tirar fotografias ou
selecionar imagens que se relacionassem com a personalidade. Por isso, um

74
aluno propôs que ao contrário de fotografias fossem utilizadas imagens de
super-heróis, e eu juntamente com a turma achei uma ótima ideia. Desta
forma, ao entregarem sua última biografia, eles apontaram qual super-herói
escolheram para seu texto.

Anexo III: Atestado comprobatório


A entregar.
Anexo IV: Avaliação da escola
A entregar.

75
Anexo V: Autoavaliação

Em uma autoavaliação é preciso ser sincero não apenas no registro das


nossas informações como acadêmico, mas principalmente conosco quanto ao
esforço e dificuldade revelados durante o percurso avaliado. Portanto, este
parecer considera os percalços e limites durante a regência para ao final atribuir
uma qualificação.
Quanto às relações na escola, não há como melhor significar esse
diálogo se não com a felicidade de ter pertencido por um curto percurso ao
contexto escolar. Pertencer, de fato, foi o sentimento que perpassou a
experiência, fazendo que minha responsabilidade e compromisso com a escola
fosse muito além da obrigação. Assim, esforcei-me ao máximo para retribuir à
escola toda a atenção, cuidado e simpatia com que eles me receberam.
Quanto ao contato com a professora regente Elusa Beltrame, retomo os
elogios já feitos para a escola, acrescentando especialmente sua
responsabilidade e carinho. Sempre busquei a professora regente para
esclarecer dúvidas e deixa-la informada quanto às atividades e progresso da
regência, com SDs sempre enviadas previamente e atualizadas quando
necessário, além de tentar ao máximo reforçar os conteúdos que ela já
praticava com a turma.
Trabalhar com a turma 81 foi um desafio prazeroso e surpreendente.
Conheci em mim um profissional diferente da pessoa que sou no dia a dia,
trabalhando com a turma sempre descontraidamente, com bastante calma e

76
sempre atencioso aos alunos, pois além da responsabilidade imposta, era muito
divertido dialogar com as crianças.
O período revelou inúmeras dificuldades por parte dos alunos, por isso
as aulas foram retardadas para que toda a turma fosse capaz de acompanhar
os estudos. Essa experiência mostrou a importância de insistir na qualificação
do aluno, ao contrário de negligenciar suas insuficiências para dar conta de um
novo conteúdo, gerando mais percas que ganhos, pois eles não saberiam de
onde partiram e nem para onde estarão indo.
Quanto aos objetivos e conquistas, sempre me esforcei para criar um
movimento do conteúdo trabalhado em sala de aulas, para que o diálogo entre
as atividades desse a impressão de progresso. As reflexões foram importantes
nesse processo, pois geralmente elas retomavam os conceitos anteriores criava
um gancho para o próximo assunto.
Tentei também transformar atividades automáticas em formas criativas
de trabalho, como os jogos para a criação de dramas insólitos numa produção
textual, ou atividades de interação entre os alunos para trabalharem
complementos verbais.
Por fim, a experiência foi feliz e prazerosa, e todo o vínculo realizado
entre o contato na universidade a partir das orientações e conversas com
colegas junto à atividade de regência propiciaram um percurso de reflexão e
evolução, somando conhecimentos e ideias para um trabalho de ensino
satisfatório.
Nota: 1,0 (Integral)

77
Anexo VI: BIOGRAFIAS DO PRODUTO FINAL

Nome: Viviane Gonçalves da Silva


Data de nascimento: 27/11/1975
Profissão: Operadora de Caixa
Entrevistador: Jêniffer G. Vieira

Na infância, Viviane sempre era a melhor em quase todos os esportes,


inclusive um professor pediu para ela jogar em um time de vôlei, mas
infelizmente não pode aceitar, pois ela teria que pedir muito mais dinheiro para
sua mãe. Além disso, ela era uma defensora, batia em todo mundo que
incomodava seus irmãos.
Hoje em dia ela tem três filhos, que cria sozinha, além de comprar ração
para todos os gatos que tem em casa.
No trabalho, ela tem que lidar com todo tipo de pessoa, mas já está no
mesmo emprego a 5 anos, ficando acostumada com qualquer diferença.
Pela sua história, ela é muito forte e corajosa, como muitas mulheres que
cuidam de seus filhos sozinhos.

Nome: Jackson Jardel Fagundes Weschenfelder


Data de nascimento: 19/03/1999

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Profissão: Estudante de Pedagogia
Cidade de nascimento: Venâncio Aires
Entrevistador: Amanda Xavier

Jackson Jardel Fagundes Weschenfelder nasceu no dia 19 de março de


1999 na cidade de Venâncio Aires, e atualmente cursa pedagogia na UFSM, já
tendo trabalhado em inúmeras escolas, e hoje na escola Renato Zimmerman.
Aos 12 anos, Jackson foi convidado para ser padre, e deste então
começou a viver uma vida religiosa. Percebendo que tinha espirito de líder,
passou a frequentar inúmeros grupos e dentro disso tudo se viu como uma
pessoa dedicada, persistente, muito respeitosa, com uma espiritualidade
gigante e uma fé enorme.
Quando questionado, Jackson afirma que como professor, tem a
obrigação de zelar por uma sociedade justa para todos e isso só se consegue
ensinando as pessoas a questionarem tudo e a lutar pelos seus direitos.
Com sua personalidade focada, determinada e com senso de
solidariedade ao próximo, ele procura sempre opinar, colaborar e ser útil a
sociedade, acreditando que se cada um fazer seu “papel” no mundo, já está
contribuindo para um mundo melhor. Assim, de pouco em pouco vamos unindo
forças para o bem de todos.

Nome: Nadir Graciano da Silva


Data de nascimento: 07/09/1983
Cidade de nascimento: Santa Maria
Profissão: Assistente administrativa
Entrevistador: Brenda Xavier

Nadir Graciano da Silva nasceu no dia 7 de setembro de 1983 em Santa


Maria, RS. Uma pessoa alegre, gentil, inteligente, dedicada e de personalidade
extremamente forte, que exerce a profissão de assistente administrativa numa
empresa.
Durante sua infância, a mesma sofreu devido a ausência do pai que
nunca ajudou na sua criação e do irmão. Logo quando se viu capaz de ajudar a

79
família financeiramente, apesar da pouca idade, Nadir começou a trabalhar em
uma casa de família.
Seguindo sua trajetória, as condições foram melhorando e ela concluiu o
ensino médio e começou a crescer profissionalmente, conquistando também
realização pessoal ao construir uma família com um esposo e três filhas.
“A vida é feita de escolhas, e desde muito nova tracei meus objetivos e
jamais pensei em desistir deles. Ainda não é o suficiente para mim, e almejo
sempre o melhor para minha família. Vou concluir minha faculdade e continuar
guiando meu destino que depende inteiramente de mim até que a minha missão
aqui seja cumprida.”
Finaliza Nadir ao dizer que “Plantarás hoje e colheras amanhã seus
frutos”, ilustrando sua batalha diária, como exemplo de mulher guerreira que
traçou seu próprio destino sem medo da vida. Um orgulho de mulher para
nossa sociedade e uma pessoa que está conquistando seu próprio espaço.

Nome: Júlio Gonçalves Nascimento


Data de nascimento: 28/09/1991
Profissão: Vendedor de Carros
Cidade de nascimento: Porto Alegre
Entrevistador: Filipi Pereira

Júlio é um vendedor de carros que está a mais de 5 anos nesse ramo e é


conhecido por bastante gente.
Ele nasceu no dia 28 de setembro de 1991 em Porto Alegre e desde
pequeno ele adorava brincar de carro e sempre sonhou em vender carros.
Seu primeiro carro foi um fusca que pode comprar quando trabalhava em
um restaurante. A família dele sempre o apoiou em tudo, e ele sempre disse
que gostava de suco de laranja, mas ninguém sabia o porquê, sendo visto
sempre como uma pessoa misteriosa para alguns e um livro aberto para todos.
Ele gosta de suco de laranja porque assistia muito Kenan e Kel, e na
série o Kel gostava de refrigerante de laranja, mas como ele não podia comprar
refrigerante, tinha que escolher pelo suco.
Seu sonho hoje é um dia conseguir abrir sua própria concessionária.

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Keep dreaming, my friend!
Bônus: Se eu pegar um sino de igreja e colocá-lo num forno, o que sou?
R: Um assa sino.

Nome: Luiz Silva


Data de nascimento: 1972
Profissão: Agente comunitário
Entrevistador: Dionathans

O senhor Luiz Silva tem 46 anos e hoje trabalha de agente comunitário


em Porto Alegre, mas sua infância não foi tão boa quanto das crianças de hoje
em dia.
Na sua infância, Luiz foi separado de seus irmãos, indo viver com sua
irmã mais velha. Com o passar do tempo, Luiz achou uma esposa chamada
Daniéla e continuou sua vida, mas jamais esquecendo de seus irmãos.
Atualmente ele trabalha de agente comunitário, indo de casa em casa
ajudando as pessoas e cuidando para se elas estão bem, para que seu
passado cruel não se repita com outros.
Assim, Luiz demonstra que a vida é feita de escolhas, e a melhor forma
de exercer a solidariedade é através do altruísmo, ajudando outras pessoas em
troca de nada.

Nome: Carlos Eduardo dos Santos


Data de nascimento: 06/11/1975
Profissão: Serviços gerais
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Wesley Gabriel dos Santos

Carlos Eduardo dos Santos nasceu no dia 06 de novembro de 1975, na


cidade de Santa Maria, e atualmente trabalha com serviços gerais.
Carlos tem uma personalidade forte, e é uma pessoa extrovertida, com
caráter e um pai atencioso. Tem uma boa relação na sociedade e em vários
ambientes, como no bairro e no trabalho.

81
Quando criança, era bastante vista em sociedade, sendo educado,
prestativo, amigável, brincalhão e com o passar dos anos, sua aprendizagem o
proporcionou a ser uma pessoa responsável e atenciosa. E hoje tenta passar
essa educação aos seus filhos.
Seu filho teve uma aprendizagem igual ao seu pai quando criança, o
ajudando a fazer amizades novas e a não ter vergonha de falar com os
professores e os colegas para criar novos laços.

Nome: Rosineri Medianeira Alves dos Santos


Data de nascimento: 07/11/1966
Profissão: Profissão
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Paola Nunes Rodrigues

Rosineri é uma professora que desde muito já começou a demonstrar


interesse em trabalhar com a educação, principalmente na área da educação
infantil, pois sempre achou que se realizava profissionalmente trabalhando na
formação de pessoas.
Com o passar dos anos buscou aperfeiçoar-se na área educacional. Se
formou no magistério em 1986, fez a graduação em pedagogia em 2002 e pós-
graduação em educação infantil.
Sempre buscando uma formação continuada em cursos e seminários
para aperfeiçoar-se em seu trabalho e atualizando seus conhecimentos em
relação às leis que regem a educação. Hoje nossa educação é regida pelo
BNCC, onde são metas e planos que devemos seguir e colocar em práticas
pedagógicas.
Rosineri escolheu ser professora porque ela sabe que não ia mudar o
mundo. Mas escolheu ser professora e deixar um pouco de seus
conhecimentos e vivências que podem servir de exemplo às pessoas por todos
seus anos de dedicação.
É sempre importante conhecer a vida dos professores, pois desde cedo
vivemos nossas vidas juntas aos professores, e eles nos ensinam que devemos
valorizar nossos familiares e nossos estudos para que tenhamos um futuro

82
melhor, fazendo parte de uma sociedade mais justa e democrática.

Nome: Cintia Marques


Data de nascimento: 26/09/1989
Profissão: Gerente em rede de papelarias
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Jonathan Marques dos Santos

Cintia vem de uma família humilde, onde nada era fácil, tudo era
dificultado. Morava no interior da cidade, e seu pai e mãe trabalhavam para
manter a casa. Ela ajudava muito os pais, e afirma ter muitas lembranças boas,
com os valores e educação num nível mais respeitoso.
Ela recorda que as necessidades eram entediantes e não tinham a
cobrança que tem hoje, embora quando quisesse alguma coisa e não podia
obter, ficava um pouco chateada mas logo passava.
Sempre respeitou seus pais, tinha orgulho da sua mãe que mesmo com
doenças continuava ajudando seu marido que tinha problemas com álcool,
nunca desistindo de ter uma vida melhor.
Todo a rigidez da infância fez da Cintia uma mulher forte e batalhadora,
não se arrependendo de nada. Hoje é uma pessoa gentil, educada, respeitosa e
dedicada à família.
Nunca sabemos os dias de amanhã, por isso devemos sempre fazer o
melhor e dedicar-nos para vivermos em paz e harmonia.

Nome: Simone Beatriz Pereira


Data de nascimento: 1978
Profissão: Empregada doméstica
Cidade de nascimento: Júlio de Castilhos
Entrevistador: Tainara

Simone Beatriz Pereira de Ávila, 40 anos, nascida no ano de 1978,


naturalidade de Júlio de Castilhos, é empregada doméstica, trabalha na

83
empresa Sulclean, e o papel dela é importante para a sociedade, pois ela e
suas colegas limpam a universidade para deixarem tudo cheiroso e preservado
para que os alunos possam estudar. Até porque nenhum aluno de lá
conseguiria estudar no meio da sujeira.

Nome: Washington Alves Flores


Data de nascimento: 03/10/1982
Profissão: Funcionário Estadual
Cidade de nascimento: São Borja
Entrevistador: Camily

Washington Alves Flores é um funcionário estadual do colégio Naura


Teixeira Pinheiro, e escolhei essa profissão por ter surgido uma oportunidade,
pois estavam precisando de funcionário, e sem funcionários o colégio não
funciona. Ele gosta muito dessa profissão, pois é muito honrosa e honesta, e
sua família ficou feliz e o apoiou muito por ter conseguido esse emprego.
Os valores de um funcionário público são reconhecidos por sua
dedicação, capacidade e comprometimento, cuidando e resguardando os
alunos, professores e diretores, limpando a escola para que todos possam
estudar com tranquilidade em um bom ambiente.
Já pensou como iria ficar o colégio sem os funcionários? Seria um caos!
As salas iriam ficar sujas, impedindo os alunos de estudarem e os professores
de darem suas aulas. Se não fosse pelos funcionários, como iriamos estudar?

Nome: Milena Cardoso Xavier


Data de nascimento: 06/12/1998
Profissão: Estudante
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Naéli Cardoso

Milena Cardoso Xavier é uma pessoa muito importante para a sociedade,


pois ela se preocupa com o bem-estar dos animais, principalmente dos
cachorros de rua. E se preocupa com que os animais tenham um bom lar, e

84
melhores condições para se viver, pois considera os animais parte de sua vida
e não vê diferenças entre eles o os seres humanos.
Ela os alimenta quando pode, e os animais a adoram porque sabem que
quando ela vem para perto deles, ela traz alimento e muito carinho.
Ela é um exemplo de pessoa, e em sua vida já adotou 3 cachorrinhos,
dois machos e uma fêmea: o Floquinhos, Negão e a Amanda, que cresceram
lindos e muito saudáveis.

Nome: Lúcio Soares dos Santos


Data de nascimento: 09/01/1979
Profissão: Marceneiro
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Jonathan Martim dos Santos

Lúcio Soares dos Santos nasceu no dia 9 de janeiro de 1979, em Santa


Maria. Ele trabalha atualmente como marceneiro, mas começou na profissão
desde seus 12 anos. Sua relação na sociedade é tranquila, e suas principais
características e pontos relevantes são a dedicação e a responsabilidade, além
de ser uma pessoa reservada.

Nome: Roana Etiele Hoehr Barroso


Data de nascimento: 11/02/1988
Profissão: Dona de casa
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Manuela Hoehr Barroso

Roana Etiele Hoehr Barroso nasceu em Santa Maria no dia 11 de


fevereiro de 1988, e atualmente é dona de casa. Engravidou pela primeira vez
aos 14 anos e sofreu preconceito por ser tão nova, incluindo sua família.
O marido dela tentou tirar a criança da barriga dela. Junto com a avó eles
disseram que a Roana estava doente e a propuseram um remédio, mal ela
sabia que estava tomando um remédio de aborto.
Quando terminou o remédio ela foi comprar um novo e descobriu que

85
estava grávida e que estava tomando um abortivo. E sem pensar duas vezes
ela parou de toma-lo. Desde aquele dia ela já amava seu filho, mesmo sem
saber se era menino ou menina, porém teve que largar os estudos cedo e não
pode ser advogada como era seu sonho, mas sempre se esforçou para deixar
sua filha feliz.
A menina filha da Roana teve alguns problemas por causa do remédio do
aborto, mas hoje em dia ela está bem, mesmo escrevendo algumas coisas
erradas e escrevendo como a se fala. Em sua infância ocorreu muita confusão,
como ter nascido com um pulmão menor que o outro, mas felizmente já se
curou.
Hoje a sua filha é grata pela mãe ter salvo sua vida, e acredita que
Roana é um exemplo de mulher guerreira, a ser admirada por muitos pela sua
alegria e divertimento, mesmo com toda a maldade que passou na vida. Nem
sempre as coisas são fáceis, mas a felicidade sempre supera a tristeza.

Nome: Marci Silva de Freitas


Data de nascimento: 29/07/1959
Profissão: Professora aposentada
Cidade de nascimento: Júlio de Castilhos
Entrevistador: Nicolly

Marci da Silva de Freitas nasceu em Júlio de Castilhos no dia 29 de julho


de 1959, e foi professora estadual trabalhando nos primeiros anos em Júlio de
Castilhos e nos últimos dezoito anos na E.E.E.M. Profª Naura Teixeira Pinheiro.
Durante sua vida enfrentou muitos desafios na caminhada profissional nestes
trinta e oito anos. O momento mais desafiador dela foi implementar o ensino
médio na escola Naura Teixeira, juntamente com o esforço dos professores,
funcionários, alunos, comunidade escolar e direção, que na época era a
professora Tânia Couto.
A supervisora Mara Moreira e ela como professora do ensino
fundamental e orientado da escola conseguiram com muito trabalho e
dedicação implementar o ensino médio na escola.
Hoje ela é uma professora aposentada realizada e feliz, pois ela amava o

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que fazia, e empenhava todo o seu esforço para ensinar valores importantes na
vida de cada aluno que eram confiados a ela. Aprendeu muito com todos os
seus alunos, onde interagiam uns com os outros e ela era mediadora de ensino.
Ela afirma hoje que sua missão foi cumprida, e tem a satisfação de poder
contemplar alunos formados em medicina, direito, fisioterapia, fonoaudiologia,
odontologia, engenharias e muitos outros cursos de sucesso.
Eu, entrevistadora, convivi com a professora Marci por muitos anos na
escola Naura Teixeira, também como colega da minha mãe como profissional
da educação. Sempre pude constatar o empenho da professora em melhorar
nossa escola e o nosso ensino. Ótima profissional e amiga de todos os alunos,
amo ela e vou levar como exemplo em toda a minha vida. A ex professora Marci
é uma pessoa muito especial para mim e está sempre me ajudando na vida
escolar.

Nome: Jucelaine Obaldia Martins


Data de nascimento: 14/01/1968
Profissão: Professora
Cidade de nascimento: Santa Margarida do Sul
Entrevistador: Jean Martins

Jucelaine Obaldia Martins morou na cidade de Santa Margarida do Sul e


atualmente mora na cidade de Santa Maria.
A mudança de Jucelaine Martins de uma cidade para a outra foi
extremamente positiva, pois agora ela conseguiu ter sua casa própria e seu
emprego.
Ela é muito importante, pois traz conhecimento de uma variedade de
coisas e além disso, ela também traz o respeito e a educação para todos.

Nome: Célia Diniz Siqueira


Data de nascimento: 26/03/1998
Profissão: Estudante
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Franciele Mendes

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Célia tem atualmente 19 anos e estuda para ter um trabalho bom, hoje
mora em Santa Maria. Em sua infância ela era uma sapeca bobinha e a mãe
dela criou ela desde pequena com amor e carinho, nunca faltando nada para as
duas. Quando ela tinha 11 anos, ela perdeu a pessoa que mais amava, sua
avó, e até hoje ela sente sua falta.
Nesse período, ela estudava numa escola e tinha poucos colegas. Ela
era diferente dos colegas, pois era a única com cabelo curto e também usava
os abrigos do colégio: era um conjunto com o símbolo da escola Marista, onde
estudava.
Seus colegas também eram falsos e ela era uma pessoa quieta. Um dia
a professora deu para turma dela um coelhinho para cuidarem no fim de
semana compartilhando entre um colega por vez. Segunda a sexta ela cuidava
e dava tudo para o animalzinho, e depois outro colega levava o coelhinho.
Depois ela mudou de casa e escola, tendo que se separar de uma
melhor amigada, deixando-a triste por um tempo. Na nova escola ela não se
encaixou e achava suas colegas invejosas e chatas, e por isso ela sofria
bullying.
Hoje ela tem o sonho de conseguir entrar na faculdade e conseguir um
bom emprego.

Nome: Jocelaine Quevedo


Data de nascimento: 21/01/1983
Profissão: Operadora de caixa
Cidade de nascimento: Santa Maria
Entrevistador: Jully Luiza

Quando a Jô era pequena ela não tinha muito tempo para estudar, por
isso ia mal na escola. Ela não tinha tempo porque limpava a casa e cuidava dos
irmãos dela, e as irmãs ficavam num internato na maior parte da semana.
Mesmo ela não tendo tempo para estudar, ela sempre procurava aprender um
pouco mais.

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Além disso, ela não tinha muita roupa e sapatos para usar nos dias da
semana, mas nem um momento ela reclamava do que ela não tinha ou deixava
de ter.
É importante refletir que ela mesmo tendo pouco tempo, nunca deixou de
ter um coração grande, bondoso, carinho e amoroso. Por isso ela é o que é
hoje, sempre fez de tudo e mais um pouco para ajudar os outros.
Sua importância na sociedade é que ela quer fazer do mundo um lugar
melhor. Ela trabalha no mercado como operadora de caixa e é bastante
orgulhosa de seu emprego.

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