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b) da escola-campo de estágio
c) da Turma de estágio
Ano: 8º
Turma: 81
Turno: Manhã
Professor Regente: Elusa Fogliatto Beltrame
SUMÁRIO
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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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estagiário.
Entre as maiores dificuldades era criar atividades que contemplassem toda
a hora, pois sempre havia uns ou outros que se negavam a participar das aulas, o
que acarretava ou em conversas paralelas ou alunos apáticos. Entretanto,
acredita-se que no final vários desses compraram a ideia do professor e
finalizaram o período de regência satisfatoriamente.
Por fim, encontrar-se-á neste relatório todas as conclusões e atividades
realizadas no período de regência, iniciando com uma avaliação sobre o estágio,
seguindo para reflexões sobre o trabalho com a linguagem, conclusões sobre o
planejamento prévio, considerações finais, biografia e anexos.
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2 AVALIAÇÃO GERAL SOBRE A REGÊNCIA
2.1 Reflexões sobre a relação entre o projeto inicial e a proposta
dinamizada:
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algumas provocações e criação do título do produto final.
Os tópicos gramaticais trabalhados no período de regência foram os
termos integrantes da oração, especialmente as vozes verbais. Entretanto, para
que este conteúdo fosse fixado com qualidade, optou-se para retomar os
conteúdos anteriores, como forma de revisão ou retomada durante outras
atividades.
Foi importante sempre abordar conceitos de sujeitos e predicativos, mesmo
que isso “atrasasse” o próximo conteúdo, pois buscou-se o entendimento
completo da turma sobre o assunto, ou haveria uma vagueza nas próximas
explicações.
Embora o conteúdo não estivesse ligado a nenhum gênero textual, várias
foram as abordagens dentro de textos trabalhados em sala de aula, mesmo em
propostas de trabalhos diferentes, como organização estrutural de biografias.
Dessa forma a turma sempre estava em contanto com tópicos gramaticais, além
da percepção de que eles estão presentes em todos os contextos.
Quanto às avaliações, a maioria das atividades de produção não
receberam qualificações específicas se não pela simples facção. Quanto ao
produto final, onde ocorreu mais retomadas aos textos, foi realizada uma
avaliação progressiva dos alunos, priorizando a evolução na construção textual.
Entretanto, na prova, os alunos tinham entendimento do peso nas questões
a serem realizadas, além de ser exigido apenas 15 das 20 questões propostas.
Assim, os alunos tinham autonomia para escolherem as que mais lhes
contemplassem. Após a prova, foi realizada a refacção dela com o peso de duas
questões da prova, a ser acrescida ao conceito final.
Por fim, percebe-se que a maior dificuldade da turma está em relacionar os
conceitos estudados com as atividades propostas, mesmo que essas sejam
retificadas durante a própria produção da atividade. Assim, uma outra abordagem
deveria ser pensando, com temas mais próximos ao contexto dos alunos e
atividades intuitivas ou lúdicas, como jogos.
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turma com 30 alunos e conseguir conquista-los não só afetivamente, mas nas
atividades propostas, para que as realizem com prazer e responsabilidade,
exige do docente uma organização do trabalho e um esforço mental/físico para
dar continuidade às aulas.
Por isso o planejamento prévio é bastante necessário, pois desta forma é
possível organizar a rotina docente e prever dificuldades durante suas
aplicações. Entretanto, nem sempre o planejamento funciona como esperado, e
é preciso então ter certo jogo de cintura para comandar a turma.
De qualquer forma, muitas aulas são finalizadas com um sentimento de
insatisfação, por muitas vezes incorrigível. Essa comoção deve sempre ser
entendida como aprendizagem, e não deixar que afete o progresso da regência,
pois todo o trabalho, não apenas de professor, terá seus dias ruins e
improdutivos, e nem por isso acabam por significar o trabalho como um todo.
Quanto a seleção dos conteúdos e seu planejamento, é sempre muito
ilusório no início imaginar atividades incríveis para a turma, principalmente
quando não temos nenhum costume de trabalhar com uma turma grande e
jovem, como é meu caso. Por isso, na sequência das aulas as elaborações
foram mais significativas para a turma, e os trabalhos foram pensados para
serem executados com calma e paciência, priorizando a qualidade à
quantidade.
Por fim, o maior ganho é o compartilhamento de experiências entre o
professor e os alunos, além do afeto recebido pela turma pela sua forma de ser
e agir dentro da sala de aula. E essa aproximação foi essencial para que meu
período de regência finalizasse com sucesso, pois a liberdade que os alunos
tinham em minhas aulas para exporem suas opiniões, anseios e dúvidas foi
excepcionalmente superior ao registrado no período de observação.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5 ANEXOS
Anexo I: Cronograma
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12 (24/08) (25min) Leitura e análise de uma autobiografia;
Nº 05
17 (05/09) (45min) Prova do conteúdo: agente da Passiva;
Prova: agente da entrega do resumo;
passiva.
18 (05/09) (45min) Refacção da prova para os alunos
que tiraram CPA ou CRA;
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(Reescrita) 26 (26/09) (45min) Segunda reescrita da biografia final e
orientação do professor;
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Anexo II: Sequências Didáticas
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sobre “relatos de vidas”; produção de texto narrativa-descritivo.
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
8. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 30’
Apresentação do projeto de estágio, e leitura das biografias de autores de
livros.
A conversa com os alunos pretende-se breve. Apenas explicando o
período de regência e debatendo alguns pontos:
- Extensão da regência;
- Tipos de atividades a serem realizadas;
- Avaliação;
- Conteúdo programático;
- Uso do livro didático;
- Produção textual;
- Trabalhos em casa;
- Sugestões da turma.
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Esse momento servirá como instigação, pois procura-se que o aluno
defina o fragmento. Em discussão oral, questionar:
- O que são esses pequenos fragmentos?
(pequenos resumos sobre o autor; biografia do autor; vida do autor;
- Para que servem?
(Contextualizar a obra; apresentar o autor; localizar a produção da
obra)
(Oferecer que algum aluno leia seu fragmento)
- Que gênero vocês acreditam que é esse?
(resumo; biografia; relato de vida)
- Como esse gênero funciona?
(descrição; contar uma história; resumir o autor; dizer quem escreveu)
- Em que outras mídias/formas nós podemos encontrar esse gênero?
(como vídeos descrição; de forma narrativa; de forma detalhada; de
forma resumida; de forma ampliada)
- Onde podemos encontrar esse tipo de gênero?
(Blogs; revistas; jornais; livros didáticos; livros literários; redes sociais)
Etapas:
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- Questionar os alunos após cada vídeo, sobre o que se trata,
orientando-os a registrarem no caderno informações que acharem
relevantes;
Comando:
Provocação:
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Produção textual diagnóstica:
Comando:
4ª Aula 45’
Breve discussão oral e refacção do texto.
Esta etapa iniciará com uma breve discussão oral para relembrar
alguns assuntos comentados nas etapas anteriores. Ao final, os alunos irão
refazer o texto atentando para as observações do professor. Essas
observações devem se preocupar principalmente com a coesão textual e a
coerência da atividade, além da clareza do discurso. Questões formais ou
gramaticais não são abordagens imediatas nesa fase.
Comando:
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A partir das observações do professor, reescreva seu texto
atentando para as fragilidades destacadas por ele.
9. Referências: https://www.youtube.com/watch?v=pDh4x1W45bo
; https://www.youtube.com/watch?v=Fb_Z-Ty1Eh4 ;
https://www.youtube.com/watch?v=Lp4YcKygK2s .
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cidadania; além disso, dialogar com os alunos sobre as expectativas e
demandas que o período de estágio proporcionará, como também sugestões
para organizar atividades que lhes agradem, divertem ou estimulem.
Sendo minha turma de oitavo ano bastante comunicativa, tanto a
conversa sobre o período de regência quanto as discussões levantadas em
sala de aula foram extremamente satisfatórias, sem precisar guiar as
reflexões com questões orientadoras previamente preparadas, pois a turma
sozinha direcionou a conversa. Entretanto, essa abertura para discussões
vem acompanhada de bastante agitação pela turma, exigindo de mim um
controle rigoroso para manter os alunos focados no assunto ou atentos à
aula.
Na sequência, durante a produção textual, foi perceptível a dificuldade
dos alunos em manterem-se concentrados para a atividade, o que não foi
nenhuma surpresa, já que esse detalhe era previsível em uma turma de 30
alunos e constado durante o período de observação. A problemática nessa
etapa está em alguns alunos que não se interessaram pela atividade e se
recusaram a participar, não significando incapacidade intelectual ou que são
problemáticos em sala de aula; ao contrário, são
alunos bastante introspectivos na turma. Felizmente, na aula seguinte,
conversando particularmente com eles, os convenci a produzirem algum
texto a fim de registro avaliativo e principalmente diagnóstico.
A melhor surpresa, por fim, foram os textos produzidos pela turma.
Compreendi que diferente do que constatei no semestre anterior, os alunos
possuem uma qualidade de escrita muita boa, apresentando problemas
pequenos de ortografia ou sintaxe para serem corrigidos, com poucos casos
de textos que precisam uma atenção maior. Não obstante, o mais feliz foram
as abordagens que eles criaram nas narrativas, mostrando uma
sensibilidade e um senso crítico bastante pertinente, devendo ser
potencializado no futuro.
Assim, sendo esta uma turma bastante solidária, respeitosa e
participativa, as discussões e os trabalhos textuais serviram adequadamente
para possibilitar que os alunos externassem suas melhores qualidades.
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Entretanto, uma das dificuldades encontradas durante a realização dos
trabalhos foi o de interpretação, que acredito ser o maior desafio para a
turma durante 81.
4. Justificativa: O texto biográfico pode ter várias formas, sendo uma delas
o formato de relato, e esse pode ser real ou ficcional. A importância deste
conhecimento é possibilitar o aluno a trabalhar com a linguagem em
diferentes esferas; e uma vez que o relato permite um desenvolvimento
menos restrito em sua composição, faz-se positivo iniciar o trabalho com o
gênero biográfico por subgêneros mais maleáveis, além de possibilitar a
criatividade temática do aluno a partir de situações reais ou não.
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7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
Questões norteadoras:
Você tem alguma memória favorita da infância?
Que lição foi passada para você, que você gostaria que fosse passada
para os seus filhos?
Que experiência de infância te impactou positivamente ou
negativamente?
O que acontece com o corpo após a morte?
Por que falamos pouco sobre a morte?
Por que muita gente tem medo de morrer?
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sobre as temáticas presentes, a fim de promover um espaço coletivo para
refletir sobre a leitura.
Texto 1:
Tiros no Dakota
Um, dois, três... cinco tiros na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova York.
Estilhaços de vidro.
Um homem — casaco de couro, óculos e um punhado de fitas cassete debaixo do
braço — esboça, cambaleante, seus últimos passos em direção ao Edifício Dakota. Por fim,
cai, não longe da arcada externa do edifício, diante do porteiro do prédio, Jay Hastings.
— Fui baleado! — consegue balbuciar. Contorce-se, tosse, vomita sangue, pedaços
de tecido.
Interrompendo a leitura de um livro, no elegante pequeno hall de mogno do Dakota,
Jay Hastings, estarrecido, aciona o alarme para chamar a polícia e corre para junto do corpo
agonizante.
Tira-lhe os óculos, que parecem fazer pressão sobre seu rosto, despe-se de seu
paletó azul e o cobre. O sangue jorra em abundancia do peito — por isso, tira a gravata para
fazer um torniquete, mas não há como fazer torniquete algum.
Retorna ao seu posto, apanha o telefone, disca 911 para pedir uma ambulância, um
médico, ajuda.
De volta, ajoelha-se: olha com ternura para aquele homem cujas canções
embalaram sua juventude, negando-se mentalmente a inserir aquela cena na sua extensa
coleção de lembranças:
— Tudo bem; você vai ficar bom — implora.
23 de outubro de 1980, Havaí: um jovem alto e de compleição forte, 25 anos, pede
afastamento do condomínio de alto luxo em Honolulu, onde trabalha como segurança. Ele
assina a demissão com um nome falso e, quando lhe perguntam se quer outro emprego,
simplesmente responde:
— Não, já tenho um trabalho para fazer.
Quatro dias depois, graças à sua antiga ocupação, adquire sem muita dificuldade um
revólver calibre 38 numa casa de armas localizada a um quarteirão da chefatura de polícia
da capital havaiana, e segue para Nova Iorque.
Na frente do Dakota, enquanto espera pelo seu ídolo no pátio reservado aos fãs dos
moradores do prédio, as horas se arrastam, naquela segunda-feira.
Finalmente, quando ele passa, a caminho do estúdio Hit Factory, onde estava sendo
aguardado pelo produtor Jack Douglas para mixar a música Walking on Thin Ice, com
guitarras e teclados bem ao estilo disco music, estende-lhe o disco Double Fantasy e pede
um autógrafo.
Agradece, mas não vai embora: são quase 17h — a noite será longa.
Para se distrair, leva debaixo do braço um livro empolgante — O apanhador no
campo de centeio, de J. D. Salinger, no qual se identificou cegamente com o personagem
principal, um adolescente revoltado que odeia falsidade. Se preciso, farão companhia um ao
outro, madrugada adentro.
Mas eis que a limusine que o levara volta em pouco tempo. Para na frente do
Dakota; a porta se abre.
Acompanhado da mulher, o homem de óculos e blusão de couro não demorou muito:
passava das 22 horas quando se despediu da equipe do estúdio, prometendo voltar na
manhã seguinte. Dispensou até mesmo o jantar marcado no restaurante Stage Deli e decidiu
voltar para casa: queria ver o filho, Sean, antes que ele dormisse.
O homem desce do carro; o jovem o interpela pelo nome:
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— Mister...?
A miopia os aproxima na escuridão.
Então, o desconhecido saca a arma do casaco, agacha-se na posição de tiro e
dispara, quase a queima-roupa.
Um, dois, três... cinco tiros na noite de 8 de dezembro de 1980, em Nova York.
Gritos desesperados, uma sirene, uma radiopatrulha rasgando a cidade a caminho
do St. Luke's Roosevelt Hospital.
No pátio reservado aos fãs dos moradores do Dakota, Mark David Chapman,
cidadão norte-americano, aguarda calmamente a polícia: quando Steve Spiro, primeiro
policial a chegar ao local do crime, apareceu, Mark deixou cair o revólver, não ofereceu
resistência, entregou-se.
— Você sabe o que fez? — pergunta-lhe um dos porteiros do Dakota.
— Eu matei John Lennon.
Texto 2:
Pobre menino Winnie
A espessa fumaça levantada pelo bombardeio aéreo sobre Liverpool, Inglaterra, mal
tinha se dissipado naquele 9 de outubro de 1940, quando, às 18h30, o choro de um recém-
nascido ecoou nos corredores do Oxford Street Maternity Hospital.
Depois de um complicado trabalho de parto, Julia Stanley — uma típica jovem dona
de casa de classe média baixa — dava à luz seu primeiro filho, o menino John Winston, para
quem o pai Alfred, marinheiro e músico amador, só acenaria para desejar as boas-vindas do
outro lado do oceano.
Apesar de ausente — naquele e em tantos outros anos —, Fred cuidou de garantir a
linhagem e o provento do guri, assim que ele nasceu: algo portentoso, seu nome de batismo,
John Winston Lennon, era uma homenagem ao bisavô Jack (John) Lennon, que havia
integrado o grupo musical Andrews Robertson's Kentucky Ministrels, e ao prestigiado
primeiro-ministro Winston Churchill, que, naquele tempo, zelava pela soberania da Grã-
Bretanha e conduzia os destinos da nação, num mundo ameaçado pelo nazismo.
Em breve, porém, a distância entre Julia e Fred selaria — a pedido dela — a
definitiva separação entre eles e, a partir de 1942, o dinheiro para o sustento do pequeno
John minguou. [...]
Imersa em dificuldades financeiras, Julia — que, naquele momento, já trabalhava,
bebia e fumava — se viu à deriva diante da tarefa de educar o menino. Preferiu casar-se
novamente e entregar a tutela de John à irmã Mary Elizabeth — a tia Mimi — e seu marido
George Smith, um austero casal de meia-idade que não tinha filhos.
Coube assim ao tio George ensinar o pequeno John Winston a ler e escrever e levá-
lo vez ou outra ao cinema. [...]
Assim, antes de completar 6 anos, John Lennon já tinha provado o dissabor de ser
abandonado pelos pais e vivia com os tios no bairro de Woolton, na 251, Menlove avenue,
local de grande concentração de médicos e advogados e distante apenas 5 quilômetros da
casa da mãe.
— Eu era um autêntico menino suburbano, cheiroso e bem-cuidado, meio palmo
acima da classe social de Paul, George e Ringo, que viviam em moradias subsidiadas pelo
governo. Nós, não: tínhamos nossa casa e nosso jardim. Assim, eu era algo como um fruto
proibido, em comparação com eles... — contaria mais tarde John, com suas próprias
palavras.
Apesar disso, e desce muito cedo, Lennon se tornou "o garoto que os pais não
queriam ao lado de seus filhos": tinha apenas 6 anos quando foi expulso pela primeira vez de
uma creche porque aterrorizava as menininhas. [...]
Os anos 50 arrebataram este jovem transviado, acentuaram seu sarcasmo e
irreverência e o lançaram definitivamente no submundo: John Lennon vestiu-se de couro e
se empapuçou de gomalina, abraçou o skiffle, mistura de rock e música popular inglesa que
virou mania na Grã-Bretanha, ganhou da tia Mimi um violão e enfrentou a primeira morte na
família — a do tio George, em 1953, cuja ausência incentivou sua mãe Julia a se aproximar
um pouco mais dele, numa relação de franca e despretensiosa camaradagem. Coube a ela,
então, lhe ensinar os primeiros acordes de guitarra e encorajá-lo a seguir adiante com a
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música.
— Isso é bom como hobby, mas você nunca vai ganhar a vida assim. — instruía a tia
Mimi, ao ver o sobrinho dedilhar o instrumento até sangrar os dedos.
Mas o rock expressava seu inconformismo, sua dor.
E lhe trazia de volta a companhia da mãe — até que o ano de 1958 a extirpou
definitivamente de sua vida, depois que um policial bêbado chamado Eric Clague a atropelou
na frente de casa e a matou aos 44 anos de idade, no dia 15 de julho. [...]
John Lennon tinha então 17 anos:
— Minha primeira lembrança da vida é a de um pesadelo — confessaria,
amargurado, na autobiografia dos Beatles.
De fato, o sonho ainda estava em gestação.
Tópicos sugeridos:
Sobre qual personalidade trata os textos?
Que diferentes fases da vida são retratadas?
O que os títulos sugerem sobre os textos?
Qual dos textos é mais feliz ou melancólico, e por quê?
O que caracteriza esses textos serem relatos biográficos?
Etapa 3:
- Estrutura;
- Organização frasal;
- Elaboração de ideias;
- Gramática.
Comando:
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4 A Madame D botou fogo na casa Verde Não sabia cozinhar
Rica
5 O Batman E brigou com a mulher- Vermelho Era mais
maravilha poderosa(o)
6 A Policial F levou dois tiros Rosa Não conseguiu fugir
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interpretar questões básicas de textos, como protagonistas e temática principal, o que
foi indicado pela leitura superficial que muitos realizaram e na reclamação sobre o
tamanho dos textos, que demonstra a falta de costume com a leitura.
Acredito que a interpretação de texto é implicada na prática de leitura, pois
diferente de um processo que tem finalidade, a atividade de leitura e interpretação é
acumulo, o que demanda a prática sucessiva como aperfeiçoamento. Portanto, é
necessário insistir na presença de textos e trabalhos de leitura e exploração textual em
que os alunos pratiquem e aprimorem seus conhecimentos.
Além disso, o gênero escolhido possui vagueza em sua composição, o que se
tornou dificultoso para os alunos durante a produção textual, pois não conseguiam
estruturar o texto em suas adequações organizações e gráficas (parágrafo, letra
maiúscula/minúscula); assim, é necessário fixar melhor o gênero textual antes de
exigir a atividade de escrita, e escolher primordialmente tipologias mais restritas para
melhor direcionar o aluno. Por fim, notou-se uma reclamação em sala de aula, que é a
falta de atividade expositiva no quadro, uma vez acostumados com a professora
regente. Assim, será precisar planejar atividades expositivas que retornem à zona de
conforto do aluno, sem recair na monotonia.
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• reconhecer e fazer uso adequado dos termos integrantes da oração;
• identificar a diferença do uso entre complementos verbais e nominais;
• entender o conceito e prática do agente da passiva.
c) Procedimentais:
• registrar no caderno as explicações e conteúdos direcionados pelo
professor;
• verbalizar suas dúvidas diante do conteúdo estudado;
• exercitar o conhecimento por meio das atividades indicadas;
Imagem 1:
30
Imagem 2:
Explicação:
Objeto direto: é o termo da oração que complementa a significação de
um verbo transitivo direto. Recebe esse nome porque complementa o verbo
sem o auxílio de preposição.
Objeto indireto: termo da oração que complementa a significação de
um verbo transitivo indireto e recebe esse nome porque completa o sentido
do verbo com o auxílio de preposição.
Comando:
Leia a tirinha e transcreva no caderno todas as frases encontradas.
Por fim, analise cada frase quanto à transitividade do verbo e complementos.
Qual é o número?
Verbo: é – verbo transitivo
Complemento verbal: o número – objeto direto
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Verbo: faz – verbo transitivo
Complemento verbal: uma canoa – objeto direto
Eu sei lá!
Verbo: intransitivo
Esquece!
Verbo: esquece – verbo intransitivo
Esqueço o quê?
Verbo: esqueço – verbo transitivo
Complemento verbal – o quê – objeto direto
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Verbo: tenho – verbo transitivo direto;
Explicação:
Exemplo:
Respostas:
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esse caso.
Suj. Indet. Adj. Verb. CN.
E agora, José?
A festa acabou
A luz apagou
O povo sumiu
A noite esfriou...
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3. Leia o fragmento do texto “Apesar do lado positivo, tecnologia pode
prejudicar estudantes”, de Alex Pinsky Streinger:
GABARITO:
1. Alternativa B
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Todos os verbos em destaque no fragmento do poema E agora, José
são intransitivos, já que não necessitam de complemento e têm seu sentido
completo.
2.
3.
c) Sugestão de resposta:
4.
b) Sugestões:
c)
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transitivo.
5.
a) Verbo: ajude
c) Sobe e desce
Etapa 1 (Provocação):
Por Exemplo:
Outros exemplos:
Observações:
Etapa 3 (Exercícios):
Gabarito
1) Ele pensa em comprar uma casa;
2) Não, porque ela logo pensou em se casar e, quando ele percebeu,
ele disse: Oh-oh;
3) ativa;
4) está sendo facilitada;
5) passiva;
6) Eles caíram no buraco - Voz passiva (está errada, é voz ativa);
7) a) As testemunhas são interrogadas pelo delegado;
b) A prova será analisada pelos mestres;
c) As crianças eram tratadas com amor por ele;
d) As correspondências são entregues pelo filho do vizinho.
17. Referências:
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09. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e
escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
18. Consideração Extra:
42
oração, os alunos parecem bastante acostumados na avaliação de frases e
retiradas do texto, não apresentando dificuldades. Em específico ao agente
da passiva, conteúdo novo, percebeu-se uma facilidade nos alunos em
compreender as funções sintáticas primordialmente antes dos conceitos
específicos de sujeito paciente e agente da passiva; os termos, inclusive, é
que tornam o trabalho sintático dificultoso.
Para tanto, devido a natureza conceitual dos termos empregados,
apenas a prática de exercícios metódicos pode e parece ajudar os alunos a
fixarem os nomes adequadamente às funções sintáticas. Trabalhos de
revisões e atividades complementares são necessários para retomar o
conteúdo e recuperar conceitos anteriores ao de agente da passiva, como
transitividade verbal.
Por fim, acredito que as próximas sequências didáticas devam
sempre retomar o conteúdo pragmática despretensiosamente, para que seja
visível ao aluno os vários contextos que os termos integrantes da oração
aparecem, e sua contribuição semântica para o enunciado específico. Desta
forma, o conteúdo ganha uma perspectiva importante e próxima aos alunos,
uma vez que se faz presente nos textos do dia a dia.
3. Conteúdos: Autobiografia;
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
20. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Leitura de uma autobiografia e exploração da sua organização com
interpretação textual.
O Filho
Nasci às 04h45min, do dia primeiro de Setembro em 1939, na
Polônia.
Viajei por diversas partes do mundo, incluindo a Europa, África,
Ásia…
Trabalhei ativamente até 1945, quando me aposentei para viver na
memória mundial.
Muitas filhas eu tive… Guerra da Coréia… Guerra do Vietnã… São
apenas exemplos de filhas bem-sucedidas.
Porém ainda me mantenho como a mais famosa e produtiva da minha
45
espécie. Nenhuma outra ceifou tantas vidas como eu.
Muitos continuam amando a minha memória, talvez por que não
tenham me conhecido pessoalmente. Pois quem provou de mim nunca
esqueceu, nunca voltou a ser o que outrora foi…
Sei que há em mim histórias curiosas, batalhas ferozes, amores e
tantos outros detalhes e segredos que jamais serão revelados, pois ficaram
guardados com aqueles que eu levei…
Porém as coisas que ensinei, o mundo se esqueceu…
Ensinei que a loucura humana pode não ter limites…
Ensinei que não importa a gravidade do erro, oprimir o réu com furor
só o fará renascer mais poderoso… (ou também se esqueceram de que o
excesso de ira das nações triunfantes com minha mãe, encheu os alemães
de revolta, fato que tornou possível o meu nascimento?)
Ensinei que um mal não pode ser pago com outro mal… Quem não
julga justamente seus inimigos, se torna pior que eles.
Ninguém assimilou nenhum desses conceitos…
Continua o grito raivoso das bombas, o canto fervoroso das
metralhadoras, a cadência surda dos canhões…
46
Quem foi a mãe dele?
(A primeira guerra mundial)
2ª Aula 45’
Trabalho com texto autobiográfico e exercícios de exploração textual
e linguístico.
Retrato
(Cecília Meireles).
(Cecília Meireles)
47
(Sobre ela mesma)
3 - O que ela quer dizer quando fala que não tinha este rosto de hoje?
Não tinha nem água, nem luz e nem privada dentro de casa. A água,
a gente tinha de pegar na mina. A luz era de lamparina a querosene. A
privada era uma casinha fora da casa. Casinha do lado de fora. Não
precisava de brinquedos. Havia os cavalos, as vacas, as galinhas, os
riachinhos, as pescarias. E eu gostava de ficar vendo os bixos. Depois
mudei para cidades: Lambari, Três Corações, Varginha.
(Rubem Alves)
(Infância)
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infância atual destaca pelo autor? E por que ele destaca?
3ª Aula 45’
Produção textual.
Comando:
50
- Estrutura específica do gênero textual autobiografia;
- Organização frasal;
- Exploração do tema;
- Desenvolvimento narrativo;
- Ortografia.
4ª Aula 45’
Breve discussão oral e refacção do texto.
Esta etapa iniciará com uma breve discussão oral explorando uma
poesia. Ao final, os alunos irão refazer o texto atentando para as
observações do professor quanto à ortografia, coesão e coerência, estrutura
do gênero e desenvolvimento temático.
A Porta
Eu abro devagarinho
Eu abro de supetão
51
Pra passar o capitão.
Questões norteadoras:
52
21. Referências:
http://benite.typepad.com/blog/2008/04/brinquedoteca-rubem-
alves.htm
53
mesmo tendo sido trabalhado uma análise formal de uma autobiografia
anteriormente, pois demonstraram não saberem como iniciar o texto, e quais
memórias resgatarem. Mesmo que se entenda por isso uma dificuldade de
seleção, acredito que uma exploração mais aprofundada sobre as
características do gênero facilitaria a produção seguinte.
Desta forma, penso em abrir mão de uma outra produção textual
antes do trabalho final, e aprimorar os conhecimentos sobre o gênero
biográfico que será utilizado posteriormente com base em leitura e análise
de textos, estudo esquemático, elementos principais, possibilidades de
escrita.
Assim, explorar melhor o gênero anteciparia algumas dificuldades de
compreensão textual, e quiçá seja interessante retomar as produções
anteriores para que eles mesmo analisem suas redações e indiquem traços
positivos e negativos quanto à proposta vinculada.
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• no caderno, registrar as respostas aos exercícios propostos;
• participar das reflexões com respeito e adequação;
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Número de acertos na prova; refacção da prova.
7.2. Instrumentos: Prova.
24. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Revisão para a prova de agente da passiva.
Questões:
A frase na tirinha está na voz passiva ou ativa? (Passiva)
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Que elementos podemos destacar para explicar a voz passiva? (O
sujeito paciente e a locução verbal)
Hipoteticamente, quem é o agente da passiva na tirinha? (A
comissão)
Como seria a frase na voz ativa? (A comissão sorteou você para o
exame antidoping.)
Etapa 2 (Exercícios) 15min:
Os alunos realizarão as atividades do livro didático referentes ao
conteúdo e apresentado na página 65, transcrito abaixo.
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Resposta: II – Policiais/Fiscais detêm cambistas em jogo do Maracanã.; II –
Vereadores/Autoridades municipais votarão Plano Diretor sem pontos
polêmicos.
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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PROF.ª NAURA TEIREIXA PRINHEIRO
DISCIPLINA: Português PROFESSOR: Lucas Sauzem Cruz
ATIVIDADE: Agente da Passiva
NOME:____________________________________ SÉRIE/ANO:____ TURMA:____ NOTA:____
01 - A análise sintática é definida pela relação que se estabelece entre palavras ou grupos de palavras dentro
de um contexto. Relacione a 2ª coluna de acordo com a 1ª, observando a correta classificação dos termos
sublinhados.
3. Complemento nominal (4) “Uma das tribos será exterminada pela outra.”
a) Na frase, estamos diante de uma voz passiva. Qual a sua estrutura sintática?
b) Se passarmos a frase para a voz ativa, que função sintática teremos em “nossos destinos”?
_____________objeto direto_______________________________________________________________________
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4. Em cada uma das frases abaixo, identifique a voz em que se encontra o verbo (voz passiva ou ativa).
_________Voz ativa___________________________________________
_________Voz passiva___________________________________________
_________Voz passiva___________________________________________
a) Fecharam o cinema.
_____Um posto de saúde será construído pela prefeitura naquele bairro. ___________________________________
3ª Aula 45’
Refacção da prova, reescrevendo as questões que errou para entregar ao
professor.
A refacção tem o valor de 15% (3 acertos) acrescida no valor da
prova.
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10. Bibliografia: SCHNEUZWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e
escritos na escola. Trad. e. org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo:
Mercado das Letras, 2004.
26. Consideração Extra:
Sem acomodações.
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agente da passiva em seus contextos.
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades, envolvimento com as leituras,
respeito e atenção durante a discussões com os colegas e produção textual.
7.2. Instrumentos: Observação direta.
28. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 25’
Será distribuída para a turma uma folha com a apresentação do
trabalho final a ser realizado no período de estágio. Na leitura do professor
será realizada a indicação dos pontos essenciais, prazos e dúvidas para a
produção da atividade.
62
essa parte.
5. CRONOGRAMA:
11/09 até 17/09 - Coleta de dados;
18/09 – Produção em sala de aula;
19/09 – Reescrita da biografia;
25/09 – Última reescrita da biografia e entrega dos dados do trabalho
final.
(capa, título)
2ª Aula 45’
Leitura e discussão dos elementos constitucionais de uma biografia.
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Etapa 2 (leitura e avaliação do texto) 30min:
Ruth Rocha
Seu livro de forte conteúdo crítico, “Uma História de Rabos Presos”, foi
lançado em 1989 no Congresso Nacional em Brasília, com a presença de
grande número de parlamentares. Em 1988 e 1990 lançou na sede da
Organização das Nações Unidas, em Nova York, seus livros “Declaração
Universal dos Direitos Humanos” para crianças e “Azul é Lindo – Planeta
64
Terra Nossa Casa”.
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10- Que tipo de pessoa lê biografia?
- Mostrar aos alunos que os tempos verbais podem indicar uma ação
que está ocorrendo (presente), que já ocorreu (pretérito), ou que ainda
ocorrerá (futuro). Explicar, portanto, que o gênero textual biografia apresenta
a alternância entre os tempos verbais para produzir diferentes sentidos.
Assim sendo, pode-se perceber na biografia da autora Ruth Rocha que há
uma alternância entre tempos verbais no primeiro parágrafo para o segundo:
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Etapa 2 (Atividade) 25min:
4ª Aula 45+45+25’
FILME – A invenção de Hugo Cabret
29. Referências:
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atividade, todas bem explicitadas na folha entregue para os alunos. Isso
ocasionou em diversas conversar para relembrar quais procedimentos
deveriam ser realizados para o trabalho.
Durante a explanação os alunos interrompiam com questionamentos
que seriam abordados no decorrer da explicação, e como essa ansiedade e
dúvidas eram constantes, eles não acompanham o restante da explanação
com a devida atenção.
Talvez deva ser feita uma reelaboração da forma como a explanação
foi executada. E acredito que uma forma de evitar que os alunos se
antecipassem seria fazer apenas uma explanação no quadro da forma como
o trabalho deveria ser executado, e entregar a folha com as explicações
detalhamentos como forma de reiterar a explanação e guardar os tópicos
para que os alunos o revisitem.
Para o trabalho com o gênero biográfico, esperava-se que os alunos
tivessem muitas dúvidas para sua execução. Entretanto, os alunos se
mostraram bastante entendidos sobre o assunto, e finalizaram a atividade
antes mesmo do tempo proposto. Por isso, conclui a aula utilizando o
conteúdo recém trabalhado com os procedimentos que eles irão utilizar no
trabalho final, e então as dúvidas surgiram.
Percebe-se que a turma conseguia executar com satisfação as
atividades pragmáticas propostas, mas com a discussão final eles revelaram
uma dificuldade na execução de tais ferramentas próximas ao gênero
biográfico. Devido a isso, a segunda etapa da sequência que seria trabalhar
com um texto biográfico da Ruth Rocha foi reelaborado e uma nova seleção
de texto foi feita.
Assim, eu mesmo utilizei uma entrevista disponibilizada no site do G1
sobre um vendedor de pipas que doava uma pipa para cada nota 10 que uma
criança lhe apresentasse. A partir da entrevista, retextualizei o seu conteúdo
em forma de biografia, salientando os dados disponíveis da entrevista. Assim,
revelando para os alunos tanto a entrevista como o produtor final (biografia),
eles puderam visualizar como a atividade final poderia ser feita.
As atividades então sobre a biografia disponibilizada por mim surtiram
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um efeito melhor, pois eles conseguiram conectar os conteúdos trabalhados
com a nova biografia, formalizada no modelo a ser realizado no trabalho final.
Ao final da sequência didática foi proposta o filme “A invenção de Hugo
Cabret”, que apresenta a história de um menino órfão que vive escondido nas
paredes da estação de trem. Ele guarda consigo um robô quebrado, deixado
por seu pai. Um dia, ao fugir do inspetor, ele conhece Isabelle, uma jovem
com quem faz amizade. Logo Hugo descobre que ela tem uma chave com o
fecho em forma de coração, exatamente do mesmo tamanho da fechadura
existente no robô. O robô volta então a funcionar, levando a dupla a tentar
resolver um mistério mágico.
O filme conseguiu prender a turma durante sua exibição, talvez pela
seu mistério e atmosfera mágica que responderam as expectativas da turma.
Entretanto, algumas partes do filme tiveram que ser revisitadas, primeiro
porque eu as julgava necessárias e foram atrapalhadas durante sua primeira
exibição, tenha sido pela entrada de alguém na sala, ou algum momento em
que a direção precisava conversar com a turma.
A proposta do lanche funcionou muito bem, inclusive vários alunos
levaram pipoca (sem a minha autorização/indicação), e a escola se propôs
em cozinhar o milho para a turma. Isso ajudou os alunos a entrarem no
universo do filme.
Para a discussão, surpreendentemente a turma respondeu a todas as
questões com bastante conhecimento, além de prolongarem a conversa para
pontos que não foram previstos na sequência didática. Ao fim, foi preciso que
eu os orientasse para que a discussão entre a temática do filme servisse para
a abordagem do trabalho final.
A turma no início pareceu não perceber a relação, que nada mais era
que a importância que todo indivíduo tem no mundo e a humanização das
relações. Por isso foi retomado um dos três primeiros vídeos utilizado na
primeira aula da regência, e com a rememoração eles perceberam que todas
atividades propostas até então estavam conectadas.
Com essa elucidação, os alunos começaram a discutir sobre as aulas
já realizadas comigo e a finalidade que elas tinham. Ao final souberam expor
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pormenorizadamente a significação do tema do filme com o que era proposto
no trabalho final, e entenderam a importância daquele trabalho.
7. Avaliação:
7.1. Critérios: Participação nas atividades e produção textual.
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7.2. Instrumentos: Observação direta e avaliação textual.
32. Desenvolvimento* Tempo
1ª Aula 45+45+45’
Produção da biografia para o trabalho final.
Como esperado, mesmo com uma semana sem aula devido aos
feriados e conselho de classe, a grande maioria da turma não conseguiu
realizar a atividade da entrevista e não tinha material para iniciar a produção
da biografia em sala de aula. Aos que tinham, em grande parte já realizaram
a produção em casa.
Como o tempo para a primeira etapa era curto, apenas conversei com
aqueles que já tinha realizado para saber como procederam com a atividade.
E o que encontrei foi um trabalhado bastante diferente do que foi solicitado.
Os alunos trouxeram textos na primeira pessoa do singular, expondo a voz
do entrevistado e não como o produto de uma entrevista transformada em
material biografado.
Por isso eu utilizei a aula para relembra-los de como uma biografia
deveria ser realizada, desde da sua formalização até os produtos que
deveriam constar dentro do texto. Também solicitei para alguns alunos lerem
suas biografias e a turma discutisse sobre pontos positivos e negativos.
Felizmente os alunos cederam suas biografias e não se ofenderam com as
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“críticas” que receberam.
A turma também revelou interesse na atividade, embora não tenham
realizado, e prometeram trazer na próxima aula o material completo para
iniciar a construção da biografia.
Como combinado, a maioria dos alunos trouxe seus materiais e
iniciaram a produção. E foi uma aula bastante satisfatória, pois a turma não
estava agitada e sua concentração estava completamente sobre a atividade.
Para aqueles que não tinha começado, conversei sobre possibilidades de
pessoas a serem entrevistas. E por último propus que eles fizessem uma
biografia sobre eles mesmo no futuro, como se pudessem viajar no futuro e
entrevista-los a partir da vida “ficcional” que haviam tido; não obstante, o
trabalho também precisava constar os conteúdos propostos na SD.
No decorrer das aulas os alunos continuaram a realizar suas
reescritas biográficas a partir das observações que eu fazia sobre seus
textos, indicando problemas textuais e temáticos, além de sugestões para
um melhor desenvolvimento textual.
Também percebi que os alunos estavam cansados de reescrever o
texto, e não o enxergavam como um processo de qualificação textual. Para
tanto, foi organizada uma aula para que ao contrário de reescreverem seus
textos, eles pudessem dinamizar um jogo de leitura e avaliação textual a
partir dos textos dos colegas.
Desta forma, os textos foram entregues para um outro colega, e eles
deveriam fazer a avaliação daquele texto de forma escrita. Ao final, solicitei
para alguns lerem e revelarem seus apontamentos, além de outros colegas
sugerirem outros pontos relevantes.
Após a avaliação dos colegas, eu os recolhi e fiz minha observação
sobre a avaliação já realizada dos colegas, a fim de apenas contribuir com
os apontamentos já sinalizados. Assim, uma última reescrita foi realizada na
turma, e os trabalhos enfim puderam ser entregues para digitalização
juntamente os dados previstos para o trabalho final.
Quanto a foto, a turma teve dificuldade em tirar fotografias ou
selecionar imagens que se relacionassem com a personalidade. Por isso, um
74
aluno propôs que ao contrário de fotografias fossem utilizadas imagens de
super-heróis, e eu juntamente com a turma achei uma ótima ideia. Desta
forma, ao entregarem sua última biografia, eles apontaram qual super-herói
escolheram para seu texto.
75
Anexo V: Autoavaliação
76
sempre atencioso aos alunos, pois além da responsabilidade imposta, era muito
divertido dialogar com as crianças.
O período revelou inúmeras dificuldades por parte dos alunos, por isso
as aulas foram retardadas para que toda a turma fosse capaz de acompanhar
os estudos. Essa experiência mostrou a importância de insistir na qualificação
do aluno, ao contrário de negligenciar suas insuficiências para dar conta de um
novo conteúdo, gerando mais percas que ganhos, pois eles não saberiam de
onde partiram e nem para onde estarão indo.
Quanto aos objetivos e conquistas, sempre me esforcei para criar um
movimento do conteúdo trabalhado em sala de aulas, para que o diálogo entre
as atividades desse a impressão de progresso. As reflexões foram importantes
nesse processo, pois geralmente elas retomavam os conceitos anteriores criava
um gancho para o próximo assunto.
Tentei também transformar atividades automáticas em formas criativas
de trabalho, como os jogos para a criação de dramas insólitos numa produção
textual, ou atividades de interação entre os alunos para trabalharem
complementos verbais.
Por fim, a experiência foi feliz e prazerosa, e todo o vínculo realizado
entre o contato na universidade a partir das orientações e conversas com
colegas junto à atividade de regência propiciaram um percurso de reflexão e
evolução, somando conhecimentos e ideias para um trabalho de ensino
satisfatório.
Nota: 1,0 (Integral)
77
Anexo VI: BIOGRAFIAS DO PRODUTO FINAL
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Profissão: Estudante de Pedagogia
Cidade de nascimento: Venâncio Aires
Entrevistador: Amanda Xavier
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família financeiramente, apesar da pouca idade, Nadir começou a trabalhar em
uma casa de família.
Seguindo sua trajetória, as condições foram melhorando e ela concluiu o
ensino médio e começou a crescer profissionalmente, conquistando também
realização pessoal ao construir uma família com um esposo e três filhas.
“A vida é feita de escolhas, e desde muito nova tracei meus objetivos e
jamais pensei em desistir deles. Ainda não é o suficiente para mim, e almejo
sempre o melhor para minha família. Vou concluir minha faculdade e continuar
guiando meu destino que depende inteiramente de mim até que a minha missão
aqui seja cumprida.”
Finaliza Nadir ao dizer que “Plantarás hoje e colheras amanhã seus
frutos”, ilustrando sua batalha diária, como exemplo de mulher guerreira que
traçou seu próprio destino sem medo da vida. Um orgulho de mulher para
nossa sociedade e uma pessoa que está conquistando seu próprio espaço.
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Keep dreaming, my friend!
Bônus: Se eu pegar um sino de igreja e colocá-lo num forno, o que sou?
R: Um assa sino.
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Quando criança, era bastante vista em sociedade, sendo educado,
prestativo, amigável, brincalhão e com o passar dos anos, sua aprendizagem o
proporcionou a ser uma pessoa responsável e atenciosa. E hoje tenta passar
essa educação aos seus filhos.
Seu filho teve uma aprendizagem igual ao seu pai quando criança, o
ajudando a fazer amizades novas e a não ter vergonha de falar com os
professores e os colegas para criar novos laços.
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melhor, fazendo parte de uma sociedade mais justa e democrática.
Cintia vem de uma família humilde, onde nada era fácil, tudo era
dificultado. Morava no interior da cidade, e seu pai e mãe trabalhavam para
manter a casa. Ela ajudava muito os pais, e afirma ter muitas lembranças boas,
com os valores e educação num nível mais respeitoso.
Ela recorda que as necessidades eram entediantes e não tinham a
cobrança que tem hoje, embora quando quisesse alguma coisa e não podia
obter, ficava um pouco chateada mas logo passava.
Sempre respeitou seus pais, tinha orgulho da sua mãe que mesmo com
doenças continuava ajudando seu marido que tinha problemas com álcool,
nunca desistindo de ter uma vida melhor.
Todo a rigidez da infância fez da Cintia uma mulher forte e batalhadora,
não se arrependendo de nada. Hoje é uma pessoa gentil, educada, respeitosa e
dedicada à família.
Nunca sabemos os dias de amanhã, por isso devemos sempre fazer o
melhor e dedicar-nos para vivermos em paz e harmonia.
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empresa Sulclean, e o papel dela é importante para a sociedade, pois ela e
suas colegas limpam a universidade para deixarem tudo cheiroso e preservado
para que os alunos possam estudar. Até porque nenhum aluno de lá
conseguiria estudar no meio da sujeira.
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melhores condições para se viver, pois considera os animais parte de sua vida
e não vê diferenças entre eles o os seres humanos.
Ela os alimenta quando pode, e os animais a adoram porque sabem que
quando ela vem para perto deles, ela traz alimento e muito carinho.
Ela é um exemplo de pessoa, e em sua vida já adotou 3 cachorrinhos,
dois machos e uma fêmea: o Floquinhos, Negão e a Amanda, que cresceram
lindos e muito saudáveis.
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estava grávida e que estava tomando um abortivo. E sem pensar duas vezes
ela parou de toma-lo. Desde aquele dia ela já amava seu filho, mesmo sem
saber se era menino ou menina, porém teve que largar os estudos cedo e não
pode ser advogada como era seu sonho, mas sempre se esforçou para deixar
sua filha feliz.
A menina filha da Roana teve alguns problemas por causa do remédio do
aborto, mas hoje em dia ela está bem, mesmo escrevendo algumas coisas
erradas e escrevendo como a se fala. Em sua infância ocorreu muita confusão,
como ter nascido com um pulmão menor que o outro, mas felizmente já se
curou.
Hoje a sua filha é grata pela mãe ter salvo sua vida, e acredita que
Roana é um exemplo de mulher guerreira, a ser admirada por muitos pela sua
alegria e divertimento, mesmo com toda a maldade que passou na vida. Nem
sempre as coisas são fáceis, mas a felicidade sempre supera a tristeza.
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que fazia, e empenhava todo o seu esforço para ensinar valores importantes na
vida de cada aluno que eram confiados a ela. Aprendeu muito com todos os
seus alunos, onde interagiam uns com os outros e ela era mediadora de ensino.
Ela afirma hoje que sua missão foi cumprida, e tem a satisfação de poder
contemplar alunos formados em medicina, direito, fisioterapia, fonoaudiologia,
odontologia, engenharias e muitos outros cursos de sucesso.
Eu, entrevistadora, convivi com a professora Marci por muitos anos na
escola Naura Teixeira, também como colega da minha mãe como profissional
da educação. Sempre pude constatar o empenho da professora em melhorar
nossa escola e o nosso ensino. Ótima profissional e amiga de todos os alunos,
amo ela e vou levar como exemplo em toda a minha vida. A ex professora Marci
é uma pessoa muito especial para mim e está sempre me ajudando na vida
escolar.
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Célia tem atualmente 19 anos e estuda para ter um trabalho bom, hoje
mora em Santa Maria. Em sua infância ela era uma sapeca bobinha e a mãe
dela criou ela desde pequena com amor e carinho, nunca faltando nada para as
duas. Quando ela tinha 11 anos, ela perdeu a pessoa que mais amava, sua
avó, e até hoje ela sente sua falta.
Nesse período, ela estudava numa escola e tinha poucos colegas. Ela
era diferente dos colegas, pois era a única com cabelo curto e também usava
os abrigos do colégio: era um conjunto com o símbolo da escola Marista, onde
estudava.
Seus colegas também eram falsos e ela era uma pessoa quieta. Um dia
a professora deu para turma dela um coelhinho para cuidarem no fim de
semana compartilhando entre um colega por vez. Segunda a sexta ela cuidava
e dava tudo para o animalzinho, e depois outro colega levava o coelhinho.
Depois ela mudou de casa e escola, tendo que se separar de uma
melhor amigada, deixando-a triste por um tempo. Na nova escola ela não se
encaixou e achava suas colegas invejosas e chatas, e por isso ela sofria
bullying.
Hoje ela tem o sonho de conseguir entrar na faculdade e conseguir um
bom emprego.
Quando a Jô era pequena ela não tinha muito tempo para estudar, por
isso ia mal na escola. Ela não tinha tempo porque limpava a casa e cuidava dos
irmãos dela, e as irmãs ficavam num internato na maior parte da semana.
Mesmo ela não tendo tempo para estudar, ela sempre procurava aprender um
pouco mais.
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Além disso, ela não tinha muita roupa e sapatos para usar nos dias da
semana, mas nem um momento ela reclamava do que ela não tinha ou deixava
de ter.
É importante refletir que ela mesmo tendo pouco tempo, nunca deixou de
ter um coração grande, bondoso, carinho e amoroso. Por isso ela é o que é
hoje, sempre fez de tudo e mais um pouco para ajudar os outros.
Sua importância na sociedade é que ela quer fazer do mundo um lugar
melhor. Ela trabalha no mercado como operadora de caixa e é bastante
orgulhosa de seu emprego.
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