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O Candidato O Supervisor
Eu, Tome José Saimone, com identidade número 51180007, aluno do programa académico do
curso de Licenciatura em ensino da língua Portuguesa da Universidade Aberta do Instituto
Superior de Ciências e Educação a Distância, declaro que o conteúdo do trabalho intitulado:
“Dificuldades da escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”: estudo do caso de
alunos da 7ª classe da escola primária do 1º e 2º graus de Chipambuleque 2018 - 2019”, é
reflexo de meu trabalho pessoal e manifesto que perante qualquer notificação de plágio, cópia
ou falta em relação à fonte original, sou directamente o responsável legal, económica e
administrativamente, isentando Orientador, a Universidade e as instituições que colaboraram
com o desenvolvimento deste trabalho, assumindo as consequências derivadas de tais práticas.
Assinatura:
v
Resumo
A presente monografia tem como tema “Dificuldades da escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”:
estudo do caso de alunos da 7ª classe da Escola primária do 1º e 2º graus de Chipambuleque 2018 - 2019”. Pois,
objectivamente pretendeu-se, descrever detalhadamente as causas que estão por detrás da má escrita de palavras
terminadas em consoante nasal “m”. Quanto aos procedimentos metodológicos utilizados, o tipo de pesquisa
escolhido, foram classificadas quanto à: abordagem do problema, natureza da pesquisa, objectivos, procedimentos
técnicos, técnica de colecta de dados, técnicas de análise de dados, no que concerne a modalidade da pesquisa foi
estudo de caso. Para a recolha de dados, foram combinados métodos de abordagem, isto é, hipotético – dedutivo
que preconiza uma abordagem do geral para o particular e de procedimento que foi baseado em métodos
bibliográficos, método estatístico através de inquérito por questionário que consistiu na agregação estatística dos
dados. Os resultados do campo permitiram constatar que na Escola em estudo há observância de vários problemas
linguísticos por parte dos alunos, pelo facto de muitos dos alunos na escola usarem a língua portuguesa com muitos
desvios à normas consideradas certas na gramática da língua portuguesa. Principalmente na formação e
classificação das palavras e que por sua vez ao agrupa-las em classes de palavras entre as quais se encontra a classe
dos verbos que compreende os verbos conjugados nos tempos pretérito-perfeito e futuro, na 3ª pessoa gramatical
do plural do modo indicativo, terminados em ditongos nasais “am” e “ão” como objecto do nosso estudo.
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Abstract
The present monograph has as its theme “Difficulties in writing words ending in nasal consonant “m”: case study
of students from the 7th grade of the Primary School of the 1st and 2nd grades of Chipambuleque 2018 - 2019”.
For, objectively, it was intended to describe in detail the causes that are behind the bad writing of words ending in
nasal consonant “m”. As for the methodological procedures used, the type of research chosen, they were classified
according to: approach to the problem, nature of the research, objectives, technical procedures, data collection
technique, data analysis techniques, with regard to the research modality. case study. For data collection, approach
methods were combined, that is, hypothetical - deductive that advocates an approach from the general to the
particular and procedure that was based on bibliographic methods, statistical method through a questionnaire survey
that consisted of the statistical aggregation of the Dice. The field results showed that in the school under study there
are several linguistic problems observed by the students, due to the fact that many of the students in the school use
the Portuguese language with many deviations from the norms considered right in the grammar of the Portuguese
language. Mainly in the formation and classification of words, which in turn, when grouping them into word classes,
among which is the class of verbs that comprises verbs conjugated in the past-perfect and future tense, in the 3rd
person grammatical plural of the indicative, ending in nasal diphthongs “am” and “ão” as the object of our study.
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades
e coragem.
O meu muito agradecimento vai extensivamente a meu supervisor Msc. Davety Mpiuka, por
orientação neste trabalho monográfico, porque se não fosse pela sua paciência, não seria
concretizado.
E a todos que directa ou indirectamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
viii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalha a minha querida esposa Delfina Tomás, aos meus filhos Eliseu, Rabeca,
Natanael, Josué e jeremias, á minha mãe Nadi Cangada e a minha tia Arminda Saimone, pelo
amor, carinho e incentivo, que não mediram esforços para me ajudarem nessa etapa tão
importante da minha vida, que me encorajaram todos os dias com palavras de apoio e apreço.
Confesso que sem a ajuda deles seria quase impossível a minha formação, quer no quotidiano,
quer ao nível académico. Espero que se orgulhem por este trabalho que é mais vosso do que
meu.
ix
ÍNDICE………………………………………………………………………………...Páginas
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................xiii
GLOSSÁRIO............................................................................................................................ xvi
x
2.3.2. Vogais nasais ................................................................................................................... 19
3.3.2. Amostra............................................................................................................................ 28
4.2. Resultado de trabalho de campo sobre as causas que estão por detrás da má escrita de
palavras terminadas em consoante nasal “m” ........................................................................... 35
xi
4.3. Resultados da pesquisa sobre auscultação da noção da escrita de palavras terminadas em
consoante nasal “m” .................................................................................................................. 36
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Escola primaria do 1º e 2º graus de Chimpambuleque ........................................ 29
xiii
LISTA DE GRAFICOS
xiv
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
xv
GLOSSÁRIO
Chipambuleque Entroncamento de duas estradas (em língua ndau)
Isentando Dispensando
Resolutamente Decididamente
xvi
CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
A Presente Monografia tem a intenção de descrever detalhadamente as causas que estão por detrás
da má escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”. Actualmente, há observância de
vários problemas linguísticos na educação, pelo facto de muitos falantes na sociedade usarem a
língua portuguesa com muitos desvios às normas consideradas certas na gramática da língua
portuguesa. Sabe-se que em linguística, a morfologia é o estudo da estrutura, da formação e
classificação das palavras e que por sua vez agrupa dez classes de palavras entre as quais se
encontra a classe dos verbos que compreende os verbos conjugados nos tempos pretérito-perfeito
e futuro, na 3ª pessoa gramatical do plural do modo indicativo, terminados em ditongos nasais
“am” e “ão” como objecto do nosso estudo.
Nesta situação de troca constante de ditongos aqui referenciados, pretendemos apresentar alguns
aspectos que se julgam estar por de trás da má colocação da mesma, em construções frásicas dos
alunos do ensino primário, particularmente os da 7ª classe. O principal objectivo do estudo é de
identificar as principais dificuldades dos alunos na colocação da consoante nasal “m” nas
terminações de palavras, por outro lado, propor estratégias para melhorar o nível de aprendizagem
dos alunos em relação ao uso da consoante nasal “m”. Actualmente alguns dos problemas de
aprendizagem, encontram explicação no facto do uso inadequado das estratégias de estudo, não só
como também pela inexistência de hábitos de afazeres propícios à aprendizagem. Além disso,
muitos estudantes jovens, com fraco rendimento escolar, manifestam atitude negativa perante o
estudo. Por outro lado, mostram-se muito desmotivados, sem tempo suficiente para estudar e ainda
revelam uma consciência limitada da utilidade de adoptar boas estratégias de aprendizagem.
Perante esta problemática, o melhor seria a tomada de consciência de alguns aspectos que
influenciam a aprendizagem, pelo facto de muitas vezes a aprendizagem ocorrer de forma
automática, razão pela qual não é fácil apercebermo-nos dos comportamentos que nela intervêm.
Todavia quando resolutamente queremos aprender um determinado tema e adoptarmos um
comportamento intencional para o compreendermos, ser-nos-á mais fácil tomar consciência de
certos componentes que ajudam para uma aprendizagem com êxito.
Pouco faz sentido ver os alunos ainda com dificuldades na colocação da consoante nasal “m” nas
terminações de palavras. Dai a necessidade de fazer uma pesquisa com vista a apurar as
verdadeiras causas do problema e traçar estratégias da sua superação.
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1.2. Problematização
Tem se verificado que os alunos do ensino primário do segundo grau, particularmente os da 7ªclasse
da Escola Primária do 1º e 2º graus de Chipambuleque, no 3º ciclo, encaram dificuldades na colocação
da consoante nasal “m”, sobretudo no ditado e na elaboração de Redações. Há uma tendência de não
observância das normas que regem a gramática normativa da Língua portuguesa, não só, como
também, confundem o ditongo nasal “am” pelo “ão”. Pretende-se com essa pesquisa apurar o ponto de
situação da produção escrita dos alunos no concernente a dificuldades de escrita de palavras terminadas
em consoante nasal “m” directamente nos cadernos dos alunos e dos planos de aulas dos professores
da língua portuguesa. Trata-se duma decisão motivada pela essência daquilo que é a observação. Face
a essa problemática, colocamos a seguinte questão de partida:
Quais são as motivações que concorrem para má escrita de palavras terminadas em consoante nasal
“m” por parte dos alunos da 7ª classe da Escola Primária do 1º e 2º graus de Chipambuleque?
1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral
a) Compreender as causas que estão por detrás da má escrita de palavras terminadas em consoante
nasal “m” tanto na escrita como na oralidade por parte dos alunos da 7ª classe da Escola
Primária do 1º e 2º graus de Chipambuleque – Machaze.
✓ Enumerar as principais causas da má colocação da consoante nasal “m” por parte dos alunos.
✓ Identificar as dificuldades que influenciam a má escrita de palavras terminadas em consoante
nasal “m” por parte do aluno,
✓ Descrever as situações em que ocorre o erro na escrita de palavras terminadas em consoante
nasal “m”.
✓ Propor estratégias a serem adoptadas pelos professores para a resolução do problema.
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e Discussão dos Resultados: onde se faz a confrontação dos resultados com o estudo enquadrado
empiricamente entre a significação teórica; Referenciação interpretativa sumativa. Capítulo V.
Conclusões: destacando as principais constatações e Limitações do estudo; Sugestões e
Referências Bibliográficas.
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Capítulo II - Revisão da Literatura
2.1. Definição de conceitos
2.1.1. Dificuldades
Segundo Smith e Strick apud Garcia, o termo ´´dificuldades’’ refere-se não a um único distúrbio,
mas uma ampla gama de problemas que podem afectar qualquer área do desempenho académico
(p.15)
A visão dos autores nos faz perceber que dificuldade é a baixa capacidade que um indivíduo pode
apresentar a ponto de não satisfazer as questões que lhe são colocadas. Como por exemplo, não
saber identificar os constituintes duma frase. Esta dificuldade pode ter várias razões como: a não
dedicação do indivíduo/aluno, a não leccionação da matéria por parte do professor, problemas de
natureza sócio-biológicas entre outros. As dificuldades normalmente são identificadas na fase de
escolarização, através de avaliações específicas de inteligência, conteúdos e processos de
aprendizagem. (p. 18-19).
2.1.2. A Escrita
A escrita é um sistema simbólico de registo e comunicação que significou coisas diferentes para
os diferentes povos ao longo do tempo, e tem sido definida de variadas maneiras pela crítica
contemporânea.
Uma das definições possíveis é como um sistema de símbolos gráficos usado para transmitir o
pensamento humano. Outra corrente a entende como a representação gráfica da fala e como a
fixação da linguagem falada, de maneira permanente ou semi-permanente, e também pode ser vista
como um sistema de símbolos padronizados para a reprodução da fala, do pensamento ou de outras
mensagens de forma completa ou parcial.
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A escrita pode ser completa ou incompleta. Escritas incompletas transmitem alguma mensagem,
mas podem não constituir um paralelo muito consistente da fala, podem reproduzir apenas algumas
palavras especiais (como nomes de reis e deuses), ou podem não formar um sistema preciso e
padronizado, como é o caso das escritas pictográficas, ou dos sistemas de sinais que são apenas
auxílios para a memória, como as marcações para assinalar o calendário ou para indexar
contabilidade ou genealogias. Para ser completa uma escrita deve atender a três requisitos básicos:
deve almejar a comunicação; deve ser composta de sinais gravados em uma superfície, e estes
sinais devem ser um conjunto de elementos em número limitado, que, através de convenções
específicas, se relacione com e reproduza a fala humana. (Roger, 2000, pp. 13-14)
Smolka (2003), a partir da teoria de Vygotsky, investigou as relações entre fala, pensamento e
escrita. Mello (2005) buscou as contribuições da psicologia histórico-cultural para a educação
infantil, enfatizando a importância do lúdico e das múltiplas linguagens na aprendizagem da
escrita. Primeiramente, é preciso ressaltar que o conceito de escrita de Vygotsky e Leontyev está
ligado com outros conceitos centrais da teoria histórico-cultural, sendo um deles o próprio método
materialista histórico-dialético na psicologia de Vygotsky, que o utilizou para estudar as funções
psicológicas superiores. Entre essas funções, destaca-se a escrita, assim como a percepção, a
memória lógica e a atenção seletiva. (André, 2012)
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Como ciência, a Linguística utiliza-se da análise de critérios que contribuem para uma definição
satisfatória das unidades básicas de seu campo de estudo. Assim, são usados os seguintes critérios:
semântico, fonológico e sintático. Vamos analisar detalhadamente a seguir quais desses critérios
contribuem ou não para a constituição do conceito de palavra.
a) Critério semântico
É importante retomar aqui o conceito de Semântica. De forma simplista, podemos dizer que a
Semântica é a área da Linguística que tenta descrever o “significado” das palavras e das sentenças.
E por que dizemos que é de forma simplista? Porque não é fácil estabelecer a definição de
“significado”. Isso, porém, é assunto para um próximo texto. Voltando ao nosso foco e de posse
do conceito de Semântica, cabe-nos refletir se a análise do significado de uma unidade básica é
suficiente para a definição de palavra.
Segundo Sandalo (2011, p. 182), esse critério é insuficiente, uma vez que existem línguas nas quais
as palavras possuem apenas um significado (línguas isolantes) e, no entanto, há outras em que uma
sequência de sons pode significar frases inteiras quando traduzidas para o português (línguas
polissintéticas). Até mesmo em nossa língua, é possível observar que, muitas vezes, uma palavra
ou sentença ganha novos e diferentes significados dependendo dos fatores de produção que
permeiam o processo comunicativo. Assim, esse critério não é suficiente para a definição do
elemento da língua que estamos estudando. Como exemplo, veja:
Como saber se construtor e aquele que constrói são palavras em português? Ambos têm
o mesmo significado. Assim, se nosso critério for significado, deveríamos dizer que
ambas as sequências pertencem à mesma classe gramatical. No entanto, nosso
conhecimento de falantes de português nos sugere que a primeira é uma palavra, mas a
sequência é uma frase. (SANDALO, 2011, p. 182)
b) Critério fonológico
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poderia ser categorizada como uma palavra. Parece-nos estranha essa tentativa, não é mesmo? A
diversidade de sons que podem ser emitidos por diferentes pronúncias de uma palavra e, portanto,
a diversidade de significados que ela pode assumir pelas escolhas feitas pelos falantes não pode
ser padronizada por uma avaliação tão restrita quanto a proposta por esse critério.
Algumas pessoas já tentaram definir palavra pelo acento. Segundo este critério, uma
palavra deveria contar com um acento principal (i.e. de maior intensidade) e alguns
acentos secundários. No entanto [detèrgénte] e [dètergénte], ambos com um acento
principal e um secundário, correspondem a uma frase e uma palavra respectivamente.
Essa ambiguidade é explorada pela seguinte piada:
a) Critério sintático
Recordando que a Sintaxe é a parte da Gramática que estuda o modo como as palavras são
combinadas na composição das sentenças, podemos analisar como esse critério pode auxiliar-nos
na construção da definição de palavra. Para tanto, dois requisitos são essenciais e precisam ser
atendidos simultaneamente ao analisar e julgar se uma sequência de sons é uma palavra. São eles:
Em (2), nabos ocorre como a menor resposta possível à questão dada. Em (3), a palavra nabos
ocorre como objeto da sentença e em (4) ocorre como sujeito. Isto é, esta sequência de sons pode
ocorrer em mais de uma posição sintática. É, portanto, uma palavra.
Finalmente, concluímos que a Linguística define palavra como uma unidade que pode ser usada
como resposta mínima e ocupar várias posições sintáticas em uma frase.
Evanildo Bechara (2009) salienta que ‘’entende-se por linguagem qualquer sistema de signos
simbólicos empregados na intercomunicação social para expressar e comunicar ideias e
sentimentos, isto é, conteúdos da consciência.
A linguagem se realiza historicamente mediante sistemas de isoglossas comprovados numa
comunidade de falantes, conhecidos com o nome de línguas, como veremos adiante.
Tal conceituação envolve as noções preliminares do que seja sistema, signo, símbolo e
intercomunicação social.
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Sistema é todo conjunto de unidades, concretas ou abstratas, reais ou imaginárias, que se
encontram organizadas e que se ordenam para a realização de certa ou de certas finalidades (pp.
16-17).
Entende-se por signo ou sinal a unidade, concreta ou abstrata, real ou imaginária, que, uma vez
conhecida, leva ao conhecimento de algo diferente dele mesmo: as nuvens negras e densas no céu
manifestam ou são o sinal de chuva iminente; o -s final em livros é o signo ou sinal de
pluralizador, assim como em cantas é o signo de 2.ª pessoa do singular. Por isso mesmo se diz
que tais unidades são simbólicas, já que se entende em geral por símbolo aquilo que, por
convenção, manifesta ou leva ao conhecimento de outra coisa, a qual substitui. Assim, o cordeiro
é o “símbolo” da mansidão; o macaco, da astúcia. No que toca estritamente à linguagem humana,
pois só ela é a linguagem objeto da Linguística, os signos linguísticos diferem dos símbolos
porque estes não constituem necessariamente sistema e podem sozinhos e sem nenhuma oposição
“simbolizar”. A oposição é um princípio fundamental para a determinação da existência dos
signos linguísticos, como veremos adiante.
Por fim, intercomunicação social, porque a linguagem é sempre um estar no mundo com os
outros, não como um indivíduo particular, mas como parte do todo social, de uma comunidade.
(p. 15)
Para Caplan, (1994) ‘’A escrita consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias
humanas. (p.1024).
Liberman, (1984, cit. por Caplan, 1994) reage que as modalidades, oral e escrita, do uso da
linguagem diferenciam-se de forma relevante na sua base neurológica. A capacidade de usar a
linguagem em tarefas orais desenvolve-se em todos os humanos neurologicamente normais,
expostos a um ambiente linguístico normal. Contudo, nem todas as formas de linguagem falada têm
a forma escrita e a mestria do processamento da linguagem escrita requer instrução especial. As
características da linguagem oral permitem-nos identificá-la como uma capacidade funcional, que
terá evoluído relativamente cedo na espécie humana. Já a linguagem escrita se enquadra no âmbito
de uma capacidade adquirida que se baseia no processamento oral da linguagem. Não existem
provas da existência de formas escritas de linguagem com mais de 10.000 anos enquanto antes deste
período já existiria a linguagem oral. (p.1024).
Castro & Gomes (2000) consideram que a linguagem falada e a linguagem escrita são duas formas
principais de expressão linguística com diferenças importantes entre elas e que fazem com que a
aquisição de uma não se traduza automaticamente na aquisição da outra. (p.20)
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Alteridade, porque o significar é originariamente e sempre um “ser com outros”, próprio da
natureza político-social do homem, de indivíduos que são homens juntos a outros e, por exemplo,
como falantes e ouvintes, são sempre cofalantes e coouvintes.
Historicidade, porque a linguagem se apresenta sempre sob a forma de língua, isto é, de tradição
linguística de uma comunidade histórica. Não existe língua desacompanhada de sua referência
histórica: só há língua portuguesa, língua francesa, língua inglesa, língua espanhola, língua
latina, etc.
Geralmente se ouve que a língua é imposta ao homem, porque este é obrigado a dizer que
determinado objeto conhecido por sua comunidade como livro é livro, e não lápis ou mesa.
Tal fato não constitui uma limitação ou negação da liberdade do falante; é sim a dimensão
histórica da linguagem, que coincide com a própria historicidade do homem. Trata-se de uma
obrigação aceita livremente, e não de uma imposição. Este é o significado original da palavra
latina obligatio
A língua não é “imposta” ao homem; este “dispõe” dela para manifestar sua liberdade expressiva.
As atividades livres implicam um próprio “dever ser”, isto é, uma série de normas intrínsecas.
Destas cinco dimensões, a criatividade e a materialidade são universais de todas as formas da
cultura, pois são todas atividades criadoras que se realizam no mundo de forma material,
sem o que não poderiam existir nem passar ao conhecimento dos outros membros da comunidade.
A semanticidade é a “differentia specifica” da linguagem em relação às outras formas de cultura.
A alteridade é o traço distintivo do significar linguístico em relação aos outros tipos de
“conteúdo” das formas de expressão e é, por sua vez, fundamento da historicidade da linguagem
(p.16)
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“Um anjo, meu pateta, um anjo sem asas. Imagina uma moça assim, desta altura, viva como um
azougue, e uns olhos...”
À mímica corporal junte-se a vocal, a entoação especial com que se proferem certas palavras ou
frases inteiras, que o escritor procura reavivar na escrita com a utilização de variados recursos
gráficos: “Não vou daqui sem uma resposta definitiva, disse meu pai. De-fi-ni-ti-va! repetiu,
batendo as sílabas com o dedo”
“Os dois garotos, porém, esperneiam com a mudança de mãe: – Mentira!... Mentiiiira!...
Mentiiiiiiiiiiira! – berra cada um para seu lado”. p.41)
2.1.6. Consoantes
De acordo com Silva & Filhos (2008) Consoantes são fonemas que passam por obstáculos ao
serem pronunciados. Ou seja, para que o som saia, interrompem a passagem de ar da boca.
As consoantes devem o seu nome de precisarem uma vogal para se pronunciarem b, (be) e d (de)
(p.33).
Rocha Lima (2011) advoga que as consoantes são fonemas resultantes de um fechamento
momentâneo ou de um estreitamento do canal bucal, que, em qualquer de seus pontos, ofereça
obstáculo à saída da corrente de ar — sonorizada ou não pela vibração das cordas vocais. (p. 45)
oclusivas
a) quanto ao modo de articulação, em fricativas
constritivas laterais
vibrantes
bilabiais
labiodentais
linguodentais
b) quanto ao ponto de articulação, em
alveolares
palatais
velares
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surdas
c) quanto ao papel das cordas vocais, em
sonora
s
orais
d) quanto ao papel das cavidades bucal e nasal, em
nasais
Segundo Cunha Selso & Lindley Cintra (2017) recentemente, difundiu-se, como para as vogais,
outro sistema de classificação, com base em certos traços distintivos.
Os traços que se têm em conta neste sistema relacionam-se também com características da
articulação, mas nem sempre coincidem com os que estão na base da classificação anterior.
Segundo o novo sistema classificatório, as consoantes podem ser:
[+ contínuas]
a) quanto ao modo de articulação [- contínuas]
[+ laterais]
[- laterais]
[+ anteriores]
b) quanto à zona de articulação [- anteriores]
[+ coronais]
[- coronais]
[+ sonoras]
c) quanto ao papel das cordas vocais
[- sonoras]
[+nasais]
d) quanto ao papel das cavidades bucal e nasal
[- nasais] 12
É de base mais acústica do que articulatória a classificação:
[+soante]
e) Quanto ao efeito acústico mais ou menos próximo ao de uma vogal
[- soante]
A articulação das consoantes não se faz, como a das vogais, com a passagem livre do ar através
da cavidade bucal. Na sua pronúncia, a corrente expiratória encontra sempre, em alguma parte
da boca, ou um obstáculo total, que a interrompe momentaneamente, ou um obstáculo parcial,
que a comprime sem, contudo, interceptá-la. No primeiro caso, as consoantes dizem-se
oclusivas ou [- continuas]; no segundo, constritivas ou [+ contínuas]. São oclusivas as
consoantes [p], [b], [t], [d], [k], [g]: pala, bala, tala, dá-la, cala, gala.
i. Fricativas, caracterizadas pela passagem do ar através de uma estreita fenda formada no meio
da via bucal, o que produz um ruído comparável ao de uma fricção.
São fricativas as consoantes [f], [v], [s], [z], [J], [3]: fala, vala, selo {passo, céu, caça,próximo),
zelo {rosa, exame), xarope {encher), já {gelo).
ii. Laterais, caracterizadas pela passagem da corrente expiratória pelos dois lados da cavidade
bucal, em virtude de um obstáculo formado no centro desta pelo contacto da língua com os
alvéolos dos dentes ou com o palato. São laterais as consoantes [1] e [X]: fila, filha.
iii. Vibrantes, caracterizadas pelo movimento vibratório rápido de um órgão ativo elástico (a língua
ou o véu palatino), que provoca uma ou várias brevíssimas interrupções da passagem da corrente
expiratória.
Observação:
Do ponto de vista acústico, as consoantes laterais e vibrantes têm em comum um traço que as opõe
a todas as outras consoantes: a sua maior proximidade dos sons vocálicos, o que, em certas línguas,
chega a ponto de poderem servir de centro de sílaba. Esta qualidade, reconhecida desde tempos
antigos, trouxe-lhes as denominações de líquidas ou soantes. A fonética moderna atribuilhes o
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traço distintivo [+ soantes]. Acresce salientar que, pelo caráter lateral de sua articulação, [1] e [A]
opõem-se às vibrantes [r], [f] ou [r]. Esta diferença explicita-se pela indicação [+ lateral] para
[1] e [A], que contrasta com a de [- lateral] para as vibrantes [r], [f ] ou [r].
a) Bilabiais, formadas pelo contacto dos lábios. São as consoantes [p], [b], [m]: pato, bato, mato.
Como dissemos, na pronúncia normal de Portugal, do Rio de janeiro e de alguns pontos da costa
do Brasil, a fricativa palatal surda [J] aparece em formas como três e dez, e a sonora [3] em formas
como desde e mesmo.
d) Alveolares (ou ápico-alveolares), formadas pelo contacto da ponta da língua com os alvéolos
dos dentes incisivos superiores. São as consoantes [n], [1], [r], [f ]: nada, cala, cara, carro (na
pronúncia de certas regiões de Portugal e do Brasil).
e) Palatais, formadas pelo contacto do dorso da língua com o palato duro, ou céu da boca. São as
consoantes [J], [3], [À], [ji]: acho, ajo, alho, anho.
f) Velares, formadas pelo contacto da parte posterior da língua com o palato mole, ou véu
palatino. São as consoantes [k], [g], [r]: calo,galo, ralo.
Consoantes [+ anteriores], formadas na zona anterior da cavidade bucal: fp], [b], [f], [v], [m], [t],
[d], [s], [z], [n], [1], [r] e [f];
i. Consoantes [- anteriores], formadas na zona posterior da cavidade bucal: m. [3], tp], m, ws \
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ii. Consoantes [+ coronais], formadas com a intervenção da “coroa”, ou seja, do dorso (prédorso,
médio dorso) da língua: [t], [d], [s], [z], [J], [3], [n], Ui], 11], ÍK [r];
iii. Consoantes [- coronais], formadas sem a intervenção do dorso da língua: [p],[b],[m], [k], [g],
1. Modo de articulação: é a forma pela qual as consoantes são articuladas. Quanto ao modo de
articulação, as consoantes podem ser oclusivas ou constritivas. a- Nas oclusivas existe um bloqueio
total do ar. b- Nas constritivas existe um bloqueio parcial do ar.
Ao pronunciarmos as consoantes contrário do que sucede com as vogais verifica-se sempre um
obstáculo que interrompe todo ou em parte a passagem do ar sendo assim pode ser:
a) Consoantes oclusivas ou momentâneas – são aquelas cuja a sua articulação (oclusão) do ar: p,
b, t, d, e, e.tc. – Pato, embarcar, dado.
acordo com o ponto onde é articulada, as consoantes são classificadas em: a - bilabiais- lábios +
d- alveolares- língua + alvéolos dos dentes. e- palatais- dorso da língua + céu da boca.
f- velares- parte superior da língua + palato mole. Tomam o nome dos órgãos que intervém na
sua articulação
e) Velares – São articuladas com a parte posterior da língua e o véu palatino c, g, q, cada, gato,
qual.
3. Função das cordas vocais: se as cordas vocais vibrarem, a consoante será sonora; caso
contrário, a consoante será surda.
4. Função das cavidades, bucal e nasal: caso o ar saia somente pela boca, as consoantes serão
orais; se sair também pelas fossas nasais, as consoantes serão nasais.
Quadro geral das consoantes
Lima apresenta o presente quadro geral com vista a expor, a classificação das consoantes:
1. OCLUSP/AS 2. FRICATIVAS
a) Bilabiais: a) Labiodentais:
surda: /p/ surda: /£/
sonora: /b/ sonora: /v/ nasal:
nasal: /m/ /m/
b) Linguodentais: b) Alveolares:
surda: /t/ surda: /s/ sonora:
sonora: /d/ /z/
nasal: /nj/ c) Peletais:
c) Palatal: d) surda: /x/
nasal: /nh/ e) sonora:/j/
d) Velares:
surda: /k/
sonora: /g/
3. LATERAIS 4. VIBRANTES
a) Alveolar: /I/ a) Alveolar (fraca): /r/
b) Palatal: /lh/
b) Velar (forte): /rr/
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Observações
1. As consoantes laterais, as vibrantes e as nasais são — sonoras.
2. Quanto ao caráter oclusivo das consoantes nasais/m/, /n/e/nh/, leiam-se Grammont, Traité de
phortétique, 3a ed., Paris: Delagrave, 1946, p. 94-5;
Saussure, Cours de linguistique générale, edição crítica preparada por Tullio de Mauro, Paris: Payot,
1972, p. 72; Samuel Gili Gaya, Elementos de fonética general, Madri: Gredos, 1950, p. 111-22.
Fonte: Rocha Lima – Gramática normativa da língua portuguesa p.549
2.3. Vogais
Bechara defende que vogais são fonemas sonoros, que se produzem pelo livre escapamento do ar
pela boca e se distinguem entre si por seu timbre característico.
A corrente de ar sonorizada que sai da laringe encontra, na faringe, nas fossas nasais e na boca,
uma caixa-de-ressonância de dimensões e forma variáveis para cada vogal. Esta caixa de
ressonância pode alargar-se ou estreitar-se em virtude dos movimentos dos órgãos que a
constituem, mas sempre a cavidade bucal estará suficientemente aberta para que a corrente de ar
passe por ela sem encontrar empecilho. (p.45)
A voz humana se compõe de tons (sons musicais) e ruídos, que o nosso ouvido distingue com
perfeição. Caracterizam-se os tons, quanto às condições acústicas, por suas vibrações periódicas.
Esta divisão corresponde, em suas linhas gerais, às vogais (= tons) e às consoantes (= ruídos). As
consoantes podem ser ruídas puros, isto é, sem vibrações regulares (correspondem às consoantes
surdas), ou ruídos combinados com um tom laríngeo (consoantes sonoras).
Quanto às condições fisiológicas de produção, as vogais são fonemas durante cuja articulação a
cavidade bucal se acha completamente livre para a passagem do ar. As consoantes são fonemas
durante cuja produção a cavidade bucal está total ou parcialmente fechada, constituindo, assim,
num ponto qualquer, um obstáculo à saída da corrente expiratória.
Segundo a Moderna Gramática Portuguesa, as vogais nasais são representadas no fim dos
vocábulos por ã (ãs), im (ins), om (ons), um (uns): afã, cãs, flautim, folhetins, semitom, tons, tutum,
zum-zuns, etc.
19
O ã pode figurar na sílaba tônica, pretônica ou átona: ãatá, cristãmente, irmãmente, maçã,
manhãzinha, órfã, romãzeira, etc.
Quando aquelas vogais são iniciais ou mediais, a nasalidade é expressa por m antes do b e p, e por
n antes de outra qualquer consoante: ambos, campo; contudo, enfim, enquanto, homenzinho,
nuvenzinha, vintenzinho, etc.
2.4. Ditongos
Os ditongos orais escrevem-se com a subjuntiva i ou u: aipo, cai, cauto, degraus, dei, fazeis, ideia,
mausoléu, neurose, retorquiu, rói, sois, sou, souto, uivo, usufrui, etc.
Observação: Escrevem-se com i, e não com e, a forma verbal fui, a 2.ª e 3.ª pess. do sing. do pres.
do ind. e a 2.ª do sing. do imper. dos verbos terminados em uir: aflui, fruis, retribuis, etc.
O ditongo ou alterna, em numerosos vocábulos, com oi: balouçar e baloiçar, calouro e caloiro,
dourar e doirar, etc. Escreve-se, preferencialmente, o de uso mais generalizado. Escrevem-se assim
os ditongos nasais: ãe, ãi, ão, am, em, em (s), õe, ui (proferido ũi): mãe, pães, cãibra, acórdão,
irmão, leãozinho, amam, bem, bens, devem, põe, repões, muito, etc.
Observações:
a) Dispensa-se o til do ditongo nasal ui em mui e muito.
b) Com o ditongo nasal ão se escrevem os monossílabos, tônicos ou não, e os polissílabos
oxítonos: cão, dão, não, quão; então, irmão, viverão, etc.
20
c) Também se escrevem com o ditongo ão os substantivos e adjetivos paroxítonos, acentuando-
se, porém, a sílaba tônica:
órfão, órgão, sótão, etc.
d) Nas formas verbais anoxítonas se escreve am: amaram, deveram, partiram, etc.
e) Com o ditongo nasal ãe se escrevem os vocábulos oxítonos e os seus derivados; e os anoxítonos
primitivos grafam-se com o ditongo ãi: capitães, mães, pãezinhos; cãibo, zãibo, etc.
f) O ditongo nasal e)i(s) escreve-se em ou en(s) assim nos monossílabos como nos polissílabos
de qualquer categoria gramatical: bem, convém, convéns, virgem, virgens, etc.
Os encontros vocálicos átonos e finais que podem ser pronunciados como ditongos crescentes
escrevem-se da seguinte forma: ea (áurea), eo (cetáceo), ia (colônia), ie (espécie), io (exímio), oa
(nódoa), ua (contínua), ue (tênue), uo (tríduo), etc.
2.4. Hiatos
2.4.1. Hiatos
26) A 1.ª, 2.ª, 3.ª pess. do sing. do pres. do subj. e a 3.ª pess. do sing. do imper. dos verbos em oar
escrevem-se com oe e não oi: abençoe, amaldiçoes, perdoe, etc.
As três pessoas do sing. do pres. do subj. e a 3.ª do sing. do imper. dos verbos em uar escrevem-
se com eu, e não ui: cultue, habitues, etc.
Parónimos e vocábulos de grafia dupla
2.4.2. Parônimos e vocábulos de grafia dupla
Deve-se fazer a mais rigorosa distinção entre os vocábulos parônimos e os de grafia dupla que se
escrevem com e ou com i, com o ou com u, com c ou q, com ch ou x, com g ou j, com s, ss ou c, ç,
com s ou x, com s ou z, e com os diversos valores do x:
1.°) com i ou com e: acriano, camoniano, torriense (em vez das antigast acreano, camoneano,
torreense); coreano, daomeano, guineense.
2.°) com o ou com u: frágua, lugar, mágoa, manuelino, polir, tribo, urdir, veio (verbo ou
substantivo), etc.
3.°) com c ou q: quatorze (seguido de catorze), cinquenta, quociente (seguido do cociente), etc.
4.°) com ch ou x: anexim, bucha, charque, chimarrão, faxina, flecha, tachar (= notar; censurar),
taxar (= determinar a taxa; regular), etc.
5.°) com g ou j: estrangeiro, jenipapo, genitivo, gíria, jeira, jeito, jiboia, jirau, laranjeira, lojista,
majestade, viagem (s.f.), viajem (do verbo viajar), etc.
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6.°) com s, ss ou c, ç: ânsia, anticéptico, boça (= cabo de navio), bossa (= protuberância; aptidão),
bolçar (= vomitar), bolsar (= fazer bolsos), caçula, censual (= relativo a censo), sensual (= lascivo),
Observação: Não se emprega ç em início de palavras.
7.°) com s ou x: espectador (= testemunha), expectador (= pessoa tem esperança), experto (= perito;
experimentado), esperto (= ativo; acordado), esplêndido, esplendor, extremoso, flux (= na locução
a flux), justafluvial, justapor, misto, etc.
8.°) com s ou z: alazão, alcaçuz (= planta), alisar (= tornar liso), alizar (s.m.), anestesiar, autorizar,
bazar, coliseu, comezinho, cortês, dissensão, empresa, esfuziar, esvaziamento, frenesi (seguido de
frenesim), guizo (s.m.), irisar (= dar as cores do íris a), irizar (= atacar [o iriz] o cafezeiro), narcisar-
se, obséquio, prioresa, rizotônico, sacerdotisa, tapiz, trânsito, xadrez, etc.
Observações:
a) É sonoro o s de obséquio e seus derivados, bem como o do prefixo trans, em se lhe seguindo
vogal; quando, porém, a esse prefixo se segue palavra iniciada por s, só se escreve um, que se
profere como se fora dobrado: obsequiar (ze), transoceânico (zo), transecular (se),
transubstanciação (su); etc.
b) No final de sílaba átona, seja no interior, seja no fim do vocábulo, emprega-se o s em lugar do
z: asteca, endes, mesquita, etc.
O x continua a escrever-se com os seus cinco valores, bem como nos casos em que pode ser mudo,
como em exceto, excerto, etc. Tem, pois, o som de:
1.°) ch, no princípio e o no interior de muitas palavras: xerife, xícara, ameixa; enxoval, etc.
2.°) cs, no meio e no fim de várias palavras: anexo, látex, tórax, etc.
3.°) z, quando ocorre no prefixo exo, ou ex seguido de vogal: exame, êxito, êxodo, exosmose,
exotérmico, etc.
4.°) ss: aproximar, auxiliar, máximo, proximidade, sintaxe, etc.
No final de sílabas iniciais e interiores se deve empregar o s em vez do x, quando não o precede a
vogal e: justafluvial, justaposição, misto, sistino, etc.
Adotaremos a grafia que seja mais conforme à etimologia do vocábulo e à sua história, mas que
esteja em harmonia com a prosódia geral dos brasileiros, nem sempre idêntica à lusitana. P.ex.:
22
judô (no Br.) e judo (em Port.); metrô (no Br.) e metro (em Port.); pônei (no Br.) e pónei (em
Port.).
2.4.3. Ditongos
Ditongo é o nome que se dá à combinação de um som vocálico com um som semivocálico emitidos
num só esforço de voz. O ditongo diferencia-se do hiato pelo facto de este último ser constituído
por duas vogais e não ser pronunciado na mesma sílaba.
Os ditongos são abertos quando constituídos por vogais abertas, e fechados, por vogais fechadas
ou nasais.
Quanto ao timbre, as vogais podem ser: abertas, fechadas e reduzidas.
O timbre é o resultado da posição da língua na cavidade bucal no momento da emissão dos sons:
Com a língua na posição baixa, produz-se as vogais de timbre aberto: [a, é, ó];
Com a elevação da língua, produz-se as vogais de timbre fechados: [ê, ô, i, u];
Nas reduzidas, o timbre quase se anula. Em português, são consideradas semivogais [i e u].
Segundo Borregana (2008) "é preciso começar por sublinhar que como se disse na introdução a
fonética, uma coisa é a representação gráfica, outra a representação fonética; alem disso um
ditongo nem sempre e representado por um e semivogal." (p.117)
1- Decrescente
1.1. Orais – São grafias de ditongos orais crescentes (semivogais i ou u vd, introdução): • ai | ái|; ei,
•, oi |ói| (dialectal, que se monotongou em |ó|); • e, excepcionalmente: ae|âi| (caetano), • ao/s |âu/s|
23
(combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o:
ao, aos). São 13 ditongos orais.
Nasais- São ditongos nasais também crescentes as grafias • ãe (em vocabulários oxítonos e
derivados) ou aí (em vocabulários oxítonos derivados: caibra) •ão ou am (este so em formas verbais
e sempre atono) • em ou en, • oe, • ui em resumo são 4 os ditongos nasais ãi, ão, õi, ui exemplos:
mãe, Santarém, farão, amam; poe.
2- Crescentes
Segundo Borregana A. (2008) "As normais em vigor consideram os ditongos crescentes
(semivogais i ou u antes das vogais). As sequências gráficas vocálicas postónicas: - ea, eo, ia, io,
iu, ao ua, eu, uo, (exemplo: áurea, áureo, colonia, espécie, exímio, mágoa, mingua, ténue, tríduo)
Essas associações desfazem-se numa prolação lenta e deixam de ser ditongos (deixam de ser
pronunciadas numa só emissão de voz) o mesmo se passa em muitos vocábulos com associações
de semivogal mais vogal no interior da palavra. (ex: diurno, goense, que podem ser pronunciados
|diurno|, |ju|, |guese|, |we|, |di-urno|, |gu-esse|.” (p. 117)
De acordo com a Moderna Gramática Portuguesa O m final pode guardar sua integridade de
pronúncia, não nasalizando o e anterior, no vocábulo totem, admitindo a grafia tóteme. Em
bemamado e bem-aventurado, nasaliza o e anterior, e não se liga ao a seguinte. Diz-se infligir, e
não inflingir. Em mancheia, a sílaba inicial ouve-se /mã/; em mão-cheia ouve, naturalmente,
/mãũ/.
Em outros casos, temos facultativa a nasalização: Roraima, Jaime, paina. Bechar (2009 p.69)
24
2.5.1. Palavras terminadas em "am" são paroxítonas:
Ex: lavam, precisam, atrapalham, votam, falam, cantam, rasgam, quebram, aumentam, engordam,
viajam, colaboram, perguntam, anotam, estudam, contam, poetam, amam, namoram, estruturam,
finalizam, encerram.
A pronúncia é feita como se houvesse um acento gráfico na penúltima sílaba, que é a sílaba tônica,
a mais forte.
Os verbos têm a 3ª pessoa do plural do futuro do presente com a desinência "ão" (tônica).
É bom também exercitar muito a leitura, pois quem sabe ler bem tem mais facilidade para escrever.
25
Muitas pessoas têm dificuldade de escrever porque não dominam bem todos os sons. Por exemplo:
quem escreve "caza" em vez de "casa" (que é o correto), mostra que não domina a ortografia, mas
sabe que "s" entre vogais tem som de "z", então tem noção boa de leitura. Quem escreve "cassa"
em vez 'casa', não sabe nem ler nem escrever, pois não tem ideia de que o som "ss" não tem nada
a ver com o 's' ou o 'z' entre vogais." (p. 34)
26
Capítulo III-Metodologias
Tendo em consideração a forma como se encontra formulado o problema de investigação e os
resultados que se esperam alcançar, o estudo requer uma abordagem qualitativa. Será caracterizada
pela descrição dos fenómenos a pesquisar.
Segundo Teixeira (2000) a pesquisa qualitativa é como o momento em que “o social é visto como
um mundo de significados passível de investigação e a linguagem dos actores sociais e suas
práticas as matérias-primas dessa abordagem”. Por outro lado, a pesquisa qualitativa “mostra as
atitudes e os hábitos de pequenos grupos, seleccionados de acordo com perfis determinados”
(p.126). De acordo com o mesmo autor, a investigação qualitativa é descritiva, na qual se dá uma
importância vital ao significado do que é dito ou observado e os dados são colectados no seu
ambiente natural.
Lüdke e André, (1986) defendem que um dos pontos básicos deste tipo de pesquisa, reside no facto
de: “a pesquisa qualitativa ter o ambiente natural como sua fonte directa de dados e o pesquisador
como seu principal instrumento” (p.11).
Optamos pela pesquisa acção, porque Segundo Kemmis e MC Taggart, (1988), apud Elia e
Sampaio, (2001, p. 248)."Pesquisa – acção,” é uma forma de investigação baseada em uma auto-
reflexão colectiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a
racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais”.
27
3.1.1. Pesquisa qualitativa.
A preferência por este tipo de pesquisa é pelo simples facto de ser descritiva, e que os dados são
colectados na forma de transcrição escrita, permite que a imaginação e a criatividade levem os
investigadores a propor trabalhos que explorem novos enfoques. Baseia-se na discussão da ligação
e da correlação de dados interpessoais, na coparticipação das situações dos informantes, analisados
a partir da significação que estes dão aos seus actos. O pesquisador participa, compreende e
interpreta.
3.2. Universo
O universo da pesquisa entende-se como conjunto de todos elementos ou corpo evolvidos na
pesquisa. Para Lakatos & Marconi (1991), universo da pesquisa “é o conjunto definido de
elementos que possuem determinadas características”. (p.91).
Nesta pesquisa, envolveu alunos da 7ª classe da Escola Primária do 1º e 2º graus de
Chipambuleque, professores da língua portuguesa, e a direcção da mesma Escola.
3.3.2. Amostra
De acordo com Silva (2005), ʺAmostra é parte da população ou do universo, selecionada de acordo
com uma regra ou planoʺ.
Entende-se por essa definição que a amostra da pesquisa, é a parte mais ínfima e representativa do
universo. (p.32)
28
Nesta pesquisa, envolveu 61 alunos da 7ª classe e a amostra foi de 8 alunos, correspondente a
13,11% do universo de alunos desta classe, sendo 5 homens e 3 mulheres bem como 2 membros
da Direcção da Escola e 2 professores de Português.
29
3.5. Técnicas de análise de dados
3.5.1. Observação directa
Com este instrumento de recolha de dados nos facilitou a apurar o ponto de situação da produção
escrita dos alunos no concernente a dificuldades de escrita de palavras terminadas em consoante
nasal “m” directamente nos cadernos dos alunos e dos planos de aulas dos professores da língua
portuguesa. Trata-se duma decisão motivada pela essência daquilo que é a observação.
Segundo Lakatos & Marconi (2002) a observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir
informações, utiliza os órgãos de sentido na obtenção de determinados aspectos da realidade.
(p.22).
Para, Vale (2000) "a observação é a melhor técnica de recolha de dados do indivíduo em
actividade." Com este instrumento de recolha de dados, esperamos encontrar elementos suficientes
para resposta ao problema levantado. Para além de permitir ver e ouvir, a observação consiste
também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar. (p.190).
Ainda de acordo com o autor, a observação ajuda ao pesquisador a identificar e a obter provas a
respeito dos objectivos que os indivíduos não têm consciência. É um instrumento vantajoso pois
permite a colecta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas, por outro lado
permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou questionários.
Biggs citado por Bogdan e Biklen (1994) refere que “boas entrevistas, caracterizam-se pelo facto
de os indivíduos estarem à vontade e falarem livremente dos seus pontos de vista” é um
instrumento que poderá seguramente conduzir ao sucesso da pesquisa. (p.136)
3.5.2. Entrevista
Severino, (2007) diz que ‘’a entrevista é mais um instrumento que nos será bastante valioso, tendo
em consideração que se trata de um diálogo entre dois ou mais indivíduos a fim de obter
informações sobre um determinado assunto, mediante uma conversa de natureza profissional”
Na óptica de Goode e Hatt (1969) apude Marcon e Lakatos entendem que a entrevista consiste no
desenvolvimento de precisão, focalização, fidedignidade e validade de certo acto social como a
conversação (p.236)
30
3.5.3. Questionário
Segundo Vieira (2009) “É um instrumento de pesquisa constituído por uma série de questões sobre
determinado tema” (p.15). Uma das vantagens deste instrumento de recolha de dados é: ” permitir
a obtenção de informações de um grande número de pessoas em um tempo relativamente curto
(Richardson 1999).
Para a realização desta monografia, submetemos aos alunos da 7ª classe e professores que
leccionam a língua portuguesa nesta classe, a um questionário subdividido em três partes, sendo,
uma para alunos, uma para professores e outra para membros da Direcção.
Com o questionário que foi realizado aos alunos, visava apurar dados individuais referentes ao
local de residência, línguas faladas, meios de comunicação usados, profissão dos pais e/ou
encarregados de educação e ainda dados sobre o uso da língua portuguesa, em especial a gramática
normativa da mesma.
E ainda com o questionário nos permitiu saber o nível de domínio da gramática da língua
Portuguesa a respeito da colocação correcta da consoante nasal “m”, tanto na escrita como na
oralidade.
Já no segundo questionário dirigido aos professores de português, constam dados pessoais,
referentes a formação profissional, capacitações participadas no âmbito pedagógico e as estratégias
metodológicas usadas no decurso de leccionação.
No último questionário dirigido aos membros da Direcção, constam dados pessoais, referentes a
formação profissional, capacitações participadas no âmbito pedagógico e as estratégias
metodológicas usadas no decurso de leccionação e gestão Escolar.
37,5%
Femenino
62,5% Masculino
O gráfico acima, nos revela que na pesquisa, estão mais representados por indivíduos do sexo
masculino, isto é, foram os alunos da 7ª Classe que participaram no inquérito.
32
Gráfico 02: Representatividade dos participantes a faixa etária
representatividade dos alunos
quanto a faixa etaria
10 13
13%
25% 14 - 20
20 +
62%
A nível etário como demonstrado no gráfico acima, os sujeitos do escalão entre 14 a 20 anos
estavam mais representados, isto é, 62% - somente um aluno correspondente a 13% tinha mais
de 20 ou mais anos de idade.
Num total de 8 inqueridos da amostra da pesquisa como espelha a figura abaixo, sobre a
questão: "Desde que grau de escolaridade você teve a noção da escrita de palavras terminadas
em consoante nasal “m?
33
Gráfico 03: Desde que grau de escolaridade você teve a noção da escrita de palavras terminadas
13%
25%
Dese o 2º Grau
Desde 1ª 5ª
62%
De salientar como ilustrado no gráfico acima, que da amostra colectada referente aos participantes
da pesquisa, relativamente ao grau de Escolaridade em que os alunos tiveram pela primeira vez a
noção da escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”, motivo este que pode potenciar
para os factores que concorreram para a má colocação da consoante nasal “m” nas terminações de
palavras em frases simples e complexas.
Foi o interesse da pesquisa, por outro lado, propor estratégias para melhorar o nível de
aprendizagem dos alunos em relação ao uso da consoante nasal “m”.
34
Gráfico 04 - Durante a sua trajectória escolar no Ensino básico do 2º grau que frequência o (s) professor (es) de
Português utiliza (m) palavras terminadas em consoante nasal “m”, na leitura e na produção de textos escritos nas
frases simples?
13%
Nenhuma vez
50% Raramente
37% Quase Sempre
Durante a sua trajectória escolar no Ensino Primário (4) alunos correspondentes a 50%
responderam que a nenhuma vez, (3) alunos que correspondem a 37% responderam que raramente
e (1) aluno que correspondem a 13 % respondeu que quase sempre.
4.2. Resultado de trabalho de campo sobre as causas que estão por detrás da má escrita de
palavras terminadas em consoante nasal “m”
Figura 05: Causas que estão por detrás da má escrita de palavras terminadas em consoante nasal
“m”
35
Causas que estão por detrás da má escrita de palavras terminadas em
consoante nasal “m” nas frases simples e complexas.
Foi o interesse da pesquisa saber dos alunos a questão seguinte: Quais são as vantagens da
aprendizagem de palavras terminadas em consoante nasal “m”? Em relação a questão acima,
todos os inqueridos afirmaram que vantagens da aprendizagem de palavras terminadas em
consoante nasal “m” tiveram os seguintes impactos:
• Melhoria no funcionamento da língua;
• Melhoria da aplicação correcta do dicionário da língua Portuguesa;
“…a aprendizagem da noção da escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m” por
parte dos alunos da 7ª classe foi bem ministrada peso embora o problema que paira por maior
36
parte dos alunos desta escola, que dialogam com muita frequência em língua local’’ndau’’ em
vez da língua Português, isto não só em casa, mas sim no recinto Escola”
• Não exigência rigorosa por parte dos professores no uso da língua Portuguesa no recinto
Escolar;
• Falta de interesse por parte de alguns alunos;
Pergunta 1: O que contribui para a má escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”
nas frases simples e complexas?
Com o objectivo de ter informações dos intervenientes desta Escola com a inteira responsabilidade
pelo processo de ensino e Aprendizagem, dos questionados em relação à questão levantada todos
foram unânimes em reconhecer que o que contribui para a má escrita de palavras terminadas em
consoante nasal “m” nas frases simples e complexas são descritas das seguintes formas:
37
No rol das respostas apresentadas para a questão acima, se pode depreender que destes
intervenientes, estes em nenhum momento manifestaram interesse como indivíduos com a inteira
responsabilidade pelo processo de ensino e aprendizagem, de mostrar mecanismos de solucionar
este problema ao pesquisador até a data da entrevista. Contudo, a má escrita de palavras terminadas
em consoante nasal “m” nas frases simples e complexas fraca articulação entre os diferentes
intervenientes deste processo aparece bem patente. Na nossa opinião esta falta de Intervenientes
principais (Base com a Escola), contribuiriam significativamente para o sucesso desta monografia.
Os reais problemas levado pelo presente estudo segundo o qual, a má escrita de palavras
terminadas em consoante nasal “m” nos alunos da 7ª classe neste período em análise, isto é, entre
os anos 2018 à 2019.
Vale salientar que no decorrer da pesquisa, após a análise e interpretação de dados, foram
confirmadas as hipóteses segundo as quais, a falta de capacitações permanente e assistência mútua
das aulas entre professores da língua portuguesa pode contribuir na má escrita de palavras
terminadas em consoante nasal “m” nas frases simples e complexas por parte dos alunos.
38
Capítulo V: Conclusões e Recomendações
5.1. Conclusão
Em gesto de conclusão a pesquisa pretendia dar respostas a questão das causas que estão por detrás
da má escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m” nas frases simples e complexas,
tanto na escrita como na oralidade por parte dos alunos da 7ª classe da Escola Primária do 1º e 2º
graus de Chipambuleque – Machaze. Os resultados do campo permitiram constatar que este facto
é causado pela confusão originada da troca dos ditongos nasais “am” pelo “ão”; e a não
comunicação frequente na língua portuguesa no lugar da língua “bantu” “Ndau” por maior parte
dos alunos tanto em casa como no recinto escolar.
É importante salientar que para estudos futuros no sentido de contribuir para a melhoria da
qualidade de ensino e servir de ajuda para reflexão sobre as regras fundamentais da organização e
funcionamento da língua portuguesa, por outro lado, fazer–se um estudo rigoroso de novas
metodologias no sentido de melhorar a expressão escrita/oral da língua portuguesa nesta escola
bem como obrigar os alunos a comunicação em língua Portuguesa dentro e fora do recinto escolar
com vista a sua superação. O estudo será útil na medida em que poderá contribuir para superação
das dificuldades dos alunos, poderá também estimular aos docentes, a uma reflexão mais objectiva
sobre a necessidade de se encontrar formas conducentes a melhorias na abordagem da
problemática da escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”, na leitura e na produção
de textos escritos nas frases simples e complexas.
Procurando estabelecer uma ligação dos factos e das respostas da descrição teórica e prática do
estudo, pode-se aferir que a escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m” nas frases
simples e complexas no seio dos alunos da 7ª classe na Escola Primaria do 1º e 2º graus de
Chipambueleque deve – se capacitar permanente e promover assistência mútua das aulas entre
professores da língua portuguesa; deve haver bibliotecas públicas para leitura de diversificados
livros (dicionários, gramáticas, compêndios da gramática, revistas, etc.), Fazer – se um esforço de
modo que os alunos comuniquem frequente na língua Portuguesa no lugar da língua “bantu”
“Ndau” no recinto Escolar tanto como em casa; intensificar a aplicação de exercícios de leitura e
escrita por parte dos alunos. Dados observados ao longo da pesquisa revelam fragilidades, lacunas,
incapacidade de escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m” nas frases simples e
complexas. Actualmente alguns dos problemas de aprendizagem, encontram explicação no facto
do uso inadequado das estratégias de estudo, não só como também pela inexistência de hábitos de
39
afazeres propícios à aprendizagem. Além disso, muitos professores, com fraca motivação,
manifestam atitude negativa perante a ministração de aulas. Por outro lado, mostram-se muito
desmotivados, sem tempo suficiente para acompanhar a aprendizagem dos seus educandos e ainda
revelam uma consciência limitada da utilidade de adoptar metodologias apropriadas no processo
de ensino e aprendizagem.
5.2. Recomendações
Face as constatações e conclusões apresentadas no estudo, o mesmo postulam as seguintes
sugestões e recomendações que merecem ser operacionalizadas:
• É importante que houvesse capacitações permanentes e assistência mútua das aulas entre
professores da língua portuguesa;
• Que a Direcção da Escola criasse biblioteca Escolar para leitura de diversificados livros
(dicionários, gramáticas, compêndios da gramática, revistas, etc.), que contribuiria para a melhoria
no domínio da leitura e escrita.
• Os alunos comunicassem frequentemente na língua Portuguesa no lugar da língua “bantu”
“Ndau” no recinto Escolar tanto como em casa no que influenciaria significativamente na escrita
e oralidades de palavras terminadas em consoante nasal “m”.
• Os professores intensificassem exercícios de leitura e escrita que facilitaria a compreensão da
escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”
40
Referências bibliográficas
André, T. C. (29 de junho de 2012). O conceito de escrtita segundo historico. CDD: 372.6, p.
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42
APÊNDICES
APÊNDICE A
INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO APLICADOS AOS PROFESSORES E ALUNOS
DA ESCOLA PRIMARIA DO 1º E 2º GRAU DE CHIPAMBULEQUE
O presente questionário, enquadra-se no âmbito de uma pesquisa em torno do tema:
PERFIL DO ENTREVISTADO
Assinala com X uma alternava da sua resposta das questões que se seguem.
I - IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
Sexo:
Masculino [ ] Feminino [ ]
Faixa etária:
Nível de Escolaridade:
2. Conheces algumas frases contendo consoantes? Se a reposta for sim dá exemplo de pelo
menos 3 frases.
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Durante a sua trajectória escolar no Ensino primário do 2º grau que frequência o (s) professor
(es) de Português utiliza (m) palavras terminadas em consoante nasal “m”, na leitura e na
produção de textos escritos nas frases simples?
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Na sua opinião quais são as causas que estão por detrás da má escrita de palavras terminadas
em consoante nasal “m” nas frases simples e complexas?
1. Quais são as principais causas da má escrita de palavras terminadas em consoante nasal “m”
nas frases simples e complexas na Escola Primaria escola primária do 1º e 2º grau de
Chipambuleque?
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2. Será que os professores da escola primária do 1º e 2º grau de Chipambuleque têm uma
formação psicopedagógica?
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3. Quais são as formas que a escola mede o nível de leccionação adequada das aulas?
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6. Qual é a sua análise em relação ao Papel do professor neste caso?
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7. Será que os membros da direcção da escola estão preocupados com a questão má escrita
de palavras terminadas em consoante nasal “m” nas frases simples e complexas?
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