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HISTÓRIA DA ESCRITA

Introdução

Pudemos perceber que a escrita nasceu com a necessidade de comunicação na


época primitiva e tornou-se fundamental na vida das pessoas e hoje seria
impossível viver sem ela, pois a necessidade de comunicação, de estudo, de leitura
é grande. O mundo gira em torno da comunicação e como conseqüência da escrita.
Como vimos a escrita se transformou ao longo dos séculos e desenvolveu-se de
acordo com as necessidades de comunicação da humanidade. De acordo com
Cagliari as crianças passam por um processo semelhante ao construírem a língua
escrita. Na atualidade a aprendizagem da língua escrita inicia quando a criança é
muito pequena. Para aprofundar o assunto abordaremos no próximo item como
alguns estudiosos explicam o desenvolvimento da escrita pela criança antes desta
freqüentar o Ensino Fundamental.

A história da escrita começou no período da pré-história, quando os homens faziam


desenhos na parede das cavernas como uma forma de se comunicar. Esses desenhos,
chamados de pinturas rupestres, consistiam na transmissão de ideias desses povos, pois
representavam seus desejos e necessidades. A arte rupestre, obviamente, não se trata de
um tipo de escrita, uma vez que não havia uma padronização e uma organização,
contudo, foi o início da comunicação entre os seres humanos.

Segundo os historiadores, os sistemas de escrita que se tem conhecimento foram


instituídos de forma independente, em períodos distintos, por civilizações diferentes, entre
elas a Mesopotâmia, China, Egito e América Central.

Assim como as línguas, o processo da escrita está sempre a mudar. A prova disso é que
os textos produzidos a cem anos atrás, por exemplo, provavelmente possuem palavras
que não são mais tão usadas hoje em dia.

Todo o desenrolar da história da escrita foi um passo importante para a humanidade, não
somente por ser um recurso que comprova os registros históricos, mas também por
representar uma outra forma de ler e interpretar o mundo.

A mudança da escrita é tão clara que atualmente, em vista da evolução da tecnologia, a


caligrafia que tinha tanta relevância, acabou perdendo o primor por conta do acesso aos
computadores. O uso de aparelhos tecnológicos acaba por facilitar o uso de letras digitais
e, além disso, a internet tem possibilitado uma escrita cada vez menos rica,
principalmente por conta do uso do encurtamento das palavras, gírias, etc.
Escrita cuneiforme feita pelos povos sumérios. (Foto: Wikimedia Commons)
Início da escrita: Mesopotâmia

Sabe-se que a história da escrita começou na antiga civilização mesopotâmica (atual


Iraque) por meio dos povos sumérios. Essas pessoas desenvolveram a escrita cuneiforme
por volta de 4.000 a.C. Eles iniciaram o processo da escrita usando argila e a cunha
(uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma). Geralmente os registros
do cotidiano desse povo eram representados por desenhos, feitos nessas placas de
barros. Com esse material não precisava um grande desenhista para fazer todos os
caracteres. Na escrita cuneiforme eram usados cerca de 2000 símbolos, todos feitos da
direita para a esquerda.

De acordo com os historiadores, no decorrer de três mil anos a escrita cuneiforme foi
usada por quinze línguas diferentes e entre eles estava o sumério, o persa e o sírio.
Conforme essa escrita se difundia pelo Oriente Médio, outros estilos de escrita eram
elaborados nas civilizações do Egito e da China.

História da Escrita no Egito

Não muito distante do período em que os sumérios criaram a escrita cuneiforme, na


civilização egípcia, os povos antigos também começaram a elaborar a própria escrita. Na
sociedade deles foram criadas duas formas de escrita. Uma representa uma técnica mais
simples e popular, chamada de escrita demótica e a outra escrita possui uma prática
mais complexa, formada por desenhos e símbolos, denominada escrita hieroglífica
(escrita sagrada dos túmulos e templos).

Os povos egípcios usavam a parede das pirâmides para preencher de textos que
simbolizavam a vida dos faraós, sobretudo preces e mensagens para afastar a invasão de
prováveis saqueadores. Eles utilizavam um papel chamado papiro, feito a partir de uma
planta que possuía o mesmo nome. A escrita no Egito, no início, era uma atribuição dos
escribas, uma classe de especialistas. Os escrivães, como também eram designados,
assumiam uma posição de destaque nessa sociedade. Eles tinham que passar por um
processo de formação e, além disso, eram o elo entre o faraó, funcionários do governo, os
sacerdotes e o povo.

Um fato curioso e importante da cultura egípcia é que a escrita hieroglífica só foi decifrada
a partir do século XIX, por Jean-François Champollion, um estudioso francês. O francês
utilizou uma pedra que continha inscrições em hieróglifos e sua tradução para grego.

História da escrita na Roma Antiga


Já na Roma Antiga, onde foi instituído o alfabeto romano, só existiam letras maiúsculas,
inicialmente. Após um tempo, as letras eram escritas em pergaminhos - peles de animais,
geralmente cabras, carneiro, ovelhas, cordeiro - com o apoio de hastes de bambu, penas
de patos e outras aves. Entretanto, ocorreram algumas modificações no alfabeto romano,
em sua forma original, pois criou-se um novo estilo de escrita batizado escrita uncial, que
perdurou até o século VIII, muito usado na escritura de Bíblias escritas.

No período da Alta Idade Média, a partir do século VIII, Alcuíno, um monge da


Nortúmbria, decidiu inventar outro tipo de alfabeto a pedido do imperador Carlos Magno.
Contudo, este novo modelo também apresentava letras maiúsculas e minúsculas. Com o
passar do tempo essa escrita sofreu algumas modificações que tornou a leitura mais
difícil. O que aconteceu foi que alguns italianos letrados, em pleno século XV, inquietos
com o estilo mais complicado, decidiram elaborar uma nova maneira de escrita.

Lodovico Arrighi, outro italiano letrado, realizou a publicação do primeiro caderno de


caligrafia. A ele se deve o estilo que hoje conhecemos por itálico. Após a publicação do
primeiro caderno de caligrafia, foram impressos outros cadernos, nos quais seus tipos
eram gravados em chapas de cobre (calcografia). Foi por meio da calcografia que deu-se
origem a designação da escrita calcográfica.

História da escrita na China

A história da escrita da China, assim como as outras civilizações, também foi marcada
pelo desenvolvimento de forma independente do seu próprio sistema de escrita, criado há
mais de 3 mil anos. Antes da invenção do papel, feito por eles, muitos outros recursos
foram utilizados para a escrita. O sistema de escrita dos chineses possui um símbolo para
cada coisa chamado sistema ideográfico. A escrita chinesa possui um acervo de mais de
160 mil ideogramas, mas boa parte sofreu mudança ao longo dos anos, pois priorizava os
traços fundamentais. Hoje, são usados entre 5.000 e 8.000 caracteres. Apenas 3.000
caracteres são utilizados para a vida diária.

História da escrita na América Central

Na América Central, os povos maias e os astecas, possuíam seus próprios sistemas de


escrita, mas os europeus, ao invadirem e conquistarem a região, arruinaram boa parte
dos seus documentos escritos. A escrita pertencente a esse povo, chamada de escrita
nahuatl, teve início a partir do século XIII, mas ela ainda não foi totalmente decifrada
pelos pesquisadores.

As primeiras tentativas de se criar sistemas de escrita aconteceram por volta de 4000


a.C.. Os sistemas mais rudimentares apareceram muito antes que os primeiros alfabetos
– dois milênios mais tarde – ganhassem forma. De fato, não podemos atribuir o
surgimento da escrita a uma única sociedade. Em épocas bastante próximas, civilizações
americanas, os egípcios, chineses e mesopotâmicos começaram a desenvolver seus
sistemas de representação gráfica.

Em um primeiro momento, as primeiras inscrições eram feitas por meio de desenhos que
visavam reproduzir de forma simplificada os conceitos ou coisas a serem representadas.
Esse tipo de escrita é usualmente conhecido como escrita pictórica ou hieroglífica. O mais
antigo registro escrito que se tem notícia foi encontrado na cidade de Uruk, atual região
sul do Iraque. Com o passar do tempo, os sistemas de escrita foram ganhando maior
complexidade quando os símbolos passaram a representar sons.

Usualmente, a ampliação do uso de sinais fonéticos foi criada a partir do momento em


que se notava a semelhança dos sons empregados para coisas distintas. Na medida em
que surgia a necessidade de criar símbolos distintivos para termos semelhantes, a escrita
silábica começou a ser vista como uma maneira eficiente de definir a simbologia
empregada nas palavras. Paralelamente, a necessidade de simplificação dos signos
escritos foi tornando o sistema mais compacto e funcional.

Foi nesse momento que os primeiros alfabetos apareceram na Antigüidade. Diferentes


civilizações começaram a trabalhar com sistemas mais simplificados e, ao mesmo tempo,
capazes de identificar distintos conceitos, seres e objetos. Na civilização fenícia o
desenvolvimento da escrita e do alfabeto teve grande avanço graças à demanda dos
comerciantes fenícios. Foi nesse contexto que um alfabeto com apenas vinte e dois
caracteres foi popularizado por aquela civilização oriental.

Depois disso, as civilizações greco-romanas deram outra importante contribuição para a


formação dos alfabetos contemporâneos. Foi entre os povos gregos que se introduziu o
uso de vogais. Séculos mais tarde, os romanos – sendo fortemente influenciados pelos
etruscos – deram formas claras ao sistema alfabético utilizado por diversas nações do
mundo ocidental contemporâneo. Graças à formação de um vasto império e do contato
com os bárbaros, as línguas latinas predominam em diferentes culturas do mundo atual

Ideograma é um símbolo gráfico utilizado no sistema de escrita ideográfico, onde


cada elemento pode representar um objeto, uma ideia ou um conceito abstrato.
Os ideogramas formavam o sistema de escrita de várias civilizações antigas, como a
egípcia (os hieróglifos) e a maia, antes do surgimento dos primeiros alfabetos.
Atualmente, os símbolos ideográficos ainda compõem determinados tipos de escrita do
idioma chinês e japonês, por exemplo.
Ao contrário do sistema de escrita silabário, os ideogramas não são linguísticos, pois não
exprime um som ou letra em específico, mas sim a ideia de algo. Os símbolos
matemáticos são exemplos de ideogramas, pois os elementos gráficos em si representam
a ideia a ser transmitida.
Saiba mais sobre o significado de Hieróglifo.
Ideograma japonês e chinês
Os idiomas japonês e chinês são exemplos contemporâneos da utilização dos
ideogramas como forma de escrita.
Na língua japonesa, os ideogramas são conhecidos por Kanjis, utilizados para
representar diretamente uma ideia concreta ou abstrata. São produzidos a partir de
elementos pictográficos, sendo que a pessoa deve aprender aproximadamente 2.140
Kanjis para estar apto a ser alfabetizado no Japão. Os japoneses ainda utilizam outros
dois alfabetos básicos: Katakanae o Hiragana.
No idioma chinês (o mandarim), os ideogramas (também chamados de logogramas ou
sinogramas) levam o nome de Hànzi.

Tabuletas de argila
Os primeiros pictogramas foram gravados nessa espécie de tábua de
madeira coberta de argila. Com um instrumento feito de algum tronco
vegetal, a argila era empurrada e os símbolos eram gravados. As tabuletas
eram levadas ao forno para que o registro se tornasse permanente. Quando
eram revestidas de cera, podiam ter os escritos apagados. Assim, as tábuas
eram reaproveitadas.

Óstraco
Nesse fragmento de cerâmica, na maioria das vezes quebrado, eram
registrados avisos, rascunhos e mensagens curtas. A escrita era feita com
objetos pontiagudos. Bem mais acessível do que o papiro ou o pergaminho,
o óstraco foi muito presente na vida das classes mais baixas. O termo
“ostracismo”, que se refere a uma punição existente na Grécia Antiga, foi
cunhado porque os habitantes de Atenas usavam um óstraco para votar
sobre o exílio do réu.

Papiro
O percursor do papel foi desenvolvido por volta de 2500 a.C., pelos egípcios,
a partir da planta papiro, que tinha o miolo cortado em finas lâminas. Depois
de secas, elas eram mergulhadas em água, na qual permaneciam por seis
dias. Outra vez secas, as lâminas eram ajeitadas em fileiras horizontais e
verticais, sobrepostas umas às outras. A folha obtida era martelada, alisada e
colada ao lado de outras, para formar uma longa fita que era depois
enrolada.

Pergaminho
O pergaminho surgiu na Ásia, na cidade de Pérgamo, por volta do século 2
a.C. Era produzido com pele de animal, geralmente carneiro, bezerro e
cabra. As peles passavam por um banho de cal e eram colocadas para secar
em uma moldura de madeira. O pergaminho era um material nobre, usado
para documentos muito importantes. Nos mosteiros católicos, os monges
reproduziam textos religiosos nesse suporte.

Máquina de escrever
A máquina de escrever foi o primeiro uso da mecânica na escrita. O primeiro
protótipo funcional surgiu em 1867, pelas mãos do tipógrafo americano
Christopher Sholes. A máquina era feita de madeira, e as teclas eram presas
com hastes de arame, escrevendo só em letras maiúsculas. Os
aperfeiçoamentos foram tornando a escrita mais precisa e veloz, saltando
para peças eletrônicas que faziam o papel se movimentar sozinho.
 

Silabário
Sistema de escrita de um idioma

Um silabário é um conjunto de símbolos de escrita que representam sílabas que


compõem palavras. Um símbolo num silabário representa tipicamente um som consoante
opcional seguido por um som vogal. Num silabário verdadeiro não existe nenhuma
semelhança gráfica sistemática entre caracteres foneticamente relacionados.

Etapas do Desenvolvimento Alfabético - Evolução da Escrita

No início da alfabetização a criança ainda não distingue a unidade do símbolo gráfico de


um todo, ou seja, a letra da palavra, assim como ainda não compreende que a escrita
representa a fala, o som da palavra e não o objeto a que o nome se refere. Poderá
imaginar, por exemplo, que a letra inicial do seu nome signifique a palavra inteira, ou que
seu nome e uma característica sua possam ser expressos com a mesma palavra.

Ainda há, nesse período, uma confusão a respeito da relação do pensamento com sua
expressão gráfica, ocupando o desenho um papel muito importante neste aspecto, pois
esse recurso servirá de instrumento comunicativo, enquanto a criança desenvolve
aptidões e constrói suas hipóteses.

Grafismos Primitivos - esse sistema de expressão gráfica são rabiscos, sinais com
movimentos variados, podendo ser em zigue-zague, ondulares, em linha reta ou não, com
propensão arbitrária. A escrita poderá aparecer junto ao desenho, para dar crédito a suas
intenções de significado. É também comum a não diferenciação entre letras e números,
sendo que ambos são símbolos representativos de ideias postas no papel.

A “Hipótese de Quantidades Mínimas” – cada sujeito que passa por esta característica
peculiar desenvolve um número mínimo de letras que podem ser lidas, podendo ser duas,
três ou quatro.
Sugestões para o melhor aproveitamento desta etapa:
Letras – destacar a forma e posição das letras e apresentá-las em seus tipos variados;
- fazer conexão entre a sonorização, pronúncia e as letras iniciais de palavras que
contenham significado para a criança;
- proporcionar situações em que apareça a distinção entre letras e números.
Palavras – realizar associações entre palavras e objetos;
- análise quanto às letras iniciais e finais de palavras que possuam significado para a
criança.
Frases – distinção entre imagem de figuras e a escrita em um texto;
- ressaltar a distribuição espacial das frases no texto.
Nível intermediário do Pré-silábico ao Silábico
Aqui se inicia a compreensão da letra inicial das palavras que contêm significado para a
criança, passo esse que possui a importância de iniciar a criança na distinção entre letra e
som.

Nível Silábico
A descoberta da relação fonográfica da letra inicial antecede o descobrimento de que
todas as letras das palavras possuem valor sonoro. O nível silábico caracteriza-se pela
tendência que a criança possui em aceitar a sílaba como sendo a própria palavra; ou,
ainda, admitir uma letra para cada sílaba, registrando, por exemplo, VL para a palavra
VELA e também uma letra para cada frase.

O aluno depende, assim, do auxílio do professor para tomar consciência do número de


letras que as palavras possuem, e, principalmente, de que existem monossílabas que
emitem apenas um som, mas possuem duas letras. Ao gerar essas afirmações é
oportunizada à criança que esta elabore seu conhecimento, gerando um momento de
transformação do pré-conhecimento ao novo, intermediado pelo professor.

O conhecimento da relação letra-som poderá perpassar mais de um nível de evolução,


portanto a criança não se desenvolve nestes níveis de uma forma irreversível e
continuamente vertical, pulando de um para o outro, automaticamente, sendo que sua
evolução é uma complexa rede gradual de aquisição de aptidões e conhecimentos que se
interligam. Portanto, seguindo este raciocínio, passar para um estágio não significa deixar
de possuir algumas manifestações do estágio anterior ou estar adiantado em outras.

Sugestões:
1) letras – análise da pronúncia das letras a partir do som da primeira sílaba da palavra;
- continuação do destaque às formas e posição das letras, cursiva e imprensa.

2) palavras – contagem do número de letras, desmembramento oral das sílabas e


repartição das palavras escritas.

3) frases – utilização de pequenos textos lidos pelo professor e memorizados pelos


alunos.
Pesquisa de palavras do texto, verbos, artigos...
Nível Silábico Alfabético - esta etapa é a passagem do nível silábico para o alfabético,
sendo que as características de uma fase e outra podem aparecer coexistentes.

Nível Alfabético - inicialmente, esse nível tem seu reconhecimento quando a criança
demonstra reconhecer a relação e associação do símbolo sonoro ao gráfico. A criança
descobre que as sílabas podem ter quantias diferentes de letras na sua constituição. As
unidades linguísticas já são identificadas pela criança: letras, sílabas, palavras e frases.

Outra característica desta etapa é que as palavras não são percebidas como unidades
separadas em uma frase, ignorando o uso correto da separação na formação da ideia ou
sentido do conteúdo. A criança baseia-se literalmente na pronúncia da palavra para
expressá-la graficamente, mesmo que ela seja representada por diversas letras, podendo
ocorrer registros como: “aza” - asa, “biqo” - bico, “soudado” - soldado, “jel” - gel...

Sugestões:
letras – identificação dos sons das letras.
palavras – análise da quantidade de letras e sílabas da palavra;
- montagem de palavras por meio de sílabas;
- classificação das sílabas quanto ao número de letras;
- classificação das palavras de acordo com o número de sílabas.

frases – produção e leitura de pequenos textos;


- contextualização da palavra na frase;
- contagem de letras, palavras, frases e espaços no texto.

Considerações Finais

Diante do que foi analisado, podemos dizer que as crianças com idades diferentes
constroem seu conceito de escrita, suas hipóteses de maneiras diferentes, de modo
natural, de acordo com a sua idade.
Como pudemos observar a criança I que possuía quatro anos de idade no início ainda
não possuía escrita e desenho definido e depois de alguns meses já fazia desenhos que
poderiam ser interpretados e letras legíveis, até seu nome conseguia escrever, aí
aconteceu a construção da escrita.
A criança II, com cinco anos já possuía escrita mais definida que a criança I, pois desde o
início conseguia escrever seu nome e fazer desenhos definidos, assim pudemos concluir
que as crianças de quatro e cinco anos já possuem algum conhecimento da escrita, mas
o que predomina são os desenhos, que são a forma pela qual a criança inicia sua escrita.

Referências
Cagliari, L. C. (2009). Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. (2a ed.). São Paulo: Scipione.
Dehaene, S. (2012). Os neurônios da leitura. Porto Alegre: Penso. Ferreiro, E.; Teberosky, A.
(1985). Psicogênese da língua escrita.
Porto Alegre: Artes Médicas.
Fischer, S. R. (2006).História da leitura.São Paulo: Editora UNESP. Fischer, S. R. (2009). História
da escrita. São Paulo: Editora UNESP.

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