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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
MODALIDADE A DISTÂNCIA

EDILENE BATISTA DA CUNHA

A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO PARA A APRENDIZAGEM DAS


CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

PITIMBU - PB
2014
EDILENE BATISTA DA CUNHA

A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO PARA A APRENDIZAGEM DAS


CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Coordenação do Curso de
Licenciatura Plena em Pedagogia na
Modalidade a Distância, do Centro de
Educação da Universidade Federal da
Paraíba, como requisito institucional para
obtenção do título de Licenciada em
Pedagogia.

Orientadora: Professora Ms. Ivana Maria Medeiros de Lima

Pitimbu - Pb
2014
C972l Cunha, Edilene Batista da.

Ludicidade: brincando também se aprende / Edilene Batista da


Cunha. – João Pessoa: UFPB, 2014.
39f.

Orientador: Ivana Maria Medeiros de Lima


Monografia (graduação em Pedagogia – modalidade a distância)
– UFPB/CE

1. Lúdico. 2. Criança. 3. Aprendizagem. I. Título.

UFPB/CE/BS CDU: 373.24 (043.2)


EDILENE BATISTA DA CUNHA

A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO PARA A APRENDIZAGEM DAS


CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Coordenação do Curso de
Licenciatura Plena em Pedagogia na
Modalidade a Distância, do Centro de
Educação da Universidade Federal da
Paraíba, como requisito institucional para
obtenção do título de Licenciada em
Pedagogia.

APROVADAEM: ____/ ____ /

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________
Profa. Ms. Ivana Maria Medeiros de Lima
Universidade Federal da Paraíba - UFPB

_____________________________________________________
1º membro
Universidade Federal da Paraíba - UFPB

_____________________________________________________
2º membro
Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Pitimbu - Pb
2014
Aos familiares que acreditaram no meu sucesso e que
continuaram me incentivando a cada vez que eu pensava em
desistir. Aos meus amigos do curso, pela perseverança e força
de vontade.
Dedico
AGRADECIMENTOS

A Deus acima de tudo, pois, sem Ele não teria trilhado essa longa jornada.
Aos meus familiares que me apoiaram durante toda a minha vida de
estudante.
Aos meus amigos de Faculdade que durante esses anos de convivência
deram grande contribuição no que diz respeito a minha aprendizagem.
A Professora Orientadora, Ivana Maria Medeiros de Lima pela orientação e
apoio.
Aos amigos fiéis pelo companheirismo, carinho e amizade ofertados durante
toda essa caminhada.
Aos demais Professores, pelo ensinamento ministrado, colaboração e apoio.
À escola campo de estágio, Escola Municipal de Ensino Fundamental
Fernando Cunha, e aos alunos que me acolheram de braços abertos.
E a todos que contribuíram de alguma forma para que este trabalho fosse
realizado.
Em todos os tempos, para todos os povos, os
brinquedos evocam as mais sublimes
lembranças. São objetos mágicos, que vão
passando de geração a geração, com um incrível
poder de encantar crianças e adultos.
(VELASCO, 2002).
CUNHA, Edilene Batista da. Ludicidade: brincando também se aprende. p.39.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia). Universidade Federal
da Paraíba. João Pessoa, 2014.

RESUMO

Esta pesquisa visa resgatar o lúdico como processo educativo, procurando mostrar
que ao se trabalhar com o lúdico em sala de aula não se está deixando de lado a
seriedade e a importância dos conteúdos programados os quais devem ser
apresentados à criança desde seu primeiro momento na escola, pelo contrário esta
é apenas uma forma de se buscar o conhecimento de maneira mais divertida, porém
sem descaracterizar a procura pelo conhecimento. O mundo da criança é norteado
por jogos, brinquedos e brincadeiras, pois estes estão presentes na vida do ser
humano desde muito cedo. Por isso as atividades lúdicas são necessárias para o
desenvolvimento e para a absorção dos conhecimentos, pois tais atividades
permitem que a criança desenvolva a percepção, a imaginação, a fantasia e os
sentimentos. O lúdico possibilita a criança momentos de encontro consigo mesmo, e
com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção,
momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, estabelecendo, assim,
relações sociais e de interação, em suma, momentos de vida. Este trabalho
fundamenta-se a partir de uma pesquisa de campo, de cunho qualitativo, o qual foi
utilizado a aplicação de um questionário contendo perguntas objetivas e subjetivas,
com a participação de seis professoras da rede pública de ensino municipal de
Pitimbu/PB. Em suma, os dados coletados revelam o Lúdico como uma atividade a
ser trabalhada na educação infantil, sendo, portanto, relevante para a formação do
sujeito, pois o aluno não apenas se diverte, mas se diverte e aprende ao mesmo
tempo.

Palavras-chave: Lúdico. Criança. Aprendizagem. Professores.


ABSTRACT

This research aims to rescue the playful as an educational process, aiming to show
that when working with the playful in the classroom if you are not setting aside the
seriousness and the importance of content programmed which must be presented to
children from his first time at school on the contrary this is just a way to seek
knowledge way more fun, but not disfigure the pursuit of knowledge. The child's
world is guided by games, toys and games, as they are present in human life from an
early age. Therefore recreational activities are necessary for the development and
absorption of knowledge, because such activities allow children to develop
perception, imagination, fantasy and feelings. The playful enables the child moments
of encounter with ourselves and with each other, fantasy and reality moments of
redefinition and perception of self-knowledge and knowledge of the other times, thus
providing social interaction and relationships, in short, times life. This work is based
on field research, a qualitative one, which was used to apply a questionnaire with
objective and subjective questions, with the participation of six teachers from public
municipal school Pitimbu / PB. In short, the data collected reveal Playful as an
activity to be worked in early childhood education, and is therefore relevant to the
formation of the subject, for students not only have fun, but have fun and learn at the
same time.

Keywords: Playful. Child. Learning. Teachers.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10

2. O LÚDICO, A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS E OS PROFESSORES NA


EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................................... 13
2.1 O que é Lúdico? .......................................................................................... 13
2.2 O Lúdico e a Aprendizagem das crianças .................................................... 15
2.3 O Lúdico no ambiente escolar ...................................................................... 17

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................... 22
3.1 Pesquisa de campo ...................................................................................... 22
3.2 Sujeito da Pesquisa ...................................................................................... 23
3.3 Instrumentos de coleta de dados ................................................................. 23

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS .............................................. 24


4.1 Caracterização da Escola............................................................................. 24
4.2 Análise do Questionário ............................................................................... 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 32

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 35

APÊNDICE ......................................................................................................... 38
1. INTRODUÇÃO

A pesquisa aqui apresentada tem por base o lúdico na educação infantil e


objetiva oportunizar ao educador a compreensão do significado e da importância das
atividades lúdicas na educação infantil, observando que no brincar da criança é
possível favorecer a aprendizagem de uma forma natural. O mesmo visa ainda
despertar no professor de educação infantil o desejo e a intencionalidade, objetivos
e consciência clara de que suas ações em relação ao desenvolvimento e à
aprendizagem infantil não estão apenas ligadas a conceitos, mas as práticas lúdicas
vividas dia a dia com seus alunos.
Para dar início a esse trabalho foi preciso levar em consideração a seguinte
pergunta: Qual a importância da ludicidade para a aprendizagem das crianças?
Pois para tanto, é necessário ver que a atividade lúdica quando utilizada por si só,
não acarreta em aprendizagem, na verdade tal atividade não deve ser aplicada
apenas como mera distração, mas como veículo para busca do conhecimento.
Para a construção deste estudo temos como objetivo geral: investigar as
características que favorecem o uso do lúdico no processo de aquisição e
construção do conhecimento. E, como objetivos específicos: Verificar a importância
do lúdico na educação infantil; Investigar a influência que o lúdico exerce no
processo de aprendizagem; e Reconhecer os benefícios proporcionados pelo uso do
lúdico.
As brincadeiras auxiliam as crianças no desenvolvimento da atenção,
memória, concentração, além da compreensão de regras e papéis sociais. Assim,
consideramos importante a discussão do papel das escolas de educação infantil
frente ás necessidades e possibilidades da criança.
A importância de abordarmos este tema, é que na realidade, as brincadeiras
das crianças deveriam ser consideradas, tendo em vista que auxiliam no
desenvolvimento da aprendizagem, e se queremos entender o universo infantil
precisamos entender suas brincadeiras.
A atividade lúdica é mais do que uma atividade sem implicação para a
criança, brincando, “ela não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo em
que vive”. (VYGOTSKY 1984).
Para esse trabalho de conclusão de curso, optou-se pela pesquisa empírica,
do tipo descritivo, visando uma compreensão mais consistente com relação ao
emprego do lúdico pelo professor da educação infantil em sala de aula, como
instrumento pedagógico.
O que se percebe é que o lúdico torna-se importante instrumento na
mediação do processo de aprendizagem, principalmente das crianças, até porque
elas vivem num universo de encantamento, fantasia e sonhos e onde o faz de conta
e realidade se mistura, e quando isso acontece ocorre o estímulo do pensamento,
da concentração, do desenvolvimento social, pessoal e cultural, visando, assim,
facilitar o processo de construção do conhecimento.
No entanto alguns estudiosos da área humana buscaram pesquisar mais
profundamente a relação existente entre o uso do lúdico e as aprendizagens, entre
eles podemos citar: Piaget, (1995), Vygotsky (1984) e Kishimoto (1994). Assim
como o Referencial Curricular para a Educação Infantil –RCNEI (1998).
A partir desse estudo será possível destacar o lúdico como uma das maneiras
mais eficazes de envolver o aluno nas atividades, pois a brincadeira é algo inerente
na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca. E
nesse contexto o que se pode observar é que a criança reflete, ordena, desorganiza,
destrói e reconstrói o seu próprio mundo.
A pesquisa foi organizada em cinco capítulos. A princípio tem-se a Introdução,
na qual se apresenta a ideia inicial que norteia a pesquisa. No segundo capítulo
discute-se sobre o Conceito de Lúdico, a sua origem em si, tentando apresentar uma
definição que mais se adequasse ao termo. Este capítulo discorre, também, sobre
“O Lúdico e a Aprendizagem das Crianças” e “O Lúdico no Ambiente Escolar”. Na
verdade, faz-se um passeio por diversos conceitos sobre o que é o lúdico e sua
possível contribuição na aprendizagem dos alunos do Ensino Infantil. Procurando,
também, buscar nesse resgate de definições uma possível resposta para tanto
encantamento e fascinação na atuação do lúdico na vida escolar das crianças,
porém não só do público infantil, mas também do público adulto. Até porque a
criança que vive a brincadeira se torna um adulto que gosta de brincar.
No terceiro capítulo temos a Metodologia, a qual fala do tipo de pesquisa,
quem foram os sujeitos da pesquisa e o instrumento utilizado para coletar os dados.
No quarto capítulo enfatiza a Analise e Interpretação dos dados, onde
discorre sobre a prática das atividades lúdicas vivenciadas e observadas, como
também sobre a prática pedagógica, e as inquietações de como utilizar o lúdico em
sala de aula, e quais as atividades lúdicas que melhor se adéquam na busca pelo
conhecimento. Por fim, faz-se uma análise de como os jogos lúdicos podem
contribuir na Educação, desde sua contribuição na formação da criança, como
também no favorecimento da construção do saber.
Em seguida, as Considerações Finais, onde se apresenta as alusões
realizadas a partir da pesquisa. Assim, pretende-se não esgotar o assunto, mas
refletir sobre a prática do lúdico realizada na sala de aula.
2 O LÚDICO, A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS E OS PROFESSORES NA
EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 O Que é Lúdico?

Apresentar uma definição sobre o lúdico hoje, principalmente no que se refere


à educação infantil, não tem sido uma tarefa fácil, tendo em vista que várias são as
enfoques e estudos sobre o tema. Para Winnicott (1995 apud PINTO; TAVARES,
2010, p.230),“o lúdico é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de
absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo”.
Segundo Almeida (2009, p.01) “O lúdico tem sua origem na palavra latina
"ludus" que quer dizer "jogo”. Se a palavra for analisada levando em consideração
apenas a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar,
ao movimento espontâneo”.
Segundo Piaget e Winnicott (1975 apud DALLABONA: MENDES, 2010, p.03),
“conceitos como jogo, brinquedo e brincadeira são formados ao longo de nossa
vivência. É a forma que cada um utiliza para nomear a sua forma de brincar. No
entanto, tanto a palavra jogo quanto a palavra brincadeira podem ser sinônimas de
divertimento”.
Conforme Velasco (1996 apud FERNANDES 2012, p.13) e Kishimoto (1994
apud MAURÍCIO, 2008),“a brincadeira é alguma forma de divertimento típico da
infância, isto é, uma atividade natural da criança, que não implica em compromissos,
planejamento e seriedade, e que ajuda no desenvolvimento e na socialização”.
Entretanto, para Gaspar (2011, p.12) “uma forma corriqueira de se definir
ludicidade, é dizer que lúdico é aquilo que dá prazer e que traz alegria”. Entende-se,
no entanto, que nessa perspectiva a ludicidade seria um propiciador da alegria que
se estabelece entre as pessoas em determinadas situações. Situações essas do
tipo, entre uma pessoa e um animal, uma criança e um brinquedo, ou seja, o lúdico
está atrelado a todas, pelo menos é o que se espera as situações agradáveis que
nos proporcionam bem estar.
É difícil dizer o que é lúdico em uma definição apenas, pode-se dizer que a
atividade lúdica é uma atividade criadora, que de forma natural estimula o
pensamento e a busca pelo conhecimento de forma prazerosa e natural.
Para tanto se sabe que o descobrir e o aprender faz parte da vida do ser
humano, o contato, bem como o convívio com seus semelhantes favorece essa
relação com o novo, o despertar para aquilo que não se sabe, mas que se quer
descobrir. O homem está intrinsecamente ligado à aprendizagem, a procura, a
descoberta, logo a apropriação dos conhecimentos por ele buscados, e é essa
busca que lhe garante a sobrevivência e a integração no meio em que vive como um
ser participativo, crítico e criativo. E sendo tudo isso atrelado à atividade lúdica, tal
busca flui em seu dia a dia sem mesmo o notar.
Afirma Negrine (2000 apud SÁ, 2004, p. 02) que “a capacidade lúdica está
diretamente relacionada à pré-história de vida do ser humano. Acredita ser, antes de
tudo, um estado de espírito e um saber que progressivamente vai se instalando na
conduta do ser devido ao seu modo de vida”.
Pode-se perceber que o lúdico tem a capacidade de permitir um
desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas
e da capacidade criadora, a criança pode se expressar, analisar, criticar e
transformar aquilo que é real. Se bem inserida e, principalmente, se bem
compreendida, a educação lúdica terá grande contribuição para a melhoria do
ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para redefinir
valores. Pois, o lúdico tem grande contribuição para o desenvolvimento das crianças
na sociedade.
Segundo Santos (1999 apud MORAES 2012, p.40):
O lúdico faz parte de todas as esferas da existência do ser humano
e, muito especialmente, na vida das crianças. Pode-se afirmar,
realmente, que “brincar é viver”, uma vez que a criança aprende a
brincar vivenciando a brincadeira e ao brincar acaba aprendendo.

Na prática da atividade lúdica, não é apenas o produto da atividade nem o


que dela resulta que se deve ser valorizado, mas a própria ação, ou seja, o
momento vivido. Pois, possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo
mesmo, e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e
percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de
si e olhar para o outro, em suma, momentos de vida.
Há reflexões sobre a utilização de materiais e atividades lúdicas no sentido de
tornar o ensino aprendizagem um processo dinâmico e significativo. Talvez por isso
o lúdico esteja hoje tão presente nos debates e discussões acerca deste assunto.
Até porque ao se olhar para o passado o que se sabe é que “o jogo já era visto
como importante ferramenta de auxílio ao processo de educação das crianças. Era
jogando que a criança era incitada a aprender”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 06).
Hoje, no entanto, para muitos o lúdico é apenas uma forma de distração, de
fazer passar o tempo, de ocupar a criança. E é a partir deste conceito que se faz
necessário compreender que atividades lúdicas são imprescindíveis na vida da
criança, não apenas como um momento de distração e prazer, mas principalmente
como um facilitador da aprendizagem.

2.2 O Lúdico e a Aprendizagem das Crianças

Brincar é uma atividade que facilita o desenvolvimento físico, cognitivo,


psicológico, que estimula o desenvolvimento intelectual, interfere na busca pelo
conhecimento, e ainda possibilita as aprendizagens. O lúdico pode ser considerado
como uma tática de desenvolvimento da atenção, fator necessário para a
aprendizagem, além de estimular o respeito, a confiança bem como uma relação de
aproximação no grupo.
Segundo Vygotsky (1984 apud DALLABONA: MENDES, 2010, p.06):
Atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do
pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu
estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender
e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos,
pessoas, coisas e símbolos.

Na verdade o que acontece é que a criança constrói e reconstrói sua


compreensão de mundo no ato do brincar; elas amadurecem algumas capacidades
de socialização, por meio da interação, da utilização e experimentação de regras e
papéis sociais presentes nas brincadeiras. Brincando, as crianças (re)elaboram suas
vivências cotidianas em situações imaginárias ou virtuais.
É com as atividades lúdicas, que as crianças conseguem reproduzir muitas
situações vividas por elas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-
conta, são reelaboradas. Esta reprodução do cotidiano acontece por meio da
combinação entre experiências vividas e a possibilidades de novas interpretações e
representações do real, de acordo com aquilo que para elas representem suas
afeições, necessidades, desejos e paixões. (DALLABONA; MENDES, 2010, p.06).
Cabe ressaltar que tais atitudes são fundamentais para a atividade criativa do ser
humano.
Segundo Modesto e Rubio (2014, p.03) “O jogo é essencial para que seja
manifestada a criatividade e a criança utilize suas potencialidades de maneira
integral, indo de encontro ao seu próprio eu”.
Ao brincar a criança desenvolve a capacidade para determinado tipo de
conhecimento, sendo assim, depois de aprendida tal capacidade dificilmente será
esquecida ou mesmo perdida. Pode-se assim dizer que a aprendizagem se dá a
partir da formação de conceitos, e tais conceitos são formados muito mais facilmente
no ato do brincar.
Ao se considerar que as atividades lúdicas transpõem o fazer mecânico, o
fazer por fazer, cabe ressaltar o quão importante é que o professor não utilize as
atividades lúdicas apenas como um passatempo em sua prática, mas como um
momento de interagir, de estabelecer trocas e de compartilhar. A atividade lúdica
quando bem aplicada desencadeia momentos de integração dos pensamentos, dos
sentimentos e dos movimentos em sua prática pedagógica cotidiana. Sendo assim,
vê-se que “essas atividades são relevantes para a formação da criança, pois
contribuem com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da criança”. (SILVA,
2011, p. 27).
Espera-se que o lúdico venha a ter um lugar garantido no cotidiano das
instituições educativas, pois é fundamental a atuação do educador, e principalmente
que tal atuação seja nutrida pela vivência lúdica, em que o professor se coloque
pleno, inteiro no momento, alegre e flexível.
Brincadeira ou jogo em sala de aula são importantes para o desenvolvimento
social, pois existem alunos com dificuldade no relacionamento e no entendimento de
muitas questões levantadas em sala de aula, gerando, assim, insegurança ou medo
de perguntar e assim sanar suas duvidas junto ao professor.
Mas, o educador que aplica as brincadeiras e jogos em suas atividades
oportuniza a socialização entre os alunos, a cooperação mútua, e a participação
coletiva na solução de situações-problemas. Com isso, “o professor em sua prática
acaba por favorecer a troca de experiências entre os alunos e, ainda, acarreta nas
várias possibilidades para resolvê-los”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 04).
Portanto, o que se espera é que o professor não mais represente o papel do
agente exclusivo de informação e formação dos alunos, mas que passe a
desempenhar no contexto escolar uma função de extrema relevância que é a de
elemento mediador das interações entre as crianças e os objetos de conhecimento.
Ao se fazer uso do lúdico, a sala de aula torna-se um espaço de reelaboração
do conhecimento vivencial e constituído, isso de forma coletiva ou mesmo de forma
individual e a criança passa a ser a protagonista de sua história social, a peça chave
na construção de sua identidade. Cabe ainda ressaltar, que a criança que convive
com “as atividades lúdicas percorre de forma natural o caminho pela busca de uma
auto-afirmação social, dando a ela continuidade nas suas ações e atitudes,
possibilitando o despertar para aprender”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 05).
No entanto, para aprender, o aluno precisa de um ambiente de confiança,
respeito e colaboração com os colegas. Neste estudo acredita-se que o jogo pode
se firmar como uma estratégia de desenvolvimento da atenção, fator necessário
para a aprendizagem.
Profissionais de educação infantil devem perceber que o brincar pelo brincar,
já é feito em casa, sendo assim, faz-se necessário se ter uma prática didática,
direcionada, planejada, a fim de ensinar para promover o desenvolvimento e a
aprendizagem dos envolvidos. Ele deve acreditar nesta prática, e ver-la como “uma
atividade facilitadora do trabalho pedagógico, principalmente, um propiciador do
aprender do aluno”. (MODESTO; RUBIO, 2014, p. 12).

2.3 O Lúdico no Ambiente Escolar

O lúdico é uma importante ferramenta na mediação do conhecimento, pois


enquanto a criança brinca com material concreto, jogos, ou seja, tudo o que ela
possa manusear ela está sendo estimulada a refletir e reorganizar; por outro lado se
a brincadeira é de faz de conta o estímulo é voltado para o recriar e o inventar, e
assim se pode dizer, imaginar fantasiar.
A partir das ideias acima, verifica-se que atividades quando entrelaçadas com
o lúdico a aprendizagem acontece com mais facilidade e entusiasmo, pois a criança
aprende sem perceber, pois ela aprende brincando. Segundo Grassi (2008, p.70
apud MODESTO; RUBIO, 2014, p.2):

O termo jogo compreende uma atividade de ordem física ou


mental,que mobiliza ações motrizes, pensamentos e sentimentos, no
alcance de um objetivo, com regras previamente determinadas, e
pode servir como um passatempo, uma atividade de lazer, ter
finalidade pedagógica ou ser uma atividade profissional.

Nestes termos o que se vê é que o brincar (jogo) enriquece a dinâmica das


relações sociais em sala de aula (mas também fora dela), como na brinquedoteca
fortalecendo a relação entre o ser que ensina e o ser que aprende.
Segundo a visão de Kishimoto, (2002, p. 23) “a brinquedoteca deve ser na
escola, um lugar integrado a uma proposta pedagógica que incorpora o lúdico como
eixo do trabalho infantil”. Lendo esta afirmação o que se pode dizer é que essa é
uma visão viável, pois muitas vezes algumas crianças só têm a escola para se soltar
e interagir com seus colegas através da brincadeira.
Piaget (1975, p.55) enfatiza que “a criança ao brincar externa traços de sua
aprendizagem através da interação com atividade lúdica que está sendo
desenvolvida”. Como se vê é uma grande verdade, pois existem crianças
consideradas como introvertida na sua vida cotidiana, mas elas conseguem expor de
maneira sucinta sua capacidade de aprendizagem.
Vygotsky (1998 apud VAZ, 2013) também expõe seus conhecimentos e
pesquisas em prol do lúdico como forma de aprender, quando ele diz que por
favorecer a criação desta zona, visto que “o lúdico poder ser considerado um
recurso para ser utilizado em meio às propostas pedagógicas, já que faz parte da
natureza infantil, podendo contribuir para o amadurecimento dos processos que
estão em formação”. (VYGOTSKY, 1998, p. 112 apud VAZ 2013, p.19).
Diante do exposto percebe-se que é uma grande verdade o pensamento que
ele tem em relação ao comportamento infantil. E para que esse processo de
aprendizagem através do lúdico ocorra muitas vezes à criança se baseia no adulto.
Por isso, a escola em sua atualidade tem procurado se instrumentalizar no sentido
de garantir essas atividades para tranquilizar os pais.
Percebe-se que a presença da ludicidade na educação infantil é algo que vem
sendo trazido aos poucos para a realidade, em vista que após essa emancipação
dos jogos tecnológicos, algumas escolas ainda resistem, e, isso envolve tanto os
profissionais da educação quanto a família que acredita na ideia de que a escola e a
brincadeira são vistas como instâncias distintas.
O brincar consiste em um excelente método que facilita a aprendizagem das
crianças na educação infantil, pois o educador através desse método poderá
propiciar situações que despertem nas crianças o respeito interpessoal de ser e de
estar com os outros, priorizando a aceitação, respeito e confiança e o acesso aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
Pois, de acordo com Resende (1999, p. 42-43):

Não queremos uma escola cuja aprendizagem esteja centrada nos


homens de “talentos”, nem nos gênios, já rotulados. O mundo está
cheio de talentos fracassados e de gênios incompreendidos,
abandonados à própria sorte. Precisamos de uma escola que forme
homens, que possam usar seu conhecimento para o enriquecimento
pessoal, atendendo os anseios de uma sociedade em busca de
igualdade de oportunidade para todos.

Atualmente, o que se vê é que muitas escolas estão preparando seus alunos


para um mundo irreal, isso porque a escola ainda está preocupada em formar
indivíduos úteis, moralmente disciplinados e tecnicamente preparados para o
trabalho. Percebe-se que ações como dar aulas necessitarão ser substituída por
atividades como orientar a aprendizagem do aluno pela busca do seu próprio
conhecer, como defende o construtivismo, o sócio-interacionismo, até porque se o
aluno e o professor não estiverem engajados no processo, não haverá ensino
possível.
Brincadeira na escola, só se tiver uma utilidade clara: domar o
caráter, aprender e competir, compreender que nem todos vencem,
desenvolver habilidades e comportamentos auxiliar outras
aprendizagens escolares, aliviar tensões de aulas chatas e sem
significado para as crianças (DEBORTOLI, 2006, p. 84).

Sendo assim, percebe-se a presença dos jogos e das brincadeiras livres na


escola, muitas vezes, são perda de tempo, ou, simplesmente, as brincadeiras são
atividades que serviam para ocupar um espaço de tempo livre ao final da aula. A
busca pelo conhecimento e a aprendizagem são ignoradas, pois ao brincar
livremente a criança não apenas se diverte, mas também aprende.
São poucas as atividades que permitem a manifestação do
imaginário infantil por meio de objetos simbólicos dispostos
intencionalmente pelo professor. Entre professores e pais, há uma
presença acentuada da ideia de que o jogo infantil é perda de tempo
na escola e que deve ser utilizado quase exclusivamente em
momentos de lazer e descanso (SILVA, 2003, p. 16).

Na escola a ludicidade deve acontecer nos momentos de brincadeira livre


como o recreio, e nas atividades fora e dentro de sala de aula. Mas, também é
possível se constatar o ato de ludicidade em forma de atividades direcionadas desde
a chegada dos alunos a entidade escolar, incluindo a hora da alimentação até a
chegada dos pais, e toda essa estrutura e planejamento será compreendida como o
lúdico e pode ser disponibilizado integralmente favorecendo essa ligação entre o
brincar e o aprender sendo mediado e realizado pelos professores com a total
participação das crianças. Assim, complementa Pereira (2005 p.19-20):

As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou


simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e
compreensão de si; Possibilitam, ainda, que educadores e
educandos se descubram, se integrem e encontrem novas formas de
viver a educação.

Pereira (2005) considera as atividades lúdicas como uma possibilidade de


entrega que é transcorrida pelos símbolos, sonhos, desejos, necessidades, dores e
alegrias; uma integração conosco e com o outro, em uma troca implícita e
expressiva.
Ao se considerar que as atividades lúdicas transpõem o fazer mecânico, o
fazer por fazer, cabe ressaltar o quão importante é que o professor não utilize as
atividades lúdicas apenas como um passatempo em sua prática, mas como um
momento de interagir, de estabelecer trocas e de compartilhar. “A atividade lúdica
quando bem aplicada desencadeia momentos de integração dos pensamentos, dos
sentimentos e dos movimentos em sua prática pedagógica cotidiana”. (SILVA, 2011,
p. 27).
Para Modesto e Rubio (2014, p. 03) “A discussão sobre a importância dos
jogos e brincadeiras na educação vem se consolidando, pois as crianças
apresentam nessas atividades grande capacidade de raciocinar e resolver
situações-problemas”.
Entretanto, nem todos os educadores conseguem perceber a importância da
ludicidade no processo de ensino e aprendizagem. No entanto, os profissionais da
educação que se veem comprometidos com a qualidade de sua pratica pedagógica,
reconhecem de imediato a importância do lúdico como veiculo para desenvolvimento
social, intelectual e emocional de seus alunos. Para entender o universo da
ludicidade é necessário compreender que ele envolve os jogos, os brinquedos e as
brincadeiras.
Sendo assim, vê-se que essas atividades são relevantes para a formação da
criança, pois contribuem para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da
criança.
Como já fora dito o uso do lúdico no âmbito escolar faz da sala de aula um
espaço de reelaboração do conhecimento vivencial e constituído, tanto no coletivo
quanto no individual e a criança passa a ser a protagonista de sua história social, a
peça chave na construção de sua identidade. Pois, a criança que convive com
atividades lúdicas percorre de forma natural o caminho pela busca de uma auto-
afirmação social, dando a ela continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando
o despertar para aprender.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 Pesquisa de Campo

Este estudo tem como base a pesquisa de campo, de caráter descritivo e


exploratório. No primeiro momento, pode-se dizer que ele está embasado em
argumentos pré-existentes, os quais foram relacionados ao dia a dia dos alunos do
Ensino Infantil, quando de caráter empírico é porque se fez necessário a
observância da realidade lúdica desses alunos, e isto se deu a partir de uma
pesquisa de campo, vivenciada e observada, registrada e analisada. A mesma visa
ainda uma compreensão mais consistente com relação ao emprego do lúdico pelo
professor da educação infantil em sala de aula, como instrumento pedagógico.
A pesquisa descritiva segundo Brennand; Medeiros e Figueiredo (2012, p.
69), “que seu objetivo principal consiste na descrição das características de
determinadas populações ou fenômenos e usa as técnicas padronizadas de coleta
de dados - o questionário e a observação sistemática". De forma que a sua principal
característica reside no fato de estabelecer opiniões.
Ainda conforme Brennand, Medeiros e Figueiredo (2012, p. 69), "A sua
importância geralmente é atribuída ao fato de que ela baseia-se na premissa de que
os problemas podem ser resolvidos e as práticas podem ser melhoradas através de
descrição e análise de observações objetivas e diretas".

3.2 Sujeito da Pesquisa

O público alvo participante dessa pesquisa foram as 06 professoras que


atuam na educação infantil da Escola Municipal de Ensino Fundamental Fernando
Cunha. Das 06 professoras, 02 professoras são professoras, uma do quadro e outra
prestadora de serviço, enquanto, as outras 04 professoras são monitoras. Portanto,
iremos chamá-las de professoras: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
A professora “01” atua na Educação Infantil há 27 anos, é concursada, possui
graduação em Pedagogia e trabalha no Pré-escolar I, com 12 (doze) crianças na
faixa etária de 05 (cinco) anos de idade, no turno da manhã (07h30min até às
11h00min) . Por conseguinte, a professora “02”,atua sobe regime de contrato há 02
anos na educação infantil, possui formação apenas de Magistério, e trabalha no Pré
I com 12 (doze) crianças na faixa etária de 04 (quatro) anos de idade, no mesmo
turno.
As monitoras que atuam como auxiliares de sala, descritas a seguir: a
monitora “01”, graduada em Pedagogia, atua acerca de 27 anos nessa área; a
monitora “02” possui o Ensino Médio completo, mas atua nessa área acerca de 02
anos; a monitora “03” tem Ensino Médio completo e atua a aproximadamente 03
anos de trabalho e a monitora “04” possui o Ensino Superior Completo e 09 anos de
trabalho. Portanto, essas foram os sujeitos da nossa pesquisa.

3.3 Instrumento de Coleta de dados

Para a coleta de dados da pesquisa foi utilizado um questionário, contendo


perguntas abertas e fechadas, onde foram coletadas todas as informações
relacionadas ao tema da pesquisa que ajudaram a entender melhor o método de
ensino e da aprendizagem adotado pelos professores da Escola Municipal de Ensino
Fundamental Fernando Cunha, em sala de aula, utilizando-se do Lúdico como
instrumento fundamental.
De acordo com Severino (2002, p.125) o questionário é um “conjunto de
questões, sistematicamente articuladas, que se destinam a levantar informações
escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a opinião dos
mesmos sobre os assuntos em estudo”.
Para a elaboração do questionário foi estabelecido os seguintes critérios
baseados nas indicações de Manzine (2003) como cuidados quanto à linguagem,
forma das perguntas e cuidados quanto à seqüência das perguntas. Partindo de que
um bom questionário começa com a formulação de perguntas básicas, que deverão
atingir os objetivos propostos pela pesquisa.
4 ANALISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

4.1 Caracterização da Escola

Situada a Rua João Quirino s/n, Pitimbu-Pb, a Escola Municipal de Ensino


Fundamental Fernando Cunha, antiga creche Hilda Barbalho, foi fundada na década
de 80, pela professora Alice Rocha de Souza, que na época foi à primeira instituição
do tipo na cidade, cujo objetivo era atender as crianças da comunidade carente,
acolhendo e proporcionando cuidados como alimentação, higiene e educação de
sua clientela.
A escola atende a um público de 70 crianças, oriundas de comunidade baixa
renda, na faixa etária de 04 a 06 anos de idade, contando com três professoras. A
professora 1 leciona há 27 anos com curso superior em pedagogia e é efetiva, as
professoras 02 e 03 lecionam há 02 anos sobre o regime de contrato com curso
médio em magistério.
O quadro de funcionários da escola é composto de uma Gestora e uma
Gestora adjunta ambas com curso superior e com 03 anos, todas são efetivas. Uma
Supervisora com curso superior em pedagogia, contratada há 02 anos, essa
instituição ainda recebe um apoio técnico de uma assistente social contratada, uma
nutricionista também contratada e uma psicóloga efetiva, duas auxiliares de serviços
e duas cozinheiras.
Quanto ao espaço físico a estrutura é um tanto precária, pois precisam
restaurar salas de aula que são muito pequenas para desenvolver as atividades
lúdicas, além disso, os assentos e mesas não são suficientes para atender a
quantidade de alunos. A cozinha também é bastante pequena, no espaço só tem 01
geladeira, 01 liquidificador, 01 fogão, 01 armário sem porta e 01 mesa com apenas
duas cadeiras. A escola dispõe de apenas 01 banheiro para atender a todas as
crianças, sendo este com três assentos sanitários para as meninas e três para os
meninos. A escola é composta de três salas de aulas, um refeitório bastante amplo,
um pátio para recreação, uma cozinha, uma sala de TV, três banheiros e uma sala
da secretaria.
Em linhas gerais, pode-se retratar da seguinte forma o quadro de funcionários
da escola: 01 Gestora e 01 Gestora adjunta ambas com curso superior e com 03
anos e são efetivas, 01 Supervisora com curso superior em pedagogia, contratada
há 02 anos. Essa instituição ainda recebe um apoio técnico de 01 Assistente Social
contratada, 01 Nutricionista também contratada e 01 Psicóloga efetiva, 02
Auxiliares de Serviços, 02 Cozinheiras e 03 Professoras, sendo uma efetiva e
duas sobe regime de contrato e 06 Monitoras.
Total de Alunos matriculados: 70 alunos matriculados na Escola Municipal
de Ensino Fundamental Fernando Cunha.

4.2 Análise do Questionário

Como fora dito a intenção desta pesquisa é tão somente analisar a


importância do lúdico como instrumento propiciador da aprendizagem do aluno da
educação infantil. Para tanto não se deve pensar que pelo fato de o professor inserir
brincadeiras na sala de aula a aprendizagem não ocorra. Pelo contrário, tal
aprendizagem flui naturalmente, pois os ensinamentos que deveriam ser apenas
exigidos pelo educador, com as atividades lúdicas passam a ter um caráter de
despertar a curiosidade, logo de favorecer o conhecimento.
Na segunda parte do questionário perguntava-se: “o que as professoras
entendem por Lúdico?” De acordo com a referida pergunta a professora 1, a
professora 2 e a professora 5 responderam o seguinte:

Vejo o lúdico como um jogo, um momento de brincadeira, uma hora


para brincar e se divertir. (Professora 1)

Entendo que o lúdico está relacionado com o brincar, com o jogo,


associo-o apenas a brincadeira. (Professora 2)

Lúdico é brincar, é jogar, enfim é se divertir. O brinquedo está para o


lúdico, como o lúdico está para o jogo. Isto é, representam um só.
(Professora 5)

Levando em consideração o conceito de Almeida (2009, p.01) que fora


apresentado nesta pesquisa em que “O lúdico quer dizer "jogo” e que se for
analisado apenas a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar,
ao brincar, ao movimento espontâneo”. Vê-se que as professoras em questão que
responderam a referente pergunta tiveram seu conceito relacionado à Almeida
(2009).
As participantes 3, 4 e 6 afirmaram que o lúdico está relacionado com a
diversidade de cores e com a fantasia. Veja-se:

Lúdico é variedade de cores, na aplicação da atividade lúdica a


criança tende, a partir das cores, a viajar na fantasia. (Professora 3).

O encantamento do lúdico dá-se a partir da diversidade de cores


levando a criança a fantasiar um mundo mágico e colorido.
(Professora 4).

O lúdico mexe com a criatividade do indivíduo, por isso penso que o


lúdico é mágico, pois ele invade a fantasia de quem com ele lida.
(Professora 6).

Kishimoto (2001, p. 83) afirma que: “ao permitir a manifestação do imaginário


infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, à função
pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança”. Observa-se que a
resposta das participantes está relacionada com o conceito do autor, onde ao
associar o lúdico com o imaginário tem-se uma prática pedagógica sucedida,
acarretando na criança um desenvolvimento absoluto.
Dando continuidade ao questionário, a segunda questão perguntava: ”Se os
educadores utilizam o lúdico na sala de aula?”. Todas foram unânimes em
responder que sim, que fazem uso do lúdico em sala de aula. Mas, justificaram o
uso de forma diferente.

Utilizo a atividade lúdica em sala para favorecer a aprendizagem.


(Professora 1).

Uso o lúdico para favorecer a aprendizagem, pois os alunos


conseguem aprender muito mais quando o jogo está relacionado ao
conteúdo aplicado. (Professora 2).

O lúdico favorece a aprendizagem e estimula o raciocínio. E isso é


muito importante. (Professora 3).

Observando as respostas das professoras 1, 2 e 3 o conceito que melhor se


aplica é o de Antunes (2001 apud FERNANDES, 2012, p. 19) quando afirma que:

(...) as brincadeiras dentro do lúdico se tornam um aliado e


instrumento de trabalho pedagógico supervalorizado para se
conseguir alcançar os objetivos de uma construção de
conhecimentos onde o aluno seja participativo ativo.
Associando a resposta das três participantes ao conceito de Antunes (2001
apud FERNANDES, 2012) vê-se que o lúdico propicia a aprendizagem de forma
facilitadora, estimulando o raciocínio de uma maneira natural e espontânea, sendo
para os professores um importante aliado.
As demais participantes da pesquisa responderam da seguinte forma:

O uso do lúdico em sala de aula acontece de forma prazerosa, pois


ele representa uma melhoria significativa no aprendizado dos alunos.
(Professora 4).

Faço uso do lúdico, sei que há uma melhoria na aprendizagem,


porém prefiro utilizar o lúdico como atividade recreativa ao final do
expediente, sem exigir nada dos meus alunos. (Professora 5.)

Embora reconheça que o lúdico seja um facilitador da aprendizagem,


prefiro fazer uso dele, num momento de recreação sem aplicá-lo
junto a um conteúdo programático. (Professora 6).

Segundo Modesto e Rubio (2014, p. 05), o lúdico “torna-se uma ponte que
auxilia na melhoria dos resultados por parte dos educadores interessados em
promover mudanças no aprendizado”. Assim, a criança encontra o equilíbrio entre o
real e o imaginário e tem a oportunidade de se desenvolver de maneira prazerosa.
Como se vê aqueles profissionais da educação que se veem comprometidos
com a qualidade de sua prática pedagógica, reconhecem de imediato a importância
do lúdico como veículo para desenvolvimento social, intelectual e emocional de seus
alunos. Para entender o universo da ludicidade é necessário compreender que ele
envolve os jogos, os brinquedos e as brincadeiras.
Dando continuidade ao questionário, a terceira questão perguntava: “Você
enquanto educador acredita que o lúdico contribui para o desenvolvimento da
aprendizagem na Educação Infantil?”. Todas as professoras foram unânimes em
dizer que “sim”. Porém suas respostas diferem em relação à justificativa em ter o
lúdico como um facilitador da aprendizagem. Vamos observar abaixo:

Sim, é visível a contribuição que o lúdico oferece na aprendizagem


do aluno, porém precisamos planejar bem a atividade. (Professora
1).

Sim, mas para aplicar a atividade lúdica planejo bem antes tal
atividade, para que o lúdico seja realmente um facilitador da
aprendizagem. (Professora 2).
Sim, é um grande facilitador, porém além de planejar e me preparar
bem, também comunico aos meus alunos que eles farão uma
atividade diferente, mas que busca o seu aprendizado. (Professora
4).

A partir do conceito de Modesto e Rubio (2014, p. 05) quando afirma que


“sendo diversas as possibilidades e causas das dificuldades escolares, o lúdico tem
grande importância como estratégia de superação das dificuldades”. Vê-se que
através das respostas das professoras que quando o educador planeja bem sua
atividade lúdica, visando o brincar, a hora do aprender tornar-se um momento
prazeroso, ou seja, as dificuldades podem ser superadas com as brincadeiras.
Das entrevistadas 03 disseram que a aprendizagem não é cobrada como
atividade lúdica, mas que percebem que ela acontece naturalmente mesmo sem o
cobrar. Observe:

Sei que o lúdico contribui para o desenvolvimento da aprendizagem,


mas prefiro não cobrar nada de meus alunos, pois sei que o
entendimento flui naturalmente. (Professora 3).

Sim, faço uso das atividades lúdicas, mas não cobro nenhum
entendimento deles, pois vejo o lúdico como um momento de
recreação de socialização. (Professora 5).

A contribuição do lúdico no aprendizado dos alunos é fato e acontece


naturalmente, por isso prefiro não preestabelecer nenhuma regra,
pois sei que o entendimento e o conhecimento virão. (Professora 6).

Tendo em vista as respostas das professoras 3, 5 e 6, o conceito que melhor


se aplica é o de Debortoli (2006, p. 84) que diz,

Brincadeira na escola, só se tiver uma utilidade clara: domar o


caráter, aprender e competir, compreender que nem todos vencem,
desenvolver habilidades e comportamentos auxiliar outras
aprendizagens escolares, aliviar tensões de aulas chatas e sem
significado para as crianças.

Percebe-se que independentemente de se cobrar ou não a aprendizagem


como atividade lúdica o poder de resolução é favorecido e a criatividade é
instaurada junto aos alunos, e que mesmo em momentos de recreação as crianças
veem o lúdico como um meio de se aprender brincando.
A quarta questão perguntava as professoras: Você já sentiu dificuldades de
trabalhar com o lúdico na sala de aula? As respostas das professoras foram as
seguintes:

O lúdico a meu ver favorece o aprendizado e melhora


significativamente o relacionamento entre o professor e os alunos.
(Professora 1).

Sendo bem elaborada a atividade lúdica não é apenas um facilitador


da aprendizagem, mas um facilitador dos trabalhos por isso não vejo
dificuldade. (Professora 2).

Se bem aplicada à atividade ela não apresentará dificuldade, apenas


temos que nos planejar bem para que assim a aprendizagem
aconteça. (Professora 4).

A resposta das participantes 1, 2 e 4 está relacionada ao lúdico como


favorecedor da aprendizagem como aponta Pereira (2005 apud SILVA 2011, p.73):

As atividades lúdicas não se restringem ao jogo e à brincadeira, mas


incluem atividades que possibilitam momentos de alegria, entrega e
integração dos envolvidos. (...) Possibilita a quem as vivencia,
momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia
e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de
autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar
para o outro, momentos de vida, de expressividade.

Assim, a atividade lúdica pode ser compreendida pela própria ação, o


momento vivido, a entrega. Na verdade, as brincadeiras envolvem as crianças, pois
elas aprendem com alegria.
Ainda na mesma questão as demais participantes disseram que existe a
dificuldade ao aplicar a ludicidade na sala de aula como prática pedagógica.
Observe:

Acontece certo tumulto, pois os alunos pensam que vão apenas


brincar, tento controlar preestabelecendo junto a eles as regras e os
questionamentos que eles deverão solucionar. (Professora 3).

Os alunos ficam agitados, discutindo entre eles o tipo de atividade


que será aplicada e o que se vai querer ao término dessa atividade.
(Professora 6).

Os alunos ficam eufóricos, tornando-se muito difícil de controlar, por


muitas vezes prefiro aplicar as atividades lúdicas ao final das aulas,
pois é à hora em que os pais vêm à escola para buscar seus filhos.
(Professora 5).

Como se vê embora seja possível se constatar o ato de ludicidade em forma


de atividades direcionadas desde a chegada dos alunos a entidade escolar,
incluindo a hora da alimentação até a chegada dos pais, e toda essa estrutura e
planejamento será compreendida como o lúdico e pode ser disponibilizado
integralmente favorecendo essa ligação entre o brincar e o aprender.
Para Winnicott (1995 apud MODESTO; RUBIO, 2014, p. 05), o lúdico,
É considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o
indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. É
este aspecto de envolvimento emocional que torna uma atividade de
forte teor motivacional, capaz de gerar estado de vibração e euforia.

Ao término do questionário, a quinta e ultima questão, sugeriu-se que as


professoras que responderam o questionário enfatizassem: Quais sugestões de
atividades você daria para o educador trabalhar com o Lúdico? Relacionado às
atividades lúdicas que as professoras sugestionaram, todas foram unânimes em que
o professor deve trabalhar atividades que deem prazer e alegria aos alunos e que
favoreçam o aprendizado sem cobrança, de forma natural e prazerosa.

O professor se bem souber faz uso do lúdico, pois além de facilitar a


aprendizagem, favorece a interação na sala de aula. Atividades
competitivas são bem legais, pois mexem com “o querer ganhar” dos
alunos. (Professora 1).

O professor de Educação Infantil ao utilizar o lúdico percebe que


facilmente consegue seus objetivos, por isso é bastante válido o uso
da ludicidade. Gosto de usar a mímica como atividade, pois vejo o
empenho do aluno que faz a mímica e mais ainda daqueles que
querem desvendar o segredo. A interatividade acontece.
(Professora 2).

Recomendo a todo colega professor o uso da atividade lúdica.


Atividades com cantigas de roda, ou trava-língua são bem divertidas.
(Professora 3).

Faço uso do lúdico em sala, sei o quão é importante para a


aprendizagem, por isso recomendo ao professor que não utiliza que
passe a utilizar porque é muito gratificante. “Amarelinha” é uma
atividade que ajuda na matemática, mas podemos utilizar letras e
tentar formar palavrinhas, a criatividade é quem conduz o jogo.
(Professora 4).
Utilizo a atividade lúdica ao final das aulas, por isso prefiro atividades
bem dinâmicas, tipo pular corda ou cabo de guerra. É bem divertido.
(Professora 5).

Vejo o lúdico como uma atividade que veio para dar alegria e prazer
às aulas programadas. Uma atividade bem interessante é “caça ao
tesouro”, onde o aluno tem que desvendar um segredo (referente ao
tema proposto) e depois procurar o tesouro que é a confirmação de
sua resposta. Os alunos gostam bastante. (Professora 6).

Assim, complementa Pereira (2005 p.19-20):

As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou


simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e
compreensão de si; Possibilitam, ainda, que educadores e
educandos se descubram, se integrem e encontrem novas formas de
viver a educação.

Pereira (2005) considera as atividades lúdicas como uma possibilidade de


entrega que é transcorrida pelos símbolos, sonhos, desejos, necessidades, dores e
alegrias; uma integração conosco e com o outro, em uma troca implícita e
expressiva.
Sendo assim, o que se observa é que a criança que convive com atividades
lúdicas percorre de forma natural o caminho pela busca de uma auto afirmação
social, dando a ela continuidade nas suas ações e atitudes, possibilitando o
despertar para aprender.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo teve por finalidade mostrar a importância das atividades lúdicas
como recurso pedagógico, fazendo observâncias a partir de que a criança só
aprende aquilo que lhe desperta a curiosidade logo, que de alguma forma lhe dá
prazer. Visando isso, tornou-se imprescindível aprofundar os estudos acerca das
dificuldades de aprendizagem, bem como da relevante contribuição que o lúdico
apresenta na busca pelo conhecimento.
Deste modo, procurando compreender a função do lúdico como instrumento
pedagógico e como meio para aprendizagem, os procedimentos metodológicos que
deram subsídios para este estudo foi uma pesquisa de caráter empírico descritivo.
Pode-se assim dizer que este estudo teve como base uma pesquisa descritiva
de teor teórico e ao mesmo tempo empírico, em primeiro momento pode-se dizer
que ele esteve embasado em argumentos pré-existentes, os quais foram
relacionados ao dia a dia dos alunos do Ensino Infantil, quando de caráter empírico
é porque se fez necessário a observância da realidade lúdica desses alunos, e isto
se deu a partir de uma pesquisa de campo, vivenciada e observada, registrada e
analisada.
Sendo assim, foi de suma importância a utilização de um questionário de
perguntas objetivas e subjetivas, pois este deu embasamento para possíveis
esclarecimentos acerca do uso dos jogos lúdicos em sala de aula. Viu-se, também a
partir das respostas das professoras que responderam ao questionário que tal
atividade acarreta numa melhoria significativa quanto ao entendimento e assimilação
dos conteúdos aplicados em sala, ou seja, o que nos leva a crer é que a criança que
brinca na escola, como em casa. Também, é muito mais perceptível aos conteúdos
programáticos do que aquela que não brinca, pois é melhor aprender brincando do
que apenas estudar de uma forma rígida e sem graça.
Observou-se que uma criança ao ser inserida no meio lúdico não apenas tem
facilidade na hora de aprender, mas também socializa mais, interage mais, participa
mais, enfim a criança tende a ser mais ativa em sua vida como aprendiz.
Sendo assim, entende-se por meio deste estudo que a atividade lúdica
oferece e favorece oportunidades de uma aprendizagem facilitadora, o que vem a
representar uma melhoria significativa na forma de aprender do aluno da educação
infantil.
Assim, por meio de análises detectadas através da pesquisa foi possível
constatar que o professor deve fazer uso das atividades lúdicas, porém estas devem
ser planejadas e direcionadas para aprendizagem; e, ainda, deve proporcionar
liberdade para os alunos, incentivando-os na busca pelo conhecimento; deve
estimular as crianças no desenvolvimento da atenção, memória, concentração,
tendo em vista que as atividades lúdicas auxiliam na compreensão de regras e
papéis sociais.
Convém ressaltar ainda que, apresentaram-se também nesta pesquisa,
algumas possibilidades de utilização do lúdico em sala de aula, com a finalidade de
apontar subsídios que venham a tornar o jogo uma prática direcionada e
intencionada para a facilitação do aprendizado do educando.
Conforme exposto, o brincar deve ser visto como algo encantador e mágico e,
principalmente, relevante na formação do sujeito, como por exemplo: é fundamental
que o ato de brincar seja realizado constantemente, pelo professor, quanto pelo
aluno, e, que por meio desta prática o professor apresente aos seus alunos o valor
da atividade lúdica no aprender.
No entanto, é importante frisar que as alusões feitas nesta pesquisa devam
servir apenas de sugestões, portanto, sem o intuito de servirem de ‘’modelo’’ ou
‘’receita’’, muito pelo contrário, até porque cada sala de aula apresenta um ambiente
e um público diferente. Diante disto, pode-se inferir que tais sugestões devam ser
adaptadas e modificadas de acordo com a realidade de cada turma, de cada
contexto e de cada realidade.
Ao concluir este trabalho espera-se contribuir para reflexão por parte dos
docentes sobre a relevância do lúdico em sala de aula e de como transformar a
aprendizagem a partir da utilização de brincadeiras em um ato prazeroso e natural
na vida dos alunos de Educação Infantil. Convém dizer que é extremamente
importância a participação da família nesse processo, sobretudo, que os pais
valorizem e incentivem as atividades lúdicas como meio de estimular a
aprendizagem das crianças,
Espera-se, pois, que o lúdico seja integrado à prática das atividades diária. E,
para que isso ocorra, faz-se necessário que tanto os pais, quanto os professores
sejam verdadeiros agentes do brincar, e, além disso, que ambos possam perceber a
magia e a fantasia existente nestes momentos. Dessa forma será possível contribuir
para formação e incentivar a busca pelo conhecimento dos alunos da Educação
Infantil.
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APÊNDICE
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
MODALIDADE À DISTÂNCIA
EDILENE BATISTA DA CUNHA
Prezados Educadores,

Estou realizando a pesquisa do meu Trabalho de Conclusão do Curso – TCC


a qual peço gentilmente a sua colaboração no sentido de ser participante ativo da
pesquisa a fim de analisar O lúdico na Educação infantil na Escola/Creche: a Escola
Municipal de Ensino Fundamental Fernando Cunha
A sua colaboração é de grande importância para a qualidade e consistência
da minha pesquisa.

QUESTIONÁRIO
Nome:
Idade:
Formação Acadêmica:
Tempo de Docência:
1. O que você entende por lúdico?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________
2. Você enquanto educador(a) utiliza o lúdico na sala de aula?
( ) Sim ( ) Não
Por quê?:
___________________________________________________________________
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3. Você enquanto educador acredita que o lúdico contribui para o
desenvolvimento da aprendizagem na Educação Infantil?
( ) Sim ( ) Não
Justifique:
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4. Você já sentiu dificuldades de trabalhar com o lúdico na sala de aula?
() Sim ( ) Não
Justifique:
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5. Quais sugestões de atividades você daria para o educador trabalhar com o
Lúdico?
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Boa Sorte!
E muitíssima obrigada por ter participado da Pesquisa!

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