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Mestrandos:
Armando Domingos
Cesar Mussa Maia
Chacha Banco Mondola
Mestrandos: Docente:
Armando Domingos Prof. Doutor Paulo Zebo Bulaque
Cesar Mussa Maia
Chacha Banco Mondola
Segundo Alencar & Oliveira (2008, p.296), a criatividade, proveniente do termo latino
creare, que significa fazer, e do termo grego krainen, que significa realizar. O processo criativo
gera algo de novo, e este resulta das experiências vividas pelo indivíduo e pelas situações em
que se encontra envolvido. Quando estimulada no processo de aprendizagem, a criatividade,
pode promover um desenvolvimento pleno, formado por uma consciência crítica de si, do outro
e do meio. (Moser, 2015, p. 1)
Torrance apud Alves e Castro (2015), define criatividade como "o processo de perceber
lacunas ou elementos faltantes perturbadores; formar ideias ou hipóteses a respeito deles; testar
essas hipóteses; e comunicar os resultados, possivelmente modificando e retestando as
hipóteses" (p. 34).
Amabile apud Moser (2015, p. 1), acrescenta que a criatividade é a capacidade de criar
uma solução para os nossos problemas do quotidiano. Visto que é uma capacidade inata, se for
explorada e estimulada de forma correcta, pode ser responsável por grandes invenções, tais
como a roda, a lâmpada ou o rádio.
Tipos de criatividade
Taylor apud Alves & Castro (2015) no estudo de Sousa, caracterizou cinco tipos de
criatividade: Expressiva, Produtiva, Inventiva, Inovadora, Emergente.
Importa salientar que, entre os vários tipos de criatividade, o tipo que alinha melhor o nosso
programa é criatividade expressiva, onde a criança tem a oportunidade de expressar os seus
sentimentos através de expressão plástica.
Expressão plástica
Na visão do autor acima citado, podemos dizer que a expressão plástica é essencialmente
uma actividade natural, livre e espontânea da criança, o seu principal objectivo é a expressão
das emoções e sentimentos através da criação com matérias plásticos.
Para melhor explicar a abordagem acima, invocamos Stern apud De Sousa (2016:25), a
Expressão plástica é “a liberdade de expressão é necessária como a liberdade de pensamento”
O estudo de Miranda (2013, p.41) sobre expressão plástica em crianças do 5º ano, revela
que, o educador teve sempre um papel importantíssimo no que diz respeito à implementação
das atividades plásticas, ela sentiu sempre que ao realiza-las com as crianças, este educador
estava, além de conseguir colocar as crianças em contato com diferentes formas de expressão
também conseguia fazer com que estas mesmas formas fizessem sentido, que permitissem às
crianças criarem uma consciência artística mais alargada.
Apesar da exploração, dos materiais disponibilizados na sala, Miranda (2013, p.13)
sugere considerar pertinente a exploração de outros materiais de uso quotidiano. Na verdade,
penso que em complementaridade com os primeiros, os materiais do quotidiano potenciam o
desenvolvimento de aprendizagens diversificadas e não exclusivamente dependentes de
recursos especificamente associados às artes.
Para tal, precisa existir diversidade de materiais para as crianças utilizarem de forma
livre, quanto mais elementos forem proporcionados maiores são as possibilidades de
desenvolver as capacidades de expressão e de criatividade.
Drivdale (2012, p.425), diz que, as Expressões plásticas são uma actividade muito importante
para as crianças de idade pré-escolar, sendo assim:
As crianças produzem algo durante uma actividade artística; ver o resultado do seu
trabalho aumenta a sua auto-confiança e o sentimento de que são capazes. Isso é
especialmente importante para crianças vulneráveis ou as que têm algumas dificuldades
emocionais e sociais.
PARTE 1
Apresentação do grupo
O grupo-alvo: Grupo de 20 crianças do Centro Infantil 1º de Maio-Beira.
Objectivos específicos:
Apresentar os elementos do grupo;
Fazer levantamentos das actividades e interesses dos elementos do grupo;
Explicar o que é expressão plástica;
Promover as técnicas da educação e expressão plástica param educação de infância;
Estimular a motivação do grupo, mostrando a importância de expressão plástica para o
dia-a-dia das crianças;
Efectuar levantamento das expectativas do grupo; acordo sobre o horário e o local das
sessões;
Estabelecer as regras básicas (Pontualidade, assiduidade e a participação voluntaria) e
dos objectivos.
Sessões
Sessão 1: Desenho livre (técnicas de: desenhar pingos de chuva, desenhar linhas,
desenhar círculos, como também, através do desenho a criança canta, brinca, dramatiza, coloca
todos os seus sentimentos e pensamentos no papel, na areia, no chão, na parede, ou seja, em
qualquer lugar onde possa se sentir livre para se expressar, criando um universo só seu)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.
Duração: 30 minutos
Sessão 2: Desenho dirigido (quando o tema é dado por outra pessoa; o desenho é livre
de criação, mas o tema especifico. É a representação do que ocorre à criança como consequência
de algo que ela viu ou vivenciou).
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.
Sessão 5: Pintura livre com tintas (A pintura de dedo com tintas corresponde
actividades mais fascinantes para as crianças, porque é a maneira mais fácil e directa de criar
imagens, moldar figuras e imaginar desenhos.)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.
Duração: 30 minutos
Exercício 1- Recorte dos papes nas formas geométricas: Com base nos materiais em
alusão, o educador poderá fornecer as folhas que ilustram as figuras geométricas (quadrado,
Rectângulo, Triangulo, Circulo) e folhas A4. Por conseguinte, orientar as crianças a fazerem
recorte em formas geométricas mediante as folhas fornecidas pelo educador.
O educador anuncia o tema (por exemplo, as frutas), mas as crianças podem escolher a
fruta para fazer uma colagem. O educador assegura, que os materiais sejam partilhados de
maneira justa entre as crianças. As crianças trabalham em pares ou em pequenos grupos,
partilham as ideias, e ajudam-se umas as outras.
Os educadores mostram alguma nova maneira de cortar e colar, ou sugerem alguns
novos materiais, que as crianças podiam colar, além de papel. Um grupo de crianças saiam para
fora para recolher algumas folhas e sementes, e voltam para cola-las. O educador passeia pela
sala, revê os trabalhos, e ajuda ou elogia as crianças.
No fim, pergunta se algumas crianças querem mostrar e descrever o que fizeram. As
crianças que não acabaram o seu trabalho, podem guarda-lo numa caixa, para continuar o
trabalho na próxima vez.
. O que é que as crianças vão aprender, depois de participar nesta actividade?
Provavelmente aprenderão a:
Sugerir as suas ideias para o trabalho, e procurar os materiais para realizá-lo;
Ajudar e trabalhar em conjunto;
Cuidar dos materiais de trabalho;
Reflectir sobre o que fizeram, e o que aprenderam;
Completar o seu trabalho, no seu tempo.
Sem dúvida, são essas habilidades que nós queremos que as crianças adquiram. Por isso
é importante que criemos as condições para isso, nas actividades. Claro, as crianças irão fazer
mais movimento e talvez mais barulho durante a segunda actividade, e os educadores podem
sentir que estão a perder o controlo. Mas na verdade, quando as crianças aprendem a trabalhar
desta nova maneira, podem ficar mais envolvidas e concentrar-se melhor na actividade, do que
numa actividade controlada totalmente pelo educador. Os educadores que percebem isso, farão
esforços para aprender essa nova maneira de gerir as actividades.
Resumindo, se quisermos ver as nossas crianças crescer activas, independentes,
criativas, e responsáveis, preparadas para viver num mundo moderno, nós como educadores
temos que vigiar e analisar as nossas maneiras de interagir com as crianças e as nossas
práticas pedagógicas. Não podemos continuar a ensinar as crianças como antes, só porque
sempre ensinamos assim.
Duração: 40 minutos
Terão domínio das suas criações próprias e apreciam a dos outros, poderão fazer uso
dos seus tempos livres e desenvolverão interesse de satisfação depois da escola. Possuirão
motivação do grupo e percebendo da importância de expressão plástica para o dia-a-dia.
Referências Bibliográficas
Alencar, Eunice Maria Lima Soriano de; Oliveira, Zélia Maria Freire de. (2008). A
criatividade faz a diferença na escola: o professor e o ambiente criativos; Brasília.
Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/954/810
Sousa, Raquel Patrícia dos Santos, (2014). A Expressão Plástica na Prática Pedagógica:
Olhares de Educadores e Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico, Ponta Delgada.
Disponívelem:https://repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/3147/1/DissertMestradoRaquelPatr
iciaSantosSousa2014.pdf