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Curso: Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação

Programa de Promoção da Criatividade Infantil na Expressão Plástica: Intervenção em


Crianças do 5º ano do Centro Infantil 1º de Maio - Beira.

Mestrandos:
Armando Domingos
Cesar Mussa Maia
Chacha Banco Mondola

Beira, Setembro de 2020


Curso: Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação

Programa de Promoção da Criatividade Infantil na Expressão Plástica: Intervenção em


Crianças do 5º ano do Centro Infantil 1º de Maio - Beira.

Trabalho entregue à Faculdade de Educação

Mestrandos: Docente:
Armando Domingos Prof. Doutor Paulo Zebo Bulaque
Cesar Mussa Maia
Chacha Banco Mondola

Beira, Setembro de 2020


Resumo

O presente programa de intervenção visa promover a criatividade infantil na expressão plástica


em crianças do 5º ano do Centro Infantil 1º de Maio - Beira. Inicialmente foi efectuada uma vasta revisão
da literatura com vista a uma abordagem conceptual e das evidências sobre vários modelos de programas
de promoção de criatividade. De seguida, foram organizadas 9 sessões com suas respectivas actividades.
Constitui o grupo-alvo deste programa, 20 crianças de 5º ano de educação de infância que terão
benefícios de ter uma oportunidade para expressarem-se os seus sentimentos e ideias através de artes
plásticas que vão expandir as competências de motricidade fina e o sentido estético, ainda ampliam
outras como a emergência da leitura e da escrita através da aquisição gradual dos diversos códigos
gráficos mais do que isso, as competências de criatividade adquiridas na escolinha irão auxiliar a
resolver inúmeros desafios tais como: a selecção das cores do guarda-roupa, os móveis, e tantas outras
situações que envolvem experiência estética Para facilitar a compressão, o presente trabalho está
organizado de seguinte maneira: Introdução, depois temos, fundamentação teoria, de seguida, objectivos
gerais do programa, calendário das sessões, quadro das actividades, objectivos específicos da parte
referente a expressão plástica), por conseguinte apresentamos as sessões e respectivos exercícios para
estimular a criatividade e finalmente apresentamos, referências bibliográficas, de modo a ajudar os
estudantes e investigadores que de certa forma, atravessam pela essa área.

Palavras-Chave: Criatividade, Expressão e Plástica.


INTRODUÇÃO

O presente trabalho debruça sobre programa de promoção das competências de


criatividade na expressão plástica: intervenção em crianças do 5º ano de educação de infância
no Centro Infantil 1º de Maio - Beira, com objectivo de promover as competências de
criatividade na expressão plástica nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro
Infantil 1º de Maio - Beira.
Nesse âmbito, a efectivação do objectivo em alusão, foi possível na medida em que,
consultamos livros e artigos científicos referentes a criatividade, programa de promoção de
competências sócio - emocionais e expressão plástica, onde usamos a metodologia de pesquisa
bibliográfica. Com base no método citado acima, foi possível organizar e planificar as sessões
de actividades a ser aplicadas nas crianças do 5º ano de educação de infância no Centro Infantil
1º de Maio - Beira.
É de salientar que, a criatividade compreende um processo de busca de soluções a
problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia que aflige a sociedade,
entretanto, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e,
finalmente, comunicar os resultados obtidos.

Nessa perspectiva, o desenvolvimento de actividades artísticas dão a liberdade de


exprimir o que sente, e de criar algo que não esteja sujeito à apreciação do adulto, “é
essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte,
mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas
necessidades” (Rodrigues, 2002 Apud Sousa 2014, p. 160).

A Expressão Plástica é facilitadora da criação de diferentes aprendizagens ao mesmo


tempo, pois é “contactando com diferentes materiais que poderá explorar, manipular e
transformar de forma a tomar consciência de si próprio na relação com os objectos” (Ocupe,
1997 Apud Moser, 2015, p.11).

A expressão plástica é extremamente relevante no processo de aprendizagem das


crianças, visto que, permite com que a criança desenvolva a sua potencialidade significativa
que de certa forma, ira auxiliar-lhe na busca de solução que lhe apoquenta.

Como forma de organização, o presente trabalho está composto por: fundamentação


teoria, de seguida, objectivos gerais do programa, calendário das sessões, quadro das
actividades, objectivos específicos da parte referente a expressão plástica), por conseguinte
apresentamos as sessões e respectivos exercícios para estimular a criatividade, e finalmente
apresentamos, referências bibliográficas, de modo a ajudar os estudantes e investigadores que
de certa forma, atravessam pela essa área.
REVISÃO LITERÁRIA

O presente capítulo visa apresentar embasamento de abordagem conceptual e evidencias dos


programas de intervenção para o enriquecimento do nosso programa.

Conceitos básicos de Criatividade

Segundo Alencar & Oliveira (2008, p.296), a criatividade, proveniente do termo latino
creare, que significa fazer, e do termo grego krainen, que significa realizar. O processo criativo
gera algo de novo, e este resulta das experiências vividas pelo indivíduo e pelas situações em
que se encontra envolvido. Quando estimulada no processo de aprendizagem, a criatividade,
pode promover um desenvolvimento pleno, formado por uma consciência crítica de si, do outro
e do meio. (Moser, 2015, p. 1)

Torrance apud Alves e Castro (2015), define criatividade como "o processo de perceber
lacunas ou elementos faltantes perturbadores; formar ideias ou hipóteses a respeito deles; testar
essas hipóteses; e comunicar os resultados, possivelmente modificando e retestando as
hipóteses" (p. 34).
Amabile apud Moser (2015, p. 1), acrescenta que a criatividade é a capacidade de criar
uma solução para os nossos problemas do quotidiano. Visto que é uma capacidade inata, se for
explorada e estimulada de forma correcta, pode ser responsável por grandes invenções, tais
como a roda, a lâmpada ou o rádio.

Em harmonia com as definições acima expostas, percebemos que, a criatividade


compreende um processo de busca de soluções a problemas, deficiências, lacunas no
conhecimento, desarmonia que aflige a sociedade, entretanto, formulando hipóteses a respeito
das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados obtidos.

Tipos de criatividade

Taylor apud Alves & Castro (2015) no estudo de Sousa, caracterizou cinco tipos de
criatividade: Expressiva, Produtiva, Inventiva, Inovadora, Emergente.

Importa salientar que, entre os vários tipos de criatividade, o tipo que alinha melhor o nosso
programa é criatividade expressiva, onde a criança tem a oportunidade de expressar os seus
sentimentos através de expressão plástica.
Expressão plástica

Segundo Rodrigues (2002) expressão plástica é essencialmente uma atitude pedagógica


diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das
suas capacidades e na satisfação das suas necessidades «artes ao serviço da criança e não estas
ao serviço das artes plásticas».

Na visão do autor acima citado, podemos dizer que a expressão plástica é essencialmente
uma actividade natural, livre e espontânea da criança, o seu principal objectivo é a expressão
das emoções e sentimentos através da criação com matérias plásticos.

Para melhor explicar a abordagem acima, invocamos Stern apud De Sousa (2016:25), a
Expressão plástica é “a liberdade de expressão é necessária como a liberdade de pensamento”

Segundo Silva (1997), “a expressão plástica implica um controlo da motricidade fina


que a relaciona com a expressão motora, mas recorre a materiais e instrumentos específicos e a
códigos próprios que são mediadores desta forma de expressão.

Algumas evidências sobre os programas de desenvolvimento de expressão plástica

Drivdale (2012, p.425), no estudo do seu programa educativo para crianças do 1º ao 5º


Ano, sugere que as crianças passem a maior parte do tempo durante as actividades artísticas
num trabalho livre, com apoio periódico de educador. A prática corrente em muitos centros
infantis, onde os educadores explicam e mostram cada passo de trabalho e as crianças devem
repetir as acções do educador, não promove a criatividade de crianças, nem permite exprimir
as suas ideias e capacidades individuais.
Drivadale ainda propõe alguns passos para orientar a actividade plástica: explicar com
palavras simples e claramente o que vão fazer e lembrar às crianças sobre como tratar dos
materiais. Nas primeiras aulas, importa deixar que as crianças explorem qualquer novo material
de maneira livre; criar interesse e motivar as crianças para o trabalho que vão fazer; deixar as
crianças praticarem essas novas habilidades de maneira livre, fazendo as obras que desejarem.
Ande pela sala, conversando com as crianças. (p.425)

O estudo de Miranda (2013, p.41) sobre expressão plástica em crianças do 5º ano, revela
que, o educador teve sempre um papel importantíssimo no que diz respeito à implementação
das atividades plásticas, ela sentiu sempre que ao realiza-las com as crianças, este educador
estava, além de conseguir colocar as crianças em contato com diferentes formas de expressão
também conseguia fazer com que estas mesmas formas fizessem sentido, que permitissem às
crianças criarem uma consciência artística mais alargada.
Apesar da exploração, dos materiais disponibilizados na sala, Miranda (2013, p.13)
sugere considerar pertinente a exploração de outros materiais de uso quotidiano. Na verdade,
penso que em complementaridade com os primeiros, os materiais do quotidiano potenciam o
desenvolvimento de aprendizagens diversificadas e não exclusivamente dependentes de
recursos especificamente associados às artes.

Em conformidade com as abordagens acima, a Expressão Plástica é ainda significativa


no desenvolvimento pois, para além de expandir as competências de motricidade fina e o
sentido estético, ainda amplia outras como a emergência da leitura e da escrita através da
aquisição gradual dos diversos códigos gráficos.

Para tal, precisa existir diversidade de materiais para as crianças utilizarem de forma
livre, quanto mais elementos forem proporcionados maiores são as possibilidades de
desenvolver as capacidades de expressão e de criatividade.

Importância da expressão plástica

A Expressão Plástica tem uma importância enorme na vida de cada cidadão. As


competências adquiridas na escola irão auxiliar a resolver inúmeros desafios tais como: a
selecção das cores do guarda-roupa, os móveis, e tantas outras situações que envolvem
experiência estética (Lancaster, 1991, apud Moser, 2015).

Drivdale (2012, p.425), diz que, as Expressões plásticas são uma actividade muito importante
para as crianças de idade pré-escolar, sendo assim:

 As crianças desenvolvem atenção e memória, quando observam objectos e a natureza


que as rodeia e tentam reproduzir algo que viram;

 As crianças exploram uma variedade de materiais artísticos e ferramentas de trabalho,


que permitem utilizar os seus sentidos e desenvolver a sua motricidade fina (necessária
para o início da escrita);

 As crianças produzem algo durante uma actividade artística; ver o resultado do seu
trabalho aumenta a sua auto-confiança e o sentimento de que são capazes. Isso é
especialmente importante para crianças vulneráveis ou as que têm algumas dificuldades
emocionais e sociais.

 As crianças desenvolvem sua criatividade e imaginação e aprendem a resolver


problemas que enfrentam. Isso acontece quando as crianças são livres de trabalhar com
os materiais da forma que quiserem;

 As crianças aprofundam e demonstram as suas ideias sobre o mundo, recriando objectos,


pessoas e relações entre elas, através das actividades artísticas;

 As crianças começam a observar e a analisar o seu trabalho, o dos seus colegas e


algumas obras artísticas.

 As crianças desenvolvem bons hábitos de trabalho, quando preparam os materiais e


planificam o que vão fazer, resolvem as dificuldades que aparecem durante o trabalho,
completam o trabalho, e arrumam os materiais.
Segundo Sousa (2003) apud Moser (2015) a Expressão Plástica é definida como uma
atitude pedagógica centrada na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na
satisfação das suas necessidades, cujo principal objectivo é a expressão das emoções e
sentimentos através da criação utilizando materiais plásticos. A criança está suficientemente
atenta ao mundo circundante e à realização de novas aprendizagens, relevando-se fulcral estar
atento a todos os estímulos que lhes possamos proporcionar desde a mais tenra idade, pois, tal
como Pocinho (1999) apud Moser (2015), defende: o bebé é sensível a tudo o que é cor, som e
movimento, sendo os brinquedos muito importantes no seu desenvolvimento.

A aprendizagem de conteúdos e de técnicas através da Expressão Plástica, leva a criança


a ver, cheirar, tactear, ouvir, e sentir prazer ao realizar os seus intentos, conseguindo mais
facilmente expressar os seus pensamentos através de técnicas e de materiais diversificados.
Permitir que as crianças se manifestem desta forma, incentiva o uso da sua imaginação se
desenvolva física e emocionalmente, e a melhor compreensão do mundo que a rodeia.

Objectivos gerais do programa

 Promover as competências de criatividade nas crianças;


 Incrementar espaço ou oportunidade para que as crianças expressem os seus sentimentos
através de Expressão Plástica;
 Avaliar a eficácia do programa de promoção de competências de criatividade.
Quadro referente ao calendário das sessões
Calendário das sessões Mês
Sessão 1 Apresentação Agosto
Sessão 2 O desenho livre Setembro
Sessão 3 Desenho dirigido Setembro
Sessão 4 Pintura com água Setembro
Sessão 5 Pintura livre com tintas Setembro
Sessão 6 Modelagem de livre expressão. Setembro
Sessão 7 Recorte e colagem Setembro
Sessão 8 Dobragem. Setembro
Sessão 9 Avaliação de eficácia Setembro

Quadro referentes as actividades das sessões


Sessões Actividades Intervenientes Recursos
Sessão 1 Contextualização do programa: Processos de
Apresentação  Apresentação dos elementos do 01 Educador/a crianças
grupo; levantamentos das Folhas A4
Caderno
actividades e interesses dos
elementos do grupo;
 Explicação do que é expressão
plástica;
 Promover as técnicas da educação
e expressão plástica param
educação de infância;
 Estimular a motivação do grupo,
mostrando os benefícios de
expressão plástica para o dia - a-
dia das crianças;
 Levantamento das expectativas
do grupo; acordo sobre o horário
e o local das sessões;
Definição das regras básicas
(Pontualidade, assiduidade e a
participação voluntaria) e dos objectivos.
Sessão 2: O Desenhar pingos de chuva, desenhar 01 Educador/a Cartazes, giz,
desenho livre linhas, desenhar círculos, como também, caderno, folha 4,
através do desenho a criança canta, pincéis, e lápis
brinca, dramatiza, coloca todos os seus de cores.
sentimentos e pensamentos no papel, na
areia, no chão, na parede, ou seja em
qualquer lugar onde possa se
sentir livre para se expressar, criando um
universo só seu.
Sessão 3: O educador escolhe um tema para 01 Educador/a Caderno, Folha
Desenho crianças desenharem, entretanto, o 4, lápis de cores,
dirigido desenho a ser feito é de livre criação, mas Borracha.
o tema específico. É a representação do
que ocorre à criança como consequência
de algo que ela viu ou vivenciou.

Sessão 4: Enche-se o pote ou bacia de água e 01 Educador/a Água, pincéis


Pintura com coloca-se os pincéis dentro para molhar. grossos,
água Pega-se um para pintar a parede, um
banco de jardim, o chão da rua, um
murrinho mais baixo. Importa referir que
a vantagem deste tipo de pintura é que
depois seca e fica como não tivesse
acontecido nada.
Sessão 5: Enche-se ponte com tinta e por 01 Educador/a Tinta e cartazes
pintura livre conseguinte mergulha-se os dedos para
com tintas pintar nos cartazes, nesse âmbito, a
pintura de dedo com tintas corresponde
actividades mais fascinantes para as
crianças, porque é a maneira mais fácil e
directa de criar imagens, moldar figuras e
imaginar desenhos.

Sessão 6: Efectua-se actividades mediante os 01 Educador/a Massa ou


Modelagem materiais de plasticidade como: Matope Matope e agua.
de Livre ou barro a massa de pão, a pasta de
expressão. papel, o gesso e outros materiais
semelhantes possuem esta propriedade.
(Deixar as crianças experimentar,
fazendo qualquer coisa com massa de
modelagem. Depois discuta as
propriedades da massa que as crianças
observaram (está macia, pode ser
separada em partes e depois juntada, é
possível fazer várias formas com a
massa, etc.).
Sessão 7: O Deixar as crianças rasgar ou cortar o papel 01 Educador/a Tesoura, papeis,
recorte e ou folhas de árvores em bocados de forma cola.
colagem livre; em tamanhos grandes e pequenos.
Ensine a recortar papel para obter novas
formas (semi-círculos dum círculo,
triângulos dum quadrado, círculo na base
de quadrado, etc....) ; Como primeiro
passo, deixe as crianças colarem duma
forma livre, usando uma variedade de
materiais. Distribua pelas crianças com
latas de cola (feita por educadores ou
comprada) e com pauzinhos para pegar a
cola; Oriente as crianças a colarem vários
desenhos na parede, nas folhas, no chão
entre outro lugar que elas pretendem,
Mais tarde oriente colar dentro um certo
objecto desenhado, ou em cima duma
caixa ou lata velha

Sessão 8:A O educador poderá distribuir os pedaços 01 Educador/a Papel, régua.


dobragem. de papel de forma básica (de rectângulo
ou quadrado, dependendo do modelo) às
crianças; Mostra uma figura pronta, para
estimular o interesse das crianças.
Pergunta quem quer aprender a fazer essa
figura (avião, livro, barco etc.)
Sessão 9: Foi feita justamente para aferir o nível do - -
Avaliação de alcance dos objectivos almejados do
eficácia programa.

PARTE 1
Apresentação do grupo
O grupo-alvo: Grupo de 20 crianças do Centro Infantil 1º de Maio-Beira.
Objectivos específicos:
 Apresentar os elementos do grupo;
 Fazer levantamentos das actividades e interesses dos elementos do grupo;
 Explicar o que é expressão plástica;
 Promover as técnicas da educação e expressão plástica param educação de infância;
 Estimular a motivação do grupo, mostrando a importância de expressão plástica para o
dia-a-dia das crianças;
 Efectuar levantamento das expectativas do grupo; acordo sobre o horário e o local das
sessões;
 Estabelecer as regras básicas (Pontualidade, assiduidade e a participação voluntaria) e
dos objectivos.

Sessões

Sessão 1: Desenho livre (técnicas de: desenhar pingos de chuva, desenhar linhas,
desenhar círculos, como também, através do desenho a criança canta, brinca, dramatiza, coloca
todos os seus sentimentos e pensamentos no papel, na areia, no chão, na parede, ou seja, em
qualquer lugar onde possa se sentir livre para se expressar, criando um universo só seu)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: Cartazes, giz, caderno, folha 4, pincéis, e lápis de cores.

Exercício1 – Desenho livre: individualmente a criança terá a oportunidade de desenhar


livremente no papel ou no chão o desenho da sua autoria. No fim do desenho cada criança vai
apresentar e interpretar suas ideias ou sentimentos mediante o seu desenho. Nesse âmbito, o
educador deve valorizar essas criações, assim as crianças se sentem motivadas, aumentando sua
criatividade, auto-estima e o aprendizado.

Importa salientar que, o educador organiza e planifica um passeio a dentro e fora da


escolinha com as crianças para observar a natureza e objectos. Eles devem escolher o que vão
desenhar. Com o material preparado, nesse âmbito, o educador estimula a criança a desenhar
livremente.

Duração: 30 minutos
Sessão 2: Desenho dirigido (quando o tema é dado por outra pessoa; o desenho é livre
de criação, mas o tema especifico. É a representação do que ocorre à criança como consequência
de algo que ela viu ou vivenciou).
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: Caderno, Folha 4, lápis de cores, Borracha.


Exercício 1 - Desenhe uma casa da sua autoria: A educadora anuncia o tema para que
as crianças esboce desenho da sua autoria. Individualmente, a criança pode desenhar a casa
onde ela mora e por conseguinte o educador poderá orientar e ajudar em caso de dúvida, dando
elogios e motivação necessária, de modo que, ela sinta-se bem, e como se não bastasse, quando
estiver a corrigir deve ter muito cuidado, sob risco de baixar auto-estima das crianças, porque
cada desenho representa ou expressa os seus sentimentos.
Duração: 30 minutos

Sessão 3: Pintar as cores primárias (Apresentar as cores primárias com exemplos


concretos: A amarela como o sol ou como um pintinho, a vermelha como o fogo, como os
blocos, como uma mação, a azul como o mar, como o céu, como uns olhos)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: cores, água, pincéis e as folhas.


Exercício 1
O educador terá que preparar e organizar nas folhas das crianças, modelos de sol, de
fogo, o mar, e do céu, para as crianças pintarem de cores apropriadas (trabalho individual)
Duração:30 min.
Exercício 2
Pode o educador desenhar no cartaz usado a cor vermelha. Depois perguntar as crianças,
qual é a cor do desenho patente no cartaz?
Duração:10 min.
Exercício 3
O educador vai fazer um passeio com as crianças para mostrar os objectos de cor
amarela, vermelha ou azul.
Duração: 20 min.
Sessão 4: Pintura com água. (Enche-se o pote ou bacia de água e coloca-se os pincéis
dentro para molhar. Pega-se um para pintar a parede, um banco de jardim, o chão da rua, um
murrinho mais baixo a vantagem é que depois seca e fica como não tivesse acontecido nada)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: água, pincéis grossos,


Exercício 1- Brincar de Pintura com água: Individualmente as crianças podem pintar
só com água, molhando pincéis grossos na água, e passando por cima de paredes laváveis,
vedações e caminhos fora no jardim, ou por cima de troncos de árvores.
Duração: 30 minutos

Sessão 5: Pintura livre com tintas (A pintura de dedo com tintas corresponde
actividades mais fascinantes para as crianças, porque é a maneira mais fácil e directa de criar
imagens, moldar figuras e imaginar desenhos.)
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: Tinta e cartazes


Exercício 1 - Pintura livre com tintas: Individualmente, as crianças podem pintar nos
cartazes com os dedos molhados na tinta. Pintar com os dedos fará com que a criança se divirta e
potencializará sua sensibilidade táctil, sua fantasia e desenvolverá sua coordenação, assim
como a sua capacidade criativa.

Duração: 30 minutos

Sessão 6: Modelagem de Livre expressão. (Deixar as crianças experimentar, fazendo


qualquer coisa com massa de modelagem. Depois discuta as propriedades da massa que as
crianças observaram (está macia, pode ser separada em partes e depois juntada, é possível fazer
várias formas com a massa, etc.). Gradualmente ensine as crianças várias técnicas de
modelagem. Dê sempre tempo às crianças para fazerem algo que queiram, depois de ensinar
uma técnica. Exemplos de técnicas: fazer bolos e pauzinhos com as mãos e sobre a mesa;
Pressionar ou estender a massa para fazer novos objectos ou detalhe; Unir as partes, para criar
objectos simples (pulseira, pirâmide, avião, boneca), Fazer as mesmas formas e os objectos em
tamanhos diferentes; Utilizar instrumentos simples ou outros materiais (ex, sementes, conchas,
botões) num objecto, para atingir maior expressividade (ex, cauda e orelhas dum gato, rodas
dum carro, penas no pássaro).
Grupo de 20 crianças em trabalho individual.

Material: Massa ou Matope e agua.

Exercício 1: Modelagem de Livre expressão


Grupo de 20 crianças -trabalho individual

Questionar as crianças a afectividade que tem de ter matope? Deixar as crianças a


fazerem o que elas querem. O educador está ao lado para aconselhar, incentivar e valorizar
trabalho de cada criança. Importa sublinhar que, o educador também tem a missão de controlar
de maneiras com que o trabalho seja feito individualmente, neste âmbito, crianças podem fazer
seus brinquedos livremente.
Duração:30 minutos

Exercício 2: Modelagem nas obras colectivas

Grupo de 20 crianças - trabalho em grupo

Envolva as crianças 20 crianças do 5º ano nas obras colectivas de modelagem. Antes de


começar, converse sobre o que querem criar (por exemplo, pode ser uma família, aldeia com
casas, parque infantil, estrada com carros, etc.). Cada grupo de 5-6 crianças pode escolher um
tema. Ajude as crianças quando for necessário. Converse depois com as crianças sobre os seus
trabalhos – o que fizeram, porque fizeram dessa forma, etc. Convide os pais para visitarem a
sala e conhecerem as obras das suas crianças.

Sessão 7: O recorte e colagem (Deixe as crianças rasgar ou cortar o papel ou folhas de


árvores em bocados de forma livre; em tamanhos grandes e pequenos. Ensine a recortar papel
para obter novas formas semi-círculos dum círculo, triângulos dum quadrado, círculo na base
de quadrado, etc.; Como primeiro passo, deixe as crianças colarem duma forma livre, usando
uma variedade de materiais. Distribua pelas crianças com latas de cola feita por educadores ou
comprada) e com pauzinhos para pegar a cola; Oriente as crianças a colarem vários desenhos
na parede, nas folhas, no chão entre outro lugar que elas pretendem, Mais tarde oriente colar
dentro um certo objecto desenhado, ou em cima duma caixa ou lata velha).
Material: Tesoura, papeis, cola.

Exercício 1- Recorte dos papes nas formas geométricas: Com base nos materiais em
alusão, o educador poderá fornecer as folhas que ilustram as figuras geométricas (quadrado,
Rectângulo, Triangulo, Circulo) e folhas A4. Por conseguinte, orientar as crianças a fazerem
recorte em formas geométricas mediante as folhas fornecidas pelo educador.

Exercício:2 Colagem das vogais

Grupo de 20 crianças -trabalho em grupo


Com base nas folhas trazidas pelo educador que ilustram as vogais, no entanto, em
grupo, as crianças farão recorte das vogais, sendo cada criança ter que recortar uma vogal,
depois juntos em grupo irão colar na parede de forma correcta as vogais (a, e, i, o, u).

Material: Tesoura, papeis, cola, revistas.


Exercício 3: Colagem de fruta
Grupo de 20 crianças -trabalho em grupo

O educador anuncia o tema (por exemplo, as frutas), mas as crianças podem escolher a
fruta para fazer uma colagem. O educador assegura, que os materiais sejam partilhados de
maneira justa entre as crianças. As crianças trabalham em pares ou em pequenos grupos,
partilham as ideias, e ajudam-se umas as outras.
Os educadores mostram alguma nova maneira de cortar e colar, ou sugerem alguns
novos materiais, que as crianças podiam colar, além de papel. Um grupo de crianças saiam para
fora para recolher algumas folhas e sementes, e voltam para cola-las. O educador passeia pela
sala, revê os trabalhos, e ajuda ou elogia as crianças.
No fim, pergunta se algumas crianças querem mostrar e descrever o que fizeram. As
crianças que não acabaram o seu trabalho, podem guarda-lo numa caixa, para continuar o
trabalho na próxima vez.
. O que é que as crianças vão aprender, depois de participar nesta actividade?
Provavelmente aprenderão a:
 Sugerir as suas ideias para o trabalho, e procurar os materiais para realizá-lo;
 Ajudar e trabalhar em conjunto;
 Cuidar dos materiais de trabalho;
 Reflectir sobre o que fizeram, e o que aprenderam;
 Completar o seu trabalho, no seu tempo.
Sem dúvida, são essas habilidades que nós queremos que as crianças adquiram. Por isso
é importante que criemos as condições para isso, nas actividades. Claro, as crianças irão fazer
mais movimento e talvez mais barulho durante a segunda actividade, e os educadores podem
sentir que estão a perder o controlo. Mas na verdade, quando as crianças aprendem a trabalhar
desta nova maneira, podem ficar mais envolvidas e concentrar-se melhor na actividade, do que
numa actividade controlada totalmente pelo educador. Os educadores que percebem isso, farão
esforços para aprender essa nova maneira de gerir as actividades.
Resumindo, se quisermos ver as nossas crianças crescer activas, independentes,
criativas, e responsáveis, preparadas para viver num mundo moderno, nós como educadores
temos que vigiar e analisar as nossas maneiras de interagir com as crianças e as nossas
práticas pedagógicas. Não podemos continuar a ensinar as crianças como antes, só porque
sempre ensinamos assim.
Duração: 40 minutos

Sessão 9:A dobragem (o educador poderá distribuir os pedaços de papel de forma


básica (de rectângulo ou quadrado, dependendo do modelo) às crianças; Mostra uma figura
pronta, para estimular o interesse das crianças. Pergunta quem quer aprender a fazer essa
figura (avião, livro, barco etc.).
Material: papel, régua.

Exercício: Fazer barco de papel

O educador poderá exemplificar dobragem que forma o barco, Descrevendo e


demonstrando cada passo às crianças, o mesmo posteriormente, as crianças poderão seguir o
exemplo, o educador irá verificar se estão a conseguir fazer. Ele pede às que já conseguiram
para ajudarem os seus colegas. Posto isto, o educador poderá perguntar nas coisas que as
crianças pretendem fazer dobragem. Ele ira deixar as crianças utilizarem livremente as figuras
que produziram, por exemplo, durante o tempo de cantos de interesses O educador poderá dar
o apoio necessário estimulando de certa forma a criatividade.
Duração: 30 minutos

Sessão 9: Avaliação da Eficácia

No final deste programa, os participantes serão capazes gostar de se expor a novas


experiências, sensações e estados de espírito para alcance do resultado criativo de forma
significativa. Poderão ser capazes de expressar os seus sentimentos através de técnicas e
diversos materiais de expressão plástica;

Terão domínio das suas criações próprias e apreciam a dos outros, poderão fazer uso
dos seus tempos livres e desenvolverão interesse de satisfação depois da escola. Possuirão
motivação do grupo e percebendo da importância de expressão plástica para o dia-a-dia.
Referências Bibliográficas

Alencar, Eunice Maria Lima Soriano de; Oliveira, Zélia Maria Freire de. (2008). A
criatividade faz a diferença na escola: o professor e o ambiente criativos; Brasília.
Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/viewFile/954/810

Alves, Marta Luísa da Cruz; Castro, Paulo Francisco de (2015). Criatividade:


histórico, definições e avaliação, Ung Universidade. Disponível em:
http://revistas.ung.br/index.php/educacao/article/view/2161

De Sousa, Catarina, Pereira, (2016). A importância da Expressão Plástica no 1.º Ciclo


do Ensino Básico, Portugal. Disponível em:
file:///C:/Users/Jac/Downloads/Relat%C3%B3rio%20de%20Estagio%20Final%20Catarina%
20Sousa.pdf

Drivdale, Svetlana Karuskina (2012); Programa Educativo para crianças do 1º ao 5º


Ano; Maputo.
Miranda, Catarina Fernandes Do Carmo, (2013). A Expressão Plástica;Seturbal.
Disponível:https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/24887/1/Catarina%20Miranda.pdf
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