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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2

2. A inserção de Moçambique na África Austral e a sua importância geoestratégica.................3

2.1. A inserção de Moçambique na África Austral..................................................................3

2.1.1. O relacionamento de Moçambique com os países da África Austral........................4

2.2. Importância geoestratégica...............................................................................................5

3. Conclusão.................................................................................................................................7

4. Referência Bibliográfica...........................................................................................................8
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1. Introdução
O caminho recente da economia e da associação Moçambicana é continuadamente exposta como
um exemplo de sucesso no contexto de reposicionamento da África Austral na área económica
mundial. A importância geoestratégica de Moçambique no Mundo e na África Austral aflui para
que o país seja potencialmente alvo de ameaças que se inscrevem em tradicionais à sua
estabilidade. Assim, estes factos alimentam também o espaço para uma nova dinâmica no
processo de integração económica, dai que a pesquisa, tem por objectivo de analisar a integracao
de Moçambique na África Austral, assim como a sua importância geoestratégica, visto que
Moçambique tem exportado produtos estimados em cerca de dois biliões de meticais21,
destacando-se a África do Sul como o principal destino das exportações Moçambicanas ao nível
da região.

Em fim, é de salientar que para realização desta pesquisa foi necessário o uso da técnica de
pesquisa bibliográfica, buscando várias obras que abordam sobre os aspectos políticos e
económicos de Moçambique. Assim sendo, a pesquisa consultou algumas bibliotecas, apoiou-se
em alguns artigos a fim de solidificar os objectivos estabelecidos acima.
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2. A inserção de Moçambique na África Austral e a sua importância geoestratégica

2.1. A inserção de Moçambique na África Austral


O conjunto de factores, como a localização, na faixa do Oceano Índico na qual águas se estendem
pelo Canal de Moçambique e a proximidade de alguns países vizinhos em termos de passagem ao
Oceano Indico dependente de Moçambique, influenciam na decisão do seu posicionamento
regional Chichango (2009).

Segundo Massangaie, (2017, p. 17) refere que:

A localização de Moçambique junto ao Oceano Índico e numa área anteriormente


dominada por regimes minoritários na África Austral, tornou-o estrategicamente
importante a nível internacional. Com três importantes portos em Maputo, Beira e Nacala,
Moçambique ocupa uma posição considerada ideal para o estabelecimento de bases
navais, tendo por isso sido cobiçado pelas grandes potências mundiais durante a guerra
fria. O país tem sido assediado por diversos atores externos, pois a partir de seus portos se
pode controlar o comércio ao longo do Oceano Índico e alterar o equilíbrio do poder na
África Austral.

Portanto, isso fez com que Moçambique fosse um dos países africanos pioneiros na adopção dos
princípios do neoliberalista e de planos de ajuste estrutural e um dos primeiros a privilegiar
grandes projectos como vectores de desenvolvimento e, posteriormente, como instrumentos
privilegiados da nova inserção da economia na globalização.

Moçambique acha-se numa etapa de inclusão regional transversalmente do endurecimento da


Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), concentrando esforços na busca
de estratégias visando retirar a região do marasmo económico em que se encontra. Para além
disso, a SADC1 é um conjunto económico formado pelos países da África Austral e tem por s
objectivos de proporcionar o crescimento das economias dos países membros e
consequentemente, o desenvolvimento e a melhoria na qualidade de vida do seu povo Chichango
(2009). É de salientar que por efeito e em função das potencialidades de cada país membro,
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A SADC é um bloco econômico formado pelos países da África Austral. São eles: África do Sul, Angola,
Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia,
Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábwe Chichango (2009).
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Moçambique foram atribuídos funções, ou sectores concretos para a sua coordenação na SADC
sendo, transportes e comunicações e informação e Cultura, para além disso, Moçambique devido
a sua política de consideração pelo poder, incorrupção territorial e convivência pacífica,
estabelece boas relações de amizade e cooperação com todos os estados membros da SADC
Monié, (2019).

2.1.1. O relacionamento de Moçambique com os países da África Austral


O trajecto recente da economia e da sociedade Moçambicana é muitas vezes exposta como um
exemplo de urgência e de acontecimento no contexto actual. Moçambique, em grande parte
destruído pela guerra de independência e um terrível conflito civil, incorporou-se a partir dos
anos 1990, numa era de reedificação e modernização de sua base lucrativa e territorial Monié,
(2019).

De acordo com Massangaie, (2018), a edificação dos grupos emancipados foi notável por um
cenário internacional e internacionais, no contexto da Guerra Fria, havendo a necessidade de
reedificação na maioria de alguns Estados, sobretudo aqueles que passaram por guerras civis. Tal
padrão fica claro nos países da África Austral, com destaque para Moçambique e Angola.

o ambiente de confrontação que se vivia na África Austral contribuiu para a formação dos
Estados da Linha da Frente, um fórum informal que passou a ser constituído por Angola,
Botswana, Moçambique, Tanzânia e Zâmbia, bem como pelos movimentos de libertação
da região nomeadamente o CNA2 e o Congresso Pan-africanista (PAC), da África do Sul,
e a SWAPO, da Namíbia Matusse (2009, p. 70).

Assim, o auxílio entre os movimentos de libertação da África Austral tinha sido começada nas
bases recuadas na Tanzânia e, no caso do Zimbabué, a abertura, em 1968, da Frente de Tete pela
FRELIMO3 tinha autorizado o estabelecimento de bases da ZANU 4. Para além do consolidação
de cooperação entre estes movimentos de libertação, Moçambique passou a actuar mais próximo
com os países que haviam actuado mais directamente no apoio à sua luta de independência, numa
união informal que foi intitulada de Estados da linha da Frente Massangaie, (2018).

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Congresso Nacional Africano
3
Frente de libertação de Moçambique
4
União Nacional Africana do Zimbabwe
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Chichango (2009) refere que a possibilidade da independência de Moçambique, em 1975,


desatou a participação de alguns países que apoiaram a luta anticolonial pela independência em
Moçambique. Nesta época, a área da África Austral ainda registava uma presença maciça de
governos minoritários, nomeadamente na Rodésia, África do Sul e a Namíbia, ilegalmente
ocupada pela África do Sul.

De salientar que os estados da África Austral necessitavam de ampliar sua autonomia de


preferência pois havia necessidade de preferência de caminho de transportes e canais de ligações,
de fontes de energia, de mercados e fornecedores, fontes de investimentos e parcerias
empresariais.

Massangaie, (2017, P. 271) “os Estados da África Austral precisavam de desenvolver programas
para reduzir a dependência proveniente de um lado e aumentar as opções às economias nacionais
e aos governos”. Assim, essas precisões era prioritária e urgente na África Austral onde a divisão
das economias e a sua inclusão obrigatória na República da África do Sul tinha criado uma
demasiada subordinação nacional e regional, que se pretendia reduzir com a criação da SADCC.

2.2. Importância geoestratégica


Conforme Chichango (2009) como havia referido anteriormente, Moçambique esta localizado na
costa oriental da África Austral, limitado a norte pela República da Tanzânia, a oeste pelo
Zimbabwe, a noroeste pela Zâmbia e Malawi, a sul pela África do Sul e a sudoeste pela
Suazilândia e a leste é Banhado pelo Oceano Indico.

Chichango (2009) refere os seguintes factores que influenciam par a importância geoestratégica
de Moçambique:

 Aspectos físicos - colaboram para uma fundamental relevância geoestratégica, isto é, devido,
especialmente aos bons acessos ao mar através dos seus portos, para além de que auxiliarem
para uma boa capacidade de defesa, devido sua a agilidade que consagra para a disseminação
de estruturas. Porém, a localização deste Pais é de extrema importância relativamente aos
países do interior, proporcionando as suas ligações ao comércio marítimo através, dos
corredores;
 Hidrografias – Os Rios atravessam ou nascem em Moçambique, na maioria das vezes,
orientam-se de noroeste para sudeste ou de Oeste para Este, manifestam características
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definidoras da personalidade geográfica do território, constituindo linhas naturais de limitação


de vários Países;
 Aspectos climáticos – O clima do Pais é humidade abaixam de norte para sul, distinguindo-se
duas estações (chuvas e seca). O período de chuvas comummente adapta-se com os meses de
calor, ou seja, de Outubro a Março;
 Relevo - O país moçambicano é composto na maior parte das partes a planície costeira,
apresenta uma configuração extensa, de norte a sul, mas extremamente adelgaçada quanto a
profundidade oeste a este;
 Solo e Vegetação - predominam dois tipos de solos, argiloso no norte e o arenoso no sul,
sendo este, intermédio com planícies aluviais altamente férteis. Existem três espécies de
vegetação: as florestas densa, aberta e savana, aparecendo em zonas restritas o mangal.
 Mar e Vias Navegáveis - O espaço marítimo moçambicano, compreende o espaço do mar
territorial e a Zona Económica Exclusiva (ZEE) com 12 e 200 milhas náuticas,
respectivamente e as águas interiores com um total de 17.500 km².
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3. Conclusão
A pesquisa ofereceu-se a anunciar uma actualização do estudo acerca da inserção de
Moçambique na África Austral e a sua importância geoestratégica. Para tal, caso apontou-se
então, que a inserção de Moçambique na África Austral mostrou-se uma ferramenta relevante
para a transformação do desenvolvimento nestes países. A pesquisa aqui realizada permitiu
entender como, Moçambique tem um papel de relevo correspondente à sua posição
geoestratégica, que assegura a entrada e saída simples ao mar aos países do interior. Proveniente
da sua política de paz e boa proximidade.

Em fim, como abordou-se acima Moçambique possui boas conexões de colaboração com todos
os países da região e isto concerne aos diversos pragmatismo assinados a nível bilateral ou
multilateral no contorno da SADC.
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4. Referência Bibliográfica
Chichango, Pedro Isac. (2009). A geopolítica de Moçambique. Instituto de estudos superiores
militares. Lisboa. Disponível em:

https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjeucGEoYjxAhX
OasAKHRH2DLwQFjAAegQIAxAD&url=https%3A%2F%2Fcomum.rcaap.pt%2Fbitstream
%2F10400.26%2F11589%2F1%2FTCOR%2520Chichango
%2520A_Geopolitica_de_Mocambique.pdf&usg=AOvVaw1y5VO60gyOl6wt63EdhsxS.

Massangaie, Timóteo Arnaldo. (2017). A política exterior de Moçambique e a sua inserção no


processo de integração regional na África Austral. Universidade Federal do Rio Grande do Sul:
Porto Alegre.

Massangaie, Timóteo Arnaldo. (2018). Moçambique no processo de integração na comunidade


para o desenvolvimento da áfrica austral (SADC). Revista Brasileira de Estudos Africanos, vol.
3: Porto Alegre. Disponível em https://www.google.com/url?
sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjp9Z7qnojxAhUOQEEAHcPFBtIQ
FjABegQIAhAE&url=https%3A%2F%2Fseer.ufrgs.br%2Frbea%2Farticle%2Fdownload
%2F87688%2F52364&usg=AOvVaw2S5SNGOCv8zD9ofcrg9Yco.

Matusse, Ronaldo. (2002). África Austral: das migrações bantu à integração regional. Maputo:
Imprensa Universitária.

Monié, Frédèric. (2019). A inserção de Moçambique na globalização: riscos, desafios e


dinâmicas territoriais. Associação Brasileira de Estudos Africano.

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