Você está na página 1de 11

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em

Moçambique

Nome: Fátima Luzia Mangurana

Código: 708224006

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: História das Sociedades I

Ano de Frequência: 1˚ Ano

Beira, Maio de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em


Moçambique

Nome: Fátima Luzia Mangurana

Código: 708224006

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: História das Sociedades I

Ano de Frequência: 1˚ Ano

Tutor:

Beira, Maio de 2022


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

2. A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em Moçambique........5

2.1. Agricultura em Moçambique...........................................................................................5

2.2. Formas de organização social..........................................................................................6

2.3. Parentesco.........................................................................................................................6

3. As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África...................................6

3.1. As principais características primarias das sociedades região austral da Africa..............7

3.2. As principais sistematizações culturais entre agricultores em Moçambique...................9

3.3. As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique.................9

4. Conclusão..............................................................................................................................11

5. Referências bibliográficas.....................................................................................................12
1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa tem como tema o desenvolvimento e Diferenciação


das Sociedades de Agricultores em Moçambique: as comunidades aldeãs e a
formação desestruturas sociais na Africa Austral e em Moçambique. O presente artigo tem
por objectivo apresentar aspectos culturais e linguísticos de Moçambique, com o intuito de
melhor compreender o processo de inserção do país no denominado espaço lusófono.
Desse modo, voltamos nosso olhar para os mais de quatro séculos e meio da presença
portuguesa na África, mais especificamente para Moçambique, país dotado de imensa riqueza
cultural e linguística, mas, também, arraigado às tradições ancestrais.

A história cultural e linguística na África é herança da ocupação e da


dominação dos territórios africanos por diferentes povos desde a antiguidade clássica, do
século X a.C. ao XIV d.C., resultando nessa multiplicidade de culturas, línguas e tradições
africanas que, hoje, tanto nos fascina quanto nos instiga à observação Portanto, este trabalho
obedece a seguinte estrutura: introdução, objectivos, metodologias, desenvolvimento,
conclusão e bibliografia.

4
2. A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em
Moçambique

2.1. Agricultura em Moçambique

Conforme nos referimos anteriormente, Moçambique possui uma população situada


em torno de 20.366.795 habitantes20, da qual cerca de 70% vive no campo. O país é
essencialmente agrário, prática que ocupa a maior parte da sua população.

De acordo com os indicadores do PNUD (2010)21, Moçambique figura na lista dos


países mais pobres do mundo, ocupando o lugar 165, num total de 169 países. A pobreza tem
a sua face mais visível nas zonas rurais, onde ela é mais acentuada,
representando 55%,comparativamente com as zonas urbanas, onde ela representa 52%.

De acordo com o Plano Director de Extensão Rural, esta pobreza que incide mais o
campo “é atribuída principalmente ao limitado desenvolvimento agrícola, ao desenvolvimento
limitado dos mercados e aos baixos níveis de produtividade. O potencial agrícola não é
devidamente convertido na geração de receitas e na criação de emprego de modo tangível” , o
que exige da parte do Governo, das entidades privadas, associativas e dos produtores
singulares, nova forma de abordagem do sector agrícola.

Dados publicados em Junho de 2010 referem que a pobreza em Moçambique não


registou nenhuma redução, no período que vai de 2002 a 2008,sublinhando-se que esta (a
pobreza) aumentou no seio dos maiores grupos de rendimento, onde se incluem os que se
dedicam à agricultura.

O modelo difusionista antes citado permitiria a substituição do trabalhador


manual por máquinas e, dessa forma, facilitaria o processo de migração as cidades.

Outros autores criticaram este modelo, como sendo "armadilha de nível baixo", porque
o abandono persistente dos camponeses da agricultura diminuiria a oferta de alimentos, cujos
preços aumentariam tendencialmente, criando, consequentemente, problemas para o processo
de industrialização -via aumento nos preços de alimentos.

Mas foi Shultz (1961) no seu afamado livro "Transforming Traditional Agriculture"
quem dera as bases teóricas para a mudança de pensamento, que posteriormente
embasara a revolução verde. Shultz critica a hipótese central do modelo difusionista de que
5
os pequenos produtores seriam incapazes de adoptar tecnologias modernas por serem
"atrasados, arcaicos ou irracionais"

2.2. Formas de organização social

A forma normal de tributação era o trabalho agrícola; mas havia também um imposto
especial de trabalho (o mit”a)- no exército nas estradas, nas minas e noutros trabalhos
públicos. O poder estava centralizado nas mãos do monarca. Este governava o império a partir
de Cuzco, a capital, por meio de funcionários reais.

 O Desenvolvimento Socio-Económico do Império Inca


 Decadência do Império Inca
 Causas da Decadência do Império Inca

2.3. Parentesco

Em Moçambique, na definição de parentesco, o princípio mais generalizado é o da


filiação unilinear, isto é, privilegia-se uma única linha, podendo ser paterna (no sul) ou
materna (no norte de Moçambique). É importante referir que não existe uma filiação unilinear
pura; todas as sociedades admitem de certo modo, o parentesco nas duas Linhas.

3. As comunidades aldeãs e a formação das estruturas sociais na África

O aperfeiçoamento dos instrumentos de trabalho possibilitou o aumento da produção.


Os excedentes da produção eram entregues aos chefes das comunidades aldeãs permitindo
deste modo uma grande desigualdade entre os habitantes da Mesopotâmia. Essa desigualdade
deu origem às classes sociais: a classe exploradora ou dominante e a explorada ou a dominada

Na classe exploradora (aristocratas) era constituída pelo Rei (Legal), com poderes
religioso, militar e judicial, os nobres, os sacerdotes e escribas ligados à administração e
possuíam domínios sobre a escrita (cuneiforme) e cálculos.

Os escribas eram importantes porque dominavam a primeira forma de escrita


inventada: a escrita Cuneiforme na qual os símbolos significavam ideias. Por fim estavam os
militares e os comerciantes ricos. A classe explorada (dominada) era composta por
mercadores, artesãos, camponeses e escravos.

6
3.1. As principais características primarias das sociedades região austral da Africa

De fato, a história dos povos africanos é a mesma de toda humanidade: a da


sobrevivência material, mas também espiritual, intelectual e artística, o que ficou à margem
da compreensão nas bases do pensamento ocidental, como se a reflexão entre Homem e
Cultura fosse seu atributo exclusivo, e como se Natureza e Cultura fossem factores
antagónicos.

E é isso que fez com que a distorção da imagem do continente africano, atingisse
também os povos que ali habitavam. De acordo com as ciências do século XIX,
inspiradas no evolucionismo biológico de Charles Darwin, povos como os africanos estariam
num estágio cultural e histórico correspondente aos ancestrais da Humanidade. Dotados do
alfabeto como instrumento de dominação não apenas cultural, mas económica também, os
europeus estavam em busca de suas origens, sentindo-se no vértice da pirâmide do
desenvolvimento humano e da História. Vem daí as relações estabelecidas entre Raça e
Cultura, corroborando com essa distorção.

Por isso, a história da África, pelo menos antes do contacto com o mundo ocidental,
em particular antes da colonização, não pode ser compreendida tomando-se como referência a
6 organização dominante adoptada pelas sociedades ocidentais. Normalmente fica
no esquecimento, dado ao fato colonial, que não existe uma África anterior, a
que se convencionou chamar África tradicional, diversa e independente, com suas
particularidades sociais, económicas e culturais.

As sociedades ocidentais, assim chamadas por oposição às não-ocidentais (não-


europeias), se estruturaram fundamentalmente sob o modo de produção capitalista. Além
disso, o modo de produção dominante (não existe apenas um) numa sociedade pode nos dizer
muito sobre avida dessa sociedade, mas certamente não comporta explicações de todas as
dimensões de como os homens que a constituem compreendem sua vida e modelam sua
existência.

A degeneração da imagem das sociedades africanas, de suas ciências, e de seus


produtos é resultado do projecto do Capitalismo, que difundiu a idéia de que o continente
africano é tórrido e cheio de tribos perdidas na História e na Civilização. É resultado
também do etnocentrismo das ciências europeias do século XIX. É necessário, pois, ver de
7
que História e de que Civilização se trata. E do ponto de vista histórico-económico, o
imperialismo coloniana África é meio e produto do Capital, uma das grandes invenções que
vem desde a era dos Descobrimentos reforçada ainda mais pela consolidação do Liberalismo.

O viés económico da História é um importante instrumento da Ideologia do


Desenvolvimento, tipicamente ocidental. Dentro dessa linha de raciocínio, o Capital
emerge de fora das sociedades de que tratamos para regrar suas actividades
económicas de modo diferente, conforme interesses externos aos dessas sociedades
produtoras e dos povos que as constituem, modificando as relações sociais e impondo um
novo modelo de pensar e agir.

As sociedades africanas tradicionais (ou pré-coloniais) tinham em suas actividades


económica suma das formas de sobrevivência, de acordo com o meio ambiente em que
viviam, de suas necessidades materiais e espirituais, e de toda uma tradição anterior de várias
técnicas e tipos de produção. Havia muitos povos nómades, que precisavam se deslocar
periodicamente, e havia povos sedentários, que fundando seus territórios, chegaram a
constituir grandes reinos, desenvolvendo actividades económicas produtivas, tanto de bens de
consumo como de bens de prestígio (em que se destacam várias de suas artes de escultura e
metalurgia).

O que a história oficial procurou velar é que os africanos desenvolveram várias formas
de governo muito complexas, baseando-se seja em uma ordem genealógica (clãs e
linhagens),seja em processos iniciáticos (classes de idade), seja, ainda, por chefias (unidades
políticas, sob várias formas). Algumas grandes chefias, consideradas Estados
tradicionais, são conhecidas desde o século IV (como a primeira dinastia de Gana), mesmo
assim posteriores a grandes civilizações, cuja existência pode ser testemunhada pela arte,
como a cerâmica de Nok (Nigéria), datada do século V a.C. ao II século d.C. Aliás, ela é uma
das produções mais atingidas pelo tráfico do mercado negro das artes na África que coloca em
risco toda uma história ainda não completamente estudada.

As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique


independente herdou uma estrutura económica colonial caracterizada por uma assimetria entre
o Norte e o Sul do País e entre o campo e a cidade. O Sul mais desenvolvido que o Norte e
a cidade mais desenvolvida que o campo. A ausência duma integração económica

8
e a opressão extrema da mão-de-obra constituíam as características mais
dominantes dessa assimetria.

A estratégia de desenvolvimento formulada para inverter esta assimetria


apostou numa economia socialista centralmente planificada. No entanto, as conjunturas
regionais e internacionais desfavoráveis, as calamidades naturais e um conflito militar interno
de 16 anos inviabilizaram a estratégia.

3.2. As principais sistematizações culturais entre agricultores em Moçambique

É importante, portanto, ter sempre em vista que o continente africano é imenso, com
centenas de grupos étnicos ou sociedades, que não devemos chamar de tribos, pois o sistema
de parentesco, além de não ser a única forma de organização, manifesta-se em
grande diversidade e complexidade na composição dos grupos culturais. Hoje as sociedades
africanas são sociedades modernizadas, o que não quer dizer que antes elas não tinham
organização.

Com uma hierarquia de obrigações e direitos, e com uma tecnologia própria ditada
pela sua economia, seja ela de subsistência ou de comércio, algumas sociedades tradicionais
voltavam-se mais para a agricultura, outras para a caça e pesca, e não raro, essas actividades
eram mescladas. Não há conhecimento de grupos africanos sem um tipo de organização, seja
em pequenas chefias a grandes repúblicas e reinos, até que as grandes potências
ocidentais invadiram e colonizaram o território africano.

3.3. As principais diferenças sociopolíticas entre o norte e o sul de Moçambique

Moçambique independente herdou uma estrutura económica colonial caracterizada por


uma assimetria entre o Norte e o Sul do País e entre o campo e a cidade. O Sul mais
desenvolvido que o Norte e a cidade mais desenvolvida que o campo. A
ausência duma integração económica e a opressão extrema da mão-de-obra
constituíam as características mais dominantes dessa assimetria.

A estratégia de desenvolvimento formulada para inverter esta assimetria


apostou numa economia socialista centralmente planificada. No entanto, as conjunturas
regionais e internacionais desfavoráveis, as calamidades naturais e um conflito militar interno
de 16 anos inviabilizaram a estratégia.
9
4. Conclusão

Findo o magnifico trabalho foi feito uma análise sobre o tema é importante, portanto,
ter sempre em vista que o continente africano é imenso, com centenas de grupos étnicos ou
sociedades, que não devemos chamar de tribos, pois o sistema de parentesco, além de não
ser a única forma de organização, manifesta-se em grande diversidade e
complexidade na composição dos grupos culturais. Hoje as sociedades africanas são
sociedades modernizadas, o que não quer dizer que antes elas não tinham organização.

Com uma hierarquia de obrigações e direitos, e com uma tecnologia própria ditada
pela sua economia, seja ela de subsistência ou de comércio, algumas sociedades tradicionais
voltavam- se mais para a agricultura, outras para a caça e pesca, e não raro, essas actividades
eram mescladas.

Não há conhecimento de grupos africanos sem um tipo de organização, seja em


pequenas chefias a grandes repúblicas e reinos, até que as grandes potências ocidentais
invadiram e colonizaram o território africano.

10
5. Referências bibliográficas

BARROS, Denise Dias. Itinerários da loucura em território Dogon.SP:Casa das


Áfricas;RJ: Fiocruz, 2004.

ILIFFE, John. Os Africanos: história dum continente. Lisboa: Ed. Terramar, 1995.

M’BOKOLO, Elikia. África Negra: História e civilizações. Tomo I. SP: Casas das
Áfricas; Salvador: Edufba.

MOKHTAR, G. (Org.) História Geral Da África – A África Antiga. Paris: Uniesco;


SP: Ática, 1983.

SOUZA, Marina de Mello e. África E Brasil Africano. SP: Ática, 2006.

VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás: Deuses Iorubás Na África E No Novo Mundo.


Salvador: Ed. Corrupio, 2002.

11

Você também pode gostar