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“É necessário rever o marco legal, as leis que garantem a proteccção das pessoas
idosas», acrescentou o sociólogo que defende também por outro lado da importância dos
serviços de geretrias nos hospitais;
“Por exemplo a questão dos subsídios. Há uma grande maioria das pessoas da
terceira idade no nosso país que não recebem qualquer avença do Estado», disse.
Muitas são as famílias que abandonam os seus parentes da terceira idade nos lares
de acolhimento. Estes são deixados à sua sorte sem direito a visita. O também docente
universitário Marcelino Pintinho ressalta a má concepção que a sociedade angolana tem
dos idosos.
«É preciso dar suporte para que os idosos fiquem agarrados a estrutura da família
o que não teria necesssidade de irem aos lares da terceira idade», defendeu.
Neste sentido, a existência de centros de dia, local onde os idosos se podem juntar
para aprender, distrair-se e produzir, teria dado uma melhor resposta a situação.
«Fazem tudo para denigrir a sua posição, irritarem, inclusive querem que ele
desapareça fisicamente para poderem herdar os seus bens”, lamentou.
Quatro por cento destes habitantes são idosos, de acordo com o ministério da
Reinserção Social. O equivalente a pouco mais de meio milhão (680 mil) mas que o
Governo não consegue prestar assistência social.
Gente que teve envelhecimento precoce devido aos efeitos da guerra civil de cerca
de três décadas, como reconhece o relatório da instituição.
O MINARS recomendou, por isso, um estudo para obter dados fiáveis sobre a
situação sócio-económica desta franja da população.