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Isso porque com o passar dos anos, as vulnerabilidades do nosso corpo e mente
aumentam. Como consequência, é preciso que respostas coletivas sejam implementadas
para que todos possam usufruir da senioridade de forma digna e com segurança.
Para isso, existem os direitos dos idosos, que visam proteger esses indivíduos,
reconhecendo os seus direitos humanos e a sua importância para construção de uma
sociedade mais sábia e inclusiva.
Esses direitos, além de possuírem um caráter protetivo, preservam a qualidade de vida
da população idosa e possibilitam que essas pessoas exerçam a sua cidadania. Dessa
forma, para entendermos sobre eles, neste texto do Equidade vamos falar sobre o que
são os direitos dos idosos e qual o seu papel na valorização dessa população.
O projeto Equidade é uma parceria entre o Politize!, a Civicus e o Instituto Mattos
Filho voltada a apresentar, de forma simples e didática, os Direitos Humanos e os
principais temas que eles envolvem, desde os seus principais fundamentos e conceitos
aos seus impactos em nossas vidas. E então, preparado(a) para entender o que são os
direitos dos idosos? Segue com a gente!
Se quiser, escute nosso podcast complementar ao assunto do texto:
Como aponta a psicóloga Ecléa Bosi (1994), a senioridade, além de poder ser
considerada como um destino, também deve ser tratada como uma categoria social.
Nesse caso, o significado e o tratamento dado às pessoas idosas dependem ou são
influenciados (mesmo que indiretamente) pela concepção que a sociedade possui sobre
essa etapa da vida.
Assim, os direitos dos idosos tem como um de seus papéis regulamentar a maneira
como a sociedade deve tratar e cuidar da população idosa. Nesse sentido, vamos ver
melhor o que esses direitos representam!
De maneira direta, os direitos dos idosos são um conjunto de princípios e regras que
têm como objetivo garantir a qualidade de vida, a dignidade e a proteção da
população idosa, possibilitando o exercício de sua cidadania.
Assim, como se trata de um grupo vulnerável e, mais do que isso, de pessoas que
contribuíram durante suas vidas para o progresso social, políticas públicas e direitos
próprios precisam ser construídos e aplicados para suprir as necessidades dessas
pessoas.
Dessa forma, dentre os direitos garantidos a esse grupo, podemos destacar o direito de
envelhecer, o direito à vida, à saúde, à liberdade, à cultura, ao lazer, ao transporte,
ao acesso à justiça, à previdência, ao atendimento preferencial, entre outros.
Contudo, apesar de existir uma proteção legislativa na teoria, a realidade prática muitas
vezes expõe as dificuldades dessa população e o não cumprimento dos seus direitos
fundamentais. Essa realidade de marginalização dos idosos não é exclusiva do Brasil,
ocorrendo também ao redor no mundo. Vamos olhar brevemente um pouco dessa
realidade.
Conclusão
A pessoa idosa, sendo reconhecida como sujeito de direitos, possui a cobertura e a
proteção das suas necessidades, da sua dignidade e do seu protagonismo enquanto
cidadão. Assim, esses direitos favorecem a inclusão social dessas pessoas e possibilitam
que usufruam da vida em sociedade.
Isso porque, como visto, os idosos podem ser considerados como um grupo etário, mas
também precisam ser considerados como indivíduos em condições especiais de vida.
As experiências sociais vividas por essas pessoas e o contexto no qual estão inseridas
formam uma pluralidade de vivências que não pode ser generalizada e deve ser
aproveitada e protegida pela sociedade.
Além disso, essas vivências também não podem ser discriminadas, de maneira que as
pessoas idosas sejam vistas como um “problema social”, transformando o
envelhecimento em um processo negativo. Aliás, esse estigma em relação à senioridade
não é algo novo e serviu como um dos fatores para a construção dos direitos dos idosos.
Essa construção é recente e para entendermos melhor sobre o seu processo histórico, no
próximo texto do Equidade vamos falar sobre a história dos direitos dos idosos. Então,
continue acompanhando!
Ah! E se quiser conferir um resumo super completo sobre o tema “Direitos dos Idosos“,
confere o vídeo abaixo!
Autores:
Andreza Ometto Coury
Anne Costa Bittencourt Andrade
Eduardo de Rê
Gabriela Gomide Runha
Maria Augusta Micheletti Thiago
Paula Calheiros da Costa
Fontes:
1- Instituto Mattos Filho;
2- BARROSO, Renato A. Há direitos dos idosos? Revista Julgar, Coimbra Editora, nº
22, 2014.
3- BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças dos velhos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994.
4- FELIPE, Thayza; SOUSA, Sandra. A construção da categoria velhice e seus
significados. Revista Eletrônica de Humanidade do Curso de Ciências Sociais da
UNIFAP. Macapá, vol. 7, nº 2, p. 19-33, 2014. Disponível em:
<https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/1384/thayzav7n2.pdf>.
Acesso em: 12 de janeiro de 2022.
5- KEINERT, Tânia; ROSA, Tereza. Direitos Humanos, envelhecimento ativo e
saúde da pessoa idosa: marco legal e institucional. Revista Envelhecimento & Saúde,
nº 47, p. 4-8, 2009. Disponível em:
<https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/bis/article/view/33812>. Acesso em: 12
de janeiro de 2022.
6- Organização Mundial da Saúde. Ageing. Organização Mundial da Saúde (OMS).
Disponível em: <https://www.who.int/health-topics/ageing#tab=tab_1>. Acesso em: 13
de janeiro de 2022.
7- ROZENDO, Adriano. Construção do envelhecimento e experiências da
velhice. Dissertação (Mestrado em Psicologia), UNESP, 106 f, 2010.