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ESTIMULAÇÃO COGNITIVA E APRENDIZAGEM NO IDOSO
Marta Ferreira
setembro, 2017
IPQ.020.45
Índice
Idoso | Envelhecimento ............................................................................................................................................ 3
Aprendizagem como fator promotor do desenvolvimento pessoal ............................................................................. 4
Características básicas da aprendizagem ........................................................................................................................... 5
Aprendizagem e emoções .................................................................................................................................................. 6
Universidade Sénior ................................................................................................................................................. 8
Universidade Sénior em Portugal..................................................................................................................................... 10
Objetivos das Universidades Sénior ................................................................................................................................. 11
Atividades Sociais das Universidades Sénior.................................................................................................................... 11
Atividades Formativas das Universidades Sénior............................................................................................................. 13
Importância das US na qualidade de vida do idoso ......................................................................................................... 13
Domínios decisivos para uma óptica Qualidade de Vida ................................................................................................. 15
Comunicar ........................................................................................................................................................................ 16
Comunicar de forma eficiente com o idoso ..................................................................................................................... 17
Estimulação Cognitiva..............................................................................................................................................19
Atividades educativas para idosos............................................................................................................................19
Leitura .............................................................................................................................................................................. 19
Escrita ............................................................................................................................................................................... 22
Matemática funcional ...................................................................................................................................................... 23
Instrumentos musicais ..................................................................................................................................................... 25
Lavores ............................................................................................................................................................................. 26
Grupos corais.................................................................................................................................................................... 27
Ginástica ........................................................................................................................................................................... 28
Informática ....................................................................................................................................................................... 29
Aprendizagem de língua não materna ............................................................................................................................. 30
Outras atividades ............................................................................................................................................................. 31
Tecnologias da informação e comunicação (TIC) .......................................................................................................38
A importância Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC):.................................................................................... 38
Perigo das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): ......................................................................................... 38
Softwar de estimulação e aprendizagem ......................................................................................................................... 39
Bibliografia ..............................................................................................................................................................40
Objetivo Geral
Espera-se que no final da ação os/as formandos/as compreendam os conceitos da estimulação cognitiva e
aprendizagem no idoso e que sejam capazes de elaborar uma intervenção de estimulação cognitiva estruturada com a
finalidade de eliminar ou atenuar dificuldades cognitivas no idoso.
Objetivo Específicos
Descrever os benefícios das Universidades Séniores na qualidade de vida do idoso.
Selecionar e preparar atividades educativas em função do perfil de funcionalidade do idoso.
Aconselhar o idoso acerca dos benefícios e malefícios das tecnologias de informação e comunicação.
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“…sou mais eficaz quando posso ouvir-me a mim mesmo,
aceitando-me, e quando posso ser eu mesmo. (…) não podemos
afastar-nos do que somos enquanto não aceitarmos
profundamente o que somos.”
Carl Rogers, 2009
Idoso | Envelhecimento
IDOSO - pessoa que tem muita idade VELHO - pessoa que perdeu a jovialidade
Envelhecimento
É um fenômeno do processo da vida, assim como a infância, a adolescência e a maturidade, e é marcado por
mudanças biopsicossociais específicas, associadas à passagem do tempo. No entanto, este fenômeno difere
de indivíduo para indivíduo, podendo ser determinado geneticamente ou ser influenciado pelo estilo de vida,
pelas características do meio ambiente e pela situação nutricional de cada um.
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Aprendizagem como fator promotor do desenvolvimento pessoal
O ser humano é um ser aprendiz.
Desde o momento do nascimento até o seu momento final, a vida “cobra” que estejamos constantemente
numa aprendizagem contínua, sobretudo para que possamos sobreviver, mas também para viver com
qualidade.
Os idosos são seres socioculturais e a aprendizagem é um fenômeno central no seu processo de existência.
Quanto melhor “equipados” estiverem para viver em sociedade, e quanto mais atualizados e conectados
estiverem com as rápidas mudanças do mundo atual, mais aptos estarão para desfrutar da vida.
Aprender envolve relações sociais, palavras, modelos e implica acima de tudo saber transformar o que aprendeu em
ações. Aprender engloba incorporar eventos diferentes, em diferentes momentos. Assim, para cada pessoa e
certamente para diferentes idades esses “eventos” produzem efeitos e significados diversos.
Aprender
É incorporar um novo comportamento, é também um processo pelo qual se altera o comportamento. Alteração, essa
que é permanente e duradoura e que ocorre pela experiência, treino, exercício ou estudo.
Comportamento
Ato humano, com sentido, uma forma de comunicar e expressar desejos humanos.
Cada idoso é único, logo atribui significado próprio a cada um dos seus comportamentos que diferem do significado
atribuído pelos outros idosos. Deste modo, é necessário entender as aprendizagens incluídas em cada um dos
comportamentos.
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Todos os indivíduos nascem com uma série de reflexos inatos.
1. Processo dinâmico - a aprendizagem só se faz através da atividade do aprendiz, envolvendo a participação total
e global do idoso.
2. Processo continuo - a aprendizagem está sempre presente, desde o início da vida. Por exemplo, ao sugar o seio
materno, a criança enfrenta o primeiro problema de aprendizagem: terá que coordenar movimentos de sucção,
deglutição e respiração.
3. Processo global ou compósito - inclui sempre aspetos motores, emocionais e ideativos ou mentais. Assim, a
aprendizagem, ao envolver uma mudança de comportamento, exigir a participação total e global do idoso, para
que todos os aspetos constitutivos da sua personalidade entrem em atividade no ato de aprender, a fim de que
seja restabelecido o equilíbrio vital que foi “interrompido” pelo aparecimento de uma situação problemática.
4. Processo pessoal - a aprendizagem é considerada intransferível de um idoso para outro: ninguém pode
aprender por outrem. Deste modo, a maneira de aprender e o próprio ritmo da aprendizagem variam de idoso
para idoso, face ao carater pessoal da aprendizagem.
5. Processo gradativo - cada aprendizagem realiza-se através de operações crescentemente complexas, ou seja,
cada nova situação envolve um maior número de elementos. Então, para cada nova aprendizagem acresce
novos elementos à experiencia anterior.
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Aprendizagem e emoções
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Quando falamos em aprendizagem no idoso, falamos sobretudo em ajuda-los em aprenderem a lidar com as
dificuldades relacionadas ao fator envelhecimento, aprender a lidar com as dificuldade de:
• Andar
• Ouvir
• Visão
• e outras capacidades e competências que podem comprometer o seu desempenho cotidiano em relação à
agilidade, à destreza e à capacidade em resolver problemas.
Todos esses fatores provocam, no idoso, a necessidade de novas aprendizagens, processos de negociação e adaptação
em relação a si próprio e em relação ao mundo.
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Universidade Sénior
Vários estudos nacionais e internacionais demonstraram, assim, que as US para além de um projeto educativo e
formativo, são igualmente um projeto social e de saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos
idosos, assim como profilaxia para o isolamento e exclusão social.
As Universidades Sénior enquadram-se no projeto europeu de formação ao longo da vida ou educação permanente.
Assim, uma aprendizagem ao longo da vida aponta simultaneamente à aprendizagem que vai do ensino pré-escolar
até à pós-reforma, e abrange qualquer tipo de educação (formal, informal ou não formal).
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Existem a nível internacional dois grandes modelos de US:
• Modelo francês - onde são as universidades tradicionais que organizam as US, existe critérios de admissão, os
professores são profissionais e há certificação.
Modelo francês
• Modelo português - US são organizados por grupos de voluntários, não há critérios de admissão, nem fins de
certificação. Este é o caso do modelo português.
Modelo português
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Universidade Sénior em Portugal
A partir do ano 2000 dá-se o verdadeiro “boom” de US, que atingem em 2008
perto de 100.
Caracterização jurídica:
- a maior parte são associações sem fins lucrativos
- 40% delas foram criadas pelos próprios seniores.
- há também US que são geridas pelas autarquias, IPSS, Rotários,
Misericórdias ou Escolas Profissionais.
As US funcionam todas fora do sistema escolar, mantendo-se fiéis aos princípios básicos da aprendizagem informal e
grande maioria trabalha com professores voluntários.
É uma resposta social, que visa criar e dinamizar regularmente atividades sociais, culturais, educacionais e de
convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50
anos. Quando existirem atividades educativas devem ser
em regime não formal, sem fins de certificação e no
contexto da formação ao longo da vida. Ou seja,
pretendem-se combater a solidão, o isolamento dos mais
idosos atrás do conhecimento e do convívio. Mais que um
projeto educativo/formativo, as US são um projeto social.
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Objetivos das Universidades Sénior
1. A melhoria da qualidade de vida dos seniores.
4. A educação para a cidadania, para a saúde, para a tolerância, para o voluntariado e para a formação ao longo
da vida.
2. As US devem promover visitas a cidades, monumentos, parques naturais, cinemas, teatros, exposições e
museus e a organização de palestras, colóquios, cursos, festas e concursos.
3. As US devem promover a divulgação dos conhecimentos, dos saberes, das tradições dos e para os seniores.
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Atividades Formativas das Universidades Sénior
- As US devem ter porém, pelo menos, três das seguintes áreas temáticas:
a) Ciências Sociais e Humanas (Português, Línguas, História, Sociologia, Saúde, Psicologia, Biologia,
Antropologia, Cultura Geral, Literatura, Cidadania, etc.).
c) Artes (Música, Canto, Teatro, Artes decorativas. Pintura, Tapeçaria, Cerâmica, etc.)
- As US podem criar um Conselho Pedagógico, que incluirá elementos da direção da associação, dos professores
e dos alunos, para organizar a componente pedagógica da US;
- A componente formativa é sempre em regime não-formal, considerando-se esta como um processo educativo
ou formativo mais ou menos organizado que acontece fora do sistema escolar tradicional, sem fins de
certificação ou reconhecimento oficial, e que tem por objetivo o desenvolvimento integral de um determinado
grupo;
- As aulas teóricas devem ter a duração de 50 minutos por semana e as praticas 100 minutos.
Qualidade de vida
- resulta da satisfação ou insatisfação com dimensões da vida que são importantes para o mesmo;
- uma das dimensões da vida humana, desejada e perseguida por todos os indivíduos desde a infância até à
velhice.
- perceção que o indivíduo tem do seu lugar na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais
vive, em relação com os seus objetivos, os seus desejos, as suas normas e as suas inquietudes.
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Envelhecimento ativo
longevidade, saúde biológica, saúde mental, satisfação, controlo cognitivo, competência social,
produtividade, continuidade de papéis familiares e ocupacionais e continuidade de relações informais com
amigos.
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Domínios decisivos para uma óptica Qualidade de Vida
Para que melhorem a sua qualidade de vida, em promoção de um melhor envelhecimento ativo, emergem
determinadas medidas com vista à promoção da saúde, da autonomia e da educação para o envelhecimento. É neste
intuito que surgem as Universidades Seniores ou Universidades da Terceira Idade.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde e a Comissão da União Europeia, “para se envelhecer saudavelmente, o
indivíduo deve conseguir manter-se autónomo, ter presente a sua aprendizagem ao longo da vida, assim como
manter-se ativo”.
Comunicar
- Ação de dar a conhecer, divulgar ou informar; expor, noticiar ou
veicular;
- Colocar-se em contacto ou relação com outrem; principiar
comunicação com: comunicar com uma amiga, por exemplo;
- Ato de transmitir ou contar alguma informação ou dado novo a
alguém;
Comunicar envolve, além das palavras que são expressas por meio da fala ou da escrita, todos os sinais
transmitidos pelas expressões faciais, pela postura corporal e também pela proximidade ou distância que se mantém
entre as pessoas; a capacidade e formar de tocar, ou mesmo o silêncio em uma conversa. No caso do idoso, algumas
vezes ele pode ficar irritado por não conseguir falar ou se expressar, embora entenda o que falam com ele.
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Comunicar de forma eficiente com o idoso
- Em primeiro lugar, ter presente que os idosos não são todos iguais e não estão na mesma condição de saúde e
como tal a comunicação não é igual com todos os idosos. Deste modo, utilize sempre linguagem clara e recorra
a exemplo sempre que necessário.
- Usar frases curtas e objetivas. Evite tratar os idosos como crianças, utilizando termos inapropriados como
“meu amor” “queridinho”, bem como se deve evitar utilizar termos diminutivos desnecessários como
“bonitinho”, “lindinho”, a menos que a pessoa goste.
- Repetição da fala, quando essa for erroneamente interpretada pelo idoso, utilizando palavras diferentes.
- Falar frente a frente, sem cobrir a boca, não falar de lado, não se virar enquanto está a comunicar com o idosos,
não se afastar. Procure ambientes iluminados para que a pessoa, além de ouvir, veja o movimento dos lábios
da pessoa que fala com ela, assim entenderá melhor.
- Aguardar a resposta da primeira pergunta antes de elaborar a segunda, uma vez que o idoso pode necessitar
de um tempo maior para compreender o que foi falado e responder.
- Não interromper o idoso enquanto está a falar, não transmitir pressa ou impaciência. É necessário permitir que
ele conclua o seu próprio pensamento.
- Caso não se entenda a fala do idoso, pedir para que ele escreva o que quer dizer. Se o idoso não puder
escrever, devem realizar-se perguntas que ele possa responder com gestos e combinar com ele os gestos que
serão usados, por exemplo: fazer sim ou não com a cabeça, franzir a testa ou piscar os olhos quando não está a
gostar, entre outros.
- Falar sem gritar, de maneira pausada e calma, sem ser muito lento.
- Permitir que o idoso participe do diálogo e das decisões tomadas em casa ou no meio em que está inserido.
- Evitar expressões do tipo “deve”, “não deve”, porque reflete um relacionamento autoritário.
- Verificar a necessidade e as condições de próteses dentárias e/ou auditivas que possam estar dificultando a
comunicação.
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- Cantar com o idoso, uma vez que esta atividade estimula o uso da voz. A música ajuda o idoso a recordar
pessoas, sentimentos e situações que aconteceram com ele, favorecendo a sua comunicação.
- O toque, o olhar, o beijo, o carinho são outras formas de comunicação que nos ajudam a compreender a
pessoa idosa e ser compreendido por ela.
- Quando nos referirmos a alguém conhecido ao falar com o idoso é importante explicar e contextualizar o idoso
de quem estamos a falar, por exemplo: “a Maria, a sua filha”; “o João, o seu vizinho”, assim o idoso situa-se
melhor na conversa e vai relembrando pessoas e fatos que podem ter esquecido.
- Para o idoso com déficit de memória é importante falar com simplicidade e pedir que a pessoa toque objetos,
retratos e quadros, isso ajuda a estimular os mecanismos da memória e a melhorar a comunicação.
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Estimulação Cognitiva
Estimulação Cognitiva
É uma intervenção estruturada com a finalidade de eliminar ou atenuar dificuldades cognitivas, em função do grau de
comprometimento existente ou prevenir sua ocorrência.
O treino/estimulação cognitiva consiste em propor um programa de atividades através do qual são estimuladas
diversas funções cognitivas como atenção, memória, linguagem, velocidade de processamento, etc.. Deve ser
planeado de modo a responder ao perfil cognitivo de cada pessoa.
Plasticidade cerebral
É a capacidade do cérebro de modificar-se em função de uma dada influência. Ou seja, trata-se de um processo
adaptativo, em que ocorrem alterações físicas e estruturais no cérebro – produção de novas sinapses – como resultado
da estimulação repetitiva.
Leitura
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Escrita
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Matemática funcional
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Instrumentos musicais
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Telefone sem fios
Os idosos sentam-se em círculo. É escolhido um instrumento e um idoso é escolhido para começar. O próprio idoso
propõe uma célula rítmica simples, por exemplo 3 batidas: tá tá táa. Depois
este passa o instrumento para o colega que tem que reproduzir a mesma
batida sem alteração. Quando todos terminarem, passa-se para outro idoso
iniciar mas propondo uma batida mais complexa, se todos conseguiram
realizar a anterior sem dificuldades.
Lavores
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Grupos corais
O homem pode transmitir suas ideias e emoções através da voz, seja ela falada ou cantada. Porém, os órgãos fona
articulatórios que participam da produção vocal sofrem modificações fisiológicas diferentes para a fala e para o canto.
No canto, a respiração é programada de acordo com as frases musicais e pausas, o que não ocorre na fala, quando a
entrada e saída de ar variam de acordo com a emoção e a mensagem transmitida.
Na voz cantada, a respiração é exclusivamente oral principalmente pelo fato de ser muito rápida, ao contrário
da fala que ocorre por meio de um modo respiratório misto.
A inspiração deve ser tomada pelas narinas e pela boca simultaneamente, evitando o ruído em cada inspiração
que, visando à estética e à técnica, deve ser curta e oral, agindo nas costelas inferiores, favorecendo a expansão
da caixa torácica e assegurando o ar pleno (soma do ar residual e do ar inspirado).
O professor/técnico orientador de canto deve orientar os idosos cantores, não apenas a respeito de
conhecimentos básicos de fisiologia, mas também sobre os fundamentos da respiração, uma vez que a
adequada impostação vocal depende de um controle respiratório eficiente.
Para a Constituição de um grupo coral de idosos a voz deve ser trabalhada cuidadosamente através de técnicas de
relaxamento, aquecimento e desaquecimento vocal, articulação, respiração e projeção vocal, sendo realizados
exercícios preparatórios direcionados ao repertório proposto. Além da preparação da voz, nos ensaios, deve existe um
momento de troca de experiências e relatos pessoais. O grupo coral também procura a reintegração social dos idosos
através de apresentações em eventos.
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Ginástica
Objetivos da ginástica
Sabe-se que com o envelhecimento uma série de alterações fisiológicas ocorrem no organismo de uma pessoa, como o
surgimento de doenças crônicas, degenerativas entre outros tantos problemas. Em virtude desses fatores, a ginástica
para idosos poderá influenciar positivamente no processo de envelhecimento melhorando assim a qualidade de vida
do idoso. O objetivo da ginástica é melhorar a flexibilidade, coordenação, velocidade e força, além da manutenção da
gordura corporal em padrões aceitáveis.
Isso tudo ocorre porque quando o idoso
pratica ginástica, o organismo liberta uma
maior quantidade de hormônios da
hipófise anterior, que acaba por
proporcionar maior sensação de bem-estar
e prazer, prevenindo vários tipos de
problemas.
O ideal para que os exercícios funcionem e
tragam diferentes tipos de benefícios, o
idoso deve praticar no mínimo cerca de 45
a 60 minutos diários ou pelo menos 3
vezes por semana.
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Informática
1. A primeira vez que estiver a ensinar o idosos a lidar com o computador, é importante que se ensine o mais
básico e mais fácil de executar, sem se utilizar linguagem “técnica”, mas sim linguagem acessível. Há que ter
em conta que, o idoso que está a ser ensinado pode nunca ter tido a oportunidade de mexer num teclado, e não
sabe o que é “enter”, “espaço” ou “delete”, entre outros. É importante informar e esclarecer tudo ao idoso,
dando informações do género “Um computador funciona assim…, liga-se/desliga-se desta forma…”.
2. Aconselha-se a que quando ensinarmos os idosos (e aqui temos que ter em atenção alguns problemas de
memória que possam existir), que deve utilizar o rato para as operações, e não os atalhos do teclado, pois
podem ser mais confusos e desmotivar para a aprendizagem.
3. Temos de ter a noção que ao ensinarmos pela primeira vez o idoso ele deverá demorar algum tempo até
conseguir escrever uma frase ou até 2/3 letras, isto porque nunca passou pela experiência. Desta forma, quando
estivermos a ensinar, devemos desafiá-lo a praticar a escrever, ou seja pedir-lhes que escrevam uma frase ou
duas por dia. Temos de ter em mente (pois podem haver problemas de acuidade visual) que devemos colocar
fontes grandes e o texto sempre visível, para motivar e promover à continuação da prática.
4. Internet. Nesta fase pode-se começar por indicar como entrar na Internet (indicar o Icon, por exemplo), e, uma
vez a navegar, mostrar alguns sites úteis (também adequados aos interesses do
idoso que está a ser ensinado), como por exemplo, sites de informação,
entretenimento, desporto, culinária e pesquisa. Mas, de forma geral, é
importante informar o que é a Internet, e de que forma é que, esta
rede funciona.
5. Aconselha-se a que, quando nos dedicamos a ensinar o idoso a
lidar com computadores e Internet, os incentivemos à prática. É errado pensar-se que uma vez aprendido,
nunca se esquece, pois com os computadores não é assim. É necessário praticar-se para se saber e não se
esquecer. Então é importante que, em tempos livres, pedir aos idosos para irem explorar algo no computador. A
instalação de serviços de chat é também um grande motivo para passarem mais tempo no computador e irem
percebendo mais a dinâmica deste.
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Aprendizagem de língua não materna
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Outras atividades
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Geleca cósmica
Materiais
– 1 tubo de cola escolar líquida (aproximadamente
147 ml)
– 1/2 ou 3/4 de xícara de amido líquido (amido
líquido encontram nos supermercado junto com
produtos de lavandaria) *receita
– Tinta à base de água ou corantes alimentícios
(preto, turquesa, violeta e branco ou prata)
– Purpurina de várias cores
Importante: para cada cor de tinta, você fará uma porção de geleca.
Modo de fazer
1º Passo
Coloque a cola numa tigela e acrescente o corante ou a tinta (lembre-se: uma cor para cada receita!) e a purpurina.
Mexa bem.
2º Passo
Adicione o amido líquido. ATENÇÃO, faça este passo devagar e vá misturando calmamente. Não coloque tudo de uma
vez. Irá observar-se uma mudança da consistência neste processo e, a partir daí, poderá misturar com as mãos, como se
fosse uma massa de pão. Cuidado com a quantidade de amido, pois se adicionar muito, perderá a elasticidade. Vá
fazendo alguns testes enquanto adiciona o amido, para não correr o risco de estragar.
3º Passo
Junte todas as cores das gelecas feitas e forme uma espiral, dando a ideia de estar a construir uma galáxia.
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Construção de Pau-de-chuva
1.º 2.º
3.º 4.º
5.º 6.º
7.º 8.º
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Tecnologias da informação e comunicação (TIC)
Infoexclusão
- contribui para uma mudança de estratégias que possibilitem encontrar respostas para idosos que possam estar
afastados da vida social;
- riscos ligados ao excesso de tempo de utilização, que podem conduzir ao vício e ao isolamento social;
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Softwar de estimulação e aprendizagem
Look to Learn
Software de treino de interfaces de dispositivos apontadores. Inclui 40 atividades desenhadas para utilizadores que
estão a iniciar a aprendizagem das seguintes interfaces para o computador:
Rato/Joystick;
Ecrã táctil;
As atividades foram criadas para promover uma aprendizagem divertida e treinar o acesso ao computador de forma
lúdica, sem o esforço e a frustração que são inerentes a outros treinos.
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Bibliografia
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