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Melhora da capacidade funcional em idosos através do treinamento resistido

SOUSA, Deyvid Pires de1

Nome do orientador2

RESUMO

A população de idosos cresce exponencialmente em nossa sociedade atual,


portanto é necessário assegurar que o envelhecimento possa ser vivido com
qualidade de vida. O que sabemos hoje é que o estilo de vida ativo possibilita um
envelhecimento mais autônomo e independente. O processo de envelhecimento
afeta de forma natural e direta a força muscular, a massa e a independência do
idoso no que tange a funcionalidade em tarefas diárias. Ao envelhecer perdemos
tecidos musuesqueléticos que irão interferir diretamente nas capacidade funcionais.
Assim, o treinamento resistido de força pode retardar e minimizar os efeitos destas
perdas funcionais decorrentes do envelhecimento, o idoso praticante do treinamento
resistido de força apresenta melhor força muscular, mobilidade e independência. A
presente pesquisa trata-se de um revisão de literatura com o objetivo de investigar e
evidenciar como o treinamento resistido de força pode melhorar as capacidade
funcionais do idoso de forma positiva. Foi possível analisar que os exercícios
resistidos de força são muito favoráveis para o idoso pois possibilitam a melhora do
sistema locomotor, a força, o equilíbrio e o condicionamento físico, podendo ser uma
excelente ferramenta para retardar os efeitos do envelhecimento e prevenindo
doenças degenerativas decorrentes deste processo natural da vida humana.

Palavras-chaves: Treinamento Resistido de Força. Envelhecimento.


Capacidades Funcionais.

1
Acadêmico(a) do curso de Educação Física da Universidade Anhanguera

2
Orientador(a). Docente do curso de [Nome do curso] da [Nome da instituição de vínculo –
Universidade, Centro Universitário ou Faculdade].
1. INTRODUÇÃO

O processo de envelhecimento é caracterizado por variadas mudanças


fisiológicas, o que inclui fatores genéticos e ambientais, ao longo dos anos é normal
que o indivíduo tenha uma significativa redução de sua força, potência muscular,
capacidade aeróbica e a diminuição hormonal. Estas alterações fisiológicas
diminuem as capacidades funcionais do idoso na realização de tarefas simples do
dia a dia.
Praticar exercícios físicos auxilia na manutenção da saúde, contribui para a
melhora da autoestima, traz confiança, autonomia e independência na rotina da vida.
Envelhecer exige da sociedade e do sistema de saúde maior atenção no que tange
aos problemas de saúde que ao longo do processo de envelhecimento aparecem e
necessitam de manutenção e reabilitação das capacidades funcionais, ressaltamos
aqui a “Política Nacional do Idoso que apresenta entre suas principais diretrizes a
manutenção da autonomia, da capacidade e da reabilitação funcional
comprometida”. (RODRIGUES, 2016, p.180). Todos estes processos degenerativos
do processo de envelhecimento levam a mudanças na composição corporal e como
consequência a diminuição da antropometria.
A fragilidade fisiológica e biológica que observamos em idosos hoje já é
compreendida como transformações multicausais e multifatoriais, associadas ao
ambiente e do estilo de vida de cada sujeito. Quando chegamos na velhice a
degradação fisiológica e física são fatores reais que podem complicar a saúde de
forma global. Assim, é importante se utilizar de variadas terapias para minimizar os
efeitos do processo de envelhecimento, aqui ressaltamos o treinamento resistido de
força para idosos, um recurso que pode contribuir na melhora do quadro atual de
saúde do idoso. Já de compreensão popular que atividades físicas são instrumentos
maravilhosos nas questões terapêuticas, não se utilizam de farmacológicos e nem
analgésicos, que de forma sistêmica e continua pode trazer inúmeros benéficos aos
indivíduos idosos.
Indicado também como ferramenta terapêutica e no auxílio de variadas
patologias crônicas e degenerativas, na melhora do sistema muscular e das
articulações, possibilita a autonomia funcional através da diminuição da perda
muscular e óssea, e melhora da flexibilidade, através dos exercícios que exigem
força dos músculos e dos ossos produzindo compressão, entorses e torques que se
transforma em excelente agente de tratamento para variadas patologias, auxilia na
preservação e aprimora a qualidade física dos sujeitos idosos, trazendo equilíbrio
para a fragilidade e fraqueza muscular melhorando a flexibilidade e a mobilidade.
Em 2006, o Ministério da Saúde (Brasil, 2006) apresentou um estudo sobre os
efeitos dos exercícios resistidos em idosos em que é documentado a diminuição do
risco de morte por doenças cardiovasculares, melhoramento da pressão arterial,
melhora da postura, controle do peso, alterações benéficas no perfil lipídico, controle
dos níveis glicêmicos no sangue, melhora das enfermidades venosas periféricas,
melhora das funções intestinais, melhora do sistema imunológico, melhora do sono,
amplificação da integração e contato social, diminuição da ansiedade e do estresse,
se aconselhando especificamente no auxilio e prevenção de patologias crônicas e
degenerativas, possibilita a melhora das funções corriqueiras do dia a dia, portanto
faz-se necessário uma reflexão sistemática da importância de se oportunizar o treino
resistido de força para a população idosa como ferramenta essencial na melhora das
capacidades funcionais.
Assim, a presente pesquisa busca demonstrar o treinamento resistido de
força como ferramenta para a melhora das capacidades funcionais, psicológicas e
fisiológicas do idosos, sendo aplicado de maneira correta e segura, auxilia na
manutenção muscular e melhora da resistência e força. Modalidade em significativo
crescimento possibilita a aquisição de muitos benefícios relacionados a saúde de
forma global da população idosa. Destacamos a importância do tema como uma
ferramenta importante de informação no que tange as capacidades funcionais de
idosos que ao longo do processo de envelhecimento vão naturalmente perdendo
estas funções, mas com a utilização do treinamento resistido de força os efeitos
analgésicos e preventivos no que tange ao tratamento e prevenção de lesões e
melhora das capacidades são significativos.

2. DESENVOLVIMENTO

Podemos definir capacidade funcional através da habilidade do idoso em


realizar atividades físicas do dia a dia que englobam ações diárias para se ter uma
vida autônoma até atividades mais complexas rotineiras. A incapacidade funcional
pode ser definida pela dificuldade ou incapacidade na realização de movimentos e
funções da vida cotidiana. (COSTA, 2015)

A capacidade funcional tem um conceito amplo que engloba o potencial dos


idosos em manter as capacidades físicas e mentais primordiais para manter
uma vida independente e autônoma para um envelhecimento ativo.
(SOUSA, p.22, 2020)

Portanto, a funcionalidade pode ser compreendida como a capacidade do


indivíduo em exercer certas funções e atividades, utilizando-se de variadas
habilidades para o desempenho das relações sociais, atividades de lazer, e
comportamentos exigidos no convívio em comunidade. De uma maneira geral, esta
capacidade representa a forma de medição se um sujeito está apto de autonomia
para cumprir as funções necessárias para o cuidado de si mesmo e das coisas ao
seu redor. (ALMEIDA, 2013)
A falta de atividades físicas, bem como o processo de envelhecimento estão
associados a perda das capacidades funcionais do ser humano, podendo influenciar
de forma negativa o estado de saúde geral do idoso, sendo a atividade física uma
forma de melhorar a autonomia funcional destes indivíduos. (ALLENDORF, 2015)
Envelhecer é um processo muito complexo que engloba variados fatores que
ocorrem em nosso organismo e não podem ser de forma alguma impedidos em seu
curso natural. Este processo é multifatorial e progressivo geram transformações
psicológicas, morfológicas, funcionais e bioquímicas, alterando as funções do
organismo tornando-o vulnerável e frágil em resposta às ações extrínsecas e
intrínsecas do meio ambiente. (LOPES, 2015)
Segundo Lopes (2015) no processo de envelhecimento acontecem mudanças
anatômicas na coluna vertebral que causam a redução da estatura ocasionado pela
perda de massa óssea ou seja ocorre uma atrofia óssea gerando as possíveis
fraturas da vida idosa. As cartilagens das articulações tornam-se menos estáveis e
resistentes e sofrem um longo processo de degeneração. Existe ainda “a piora do
equilíbrio corporal nesta fase da vida que geram alterações do sistema
osteoarticular, diminuindo a amplitude dos movimentos e modificando a marcha”.
(LOPES, p.39, 2015) Além de todos estes fatores existe ainda a perda óssea que
ocorre através da transformação da atividade celular na medula óssea, gerando “um
abastecimento inadequado de osteoclastos e osteoblastos prejudicando o processo
de reabsorção e formação óssea”. (LOPES, p.39, 2015)
Dentre todos os sistemas corporais do indivíduo, aquele que mais sofre
mudanças de forma significativa na qualidade de vida do idoso é o sistema
musuesquelético, essenciais para o bom funcionamento das capacidades funcionais.
As habilidades articulares e musoesqueléticas quando estão preservadas são
essenciais para que o idoso mantenha o controle postural adequado. No indivíduo
idoso todos este sistema apresenta-se comprometido em decorrência da queda
natural e progressiva dos hormônios, ocasionando a diminuição da massa muscular
podendo ser reduzida em 40% em sujeitos com mais de 80 anos. Tal perda
muscular é progressiva ao longo dos anos, “ocorrendo a diminuição do número e
tamanho das fibras acompanhadas da transformação de inervação das mesmas”.
(LOPES, p.39, 2015)

As reduções de tamanho e número de fibras são alguns dos principais


problemas relacionados à natural mudança fisiológica durante o processo
de envelhecimento denominada sarcopenia. Alguns fatores como a
diminuição dos níveis de citocinas pró-inflamatórias, diminuição da ingestão
proteica e a falta de atividades físicas podem contribuir para esse processo,
gerando assim no idoso uma acentuada perda de mobilidade e um
consequente aumento da incapacidade funcional. (LOPES, p,39, 2015)

Portanto, a perda das capacidades funcionais pode ser caracterizada por


variadas alterações orgânicas, redução da mobilidade, do equilíbrio, das
capacidades circulatórias, respiratórias e fisiológicas e alterações psicológicas que
aumentam a vulnerabilidade e podem acarretar em depressão. O processo de
envelhecimento transforma o sistema musoesquelético de forma progressiva,
apresentando características morfológicas e estruturais especificas que prejudicam
toda a capacidade funcional e física do idoso, levando a diminuição da coordenação
motora, da capacidade em realizar atividades corriqueiras do dia a dia e
inviabilizando ações simples ocasionadas pelo processo de envelhecimento.
(AGUIAR, 2014)
Os parâmetros fisiológicos como flexibilidade muscular, força, potência e
resistência são fatores primordiais da capacidade funcional humana e são
extremamente modificáveis ao longo da vida, assim, a manutenção das atividades
funcionais e a realização de atividades físicas que possam melhorar e manter tais
parâmetros precisam estar presentes no cotidiano das pessoas com o objetivo de
amenizar, prevenir e combater os declínios funcionais no processo de
envelhecimento. As capacidades funcionais de um ser humano são as habilidades
mentais e físicas preservadas e essenciais para uma vida autônoma e
independente. (MORAES, 2012)

A qualidade de vida, o convívio social, a condição intelectual, estado


emocional e as atitudes perante o indivíduo têm sido sempre associados à
saúde funcional do idoso. A incapacidade funcional acarreta então, o
aumento de doenças crônicas e muitas dificuldades para manter-se a
autonomia durante a velhice, o que apresenta forte ligação com a qualidade
de vida. Esse declínio pode tornar a pessoa idosa dependente de outras
pessoas ou de algum outro tipo de assistência. (LOPES, p.40, 2015)

Portanto, quando preservamos a capacidade musoesquelética e articular é


possível manter o controle postural adequado do idoso, pois o envelhecimento
causa diminuição da força muscular, altera as articulações, causa perda de força
generalizada que ocasionam quedas com frequência algo considerado hoje um
grande problema de saúde pública. Mas, idosos que praticam atividades físicas
melhoram de forma significativa o equilíbrio, aumentam a força muscular, melhoram
a instabilidade e a incapacidade funcional, melhoram o processo de perda óssea e
recuperam a autonomia. (RIBEIRO, 2020)
O envelhecimento faz parte da vida humana, é um processo natural que
ocasiona variadas alterações fisiológicas que acarretam na incapacidade funcional
da vida idosa. A partir deste declive fisiológico, inúmeras modificações ocorrem no
sistema neural e musoesquelético e estão associadas a queda da força muscular.
(FERREIRA, 2019)
A capacidade funcional está relacionada a autonomia e a relação com o meio
ambiente em que o indivíduo vive, equilíbrio entre saúde física e mental, integração
social e independência, construída através da resistência aeróbica, flexibilidade,
agilidade e força muscular. Importante ressaltar que a força muscular esta
intrinsicamente relacionada com a qualidade de vida do idoso, a queda da força
muscular na fase idosa apresenta inúmeros prejuízos na realização da atividades
corriqueiras, aqui o idoso apresenta dificuldade em realizar coisas simples que antes
eram normais. Esta redução da capacidade funcional atrapalham e impossibilitam
tarefas básicas como se levantar da cama e podem implicar um esforço máximo do
idoso. (SANTOS, 2017)
Diante disto, segundo Correa (2020) é de extrema importância a aplicação
imediata de um programa eficaz de treinamento de força durante o processo de
envelhecimento, pois durante esta fase a redução da força muscular é enorme e o
treinamento irá colaborar no retardamento destas perdas. O aumento da força será
consequência do treinamento proveitoso que visa estimular as respostas musculares
utilizando-se do uso de sobrecargas.

A prática regular de atividade físicas, em especial o treinamento resistido,


pode ajudar a prevenir ou minimizar a perda das capacidades funcionais. O
treinamento de força pode ser definido como exercícios físicos regulares,
sistematizado e controlados e que envolvem o recrutamento muscular
(contração muscular) de forma a sustentar ou mover uma resistência
empregada contra determinado movimento. (MORAES, p.15, 2012)

Assim, o acompanhamento e prescrição do treinamento resistido devem estar


focados nas alterações ocasionadas pelo envelhecimento com o intuito de reduzir a
perda das capacidades funcionais do idoso. É importante que o profissional atente-
se as singularidades e níveis de incapacidade funcional de seu cliente, uma vez que
o programa proposto precisa estar de acordo com as necessidades do indivíduo
para que se obtenha melhores resultados. Ao conhecer o nível da capacidade
funcional do idoso, é possível determinar com eficiência a progressão, frequência,
duração e intensidade do programa, com o objetivo de melhorar as alterações
fisiológicas ocasionadas pelo envelhecimento e melhora na aptidão física do idoso.
(SANTOS, 2019)

O treinamento resistido de força se baseia em repetições, e é composto por


exercícios sucessivos que visam uma melhora no desempenho de um
movimento, por esse motivo, é importante o planejamento de treino
individual do aluno, visto que casa idoso possui necessidades distintas.
(GARCIA, p. 13, 2020)

O treinamento resistido de força possibilita a resistência e a contração


muscular, logo o seu efeito é o aumento da massa muscular, algo que perdemos ao
longo do processo de envelhecimento. O treinamento resistido de força apresenta
inúmeros benefícios, fortalece ossos e músculos, trata e previne patologias como
hipertensão, diabetes, obesidade e osteoporose, desempenha papel primordial no
fortalecimento de articulações, tendões e ligamentos, proporcionando saúde e
melhora das capacidades funcionais, possibilitando a autonomia e independência na
realização de tarefas corriqueiras de forma segura e mais disposta. (COSTA, 2015)
Segundo Sousa (2020) o treinamento resistido de força em idosos são
eficazes, reduzem os níveis de sarcopenia, melhoram a marcha, diminuem o risco
de quedas, melhoram a realização de atividades da vida diária, auxilia na prevenção
da tensão arterial, melhora a circulação sanguínea, fortalece o sistema imunológico,
fortalece os ossos e articulações, previne a osteoporose.
Para Almeida (2013) Idosos que praticam treinamento resistido de força com
frequência têm melhor qualidade de vida, aumentam sua aptidão física,
desempenham melhor atividades diárias que exigem força e equilíbrio, pois
envelhecer não deve ser sinônimo de doença, mas através de hábitos saudáveis é
possível ter uma velhice autônoma e independente.
A vida sedentária é ainda mais agravante na terceira idade, pois como
pudemos analisar a pratica de atividades físicas previne doenças degenerativas e
promove o desenvolvimento das capacidades funcionais de forma eficiente. Sem o
treinamento de força segundo Allendorf (2015) o idoso está suscetível aos efeitos
degenerativos da velhice, além das doenças crônicas. É notável a importância do
treinamento com pesos na reabilitação e preservação da capacidade funcional do
idoso.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), o estilo de
vida adotado pelas pessoas é um dos principais componentes para se ter
uma boa saúde, ou seja, os hábitos diários como alimentação, uso de
drogas – líticas e/ou ilícitas – pratica de atividade física, entre outras
refletem na saúde do indivíduo. (GARCIA, p.15, 2020)

Portanto, a prática de atividade física é muito relevante para a promoção da


saúde e redução dos variados fatores de risco existentes na vida idosa. O
treinamento resistido de força proporciona para o aumento da massa magra e reduz
a porcentagem de gordura corporal, além as alterações fisiológicas são beneficiadas
apresentando-se como uma eficiente ferramenta da melhora da aptidão física e
qualidade de vida, melhoram a potência e a força muscular tão essenciais na
autonomia do idoso, algo que pode ser notada em poucas semanas de treinamento,
a flexibilidade e a resistência também são melhoradas. (AGUIAR, 2014)
Atualmente segundo Lopes (2015) o treinamento de força para idosos ganha
popularidade pois a ausência de choques, movimentos bruscos e nenhum risco de
quedas favorecem a segurança da realização dos exercícios, quando controlado e
sistematizado de forma eficiente proporciona efeitos benéficos, através de
componentes básicos os exercícios deste programa possibilitam a autonomia na
vida idosa. No treinamento resistido de força podemos trabalhar: rosca tríceps,
extensão lombar, rosca bíceps, remada alta, puxada dorsal, remada sentada, supino
vertical, flexão de joelho, extensão de joelho, leg press, flexão plantar, a inserção de
força muscular promove o aumento da performance das atividades diárias e uma
notável melhora da qualidade de vida. O treinamento resistido de força acrescenta
maior expectativa de vida e aumenta a independência. (RIBEIRO, 2020)

2.1. Metodologia

O tipo de pesquisa a ser realizada será uma Revisão de Literatura qualitativa


e descritiva, será elaborada a partir da análise de referenciais teóricos ou fontes
bibliográficas, sua função principal é, partindo-se da síntese e da estruturação
conceitual, ampliar o entendimento sobre o tema. O artigo de revisão apresenta um
estudo sobre determinado tema, por meio de pesquisa bibliográfica, com o propósito
de estabelecer um debate entre as ideias dos autores pesquisados e destas com as
do autor do artigo.
Foram utilizados artigos científicos, dissertações e revistas. O período dos
artigos pesquisados serão os trabalhos publicados nos últimos dez anos. A coleta de
dados foi através de busca nas seguintes bases de dados: Scielo Brasil, Bireme,
Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico. As palavras-chave utilizadas na
busca serão; Treinamento Resistido de Força, Idosos, Envelhecimento. Todo o
trabalho foi elaborado seguindo as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

2.2. Resultados e Discussão

Segundo Santos (2017) no Brasil atual o crescimento acelerado da população


idosa acontece de forma sistemática e incessante, nesta escalada é possível que
em 2025 o Brasil tenha a sexta maior população de idosos de todo o mundo, assim
o papel dos profissionais da saúde mostra-se fundamental no que tange a ações
com atividades físicas como fatores determinantes na melhora das capacidades
funcionais, de vida e autônima do idoso.
É fato que a população em todo o mundo está envelhecendo e o maior
desafio em chegar nesta fase da vida é a garantia de um processo saudável,
autônomo e feliz apesar das dificuldades resultantes de se envelhecer. Adquirir um
estilo de vida ativo e saudável é uma das possibilidades para garantir uma velhice
melhor, cenário em que o treinamento resistido de força pode modificar a qualidade
de vida destes indivíduos. Para Ferreira (2019) idosos que participam de atividades
físicas como musculação, caminhada, ginástica, hidroginástica ou mesmo
treinamentos específicos de resistência e força apresentam resultados muito
positivos no que tange a melhora de suas capacidades funcionais, algo fundamental
nesta fase em que perdermos muitas de nossas funções corporais por conta do
envelhecimento.
Envelhecer envolve variadas modificações fisiológicas, que incluem
determinantes genéticos e ambientais, redução da potência muscular e da força,
capacidade aeróbica reduzida e poucas reservas de hormônios. Estas modificações
diminuem as capacidades funcionais dos indivíduos idosos na realização de tarefas
simples. Portanto, a prática de atividades físicas é essencial para a manutenção da
saúde, proporcionando confiança, autonomia e autoestima. Artigos e estudos
científicos provam que o treinamento resistido de força possibilita a melhora das
capacidades funcionais, psicológicas e fisiológicas em idosos, praticado de maneira
segura, auxilia na manutenção muscular e melhora a resistência e a força.
(CORREA, 2020).
O sedentarismo pode ser apontado como um dos fatores principais da perda
de capacidade funcional em idosos, o treinamento resistido de força pode ser um
divisor no que tange a melhora destas capacidades funcionais e também na melhora
da mobilidade e autonomia. (SANTOS, 2019).
É fundamental que profissionais ligados à saúde compreendam e estudem o
envelhecimento de forma a proporcionar um processo equilibrado e saudável,
contribuindo assim para a melhora da saúde como um todo, no que tange a
mobilidade e as capacidades funcionais básicas do idoso, o treino resistido pode
contribuir na saúde psíquica e física destes indivíduos que pelos processos de
envelhecimento ocorrem de maneira acentuada, treinar o físico pode auxiliar nestas
perdas ocasionadas pelo envelhecimento e perdas relacionadas as capacidades
funcionais são as mais preocupantes. (AGUIAR, 2014).
Atualmente a sociedade em geral está em constante busca da manutenção e
melhora de suas capacidades funcionais através de atividades físicas e uma
alimentação equilibrada, contribuindo assim para um processo de envelhecimento
mais independente, autônomo e funcional. É notável que o treinamento resistido de
força pode beneficiar a saúde, as funções primordiais do corpo, a estrutura
muscular, óssea e articular dos sujeitos, contribuindo assim para que no processo de
envelhecer se possa realizar atividades diárias e rotineiras de forma mais segura,
possibilitando a manutenção das capacidades essenciais de saúde e independência
de idosos. (MORAES, 2012).
Sousa (2020) aponta que a dependência funcional e a incapacidade é algo
notável na população idosa, fatores que estão relacionados a perca de composição
muscular, redução das capacidades funcionais do corpo, perca de mobilidade e
dependência de outros. Envelhecer resulta muitas vezes em dificuldade em
questões de saúde e adoecimento. É possível retardar ou melhorar
significativamente os processo de envelhecimento, associando saúde mental e física
através de atividades físicas que resultam em interações sociais e autonomia, em
uma extensa gama de atividades apontamos aqui o treinamento resistido de força,
elencado como uma classe de exercícios baseados em movimentos contra uma
força de oposição, são recomendados para auxiliar na melhora das capacidades
funcionais de idosos, a força e a potência se apresentam aqui como fator primordial
e inicial para que estas funções de autonomia e qualidade de vida sejam
desenvolvidos, assim estes treinos podem suspender a perca da diminuição da força
observadas em idosos, possibilitando ganhos funcionais.
Para Ribeiro (2020) o treinamento resistido de força em idosos auxilia na
melhora de variados fatores fisiológicos que são diminuídos através do processo de
envelhecimento, a prática destes treinamentos melhora a densidade óssea,
possibilita a manutenção da força, desenvolve o equilíbrio oportunizando a
independência e autonomia muitas vezes perdidas ao envelhecer.
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