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Avaliação holística: ter em conta destreza para manipular o medicamento, capacidade financeira de
o adquirir AVALIAÇÃO GERIÁTRICA GLOBAL
Caso clínico: 108 anos, cognitivamente bem e relativamente indepentende. No verão, neta foi de férias e
foram para a praia, Sr acompanhou a família. Caminhou no areal, mas devido a osteoartrose
(assintomática), desenvolveu queixas álgicas por articulação de joelho farmácia, automedicou-se com
AINE (devemos evitar nos idosos pk EA muito graves em vários órgãos e descompensam várias condições
crónicas). Houve hemorragia digestiva e LRA, não tinha DRC diagnosticada, mas tinha algum grau de
deterioração fisiológico. Perante EA (stressor) = AINE, despoletou LRA (que não aconteceria no adulto).
Desenvolveu Hg=6 (anemia) EAM complicou com insuficiência cardíaca. No internamento, teve
pneumonia nosocomial insuficiência cardíaca agravada. Há uma cascata de iatrogenia, precipitada por
um medicamento.
Por causa da diminuição da reserva fisiológica, temos então consequências (slide). Quadro clínco
inespecífico temos de ter uma avaliação multidimensional, que foque muitos aspetos.
Mais que multidisciplinar (várias especialidades),
tem de haver articulação de informação e
comunicação INTERDISCIPLINAR (várias
disciplinas que decidem intervenções pensando
não só na sua área, mas no conjunto) - porque
todas as áreas interagem entre elas, sobretudo
no idoso. Pretende-se que promova a integração
e continuidade de cuidados (é comum circular
entre vários níveis de cuidados CS,
hospital/urgência, clínica privada, consultas,
cuidados de enfermagem) imptt que não se
perca e que haja continuidade nas intervenções.
Neste esquema, o estado funcional ocupa o lugar central o que mais preocupa os idosos com o processo
de envelhecimento: perder a capacidade de realizar atividades do dia a dia, perder mobilidade, ter
problemas cognitivos estas são as prioridades! Mas há aspetos a ser incluídos: parte médica (condições
crónicas).
Avaliação geriátrica (rastreio + avaliação) ≠ AGG (que inclui avaliação geriátrica PERSONALIZADA +
INTERVENÇÃO e FOLLOW UP!)
- Abordagem multidisciplinar;
Cuidados a ter em conta na HC: o cuidador pode dar um relato contaminado pelo seu burnout; o idoso pode
fornecer informações nem sempre corretas devido a alterações cognitivas (hist colateral é fundamental para
corroborar veracidade); pode haver défice auditivo ou visual.
- Ao contrário de muitos estudos iniciais (pouco benefício/custo por uso de vários profissionais), muitos
estudos atualmente provam que a AGG comparativamente à abordagem médica clássica é mais eficaz.
1. História clínica
2. Avaliação Funcional
Fragilidade
O que é fragilidade? Pode não ser só física e há vários
domínios envolvidos. A idade não é por si só preditor de
dependência, mortalidade e morbilidade. A fragilidade é
o risco de desenvolver dependência quando sujeito a um
evento stressor (e esse risco é tanto maior quanto maior
as vulnerabilidades que o idoso apresenta).
Fisiopatologia da Fragilidade
A maior parte dos modelos de fisiopatologia
centram-se na fragilidade física. Há
fenómenos muito importantes na génese
da fragilidade: a inflamação
(“envelhecimento é fenómeno
inflamatório”), desregulação NE (diminuição hormonas anorexia do envelhecimento = anorexia
fisiológica, uma condição multifatorial). Outro fator muito importante e provavelmente o principal é a
sarcopénia e estado de malnutrição (menos força muscular menos força marcha menor atividade
fragilidade associada a disfunção e dependência). Há uma desregulação multissistémica! Tentativa de
identificar biomarcadores da fragilidade (IL, PCR, TNF) com objetivo de a identificar precocemente (mas
ainda não existe).
O ideal é detetarmos logo o primeiro sintoma que é a baixa resistência, e não esperar pelo último que é a
perda de peso involuntária!
Tratamento
- Passa por prevenir deterioração funcional e não tanto aumentar a longevidade. Vamos centrar-nos na
perda ponderal, cansaço, fraqueza muscular/lentidão,
inatividade.
Exercício físico deve ser treino estruturado e multicomponente, pode incluir tai-chi, focar MI e tmb MS,
sessões de 30-45min 3x/semana, benefício se duração >5m. Em doentes que não podem fisioterapia em
lares e exerício informal.