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Seminário de Imagiologia do coração e vasos 1

TC e avaliação da aorta

Caso 1

90 anos, dor abdominal há 3 dias difusa, intensa, sem reação peritoneal. Hipertenso e FC 65.
Tinha HTA mal controlada

Em 2021 foi realizado primeiro sem contraste em cima e depois com contraste iodade em
baixo. Em cima identificamos a aorta abdominal com diâmetro anormal devido a aneurisma da
aorta abdominal. Quando comparamos com 2019 há evolução noo diâmetro da aorta e
também havia uma opacificação irregular e incompleta devido ao fluxo lento dos aneurismas e
deposição do contraste que gera gradiente antero-posterior. Além disso não há opacificação
de zonas periféricas da aorta o que corresponde a um trombo mural. Na de 2021 sem
contraste a parede da aorta está ligeiramente mais densa que a restante aorta e até mais
densa que o musculo estriado da parede torácica e isso tem valor semiológico importante pois
representa hematoma recente da parede da aorta. Aqui a gordura peri-aortica tem limites
bem definidos o que indica que não há exsudação de snague ou conteúdo e quer dizer que não
há instabilidade nem provável rutura de aneurisma.

Na avaliação de aneurisma avaliamos: diâmetro, lumen aórtico, parede aorta, gordura peri
aórtica, sinais de envolvimento de ramos arteriais, compressão de órgãos e fístula arterial (a
mais frequente é uma fistula aorto-enterica com comunicação do lumen da aorta para o
interior da segunda porção do duodeno pela intima relação entre aorta e essa porção).

Aneurisma da aorta é mais comum nos homens e deve-se a doença aterosclerótica. Podem ser
assintomáticos, com dor abdominal por expansão mas e já houver rutura pode ter choque
hipovolémico. A angio Tc é o exame gold-standard para caracterização. O risco de rotura
aumenta com o diâmetro e a taxa de crescimento. A rotura do AAA tem mortalidade de 80%.
A eco é útil no rastreio dos aneurismas, feito nos homens entre 65-75 1x na vida que tenham
historia tabágica ou risco de história familiar. Nas mulheres não está indicado se não fumarem
nem tiverem história familiar.

Os sinais de rutura iminente são: dor abdominal aguda, taxa de crescimento elevada (>1cm por
ano), sinal hiperdenso do lumen que indica trombo ou hematoma recente o que´sinal de
instabilidade, bosseladura do contorno do aneurisma e densificação da gordura peri-aortica o
que indica que a parede do aneurisma já não é estanque.

Isto é outro caso com umas estrutura redonda anormal com um contorno hiperdenso
(hemorragia intra lesional) e no seu interior tb tinha regiões hiperdensas que se aproximam da
densidade do baço, um órgão muito vascularizado. Correspondia a angiolipoma da glândula
supra renal esquerda que em 2016 já apresentava uma estrutura nodular que no seu interior
tinha uma densidade baixa (preta) que é igual à densidade da gordura. Em 2021 vems que essa
lesão tinha hemorragia no seu interior após evolução ao longo do tempo e isto mosytra a
utilidade da TC a detetar as lesões hemorrágicas.

Caso 2

83 anos, dor abdominal e sincope. Ao EO est+a confuso, obnubilado, hipotenso, taquicardico.


AP tinha HTA e era ex-fumador.

Realizou TC e vemos uma dilatação anormal da AA com calcificações atreoscleroticas da


parede abaixo da origem das renais (imagem1) e vemos uma lateração dos contronos da aorta
por densificação da gordura peri-aortica (imagem2) o que indica instabilidade da parede do
aneurisma. No interior da aorta tb há áreas hiperdensas que corresponde a hemota recente ou
trombo. Quando vemos mais abaixo na linha do psoas vemos que há uma hiperdensidade
pararenal posterior esquerdo o que demonstra um volumoso hematoma. (imagem 3) Ao nível
do torax seria possível ver tb um ligeiro derrame pleural pelo hematoma subdiafragmático mas
temos de estudar sempre que há derrame pleural a aorta torácica para ver se também não há
aí rutura que provoque o derrame.

No estudo com contraste vemos opacificação parcial do lumen devido a fluxo lento do
aneurisma e por hematoma. Além disso na imagem da direita à continuação do lumen da aorta
com o restante espaço peri aórtico que indica rutura. Na fase venosa que não está nas imagens
veríamos ganho de contraste na zona perirenal o que idica a saída de snague do interior da
aorta para esse espaço.
Caso 3

66 anos, rouquidão por paresi ada corda vocal esquerda. AP tem HTA e fumador. Quando isto
acontece temos sempre de indentificar existência de massas, alteração nas fossas
supraclaviculares mas também patologia vascular. Quando fazemos TC ao pescoço vemos uma
lesão sacular no arco aórtico que corresponde a um aneurisma e que está a pressionar o nervo
laríngeo recorrente esquerdo que passa por baixo do arco aórtico. Vemos um defeito de
repleção no lumen aórtico para o interior da aorta que corresponde a um trombo mural. O que
fazemos de terapêutica é prevenir a expansão do aneurisma com colocação de stent

Caso 4

62 anos, dor torácica dorsal, d dímeros posutivos. Umpossivel diagnostico era TEP. AP de HTA
e fumador.

Foi feito estudo da aorta e artérias pulmonares. No raio X inicial vemos um alargamento do
mediastino, ao nível do arco aórtico com efeito de massa que desvia a traqueia para a direita.
Para já os hilos estão normais, o índice cardio torácico está normal e derrame pleural também
não existe, não há outros sinais de TEP (opacidades periféricas, oligoemia…). Já no scanograma
vemos uma grande dilatação do arco aórtico.

Na realização de angio TC vemos disseção aórtica tipo A que pode complicar com exsudação
para o pericárdio e com risco de tamponamento. Vemos que há envolvimento dos três troncos
do arco aórtico. No tronco braquicefálico há hipodensidade da parede o que indica presença
de hematoma. Na carótida comum esquerda há disseção com dois lumens.

Além disso vemos uma comunicação entre o verdadeiro e falso lúmen.

Como há envolvimento da aorta ascendente temos de pesquisar se há exsudação com


presença de liquido no pericárdio, na pleural, perto das costelas.

Na quarta imagem vemos que a parede anterior da aorta está desfocada o que idnica alteração
da gordura peri-aortica sendo um possível sinal de exsudação e possível presença de derrame.
Neste caso não existia derrame pericárdico.
Ao analisar a raiz da aorta não vemos grande envolvimento e apenas vemos artefactos da
pulsatilidade da aorta. Não podemos excluir mas como não existe gatting (é fazer TC + ECG que
permite eliminar a pulsatilidade da aorta e ver mesmo se temos afeção ou não da raiz da
aorta)é pouco provável. Devemos pedir eco TT ou eco TE para poder excluir mesmo já que a TC
é mais limitante quanto a este estudo.

Quando avaliamos os restantes órgãos e


aorta para ver se há envolbvimento de órgão alvo podemos ver que o rim esquerdo está mais
hipodensos sem diferenciação cortico-medular, isto porque há extensão da distensão à artéria

renal esquerda qu eleva à hipoperfusão.

Quando vamos ver a ilíaca externa esquerda também temosdiminuição do calibre por
existência de trombo no interiorcom placa aterosclerótica.
A TC é muito importante para depois seguirmos o doente e podermos acompanhar se a
terapêutica resultou.

Cenas Teoricas:

O falso lumen tem calibre maior, é menos denso porque o fluxo é mais lento, tem sinal agudo
do bico (progressão do hematoma) por comprimir o verdadeiro lumen e dpeois tem linhas
fininhas à toa no meio do lumen que é o sinal de cobweb e corresponde a fibras da média que
vão para o interior do falso lúmen devido à instabilidade dessa parede.
Rever apontamentos de imagiologia sobre disseção aórtica, nomeadamente os tipos e classes.

Caso 5

63 anos, sincope e hipotensão que apresentava derrame pericárdico por laceração da íntima
sem hematoma, é uma disseção limitada sem alteração na parede aórtica há apenas uma
alteração focal na íntima. Classe III.

Quizz aula

Quizz 2: presença de aneurisma da artoa ascendente com> 40 mm não é indicação cirúrgica no


sindrome aórtico agudo, só se houver clínica, Marfan, idade, sexo, fatores de risco.

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