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Recomenda-se a triagem com USG, pelo menos uma Nas fases iniciais da ruptura do AAA para o
vez, em indivíduos entre 65 a 75 anos que são ou retroperitônio, o sangramento é contido pelos tecidos
foram tabagistas. periaórticos. Como a perda sanguínea não é de grande
vulto, podemos encontrar o paciente ainda
O limiar para indicação de intervenção corretiva hemodinamicamente estável; nesse momento, uma
(limiar de alto risco de ruptura espontânea) massa abdominal pulsátil e dolorosa pode ser
corresponde a um diâmetro dos AAA de 5,5 cm. percebida no exame físico (aneurisma em expansão). A
Pacientes que, a princípio, não necessitam de ruptura livre para a cavidade peritoneal é uma
intervenção devem se submeter a uma nova USG. O condição de extrema gravidade e elevada mortalidade;
momento desse novo exame varia de acordo com o nesses doentes, observamos também dor e massa
diâmetro da aorta abdominal: pulsátil, contudo, ocorre choque hipovolêmico
hemorrágico de instalação rápida.
2,6-2,9cm: novo exame em 5 anos.
A ruptura do aneurisma requer intervenção imediata.
3,0-3,4cm: novo exame em 3 anos. Na presença de estabilidade hemodinâmica, uma
3,5-4,4cm: novo exame em 1 ano. angio-TC helicoidal de aorta pode ser realizada para
melhor elucidação do quadro e para definir se a
4,4-5,4cm: novo exame em 6 meses. anatomia é favorável ou não a uma abordagem
endovascular.
A angiotomografia computadorizada de aorta é o
método de imagem mais preciso para delinear a Em pacientes instáveis hemodinamicamente, a
anatomia do aneurisma, sua extensão, relação com possibilidade de terapia endovascular ainda pode ser
outros vasos, identifica a presença de trombos e de determinada no intraoperatório. O sangramento a partir
calcificações no aneurisma e estabelece com maior da aorta pode, inicialmente, ser controlado por um
precisão o diâmetro do lúmen aórtico. balão de oclusão aórtico inserido através de um acesso
femoral. Uma vez inflado este balão (em posição
AngioRM: não usa radiação nem contraste. Não
acima das renais), o anestesista inicia a reposição
identifica áreas de calcificação.
volêmica. A seguir, uma aortografia é realizada para se
• Manejo clínico: acompanhamento com USG, cessar avaliar a anatomia vascular, definindo se o paciente é
tabagismo, estatinas e anti-hipertensivos. ou não candidato a terapia endovascular.
• Intervenção eletiva: prevenir ruptura. as principais A conversão para a cirurgia aberta deve ser imediata na
indicações de intervenção nos AAA: AAA ≥ 5,5 cm de presença das seguintes complicações: não controle do
diâmetro, presença de uma taxa de crescimento dos sangramento com o balão de oclusão aórtico,
AAA pela USG > 0,5 cm em seis meses ou > 1 cm em incapacidade de se posicionar a endoprótese e
doze meses, presença de sintomas (dor lombar ou sangramento continuado mesmo após a colocação da
abdominal), surgimento de complicações, endoprótese.
(embolização periférica ou infecção dos AAA) e
A mortalidade cirúrgica gira em torno de 45-50%.
configuração sacular dos AAA (a maioria é fusiforme).
Nas mulheres com risco cirúrgico aceitável –
geralmente mulheres mais jovens, com menos