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1995; 45: 1: 65 - 74
a lesão encefálica pode ser agravada ram o diagnóstico etiológico 10. Isto difi-
pela incapacidade do sistema cardiovas- culta a escolha da terapia correta, pois a
cular de manter a pressão arterial. Além terapia pode ser totalmente diferente
disso, nesta posição, a embolia aérea conforme o agente causal.
pode sobrevir com a abertura de siste- As arritmias cardíacas podem ocorrer
mas venosos e causar instabilidade he- com o manuseio do hipotálamo, do bulbo
modinâmica,que associada a menor e do tronco cerebral, e com o manuseio
reatividade cardiovascular evolui para de pares cranianos, por agressão do
colapso hemodinâmico. No paciente encéfalo no trauma craniano, por hiper-
idoso, além da lesão encefálica locali- tensão intracraniana e por hipocalemia
zada, pode existir doença cerebrovascu- após uso de diurético.
lar isquêmica generalizada que ainda 3) Patologias pulmonares - As alterações
não foi diagnosticada. Existindo essa pulmonares que dificultam as trocas dos
possibilidade, a hipocapnia deve ser evi- gases sangüíneos com certeza dificulta-
tada pois causará isquemia encefálica rão a anestesia. Além do encéfalo agredi-
global grave e dificultará a recuperação do ser muito mais suscetível a hipoxia, a
neurológica após a cirurgia 2,7-9. Como o hiperventilação é necessária para obter
valor da PaCO2 aumenta com o envelhe- hipocapnia e redução da PIC. É impres-
cimento, é interessante obter os valores cindível que se obtenham as melhores
dos gases sangüíneos antes de instalar condições pulmonares(bem como as car-
a ventilação controlada. diovasculares) para submeter o paciente
2) Patologias cardiovasculares descom- à cirurgia.A pressão intratorácica ele-
pensadas - Podem reduzir a pressão de vada necessária para ventilar adequada-
perfusão encefálica, quando reduz a mente os pulmões aumenta a estase
pressão arterial (PAM) ou aumenta a venosa e a PIC, e reduz o débito cardíaco
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pressão intracraniana (PIC). Se ne- , finalmente resultando na diminuição
cessário, além do ECG, outros exames da pressão de perfusão encefálica. Algu-
como ecocardiograma, holter, mas vezes, o aumento da PIC e/ou a
angiografia das coronárias são solici- lesão de hipotálamo causam edema agu-
tados para auxiliar na interpretação da do neurogênico de pulmão 12,13. Uma das
função cardíaca. A insuficiência coronari- medidas para o tratamento do edema
ana pode evoluir para infarto agudo do agudo neurogênico de pulmão é a ins-
miocárdio no momento que se realiza a talação de ventilação com pressão posi-
hipotensão arterial induzida, freqüente- tiva ao final da expiração (PEEP).
mente utilizada para reduzir o sangra- Entretanto, a PEEP aumenta a pressão
mento. O aumento de extrassístoles venosa central e causa estase no seg-
durante a anestesia pode ocorrer nos mento cefálico, o que por sua vez, au-
pacientes que já possuem disritmia pre- menta ainda mais a PIC. É difícil de
via. Em ambas as situações o débito decidir se a PEEP deve ser instituída ou
cardíaco pode diminuir abruptamente e não, pois se o edema agudo neurogênico
piorar a isquemia encefálica. Na insufi- estiver comprometendo a PaO2, cau-
ciência cardíaca congestiva, além da re- sando hipoxia, o encéfalo também sof-
dução da pressão arterial, ocorre rerá. As vezes, na posição sentada, a
aumento da pressão venosa central que pressão positiva ao final da expiração
ingurgita as veias intracranianas e (PEEP) de alguns centímetros de água
aumenta a PIC. pode ser utilizada para aumentar a PaO2
As lesões no encéfalo e o manuseio de ou minimizar a incidência de embolia aé-
determinadas estruturas podem causar rea venosa, desde que não haja reper-
alterações cardiovasculares que masca- cussão importante na PIC e não exista
pasmo ocorre com maior freqüência en- hipotensão arterial, pois a pressão de
tre o quinto e o décimo dia após o san- perfusão será reduzida mais ainda.
gramento.Neste período evita-se A hipertensão arterial deve ser evitada
hipotensão arterial para não comprome- desde a indução da anestesia até após a
ter ainda mais o fluxo sangüíneo na oclusão definitiva do aneurisma com o
artéria lesada. O mecanismo de autor- clipe. Qualquer surto de hipertensão ar-
regulação na artéria em espasmo está terial pode acarretar em ressangramento
comprometido, de modo que o limite in- que pode ser fatal, ou na protrusão do
ferior desta curva é deslocado para valo- encéfalo para fora do crânio após a aber-
res maiores. A hipotensão arterial acima tura da dura-máter. Esta protrusão é cau-
de 50 mmHg normalmente manteria o sada pela hemorragia ou pelo aumento
fluxo, mas em vigência do vasoespasmo do volume sangüíneo nos vasos sem rea-
causa hipofluxo sangüíneo. tividade.
Existem escalas, baseadas em parâ-me- O hematócrito é mantido abaixo de 40%,
tros neuroclínicos, como a escala de Bot- para reduzir a viscosidade sangüínea e
terell ou a escala modificada de Hunt e melhorar o fluxo sangüíneo nos capilares
Hess, nas quais se estima o risco cirúrgi- do encéfalo 22-27.
co. Estas escalas são graduadas de I a 7) Trauma crânio-encefálico (TCE) - O
V.Quanto maior a gravidade do caso mais paciente com este tipo de trauma pode
reservado é o prognóstico do paciente. estar sujeito a: a) hipoxia e hipercapnia
por agressão ao tórax e pulmões; b)
Classificação dos pacientes com aneurismas intracranianos con- hipertensão arterial e disritmias cardía-
forme o risco cirúrgico
cas pela descarga adrenérgica; c) hipo-
Grau Critério tensão arterial por hemorragia aguda de
I Assintomático; ou cefaléia mínima e discreta rigidez outros órgão ou trauma raquimedular as-
de nuca
II Cefaléia moderada para grave; rigidez de nuca;
sociado que evolui para bloqueio sim-
sem déficit neurológico; exceto paralisia de nervos pático; e d) hiperglicemia pela
cranianos neoglicogenólise. Todas essas irregulari-
III Sonolência; confusão e déficits focais leves dades devem ser corrigidas antes e/ou
IV Estupor; hemiparesia moderada para grave; durante a anestesia.
possibilidade de descerebração iminente e
distúrbios vegetativos A hipertensão intracraniana (HIC) pode
V Coma profundo; descerebração rígida; aparência ser um dos estímulos que aumenta a
moribunda pressão arterial. A craniotomia descom-
prime e reduz a HIC e diminui o estímulo
Aparentemente o encéfalo ainda preser- para manter a hipertensão arterial. Neste
va certa integridade vascular nos pacien- instante pode surgir a hipotensão arterial
tes em grau I e II e possibilita a utilização brusca e agravar a isquemia encefálica,
de um certo grau de hipotensão arterial principalmente se existir concomitante-
durante a cirurgia. Nos paciente grau III, mente a hipovolemia. Portanto, a volemia
IV e V não é possível reduzir a pressão deve ser corrigida adequadamente e a
arterial,pois o fluxo sangüíneo é precário, PIC reduzida antes da descompressão.
por vasoespasmo ou aumento da PIC. Se necessário, drogas vasopressoras
Além disso, a tomografia mostra indícios devem ser administradas tituladamente.
de hipertensão intracraniana, como: ven- Aparentemente, a infusão de manitol
trículos inundados com sangue, ventrícu- para reduzir a PIC pode provocar des-
los dilatados,cisternas basais obstruídas, tamponamento de hemorragia intracrani-
apagamento dos sulcos cerebrais, ede- ana que estava tamponada pelo aumento
ma cerebral. Esses aspectos tomográfi- da PIC e causar novo ressangramento.
cos mostram que não poderá ocorrer Isto ocorre quando o período entre o
disritmias cardíacas, hipotensão arterial, neurológica. Para que não haja esse ede-
alteração do nível de consciência e algu- ma, evita-se a hiperglicemia, que quando
mas vezes crises convulsivas. presente é tratada progressivamente. A
Com a administração periódica de di- hiperglicemia, que ocorre antes da is-
uréticos, o sangue concentra-se e a he- quemia encefálica e hipoxia tissular, obri-
matimetria sugere um valor irreal da ga o consumo da glicose através do ciclo
quantidade de hemácias circulantes. As- anaeróbico, acumulando ácido lático.
sim, o valor do hematócrito pode estar Essa acidose agrava a lesão no neurô-
dentro dos limites da normalidade, mas a nio, piorando o prognóstico neurológico
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anemia estar presente e associada a . Além disso, nos pacientes diabéticos
hipovolemia por desidratação. Se isto existem outros fatores que exacerbam a
ocorrer, uma hipotensão arterial impor- lesão da isquemia, como redução da de-
tante pode surgir no momento da indução formação das hemácias nos capilares,
anestésica. A correção desta hipotensão autorregulação encefálica comprome-ti-
é realizada com infusão rápida de vol- da, aumento da viscosidade sangüínea e
ume. As soluções utilizadas são cris- da adesividade das hemácias nas células
talóides (Ringer e cloreto de sódio 0,9%), endoteliais 49.
colóides e, se necessário, hemoderi- Eventualmente, o uso crônico de corticói-
vados. A solução glicosada só é in- des causa síndrome de Cushing. Além da
fundida se necessário. Se a hipotensão hiperglicemia, outras repercussões sur-
arterial persiste, após a infusão de vol- gem como manifestação clínica desta
ume pode se associar vasopressor de síndrome. Devemos ter cautela com: a)
modo titulado, para restaurar a pressão maior sangramento intra-operatório cau-
arterial. Procura-se evitar a redução da sado pela hipertensão arterial e fragili-
osmolaridade plasmática que causa dade capilar; os ß-bloqueadores podem
edema encefálico. ser utilizados para reduzir a pressão ar-
4) Corticóides - Os pacientes com tumor terial; b) menor necessidade de curare
cerebral são freqüentemente medicados devido à atrofia muscular; e c) cuidado
com corticóides para reduzir o edema com a mobilização do paciente para evi-
encefálico e a PIC 46,47. A hiperglicemia tar fraturas patológicas, devido à mobili-
aparece com essa medicação e deve ser zação de cálcio do ossos.
tratada para evitar maior agressão ao Uma vez prescrito, o corticóide deve ser
encéfalo. A glicose plasmática atravessa mantido no período pré-operatório, pois
a membrana da célula nervosa conforme a supressão aguda pode causar falência
o gradiente químico,equilibrando-se. da córtex adrenal.
Portanto, a concentração de glicose den- 5) Anti-arrítmicos e anti-hipertensivos - A
tro da célula nervosa também está ele- estabilidade hemodinâmica durante a
vada durante a hiperglicemia. É pos-sível cirurgia é fundamental. Quando ne-
que o consumo da glicose intracelular cessário, a hipotensão arterial induzida
esteja reduzido por causa da menor taxa deve ser programada, evitando-se as
de metabolismo quando o neurônio está variações bruscas de pressão arterial.
lesado. Acredita-se, então, que cria-se Para isso é importante manter as medi-
um gradiente osmótico entre o fluído in- cações anti-arrítmicas e anti-hipertensi-
tracelular e intersticial ao reduzir a glice- vas no período pré-operatório, e às vezes
mia com o uso de hipoglicemiantes. A ajustá-las durante a anestesia. Entre-
maior osmolaridade intracelular ’’puxa" tanto, determinados bloqueadores
água para dentro causando edema in- cardiovasculares, (ex: ß-bloqueadores)
tracelular, o que aumenta a pressão in- ao impedir o aumento da freqüência
tracraniana e agrava a evolução cardíaca ou pressão arterial, dificultam a
pressão arterial; 2) evitar aumento da PIC; 3) zação da PIC podem ser necessários para aux-
reduzir a PIC através da hipocapnia, sem iliar a avaliação neurológica. Eventualmente,
causar isquemia encefálica; 4) utilizar drogas em algumas situações nas quais o estresse do
que não aumentem o metabolismo encefálico; despertar precoce é prejudicial ao paciente, po-
5) utilizar drogas que reduzem a PIC; 6) com os de-se optar por postergar o despertar para a
anestésicos halogenados preceder com hipo- unidade de terapia intensiva. A agitação psico-
capnia; 7) evitar o enflurano e a quetamina; 8) motora, a hipertensão arterial e a tosse pioram
a lidocaína pode ser utilizada para reduzir a as condições do encéfalo e até aumentam o
PIC; 9) evitar hiperglicemia; 10) evitar anemia edema encefálico ou causam hemorragia intra-
aguda intra-operatória; e 11) conhecer bem a craniana.
patologia neurológica no que concerne às al- A manutenção da intubação traqueal
terações de fluxo sangüíneo, autorregulação e pode ser necessária no período pós-operatório.
integridade da barreira hemato-encefálica, an- Os motivos são os mais diversos: a) necessi-
tes da escolha da técnica anestésica. dade de hiperventilar para obter hipocapnia; b)
O posicionamento da cabeça deve paciente com obesidade mórbida; c) co-existên-
sempre estar acima do nível do coração para cia de patologia pulmonar ou cardíaca grave; d)
facilitar a drenagem venosa. Evitar rotação, paciente idoso; e e) excesso de anestésico.
flexão ou extensão demasiada do pescoço, que Entretanto, a necessidade de manter o paciente
dificultam o retorno venoso da cabeça. intubado nem sempre significa que ele deva
Antes de manusear o paciente com estar inconsciente e não cooperativo.
lesão encefálica causada por trauma, a possi- Anteriormente acreditava-se que todos
bilidade de luxação ou fratura da coluna verte- os pacientes submetidos a neurocirurgia de-
bral deve ser descartada. Se ocorre lesão da veriam ser mantidos hipovolêmicos e
medula espinhal surge a hipotensão arterial por desidratados para reduzir o edema e a PIC ou
bloqueio simpático, que pode agravar a lesão prevenir a hemorragia intracraniana. Atual-
encefálica por isquemia 51,52 . mente sabemos que discreta hipovolemia e, em
Assim como a hipotensão arterial deve algumas vezes, normovolemia é a condição
ser evitada,para não reduzir a pressão de perfu- adequada no período pós-operatório. Os
são encefálica,a hipertensão arterial não de-ve pacientes submetidos a procedimentos como a
ocorrer no paciente com autorregulação com- exérese de tumor ou a ressecção de mal-for-
prometida.O aumento da pressão arterial sobre mação artério-venosa são mantidos em estado
os vasos encefálicos plégicos aumenta a vo- de volemia discretamente negativo nas primei-
lemia intravascular e,portanto,aumenta a PIC. ras horas após a cirurgia. A hipertensão arterial
não deve ocorrer para que não haja hemorragia
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO no leito da ressecção ou o inchaço de vasos
encefálicos plégicos.
Todos os cuidados necessários anteri- Por outro lado, nos aneurismas cere-
ormente são também indispensáveis no período brais a hipervolemia e discreta hipertensão ar-
pós-operatório. Existem algumas peculiarida- terial são instituídas após a clipagem do
des no período pós-operatório conforme a pa- aneurisma, para aumentar o fluxo sangüíneo na
tologia encefálica. artéria com vasoespasmo, e até profilati-
É sempre interessante despertar o pa- camente antes que o espasmo se instale 53,54 .
ciente ao final da cirurgia, para realizar a avalia- Este estado cardiovascular hiperdinâmico é
ção neurológica mais acurada com a também mantido no período pós-operatório e,
cooperação do paciente.Se isto não é possível, se necessário, drogas inotrópicas positivas (do-
novos exames de neuro-imagem e/ou monitori- pamina,digital e dobutrex) podem ser utilizadas.
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