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Tromboembolismo Pulmonar:

Como Eu Trato
Raquel M. Mendonça
Thais C.B. Jorge
Felipe N. Albuquerque

Resumo anticorpos antifosfolípides, elevação da concen-


tração do fator VIII, imobilização prolongada,
O objetivo deste protocolo, realizado atra- cirurgia, trauma, câncer, uso de contraceptivos,
vés de uma revisão sistemática da literatura, é gravidez, puerpério, obesidade, acidente vascu-
estabelecer, a partir de uma estratificação da lar cerebral, lesão da medula espinhal e perma-
gravidade e do risco para tromboembolismo nência de cateter venoso central são cenários e
pulmonar (TEP), qual a melhor abordagem situações favoráveis ao desenvolvimento do TEP.
terapêutica, bem como definir esquemas profi- Os sintomas mais comuns consistem em dor
láticos para reduzir a incidência de TVP e TEP. torácica, taquicardia e dispneia. É, portanto, um
quadro clínico inespecífico e passível de confu-
PALAVRAS-CHAVE: Tromboembolismo
são com diversas doenças como, por exemplo,
pulmonar; Anticoagulação; Trombólise.
síndrome coronariana aguda. Assim, o nível de
Introdução suspeita deve ser sempre elevado, para possibi-
litar o diagnóstico precoce e a implementação
O TEP é uma doença cardiopulmonar co- do tratamento rapidamente.
mum que nos EUA apresenta uma incidência de Alguns exames complementares podem
1:1000 indivíduos, cursa com uma mortalidade ser úteis para o diagnóstico: o eletrocardio-
de até 15% nos primeiros 3 meses. Em cerca de grama e a radiografia de tórax podem mostrar
10% dos casos, a apresentação é morte súbita. alterações características, inespecíficas e até
Sua principal complicação, a longo prazo, é a serem normais. A cintilografia pulmonar com
hipertensão pulmonar. áreas de hipoperfusão e ventilação preservada
A fisiopatologia é explicada em parte por sugere embolia pulmonar; ao contrário, uma
estados de hipercoagulabilidade, herdados cintilografia normal afasta esse diagnóstico.
ou adquiridos, e ao processo aterosclerótico Em aproximadamente 50% dos casos, a cinti-
vascular. Assim, doenças como a resistência à lografia é inconclusiva e uma angiotomografia
proteína C ativada, deficiência das proteínas C e computadorizada helicoidal pode confirmar
S, antitrombina III e plasminogênio, presença de o diagnóstico. O ecocardiograma é útil para a

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estratificação de gravidade uma vez que é capaz Nas situações de instabilidade hemodinâ-
de detectar disfunção do ventrículo direito – mica com disfunção cardíaca, normalmente
marcador de mau prognóstico, como veremos pela falência do VD secundária à hipertensão
adiante. A angiografia – padrão ouro – deve ser arterial pulmonar, utilizamos a dobutamina com
reservada para os casos em que os exames acima bons resultados.
mencionados foram incapazes de estabelecer o Embora alguns estudos sugiram que a
diagnóstico, por causa do seu caráter invasivo levosimedana também tenha efeito sobre a hi-
e riscos associados ao contraste, por exemplo. pertensão pulmonar, nós a reservamos para os
(Tab. 1 e Fig.1) casos em que a resposta à dobutamina não foi
satisfatória. Nesse mesmo cenário, outra opção
Tratamento é o milrinone, especialmente no subgrupo com
grave disfunção de VD.
Suporte Hemodinâmico e Vasodilatadores diminuem a pressão pul-
Respiratório monar e a resistência vascular pulmonar em ani-
O paciente com TEP, muitas vezes, apresen- mais e, em menor escala, em pacientes com TEP.
ta-se com instabilidade hemodinâmica, sendo Nesse momento, ainda não há evidência
necessário suporte farmacológico com agentes científica suficiente para validar o uso de vaso-
inotrópicos e vasoconstrictores, bem como dilatadores como antagonistas da endotelina,
suporte ventilatório. inibidores da fosfodiesterase ou sildenafil para
Expansão volêmica agressiva pode piorar a tratamento da hipertensão pulmonar aguda
função ventricular direita, causando sobrecarga secundária ao TEP. Portanto, não são drogas
ou mecanismo reflexo de diminuição da contra- que utilizamos no nosso serviço.
tilidade cardíaca. A hipoxemia e hipocapnia são frequente-
A noradrenalina está reservada aos pacien- mente encontradas em pacientes com TEP. Na
tes com hipotensão e sinais de hipoperfusão nossa experiência, na maioria absoluta, há me-
como acidose metabólica, elevação de lactato, lhora clínica apenas com oxigênio nasal, mas em
diurese protraída, etc. raras situações de insuficiência respiratória são
Tabela 1. Estimativa pré-teste de probabilidade de TEP.
• Dispneia súbita inexplicada
• Taquipneia
• Dor torácica
• 2 dos seguintes critérios:
­- Imobilidade
Alto Risco
- Fratura de mmii
- Grande cirurgia
- Síncope com sinais de sobrecarga VD ao ECG
- Sinais de possível TVP (dor unilateral, eritema, calor, edema e rubor)
- Sinais radiológicos de oligoemia ou de infarto pulmonar

Risco Intermediário • Não classificado plenamente como baixo ou alto risco

• Ausência de dispneia súbita


• Taquipneia
• Dor torácica
• Dispneia, taquipneia e dor torácica presentes, mas explicáveis por outras
Baixo Risco
comorbidades
• Ausência de fatores de risco
• Alterações radiográficas explicáveis por outras comorbidades
• Anticoagulação adequada (RNI > 2 e TTPA > 1,5 x controle) na semana.

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Figura 1: AP: alta probabilidade; PI: probabilidade intermediária; BP: baixa probabilidade; pos: positivo;
neg: negativo; AGP: arteriografia pulmonar; RM: ressonância magnética; TC: tomografia computadori-
zada; ETE: ecocardiograma transesofágico.

necessárias intubação orotraqueal e ventilação não é muito diferente do utilizado para outras
mecânica (VM). A pressão intratorácica positiva situações de choque. O suporte hemodinâmico é
induzida pela VM pode diminuir o retorno baseado em drogas inotrópicas e aminas, supor-
venoso e piorar a função do VD em pacientes te respiratório com O2 suplementar, ventilação
com TEP maciço. Portanto, normalmente,
não invasiva ou ventilação mecânica.
optamos por PEEP (pressão expiratória final
A particularidade do tratamento do TEP
positiva) mais baixa. Baixos volumes correntes
não está no suporte clínico/hemodinâmico/
(em torno de 6 mL/kg) devem ser usados em
uma tentativa de manter a pressão de platô em respiratório semelhante a outros cenários na
torno de 30 cm de H2O. terapia intensiva. Na verdade, o foco principal
Assim, o tratamento da repercussão he- é na reversão do trombo causador dessa doença,
modinâmica do tromboembolismo pulmonar como veremos a seguir.

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Anticoagulação renal avançada.
Nós utilizamos esquemas com dose corri-
O tratamento com a anticoagulação repre- gida pelo peso com bolus de 80U/Kg como dose
senta papel principal no manejo de pacientes de ataque, seguida da dose de manutenção de
com TEP. Os objetivos do tratamento inicial 18U/Kg/h. Essa estratégia mostrou-se ser mais
com a anticoagulação são prevenir morte e re- eficaz em atingir níveis ideais de anticoagulação
corrência de eventos com uma aceitável taxa de em 24 horas quando comparada a regimes de
complicações por sangramento. Considerando doses fixas. O ajuste da dose será feito conforme
a alta taxa de mortalidade em pacientes não as variações do TTPa a cada 4-6h, mantendo-se
tratados, a anticoagulação deve ser considerada entre 1,5 e 2,5 vezes o valor basal do paciente.
e iniciada tão logo exista alta suspeita de TEP en- O tempo de tratamento, em geral, é de cinco
quanto aguardamos a confirmação diagnóstica. a sete dias, coincidindo com o tempo necessário
Um rápido efeito anticoagulante só é al- para se alcançar adequada anticoagulação com
cançado por via parenteral, como heparina não o uso de anticoagulantes orais que devem ser
fracionada (HNF) intravenosa ou heparina de iniciados tão logo sejam alcançados níveis de
baixo peso molecular (HBPM) e fondaparinux TTPa ideais (Tab. 2).
subcutâneos. Em situações especiais, pacientes podem
Sua eficácia está diretamente relacionada à necessitar de doses extremamente altas de he-
adequação dos níveis terapêuticos nas primeiras parina sem atingir níveis adequados do TTPa
24 horas de tratamento (TTPa alvo no caso da (resistência à heparina). Nesses casos, a dose da
HNF), portanto atenção especial deve ser dada HNF deve ser corrigida pelo anti-Xa.
para tal objetivo.
Heparina de Baixo Peso
Heparina Não Fracionada Molecular (HBPM)
(HNF) A HBPM apresenta maior biodisponibi-
A heparina atua primariamente através da lidade, dose-resposta mais previsível e uma
ligação com a antitrombina III, uma enzima que meia-vida mais longa do que a HNF, por isso é
inibe as trombinas dos fatores de coagulação hoje a droga de escolha nesses casos. A dose de
(fator IIa, IXa, Xa, XIa e XIIa). Acelera sua ação enoxaparina recomendada é de 1mg/Kg a cada
enzimática, impedindo a formação de novos Tabela 2. Ajuste de dose de HNF baseada em
trombos e permitindo que mecanismos endó- TTPa.
genos fibrinolíticos lisem o coágulo já formado. TTPa Ajuste de HNF
A HNF, sob infusão contínua, proporciona
80U/Kg em bolus;
maior estabilidade nos níveis séricos da hepa- < 35s (relação < 1.2) aumenta a infusão
rina, com menor ocorrência de sangramentos em 4U/Kg/h
quando comparada à administração intermiten- 40U/Kg em bolus;
te. Por esse motivo, sempre que optamos pelo 35 – 45s (1.2 – 1.5) aumenta a infusão
em 2U/Kg/h
uso da HNF, o fazemos por infusão contínua por
via intravenosa. Atualmente, ela foi substituída,
46 – 70s (1.5 – 2.3) Mantido
como o agente de escolha inicial, pela HBPM.
Mas em determinadas situações segue como
o agente ideal: TEP maciço com hipotensão per- Reduz a infusão em
71 – 90s (2.3 – 3.0)
2U/Kg/h
sistente, alto risco de sangramento, quando se
considera a possibilidade de trombólise, quando Interrompe a infusão
a absorção pela via subcutânea é imprevisível 71 – 90s (2.3 – 3.0) por 1h; reduz em
3U/Kg/h
(obesidade mórbida, anasarca) e na insuficiência

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12h ou 1,5mg/Kg em dose única diária. Trombólise
Deve ser administrada com cautela em
Ensaios clínicos randomizados têm consis-
pacientes com insuficiência renal.
tentemente mostrado que a terapia trombolítica
São poucas as situações em que medimos
resolve rapidamente a obstrução tromboembó-
os níveis de atividade do antifator Xa para aferir
lica e exerce efeitos benéficos nos parâmetros
o nível da anticoagulação: insuficiência renal,
hemodinâmicos de forma mais eficaz que a
gravidez, obesidade mórbida, baixo peso (<45kg
heparina. No entanto, como esperado, apresenta
mulher e <57kg homem). O horário ideal de
maior incidência de sangramentos. Assim, sua
coleta da amostra é 4h após a dose da manhã,
indicação é reservada a casos de maior gravi-
quando os níveis anti-Xa estão mais elevados. O
dade.
alvo terapêutico varia de 0,6 a 1,0U/ml.
Os trombolíticos são hoje a principal fonte
Inibidor do Fator Xa de controvérsia no tratamento do TEP e, por-
O fondaparinux mostrou ser, pelo menos, tanto, descrevemos abaixo um breve histórico
tão efetivo e seguro quanto a HNF para o tra- da sua indicação.
tamento do TEP em pacientes hemodinamica- Em 1977, o FDA aprovou o primeiro trom-
mente estáveis, podendo ser considerado uma bolítico para tratamento do TEP – a estreptoqui-
boa opção terapêutica. nase. Posteriormente, em 1990, o fator ativador
Com meia-vida de 15-20h, permite sua do plasminogênio tecidual (rt-PA) também foi
administração subcutânea uma vez ao dia. aceito.
Atualmente, reservamos este agente para TEP maciço é o grupo de pior prognóstico
os pacientes que apresentam trombocitopenia caracterizado por instabilidade hemodinâmica
relacionada ou não à heparina. associada à disfunção de VD. Nesses pacientes,
Está contraindicado em pacientes com o risco associado à trombólise é menor do que
disfunção renal com clearence de creatina < o risco de hemorragia. São, portanto, a classe de
20mL/min. pacientes onde os trombolíticos estão indicados.
Há controvérsia, porém, no subgrupo de
Anticoagulantes Orais pacientes estáveis hemodinamicamente, mas
Os cumarínicos são anticoagulantes orais com sinais de disfunção de VD ao ecocardio-
que agem inibindo a síntese de fatores da co- grama, que pode representar até metade dos
agulação dependentes de vitamina K (II, VII, casos. Nesse cenário, a trombólise melhora a
IX e X), além das proteínas C e S. O controle perfusão pulmonar (como visto pela cintilogra-
laboratorial é realizado através da dosagem do fia pulmonar), a disfunção do VD (como visto
tempo e da atividade da protrombina (TAP). no ecocardiograma) e a resolução do trombo
O objetivo terapêutico no tratamento do (como visto na arteriografia). Esses benefícios,
TEP é manter o INR entre 2,0 e 3,0, faixa na qual porém, não foram acompanhados de redução
foi demonstrada boa eficácia antitrombótica
da mortalidade, quando comparada à hepari-
com pequena incidência de sangramento.
na. Assim, a terapia deve ser individualizada,
A dose inicial de varfarina é de 5mg/dia,
especialmente nesse cenário.
podendo ser iniciada concomitantemente com
a heparina, após atingir níveis de TTPa terapêu- Os regimes de trombolíticos com estrepto-
ticos ou de 12 horas com enoxaparina. quinase, uroquinase e rt-PA estão mostrados na
Em geral, o tempo médio para se obter a tabela abaixo. Resultados satisfatórios também
anticoagulação adequada com varfarina é de têm sido obtidos com bolus duplo de reteplase,
cinco dias; e, após dois dias consecutivos com duas injeções (de 10U) 30 min à parte. Heparina
INR em faixa terapêutica, suspendemos a anti- não deve ser infundida concomitantemente com
coagulação parenteral. a estreptoquinase ou uroquinase, mas pode ser

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Tabela 3. Regimes trombolíticos aprovados para TEP.
Droga Regime Convencional Regime Acelerado

250.000 UI por 30min, seguido por 1,5 milhões de UI em 2h


Estreptoquinase
100.000 UI/h por 12-24h

4.400 UI/k por 10min, seguido por


Uroquinase ­3 milhões de UI por 2h
4.400 UI/Kg/h por 12-24h

­0,5mg/kg por 15min


rt-PA 100mg por 2h
(max 50mg)

administrada durante a infusão da alteplase Tabela 4. Contraindicações à terapia


(Tab. 3). trombolítica.

Aproximadamente 92% dos pacientes po- ABSOLUTAS


dem ser classificados como respondedor à trom- AVE hemorrágico ou sangramento de origem
desconhecida em qualquer tempo.
bólise baseado em melhorias nos dados clínicos
e ecocardiográficos dentro das primeiras 36h. AVE isquêmico há < 6 meses.

O grande benefício foi observado quando o Lesão ou neoplasia de SNC.


tratamento é iniciado dentro das primeiras 48h Grande trauma, cirurgia, trauma cerebral em
do início dos sintomas, mas a trombólise pode menos de 3 semanas.
ser útil em pacientes que tenham tido sintomas Sangramento gastrointestinal no último mês.
até 6-14 dias. Sangramento conhecido.
A terapia trombolítica carrega um signi- RELATIVAS
ficativo risco de sangramento, especialmente
AIT < 6 meses
quando existem outras comorbidades: taxa
Terapia anticoagulante.
acumulada de 13% de grande sangramento e
1,8% de chance de sangramento intracraniano/ Gestação ou 1 semana de puerpério.
hemorragia fatal. Punção venosa não compressível.
Na avaliação de risco-benefício da trom-
Reanimação cardiopulmonar demorada.
bólise, é importante o diagnóstico preciso e
Hipertensão refratária PAS > 180mmHg
precoce além de estratificar a gravidade da
apresentação clínica e utilizar os exames com- Doença hepática avançada.
plementares como o ecocardiograma. Devemos Endocardite infecciosa.
lembrar sempre também das contraindicações Úlcera péptica ativa.
ao trombolítico (Tab. 4).
Em resumo, a terapia trombolítica é a pri- usada em pacientes com risco baixo para TEP e
meira linha de tratamento em pacientes com apresentações clínicas menos graves.
alto risco para TEP e que apresentam choque
cardiogênico e/ou hipotensão arterial persisten- Filtro de Veia Cava
te, salvo as contraindicações absolutas.
Rotineiramente, o uso da trombólise em Os filtros são posicionados, normalmente,
pacientes que não sejam de alto risco não é na porção infrarrenal da veia cava inferior.
recomendado, mas pode ser considerado em São indicados para prevenção do TEP em
um seleto grupo de pacientes com risco inter- pacientes com contraindicação à anticoagulação
mediário e após uma profunda consideração e naqueles que apresentam recorrência do trom-
das condições que aumentam o risco de san- boembolismo venoso a despeito do tratamento
gramento. A terapia trombolítica não deve ser anticoagulante adequado.

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Complicações dos filtros permanentes de controversa.
veia cava inferior são comuns, mas, geralmen- Os resultados da embolectomia pulmonar
te, não fatais. Complicações precoces incluem mostram uma mortalidade precoce alta.
trombose no sítio de inserção (até 10%) e as
mais tardias são trombose venosa profunda re- Embolectomia e
corrente em aproximadamente 20% e síndrome Fragmentação Percutânea
pós-trombótica em 40% dos pacientes.
por Cateter
Outros tipos de filtros foram desenvolvidos
para serem removidos após período de uso A técnica percutânea para abrir parcialmen-
necessário. É recomendado que sejam retirados te o trombo pulmonar ou uma artéria pulmonar
com duas semanas da implantação, com risco de mais calibrosa pode ser salvadora em várias
migração e trombose, se uso prolongado. situações críticas de TEP de alto risco. Embora
Nós reservamos o uso de filtros de veia cava as evidências disponíveis sejam limitadas à série
para os casos com contraindicações absolutas à ou relato de casos, tais procedimento podem
anticoagulação e um elevado risco de recorrên- ser realizados com uma alternativa à trombó-
cia de trombose, incluindo, por exemplo, pós- lise quando há contraindicação absoluta, como
-operatório imediato de neurocirurgia ou outra uma terapia adjunta quando a trombólise tiver
cirurgia de grande porte. Pode ser considerado falhado.
também em gestantes que desenvolvem trombo- A embolectomia por sucção via cateter
se extensa nas semanas que antecedem o parto. (Greenfield) foi introduzida em 1969 e continua
Assim que for seguro o uso da anticoagulação, os sendo o único dispositivo aprovado pelo FDA.
filtros temporários devem ser removidos; porém Fragmentação e dispersão usando cateter
não existem dados de estudos randomizados cardíaco convencional ou específico de pulmão
prospectivos que definam o tempo ideal de uso com dispositivo rotacional ou de maceração
do filtro de veia cava. são usados desde 1980. Variavelmente, bons
resultados são descritos com o uso atual destes
Embolectomia Cirúrgica dispositivos.
Os casos que mais se beneficiam com a
embolectomia são os de obstrução subtotal do Estratégias Terapêuticas/
tronco da artéria pulmonar ou de seus ramos Sumário das Recomendações
principais.
(Fig. 2)
Por um longo tempo, a embolectomia
pulmonar manteve-se como uma cirurgia de
Embolia Pulmonar de Alto Risco
auxílio e há poucos dados quanto à sua eficácia
e segurança. Pacientes com TEP apresentando choque
A embolectomia cirúrgica tem sido re- ou hipotensão arterial (considerado como EP
servada para os casos de TEP que apresentam maciça) estão sob alto risco de morte intra-
contraindicação à trombólise, aos que não res- -hospitalar, especialmente durante as primeiras
ponderam a esta terapia e permanecem instáveis horas após admissão.
e àqueles com forame oval patente ou trombo A HNF intravenosa deve ser a droga de
intracardíaco. escolha para anticoagulação inicial nesses pa-
Sangramento pode ser uma complicação cientes, já que a HBPM e o fondaparinux não
em pacientes que foram trombolisados no foram testados neste cenário.
pré-operatório, embora a trombólise não seja Deve ser utilizada a terapia com trombolí-
contraindicação a este procedimento. A colo- ticos caso não haja contraindicações absolutas.
cação rotineira de filtro de veia cava inferior é As opções atuais são: estreptoquinase e rt-PA.

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Figura 2.

Havendo falha da trombólise em melhorar o relação risco-benefício da trombólise pode ser


estado hemodinâmico ou contraindicações para favorável em apenas uma parcela de pacientes
seu uso, a embolectomia cirúrgica é a terapia selecionados, particularmente aqueles sem alto
de escolha. risco de sangramento. Assim, a indicação deve
O tratamento de suporte hemodinâmico ser individualizada.
deve incluir reposição volêmica com cuidado e
sem grandes volumes, aminas (noradrenalina) Embolia Pulmonar de Baixo
e inotrópicos (dobutamina), conforme a neces- Risco
sidade e quadro clínico do paciente. São aqueles pacientes que não apresentam
Embolia Pulmonar de Não Alto os principais fatores de gravidade relacionados
Risco ao TEP, que podem ser avaliados para alta
precoce nos casos de cuidado extra-hospitalar
Pacientes normotensos com TEP de não
apropriado com terapia de anticoagulação.
alto risco geralmente apresentam prognóstico
Nós utilizamos o esquema de enoxaparina
favorável. Para a maioria dos casos, sem disfun-
(1mg/Kg de 12/12h ou 1,5mg/kg em dose única
ção renal grave, nós utilizamos a HBPM – mais
diária) com associação da varfarina após 12
frequentemente a enoxaparina.
horas da primeira dose da heparina. Uma vez
Embolia Pulmonar de Risco atingido o INR alvo, suspende-se a heparina e
Intermediário o paciente recebe alta hospitalar. Existe a alter-
São aqueles pacientes que apresentam nativa da alta hospitalar precoce com o uso da
estabilidade hemodinâmica na admissão, po- enoxaparina domiciliar (nesse caso, a posologia
rém com evidências de disfunção ventricular única diária é a recomendada) em associação
direita e/ou injúria miocárdica. Nesses casos, a com a varfarina.

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Anticoagulação a Longo Prazo minar o tempo de tratamento. Assim, utilizamos
e Profilaxia Secundária fatores de risco para sangramento tais como:
idosos, particularmente acima de 75 anos; san-
A terapia anticoagulante a longo prazo nos
gramento gastrointestinal prévio, especialmente
pacientes com TEP visa prevenir a recorrência
se não associado à causa reversível; AVE prévio
de eventos tromboembólicos fatais e não fatais.
não cardioembólico; doença renal ou hepática
Os cumarínicos são usados na grande maioria
crônica; terapia antiplaquetária concomitante;
dos pacientes objetivando um alvo terapêutico
outra doença grave aguda ou crônica; controle
com INR entre 2,0 e 3,0.
precário da anticoagulação.
A duração do tratamento com anticoagu-
Baseando-se nessas considerações, avalia-
lantes orais é variável. Nós preconizamos que
mos o risco-benefício da terapia continuada.
pacientes com fatores de risco considerados
removíveis, como o uso de estrogênio ou pro-
cedimento cirúrgico, deverão ser tratados por
Situações Especiais
três meses, desde que suspensa a exposição a 1. TEP na Gestação
estas situações.
O primeiro episódio de trombose sem cau- O TEP tem incidência de 0,3 – 1 para cada
sa identificável é tratado por, pelo menos, três 1000 gestações, sendo o risco ainda mais alto no
meses. Na recorrência ou naqueles com fatores pós-parto, principalmente cesárea. O tratamen-
de risco não removíveis, está recomendado o to é baseado na heparinização (heparina não fra-
tratamento por tempo prolongado, por doze cionada ou HPBM), que é segura, uma vez que
meses ou mais. essas substâncias não atravessam a placenta ou o
Nós temos um cuidado especial com a leite materno. Ao contrário dos antagonistas da
trombose relacionada a neoplasias, pela maior vitamina K, que ao chegarem via vertical ao feto,
taxa de recorrência associada (até 20% nos pode ser causa de malformações, especialmente
primeiros 12 meses). Câncer ativo é um fator no 1º trimestre da gestação.
de risco maior para recorrência de tromboem- A analgesia epidural deve ser realizada
bolismo. Considerado o fator de risco de maior nestes pacientes apenas após 12h de suspensão
peso dentre todos os outros, os pacientes com da heparina e retomada após 12-24h.
câncer são candidatos à terapia anticoagulante Após o parto, o tratamento com anticoagu-
indefinida após o primeiro episódio de TEP. lante deve ser mantido por 3 meses.
Logo, nossa conduta é o tratamento com HBPM O tratamento com trombolítico somente
por, pelo menos, seis meses, seguido por terapia deve ser reservado a casos de extrema instabi-
com HBPM ou cumarínico enquanto a doença lidade clínica, onde o benefício da trombólise
for considerada ativa. justificará seus riscos.
Nos pacientes com TEP idiopático, essa A indicação de filtro de veia cava é igual aos
decisão é mais complexa. Nossa conduta é demais pacientes.
reavaliar o risco de embolia ao final dos três Em resumo: a heparina e as heparinas fra-
meses de anticoagulação. Para isso, utilizamos cionadas podem ser usadas com segurança na
alguns fatores de risco tais como: embolia prévia; gestação (nível de evidência A). A varfarina está
presença de trombofilia; trombose residual em contraindicada devido ao risco de malformações
veia proximal. O papel do D-dímero normal (nível A). Os trombolíticos devem ser evitados
após um mês da suspensão do cumarínico pode (nível B).
ser um fator protetor para recorrência de trom-
boembolismo, mas ainda não foi estabelecido.
2. TEP e Malignidade
Além do risco de recorrência, o risco de A associação de TEP e câncer é bem do-
sangramento deve ser considerado para deter- cumentada. Pacientes que apresentam TEP

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idiopático descobrirão uma neoplasia em 10% Conclusão
dos casos, em 5-10 anos. O risco de trombose
O tratamento deve ser instituído tão logo
em paciente com câncer é 4 vezes maior que na
exista alta suspeita de EP enquanto aguarda-se
população geral e aumenta 6-7 vezes naqueles
a confirmação diagnóstica. A HNF intravenosa
em regime de quimioterapia. deve ser a droga de escolha para anticoagulação
Esse grupo de pacientes, quando anticoa- inicial nos pacientes com EP de alto risco. O uso
gulados, apresentam chance de complicações de trombolíticos está indicado nesses pacientes,
hemorrágicas maior que naqueles sem câncer. hemodinamicamente instáveis com disfunção
O tratamento deve ser feito com HNF ou do ventrículo direito. Havendo falha da trombó-
HPBM nos primeiros 3-6 meses e permanecer lise ou contraindicação para seu uso, a embolec-
com anticoagulante oral ou HBPM indefinida- tomia cirúrgica é a terapia de escolha, apesar dos
mente ou até a cura do câncer. riscos associados ao procedimento. Nestes casos,
pode ser necessário suporte farmacológico com
3. TEP Crônico Hipertensivo agentes inotrópicos e vasoconstrictores, além do
Nos pacientes que sofrem TEP hipertensivo, suporte ventilatório. Nos pacientes com TEP de
baixo risco, é preconizado o uso de HBPM em
o material embólico reoclui o vaso várias vezes
associação com cumarínico até atingir o INR
por meses a anos, levando a uma fibrose tissu-
alvo entre 2,0 e 3,0, quando, então, a heparina
lar, que incorpora à íntima e média da artéria pode ser interrompida. O filtro de veia cava
pulmonar. está indicado para prevenção de TEP em pa-
A obstrução crônica do leito vascular é cientes com contraindicação à anticoagulação e
seguida de elevação progressiva da resistência naqueles que apresentam recorrência do trom-
vascular pulmonar, levando à falência ventri- boembolismo venoso a despeito do tratamento
cular direita. anticoagulante adequado.
A melhora da hipertensão pulmonar pode
ser conseguida com análogos da prostaciclina, Referências
antagonistas do receptor da endotelina e inibi- 1. Guidelines on the diagnosis and management
dores da fosfodiesterase. of acute pulmonary embolism. European Heart
No entanto, a eficácia desses medicamen- Journal. 2008; 29: 2276-15.

tos é limitada ao substrato morfológico da 2. Diretriz de Embolia Pulmonar. Arquivo


Brasileiro de Cardiologia. 2004 Aug; 83(Supl.I).
obstrução arterial pulmonar. Portanto, os po-
tenciais candidatos para o tratamento incluem 3. Pulmonary embolism. The Lancet. 2004 Apr;
363.
os pacientes não operáveis e aqueles nos quais
a intervenção cirúrgica falhou em restaurar a 4. B r a u n w a l d , T r a t a d o d e D o e n ç a s
Cardiovasculares. 7ª ed. .
hemodinâmica.
A tromboendarterectomia é um tratamento Abstract
comum para TEP crônico hipertensivo e que
The goal of this review, performed through
apresenta excelentes resultados, sendo conside-
a systematic literature review, is to establish the
rado tratamento de primeira linha. Os critérios
risk stratification and therapeutic approach to
para sua indicação incluem: (1) NYHA III ou IV;
Pulmonary Embolism.
(2) trombo acessível cirurgicamente, em ramos
principais, lobar ou segmentar da artéria pul- KEY WORDS: Pulmonary thromboembo-
monar e (3) ausência de comorbidades severas. lism; Anticoagulation; Thombolysis.

Ano 7, Julho / Dezembro de 2008 76


TITULAÇÃO DOS AUTORES

Editorial Henrique José Portela Júnior

Médico Residente de Ecocardiografia


Denilson Campos de Albuquerque Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ
Chefe da Cardiologia do Hospital Universitário Roberto Esporcatte
Pedro Ernesto/UERJ
Preceptor da Residência Médica em Cardiologia do
(Vide Editorial)
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ
Endereço para correspondência:
Roberto Esporcatte Hospital Universitário Pedro Ernesto
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Prof. Adjunto de Cardiologia –FCM/UERJ Cardiologia
Presidente da Sociedade de Cardiologia do Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Rio de Janeiro Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
Coordenador da Unidade Cardiointensiva do
E-mail: marcel.bastos@bol.com.br
HUPE/UERJ
Coordenador da Unidade Coronária do Hospital
Pró-Cardíaco Artigo 2: Síndrome Corona-
William de Oliveira de Souza riana Aguda Sem Elevação

Médico Residente de Cardiologia – R2


do Segmento ST – Angina
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ Instável e Infarto Agudo sem
Artigo 1: Síndrome Supradesnível de ST
Coronariana Aguda Com Ana Catarina de M. Periotto

Supradesnivelamento Do Médica Residente de Ecocardiografia – R3

Segmento ST Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.

Marcel Bastos Daniela M. de Salles


Médico Residente de Cardiologia – R1 Médica Residente de Cardiologia – R1
Hosptal Universitário Pedro Ernesto/UERJ Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.

9 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ


Denilson Campos de Albuquerque Paulo R. Benchimol-Barbosa

(Vide Editorial) Médico do Setor de Arritmias do HUPE/UERJ.

Endereço para correspondência: Endereço para correspondência:


Hospital Universitário Pedro Ernesto Hospital Universitário Pedro Ernesto
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Cardiologia
Cardiologia Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030 Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829 E-mail: fernandaklein2004@yahoo.com.br
E-mail: dani_salles@hotmail.com
Artigo 5: Avaliação de
Artigo 3: Choque Cardiogênico Pacientes com Síncope
Beatriz Timbó Neves Regadas Marcelo P. Amorim
Médica Residente de Cardiologia – R1 Médico Residente de Cardiologia – R2
Hosp. Universitário Pedro Ernesto / UERJ Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.

Roberta Schneider Alfredo S. Bomfim

Médica da Unidade Cardiointensiva do Hospital Médico da Seção de Eletrocardiologia e Arritmias


Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Serviço de Cardiologia Hospital Universitário
Pedro Ernesto/UERJ
Doutor em Ciências, UERJ.
Elias Yunes

Médico da Unidade Cardiointensiva do Hospital Ricardo L. Ribeiro


Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Médico da Seção de Eletrocardiologia e Arritmias
Endereço para correspondência: Serviço de Cardiologia Hospital Universitário
Hospital Universitário Pedro Ernesto Pedro Ernesto/UERJ
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar – Endereço para correspondência:
Cardiologia Hospital Universitário Pedro Ernesto
Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030 Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829 Cardiologia
E-mail: beatrizregadas@yahoo.com.br Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
Artigo 4: Fibrilação Atrial E-mail: amorimfmp@yahoo.com.br

na Unidade Cardiointensiva: Artigo 6: Emergências


Como Eu Trato Hipertensivas
Fernanda Klein Ricardo Frederico Ferreira

Médica Residente de Cardiologia – R2 Médico Residente de Cardiologia – R2


Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.

Carlos E. Jazbik
Débora Macuco
Médico Residente de Cardiologia – R1
Médica Residente de Cardiologia – R1 Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Andréa A. Brandão
Eduardo C. Barbosa
Doutora em Cardiologia pela UERJ
Prof. Adjunto da Disciplina de Cardiologia Professora Adjunta da Disciplina de Cardiologia
FCM/UERJ FCM/UERJ.

Ano 7, Julho / Dezembro de 2008 10


Endereço para correspondência: Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Hospital Universitário Pedro Ernesto Cardiologia
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar – Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Cardiologia Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030 E-mail: raquelmmendonca@hotmail.com
Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
E-mail: ricardofrederico@yahoo.com.br
Artigo 9: Arritmias
Artigo 7: Insuficiência Ventriculares e Bloqueios
Cardíaca Aguda Cardíacos na Unidade
Camila dos S. Moreira de Souza
Cardiointensiva: Como Eu
Trato
Médica Residente de Cardiologia – R2
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. William de Oliveira de Souza

Carlos N. Pires (Vide Editorial)

Médico Residente de Cardiologia – R1 Alexandre G. M. Dias


Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Médico Residente de Cardiologia – R1
Ricardo M. Rocha Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.

Doutor em Ciências Médicas pela UERJ e Mestre Silvia H. C. Borghossian


em Medicina pela UERJ
Médico do Serviço de Cardiologia do Hospital Especialista em Eletrofisiologia Clinica Invasiva
Universitário Pedro Ernesto/UERJ. pela SOBRAC
Mestre em Cardiologia, UERJ
Endereço para correspondência:
Responsável pela Eletrofisiologia do Serviço de
Hospital Universitário Pedro Ernesto
Cardiologia HUPE-UERJ e Rede ESHO.
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
Cardiologia Endereço para correspondência:
Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030 Hospital Universitário Pedro Ernesto
Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829 Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
E-mail: moreiracs@bol.com.br Cardiologia
Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Artigo 8: Tromboembolismo Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829
E-mail: williamos@ig.com.br
Pulmonar: Como Eu Trato
Raquel M. Mendonça
Artigo 8: Dissecção Aórtica
Aguda
Médica Residente de Cardiologia – R2
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Luiz Cláudio Figueira do Amaral

Thais C. B. Jorge Médico Residente de Cardiologia – R2


Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Médica Residente de Cardiologia – R1
Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Gustavo Duque Salgado

Felipe N. Albuquerque Médico Cardiologista – Clínica de ICC


Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ.
Médico da Clínica de Insuficiência Cardíaca do
Endereço para correspondência:
HUPE
Hospital Universitário Pedro Ernesto
Professor Substituto da Disciplina de Cardiologia
Boulevard 28 de Setembro, 77 – 2° andar –
da UERJ.
Cardiologia
Endereço para correspondência: Vila Isabel – Rio de Janeiro – CEP: 20551-030
Hospital Universitário Pedro Ernesto Telefones: (21) 2587-6539 / 2587-6829

11 Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ

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